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15 montevideo
MINISTERIO D E E D U C A C I Ó N Y C U L T U R A

SECRETARIO DE ESTADO
Dr. DANIEL DARRACQ

B I B L I O T E C A N A C I O N A L

DIRECTOR GENERAL
Prof. A D O L F O SILVA D E L G A D O

C a r á t u l a : Martha Restuccia

C u i d a d o d e la E d i c i ó n : Alicia C a s a s d e Barran
 REVISTA DE LA
BIBLIOTECA NACIONAL
 REVISTA DE LA
BIBLIOTECA NACIONAL
 REVISTA DE LA
BIBLIOTECA NACIONAL

№ 15

A B R I L 1 9 7 6

M O N T E V I D E O
QUIROGA Y LAS MISIONES
Por
SUSANA D E JAUREGUY
 "EL SUCESO D E AYER. LAMENTABLE DESGRACIA.
MUERTE D E FEDERICO FERRANDO"

El punto de partida.
El 6 de m a r z o de 1902, el m a ñ a n e r o lector de La T r i b u n a P o p u l a r
p u d o e n c o n t r a r la siguiente c r ó n i c a :
" A y e r a las 6 y 45 de la t a r d e , ocurrió un d e s g r a c i a d o s u c e s o en
la familia del señor F e r r a n d o , s i t u a d a en la calle M a l d o n a d o n ú m e r o
354, y de la q u e resultó víctima el joven Federico F e r r a n d o .
A e s a h o r a se e n c o n t r a b a éste en su habitación en c o m p a ñ í a de su
h e r m a n o H é c t o r y de su a m i g o el joven Horacio Q u i r o g a . E s t e se
o c u p a b a de e x a m i n a r una pistola Lafaucheux que m o m e n t o s a n t e s h a -
bía c o m p r a d o el joven Héctor F e r r a n d o , por indicación de su h e r m a n o
F e d e r i c o . M i e n t r a s Q u i r o g a se o c u p a b a de inspeccionar el a r m a y c a r -
g a r l a a la vez, los h e r m a n o s F e r r a n d o se h a l l a b a n s e n t a d o s en la c a m a ,
o b s e r v a b a n la o p e r a c i ó n . Q u i r o g a se h a l l a b a frente a F e r r a n d o y d e s -
p u é s de c a r g a r el a r m a , al cerrar los dos c a ñ o s p a r a a s e g u r a r l o se le
e s c a p ó un tiro, h i r i e n d o d e t a n t a g r a v e d a d al joven F e d e r i c o F e r r a n d o
q u e dejó d e existir casi i n s t a n t á n e a m e n t e . "
Se c e r r a b a así un c a p í t u l o en la vida de H o r a c i o Q u i r o g a . La
m u e r t e d e F e r r a n d o fue t a m b i é n la m u e r t e del C o n s i s t o r i o del G a y
S a b e r , y la a p e r t u r a a un d e s t i n o q u e se c u m p l í a i n e l u d i b l e m e n t e , p o r
c a m i n o s t o r t u o s o s y l a b e r í n t i c o s , y p o r d e s g r a c i a al p r e c i o de una
vida humana.
En m a r z o d e 1903, j u s t o un a ñ o d e s p u é s del triste a c o n t e c i m i e n t o ,
Q u i r o g a p a r t e a B u e n o s Aires, d o n d e residía su h e r m a n a M a r í a . Allí
n a t u r a l m e n t e frecuenta al escritor a r g e n t i n o L e o p o l d o L u g o n e s , quien
fuera su ídolo, en la é p o c a del C o n s i s t o r i o y al q u e y a c o n o c í a .

El descubrimiento d e l a s m i s i o n e s .
El g o b i e r n o a r g e n t i n o p i d e e n t o n c e s a L u g o n e s escribir un e s t u d i o
s o b r e la a c t i v i d a d de los j e s u í t a s en el siglo XVII y se resuelve un
viaje a M i s i o n e s . En e s a e x p e d i c i ó n , q u e p a r t e el 25 de junio de 1903,
Q u i r o g a irá c o m o f o t ó g r a f o : "fría, m a t e m á t i c a e i n e x o r a b l e m e n t e " el
d e s t i n o se c u m p l í a . En su a b s u r d o e q u i p a j e va el a t u e n d o d e un "dan-
dy", y en su m e t a el e n t u s i a s m o d e c o n o c e r n u e v a s tierras. Quiroga
n o s a b e q u e en S a n I g n a c i o e x p l o r a r á un n u e v o m u n d o , salvaje y
a g r e s t e , recién n a c i d o , el m u n d o de su p r o p i o ser, e s e d e s c o n o c i d o
q u e le a c o m p a ñ a d e s d e el 31 d e diciembre de 1878, p e r o q u e aún
n o ha e n c o n t r a d o su c a u c e en la vida.

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 El impacto del m u n d o misionero h a r á de él o t r o h o m b r e , el ver-
dadero, el que e s t a b a oculto bajo s u s e x t r a v a g a n c i a s y b ú s q u e d a s .
El paisaje le vuelve un ser diferente: llegó allí un joven a la m o d a ,
con la b a r b a recortada en triángulo, l a r g u í s i m a s b o t a s de g a m u z a y
camisas r o s a d a s , volverá un h o m b r e con la b a r b a c u a d r a d a , de b o t a s
recias y camisa oscura.
El reflejo de oro del P a r a n á al c r e p ú s c u l o ha e n t r a d o en sus
ojos cautivándolos p a r a s i e m p r e ; es así q u e r e g r e s a a S a l t o p a r a o b -
tener de su herencia p a t e r n a los r e c u r s o s n e c e s a r i o s p a r a c o m p r a r
tierras. Por 6 0 0 0 p e s o s obtiene en el C h a c o u n a s c u a n t a s h e c t á r e a s a
p o c o s kilómetros de Resistencia, en las m á r g e n e s del río S a l a d i t o ;
c u a n d o a p a r e c e el libro de L u g o n e s "El Imperio J e s u í t a " , en 1904,
con dos fotografías t o m a d a s p o r Q u i r o g a , H o r a c i o se lo c o m u n i c a a
su a m i g o Brignole y a d e s d e S a l a d i t o .
Allí trabaja muy d u r o : p l a n t a siete h e c t á r e a s de a l g o d ó n , vive
en un g a l p ó n y a p r e n d e a vivir c o m o hijo de la tierra, d o m i n a sus
m a n o s h a s t a el d e s e n g a ñ o : "si vieras los t o r m e n t o s q u e he t e n i d o en
estos seis m e s e s , el d e s a l i e n t o diario. En los cinco m e s e s a t r á s no
p u d e escribir una sola línea", e s c r i b e a B r i g n o l e en o c t u b r e de 1906. Su
m a n o se ha e n d u r e c i d o p a r a la p l u m a , p e r o t a m b i é n se e s t á e n d u r e -
ciendo su c o r a z ó n ; el p r o c e s o de evolución se c u m p l e p a r a dejarlo
m a d u r o ante la experiencia definitiva d e S a n I g n a c i o , d o n d e p o r fin
se e n c o n t r a r á a sí m i s m o .
La p a r t i d a del C h a c o se p r o d u c e en o c t u b r e de 1905, y en s u s
dos a ñ o s de d u r a c i ó n ha a l u m b r a d o un n u e v o l i b r o : "El crimen del
o t r o " , q u e cierra definitivamente u n a e t a p a literaria, la del d e c a d e n -
tismo.

San Ignacio.
En s e t i e m b r e de 1906 e s n o m b r a d o p r o f e s o r d e c a s t e l l a n o y lite-
r a t u r a en la Escuela N o r m a l № 8 de B u e n o s A i r e s . P e r o d o s m e s e s
d e s p u é s e s c r i b e a B r i g n o l e : "El 15 concluí m i s c l a s e s y e s t o y d i s -
p u e s t o definitivamente p a r a ir a M i s i o n e s . C o m p r a r e m o s u n a c h a c r a
q u e nos ofrecen ( s e refiere a Vicente G o z a l b o , o t r o s a l t e ñ o ) con g r a n
monte, v i s t a s al P a r a n á , etc. S a l d r é a p r i n c i p i o s d e e n e r o . . . "
E s t o s p r o y e c t o s se c u m p l e n , y allí H o r a c i o e n c o n t r a r á p o r fin
lo q u e h a c e t a n t o a n d a b u s c a n d o . Se m a r a v i l l a a n t e el m o n t e , el río,
los a n i m a l e s y las p l a n t a s ; e s c r i b e el 2 9 d e e n e r o d e e s e a ñ o : " E s t e
es un país e n d i a b l a d a m e n t e m o n t u o s o . N o h a y n a d a m á s q u e m o n t e ,
sin el m á s elemental claro, m o n t e h a s t a el A m a z o n a s al n o r t e , i d e m
h a s t a la cordillera al o e s t e , idem h a s t a C o r r i e n t e s al sur, e i d e m h a s t a
el Atlántico al e s t e . T e e n n u m e r o tan p r o l i j a m e n t e e s t o p o r q u e e s s o r -
p r e n d e n t e la n e c e s i d a d q u e se s i e n t e a q u í d e un p e d a c i t o d e t i e r r a
en que no h a y a á r b o l e s y e n r e d a d e r a s y b e j u c o s y t a c u a r a s , t a c u a p é s ,
t a c u a r e m b ó s . El río, d e s d e S a n I g n a c i o h a s t a a q u í e s t á e n c a j o n a d o en

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 9
b a r r a n c a s de 100 a 150 m e t r o s en declive de 45? a 6 0 , t o d a s m o n t e a -
d a s . A no ser el d e s a h o g o de las p i c a d a s de obraje, a l g u n a s m a r a v i -
llosas, no se p o d r í a m a t e r i a l m e n t e vivir. C o m o calor, de 39° arriba.
De n o c h e refresca m u c h o , y no hay n a d a de mosquitos. De día,
p o l v o r i n e s y b a r i g ü á s , no a b u n d a n t e s . No hay v í b o r a s ni a r a ñ a s ni
escorpiones. Maravillosas mariposas y tucanes".
P e r o e s t a n a t u r a l e z a está vista con ojos alucinados por el d e s -
l u m b r a m i e n t o de ese m u n d o ; por s u p u e s t o que h a b í a víboras, y en tal
c a n t i d a d q u e a ñ o s d e s p u é s t e n d r á t o d o s sus libros e n c u a d e r n a d o s con
s u s c o l o r i d a s pieles, y sus victorias c o n t r a las b o a s a d o r n a r á n las p a -
r e d e s de su c a s a .
El a l m a de H o r a c i o Silvestre Q u i r o g a , a h o r a m á s silvestre q u e
n u n c a , e s t á e m b r i a g a d a a n t e ese m u n d o en que ha a n c l a d o p a r a siem-
p r e . Dicen los i n d í g e n a s q u e el n o m b r e 'de un individuo lo determina
en su d e s t i n o , y en el c a s o de H o r a c i o Silvestre Q u i r o g a esa afirmación
p a r e c e u n a v e r d a d científica.
E s a tierra tropical y h ú m e d a , d o n d e t o d o quiere nacer, g u a r d a el
g e r m e n m á s p e r d u r a b l e , el de los d e s t e r r a d o s , los j a n g a d e r o s , los
m e n s ú s , los P a u l i n o s y los B r o w n s , los q u e e s p e r a n p a r a nacer a ese
su c r e a d o r , q u e c r e c e r á n c o m o las p a l m e r a s y los naranjos, c o n d u -
c i d o s p o r la m a n o firme de un e x t r a n j e r o q u e ha elegido esa tierra
a m o r o s a m e n t e , y q u e la f e c u n d a r á p a r a d a r a luz su p r o p i a i m a g e n ,
s u s reflejos en el río, su a n g u s t i a y su plenitud. Los c a c h o r r o s de
e s e a c o p l a m i e n t o s e r á n " C u e n t o s de a m o r , de locura y de m u e r t e " ,
" L o s d e s t e r r a d o s " , "El d e s i e r t o " , " E l m á s a l l á " .
C o m p r a 185 h e c t á r e a s , tala á r b o l e s , c o r t a m a d e r a p a r a el futuro
h o g a r y c o m i e n z a a r a s a r la m e s e t a p a r a cumplir lo q u e en la c i t a d a
c a r t a del 2 9 e n e r o de 1907 y a e s t a b a en su m e n t e .
Al a ñ o s i g u i e n t e , a p e n a s llegan las v a c a c i o n e s de s u s c l a s e s , r e -
g r e s a a S a n I g n a c i o , y con la sola a y u d a de un p e ó n c o n s t r u y e u n
g a l p ó n con las m a d e r a s c o r t a d a s el a ñ o a n t e r i o r : una única h a b i t a c i ó n
r ú s t i c a q u e serviría de d o r m i t o r i o , de taller y aún de l a b o r a t o r i o , y
a la q u e l l a m a e n f á t i c a m e n t e : el b u n g a l o w .
L a z o n a en q u e e s t á u b i c a d a su p r o p i e d a d es l l a m a d a p o r los
n a t u r a l e s d e la z o n a T e y ú C u a r é , lo q u e significa en g u a r a n í " c u e v a
q u e fue del d r a g ó n " ; la c u e v a y a e s t a b a p r e p a r a d a y el d r a g ó n sólo
e s p e r a b a e n c o n t r a r c o m p a ñ e r a p a r a ir a h a b i t a r l a definitivamente.

Teyú-cuaré.
C r e e h a b e r h a l l a d o e s a c o m p a ñ e r a en u n a h e r m o s a p e r o d e l i c a d a
j o v e n b o n a e r e n s e , A n a M a r í a C i r é s , con q u i é n se c a s a el 3 0 d e d i -
c i e m b r e d e 1909, p a r t i e n d o d e i n m e d i a t o a S a n I g n a c i o . P e r o l a s m a -
d e r a s con q u e c o n s t r u y ó su c a s a h a b í a n e s t a d o p o c o t i e m p o e s t a c i o -
n a d a s y c o m i e n z a n a a r q u e a r s e , y la lluvia b a u t i z a su n a c i e n t e felicidad
e n t r a n d o p o r el t e c h o c o n c o m o d i d a d . E s t a s d e s v e n t u r a s e s t á n c o n t a -
 d a s casi con humorismo en su c u e n t o "El t e c h o de i n c i e n s o " . Planta
banana, mandioca, b a m b ú , n a r a n j a s , p a l m e r a s , mejora la c a s a c o n s -
tantemente, su p e q u e ñ o p a r a í s o p r i v a d o comieza a t o m a r forma. T a l a
el monte hasta que el río se divisa d e s d e cualquier p a r t e d e la m e s e t a ,
se rodea de pájaros de t o d a s las e s p e c i e s q u e lo siguen c o m o a un
nuevo San Francisco.
Horacio trabaja recio, s a b e q u e el t e r r e n o r a s a d o significa s e g u -
ridad, ausencia de a l i m a ñ a s p e l i g r o s a s , y él b u s c a s e g u r i d a d p o r q u e
espera un c a c h o r r o .
Su " c o a t i c i t o " , su " c o r d e r i t o sin m a n c h a " , llegará el 29 d e e n e r o
de 1911, en un p a r t o natural, p a d r e y m a d r e solos en su c h o z a , b e n -
decidos por la noche estrellada y por la tierra q u e les e n t r e g a el fruto
d e su amor. Se llama Fglé, y a n t e s de q u e a p r e n d a a llamar a su p a d r e
con el gorjeo m i s i o n e r o : " p i a p i á " , llegará su c o m p a ñ e r o : D a r í o , q u e
nace el 15 de enero de 1912:
" S u b e r c a s a u x , con d o s c h i q u i t o s , h e c h u r a s u y a en s e n t i m i e n -
tos y educación, se c o n s i d e r a b a el p a d r e m á s feliz d e la
tierra".

Esa plenitud es tal, q u e e s c r i b e a Brignole en 1 9 1 1 : " P l a n t o y e r -

ba, tengo c a b a l l o s , vaca, c a b r a , g a t o , tigre (sin h i p é r b o l e ) q u e crío
con m a m a d e r a . . . En total, soy feliz. A n d o p o r c a m b i a r mi c á t e d r a por
p u e s t o equivalente aquí, y seré e n t o n c e s g r a n h o m b r e . . . P o r a h o r a
no pienso m o v e r m e y p r i n c i p a l m e n t e p o r q u e d e s e o ver c r e c e r mis
plantas".
Los niños van c r e c i e n d o t a m b i é n en u n a e d u c a c i ó n n a t u r a l , a
lo R o u s s e a u las n a r a n j a s se venden y los c u e n t o s t a m b i é n , Q u i r o g a
es ya Q u i r o g a , la plenitud de su felicidad a b r e su a l m a c r e a d o r a , s u s
c u e n t o s son c a d a vez m e j o r e s , a m e d i d a q u e m a d u r a n los frutos, m a -
dura también su talento.
Pero:
" B r u s c a m e n t e , c o m o s o b r e v i e n e n las c o s a s q u e n o se c o n c i -
ben p o r su a t e r r a d o r a injusticia, S u b e r c a s a u x p e r d i ó a su
mujer".

Ana María, en su d e s e n t e n d i m i e n t o total con e s a t i e r r a q u e n o h a

elegido, y con el h o m b r e q u e tal vez su j u v e n t u d n o s u p o c o m p r e n d e r ,
toma bicloruro de m e r c u r i o ( s u b l i m a d o c o r r o s i v o ) , el 6 d e d i c i e m b r e
de 1915. Los niños son l l e v a d o s r á p i d a m e n t e a c a s a del v e c i n o , I s i d o r o
Escalera, c a m p e s i n o b u e n o , g r a n a m i g o d e H o r a c i o y c u y o hijo, J u a n ,
de la misma e d a d d e Eglé, se h a c r i a d o con ellos.
Ana María no m o r i r á h a s t a el 14, y s u l a r g a a g o n í a d e 9 d í a s
se llena d e r e p r o c h e s p r i m e r o , l u e g o d e b e s o s y p e r d o n e s , f i n a l m e n t e
d e la d e s e s p e r a c i ó n p o r n o c r u z a r h a c i a la e t e r n i d a d , h a c i a la i n e v i t a -
ble y elegida m u e r t e .

12
 Y p e n s a m o s con horror en el testimonio de Juan, de que en la
n o c h e se e s c a p a b a n los tres niños, sin ser vistos, p a r a escuchar fur-
t i v a m e n t e t r a s la v e n t a n a del dormitorio, con sus tres o c u a t r o añitos,
c a c h o r r o s de ojos recién a b i e r t o s , algo que no podían c o m p r e n d e r : los
g r i t o s , los sollozos, la a n g u s t i a de d e b a t i r s e con una muerte ya no
d e s e a d a . ¿ Q u é p e n s a m i e n t o s h a b r á n p a s a d o por sus p e q u e ñ a s m e n t e s ?
¿ Q u é explicación h a b r á n e n c o n t r a d o en sus c o r a z o n e s aún no a b i e r t o s
al m u n d o de los h o m b r e s ? Ellos d o s , a ñ o s d e s p u é s , también siguieron
el c a m i n o de la m u e r t e voluntaria, y ya no pueden r e s p o n d e r a e s t a s
preguntas.

Y Horacio
" s u p o al día siguiente, al abrir por c a s u a l i d a d , lo q u e es ver
de g o l p e la r o p a b l a n c a de su mujer ya e n t e r r a d a ; y c o l g a n -
d o el v e s t i d o q u e ella no tuvo tiempo de e s t r e n a r .
C o n o c i ó la n e c e s i d a d p e r e n t o r i a y fatal, si se quiere s e -
guir viviendo, de destruir h a s t a el último r a s t r o del p a s a d o ,
c u a n d o q u e m ó con los ojos fijos y s e c o s las c a r t a s por él
e s c r i t a s a su mujer, y q u e ella g u a r d a b a d e s d e novia con m á s
a m o r q u e s u s trajes de c i u d a d " .

Y H o r a c i o q u i e r e s e g u i r viviendo, y c o m i e n z a a construir la c a s a
de p i e d r a , s ó l i d a , con t e c h o de zinc, c o m o quien tiene fe y e s p e r a n z a
en el m a ñ a n a y q u i e r e un a m p a r o fuerte p a r a s u s hijos.
J u a n J u á r e z , el hijo d e Isidoro E s c a l e r a , la cuida a h o r a , p e r o r e -
c u e r d a bien la o t r a : " M i p a d r e trajo la p i e d r a del río — n o s d i c e — con
la q u e H o r a c i o c o n s t r u y ó la n u e v a c a s a . Aquí tenía una galería llena
d e j a r r i t o s — s u s c e r á m i c a s — allí, un c u a r t i t o con un cajón p a r a r e v e -
lar f o t o g r a f í a s " . Y la m a n o r u d a d e J u a n , s e ñ a l a s o b r e la g r a m a un
plano imaginario iluminado por sus recuerdos. "Quizo borrarlo todo
— c o n t i n ú a — d e s h i z o un r o p e r o y con él c o n s t r u y ó u n a c a m a . "
D e b e r á ser p a d r e y m a d r e p a r a e s o s niños a los q u e a h o r a d e s -
c u b r e r e a l m e n t e , ; p e r o n o e s t á n s o l o s , e s t á n E s c a l e r a y Rosa Juárez,
su mujer, y T u t a n k h a m ó n el coatí, Dick el v e n a d o , P i t á g o r a s el b u h o
y C l e o p a t r a el y a c a r é . Y se s u m a C a r l o s G i a m b i a g i , pintor, con el q u e
e m p r e n d e n j u n t o s l o c a s a v e n t u r a s : " f a b r i c a c i ó n del yateí ( d u l c e de m a -
ní y m i e l ) y d e m a c e t a s e s p e c i a l e s p a r a el t r a s p l a n t e de la y e r b a ,
i n v e n c i ó n d e un a p a r a t o p a r a m a t a r h o r m i g a s , destilación de naranja,
f a b r i c a c i ó n d e m a í z q u e b r a d o , m o s a i c o s de blcck y a r e n a ferruginosa,
r e c i ñ a d e i n c i e n s o p o r d e s t i l a c i ó n seca, c a r b ó n , c a s c a r a s a b r i l l a n t a d a s
de apepí..."
R u b é n D a r í o h a b í a d i c h o en 1 8 9 6 : "Y la p r i m e r a ley, c r e a d o r :
c r e a r " y Q u i r o g a c u m p l e con el p r e c e p t o d e q u i e n fuera su m a e s t r o .
S i e n t e el p l a c e r d e c r e a r c o s a s con las m a n o s , d e c o n s t a t a r su victoria
s o b r e la m a t e r i a informe, d e la m i s m a m a n e r a con q u e l o g r a b a la v i c -
t o r i a s o b r e el l e n g u a j e en s u s c u e n t o s .

13
 Las noche son frías en Misiones, y el c r e a d o r con s u s c a c h o r r o s
se refugia en el taller, donde al dulce calor del h o r n o de c e r á m i c a , I o s

tres moldean objetos:

" S u b e r c a s a u x tenía debilidad por los c a c h a r r o s p r e h i s t ó r i c o s ,
la nena modelaba con preferencia s o m b r e r o s de fantasías, y
el varoncito hacía indefectiblemente v í b o r a s . "

Los desterrados.
A fines de 1916 se va a Buenos Aires, p e r o en c a d a vacación
corren los tres hacia el paraíso misionero q u e ha d e j a d o bajo el cui-
d a d o de vigilante del fiel Isidoro Escalera.
D u r a n t e 12 años, d e 1916 a 1928, Q u i r o g a y s u s hijos sólo están
temporalmente en San Ignacio, y sin e m b a r g o , es c o m o si en esos
meses sorbiera sustancia nutricia p a r a s u s m e j o r e s c u e n t o s , casi t o d o s
ellos inspirados en personajes misioneros reales, q u e el c u e n t i s t a hace
volver a nacer a través de su imaginación.
Así, "Van Houten", cuento de 1916, está i n s p i r a d o — s e g ú n Juan
J u á r e z — en un belga llamado V a n d e r t r o p , p o c e r o de profesión, hábil
con la dinamita, a u n q u e menos mutilado q u e el Van H o u t e n del cuento,
ya q u e sólo le faltaba un dedo, y q u e en lugar de m o r i r a h o g a d o c o m o
en el cuento, murió de viejo a l r e d e d o r de 1950.
Y el personaje de "El h o m b r e m u e r t o " ( 1 9 2 0 ) q u e se clava el
m a c h e t e al cruzar un a l a m b r a d o , se l l a m a b a R u s o v , c a s a d o con una
polaca m u c h o más joven que él — c o m o H o r a c i o — y q u e tenía J o s
niños — c o m o H o r a c i o — . Era tan diestro con el m a c h e t e q u e p a r e c í a
n a c i d o en su m a n o , p o r eso, c u a n d o a p a r e c i ó c l a v a d o a la tierra con
él, todos p e n s a r o n en un crimen, p o r q u e — s i g u e J u a n — " u n h o m b r e
c o m o Rusov no podía morir así, c o m o un z o n z o q u e n u n c a vio un
machete".
Y Brown, de "Los d e s t e r r a d o s " era Juan B r u n , y el p e r s o n a j e de
" U n p e ó n " fue un brasileño llemado Olivera q u e t r a b a j ó un t i e m p o
con Q u i r o g a . Y n a t u r a l m e n t e S u b e r c a s a u x , d e " E l d e s i e r t o " e s el p r o -
pio Q u i r o g a , c o m o también O r g a z , de "el t e c h o d e i n c i e n s o .
Sin e m b a r g o esa realidad q u e se le p r e s e n t a b a , n u n c a fue d a d a
en sus c u e n t o s en forma idéntica, p o r lo c o n t r a r i o , a v e c e s e s c a m o t e a b a
lo real h a s t a volverlo fantasía y m a r c a el p r e s e n t e vivo d e s u s c u e n t o s
con lo q u e fue su temor y su a n g u s t i a p e r o n o su r e a l i d a d vivida.
T o m e m o s c o m o ejemplo u c u e n t o : "El h i j o " , d e 1928, p a r a d e m o s t r a r
n

e s t e aserto Allí el p r o t a g o n i s t a e s el p a d r e d e un n i ñ o d e 13 a ñ o s , y
D a r í o tiene en ese m o m e n t o 16; c o m o Q u i r o g a , el p a d r e h a c o m p r a d o
a su hijo " u n a e s c o p e t a S a i n t - E t i e n n e , c a l i b r e 16, c u á d r u p l e c i e r r e y
pólvora b l a n c a " . El niño del c u e n t o tiene un a m i g o q u e se l l a m a J u a n
( q u e es Juan J u á r e z ) y a m b o s tenían u n a e s c o p e t a d e n u e v e m i l í m e t r o s .

14
 El p a d r e del cuento sufría de a l u c i n a c i o n e s : " L a imagen de su
p r o p i o hijo no ha e s c a p a d o a su t o r m e n t o . Lo ha visto una vez rodar
envuelto en s a n g r e c u a n d o el chico percutía en la m o r s a del t¿<llcr una
bala de p a r a b e l l u m , siendo así que lo q u e hacía era limar la hebilla
de su cinturón de c a z a " .
Y sin e m b a r g o Juan nos cuenta que lo q u e en la narración es
fruto de la imaginación, sucedió en realidad, " q u e h u b o una bala que
p a s ó r o z a n d o la c a b e z a de Darío y a t r a v e s ó el techo de zinc del taller,
q u e el chico c a y ó con el r o s t r o b a ñ a d o en s a n g r e , pero — a g r e g a J u a n —
c u a n d o H o r a c i o llega allí, lo frena y no lo c u e n t a , y vuelve mentira
lo q u e p a s ó y le produjo i m p r e s i ó n . . . es q u e H o r a c i o tenía m u c h o
miedo de las a r m a s de fuego y n u n c a u s a b a u n a . "
E s decir q u e lo o c u r r i d o se e m b o z a en la narración en las i m a g i -
n a c i o n e s a l u c i n a d a s de un p a d r e enfermo. Sin e m b a r g o , lo real del
c u e n t o es q u e "al pie de un p o s t e y con las p i e r n a s en alto, e n r e d a d a s
en el a l a m b r e de p ú a , su hijo bien a m a d o y a c e al sol, m u e r t o d e s d e
las diez de la m a ñ a n a " . Y e s o j a m á s ocurrió, a u n q u e s e g ú n testimonio
del p r o p i o D a r í o Q u i r o g a , un día en q u e saliera al m o n t e de cacería,
a p a r e c i ó de p r o n t o su p a d r e c o m o un loco, s a c u d i d o por quien s a b e
que perturbadoras imaginaciones.

El r e g r e s o definitivo.
El 16 de junio de 1927 Q u i r o g a se c a s a n u e v a m e n t e con María
Elena B r a v o , a m i g a de E n g l é , y de su m i s m a e d a d . En abril de 1928
n a c e su hija P i t o c a .
El 10 d e e n e r o de 1932 p a r t e otra vez a M i s i o n e s con su e s p o s a
y los t r e s hijos, p e r o e s t a vez p a r a s i e m p r e . Ya en 1930 escribía a
Isidoro E s c a l e r a : " Y a no p u e d o e s t a r m á s sin m i s i o n e s " , y su c o r r e s -
p o n d e n c i a con el h e r m a n o m i s i o n e r o d u r a n t e ese a ñ o y el siguiente,
lo m u e s t r a con el p e n s a m i e n t o fijo en su c a s a , en la única q u e c o n -
s i d e r a su h o g a r . M a n d a h a c e r un p o z o n u e v o , h a b l a de las p l a n t a c i o n e s ,
del b a m b u s a l , d e los n a r a n j o s y el 21 d e julio de 1931 le d i c e : " l a
p a r t i d a sería s i e m p r e p a r a m e d i a d o s de d i c i e m b r e , p e r o e n t o n c e s nos
q u e d a r í a m o s p a r a s i e m p r e . Yo e s t o y q u e vuelo con esa p e r s p e c t i v a .
Lo c i e r t o e s q u e c a d a día q u e p a s a me p e s a m á s la vida u r b a n a . "
A p e n a s llega se e n t r e g a a f a n o s a m e n t e al t r a b a j o ; s e g ú n t e s t i m o n i o
d e P e d r o P a b l o C o i m á n , su p e ó n d e s d e 1922, " D o n Q u i r o g a " e r a
un h o m b r e h á b i l , b u e n p a t r ó n , p e r o d e m a s i a d o e x i g e n t e con su p e r s o -
nal. S u s e n e r g í a s físicas p a r e c í a n i n a g o t a b l e s , y s o l i c i t a b a de los q u e
le r o d e a b a n e s f u e r z o s a v e c e s i m p o s i b l e s .
M e j o r a la c a s a , a g r e g a n d o u n a g r a n estufa d e leña y r e p o b l a n d o
su j a r d í n con r o s a l e s , j a z m i n e s , g l i c i n a s y o r q u í d e a s . D e s d e los a m -
plios v e n t a n a l e s d e su c a s a , c o n t e m p l a d u r a n t e h o r a s el P a r a n á ; c o n s -
t r u y e con esfuerzo un m i r a d o r d e p i e d r a s en la c u m b r e del C e r r o

15
 Victoria d e s d e d o n d e m u c h o s testigos lo vieron en m u d a y m a r a v i l l o s a
contemplación.
P e r o a l t e r n a b a esos m o m e n t o s de inmóvil é x t a s i s , con o t r o s de
trabajo febril y a g o t a d o r . Así lo r e g i s t r a G e r m á n de Laferrere, q u e
p a s a r a u n o s días en su c o m p a ñ í a y t r a s m i t e e s o s h e c h o s en su libro
"Alto P a r a n á " , q u e p u b l i c a r a en 1939, bajo el s e u d ó n i m o d e G e r m á n
D r á s y d o n d e e n m a s c a r a a Q u i r o g a en el p e r s o n a j e del p o e t a Vochi.

Allí d i c e ;
" L a p r i m e r a n o c h e dormí mal y me levanté m u y t e m p r a n o ,
p e r o mi a m i g o , h a b i e n d o d o r m i d o bien, se h a b í a l e v a n t a d o
a las cinco. D e s p u é s del d e s a y u n o me s e n t é en m e d i o del p a -
tio p a r a g o z a r de t o d a a q u e l l a p o e s í a , c u a n d o veo a mi p o e t a
con una p e s a d a pila de ladrillos q u e fue a d e p o s i t a r j u n t o
a la p u e r t a del edificio principal. — Q u é e s t á p o r hacer, s e ñ o r
V o c h i ? , le p r e g u n t é un p o c o i n t r i g a d o p o r a q u e l s i l e n c i o s o
acarreo.
— U n a vereda— contestó.
N a t u r a l m e n t e me a r r e m a n g u é y me p u s e a a c a r r e a r y o t a m -
bién. T o d a la m a ñ a n a e s t u v i m o s a c a r r e a n d o pilas y pilas de
de ladrillos.
A la h o r a de h a c e r la s i e s t a me dijo:
— Y a h a y b a s t a n t e ladrillo, a h o r a p o d e m o s e m p e z a r la v e r e d a .
Claro, me a r r e m a n g u é o t r a vez. T r a b a j a m o s h a s t a q u e se p u s o
el sol.
Y aquella n o c h e caí a la c a m a c o m o un p l o m o .
A la m a ñ a n a s i g u i e n t e me l e v a n t é a las cinco, p e r o Vochi se
k
h a b í a l e v a n t a d o a las c u a t r o . Lo e n c o n t r é en la l a d e r a p l a n -
t a n d o m a t a s de gramilla. Yo p l a n t é t a m b i é n . D e s p u é s del a l -
m u e r z o n o s a r m a m o s de p i c o s y b a r r e t a s y p r a c t i c a m o s p r o -
fundas e x c a v a c i o n e s en un l u g a r q u e s o n a b a a h u e c o y olía
j a s u b t e r r á n e o jesuítico. No e n c o n t r a m o s m á s q u e p i e d r a m o r a
y resolvimos ir al m o n t e a b u s c a r n a r a n j a s . T o d o h a s t a la
n o c h e . Al otro día e m p e z a m o s a p i n t a r las líneas d e c e m e n t o
q u e unían las p i e d r a s del p r i n c i p a l edificio. P e r o a la t a r d e
Vochi se p u s o a p l a n t a r b a n a n o s . "

El p a s a j e es t o t a l m e n t e a u t o b i o g r á f i c o , s e g ú n lo p r u e b a Antonio
H e r n á n R o d r í g u e z a travéz de m ú l t i p l e s 'detalles.
A h o r a h a y c o r t i n a s y a l f o m b r a s en la c a s a d e p i e d r a , un b a ñ o
e n l o z a d o con a g u a caliente y h a c o m e n z a d o a c o n s t r u i r u n a p i s c i n a
p a r a P i t o c a . La c a s a tiene a h o r a " p é r g o l a s p o r d o n d e s u b e n p l a n t a s
t r e p a d o r a s , bajo c u y a s o m b r a e s un e n c a n t o c o b i j a r s e , y b a n c o s de
m a d e r a d i s p u e s t o s e s t r a t é g i c a m e n t e frente a los p a i s a j e s " . ( D e l g a d o -
Brignole).

16
 Sin e m b a r g o , Horacio no s a b e que está p r e p a r a n d o ese p a r a í s o p a r a
su s o l e d a d . Egló y Darío se han c a s a d o y viven en las c e r c a n í a s ; María
Elena c o m i e n z a a p a s a r l a r g a s t e m p o r a d a s en Buenos Aires, y en enero
de 1934, c u a n d o el v e r a n o estalla floreciendo en todos los t o n o s de
su p a l e t a , lo deja definitivamente solo.
Y esa s o l e d a d lo d e s t r u y e , y se vuelve un diálogo interminable de
c o r r e s p o n d e n c i a con los a m i g o s lejanos, P a y r ó , Martínez E s t r a d a . . .
a los q u e les r e c l a m a a su lado con obsesiva insistencia.
E s c r i b e a P a y r ó en enero de 1936: " E s t o y formando un p a r q u e -
j a r d í n q u e d a r á envidia a los p o t e n t a d o s m i s m o s " . O sea q u e sigue
t r a b a j a n d o su tierra, sin a b a n d o n a r s e a la a u t o - c o m p a s i ó n .
Y en a g o s t o a E z e q u i e l : " P e r o viera usted el gozo que es ir a b r i e n -
d o el m o n t e y sentir q u e la vista y el alma penetran en las t i n i e b l a s " .
E s t a s p a l a b r a s resultan de una significación i m p r e s i o n a n t e , si
p e n s a m o s q u e H o r a c i o ya lleva en las e n t r a ñ a s el m o n s t r u o q u e lo
r o e y q u e ha de conducir su alma hacia las tinieblas definitivas. Un
m e s d e s p u é s , p a r t e a la capital c r e y e n d o q u e va p a r a volver, q u e es un
a l e j a m i e n t o t r a n s i t o r i o . Se interna en el Hospital de Clínicas de B u e -
n o s Aires, c r e y e n d o q u e será o p e r a d o .
En e n e r o de 1937 escribe a E s c a l e r a : " Y o todavía c l a v a d o aquí,
y s i e m p r e en las m i s m a s , e s p e r a n d o la vuelta del D o c t o r Arce, p a r a
ver q u é se d e c i d e : o o p e r a c i ó n i n m e d i a t a o r e g r e s o a Misiones, h a s t a
mejor o p o r t u n i d a d . N o veo el día, a m i g o , de volver a esa, i m a g í n e s e .
Cuatro meses de hospital!"
Y n o h a b r á de cumplir su d e s e o . . . en la m a d r u g a d a del 19 de
f e b r e r o de 1937 t e r m i n a con s u s sufrimientos, a b r e v i a n d o por el c a m i -
n o del c i a n u r o un fin inevitable y d o l o r o s o .
La m u e r t e de H o r a c i o no fue — c o m o en el c a s o de Ana M a r í a —
la elección d e un suicida — l a última c a r t a a Isidoro lo p r u e b a — . F u e
el t e r m i n a r con d o l o r e s q u e no h a b í a posibilidad de aliviar ya.
En c a m b i o r e s u l t a a s o m b r o s a la semilla de suicidios q u e deja el
s u y o : a los seis m e s e s se suicida el m é d i c o que lo a t e n d í a , al a ñ o si-
g u i e n t e , 1938, le siguen v o l u n t a r i a m e n t e su hija Eglé y L e o p o l d o L u -
g o n e s , o c h o m e s e s d e s p u é s Alfonsina Storni, q u e fuera su g r a n a m i g a .
F i n a l m e n t e , en 1952, su hijo D a r í o .

Quiroga-cué.
H a s t a 1964 la c a s a e s t u v o a b a n d o n a d a , con visitas p e r i ó d i c a s d e
M a r í a E l e n a y P i t o c a — c u y a p i s c i n a su p a d r e n u n c a t e r m i n ó — y en
e s e a ñ o el g o b i e r n o d e M i s i o n e s r e s u e l v e q u e Q u i r o g a - c u é ( c u e v a de
Q u i r o g a ) , c o m o le l l a m a n los n a t i v o s , sea c o n v e r t i d a en m u s e o . Sin
e m b a r g o n o h a b í a y a n a d a q u e m o s t r a r , salvo las p a r e d e s d e s n u d a s .
Aún en 1945 Alfredo V á r e l a vio su c ó m o d o sillón con c e n i c e r o
y atril p a r a los l i b r o s . En las r e p i s a s , a ú n d e s c a n s a b a n las figuras d e

17

2
 arcilla m o d e l a d a : reptiles y a n i m a l e s e x t r a ñ o s . T o d a v í a a d o r n a b a la
p a r e d la piel de A n a c o n d a , de casi seis m e t r o s , y los m u r o s e s t a b a n
p r o f u s a m e n t e a d o r n a d o s con p i e l e s de v í b o r a s , de y a r a r á s , de l a g a r t o s .
E s t a b a n s u s libros y r e t r a t o s , la e n r a m a d a con o r q u í d e a s y p a s i o n a r i a s ;
en el g a l p ó n su a u t o m ó v i l , su " f o r c i t o " , y s u s h e r r a m i e n t a s .
L u e g o la c a s a sufrió un p r o g r e s i v o s a q u e o y t o d o e s o d e s a p a r e c i ó .
Su c u i d a d o r es h o y a q u e l Juan J u á r e z , el hijo de Isidoro E s c a l e r a , y
s u s m a n o s q u e n o olvidan, e s t á n r e c o n s t r u y e n d o c a d a m u e b l e , iguales
a los q u e su p a d r e a y u d ó a H o r a c i o a c o n s t r u i r , y los e s t á u b i c a n d o
en los m i s m o s l u g a r e s . T a m b i é n m o n t e a , p u e s fue m e n s ú , y c a r p i n t e r o ,
y de t o d o un p o c o , y m a n t i e n e a r a y a el m o n t e , p a r a q u e no a v a n c e
s o b r e la c a s a , p a r a q u e d e s d e las v i d r i e r a s de su v e n t a n a l p u e d a s e -
g u i r s e v i e n d o la cinta azul del P a r a n á y la m o n t a ñ a 'del G i g a n t e D o r -
m i d o . " E n sólo seis m e s e s d e a b a n d o n o , la selva ha r a s t r e a d o y se
h a e n t r e l a z a d o s o b r e la roja llaga, al p u n t o de t o r n a r s e m á s fácil la
a p e r t u r a de u n a n u e v a s e n d a q u e al r e a b r i r la t r o c h a i n e x t r i c a b l e " ,
e s c r i b í a Q u i r o g a en " L a lata d e n a f t a " , en 1935.
L a s c e n i z a s d e Q u i r o g a fueron d e p o s i t a d a s en u n a h e r m o s a c a -
b e z a t a l l a d a p o r el r u s o S t e p h a n E r z i a en un t r o n c o n u d o s o de a l g a -
r r o b o , su fino r o s t r o de C r i s t o a p a r e c e b r i l l a n t e en la talla d e la m a -
d e r a y los n u d o s n a t u r a l e s p a r e c e n su e n m a r a ñ a d o c a b e l l o al v i e n t o .
E s a c a b e z a fue u b i c a d a p r i m e r o en S a l t o , s o b r e el río U r u g u a y
p e r o m i r a n d o h a c i a M i s i o n e s , h a c i a S a n I g n a c i o , en c u y o c e m e n t e r i o
r e p o s a A n a M a r í a , a q u i e n H o r a c i o a m ó t a n t o . En e s a t i e r r a n a c i e r o n
s u s c r i a t u r a s y s u s c r e a t u r a s , allí e s t á su h o g a r .
L o s o b j e t o s q u e lo p o b l a r o n c o r r i e r o n d i s t i n t a s s u e r t e s . En el
M u s e o H i s t ó r i c o d e S a l t o , j u n t o a la talla d e Erzia, a s a l v o d e v a n d á -
licas m a n o s , e s t á n a l g u n a s d e s u s h e r r a m i e n t a s y fotografías.
En el p u e b l o d e S a n I g n a c i o h a y un c u r i o s o p e r s o n a j e , el h ú n g a r o
Miguel N a d a s d y , a cuyas m a n o s han llegado objetos increíbles que
f o r m a n su m u s e o p a r t i c u l a r , a b i e r t o al p ú b l i c o . Allí, e n t r e la m á s a s o m -
b r o s a colección de amuletos indígenas, entre monedas griegas y r o -
m a n a s , t a l l a s d e C r i s t o s m e d i e v a l e s , o b j e t o s de la é p o c a j e s u í t i c a , s e
e n c u e n t r a un p r o y e c t o p a r a el M o i s é s , d e M i g u e l Á n g e l , p e q u e ñ a e s -
t a t u a d e m á r m o l b l a n q u í s i m o r o d e a d a de c e r t i f i c a c i o n e s de t o d a s p a r -
t e s q u e c o n f i r m a n su a u t e n t i c i d a d .
E s t e c u r i o s o e u r o p e o h a b r í a s i d o sin d u d a un p e r s o n a j e d e Q u i -
r o g a si n o h u b i e r a l l e g a d o a S a n I g n a c i o d e m a s i a d o t a r d e . Y en su
p o d e r , o l v i d a d a y p o l v o r i e n t a , e s t á la m o t o c i c l e t a d e H o r a c i o , su farol,
s u s a p a r e j o s d e p e s c a ; y d e n t r o d e un j a r r ó n d e p o r c e l a n a c h i n a q u e
p e r t e n e c i e r a a la m a d r e d e A n a M a r í a C i r é s , o c u l t o a la v i s t a del v i s i -
t a n t e p r o f a n o , un p a q u e t e d e c a r t a s : d e H o r a c i o , d e D a r í o . . . , q u e
e s c a m o t e a a la m i r a d a á v i d a y ofrece p o r d i n e r o , s e g u r o d e su v a l o r .
S a n I g n a c i o e s un p e q u e ñ o p u e b l o , q u e g i r a a l r e d e d o r del t u r i s -
m o q u e llega a m a r a v i l l a r s e c o n l a s i m p o n e n t e s r u i n a s d e los t e m p l o s
y c a s a s q u e los j e s u í t a s c o n s t r u y e r o n allí a l r e d e d o r d e 1632.

18
 A una legua de las ruinas, la c a s a de Q u i r o g a , a la q u e sólo se
p u e d e llegar c a m i n a n d o , p u e s no hay medios de locomoción, la brisa del
P a r a n á nos llama, y el c a m i n o nos lleva junto a e x t r a ñ o s á r b o l e s , c o -
loridas flores silvestres, entre las q u e vuelan m a r i p o s a s y p á j a r o s de
bello p l u m a j e ; t o d o esto nos p r e p a r a p a r a el enfrentamiento al p a r a í s o
p r i v a d o de Horacio. A n t e s de llegar nos reciben las d e s h i l a c h a d a s c o p a s
de las p a l m e r a s q u e él p l a n t ó y q u e se mecen al viento, d e s d e la c a s a
"el valle, la cordillera, c u a n t o a b a r c a la vista, se halla cubierto p o r el
b o s q u e . En esa m a n c h a uniformemente s o m b r í a sólo las a g u a s del río
pincelan de color el p a i s a j e ; zinc en las p r i m e r a s h o r a s de la m a ñ a n a ;
plata c u a n d o el sol ya ha a s c e n d i d o , y oro y s a n g r e a la m u e r t e de la
t a r d e . " V e m o s el declive r a s a d o h a c i a el río, la hierba alta q u e al
pisarla d e s p i d e olor a velas q u e m a d a s y q u e Q u i r o g a p l a n t a r a con
tesón e m p e c i n a d o p o r q u e le g u s t a b a q u e s u b i e r a h a s t a su nariz " o l o r
a iglesia".
E s p e r a m o s el c r e p ú s c u l o , y vimos q u e "el cielo, al p o n i e n t e , se
a b r í a en p a n t a l l a de o r o , y el río se h a b í a c o l o r e a d o t a m b i é n . D e s d e
la c o s t a p a r a g u a y a , ya e n t e n e b r e c i d a , el m o n t e d e j a b a caer s o b r e el
río su frescura c r e p u s c u l a r en p e n e t r a n t e s efluvios de a z a h a r y miel
silvestre".
E s p e r a m o s , h a y p r e s e n c i a s invisibles q u e se m u e v e n e n t r e las
r a m a s de los á r b o l e s , los m u r m u l l o s 'del m o n t e se vuelven lenguaje,
tal vez e s el c a n t o fúnebre al e x t r a n j e r o q u e lo c o m p r e n d i ó y lo
p l a s m ó en o b r a de a r t e p a r a s i e m p r e . E n t r e las s o m b r a s , H o r a c i o está
escuchando.
S u s a n a de J a u r e g u y .
N o v i e m b r e , 1975.

19
LA DOCTRINA LIBERAL EN CARLOS DE CASTRO
Por
M1REYA P I N T O S CARABAJAL
 D u r a n t e los a ñ o s q u e siguieron a la G u e r r a G r a n d e vive el U r u -
g u a y m o m e n t o s de h o n d a a n a r q u í a social y política. Se suceden casi
c o n s t a n t e m e n t e a g i t a c i o n e s , m o v i m i e n t o s revolucionarios y d e s p o t i s m o s ,
en medio de la lucha entre el caudillaje y el civilismo; del a n t a g o n i s m o
q u e e m e r g e de la realidad inculta de la c a m p a ñ a y la minoría capitalina
q u e evoluciona, se intelectualiza, y se lanza a la b ú s q u e d a de a q u e l l a s
t r a n s f o r m a c i o n e s q u e p e r m i t a n traer al p a í s la e s t a b i l i d a d institucional,
el orden social y el mejor d e s e n v o l v i m i e n t o de las a c t i v i d a d e s e c o n ó -
micas. En v e r d a d , la c a p a c i d a d política de la s o c i e d a d m o n t e v i d e a n a
q u e , en su m a y o r í a , vive t o d a v í a en las f o r m a s a r c a i c a s — t a n t o del
p e n s a m i e n t o c o m o en la e s t r u c t u r a e x t e r n a — se e n c u e n t r a en gran
m e d i d a c o n d i c i o n a d a p o r la e s c a s e z de v a l o r e s intelectuales, q u e se
manifiestan fuera del á m b i t o de la n o v í s i m a U n i v e r s i d a d . P r a c t i c a -
m e n t e , es sólo en la U n i v e r s i d a d d o n d e , bajo la orientación de Manuel
H e r r e r a y O b e s , se a g l u t i n a n las i n q u i e t u d e s de la j u v e n t u d m o n t e v i -
d e a n a y, aún c u a n d o los p o s t u l a d o s u n i v e r s i t a r i o s no se formulen de
m o d o o r d e n a d o , ni se integren t o t a l m e n t e a n u e s t r o m e d i o , es de los n ú -
c l e o s juveniles q u e b r e g a n p o r la conciencia nacional, y q u e se e n c u a -
d r a n d e n t r o de n u e v a s c o r r i e n t e s r a c i o n a l i s t a s q u e — e n p a r t e — a r r a n c a
n u e s t r o p r o c e s o d e m o c r á t i c o . P r o c e s o , q u e en e s t a s h o r a s inciertas
d e la s e g u n d a m i t a d del siglo XIX, se fortalece y g r a d u a l m e n t e se c o n -
solida, m e r c e d al esfuerzo c o n j u n t o y f a v o r a b l e de d i v e r s a s condiciones
e c o n ó m i c a s , s o c i a l e s y p o l í t i c a s , así c o m o p o r la i n d u d a b l e g r a v i t a -
ción d e los e l e m e n t o s c u l t u r a l e s .
H a c i a la d é c a d a del s e s e n t a , b a j o el r e c t o r a d o de Fermín F e r r e i r a
s e inicia la t r a n s f o r m a c i ó n de n u e s t r a e n s e ñ a n z a s u p e r i o r . D e s d e e n -
t o n c e s , y en p a r t e c o m o reflejo de la t r a n q u i l i d a d política q u e B e r r o
i n s p i r a a su p u e b l o , se d e s a r r o l l a el i n t e n t o de r e o r g a n i z a c i ó n del r é -
g i m e n y p l a n e s d e e s t u d i o d e la U n i v e r s i d a d ; d e s e n v o l v i é n d o s e en ella
u n a n u e v a t e n d e n c i a filosófica: el l i b e r a l i s m o , con la creación de n u e v a s
cátedras.
El p e n s a m i e n t o liberal o c u p a un p u e s t o significativo en la p e r s o -
n a l i d a d d i v e r g e n t e d e C a r l o s d e C a s t r o ; joven m o n t e v i d e a n o q u e r e -
cién l l e g a d o d e Italia d o n d e e s t u d i a r a D e r e c h o , funda en 1 8 6 1 , el
c u r s o d e E c o n o m í a Política. D e i n m e d i a t o , e s t a s c l a s e s se c o n s t i t u y e n
e n un p r i n c i p a l í s i m o c e n t r o d e interés d e n t r o del a l u m n a d o , d e s t a c á n -
d o s e el n u e v o c a t e d r á t i c o p o r la a g u d e z a de s u s c o m e n t a r i o s c o m o p o r
la r i q u e z a d e su información. D e C a s t r o a b i e r t o al influjo d e los c u a -
t r o v i e n t o s del e s p í r i t u en los a ñ o s e s t u d i a n t i l e s , h a a d q u i r i d o v a s t o s
c o n o c i m i e n t o s en las e s c u e l a s e u r o p e a s , y lo v u e l c a a h o r a g e n e r o s a -
m e n t e a n t e la j u v e n t u d c o m p a t r i o t a . A u n q u e n o se limita a imitar. En
l a s c o r r i e n t e s filosóficos c o n o c i d a s , en el e j e m p l o e x t r a n j e r o , b u s c a d e

23
 C a s t r o inspiración para una elaboración p r o p i a ; p r o c u r a dirigir y r e -
novar las tendencias del p e n s a m i e n t o u r u g u a y o m e d i a n t e una a m -
plia exégesis científica y h u m a n i s t a ; i m p a r t i d a , no de un m o d o
verbalista o formal, sino con un c o n t e n i d o de realidad q u e peí mita r e -
ferirla a las circunstancias vitales, al m o m e n t o y al mecho en q u e
debe desenvolverse. Por ello, d e s d e la c á t e d r a de E c o n o m í a Política,
hace su propia síntesis del rico y complejo c a u d a l ideológico c o n t e m -
p o r á n e o dentro del cual se orienta, y t o m a posición. A b o r d a los p r o -
blemas de su tiempo e introduce las d o c t r i n a s e c o n ó m i c a s liberales
e n s e ñ a d a s por Francisco Ferrara, p e r o a p l i c á n d o l a s a n u e s t r o c o n t e x t o
político-social. Vislumbra ya una evolución en el p r o c e s o m e n t a l
uruguayo, y e x p o n e ante la inquieta g e n e r a c i ó n del s e s e n t a , los p o s t u -
lados ferrarianos: División de trabajo, libre c o n c u r r e n c i a , l i b e r t a d e s in-
dividuales, vinculación del d e s a r r o l l o de la industria y el c o m e r c i o con
el p r o b l e m a de la educación del p u e b l o , y a la vez la d i r e c t a c o n e x i ó n
que existe entre la instrucción pública y los g o b i e r n o s e l e g i d o s . P r i n -
cipios e s t o s q u e f e r v o r o s a m e n t e son a c e p t a d o s p o r el e l e m e n t o joven
que se alinea en s u s a u l a s y q u e a p u n t a n y a a un c a m b i o i d e o l ó g i c o ,
que se va a imponer en n u e s t r a s o c i e d a d , en m e d i o de v i g o r o s a s p o l é -
micas. La c á t e d r a de E c o n o m í a Política se a p a r t a p u e s , del p e n s a m i e n t o
tradicional cristiano q u e h a b í a p r e d o m i n a d o en los a ñ o s iniciales d e
nuestra Universidad. La influencia religiosa q u e h a b í a s i d o p o t e n t e ,
cede a h o r a su p a s o a n t e los n u e v o s p l a n t e a m i e n t o s d o c t r i n a l e s q u e
alteran — m e d i a n t e la inteligente i n t e r p r e t a c i ó n de de C a s t r o — la m e n -
talidad de los g r u p o s e s t u d i a n t i l e s .
Los m é t o d o s de e n s e ñ a n z a y sus fines son m o t i v o s de p r e o c u p a c i ó n
p a r a el m i s m o , p o r lo q u e p r e d i c a en s u s c u r s o s los p e l i g r o s d e los
estudios clásicos, y los i n c o n v e n i e n t e s de e s a formación a c a d é m i c a ,
explicándola bajo un punto de vista histórico y c o n d e n á n d o l a bajo el
1
punto de vista filosófico. E n c a r a e n t o n c e s la d o c e n c i a en e s t r e c h a r e -
lación con el medio, y e n c u a d r a a la cultura d i r e c t a m e n t e c o n e c t a d a ,
c o m p r o m e t i d a con la e s t r u c t u r a político-social del p a í s , m á s allá d e la
estricta p r e p a r a c i ó n profesional.
Advierte q u e el e c o n o m i s t a d e b e saber q u e D i o s c o l o c ó la c a u s a
de todo perfeccionamiento en la independencia de la actividad indivi-
2
dual, en la libre aplicación y dirección d e l o s esfuerzos p r o d u c t i v o s ,
e x h a l t a n d o p u e s el principio d e los d e r e c h o s h u m a n o s . De C a s t r o se
nos p r e s e n t a c o m o un f e r v o r o s o i n d i v i d u a l i s t a , en el s e n t i d o d e q u e
p o n e s o b r e la acción del E s t a d o , a la l i b e r t a d y los d e r e c h o s i n d i v i d u a -
les. Centra, f u n d a m e n t a t o d o su s i s t e m a en ellos, p o r q u e c o n s i d e r a
q u e los i n d i v i d u o s sólo d e b e r í a n s o m e t e r s e a un orden c o n s e n t i d o y
a c e p t a d o de a n t e m a n o a u n q u e r e s u l t e n finalmente, estos d e r e c h o s li-

1 El siglo. Mdeo. 18 de octubre de 1876.

2 De Castro, Carlos. Curso de Economía Política. Manuscrito A r c h i v o P.A-
neral de la Nación. Arch. Particulares. Mdeo. "rcnivo u e -

24
m i t a d o s , por la c o m u n i d a d . No son a b s o l u t o s — a s e g u r a — los derechos
individuales, ya que deben e s t a r sujetos a la S o c i e d a d , que como or-
g a n i s m o real p u e d e en su acción reducir a a l g u n o de los mismos.
Esta es una de la ideas ejes de de C a s t r o , quien afirma: Una sola con-
dición fue puesta a este principio de una entera libertad, y esa e s el
estado social, estado que importa la existencia de la propiedad personal
y real, y la dirección de toda fuerza y actividad sobre la naturaleza iner-
1
te sin usurpación del hombre sobre el hombre. P a r t e de este funda-
m e n t o p a r a s o s t e n e r la condición de d e r e c h o social de la p r o p i e d a d ,
ya q u e no sería ella la q u e originaría la s o c i e d a d , sino q u e es la colec-
tividad la q u e crea la existencia de la p r o p i e d a d . Y, en conformidad
con este p e n s a m i e n t o define al d e r e c h o de p r o p i e d a d p r i v a d a , de
a c u e r d o a r a z o n e s íntrinsicas q u e t o m a de la vida s o c i a l : el trabajo,
el o r d e n , la p a z ; f o r m u l a n d o las p r e m i s a s liberales en v i b r a n t e s
e x p o s i c i o n e s , q u e ofrecen o r i g i n a l e s enfoques y r e s p u e s t a s c o n c l u y e n t e s
a los p l a n t e o s e c o n ó m i c o s c o n t e m p o r á n e o s .
C o n o c e de C a s t r o la r e a l i d a d del p a í s . Su voz s u e n a a m e n u d o
d i s c o r d a n t e , y con un lenguaje diferente en el á m b i t o universitario. No
oculta su convicción de q u e p a r a c o n c r e t a r s u s i d e a s liberales es ne-
c e s a r i o la acción limitada del G o b i e r n o , el que s e vuelve un elemento
indispensable cuando s e reduce a hacer que el e s t a d o social contribuya
con mayor utilidad, p a r a t o r n a r s e un a b s u r d o , al faltar c u a n d o d e b e
intervenir o i n t e r v i n i e n d o c u a n d o su a p o y o no es n e c e s a r i o ; lo q u e
implica ceñir al G o b i e r n o , q u e no es sino un núcleo m á s o menor
4
fuerte de p e r s o n a s a la función de control de los d e r e c h o s i n d i v i d u a -
les, la vigilancia de la l i b e r t a d y la g a r a n t í a del o r d e n . P o r lo t a n t o ,
e s n e c e s a r i o q u e el g o b i e r n o se c o n c r e t e a cumplir d e n t r o de la c o l e c -
tividad, a q u e l l a s funciones p a r a las c u a l e s se le ha c o n c e d i d o p o r t o -
d o s , un m a n d a t o específico. M a n d a t o q u e , s e g ú n s e ñ a l a la d o c t r i n a li-
b e r a l , e s l i m i t a d o , y a q u e el m i s m o ha de tener s i e m p r e c o m o m e t a
la b ú s q u e d a del b i e n e s t a r individual q u e — e n definitiva— es la a s p i r a -
ción e s e n c i a l , y el c i m i e n t o de t o d a o r g a n i z a c i ó n e c o n ó m i c a , política y
social. D e C a s t r o n i e g a p u e s , la i n g e r e n c i a del G o b i e r n o en el m u n d o de
las r i q u e z a s , la i n t e r v e n c i ó n oficial en las a c t i v i d a d e s n a c i o n a l e s , los
m o n o p o l i o s p r i v i l e g i a d o s en e c o n o m í a . Ve con c l a r i d a d los r e s o r t e s y
e n g r a n a j e s p o l í t i c o s - e c o n ó m i c o s del p a í s ; a s p i r a n d o a q u e la j u v e n t u d
u r u g u a y a c o n o z c a en p r o f u n d i d a d s u s e r r o r e s y m o t i v a c i o n e s , p a r a al
c o n j u g a r su p e n s a m i e n t o con la a c c i ó n , se l o g r e la s u p e r a c i ó n n a c i o -
nal. T o d o p u e d e e s p e r a r s e d e la l i b e r t a d — l e s a s e g u r a d e C a s t r o —
l i b e r t a d d e c o n c i e n c i a , de t r a b a j o , de e x p r e s i ó n , u n i d a al g o z o de la
l i b e r t a d política. Con e s t a s p a l a b r a s confirma que el c e n t r o de su idea
s e c o n c r e t a en el e s t a b l e c i m i e n t o del r e s p e t o de l o s d e r e c h o s , y el
b i e n e s t a r m a t e r i a l del h o m b r e . P r o c u r a destacar la libertad, la justicia,

3 De Castro, Carlos. Curso de Economía Política. Obra cit.

4 De Castro, Carlos. Curso de economía politica. Obra cit.
25
 la necesidad del trabajo, y la instrucción c o m o las p i e d r a s a n g u l a r e s
de su doctrina, y la b a s e de las instituciones sociales. El s e n t i m i e n t o
de independencia individual p u e d e ser el m a y o r i m p e d i m e n t o de la
tendencia hacia el c e n t r a l i s m o irrestricto, del a b s o l u t i s m o polí-
tico; por ello g o b i e r n o , sociedad, individuos han de e n c u a d r a r su acción
en lá defensa de la p e r d u r a c i ó n de los d e r e c h o s , a la vez q u e instruir,
popularizar, concicntizar al p u e b l o en las v e r d a d e s e c o n ó m i c a s . En la
medida que estos criterios se afirman entre t o d o s los h a b i t a n t e s , m á s
limitada h a b r á de ser la acción g u b e r n a t i v a , m á s a l e j a d o e s t a r á el p e -
ligro de las d i c t a d u r a s , ya q u e el p e n s a m i e n t o e c o n ó m i c o es el m á s
amplio, el m á s s e g u r o , p a r a d e s c u b r i r c u a n d o ha v i o l a d o el g o b i e r n o
el m a n d a t o de la c i u d a d a n í a . Este a p o r t e , r e p r e s e n t a s e g ú n de C a s t r o ,
una de las m á s i m p o r t a n t e s v e n t a j a s de la E c o n o m í a Política, y a q u e
el despotismo sólo s e mantiene por la ignorancia. E x h a l t a p u e s , a n t e
sus a l u m n o s , al sistema d e m o c r á t i c o , y el criterio de h o n d o r e s p e t o
por la libertad en toda e x t e n s i ó n , p o r el t r a b a j o , el o r d e n , la e d u c a c i ó n ,
así c o m o su convicción de q u e c u a n d o la s o c i e d a d es e d u c a d a y d i s -
ciplinada en la libertad, no p u e d e d a r c a b i d a a la tiranía. E s h o y in-
controvertible la influencia decisiva q u e d i c h a s i d e a s — d e f e n d i d a s ,
p r o m o v i d a s d e s d e la clase de E c o n o m í a P o l í t i c a — ejercen en el m o -
vimiento político y cultural de n u e s t r a s o c i e d a d . Ellas n o q u e d a n
r e d u c i d a s a simple e x p e r i e n c i a intelectual de un c u r s o u n i v e r s i t a r i o ,
sino q u e p r e n d i e n d o en el e l e m e n t o e s t u d i a n t i l del s e s e n t a , g r a v i t a r á n
y se c o n s a g r a r á n en la p r ó x i m a d é c a d a del s e t e n t a , al a s u m i r un
a c e n t o militante y civilista el m o v i m i e n t o p r i n c i p i s t a , q u e l a s a d o p t a
c o m o d o c t r i n a y c o m o n o r m a de a c c i ó n .
P r o p u l s o r de la libertad de e n s e ñ a n z a , la s o s t i e n e y m a n i f i e s t a
t a n t o d e s d e sus e s c r i t o s , c o m o en las a u l a s y en los c a r g o s l e g i s l a t i v o s .
En su c u r s o de E c o n o m í a Política afirma q u e el criterio e s e n c i a l q u e
e s t a b l e c e n los e c o n o m i s t a s es, q u e los e s t u d i o s p r i m a r i o s d e b e n llegar
a t o d a s las c a p a s de la s o c i e d a d , p u e s t o q u e h a medida que la i n s -
trucción s e extienda a la c l a s e m á s numerosa, o b t e n d r e m o s m á s y
m á s el intento que indicaba el divino Gicberti, e s t o e s el volver la
5
plebe, p u e b l o . F o r m a r al individuo m o r a l , física e i n t e l e c t u a l m e n t e
c o m p l e t o ; c o n s a g r a d o a la s o c i e d a d , a la n a c i ó n ; e d u c a r l o p a r a
la l i b e r t a d ; t r a n s f o r m a r l o en c i u d a d a n o c o n s c i e n t e d e s u s d e r e c h o s
y r e s p o n s a b i l i d a d e s , d e b i e r a s e r la a s p i r a c i ó n firme y c o n t i n u a d a d e
todo g o b i e r n o . La e m a n c i p a c i ó n m e n t a l , e d u c a t i v a q u e p r e p a r e y a p o y e
la i n d e p e n d e n c i a p o l í t i c a ; q u e sirva d e s o s t e n d e los d e r e c h o s i n d i v i -
d u a l e s , y q u e p e r m i t a a q u e l l a liberación e c o n ó m i c a q u e d a s e g u r i d a d
y p e r m a n e n c i a a las a n t e r i o r e s , e s la m á x i m a r e a l i z a c i ó n a q u e d e b e n
c o n s a g r a r s e las a u t o r i d a d e s n a c i o n a l e s . C u a n d o m a y o r s e a el g r a d o
cultural que logre un p a í s , s e ñ a l a d e C a s t r o , t a n t o m e j o r p o d r á

5 De Castro, Carlos. Curso de Economía Política. Mdeo. s. e. 1864 Tomo

primero.

26
lograr su defensa,, ya que la cultura, la verdadera instrucción que
emana del choque de las ideas, de los intereses y de los principios de
6
la masa de los hombres, preserva de los malos y e s t e n s o s gobiernos,
y es la llave q u e da a p e r t u r a a los d e r e c h o s i n h e r e n t e s al individuo.
P e r o una vez s e n t a d o el criterio de la n e c e s i d a d de la instrucción,
el trabajo, y la libertad, p a r a q u e el p u e b l o t e n g a p e r s o n a l i d a d p i o p i a
y se h a g a d i g n o de sus d e r e c h o s , es n e c e s a r i o e n c o n t r a r el medio
a m b i e n t e a d e c u a d o , los p r o c e d i m i e n t o s o p o r t u n o s p a r a su realización.
Es p r e c i s o e n t o n c e s , q u e se o p e r e la transformación de n u e s t r a Univer-
sidad, y así lo entienden C a r l o s de C a s t r o , y el e n t o n c e s rector Fermín
F e r r e i r a ; q u i e n e s luchan i n t e n s a m e n t e por una reforma q u e c a d a día
se t o r n a m á s u r g e n t e . Fiel a e s t a idea es el m e n s a j e q u e se envía,
en julio de 1862, a la Sala de D o c t o r e s , en el cual se p o n e de m a n i -
fiesto la insuficiencia de las c á t e d r a s d i c t a d a s y de la r e g l a m e n t a c i ó n
universitaria en vigencia. El G o b i e r n o d e c r e t a e n t o n c e s , una Comisión
R e v i s o r a de p l a n e s q u e i n t e g r a n el Rector y los D r e s . Manuel H e r r e r a
y O b e s , F r a n c i s c o M a g e s t é , Vicente F. L ó p e z y C a r l o s de C a s t r o . E m -
pero, este movimiento renovador, que tanta esperanzas crea dentro y
fuera del recinto u n i v e r s i t a r i o , n o p u e d e l o g r a r s u s a m b i c i o n e s , ya q u e
s o b r e v i e n e un a c o n t e c i m i e n t o político — l a invasión de F l o r e s — q u e
c o n m u e v e al p a í s t r a y e n d o c o m p l i c a c i o n e s de o r d e n no sólo interno,
sino t a m b i é n i n t e r n a c i o n a l e s .
El c a u d i l l i s m o — f a c t o r decisivo en la política u r u g u a y a del siglo
d i e c i n u e v e — e n t r a n u e v a m e n t e en la e s c e n a oriental. Y lo h a c e , c o n -
t a n d o e s t a vez con el favor de l a s n a c i o n e s limítrofes y el c o n s i g u i e n t e
auxilio de s u s r e c u r s o s b é l i c o s , a r r a s a n d o la c a m p a ñ a y p r o v o c a n d o
en la C a p i t a l , la p e r s e c u s i ó n de n u m e r o s o s e l e m e n t o s c i u d a d a n o s . E n -
tre ellos, se c u e n t a el R e c t o r d e la U n i v e r s i d a d , q u e e s d e s t e r r a d o a
B u e n o s Aires. Se d e s i g n a e n t o n c e s al vice R e c t o r C a r l o s de C a s t r o ,
P r e s i d e n t e del C o n s e j o U n i v e r s i t a r i o . C a r g o q u e o c u p a ú n i c a m e n t e d u -
r a n t e c i n c o m e s e s , p u e s t o q u e el g o b i e r n o d e A g u i r r e d e c r e t a su d i s o
lución, en m a r z o d e 1864. El 2 0 d e f e b r e r o del p r ó x i m o a ñ o , con la
l l e g a d a de F l o r e s a M o n t e v i d e o , se c o n s o l i d a el o r d e n p ú b l i c o , y c o m o
d i r e c t o r e s u l t a d o se r e i n s t a l a el C o n s e j o U n i v e r s i t a r i o . R e a p a r e c e en la
e s c e n a d o c e n t e el D r . F e r m í n F e r r e i r a q u e e s e l e c t o n u e v a m e n t e , en ju-
lio, R e c t o r d e la U n i v e r s i d a d , s i e n d o a c o m p a ñ a d o d e s d e el V i c e r e c t o r a -
d o p o r C a r l o s d e C a s t r o . C o r r e s p o n d e a e s t e p e r í o d o la l u c h a ardorosa
a q u e se a b o c a n l a s a u t o r i d a d e s u n i v e r s i t a r i a s en p r o c u r a de las inno-
v a c i o n e s y m e j o r a s n e c e s a r i a s p a r a su o r g a n i z a c i ó n . En e s t e sentido s e
d e s t a c a n las m e d i a c i o n e s que realizan — t e n d i e n t e s a satisfacer las
a s p i r a c i o n e s e s t u d i a n t i l e s — para el e s t a b l e c i m i e n t o de nuevas c á t e -
d r a s , l o g r a n d o en v a r i o s o p o r t u n i d a d e s el a p o y o del Gobierno.

6 De Castro, Carlos. Programa de Economía Política. Mdeo. 1861 e, Bi-

blioteca P. Blanco Acevedo. B. 3, 21.

27
 Las m u c h a s y diversas actividades de de C a s t r o (Ministro de R e -
laciones Exteriores, Delegado ante la Argentina, l e g i s l a d o r ) lo obligan
a alejarse en 1865, de las c á t e d r a s de Economía Política y D e r e c h o
Constitucional, en las cuales d e r r a m a r a a m a n o s llenas, todas las ideas,
doctrinas, aspiraciones y nobles utopias que había recogido en aquellos
institutos italianos que eran los más liberales, los más amplios y más
modernos del m u n d o . . . . todas las cuestiones sociales, todas las c u e s -
tiones políticas y aún filosóficas y religiosas más en boga, s e discutían
en aquella aula con el entusiasmo que despiertan las novedades, y lo
eran a fe para aquella generación las doctrinas individualistas de la
economía política y las grandes generalizaciones históricas de Michelet
7
y Quinet, a u n q u e — h a y q u e s e ñ a l a r l o — este alejamiento no significa,
en ningún m o m e n t o , su desvinculación de la Universidad. Por lo c o n -
trario, sigue de cerca el movimiento reformista, el d e s e n v o l v i m i e n t o
de la docencia universitaria, así como el p r o c e s o educativo en t o d o s s u s
ciclos, p u e s t o q u e si el Estado debe al pueblo la enseñanza ( c o m o ya
8
no s e discute en ninguna sociedad civilizada), la debe por c o m p l e t o .
Tal p r e o c u p a c i ó n , s í m b o l o de su energía y de su espíritu liberal, se
p u e d e confirmar en los continuos p r o y e c t o s , notas y d i s c u r s o s en q u e
p r o c l a m a de C a s t r o su p e n s a m i e n t o .
D o s a ñ o s m á s t a r d e , en 1 8 6 7 — al fallecer Ferreira, la U n i v e r s i d a d
d e s i g n a a de C a s t r o , P r e s i d e n t e del Consejo. D e s d e esta función se
d e s t a c a p o r la fecunda gestión q u e realiza, en c u a n t o a p l a n e s de e s -
tudio, e x t e n s i ó n de la e n s e ñ a n z a de las ciencias en los c u r s o s s e c u n -
d a r i o s , así c o m o la acción q u e ejecuta en p r o c u r a de la creación de
la F a c u l t a d de M e d i c i n a y M a t e m á t i c a s .
En v e r d a d su interés p o r la e d u c a c i ó n se p r e s e n t a en una línea
c o n t i n u a en el c u r s o de su vida, aún c u a n d o p a r a el logro de la m i s m a ,
o p e r e en p l a n o s q u e en a l g u n o s c a s o s p u e d e n p a r e c e r c o n t r a d i c t o r i o s .
D e t o d o s m o d o s , el objetivo p r i m o r d i a l , se centra en la evolución d e
la m e n t a l i d a d oriental y es lo q u e i m p r i m e un e s t i m u l a n t e impulso a su
actividad. Así, en o c a s i ó n de la i n a u g u r a c i ó n de la Escuela de Artes y
Oficios s o s t i e n e c o m o una n e c e s i d a d i m p o s t e r g a b l e p a r a el p a í s , la
a m p l i a c i ó n d e la e n s e ñ a n z a , y la c o n s o l i d a c i ó n cultural p o r m e d i o del
E s t a d o . C o n c r e t a m e n t e a f i r m a : Incorporémonos al movimiento universal
y e m p e c e m o s a combatir al principal e n e m i g o de la democracia, fun-
dando las e s c u e l a s destinadas a sofocar en su cuna el elemento futuro
de la discordia y de la r e v u e l t a — e s el desarrollo de la instrucción
lo que dará solución a t o d o s los problemas s o c i a l e s y políticos que
9
vienen agitando nuestra joven nacionalidad, d e s d e su emancipación.
Señala de C a s t r o , con e s t a s p a l a b r a s , el d e b e r intransferible de velar

7 La Razón, Mdeo. 26 de octubre de 1882.

^ 8 De Castro, Carlos. Discurso de noviembre de 1882. Manuscrito en Archivo
jeneral de la Nación. Mdeo.
9 e s t r o
• i o P 9 ? ' Carlos. Discurso de inauguración de la Escuela de Artes y Ofi-
c

cios. 1885. Manuscrito en Archivo Gral. de la Nación. Arch. particulares. Mdeo.

28
por el p r o c e s o cultural u r u g u a y o , y de asignar dentro del mismo — a
los c i u d a d a n o s — iguales o p o r t u n i d a d e s y condiciones, a iin de a s e g u -
rar el orden social. E n t i e n d e q u e el E s t a d o en su función de guardián
de la t r a n q u i l i d a d pública y de la organización democrática ha de p r o -
veer a t o d o s los h a b i t a n t e s de la Repúblicas, tanto de la instrucción
elemental c o m o de la s u p e r i o r ; e s t a n d o d e s t i n a d o a difundir y apoyar
p u e s , no sólo a q u e l l a e n s e ñ a n z a universitaria q u e culmina en las p r o -
fesiones liberales, sino q u e t a m b i é n d e b e a r m o n i z a r la cultura con
el ejercicio de una industria, arte u oficio que proporcione al hijo del
10
pueblo el sustento de la vida y la base del porvenir. De tal modo
q u e , s e g ú n el criterio de de C a s t r o , la instrucción llenaría una doble
finalidad: una i n m e d i a t a , en c u a n t o a las p o s i b i l i d a d e s o g a r a n t í a s de
t r a b a j o q u e ofrecería al p u e b l o ; y otra m e d i a t a , en c u a n t o a la per-
m a n e n c i a de un s i s t e m a de g o b i e r n o d e m o c r á t i c o y liberal, cuya
e x i s t e n c i a sólo e s p o s i b l e m e d i a n t e la m a y o r extensión de la e n s e ñ a n z a
pública.
P o r o t r a p a r t e , el mejor nivel cultural repercute directamente en
l a s c o n d i c i o n e s s o c i a l e s y dificultan la introducción de ideas foráneas
en n u e s t r o m e d i o , tales c o m o el s o c i a l i s m o . A esta corriente ideológica
— a l decir d e de C a s t r o — h a b r í a "que vigilar en el futuro p u e s t o que
en el p r e s e n t e e x i s t e n tres h e c h o s que n o s garanten que el nuestro no
e s por ahora terreno para semejante planta, a g r e g a n d o que el primer
h e c h o q u e h a l l a p r e s e r v a d o r e s la g r a n división de la p r o p i e d a d ; el
s e g u n d o , es el e s c a s o n ú m e r o de p r o l e t a r i o s y o b r e r o s que existen en
el U r u g u a y ; y p o r último, s e ñ a l a las múltiples ventajas q u e tiene el
p a í s d e s d e el p u n t o d e v i s t a e c o n ó m i c o y geográfico. De C a s t r o — h o m -
b r e q u e s i e n t e h o n d a m e n t e su t i e m p o — a b o g a p o r la realización de su
ideal político y s o c i a l ; al t i e m p o q u e p r o c u r a , m e d i a n t e la extensión
c u l t u r a l , l o g r a r la t r a n s f o r m a c i ó n del m e d i o nacional.
M i e n t r a s , el p r o c e s o cívico de n u e s t r o país sufre la gravitación
d e n u e v o s a c o n t e c i m i e n t o s políticos, q u e dan una particular fisono-
mía al U r u g u a y . S a n t o s , s u c e d e a L a t o r r e con c a r a c t e r í s t i c a s distintas,
a u n q u e sin v a r i a r el f u n d a m e n t o político, y b u s c a en las clases p o p u -
l a r e s el a p o y o n e c e s a r i o p a r a su g o b i e r n o , al t i e m p o que se e m b a n d e r a
en el l i b e r a l i s m o . D u r a n t e su m a n d a t o , en el t r a n s c u r s o de los a ñ o s
1 8 8 2 - 1 8 8 5 , o c u p a el Sr. C a r l o s de C a s t r o el c a r g o de Ministro de G o -
b i e r n o , s i e n d o p r e c i s a m e n t e en e s t e m o m e n t o , q u e se c o n c r e t a la re-
forma d e la U n i v e r s i d a d . Reforma q u e se o p e r a p o r un p r o y e c t o que
p r e s e n t a d e C a s t r o , y q u e a u s p i c i a el G r a l . S a n t o s .
E n el a r t í c u l o s e g u n d o del m i s m o se d e c r e t a la constitución de la
U n i v e r s i d a d del s i g u i e n t e m o d o : se divide en cuatro Facultades, a s a -
b e r , d e C i e n c i a s y L e t r a s , d e J u r i s p r u d e n c i a , de Medicina y Cirujia, y
11
d e I n g e n i e r í a . Se e s t a b l e c e p u e s , la creación de la Facultad de l n g e -

10 De Castro, Carlos. Discurso de inauguración, cit.

11 Diario Oficial. Año !• N. 20. Mdeo. Noviembre 17 de 1882.
29
 niería, que ya de C a s t r o h a b í a s e ñ a l a d o a n t e r i o r m e n t e , c o m o funda-
mental p a r a el d e s a r r o l l o material del país. Los procesos — e s c r i b e —
de la explotación de nuestras minas, de nuestras industrias agrícolas
dependerán en gran parte de los conocimientos útiles que incorpore-
m o s a su explotación, y no llegaremos a salir de la somnolencia mien-
tras no tengamos a g r ó n o m o s . . . que transformen la índole de los
12
cultivos y perfeccionen la crianza de las razas animales.
Si en el artículo s e g u n d o se planifica la organización universitaria,
en el p r i m e r o se a s e g u r a el e s t a b l e c i m i e n t o del régimen oficial de e s -
tudios, q u e d a n d o la U n i v e r s i d a d bajo la d e p e n d e n c i a y protección del
E s t a d o . El c o n t e n i d o de este artículo da lugar de inmediato a las m á s
a r d i e n t e s p o l é m i c a s . El e n t o n c e s Rector, José P e d r o Ramírez lo objeta
e n é r g i c a m e n t e , por c o n s i d e r a r q u e a t e n t a c o n t r a la a u t o n o m í a univer-
sitaria, p r o c l a m a n d o la i m p e r i o s a n e c e s i d a d de una total independencia
de los e s t u d i o s s u p e r i o r e s del P o d e r ejecutivo.
P o r lo c o n t r a r i o , de C a s t r o señala la p e l i g r o s i d a d de dejar q u e
diversos centros individuales de enseñanza superior den a la juventud
la enseñanza preparatoria que el Estado le niega. Se o p o n e a dejar
a b a n d o n a d a s las n u e v a s g e n e r a c i o n e s e s t u d i a n t i l e s a la contingencia
d e las iniciativas individuales, ya q u e p r o b a b l e m e n t e d e s e m b o c a r í a n en
el d e s o r d e n y en el d e s p r e s t i g i o d o c e n t e ; por lo que le resulta m u c h o
m á s p r u d e n t e c o l o c a r el p r o c e s o intelectual u r u g u a y o bajo la dirección
inmediata y responsabilidad del Poder Ejecutivo, cuya protección y
13
a p o y o reclama para su desarrollo y mejoramiento. P a r a la r e a l i z a -
ción de e s t e plan, q u e implica la participación directa del Ejecutivo,
e s t a b l e c e la e x i s t e n c i a de un Rector, un Secretario General y un C o n -
sejo c o m p u e s t o d e d o c e m i e m b r o s q u e han de ser d e s i g n a d o s por el
G o b i e r n o . I n d u d a b l e m e n t e , no se p u e d e ignorar la diversidad de cri-
terios q u e con r e s p e c t o a la relación U n i v e r s i d a d - E j e c u t i v o se p l a n t e a
en C a r l o s de C a s t r o .
El R e c t o r J o s é P . R a m í r e z lo c o m p r e n d e , y así lo manifiesta en su
n o t a del 16 de e n e r o de 1883, en el cual b r e g a por la independencia
del C o n s e j o U n i v e r s i t a r i o ; y defiende la a u t o n o m í a en b a s e a las d o c -
t r i n a s e n s e ñ a d a s , d e s d e la c á t e d r a de E c o n o m í a Política, por el Prof.
de C a s t r o . Al r e s p e c t o , r e c u e r d a R a m í r e z q u e en el curso del s e s e n t a
se a f i r m a b a q u e de t o d o s l o s partidos el gobierno, e s el menos ade-
cuado para difundir la instrucción.
El p r o y e c t o de C a s t r o d e t e r m i n a p o r otra p a r t e , mejoras m a t e r i a -
les: c o n s t r u c c i ó n d e un n u e v o edificio, d o n d e las a u l a s estarán a b i e r t a s
t a n t o p a r a el h o m b r e c o m o p a r a la mujer, y q u e constarían de g a b i n e -
tes, l a b o r a t o r i o s , bibliotecas c o m p l e t a s , instrumentos y colecciones sin

12 De Castro, Carlos. Discurso de 17 de noviembre de 1882. Manuscrito en

Archivo Oral, de la Nación. Mdeo.
13 De Castro, Carlos. Discurso de 17 nov. de 1882, cit.
30
los cuales e s imposible la existencia de institutos para adquirir el c o -
14
nocimiento completo de las ciencias modernas.
T a l el p e n s a m i e n t o de Carlos de C a s t r o que deja traslucir — e n el
m e n c i o n a d o p r o y e c t o — su preocupación por la educación, por la en-
s e ñ a n z a en t o d o s sus ciclos, cuya influencia en nuestra sociedad, capta
en toda su dimensión.
Se trata c o n c r e t a m e n t e de poner en m a r c h a un engranaje ejecu-
tivo tal, q u e t o d o s los c i u d a d a n o s p u e d a n tener acceso a 61; y con el
m i s m o , a u t o g o b e r n a r s e , legislar, a d m i n i s t r a r justicia, ejercer los n e -
g o c i o s mercantiles, a d m i n i s t r a r industrias, o p e r a r en los talleres a r t e -
s a n a l c s , es decir i n t e g r a r s e con la s e g u r i d a d q u e da una sólida forma-
ción cultural d e n t r o del c o n t e x t o económico-social u r u g u a y o . Su con-
s a g r a c i ó n a la c a u s a de la Instrucción lo lleva a publicar textos de
E c o n o m í a Política, ( i m p r e s o s en 1 8 6 4 ) , de D e r e c h o Constitucional,
( p u b l i c a d o en 1 8 6 3 ) , y de D e r e c h o Administrativo, en 1885. Asimis-
m o es a u t o r de un p r o y e c t o de ley sobre Instrucción Pública que c o -
r r e s p o n d e al p e r í o d o 1863-1864, en cuyo articulo primero p r o c l a m a :
La Instrucción pública depende de la dirección de un Consejo S u -
perior con atribuciones administrativas y judiciales: a él compete
p r o m o v e r . . . la difusión de la i n s t r u c c i ó n . . . y proveer en todas partes
a la administración de la Universidad, institutos y establecimientos
15
pertenecientes a la enseñanza y a la educación pública. Asimismo,
en el a r t í c u l o s i g u i e n t e d e t e r m i n a los e s t a b l e c i m i e n t o s q u e d e p e n d e n
de d i c h o c o n s e j o o s e a : la U n i v e r s i d a d , los colegios públicos, las e s -
c u e l a s de instrucción elemental y superior, t a n t o p ú b l i c a s c o m o p r i v a -
d a s ; m i e n t r a s q u e p a r a p r e s e r v a r la i n d e p e n d e n c i a de la educación
a n o t a q u e la A s a m b l e a p o r ley especial d e b e r á a v i s a r los medios que
p o s e e r á la Instrucción p ú b l i c a , a los efectos q u e p u d i e r a c o s t e a r s e con
r e n t a s p r o p i a s . P r i n c i p i o s e s t o s q u e d e l a t a n su definida orientación
liberal, s u s c o n v i c c i o n e s llenas de a m p l i t u d , de profundidad, d e e s p í -
ritu i n t e g r a d o r y u n i t a r i o , de afán por difundir la cultura c o m o la mejor
vía p a r a definir e i n t e r p r e t a r n u e s t r a n a c i o n a l i d a d . La convicción de
s u s i d e a s y el c o n o c i m i e n t o profundo q u e tiene de las c á t e d r a s q u e
d i c t a , se p u e d e n a p r e c i a r h o y , en s u s libros de D e r e c h o Constitucional
y E c o n o m í a P o l í t i c a ; s i e n d o de d e s t a c a r q u e los p r o b l e m a s i n h e r e n t e s
a e c o n o m í a e s t á n e s m e r a d a m e n t e e x a m i n a d o s , m i e n t r a s q u e las fuentes
d e n u e s t r o d e r e c h o c o n s t i t u c i o n a l y a d m i n i s t r a t i v o se hallan a n a l i z a d a s
y e x p u e s t a s con c l a r i d a d , s i s t e m a y c a r e n c i a de t o d o d o g m a t i s m o . Sin
d u d a , o r i e n t a d e s d e las a u l a s al P a r l a m e n t o t o d a acción cultural, con
un s e n t i d o p r o g r e s i s t a y realista, al t i e m p o q u e posibilita con el s u s -
t e n t o i d e o l ó g i c o del c u r s o d e E c o n o m í a Política, la t r a n s f o r m a c i ó n d e

14 Mensaje del Poder Ejecutivo a la Asamblea General, firmado por Carlos

de Castro, en Diario Oficial. Mdeo. Noviembre 17 de 1882.
15 De Castro, Carlos. Proyecto de Instrucción Pública. Manuscrito en Ar-
chivo Gral. de la Nación.

31
la m e n t a l i d a d de la j u v e n t u d m o n t e v i d e a n a , q u e d e s d e e n t o n c e s cala
en la realidad del p a í s , y b r e g a p o r lograr la radicación de la d e m o -
m o c r a c i a en el p r o c e s o político u r u g u a y o . El intento civilista, el m a n t e -
nimiento de la i n d e p e n d e n c i a nacional, el e s t a b l e c i m i e n t o de un r é g i -
men demoliberal d e s d e los p r i m e r o s a ñ o s del siglo XX, se a p o y a n en
b u e n a m e d i d a en la p r é d i c a de la d o c t r i n a liberal de C a r l o s de C a s t r o ,
en la aplicación de su r e s p e t o p o r los d e r e c h o s individuales, p o r la
libertad, el t r a b a j o y el a f i a n z a m i e n t o cultural en los g r a n d e s s e c t o r e s
de la p o b l a c i ó n . F r e n t e a e s t a labor d o c e n t e es, que se p u e d e afirmar,
q u e C a r l o s de C a s t r o tiene una de las a c t u a c i o n e s m á s p o s i t i v a s y o r i -
g i n a r i a m e n t e revolucionaria de n u e s t r o siglo p a s a d o ; y q u e su o r i e n -
tación ideológica, g r a v i t a d e c i s o r i a m e n t e en n u e s t r a realidad p o l í t i c o -
social.

Mireya Pintos Carabajal

32
ENRIQUE AMORIM: UN TORBELLINO DE VIDA
Por

HORTENSIA CAMPANELLA
 I
El mes de Julio evoca la m e m o r i a de los d o s e x t r e m o s capitales
de la existencia de un escritor u r u g u a y o de vigencia internacional:
E n r i q u e Amorim. N a c i d o el 25 de julio de 1900 y m u e r t o el 2 8 de
Julio de 1960, p r o t a g o n i z ó un fenómeno infrecuente entre los escritores
n a c i d o s en n u e s t r o país, e s p e c i a l m e n t e en los a ñ o s en que publicó
Amorim, c o m o lo es la amplia difusión de su p r o d u c i ó n en el exterior.
En efecto, el tácito r e c o n o c i m i e n t o q u e significa la traducción de una
o b r a literaria a o t r o s i d i o m a s , lo o b t u v o d u r a n t e su vida, y no a g o t a -
r e m o s la mención al r e c o r d a r las ediciones en inglés, francés, ruso,
alemán, checo.
M u c h a s v e c e s esa r e p e r c u s i ó n e x t r a n j e r a iguala o s u p e r a a la n a -
cional y r i o p l a t e n s e , t a n t o en la p r o m o c i ó n de sus o b r a s c o m o en su
e s t u d i o crítico. Un ejemplo s o b r e s a l i e n t e de e s t o lo e n c o n t r a m o s en
1
el libro de K. E. M o s e q u e , h a b i e n d o sido a c e p t a d o c o m o tesis p a r a
su D o c t o r a d o en L e t r a s en la U n i v e r s i d a d de T o r o n t o , fue p u b l i c a d o
en 1972. L a m e n t a b l e m e n t e , el h e c h o de t r a t a r s e de una edición en in-
g l é s ha dificultado la difusión de este t r a b a j o en n u e s t r o medio.
S i g u i e n d o un e s q u e m a c r o n o l ó g i c o K. E. M o s e e s t u d i a la o b r a
d e A m o r i m en su conjunto, l l e n a n d o así un v a c í o i m p o r t a n t e en su
bibliografía crítica. L a s d i s t i n t a s esferas e x p r e s i v a s del a u t o r — n a r r a -
tiva, lírica, c i n e m a t o g r á f i c a — son e s t u d i a d a s en sí m i s m a s , c o m o un
u n i v e r s o , q u e e s c r e a c i ó n de un h o m b r e p e r o q u e e s reflejo de t o d o s
los h o m b r e s , del u n i v e r s o objetivo — real a t r a v é s de la creación
d e o t r a r e a l i d a d , la a r t í s t i c a . El p l a n t e o de un c o n t e x t o político,
social, a r t í s t i c o es un i n s t r u m e n t o auxiliar p a r a c o m p r e n d e r m e -
j o r las c a u s a s del a c t o c r e a t i v o y t a m b i é n la recepción de la o b r a
u n a vez p r o p u e s t a al p ú b l i c o . D e e s a m a n e r a , M o s e m u e s t r a al ser
h u m a n o — A m o r i m e n f r e n t a d o a u n a posición q u e se t r a s l u c e vital-
m e n t e en su a c c i ó n , en su relación con la s o c i e d a d , en su c o r r e s p o n d e n -
cia y, c o m o n o p o d í a ser de o t r a m a n e r a , se refleja en el vehículo
ideal d e su p e n s a m i e n t o , q u e es su c r e a c i ó n artística.
El a u t o r de e s t e libro, n a c i d o en T r i n i d a d - T o b a g o , p a s ó un a ñ o
en U r u g u a y y o t r o en A r g e n t i n a a t e n d i e n d o e x c l u s i v a m e n t e al e x a m e n
d e la v i d a y o b r a de A m o r i m . E s t a d e d i c a c i ó n se t r a s l u c e en el rigor
y la e x a c t i t u d con q u e e s t u d i a a n u e s t r o escritor, quien, al decir de
M o s e , se d e s a r r o l l a c o n c é n t r i c a m e n t e c o m o " s a l t e ñ o , u r u g u a y o , r i o -
platense y latinoamericano".

1 Enrique Amorim. The passion of Uruguayan. Plaza Mayor Ediciones. New

York. 1972.

35
 Los desarrollos críticos en este e s t u d i o e s t á n a c o m p a ñ a d o s y
justificados p o r n u m e r o s a s a p o y a t u r a s bibliográficas y c i t a s del p r o -
pío Amorim, lo cual al mismo t i e m p o q u e d e m u e s t r a la solidez del e n -
foque, facilita la lectura p a r a a q u e l l o s no e s p e c i a l i s t a s .
A d e m á s de acudir a los testimonios d i r e c t o s de a m i g o s , familiares
o testigos de la época, M o s e realizó un c u i d a d o s o r e l e v a m i e n t o d e fuen-
tes d o c u m e n t a l e s , p ú b l i c a s en a l g u n o s c a s o s , y m u y e s p e c i a l m e n t e de
lo q u e se d e n o m i n a en el libro, " A r c h i v o Las N u b e s " . E s t a e s una
valiosísima compilación de m a n u s c r i t o s , c o r r e s p o n d e n c i a — m á s d e
2.000 c a r t a s dirigidas a A m o r i m — y p u b l i c a c i o n e s , q u e h a c o n s e r v a d o
y o r d e n a d o con celo e inteligencia la v i u d a del e s c r i t o r y q u e a c t u a l -
mente está c u s t o d i a d o en el D e p a r t a m e n t o de I n v e s t i g a c i o n e s d e n u e s -
tra Biblioteca Nacional.

II
"Un escritor que hace pensar es un
gran escritor".

Esta definición literaria — y t a m b i é n v i t a l — q u e e x p r e s a E n r i q u e

Amorim en 1930, c o n s t i t u y e una de s u s p a s i o n e s f u n d a m e n t a l e s , q u e
M o s e estudia.
Ya d e s d e la inclusión del c u e n t o " L a s Q u i t a n d e r a s " en u n o d e s u s
p r i m e r o s libros, " A m o r i m " , en 1823, el n a r r a d o r p l a n t e a , n o s o l o el
g e r m e n de una de s u s n o v e l a s m á s i m p o r t a n t e s , " L a C a r r e t a " , s i n o
también una c o n s t a n t e d e n t r o de t o d a su o b r a : la a p r e h e n s i ó n d e la
realidad q u e lo r o d e a .
La literatura c o m o e x p r e s i ó n lúdica, el e s t e t i c i s m o estéril, e s t á n
a u s e n t e s de la o b r a de A m o r i m , q u i e n , si bien p o r su s i t u a c i ó n social
hubiera p o d i d o e s t a r ajeno a los sufrimientos y la e x p l o t a c i ó n del
p a i s a n o , del agricultor, de la " q u i t a n d e r a " , c o m o h o m b r e y c o m o e s -
critor los enfrenta c o m o p r o p i o s . En 1946 e s c r i b e : " P i n t a r p a r a el
pueblo, o escribir p a r a el p u e b l o , he allí u n a m i s i ó n q u e e n n o b l e c e .
I n c o r p o r a r s e a sus n e c e s i d a d e s , p a d e c e r l a s , es d e b e r m á s c u l o y fecun-
do. Un a r t e q u e elude el á s p e r o v i e n t o de la r e a l i d a d , se t r a n s f o r m a en
j u e g o m e z q u i n o de e x q u i s i t e c e s y en s e c r e t e o s m i n ú s c u l o s q u e d e -
primen. . . "
D e n t r o de e s t a s c o o r d e n a d a s A m o r i m elige los s e g m e n t o s d e
realidad q u e le son m á s c e r c a n o s , c o m o e s el á m b i t o r u r a l , c o n s u s
diversos e l e m e n t o s conflictivos: el " r u s o o " g r i n g o " , la m e c a n i -
zación de la a g r i c u l t u r a , el e n f r e n t a m i e n t o con la c i u d a d , t e m a s
t o d o s q u e d e s a r r o l l a en la m a y o r í a d e s u s g r a n d e s n o v e l a s , ( " L a C a -
r r e t a " , "El P a i s a n o A g u i l a r " , "El C a b a l l o y su S o m b r a " ) .
La imagen simbólica q u e d o m i n a e s t a s n o v e l a s — y g r a n p a r t e
de la o b r a d e A m o r i m — , es la del d i á l o g o del H o m b r e y la T i e r r a .
("El P a i s a n o A g u i l a r " t e r m i n a " p o r q u e a ú n n o h a c o m e n z a d o el d i á l o g o

36
entre el h o m b r e y la l l a n u r a " ) . Por ello Mose la d e s t a c a bajo las d i s -
tintas formas con q u e se p r e s e n t a n en Amorim, d e s d e el h o m b r e de
c a m p o en lucha con su medio — c o m o en las novelas ya m e n c i o n a d a s — ,
h a s t a el p o e t a que b u s c a refugio en la N a t u r a l e z a — c o m o en " D i v a -
gación en SI V e g e t a l " , de "Mi P a t r i a " , 1960.
En e s t a s instancias, tan diferentes en su simple enunciación, r e -
side el m i s m o c o n c e p t o : la exaltación de la vitalidad del h o m b r e in-
m e r s o en su medio, la n a t u r a l e z a . Al s e ñ a l a r uno de los p r o c e d i m i e n t o s
q u e utiliza Amorim p a r a dar esta relación, Mose d i c e : " E s t e intenso
t r a b a j o de testimonio p e r s o n a l de un escritor q u e miró d e n t r o y fuera
de sí m i s m o y vio una profunda unión entre el h o m b r e y los objetos
d e la n a t u r a l e z a a su a l r e d e d o r , está m a r c a d o por una tendencia a
elevar ciertos e l e m e n t o s de la atmósfera c a m p e s i n a a la c a t e g o r í a de
símbolos quintaesencíales".
E s a exaltación de la vitalidad del h o m b r e de la q u e h a b l á b a m o s ,
de e s p e r a n z a en su futuro, llevó a un c o m p r o m i s o de Amorim con su
m o m e n t o tan i n t e n s a m e n t e a s u m i d o q u e modifica a l g u n o s de sus e s q u e -
m a s literarios. En su b a l a n c e final Mose concluye que " s u o b r a es
u n a i n t e r p r e t a c i ó n de la r e a l i d a d en la cual r e p r e s e n t ó críticamente lo
q u e él veía c o m o v e r d a d e s e s e n c i a l e s " . Y analiza ciertos desniveles en
la c a l i d a d general de la o b r a , a s í : " L a p a s i ó n social de Amorim explica
l a s d e b i l i d a d e s en a l g u n a s de sus m e j o r e s o b r a s y t a m b i é n el ritmo
i n t e r m i t e n t e de su d e s a r r o l l o c o m o escritor. A ella a s i m i s m o se deben
2
s u s m a y o r e s l o g r o s . Su Ángel fue t a m b i é n su D e m o n i o " .
Si la g e n e r a c i ó n c o e t á n e a de Amorim lo a d m i r ó c o n t r a d i c t o r i a m e n -
te, s i g u i e n d o t a m b i é n i m p u l s o s , es h o r a de q u e la g e n e r a c i ó n q u e nació
c u a n d o él e s t a b a en su p l e n i t u d c r e a d o r a e s t u d i e su o b r a y s e p a por
q u é d e b e a d m i r a r l o . P a r a ello e s t e t r a b a j o d e K. E. M o s e constituye
un p u n t o de p a r t i d a ineludible y c o m o él m i s m o a s p i r a en el Prefacio,
un m a r c o s o b r e el cual se a p o y e n futuras i n v e s t i g a c i o n e s .

Hortensia Campanella

2 Las traducciones son de la autora.

37
CONFERENCIA SOBRE MADAME CURIE
P o r el
Prof. Ing. G E R M Á N E. VILLAR

Pronunciada en el Auditorio Vaz Ferreira de la

Biblioteca Nacional
 Aún hoy, en q u e los rascacielos comienzan a emerger dentro de
la zona u r b a n a de P a r í s , el edificio del P a n t e ó n ocupa un lugar p r o -
minente en el p a n o r a m a de la gran ciudad.
La i n m e n s a mole neoclásica corona la m o n t a ñ a de Santa G e n o -
veva q u e es el c o r a z ó n de uno de los b a r r i o s m á s característicos, co-
n o c i d o c o m o el Q u a r t i e r Latin.
Fue a l r e d e d o r de la m o n t a ñ a de S a n t a G e n o v e v a , que a lo largo
d e c e n t u r i a s se fueron u b i c a n d o las a b a d í a s d o n d e se instalaron los
p r i m e r o s c e n t r o s de e s t u d i o s . L u e g o se levantó la S o r b o n a , que dio
origen m á s t a r d e a la U n i v e r s i d a d de P a r í s .
J u n t o a la U n i v e r s i d a d , se c o n s t r u y e r o n la Escuela de Bellas Artes,
la E s c u e l a P o l i t é c n i c a , el Liceo Luis el G r a n d e , la Biblioteca de Santa
G e n o v e v a , las i g l e s i a s de St. E t i e n n e du Mont y de St. Sévérin; c a s a s
d e a l o j a m i e n t o p a r a e s t u d i a n t e s y p a r a a r t i s t a s , los q u e encontraron
allí un l u g a r e s p e c i a l m e n t e d o t a d o p a r a el cultivo de su vocación.
U n a u r b a n i z a c i ó n tan heterogénea fue desarrollándose también
de modo muy particular.
E s c i e r t o q u e el B u l e v a r St. Michel y el Bulevar St. G e r m a i n ofre-
cen s u s a m p l i a s v e r e d a s y c a l z a d a s p a r a el tráfico y la circulación de
la a l e g r e y b u l l i c i o s a m u c h e d u m b r e estudiantil.
T a m b i é n la rué Sufflot con su p r o p o r c i o n a d a a n c h u r a da al P a n -
teón u n a p e r s p e c t i v a e q u i l i b r a d a ; y a c t u a n d o c o m o vía de tránsito
e n c a u z a h a c i a el B u l e v a r St. Michel y los jardines del L u x e m b u r g o a
los e s t u d i a n t e s d e C i e n c i a s y L e t r a s , así c o m o a los futuros politécnicos.
P e r o , a d e m á s d e e s t a s manifestaciones de la edilicia m o d e r n a ,
el Q u a r t i e r Latin c o n s e r v a c e l o s a m e n t e en sus t o r t u o s a s callejas, r e s -
t o s d e un p a s a d o ilustre, d o n d e reside g r a n p a r t e de la Historia de la
C i e n c i a d e F r a n c i a y del M u n d o .

T r a s l a d é m o s n o s c o n la i m a g i n a c i ó n a la e s t r e c h a y o s c u r a rué
L h o m o n d , en el frío i n v i e r n o de 1897. E s decir, h a c e casi o c h e n t a a ñ o s .
Allí s e e n c o n t r a b a i n s t a l a d o u n o de los a n e x o s de la Escuela M u -
nicipal d e F í s i c a y Q u í m i c a d e P a r í s .
En un g a l p ó n u t i l i z a d o c o m o d e p ó s i t o y q u e se h a b í a t r a n s f o r m a d o
en l a b o r a t o r i o , t r a b a j a a b s o r t a u n a joven p a r e j a .
P i e r r e C u r i e , a l t o y a p u e s t o en s u s 3 8 a ñ o s ; y su e s p o s a , María
S k l o d o w s k a C u r i e , c o n s u l u m i n o s a c a r a intelectual, a los 3 0 a ñ o s d e
edad.

41
 El t r a t a b a de e n c o n t r a r una interpretación científica p a r a el c u r i o -
so fulgor v e r d o s o q u e p r e s e n t a b a n en la o s c u r i d a d los p r e p a r a d o s
q u í m i c o s o b t e n i d o s por su e s p o s a .
De los recipientes que contenían la nueva s u s t a n c i a se d e s p r e n d í a
también un tenue v a p o r s o r p r e n d e n t e m e n t e l u m i n o s o .
El fenómeno se p r e s e n t a b a con tal belleza y tenía c a r a c t e r í s t i c a s
tan i n e s p e r a d a s , q u e el m a t r i m o n i o no h a b í a p o d i d o resistir a la t e n -
tación de p r o l o n g a r su velada de t r a b a j o m á s allá de lo h a b i t u a l .
Los e s p o s o s Curie se e n c o n t r a b a n frente a los c o m p u e s t o s q u í m i -
cos de un e l e m e n t o nuevo, el radio.
M a r í a S k l o d o w s k a h a b í a llegado a ñ o s a n t e s de V a r s o v i a para
realizar en P a r í s sus e s t u d i o s s u p e r i o r e s de C i e n c i a s .
Vivía m o d e s t a m e n t e en c a s a de su h e r m a n a B r o n i a , d e d i c a d a t o t a l -
mente a sus e s t u d i o s y a n i m a d a por su afán de t e r m i n a r el d o c t o r a d o
p a r a r e g r e s a r a su patria.
Su p r e p a r a c i ó n y su talento le p e r m i t i e r o n c o n s e g u i r un p u e s t o
de Profesora en la Escuela Normal de S é v r e s , con lo cual p u d o s a t i s -
facer su a n h e l o de a t e n d e r por si p r o p i a los g a s t o s o r i g i n a d o s p o r s u s
estudios.
En c a s a de un físico p o l a c o , se produjo el e n c u e n t r o o c a s i o n a l d e
María con P i e r r e Curie.
E s t e último era Profesor de Física de la E s c u e l a M u n i c i p a l d e
Física y Química de P a r í s . S u s t r a b a j o s s o b r e c r i s t a l o g r a f í a y, en
particular, s o b r e las p r o p i e d a d e s m e c á n i c a s y e l é c t r i c a s de los c r i s t a l e s ,
h a b í a n l l a m a d o la a t e n c i ó n .
Curie q u e d ó m a r a v i l l a d o con la inteligencia y la formación e s p i -
ritual de la joven p o l a c a , así c o m o t a m b i é n p o r la c o m u n i d a d d e i d e a s
s o b r e c u e s t i o n e s de índole científica.
P o r su p a r t e , M a r í a se e n c o n t r ó frente a un e x p e r i m e n t a d o m e n -
tor, d i s p u e s t o con m u c h o interés, a a c o n s e j a r l a en la r e s o l u c i ó n d e
a l g u n o s relativos a los e s t u d i o s q u e e s t a b a r e a l i z a n d o .
Se e s t a b l e c i ó así una a m i s t a d e s t r e c h a e n t r e los j ó v e n e s , la q u e
p o c o t i e m p o d e s p u é s h a b í a de t e r m i n a r en el m a t r i m o n i o .
E s t o o c u r r í a t r e s a ñ o s a n t e s del d e s c u b r i m i e n t o del r a d i o .
El e n c u e n t r o d e M a r í a S k l o d o w s k a con P i e r r e C u r i e t u v o una
repercusión decisiva s o b r e la c a r r e r a científica d e a m b o s .
El c a s a m i e n t o coincidió con el d e s c u b r i m i e n t o d e la r a d i a c t i v i d a d
por Becquerel.
Curie e n t u s i a s m ó a su mujer p a r a q u e se d e d i c a r a a la i n v e s t i -
gación d e n t r o del c a m p o n o v í s i m o de los f e n ó m e n o s r a d i a c t i v o s . A d e -
más, c o l a b o r ó a c t i v a m e n t e con ella en u n a g r a n p a r t e d e los t r a b a j o s
experimentales. T a m b i é n r e a l i z a r o n j u n t o s la d e t e r m i n a c i ó n d e m u c h a s

42
p r o p i e d a d e s de las s u s t a n c i a s radiactivas, asi c o m o el descubrimiento
de d o s e l e m e n t o s r a d i a c t i v o s ; el polonio y el radio.
La intimidad del joven matrimonio se hacia cada vez m á s estrecha
y el cultivo "de la Ciencia, que hubiera dirigido la imaginación y el
p e n s a m i e n t o según sentidos divergentes, servia en este caso para unir-
los aún m á s e s t r e c h a m e n t e .
María sentía crecer su admiración por su marido, cuyos profun-
d o s c o n o c i m i e n t o s de Física eran útilísimos p a r a a v a n z a r dentro del
e s t u d i o teórico de los fenómenos d e s c o n o c i d o s q u e e s t a b a n investi-
g a n d o . M i e n t r a s q u e éste, a r r a s t r a d o por la influencia de su mujer
y p o r su v e h e m e n t e inclinación hacia el tema, se d e d i c a b a totalmente
a la investigación.
El interés de P i e r r e Curie por los fenómenos radiactivos fue tan
g r a n d e , q u e a b s o r b i d o por el e s t u d i o y por la interpretación física
de é s t o s f e n ó m e n o s , a b a n d o n ó s u s investigaciones sobre cristalografía
p a r a d e d i c a r s e i n t e g r a m e n t e a trabajar con su e s p o s a dentro del c a m p o
d e la R a d i a c t i v i d a d .
C o m o c o n s e c u e n c i a de su a p a s i o n a d a dedicación a esta nueva r a -
m a d e la Física, la c o n t r i b u c i ó n de P i e r r e Curie al a d e l a n t o de los p r i -
m e r o s e s t u d i o s s o b r e R a d i a c t i v i d a d fue de tal importancia, que la
A c a d e m i a de C i e n c i a s de Suecia o t o r g ó en 1903 el premio Nobel
de la Física a B e c q u e r e l , c o n j u n t a m e n t e con los e s p o s o s Pierre y M a -
ría C u r i e .
El P r e m i o Nobel trajo c o n s i g o la c e l e b r i d a d y con ella una d i s -
minución de la intimidad tan a p r e c i a d a por los i n v e s t i g a d o r e s , c u y a s
t a r e a s se veían p e r t u r b a d a s a h o r a p o r los c o m p r o m i s o s sociales q u e
les e r a n s i n g u l a r m e n t e i n g r a t o s .
P i e r r e C u r i e fue n o m b r a d o Profesor de la S o r b o n a , a s i g n á n d o s e l e
u n a alta s u b v e n c i ó n p a r a i n s t a l a r su l a b o r a t o r i o , m i e n t r a s q u e M a d a -
me C u r i e t r a b a j a b a a f a n o s a m e n t e p a r a t e r m i n a r la tesis s o b r e r a d i a c -
tividad con q u e d e b e r í a c o n q u i s t a r su d o c t o r a d o en la p r o p i a S o r b o n a .
La felicidad del m a t r i m o n i o se h a b í a i n c r e m e n t a d o con el éxito
de s u s t r a b a j o s y con la l l e g a d a 'de d o s niñas q u e c o m p l e t a b a n el
g r u p o familiar. Los p r o b l e m a s e c o n ó m i c o s h a b í a n d e s a p a r e c i d o y sólo
e r a m o t i v o d e q u e j a la falta de t i e m p o p a r a p o d e r c o n t i n u a r su tarea
con la m i s m a c e l e r i d a d de a n t e s .
E s t a a n s i e d a d p o r la falta de t i e m p o era la p r e o c u p a c i ó n domi-
nante del j o v e n m a t r i m o n i o y p a r e c í a ser p r o c u r s o r a de algún presagio
funesto.
D e s p u é s d e siete a ñ o s de felicidad ininterrumpida, la tragedia se
a b a t i ó s o b r e el hogar de los Curie.
U n a tarde, al cruzar Pierre la rué Dauphine, cerca de su casa, fué
arrollado por un enorme furgón c u y o s caballos se habían desbocado.

43
 De esta m a n e r a , la Ciencia p e r d i ó u n o de s u s v a l o r e s m á s p r o m i -
sorios y M a d a m e Curie e x p e r i m e n t ó un g o l p e i n m e n s o , del cual j a m á s
pudo recuperarse.
La vida de M a r í a q u e d ó m a r c a d a p a r a s i e m p r e p o r u n a señal
de a m a r g u r a q u e le hizo intolerables los h o n o r e s así c o m o las d e -
mostraciones de s i m p a t í a y, t a m b i é n de c u r i o s i d a d , q u e d e s p e r t a b a en
todos lados la d e s c u b r i d o r a del r a d i o .
Su único r e c u r s o fué refugirse en el t r a b a j o . Al p r i n c i p i o t r a t ó
de a t u r d i r s e p a r a no p e n s a r en su i n m e n s a d e s g r a c i a . M á s t a r d e volvió
a e x p e r i m e n t a r la tranquila satisfación q u e p r o p o r c i o n a la b ú s q u e d a
y el e n c u e n t r o de la V e r d a d .
En el a ñ o 1911, recibió M a d a m e Curie el P r e m i o N o b e l d e la
Química.
A c o m i e n z o s de 1896, las u n i v e r s i d a d e s y las a c a d e m i a s c i e n t í -
ficas del m u n d o , recibieron con s o r p r e s a el a n u n c i o d e un n o t a b l e
descubrimiento.
Un profesor a l e m á n p o c o c o n o c i d o , R ó n t g e n , h a b í a d e s c u b i e r t o
una radiación invisible al ojo h u m a n o , q u e e n t r e m u c h a s p r o p i e d a d e s ,
tenía la de a t r a v e s a r el p a p e l n e g r o y o t r a s s u s t a n c i a s , o p a c a s a la luz.
El d e s c u b r i d o r p r o p u s o el n o m b r e de " r a y o s X " p a r a la n u e v a
radiación.
Róntgen realizó su d e s c u b r i m i e n t o i n v e s t i g a n d o la p o s i b i l i d a d d e
q u e d u r a n t e el funcionamiento de un t u b o de r a y o s c a t ó d i c o s se p r o -
dujeran r a d i a c i o n e s s u c e p t i b l e s de a t r a v e s a r los c u e r p o s o p a c o s .
Al e n t e r a r s e P o i n c a r é en P a r í s d e q u e la e m i s i ó n d e los r a y o s X
se p r o d u c í a en la p a r t e del t u b o d e d e s c a r g a q u e se p o n í a f l u o r e s c e n t e
p o r el i m p a c t o d e los r a y o s c a t ó d i c o s , emitió la h i p ó t e s i s d e q u e los
fenómenos de fluorescencia y d e fosforescencia fueran a c o m p a ñ a d o s
p o r la emisión de r a y o s X.
Con el fin de verificar e s t a h i p ó t e s i s , B e c q u e r e l utilizó c o m o s u s -
tancia fluorescente c r i s t a l e s de sulfato d e u r a n i l o y p o t a s i o , c u y a fluo-
rescencia h a b í a sido e s t u d i a d a p o r su p a d r e .
B e c q u e r e l d e s c u b r i ó q u e la s u s t a n c i a e n s a y a d a t e n í a la p r o p i e -
d a d de i m p r e s i o n a r la p l a c a fotográfica a ú n c u a n d o n o se le s o m e t i e r a
p r e v i a m e n t e a la e x p o s i c i ó n de la luz, lo cual p o n í a en e v i d e n c i a q u e
el fenómeno no era d e b i d o a la fluorescencia.
B e c q u e r e l repitió s u s e x p e r i e n c i a s u t i l i z a n d o t o d o s los c o m p u e s t o s
de u r a n i o e n t o n c e s c o n o c i d o s , incluso el u r a n i o m e t á l i c o , v e r i f i c a n d o
q u e en t o d o s los c a s o s se p r o d u c í a la i m p r e s i ó n d e la p l a c a f o t o g r á f i c a
a t r a v é s del p a p e l , p o r el efecto d e u n a r a d i a c i ó n e s p o n t á n e a , q u e
era i n d e p e n d i e n t e de l a s c o n d i c i o n e s d e iluminación y d e la t e m p e -
ratura.
Fué en e s t a forma c o m p l e t a m e n t e c a s u a l q u e B e c q u e r e l d e s c u b r i ó
la radiactividad, q u e él s u p u s o fuera u n a p r o p i e d a d e x c l u s i v a del u r a -

44
nio y de sus c o m p u e s t o s , por lo cual p r o p u s o p a r a dicha radiación
el n o m b r e de " r a y o s u r á n i c o s " .
Becquerel interesó a Pierre y a María Curie, que a c a b a b a n de
c a s a r s e , p a r a q u e investigaran a fondo el fenómeno, el cual eligió
M a r í a c o m o t e m a a desarrollar en su tesis del d o c t o r a d o que debía
p r e p a r a r en la S o r b o n a .
M a d a m e Curie inició su trabajo, h a c i e n d o una extensa y minuciosa
investigación s o b r e minerales muy v a r i a d o s , con el fin de c o m p r o b a r
si emitían r a y o s c a p a c e s de a t r a v e s a r los cuerpos o p a c o s .
De esta maríera d e s c u b r i ó q u e los c o m p u e s t o s de torio emitían
t a m b i é n una radiación s e m e j a n t e a la de los r a y o s uránicos.
S u p o n i e n d o M a d a m e Curie q u e esta radiación c o r r e s p o n d í a a
u n a n u e v a p r o p i e d a d de la m a t e r i a , p r o p u s o en 1898, q u e se le d e -
n o m i n a r a con el n o m b r e de " r a d i a c t i v i d a d " .
M a d a m e Curie se d e d i c ó d e s p u é s a un estudio sistemático de m u -
c h o s c o m p u e s t o s y e l e m e n t o s , así c o m o de r o c a s y minerales, e n c o n -
t r a n d o q u e en a l g u n o s m i n e r a l e s de uranio la intensidad de la r a d i a c -
tividad era m u y s u p e r i o r a la p r e v i s t a , de a c u e r d o con su contenido
de uranio.
E s t o s r e s u l t a d o s c o n d u j e r o n a los e s p o s o s Curie a s u p o n e r q u e
d i c h o s m i n e r a l e s c o n t u v i e r a n una s u s t a n c i a fuertemente radiactiva, d i s -
tinta del u r a n i o y del torio.
La b ú s q u e d a de e s t e n u e v o r a d i o e l e m e n t o fué r e a l i z a d a en común
p o r P i e r r e y M a r í a Curie, q u i e n e s t r a b a j a n d o s o b r e p e c h b l e n d a p r o v e -
n i e n t e de la m i n a de St. J o a c h i m s t h a l , C h e c o s l o v a q u i a , aislaron en junio
d e 1898 un n u e v o e l e m e n t o r a d i a c t i v o , al cual d e n o m i n a r o n " p o l o n i o "
en r e c u e r d o d e P o l o n i a , la p a t r i a de M a d a m e Curie.
P r o s i g u i e n d o s u s i n v e s t i g a c i o n e s , con la c o l a b o r a c i ó n de B é m o n t
los e s p o s o s C u r i e d e s c u b r i e r o n el r a d i o , en d i c i e m b r e de 1898.
E r a é s t a , la s u s t a n c i a de g r a n a c t i v i d a d , c u y a existencia p r e v e í a n .
L o s i n v e s t i g a d o r e s o b s e r v a r o n q u e el r a d i o se c a r a c t e r i z a b a por
t e n e r u n a r a d i a c t i v i d a d un millón d e v e c e s s u p e r i o r a la del uranio
y q u e s u s p r e p a r a c i o n e s tenían u n a m a r c a d a l u m i n o s i d a d y desarrollo
d e calor.
El p r i m e r r a d i o e r a m u y i m p u r o . M i e n t r a s q u e P i e r r e Curie se
d e d i c a b a al e s t u d i o de las p r o p i e d a d e s físicas del n u e v o e l e m e n t o , su
e s p o s a e m p r e n d í a la l a b o r i o s a t a r e a de o b t e n e r r a d i o con m u c h o m a -
y o r p u r e z a , t r a b a j a n d o con v a r i a s t o n e l a d a s de mineral de u r a n i o de
S t . J o a c h i m s t h a l , p u e s t a s a la d i s p o s i c i ó n d e los e s p o s o s Curie por
el G o b i e r n o d e A u s t r i a .
L u e g o d e d o s a ñ o s d e d u r o t r a b a j o , q u e exigió n u m e r o s a s s e p a -
r a c i o n e s q u í m i c a s , así c o m o r e p e t i d a s c r i s t a l i z a c i o n e s fraccionadas de
los p r o d u c t o s i m p u r o s , M a d a m e C u r i e llegó a o b t e n e r finalmente una

45
 p e q u e ñ a c a n t i d a d de radio, a b s o l u t a m e n t e p u r o , q u e ella utilizó p a r a
d e t e r m i n a r sus p r o p i e d a d e s q u í m i c a s .
E s imposible d a r idea de las difíciles c o n d i c i o n e s en q u e los
e s p o s o s Curie realizaron el d e s c u b r i m i e n t o del r a d i o ; t a n t o p o r la c a -
rencia a b s o l u t a de c o m o d i d a d e s p a r a t r a b a j a r , c o m o p o r la falta de
instrumental y de los e q u i p o s r e q u e r i d o s p a r a llevar a c a b o o p e r a c i o -
nes q u í m i c a s en g r a n escala.
Al relatar O s t w a l , el f a m o s o q u í m i c o a l e m á n , su visita a P a r í s ,
escribió en su a u t o b i o g r a f í a lo s i g u i e n t e :
" A n t e mi insistente p e d i d o , se me m o s t r ó el l a b o r a t o r i o d o n d e
los e s p o s o s Curie d e s c u b r i e r o n el r a d i o . Ellos se e n c o n t r a b a n en ese
m o m e n t o a u s e n t e s en el e x t r a n j e r o " .
"El l a b o r a t o r i o era una mezcla de g r a n e r o y d e p ó s i t o de p a p a s .
Si y o no h u b i e r a visto la m e s a con los a p a r a t o s q u í m i c o s , h u b i e r a
p e n s a d o q u e me e s t a b a n h a c i e n d o u n a b r o m a " .
P o r su p a r t e M a d a m e Curie e s c r i b i ó lo s i g u i e n t e : "A p e s a r del
t r a b a j o a g o t a d o r q u e r e a l i z á b a m o s en e s a m i s e r a b l e b a r r a c a , p a s a m o s
allí los m e j o r e s y m á s felices a ñ o s d e n u e s t r a vida, d e d i c a n d o el
día e n t e r o a n u e s t r a l a b o r " .
" N u n c a me será p o s i b l e e x p r e s a r la felicidad q u e e x p e r i m e n t á -
b a m o s en la a t m ó s f e r a de s e r e n a t r a n q u i l i d a d con q u e se d e s a r r o l l a b a
n u e s t r o t r a b a j o , así c o m o la excitación con q u e v e í a m o s su p r o g r e s o
y la confirmación d e n u e s t r a s e s p e r a n z a s " .
"El d e s c o r a z o n a m i e n t o q u e s e n t i m o s a l g u n a s v e c e s c u a n d o las
e x p e r i e n c i a s fallaban, no d u r ó m u c h o t i e m p o , s i r v i e n d o en c a m b i o de
estímulo p a r a una r e n o v a d a a c t i v i d a d " .
A g r e g ó M a d a m e C u r i e : " E s m u y difícil h a c e r c o m p r e n d e r a a l -
guien q u e no t e n g a e x p e r i e n c i a en a c t i v i d a d e s científicas, el p e c u l i a r
interés y la profunda satisfacción q u e c o m p o r t a n los t r a b a j o s d e in-
vestigación".
" E s a l g o diferente de c u a l q u i e r o t r a c l a s e d e esfuerzo humano".
De este m o d o , el r u d o t r a b a j o r e a l i z a d o en el i n c ó m o d o l a b o r a -
torio de la rué L h o m o n d , fué p a r a los e s p o s o s C u r i e fuente d e d i c h a
y c u n a de c e l e b r i d a d .
M a d a m e Curie fue d e s i g n a d a p a r a s u c e d e r a P i e r r e C u r i e en la
c á t e d r a de la S o r b o n a . C o m e n z ó así a q u e l l a su a c t i v i d a d d o c e n t e en
la Universidad de P a r í s , la q u e se p r o l o n g ó d u r a n t e m á s d e 2 5 a ñ o s ,
p r o s i g u i e n d o al m i s m o t i e m p o s u s i n v e s t i g a c i o n e s e x p e r i m e n t a l e s s o b r e
Radiactividad.
Los nuevos t r a b a j o s fueron tan i m p o r t a n t e s q u e t r a j e r o n n u e v a -
mente p a r a M a d a m e Curie la m á s alta distinción d e la A c a d e m i a d e
Ciencias de Suecia, q u e le o t o r g ó en 1911 el P r e m i o N o b e l d e la Q u í -
mica.

46
 El n ú m e r o 1 de la rué Pierre Curie, señala en las inmediatas p r o -
x i m i d a d e s del P a n t e ó n , la e n t r a d a a un vasto predio, en el cual la
U n i v e r s i d a d de P a r í s ha distribuido a l g u n o s de sus m á s importantes
c e n t r o s p a r a la difusión y el desarrollo de la Ciencia.
En fecha relativamente reciente y a s o c i á n d o s e a la conmemoración
del c e n t e n a r i o del nacimiento de M a d a m e Curie, el Municipio de P a r í s
c a m b i ó en n o m b r e de la calle por el d e P i e r r e - e t - M a r i e - C u r i e .
Allí funciona el Instituto del Radio, d o n d e d u r a n t e casi treinta
a ñ o s se d e s a r r o l ó la actividad infatigable de M a d a m e Curie, dentro del
c a m p o de la e n s e ñ a n z a y de la investigación de los fenómenos r a -
diactivos.
El Instituto del R a d i o fue c r e a d o por la acción conjunta de la
U n i v e r s i d a d de P a r í s y del Instituto P a s t e u r ; e s t a n d o constituido por
d o s s e c c i o n e s i n d e p e n d i e n t e s : el L a b o r a t o r i o de Radiactividad que se
p u s o bajo la dirección de M a d a m e C u r i e ; y el L a b o r a t o r i o de Investi-
g a c i o n e s B i o l ó g i c a s y de C u r i e t e r a p i a , a c a r g o del eminente médico
Profesor Claude Regaud.
A m b a s instituciones g e m e l a s tenían por objeto contribuir conjun-
t a m e n t e al d e s a r r o l l o de la ciencia del radio.
Aún c u a n d o M a d a m e Curie no intervenía en los t r a b a j o s de B i o -
logía y M e d i c i n a q u e se r e a l i z a b a n en el Instituto del Radio, seguía
con a p a s i o n a m i e n t o sus p r o g r e s o s , m a n t e n i e n d o una vinculación e s -
t r e c h a con el Profesor R e g a u d y s u s c o l a b o r a d o r e s .
M a d a m e C u r i e ejercía e m p e ñ o s a m e n t e la dirección del L a b o r a -
torio de R a d i a c t i v i d a d , r e a l i z a b a t r a b a j o s de investigación y d i c t a b a
al m i s m o t i e m p o l a s c l a s e s t e ó r i c a s c o r r e s p o n d i e n t e s a aquella a s i g -
n a t u r a en la cual se d a b a especial i m p o r t a n c i a a las teorías s o b r e la
e s t r u c t u r a a t ó m i c a , s o b r e los f e n ó m e n o s r a d i a c t i v o s y s o b r e la isotopía.
El c u r s o e s t a b a a la a l t u r a de los q u e se d i c t a b a n en las U n i v e r s i -
d a d e s m á s i m p o r t a n t e s de E u r o p a y de los E s t a d o s U n i d o s , p r o -
p o r c i o n á n d o s e en él u n a información t e ó r i c a y p r á c t i c a m u y c o m p l e t a
s o b r e los ú l t i m o s d e s c u b r i m i e n t o s en la m a t e r i a .
Mi p r i m e r e n c u e n t r o con M a d a m e Curie fue en la clase de
R a d i a c t i v i d a d . Ella tenía e n t o n c e s 6 3 a ñ o s p e r o r e p r e s e n t a b a una mayor
edad.
E r a u n a a n c i a n a d e figura frágil, m e n u d a y baja, vestida muy
s i m p l e m e n t e con un d e l a n t a l n e g r o q u e utilizaba t a m b i é n d u r a n t e el
trabajo de laboratorio.
R e s a l t a b a n en ella su a n c h a frente, c o r o n a d a con a b u n d a n t e s c a -
b e l l o s b l a n c o s p e i n a d o s m u y s e n c i l l a m e n t e , q u e servían d e m a r c o a
u n o s OÍOS c l a r o s d e m i r a d a s u a v e e i n o c e n t e .
El c o n j u n t o reflejaba en el r o s t r o u n a g r a n inteligencia, así como
una cierta timidez.

47
 Sus m a n o s m a r c a d a s por las q u e m a d u r a s del r a d i o , s o s t e n í a n con
movimiento trémulo, las n o t a s q u e utilizaría en el c u r s o de su e x p o -
sición.
Inició su disertación con la s e g u r i d a d d e r i v a d a de una l a r g a e x -
periencia docente, así c o m o del profundo d o m i n i o del t e m a .
Utilizó a m e n u d o el p i z a r r ó n p a r a h a c e r los a b u n d a n t e s d e s a r r o -
llos m a t e m á t i c o s n e c e s a r i o s p a r a c o m p l e t a r la e x p o s i c i ó n oral.
Me llamó la atención la falta de c o m u n i c a c i ó n espiritual e n t r e el
profesor y los a l u m n o s , q u i e n e s r a r a vez e s t a b l e c i e r o n un d i á l o g o con
ella.
Por otra p a r t e , M a d a m e Curie, sólo o c a s i o n a l m e n t e dirigía a
a q u e l l o s su m i r a d a .
Recien d e s p u é s de t r a n s c u r r i d o a l g ú n t i e m p o , c o n o c í la c a u s a de
esta a p a r e n t e indiferencia del Profesor p o r el a u d i t o r i o q u e con t a n t o
r e s p e t o y atención s e g u í a s u s c l a s e s .
El a ñ o anterior, M a d a m e Curie h a b í a e s t a d o m u y 'delicada d e
la vista, sufriendo una o p e r a c i ó n de c a t a r a t a s , q u e a q u é l l a se e m p e ñ ó
en m a n t e n e r oculta, p a r a q u e no se d i v u l g a r a e s t a d i s m i n u c i ó n de s u s
c o n d i c i o n e s físicas.
Con e s t e o b j e t o no u s a b a lentes en las c l a s e s ; p o r lo cual a p e n a s
p o d í a distinguir a sus o y e n t e s , q u e se le a p a r e c í a n c o m o figuras
borrosas.
En c u a n t o a las n o t a s q u e utilizaba en su e x p o s i c i ó n , las e s c r i b í a
con c a r a c t e r e s suficientemente g r a n d e s c o m o p a r a leerlas con facilidad
sin e m p l e a r lentes.
La e s c a s a visión c o n s p i r a c o n t r a el é x i t o d e las c l a s e s d e M a d a m e
Curie, p u e s los a l u m n o s q u e no tenían la o c a s i ó n 'de t r a t a r con ella
en el l a b o r a t o r i o , r e c o g í a n una o p i n i ó n e q u i v o c a d a con r e s p e c t o a su
indiferencia frente al a u d i t o r i o .
El c a r á c t e r n a t u r a l m e n t e r e s e r v a d o y la p e n a i m b o r r a b l e p r o d u c i d a
p o r la t r á g i c a m u e r t e de su e s p o s o , hicieron q u e M a d a m e C u r i e se
confinara en el l a b o r a t o r i o , d e d i c a d a a la t a r e a a p a s i o n a n t e d e e s t a -
blecer los f u n d a m e n t o s de u n a n u e v a r a m a d e la Q u í m i c a , la R a d i o -
química.
En s u s últimos a ñ o s se d e d i c ó a p r e p a r a r el m a t e r i a l d e su libro
s o b r e R a d i a c t i v i d a d , en el cual reunió u n a información m u y c o m p l e t a
s o b r e dicha m a t e r i a .
Aún c u a n d o su salud se sentía a v e c e s desfallecer p o r el a t a q u e
del mal i n e x o r a b l e q u e la iba m i n a n d o , M a d a m e C u r i e r e a l i z a b a u n a
larga e intensa j o r n a d a de t r a b a j o , sin a b a n d o n a r s i q u i e r a s u s c l a s e s
s o b r e Radiactividad en la S o r b o n a .
La impresión q u e p r o d u c í a M a d a m e C u r i e en el l a b o r a t o r i o , e r a
c o m p l e t a m e n t e distinta de la o c a s i o n a d a en l a s c l a s e s .

48
 E s t a b a en tal forma e n t e r a d a de los trabajos q u e se realizaban en
el m u n d o s o b r e Radiactividad, q u e si algún alumno o c o l a b o r a d o r la
c o n s u l t a b a s o b r e d e t e r m i n a d o p u n t o , era s e g u r o de que encontraría en
ella la r e s p u e s t a a d e c u a d a o una indicación bibliográfica inmediata y
precisa, que dejaba sorprendidos a todos.
Si la consulta se refería a alguna experiencia o investigación en
c u r s o en el L a b o r a t o r i o de Radiactividad, se 'despertaba en ella el in-
t e r é s a p a s i o n a n t e q u e tenía por los t r a b a j o s de l a b o r a t o r i o . Dejando
d e l a d o s u s o t r a s o b l i g a c i o n e s , se d e d i c a b a por completo a resolver
el a s u n t o , p e r d i e n d o e n t o n c e s la noción del tiempo.
M a d a m e Curie no sólo se p r e o c u p a b a por orientar y faciliatar
la l a b o r de su p r o p i o l a b o r a t o r i o , sino q u e e s t a b a d i s p u e s t a en todo
m o m e n t o a h a c e r valer su influencia y a realizar las gestiones p e r s o -
n a l e s n e c e s a r i a s p a r a c o n s e g u i r de las a u t o r i d a d e s g u b e r n a m e n t a l e s y
u n i v e r s i t a r i a s , la a y u d a de p e r s o n a l y e q u i p o tan n e c e s a r i o s p a r a la
m a r c h a y el p r o g r e s o del Instituto del Radio.
M a d a m e Curie tuvo la satisfacción de q u e se formara a su lado
y t r a b a j a r a con ella, su hija Irene, q u e se c a s ó con Federico Joliot,
t a m b i é n i n v e s t i g a d o r del L a b o r a t o r i o 'de Radiactividad.
La joven p a r e j a se d e d i c ó e s p e c i a l m e n t e a investigar las t r a n s -
m u t a c i o n e s a t ó m i c a s p r o d u c i d a s p o r la acción de los r a y o s alfa s o b r e
la m a t e r i a .
El m a t r i m o n i o tuvo una intervención m u y i m p o r t a n t e en el d e s -
c u b r i m i e n t o del n e u t r ó n ; y e s t u d i a n d o las t r a n s m u t a c i o n e s p r o v o c a d a s
p o r la n u e v a p a r t í c u l a , d e s c u b r i ó la r a d i a c t i v i d a d artificial.
E s t e d e s c u b r i m i e n t o se p r o d u j o p o c o a n t e s de q u e se manifestara
la e n f e r m e d a d m o r t a l q u e o b l i g a r í a a M a d a m e Curie a a b a n d o n a r el
L a b o r a t o r i o . T u v o a q u é l l a u n a i n m e n s a alegría, p u e s se t r a t a b a de
u n a c o n q u i s t a científica s e n s a c i o n a l , q u e traía n u e v o s p r e s t i g i o s p a r a
el I n s t i t u t o del R a d i o y p a r a el n o m b r e d e los Curie.
F u e así c o m o , un a ñ o d e s p u é s , en 1935, la A c a d e m i a de Ciencias de
S u e c i a c o n c e d í a a los e s p o s o s J o l i o t — C u r i e el P r e m i o Nobel de la
Química.
L a m e n t a b l e m e n t e , M a d a m e Curie no e s t a b a ya con ellos, p a r a
festejar tan g r a n d e a c o n t e c i m i e n t o .
El final del invierno de 1934 fue s i n g u l a r m e n t e p e n o s o p a r a M a -
d a m e C u r i e . A p e s a r de su e n é r g i c a v o l u n t a d , su a s i s t e n c i a al l a b o r a -
t o r i o e r a c a d a vez m á s irregular, v i é n d o s e i n t e r r u m p i d a su labor por
f r e c u e n t e s a t a q u e s febriles.
Le p r e o c u p a b a la lentitud con q u e a d e l a n t a b a la impresión de
su libro s o b r e R a d i a c t i v i d a d . Su hija Irene t r a t a b a de c a l m a r l a , t o m a n -
d o a su c a r g o la t a r e a d e l i c a d a d e la c o r r e c c i ó n d e las p r u e b a s .
T r a b a j a b a en el l a b o r a t o r i o con n e r v i o s a p r i s a y con singular
i m p a c i e n c i a , d e s d e ñ a n d o en la m a n i p u l a c i ó n d e las s u s t a n c i a s r a d i a c -
t i v a s , las p r e c a u c i o n e s q u e ella i m p o n í a s e v e r a m e n t e a s u s alumnos.

49
 En una luminosa t a r d e de m a y o , p r o l o n g ó m á s allá de lo h a b i -
tual su p e r m a n e n c i a en el L a b o r a t o r i o . Se e n t r e t u v o l a r g o r a t o en su
escritorio, d e j a n d o i n s t r u c c i o n e s muy d e t a l l a d a s s o b r e la intercalación
de a l g u n a s figuras en las p r u e b a s del libro s o b r e R a d i a c t i v i d a d . Hizo
una recorrida general por los l a b o r a t o r i o s r e c o m e n d a n d o la verificación
de varios p a t r o n e s utilizados en las m e d i d a s r a d i a c t i v a s .
D a b a la impresión de q u e le era s i n g u l a r m e n t e p e n o s o a b a n d o n a r
su lugar de t r a b a j o . F i n a l m e n t e se decidió a r e t i r a r s e d i c i e n d o : " M e
siento a f i e b r a d a ; me m a r c h o " .
C o m o si le c o s t a r a irse, se d e t u v o en el jardín c a m b i a n d o u n a s
p a l a b r a s a f e c t u o s a s con el j a r d i n e r o , r e c o m e n d á n d o l e u n o s r o s a l e s p o r
los c u a l e s ella tenía una especial predilección.
M u c h o se ha d i c h o s o b r e las c i r c u n s t a n c i a s difíciles en q u e los
e s p o s o s Curie llevaron a c a b o el i n m e n s o esfuerzo q u e les c o n d u j o
al d e s c u b r i m i e n t o del r a d i o . T o d o e s t o es c i e r t o ; p e r o , c o m o lo afirmó
la p r o p i a M a d a m e Curie, a p e s a r de ello, la vida q u e c o m p a r t i ó con
su e s p o s o fue r e a l m e n t e ideal.
El d e s c u b r i m i e n t o del r a d i o fue el p r e m i o p a r a t a n t o sacrificio;
y trajo p a r a ellos la c e l e b r i d a d .
Sin e m b a r g o , M a d a m e Curie c o n s e r v ó s i e m p r e u n a profunda a m a r -
g u r a p o r la falta de a p o y o con q u e su e s p o s o y ella d e b i e r o n llevar
adelante sus primeras investigaciones.
En la biografía de P i e r r e Curie, a q u é l l a e s c r i b i ó : ¿ C u á l es la
c o m p e n s a c i ó n q u e n u e s t r a s o c i e d a d ofrece a los s a b i o s p o r el d o n
de si m i s m o s y p o r los magníficos s e r v i c i o s q u e p r e s t a n a la H u m a -
n i d a d ? . ¿ E s t o s s e r v i d o r e s de la idea, d i s p o n e n de los e l e m e n t o s d e
t r a b a j o n e c e s a r i o s ? ¿ T i e n e n u n a e x i s t e n c i a a s e g u r a d a al a b r i g o d e
la n e c e s i d a d ?
"El e j e m p l o de P i e r r e Curie y d e t a n t o s o t r o s , d e m u e s t r a q u e
n a d a de esto e x i s t e ; y p a r a c o n s e g u i r m e d i o s d e t r a b a j o a c e p t a b l e s ,
se require f r e c u e n t e m e n t e h a b e r a g o t a d o p r i m e r o la j u v e n t u d y l a s
fuerzas en t a r e a s s e c u n d a r i a s " .
P i e r r e y M a r í a Curie tuvieron u n a fe i n m e n s a en el a p o r t e benéfico
q u e recibiría la h u m a n i d a d de los d e s c u b r i m i e n t o s científicos.
Fué p a r a ellos un m o t i v o de g r a n a l e g r í a , verificar q u e a los
p o c o s a ñ o s de d e s c u b i e r t o s el r a d i o , a p a r e c i e r o n s u s p r i m e r a s a p l i c a -
ciones m é d i c a s en la lucha c o n t r a el c á n c e r .
El g r a v e riesgo q u e r e p r e s e n t a n las r a d i a c i o n e s e m i t i d a s p o r el
radio, dieron motivo p a r a m u c h a s n o t i c i a s s e n s a c i o n a l i s t a s en q u e se
e x a g e r a b a el peligro q u e r e p r e s e n t a r í a el u s o d e la m a n i p u l a c i ó n d e
la nueva sustancia.
Por este motivo, al p r o n u n c i a r P i e r r e C u r i e su c o n f e r e n c i a en la
Academia de Ciencias de Suecia, en o p o r t u n i d a d d e recibir el P r e m i o
Nobel, hizo las siguientes d e c l a r a c i o n e s .

so
 " E s posible concebir que en m a n o s criminales, el radio pueda
llegar a ser s u m a m e n t e peligroso. De aquí surge la pregunta de si la
H u m a n i d a d recibiría a l g u n a ventaja al conocer secretos de esa n a t u r a -
leza".
"El ejemplo de Nobel es característico, p u e s los p o d e r o s o s e x -
p l o s i v o s q u e han p e r m i t i d o a los h o m b r e s realizar o b r a s admirables,
son t a m b i é n un terrible medio de destrucción en m a n o s de los g r a n d e s
c r i m i n a l e s que a r r a s t r a n a los p u e b l o s hacia la g u e r r a . "

T e r m i n ó Curie su conferencia con la siguiente frase:

" Y o soy de a q u é l l o s q u e , con Nobel, piensan que la H u m a n i d a d
recibirá m á s bien q u e mal de los d e s c u b r i m i e n t o s n u e v o s . "
La r a d i a c c i ó n , utilizada con t a n t o éxito en el t r a t a m i e n t o curativo
del c á n c e r , se v e n g a t a m b i é n de los q u e la utilizan d e s a p r e n s i v a m e n t e
y sin las p r o t e c c i o n e s del c a s o .
E s t o lo a p r e n d i e r o n muy p r o n t o , los m é d i c o s q u e abrieron los c a -
m i n o s p a r a el e m p l e o de los r a y o s X y del radio.
A M a d a m e Curie le llegó t a m b i é n el m o m e n t o de p a g a r las c o n -
s e c u e n c i a s de h a b e r m a n i p u l a d o sin especial c u i d a d o las bellísimas
p r e p a r a c i o n e s fluorescentes de r a d i o ; i g n o r a n d o q u e el fulgor luminoso
q u e a ella y a su m a r i d o les e n c a n t a b a c o n t e m p l a r en la o s c u r i d a d de
la n o c h e , era p r o d u c i d o p o r r a d i a c i o n e s letales, c a p a c e s de p r o v o c a r
ellas m i s m a s el c á n c e r .
F u é así c o m o la leucemia dio fin a s u s días en el S a n a t o r i o de
S a n c e l l e m o z , en l a s m o n t a ñ a s de la Alta S a v o y a , t e r m i n a n d o su fe-
c u n d a y l a b o r i o s a vida, t e n i e n d o en sus m a n o s las p r i m e r a s p r u e b a s
d e su libro s o b r e la R a d i a c t i v i d a d .
E v a C u r i e r e l a t a en forma tan c o n m o v e d o r a la e t a p a final d e su
m a d r e , q u e no p u e d o resistir a leer los s i g u i e n t e s p á r r a f o s de su libro
"Madame Curie".
" L o s ú l t i m o s m o m e n t o s revelan el vigor, la resistencia terrible
d e un ser c u y a fragilidad es sólo a p a r e n t e . "
" S u c o r a z ó n r o b u s t o , e m b o s c a d o en una c a r n e de la cual el calor
se e v a d e , c o n t i n ú a p a l p i t a n d o a lo l a r g o de dieciseis h o r a s , i n c a n s a -
blemente, implacablemente."
"Al llegar la a u r o r a , el sol c o m e n z ó su c a m i n o en un cielo a d -
m i r a b l e m e n t e d i á f a n o , c o l o r e a n d o de r o s a a las m o n t a ñ a s e i n u n d a n d o
d e luz el l e c h o y los ojos i n e x p r e s i v o s de color ceniza, vitrificados
p o r la m u e r t e . El c o r a z ó n h a b í a c e s a d o p o r fin de latir."
" F r e n t e a e s t e c a d á v e r , la Ciencia d e b e t o d a v í a p r o n u n c i a r s e .
L o s s í n t o m a s a n o r m a l e s y los e x á m e n e s de s a n g r e difieren, de las
a n e m i a s p e r n i c i o s a s h a s t a e n t o n c e s c o n o c i d a s y d e n u n c i a n al v e r d a -
d e r o c u l p a b l e : el r a d i o . " .

51
 El D o c t o r T o b é del S a n a t o r i o de S a n c e l l e m o z e x t i e n d e el siguiente
certificado:
" M a d a m e Pierre Curie ha fallecido en S a n c e l l e m o z el 4 de julio
de 1934. La enfermedad es una a n e m i a p e r n i c i o s a a p l á s t i c a , d e m a r c h a
r á p i d a y febril. La m é d u l a ó s e a n o ha r e a c c i o n a d o , d e b i d o p r o b a b l e -
mente a e s t a r a l t e r a d a p o r una l a r g a a c u m u l a c i ó n d e r a d i a c i o n e s . "

Eva c o n t i n ú a su r e l a t o :
" M a d a m e Curie d e s c a n s a al a b r i g o de s u s d o l o r e s , de las a g i t a -
ciones y de los h o m e n a j e s , en su lecho de S a n c e l l e m o z , en u n a c a s a
d o n d e el afecto de los h o m b r e s d e ciencia y d e s u s familiares, la
ha p r o t e g i d o h a s t a el fin".
" N o se ha p e r m i t i d o a ningún e x t r a ñ o p e r t u r b a r su r e p o s o , s i q u i e r a
con una m i r a d a . "
" N i n g ú n c u r i o s o s a b r á con q u e g r a c i a s o b r e n a t u r a l se vio e n g a -
lanada p a r a su última p a r t i d a . "
" V e s t i d a de B l a n c o ; d e s c u b r i e n d o sus b l a n c o s c a b e l l o s la frente
i n m e n s a ; la c a r a t r a n q u i l a , g r a v e y valiente c o m o la d e un c a b a l l e r o . "
" E n ese i n s t a n t e , era ella lo m á s bello y lo m á s n o b l e s o b r e la
tierra."
" S u s recias m a n o s , c a l l o s a s , e n d u r e c i d a s , p r o f u n d a m e n t e q u e m a -
d a s p o r el r a d i o , h a b í a n p e r d i d o su tic familiar. E s t a b a n e x t e n d i d a s
s o b r e la s á b a n a , r í g i d a s , a t r o z m e n t e i n m ó v i l e s . "
"Esas manos que habían trabajado tanto. . . " .

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ACTUALIDAD DE LA OBRA Y EL PENSAMIENTO
DE NICOLÁS DE CUSA
Por
ANÍBAL DEL C A M P O
 El t e m a q u e hoy nos ocupa lo h e m o s titulado "Actualidad de la
o b r a y el P e n s a m i e n t o de Nicolás de C u s a " , pero no o b s t a n t e ello, salvo
en el círculo de los especialistas, es decir de aquellos que se mueven
en el c a m p o de la Filosofía o de la T e o l o g í a , el nombre no despierta
r e s o n a n c i a a l g u n a . Sin e m b a r g o , no sólo se trata en el c a s o de El Cu-
s a n o de una de las p e r s o n a l i d a d e s m á s fascinantes que ha visto surgir
el p e n s a m i e n t o renacentista, sino de aquel cuyas ideas anticipan líneas
f u n d a m e n t a l e s d e la especulación m o d e r n a y parecen entrever, con
c e r t e r a visión, a c t i t u d e s y p r o b l e m a s particularmente álgidos, con los
c u a l e s ha de o c u p a r s e la conciencia filosófica y teológica de nuestros
d í a s . U n o de los p e n s a d o r e s c o n t e m p o r á n e o s más congenial con la m o -
d a l i d a d filosófica de N. de Cusa, y sin e m b a r g o en a l g u n o s de sus a s -
p e c t o s , uno de sus críticos m á s i m p l a c a b l e s , nos referimos a Karl
J a s p e r s , en una c a r t a del 4 de diciembre de 1964, dice: "La magnifi-
cencia y la p r o f u n d i d a d de su filosofía fue asimilada por mí a fines de
la p r i m e r a g u e r r a mundial, y d e s d e e n t o n c e s sigue siempre viviendo en
mi e s p í r i t u " . Y e s t o es lo q u e ocurre, p r e c i s a m e n t e , con este gran p e n -
s a d o r a l e m á n del siglo XV: p e s e a la distancia q u e p u e d e mediar entre
él y n o s o t r o s y las d i s c r e p a n c i a s con su p e n s a m i e n t o , este se nos im-
p o n e , y no n o s es p o s i b l e ya a b a n d o n a r l o , sino p a s a n d o a t r a v é s de él
a p r o p i á n d o n o s l o y o c u p á n d o n o s n e c e s a r i a m e n t e con la p r o b l e m á t i c a
q u e él h a d i s e ñ a d o . E n t r e e s t o s t e m a s vivientes a título, s i m p l e m e n t e ,
d e e j e m p l o , p o d e m o s s e ñ a l a r los q u e s i g u e n :

1? El c o n c e p t o d e una d e s p r o p o r c i ó n radical entre la posibilidad

del c o n o c i m i e n t o de lo finito y lo infinito y la n e c e s i d a d de i n s t a u r a r
u n a lógica e s p e c i a l p a r a a p r o x i m a r n o s con el p e n s a m i e n t o a e s t a s a l -
t u r a s ; e s t o e s , a lo t r a s c e n d e n t e ;
2? La distinción e n t r e un infinito a b s o l u t o , q u e no es otra c o s a
q u e D i o s m i s m o , e infinitos relativos, q u e son el m u n d o y el h o m b r e ,
en c u y a v o l u n t a d i n d o m a b l e , s i e m p r e t r a s c e n d i é n d o s e a sí misma, va
a ver D e s c a r t e s , c o m o el C u s a n o , la m a r c a de Dios s o b r e la c r i a t u r a ;
o
3 La v a r i e d a d infinita de lo real y el principio de individualidad;
9
4 El d e s a r r o l l o de la individualidad c o m o m a n d a t o de Dios, c o m o
v o c a c i ó n divina, c o m o filiatio D e i ;
9
5 La p o s t u l a c i ó n de una d o c t a i g n o r a n c i a a c e r c a de las c o s a s
d i v i n a s , e s t o e s la t e o l o g í a n e g a t i v a . La afirmación de q u e a Dios sólo
n o s p o d e m o s a p r o x i m a r con el p e n s a m i e n t o , n e g a n d o o privándolo de
t o d o p r e d i c a d o finito;
0
6 El c o n c e p t o d e u n a u n i v e r s a l i d a d p o r integración, d o n d e la r e a -
lidad s e a p r e h e n d e , n o r e d u c i e n d o las c o n c e p c i o n e s individuales a un

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 común d e n o m i n a d o r a b s t r a c t o , sino c o n s i d e r a n d o las visiones indivi-
duales c o m o i n s u b r r o g a b l e s , c o m o p e r s p e c t i v a s únicas e i n a l i e n a b l e s
que c a d a individuo a b r e s o b r e lo real, e i n t e g r á n d o l a s m e d i a n t e la
comunicación entre los h o m b r e s ;
9
7 El ideal de la real unidad de la e x p e r i e n c i a religiosa en la d i -
versidad de los cultos y de los ritos, tal c o m o se e x p o n e con r i b e t e s
de s o r p r e n d e n t e m o d e r n i d a d , p o r lo m e n o s en el O c c i d e n t e , en el e s -
crito c o n o c i d o con el n o m b r e de " L a P a z de la F e " ( D e P a c e F i d e i ) .
El tema p o s t - C o n c i l i a r está a q u í vivo y s o r p r e n d e la visión profunda
q u e de la c o m u n i d a d de la fe tiene el p e n s a m i e n t o del c u s a n o ;
0
8 La b ú s q u e d a de sí m i s m o , la p r o p i a a u t e n t i c i d a d , c o m o c a m i n o
el m á s directo p a r a llegar a Dios. " S é tú t u y o le dice Dios al a l m a
a c o n g o j a d a y y o seré t u y o " .
9
9 La concepción del h o m b r e c o m o m i c r o - c o s m o s , c o m o r e a l i d a d
que concina y complica en sí, p a r a h a b l a r el lenguaje del c u s a n o , t o d a s
las manifestaciones de lo real y c o m o l u g a r d o n d e se e n c i e n d e el fuego
y la luz de la v e r d a d ;
9
1 0 La valorización del c o n o c i m i e n t o a p r o x i m a t i v o y conjetural en
el q u e se a n i d a el fenómeno de la fé y d o n d e la i m a g e n y la p a l a b r a
c o m u n i c a t i v a no son ya c o n c e p t o s , d u p l i c a c i o n e s , o c o p i a s , de la r e a l i -
d a d , sino cifras q u e a p u n t a n s i m b ó l i c a m e n t e y s e ñ a l a n el l u g a r y los
m o d o s de la t r a s c e n d e n c i a .
T o d o e s o y m u c h o m á s se halla en el C u s a n o y la p r o b l e m á t i c a
q u e en él se p e r c i b e , h a c e p a l p i t a r con r e n o v a d a i n t e n s i d a d la c o n c i e n -
cia filosófica y religiosa de n u e s t r o s d í a s . N i c o l á s de C u s a se n o s ha
vuelto actual p o r la c o n g e n i a l i d a d p r o f u n d a q u e su p e n s a m i e n t o g u a r -
da con p r o b l e m a s f u n d a m e n t a l e s q u e h o y n o s a g i t a n . D e s d e l u e g o q u e
la distancia q u e media e n t r e él y n o s o t r o s e s en m u c h o s a s p e c t o s
c o n s i d e r a b l e , p e r o la a p r o p i a c i ó n d e su filosofía sirve p a r a c o r r o b o r a r -
nos filosóficamente en la é p o c a q u e v i v i m o s a la p a r q u e n o s h a c e
con el m i s m o e c h a r de m e n o s la p o s i b i l i d a d d e llegar a u n a c o i n c i d e n -
cia total. E s p o r ello q u e en el d i s c u t i d o y a la vez a d m i r a b l e libro
q u e J a s p e r s e s c r i b i e r a en 1964 s o b r e N i c o l á s De C u s a , n o s s o r p r e n d e
la a s p e r e z a de la crítica, c u a n d o al m i s m o t i e m p o se a d v i e r t e u n a
c o m p a t i b i l i d a d tan manifiesta en el estilo filosófico d e a m b o s a u t o r e s .
P e r o esto o c u r r e p r e c i s a m e n t e p o r la h o n d u r a con q u e n u e s t r o a u t o r
nos introduce con su p e n s a m i e n t o en los p r o b l e m a s , sin p e r m i t i r n o s
llegar, no o b s t a n t e , al fondo d e los m i s m o s . H a y c o m o u n a p r e - g u s t a -
ción de la v e r d a d , p e r o p o r l i m i t a c i o n e s q u e p r o v i e n e n p r o b a b l e m e n t e
más de su é p o c a q u e de sí m i s m o , n o n o s e s p o s i b l e c e ñ i r l a p o r e n -
tero. Ciertos r e s i d u o s d o g m á t i c o s d e la t e o l o g í a c r i s t i a n a son los q u e
obturan a q u í la p e r s p e c t i v a , p e r o se halla y a a b i e r t o y d e s b r o z a d o ,
fundamentalmente, el c a m i n o q u e n o s h a c e salir d e la e s p e s u r a y
a p r o x i m a r n o s a la v e r d a d .

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 Se nos m u e s t r a allí la virtualidad descubridora y esclarccedora
de la creencia filosófica, y, no o b s t a n t e , esta q u e d a circunscrita al
á m b i t o de la experiencia cristiana; se ve p r e g o n a r la conciliación y la
c o n c o r d a n c i a de t o d a s las religiones y no o b s t a n t e piensa Jaspers en
el libro m e n c i o n a d o , esta no c o m p r e n d e todo el ámbito de la e x p e -
riencia religiosa, sino de aquella que resulta reductiblc a la del cris-
tianismo. P e r o es de p r e g u n t a r s e si el c u s a n o no entiende, en el fondo,
bajo los t é r m i n o s de experiencia religiosa cristiana, los r a s g o s esen-
ciales de t o d a religiosidad. Si el concepto de la creencia que el c u s a n o
maneja es el de la creencia teológica pero no la m á s libre y amplia
creencia filosófica, ya es otra cuestión. Pero es evidente que la creen-
cia teológica del c u s a n o es en gran medida también por la influencia
q u e ejerce s o b r e él la nueva mística alemana de un " E c k a r t " , una
c o n c i e n c i a d e s e m b a r a z a d a en gran medida de las t r a b a s d o g m á t i c a s
y p o r c o n s i g u i e n t e también una creencia filosófica. Es otro gran pen-
s a d o r a l e m á n , p e r o esta vez c o n t e m p o r á n e o , Martin Heidegger, el que
decía q u e " a la g r a n d e y auténtica mística le es inherente la más
e x t r e m a a g u d e z a y profundidad del p e n s a m i e n t o " y su discipula Oelt-
m a n n , q u e escribiera bajo su dirección una obra sobre "Meister
E c k a r t " , a f i r m a b a q u e la mística de este autor no era c o m o ocurría en
el c a s o de L u t e r o , teología, sino filosofía. Sea c o m o fuere el p e n s a -
m i e n t o del C u s a n o c o n s t i t u y e un r e n o v a d o acicate p a r a el p e n s a m i e n t o
filosófico y no p o d e m o s e s t a r t o t a l m e n t e s e g u r o s q u e el se detuviera
allí d o n d e a l g u n o s creen q u e se d e t u v o . El p o d e r o s o c o n a t o t r a s c e n -
d e n t e q u e en el C u s a n o se a d v i e r t e , ¿ n o p r o d u c e en n o s o t r o s un im-
p u l s o filosófico i r r e s i s t i b l e ?
P o r las r a z o n e s e x p u e s t a s q u e d e t e r m i n a n la a c t u a l i d a d de su
p e n s a m i e n t o , es q u e proliferan las o b r a s s o b r e este a u t o r en nuestros
d í a s s o b r e t o d o en A l e m a n i a , y se ha vuelto un tema favorito de las
t e s i s d e h a b i l i t a c i ó n . P a r a t e s t i m o n i a r l o ahí se hallan los escritos de
R. H a u b s t , de V o l k m a n n — S c h l u c k , de G a d a m e r , de von B r o d o w , de
S t a l l m a c h de Erich M o u t h o n , de Leo G a b r i e l , de Iserloh, y también
d e n u e s t r o b u e n a m i g o de la U n i v e r s i d a d de M a g u n c i a , Richard W i s s e r ,
q u e e s c r i b i e r a su T e s i s de Habilitación s o b r e este a u t o r y a c u y o s
c u i d a d o s se d e b e la realización de un film en Alemania sobre N. de
C u s a . P o r ello e s e x t r a ñ o q u e en la a n t i g ü e d a d se halla p a s a d o en
silencio su p e r s o n a l i d a d y su p e n s a m i e n t o , con la h o n r o s a excepción
d e G i o r d a n o B r u n o , quien en su famoso d i s c u r s o de W i t t e m b e r g ,
d e c í a : " ¿ D ó n d e se e n c u e n t r a un h o m b r e c o m p a r a b l e al C u s a n o , él qué
c u a n t o m á s g r a n d e es p a r e c e m á s i n a c c e s i b l e ? Si las v e s t i d u r a s ecle-
s i á s t i c a s n o h u b i e r a n o c u l t a d o a q u í y allá su genio, me atrevería a
a f i r m a r q u e n o sólo i g u a l a a P i t á g o r a s , sino q u e lo s u p e r a " . De e s t a s
v e s t i d u r a s e c l e s i á s t i c a s es de las q u e es n e c e s a r i o d e s p o j a r al cusano
p a r a a p r e c i a r el valor filosófico d e su p e n s a m i e n t o . P e r o p a r a c o m p r e n -
d e r a N . d e C u s a n o b a s t a con tener en c u e n t a e s t o s factores, ni es
p o s i b l e a t e n e r s e al d e s n u d o m e n s a j e filosófico q u e se contiene en su
o b r a . E s p r e c i s o s i t u a r l o en su t i e m p o y h a c e r s e c a r g o , aunque sea

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 s o m e r a m e n t e , de las c a r a c t e r í s t i c a s de su é p o c a en lo q u e c o n c i e r n e
por lo m e n o s a su c o n t e x t o espiritual. En la é p o c a q u e lo vé n a c e r a
principios del siglo XV t o d a v í a nos h a l l a m o s en las p o s t r i m e r í a s de
la Edad Media (la caída de C o n s t a n t i n o p l a o c u r r e recién 52 a ñ o s d e s -
pués, en 1453) p e r o su p e n s a m i e n t o ha de i n a u g u r a r y a la v a s t a t e -
mática q u e c a r a c t e r i z a r á no sólo al r e n a c i m i e n t o , sino a t o d a la é p o c a
m o d e r n a . R e s u e n a todavía el p e n s a m i e n t o de los monjes f r a n c i s c a n o s
de la escolática tardía, q u e a b r e n p a s o al n o m i n a l i s m o con R o g e r
Bacon y s o b r e t o d o con G u i l l e r m o de O c c a m y al s e n t i d o de lo c o n -
creto q u e se e s c o n d e en el v o l u n t a r i s m o de D u n s S c o t u s . P e r d u r a
vivamente, p a r a sobrevivir incluso en n u e s t r o s d í a s , el i m p o n e n t e l e -
g a d o místico del M a e s t r o E c k a r t , con el q u e se ha o c u p a d o p r e f e r e n t e -
mente la filosofía c o m p a r a d a de un O t t o , un S u s u k i , un O g a t a , p a r a
s e ñ a l a r el e l e m e n t o de p e r e n n i d a d q u e se e s c o n d e en su p e n s a m i e n t o
y el común d e n o m i n a d o r q u e este p o s e e con la e x p e r i e n c i a religiosa
y filosófica del O r i e n t e . La reflexión filosófica del C u s a n o e s s e ñ e r a
y a b r e con su a p o r t e las líneas del p e n s a m i e n t o r e n a c e n t i s t a a n t i c i p a n -
do t e m a s , reflexiones y m o d o s d e p e n s a m i e n t o q u e son los de la é p o c a
m o d e r n a . P a s a en c i e r t o s m o m e n t o s de la h i s t o r i a de la c u l t u r a , y e s t e
es uno de ellos, lo q u e con los a l p i n i s t a s , q u e llegan a la c u m b r e .
D e s d e el alto lugar se divisa un a m p l i o p a n o r a m a , se d e s c u b r e n n u e -
vos e i n u s i t a d o s h o r i z o n t e s , la m i r a d a se e x t i e n d e a lo lejos sin q u e
n a d a la o b s t a c u l i c e y los a c c i d e n t e s del t e r r e n o o c u p a n un l u g a r a s i g -
n a d o y relativo en el conjunto. P e r o , l u e g o , c u a n d o se e m p r e n d e el
d e s c e n s o , la p e r s p e c t i v a se e s t r e c h a , las c o s a s se p e r c i b e n con m á s
detalles, p e r o en un á m b i t o m á s r e s t r i n g i d o y c o n f i n a d o . La m i r a d a d e
águila no o t e a y a a lo lejos, sino q u e se c o n t r a e y se e s t r e c h a . Así
p a s a con r e s p e c t o al C u s a n o . Sin llegar a la e x a g e r a c i ó n d e C a s s i r e r
p a r a el cual s e ñ a l a el p e n s a m i e n t o d e n u e s t r o a u t o r a n t i c i p a c i o n e s
k a n t i a n a s , en un g r a d o q u e n o s r e s u l t a difícil a c e p t a r , h a y q u e a d m i -
tir q u e lo q u e él a v i s o r ó en u n a visión de c o n j u n t o , s ó l o g r a d u a l y p a r -
cialmente fue o b j e t o del p e n s a m i e n t o p o s t e r i o r . P e r o N i c o l á s d e C u s a
no sólo se limitó a fecundar el p e n s a m i e n t o d e su é p o c a con la s i m i e n t e
de su talento, sino q u e le tocó d e s e m p e ñ a r un p a p e l significativo,
s o b r e t o d o en la historia eclisiástica d e su t i e m p o , d o n d e el p o d e r
temporal y el espiritual se h a l l a b a n s u j e t o s a d r a m á t i c a s v i s c i s i t u d e s .
No fue un h é r o e , ni un s a n t o , ni un m á r t i r , c o m o lo s e ñ a l a a c e r t a d a -
mente J a s p e r s . S u s c o n v i c c i o n e s r e l i g i o s a s y filosóficas m á s a u t é n t i c a s
no hallaron su p r o y e c c i ó n en u n a p r a x i s c o m p r o m e t i d a , en la q u e
nuestro p e r s o n a j e p u s i e r a en el filo d e la n a v a j a su e x i s t e n c i a p e r s o -
nal de una m a n e r a decisiva, c o m o lo hizo, p o r e j e m p l o , G i o r d a n o
Bruno. E s t a c a r a c t e r í s t i c a de su vida i n s e r t a d a en los m a r c o s d e la
Iglesia, c u y a u n i d a d se le a p a r e c í a q u i z á c o m o m á s i m p o r t a n t e q u e la
p r e d o m i n a n c i a de s u s p r o p i a s i d e a s , veló la i n t e n s i d a d d e su m e n s a j e
al q u e d a r su vida e s t r e c h a m e n t e e n t r e l a z a d a y a p r i s i o n a d a e n t r e los
hilos con los q u e se tejía la e x i s t e n c i a e c l e s i á s t i c a y la p o l í t i c a d e su
tiempo. No h a y q u e olvidar q u e en c i e r t o m o d o la v i d a del C u s a n o

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p e r t e n e c e , bajo ciertos a s p e c t o s al m u n d o medieval y recordar el e s -
t r e c h a ligamen q u e uncía a los h o m b r e s a la vida corporativa. La
iglesia era t o d a v í a en esa época, una realidad eminente, cuya integri-
d a d era p r e c i s o conservar. La represión de las h e t e r o d o x i a s es todavía
m u y s u a v e p o r q u e esta no a m e n a z a la integridad de la institución
eclesiástica, la dimensión de tolerancia, mayor. P e r o la rebeldía que
c o s t ó la vida a G i o r d a n o B r u n o , siglo y medio d e s p u é s , fue en medio
d e la d r a s t i c i d a d de la reacción, el testimonio de una vida que se a n u n -
c i a b a m á s d e s e m b a r a z a d a y libre y en la q u e la acción de la indivi-
d u a l i d a d c o b r a b a p o s i b i l i d a d e s m á s efectivas de imponerse. Si al
C u s a n o le h u b i e r a t o c a d o vivir en esa época no s a b e m o s en qué medida
las r e s t r i c c i o n e s a p a r e n t e s de su p e n s a m i e n t o y los c o m p r o m i s o s y
t r a n s a c c i o n e s a q u e su actividad externa se halló sujeta, no se hubiera
r e d u c i d o c o n s i d e r a b l e m e n t e y a r r o j a n d o un rendimiento de m á s clara
i n t e n s i d a d a u n q u e quizá de i n s o s p e c h a d o d r a m a t i s m o .
P e r o a c e r q u é m o n o s m á s a la vida real del C u s a n o y r e c o r r a m o s
sintéticamente sus etapas.
De origen s u m a m e n t e humilde, hijo de un b o t e r o , Nicolás Krebs
o de Chrypff, c o m o a veces lo l l a m a b a n nace en el año 1401, en C u -
sa, s o b r e el M o s e l a , c e r c a de T r é v e r i s , localidad, natal, en la q u e se
c o n s e r v a a ú n la fundación c a r i t a t i v a q u e él c r e a r a , su e s t u p e n d a b i -
b l i o t e c a y su c o r a z ó n s e p a r a d o , de a c u e r d o a su voluntad de su c u e r p o ,
el q u e r e p o s a en la Basílica de San P e d r o en R o m a debajo de la
magnifica e s t a t u a de M o i s é s r e a l i z a d a p o r Miguel Ángel. P r o h i j a d o ,
d e s d e m u y joven p o r el C o n d e de M a n d e r s c h e i d , a cuyo servicio se
h a l l a b a , e s t e le envió al Instituto de los H e r m a n o s de la Vida C o m ú n
en D e v e n t e r , al q u e p e r t e n e c i ó un espíritu tan selecto c o m o el de
T o m á s K e m p i s . N o es difícil inferir la g r a v i t a c i ó n de e s t a experiencia
s o b r e el joven p u p i l o , d a d a la forma d i r e c t a y n a t u r a l q u e c a r a c t e r i -
z a b a a la r e l i g i o s i d a d de e s t e Instituto. Su formación ulterior se c u m -
plió en la U n i v e r s i d a d de H e i d e l b e r g , d o n d e i n g r e s ó a los 15 a ñ o s , en
1416, s i g u i e n d o e s t u d i o s j u r í d i c o s y t e o l ó g i c o s . E s t a U n i v e r s i d a d en la
q u e c a m p e a b a la o r i e n t a c i ó n n o m i n a l i s t a de G u i l l e r m o de O c c a m , a
t r a v é s d e la d o c e n c i a de M a r s i l i o de Inghen, ha r e n d i d o s i e m p r e tributo
a la p e r s o n a y a la o b r a del C u s a n o y es la A c a d e m i a de las Ciencias
d e H e i d e l b e r g la q u e se h a o c u p a d o de la publicación de sus o b r a s
c o m p l e t a s . Sólo q u e N i c o l á s de C u s a , c o m o v i m o s , t r a s c e n d i ó el n o m i -
n a l i s m o e m p r i r i s t a y a f i r m a b a su r a i g a m b r e p l a t ó n i c a , m á s conforme con
l a s n e c e s i d a d e s d e su e x p e r i e n c i a religiosa y metafísica. La p r ó x i m a
e t a p a en los a ñ o s d e a p r e n d i z a j e d e N i c o l á s de C u s a , discurre en P a -
d u a , d o n d e a la vez q u e p e r f e c c i o n a b a su p r e p a r a c i ó n jurídica, q u e
t a n útil le fuera en su c a r r e r a al servicio de la Iglesia (fué discípulo
d e l f a m o s o j u r i s t a y t e ó l o g o C e s a r i n i ) se virtió e n t u s i a s t a m e n t e hacia
el c a m p o d e las c i e n c i a s , s o b r e t o d o d e las m a t e m á t i c a s , siendo g r a n
a m i g o del f a m o s o m a t e m á t i c o y a s t r ó n o m o B a l d o m a n d i . Su formación
m a t e m á t i c a a s o c i a d a a su v o c a c i ó n t e o l ó g i c a y filosófica le llevaron a

59
 la utilización de las m a t e m á t i c a s , c o m o v e r e m o s m á s t a r d e , p a r a d e -
m o s t r a r la c a d u c i d a d de la lógica de los finito en el t r a t a m i e n t o de las
cuestiones t r a s c e n d e n t e s y volver verosímil en el c a m p o de la e s p e -
culación teológica, la p o s i b i l i d a d de la c o i n c i d e n c i a de los c o n t r a r i o s .
En vivo ha de s e ñ a l a r aqui la legitimidad de las a p a r e n t e s p a r a d o j a s
de la fó y los límites del e n t e n d i m i e n t o p a r a p e n e t r a r en su e s e n c i a .
Las m a t e m á t i c a s c o b r a r o n p a r a él, el c a r á c t e r de cifra y s i g n o de un
orden de relaciones y de r e a l i d a d e s , q u e al e x c e d e r el á m b i t o de lo
limitado y lo finito, exigían o t r a s t é c n i c a s del p e n s a m i e n t o y de la
reflexión p a r a su e s c l a r e c i m i e n t o . P o r ese t i e m p o se a p a s i o n ó por la
medicina, p r o b a b l e m e n t e bajo la influencia de H u g o B e n z i , quien le d e s -
c u b r e a d e m á s , el m u n d o g r i e g o . Sin llegar a t r a n s f o r m a r s e en un h e l e -
nista, c o m o e r r ó n e a m e n t e cree C a s s i r e r , p u e s s i e m p r e leyó con dificultad
el g r i e g o , lo es q u i z á , en u n a d i m e n s i ó n m á s p r o f u n d a , p o r la h o n d u r a
con q u e en él e n c a r n a n a s p e c t o s e s e n c i a l e s del p e n s a m i e n t o p l a t ó n i c o
y neo-platónico.
Es Benzí, t a m b i é n , el q u e le revela el m i s t e r i o d e la c r i s t i a n d a d
de O r i e n t e y h a c e b r o t a r en él, c o m o o c u r r e en n u e s t r o s d í a s , el s u e ñ o
de una religión v e r d a d e r a m e n t e e c u m é n i c a , u n i v e r s a l , q u e p o n g a d e
manifiesto el c o m ú n d e n o m i n a d o r religioso en el s e n o de t o d a s las
religiones. D o c t o r en D e r e c h o en 1423, l u e g o de su p e r m a n e n c i a en
R o m a y d e un a ñ o de e s t u d i o s en Colonia, es n o m b r a d o a los 2 5 a ñ o s
s e c r e t a r i o del L e g a d o Pontificio Orsini. A p a r t i r d e 1430, le t o c a d e -
s e m p e ñ a r i m p o r t a n t e s e n c a r g o s e c l e s i á s t i c o s , en C o b l e n z a y s o b r e t o d o
en el f a m o s o Concilio de B a s i l e a , d o n d e y a se revela a g u d a m e n t e , la
oposición e n t r e los p a r t i d a r i o s del p r e d o m i n i o c o n c i l i a r y los d e la
p r e d o m i n a n c i a p a p a l . P a r t i d a r i o , al p r i n c i p i o d e la p r e d o m i n a n c i a d e
los Concilios, e s c r i b i ó en e s e s e n t i d o su " D e C o n c o r d a n c i a C a t ó l i c a " ,
libro en el q u e se a d v i e r t e en e s t a é p o c a y a c o n v u l s i o n a d a , el vivo
interés p o r el m a n t e n i m i e n t o d e la u n i d a d d e la Iglesia. El Concilio,
r e p r e s e n t a p a r a él, en e s t a o b r a , la m á s d i r e c t a e m a n a c i ó n del c u e r p o
místico d e C r i s t o , q u e es la c o m u n i d a d del p u e b l o c r i s t i a n o o r g a n i z a d o
en Iglesia, los p a p a s , p o r c o n s i g u i e n t e , d e b e n e s t a r l e s u p e d i t a d o s , p o r
hallarse en relación m e n o s d i r e c t a con D i o s . P e r o a n t e la a g u d i z a c i ó n
del conflicto, q u e a m e n a z a dividir y d e s g a r r a r a la Iglesia, N i c o l á s d e
C u s a c a m b i a d e p a r t i d o y se p l i e g a al del p a p a d o , s e c t o r q u e p o r su
m a y o r fuerza y c o e h e s i ó n e s t á en m e j o r e s c o n d i c i o n e s p a r a m a n t e n e r
la u n i d a d . El o r i g e n e n t o n c e s d e l a s p o t e s t a d e s e c l e s i á s t i c a s y a n o se
b u s c a en la c o m u n i d a d , s i n o en el p a p a u n g i d o d i r e c t a m e n t e p o r D i o s .
La a d s c r i p c i ó n al p a r t i d o del p a p a d o n o s o l o le lleva a e s t r e c h a p r o x i -
midad del P a p a E u g e n i o IX, s i n o q u e p o r el j u e g o d e l a s c i r c u n s t a n c i a s ,
lo p o n e en la c i m a d e la j e r a r q u í a e c l i s i á s t i c a , al s e r n o m b r a d o c a r -
denal en 1448 y a c c e d e r al p a p a d o con el n o m b r e d e P í o II su g r a n
a m i g o A e n e a s Sylvio P i c c o l o m i n i . E n t r e t a n t o , y a en 1 4 3 7 - 3 8 h a e s t a d o
en C o n s t a n t i n o p l a con el a l t o c o m e t i d o d e n e g o c i a r la u n i ó n c o n la
Iglesia b i z a n t i n a , en 1450 e s d e s i g n a d o p a r a u n a g r a n L e g a c i ó n a

60
d e s e m p e ñ a r en A l e m a n i a , B o h e m i a y países circunvecinos. La tarea
es a r d u a p o r la c o r r u p c i ó n q u e a u m e n t a en esos países d o n d e el voto
de c e l i b a t o de los s a c e r d o t e s , c o m o en n u e s t r o s días, es fuertemente
c u e s t i o n a d o y proliferan los s a c e r d o t e s concubinarios.
Nicolás d e C u s a q u e h a b í a s i d o n o m b r a d o Cardenal de San P e d r o
en A d v i e n t o en R o m a e s d e s i g n a d o , m á s tarde, O b i s p o de Brixen en
el T i r o l . M u e r e en 1464 l u e g o d e un p e r í o d o de á s p e r a s luchas, que
llegan h a s t a el conflicto a r m a d o , con el C o n d e S e g u i s m u n d o del Tirol.
P a r a e s e t i e m p o ya ha c a í d o C o n s t a n t i n o p l a en poder de los T u r c o s ;
todavía no se h a d e s c u b i e r t o a América, ya nos hallamos francamente*
en el R e n a c i m i e n t o .
La c o r r i e n t e h u m a n i s t a , uno de los ingredientes m á s i m p o r t a n t e s
de e s t a é p o c a n o t a b l e , e n c u e n t r a en la fundación de la Academia P l a -
tónica d e F l o r e n c i a en 1459 la manifestación m á s e n c u m b r a d a , y se h a -
llan en t o d o su a p o g e o los t r a b a j o s de extensión de la cultura griega
q u e e m p r e n d e en Italia, Marsilio Ficino. La nueva T e o l o g í a Mística
q u e i n a u g u r a r a M e i s t e y E c k a r t en el siglo XII halla su prolongación en
la o b r a d e T a u l e r y de S u s o , influyendo decisivamente sobre el p e n -
s a m i e n t o de la é p o c a , y a su t r a v é s s o b r e toda la era m o d e r n a . Las
m i s m a s e s p e c u l a c i o n e s m a t e m á t i c a s de Nicolás de Cusa y sus c o n s i -
d e r a c i o n e s científicas, tales c o m o se leen en el tercer libro de "El P r o -
f a n o " , b a j o el título de e x p e r i e n c i a s P o n d e r a l e s , es decir de p e s o s ,
p r e l u d i a n el a d v e n i m i e n t o de la nueva ciencia y el predominio en ellas
del a n á l i s i s c u a n t i t a t i v o . E n t r e t a n t o de su pluma ha salido una mul-
titud d e o b r a s q u e sería fatigoso e n n u m e r a r aquí, p e r o entre las
c u a l e s a d e m á s d e D e la C o n c o r d a n c i a Católica, es preciso m e n c i o n a r "
" A p o l o g í a d e la D o c t a I g n o r a n c i a " , "El Profano o El Idiota", " L a
Visión d e D i o s " , " L a p a z de la F é " , e t c . , etc.. Sus t r a b a j o s teológicos
y filosóficos, ven la luz en las p a u s a s de su fatigante vida en la p o -
lítica e c l i s i á s t i c a , g e n e r a l m e n t e en retiros m o n a c a l e s , entre ellos el
m u y p r e f e r i d o e n t r e los monjes del T é g e r n s e e , con los cuales e n t a b l a
u n a p r e c i o s a c o r r e s p o n d e n c i a q u e ha llegado felizmente h a s t a n o s o t r o s .
En t o d o s e s t o s t r a b a j o s , en m a y o r o menor medida, p a l p i t a un elemento
d e e t e r n i d a d q u e h a c e de Nicolás de C u s a , c o m o a t o d o s los g r a n d e s
d e la Filosofía, u n o d e n u e s t r o s c o n t e m p o r á n e o s .
P e r o a p r o x i m é m o n o s a h o r a , a las i d e a s de n u e s t r o autor:
En el c o r t o e s p a c i o de t i e m p o q u e d i s p o n e m o s no nos es posible
e x p o n e r a n t e V d s . sino a l g u n o s r a s g o s f u n d a m e n t a l e s del p e n s a m i e n t o
d e N. d e C u s a . M e limitaré a t r e s de ellos q u e son, p o r lo d e m á s , de
g r a n a c t u a l i d a d . H e m o s m e n c i o n a d o en p r i m e r t é r m i n o su tentativa de
i n s t a u r a r un m o d o de p e n s a m i e n t o a d e c u a d o al t r a t a m i e n t o de los p r o -
b l e m a s t r a s c e n d e n t e s , f u n d a m e n t a l m e n t e el p r o b l e m a de Dios. En ese
s e n t i d o la p r o f u n d i d a d de la e x p e r i e n c i a religiosa q u e le e m b a r g a , le
h a c e p a t e n t e , al m i s m o t i e m p o , la insuficiencia d e los c o n c e p t o s o r d i n a -
r i o s y d e la lógica c o m ú n . L o s c o n c e p t o s q u e p o d e m o s llamar objetivos,
a q u e l l o s q u e s e refieren a la r e a l i d a d entitativa, a las c o s a s finitas,

61
 reproducen o p r e t e n d e n r e p r o d u c i r los r a s g o s efectivos d e las c o s a s
son o funcionan, en cierto m o d o c o m o i m á g e n e s o c u a d r o s de las c o s a s ,
diría D e s c a r t e s .
Los c o n c e p t o s , a d e m á s , en la m e d i d a en q u e son ' d e t e r m i n a d o s o
definibles integran un s i s t e m a de g é n e r o s o e s p e c i e s , en el cual tiene
c a d o una de ellos un lugar a s i g n a d o . F i n a l m e n t e el p e n s a m i e n t o l ó g i c o -
conceptual, p i e r d e su s e n t i d o si c a r e c e de c o h e r e n c i a , se halla, p u e s ,
s u p e d i t a d o a la gran ley lógica de la n o - c o n t r a d i c c i ó n y se m u e s t r a
s o m e t i d o a lo q u e p o d r í a m o s llamar el p r i m a d o d e la afirmación s o b r e
la n e g a c i ó n . R e c o g e m o s p r i m o r d i a l m e n t e en n u e s t r o p e n s a m i e n t o a q u e l l o
q u e se halla p o s i t i v a m e n t e d a d o en la r e a l i d a d .
N i n g u n a de e s t a s c o n d i c i o n e s se c o m p a d e c e n con la n a t u r a l e z a d e
la experiencia religiosa y con el c a r á c t e r único e inefable d e la r e a l i -
d a d divina. Dios es una r e a l i d a d i n a b a r c a b l e , q u e n o s a b s o r b e en sí,
q u e nos contiene en su infinita r e a l i d a d . E s la fuente d e d o n d e p r o v i e n e
t o d o lo e x i s t e n t e ; sin e m b a r g o lo t r a s c i e n d e y lo d e s b o r d a infinitamen-
te En Dios, r e a l i d a d infinita, se halla c o n c e n t r a d a , c o n c i n a d a , c o m p l i -
c a d a , toda realidad ¿ C ó m o p u e d e ser p o s i b l e , e n t o n c e s , q u e n i n g ú n p r e -
d i c a d o finito, ningún s i s t e m a de i m á g e n e s p u e d a d e t e r m i n a r l e ? El M a e s -
tro Eckart, d o s siglos a n t e s q u e el C u s a n o d e c í a : " A h o r a b i e n - t u p r e -
g u n t a r á s c o m o o p e r a Dios, c a r e n t e de i m a g e n , s o b r e el fondo del a l m a ?
N o me e n c u e n t r o en e s t a d o de s a b e r e s t o , p o r q u e las p o t e n c i a s del
a l m a no p u e d e n percibir sino i m á g e n e s . Y c o m o las i m á g e n e s llegan
s i e m p r e d e s d e el exterior, este p e r m a n e c e o c u l t o . Y ello es p r e c i s a -
m e n t e lo m á s s a l u d a b l e . La i g n o r a n c i a en q u e e s t a m o s , a b r e el a l m a
hacia a l g o m a r a v i l l o s o y la lanza a la b ú s q u e d a d e D i o s . P o r q u e el
a l m a siente q u e él existe, p e r o no s a b e (en c o n c e p t o s e i m á g e n e s ) lo
q u e e s " . P o r ello resulta m á s p r o c e d e n t e y eficaz, d e s d e el p u n t o d e
vista de la e x p e r i e n c i a religiosa, decir lo q u e D i o s no e s , m a n e j a r s e con
p r e d i c a d o s n e g a t i v o s , y dejar en cierto m o d o el e s p a c i o a b i e r t o d o n d e
esta p u e d a e m p l a z a r s e y d o n d e el Dios e s c o n d i d o ( D e u s A b s c o n d i t u s ) ,
p u e d a ser e n c o n t r a d o . El r e c o n o c i m i e n t o de n u e s t r a i g n o r a n c i a ( d o c t a
i g n o r a n c i a ) es aquí c o m o en el d i c h o s o c r á t i c o u n a m a n i f e s t a c i ó n d e
s u p r e m a s a b i d u r í a . C ó m o dice m u y bien C a s s i r e r "el e s p í r i t u se c o n o c e
a sí m i s m o en la distinción a b s o l u t a q u e lo s e p a r a d e la t r a s c e n d e n c i a ,
se c o n o c e en su c o m p l e t a a l t e r i d a d . Y e s a a l t e r i d a d , e n t r a ñ a p o r lo
d e m á s , en sí misma, una n u e v a relación con r e s p e c t o al p o l o d e s c o n o -
cido del c o n o c i m i e n t o . En efecto si no fuera p o r e s a relación el c o n o c i -
miento no p o d r í a r e c o n o c e r , en n i n g ú n m o m e n t o , su p r o p i a limitación,
no p o d r í a e s t a b l e c e r límites, de sí m i s m o , si en c i e r t o m o d o n o e s t u v i e r a
ya por encima de e l l o s " . E s t o no e s o t r a c o s a q u e la l l a m a d a t e o l o g í a
negativa, q u e e n c o n t r a r a en Dionisio el A r e o p a g i t a un e n c u m b r a d o r e -
p r e s e n t a n t e ; es el neti-neti, d e los U p a n i s h a d a s i n d i o s , el n o e s e s t o ,
no es e s t o .

P u e s Dios o el Ser, si preferimos e x p r e s a r n o s así, e s lo a b s o l u t a -

m e n t e otro a t o d o lo q u e e s . C o m o tal d e s b o r d a t o d a p o s i b i l i d a d

62
de a p r e h e n s i ó n por el p e n s a m i e n t o . C o m o dice muy bien Shankara,
q u e e s c r i b e seis siglos a n t e s q u e el C u s a n o y e x p r e s a una verdad tra-
d i c i o n a l m e n t e a r r a i g a d a en el p e n s a m i e n t o de la India: " e s lo e n t e r a m e n -
te d e s b o r d a n t e ( a t a l a y a ) . El es un no ser superior al ser ( s a t - a s a t - p a -
r a m ) . Es el uno mismo según Eckart, una incomparable maravilla, es más
bien un " n o " , siendo siempre un algo inconcebible". Por otra parte anexa
a e s t a c o n s i d e r a c i ó n que halla su fuente en la experiencia mística, cómo
tal i n e x p r e s a b l e , o p e r a en el C u s a n o , todavía, una técnica del p e n s a -
m i e n t o d e s t i n a d a a d e m o s t r a r a la par que la insuficiencia de la vía
lógica y c o n c e p t u a l p a r a a p r e n d e r esta realidad, la pertinencia de otra
a c t i t u d mental que lleve hacia las conjeturas m á s a p r o x i m a d a s y hacia
u n a creciente a u n q u e nunca total y completa aproximación de esa copia
( A b b i l ) de la imagen divina q u e c a d a uno d e nosotros s o m o s , a la
i m a g e n real de Dios. Esta vía es la de las m a t e m á t i c a s . A n á l o g a m e n t e
a lo q u e se s o s t i e n e en los libros centrales de la República de Platón,
d o n d e el c o n o c i m i e n t o m a t e m á t i c o o dianoético por su alejamiento de la
i m a g e n e m p í r i c a y su a p r o x i m a c i ó n a los entes p u r a m e n t e ideales y
a b s t r a c t o s , c o n s t i t u y e en una a s c e s i s del p e n s a m i e n t o y una a d e c u a d a
a p r o x i m a c i ó n p a r a el c o n o c i m i e n t o de las ideas p u r a s . La experiencia
m e n t a l con las m a t e m á t i c a s , el p o d e r i m a g i n a t i v a m e n t e prolongar
h a s t a el infinito las d i m e n s i o n e s de las figuras g e o m é t r i c a s nos p e r -
mite a d v e r t i r las limitaciones de la lógica de lo finito y p r e p a r a r n u e s -
tra m e n t e p a r a la intuición de lo infinito. En una circunferencia, por
e j e m p l o , si p r o l o n g a m o s su r a d i o al infinito, v e r e m o s c o m o tienden a
a b o l i r s e las diferencias e n t r e el a r c o y la c u e r d a q u e lo s u b - t i e n d e y
e s t a en cierto m o d o se confunde con la t a n g e n t e a la circunferencia.
La c u r v a t u r a de la circunferencia al crecer su r a d i o se va reduciendo,
p r o g r e s i v a m e n t e , h a s t a t r a n s f o r m a r s e en una recta. La relación de con-
t r a r i e d a d y la especificidad lógica de los c o n c e p t o s q u e d a abolida,
s e ñ a l a n d o en el límite u n a v e r d a d e r a coincidencia de los c o n t r a r i o s
( C o i n c i d e n c i a o p p o s i t o r u m ) . C o i n c i d e n c i a de los c o n t r a r i o s con la cual
la t é c n i c a del p e n s a m i e n t o q u e t r a b a j a s u p e d i t a d a a la lógica, se vuelve
e s e n c i a l m e n t e c a d u c a , y e s t a manifiesta su radical insuficiencia.
¿ C u á l será, p u e s , el m o d o , c o m o i n t c l e c t u a l m e n t e p o d r e m o s a p r o x i -
m a r n o s a D i o s , y g e n e r a r en la m e n t e una idea a p r o x i m a d a ? Ya vimos
q u e la t r a s c e n d e n c i a e s i n a b a r c a b l e . En e s t a clase de c a z a — c o m o dice
G i o r d a n o B r u n o — "el c a z a d o r se convierte en p r e s a . P u e s en t o d a s las
o t r a s e s p e c i e s de c a z a , el c a z a d o r c a u t i v a o t r a s c o s a s , las a g a r r a con
la b o c a de su inteligencia p r o p i a ; p e r o en la c a z a divina y universal
d e tal m o d o se realiza la a p r e h e n s i ó n q u e q u e d a el c a z a d o r n e c e s a r i a -
m e n t e a p r e h e n d i d o , a b s o r b i d o , unido al o b j e t o q u e p e r s i g u e " . P o r eso
e s q u e en e s t o s t e m a s n o d e c i m o s q u e t e n e m o s o p o s e e m o s a la ver-
d a d , sino q u e n o s h a l l a m o s en ella.
Al fallarnos el l e n g u a j e d e las p a l a b r a s y d e los c o n c e p t o s y fra-
c a s a r el m a g i s t e r i o d e la lógica, n o p o d e m o s sino recurrir a la cifra,
al l e n g u a j e cifrado, q u e a p u n t a h a c i a lo i n e x p r e s a b l e , p e r o no lo

63
 a p r e h e n d e . Alude s i m p l e m e n t e a ello s i r v i é n d o s e de t o d o s los o b j e t o s y
relaciones q u e constituyen el m u n d o de la vida y d e la e x p e r i e n c i a .
T o d o lo q u e se e x p e r i m e n t a en el m u n d o a l u d e a Dios. El m u n d o es
libro s a g r a d o — c ó d i g o d i v i n o — en el cual l e e m o s m á s c e r t e r a y d e r e -
c h a m e n t e , q u e en las e s c r i t u r a s m i s m a s . Y si el h o m b r e se halla en
el m u n d o y a n t e las c o s a s del m u n d o es p o r q u e en él se e n c u e n t r a n
los signos q u e n o s remiten c o n s t a n t e m e n t e h a c i a D i o s . A d v i é r t a s e c o m o
la n a t u r a l e z a e x p e r i m e n t a una n u e v a valorización, c o m o o c u r r i e r a a
través del a m o r hacia t o d a s las c r i a t u r a s , en la mística f r a n c i s c a n a .
P a r a ilustrar con un e j e m p l o e s t e m o d o de p e n s a r e i n t e r p r e t a r
— a q u í el c o n o c i m i e n t o es i n t e r p r e t a c i ó n , h e r m e n é u t i c a — v e a m o s c o m o
el C u s a n o trata, por ejemplo, el misterio de la t r i n i d a d .
Si h a y un artículo de fé a p a r e n t e m e n t e irreductible a las e x i g e n -
cias de la lógica, del e n t e n d i m i e n t o , e s t e es el de un D i o s trino y u n o
a la vez. El misterio de tres p e r s o n a s d i s t i n t a s y un sólo D i o s v e r d a -
d e r o . Aquí p a r e c e q u e d a r h e c h o p e d a z o s el p r i n c i p i o de c o n t r a d i c c i ó n .
V e a m o s no o b s t a n t e c o m o el misterio p u e d e v o l v e r s e verosímil y p r e p a r a r
el movimiento q u e c o n d u c e hacia la fé. C ó m o p u e d e v o l v e r s e creíble,
" c r e d i b i l e " , a p e s a r de su c a r á c t e r a p a r e n t e m e n t e p a r a d o j a l y a b s u r d o .
T e n e m o s a Dios, al hijo, q u e es cristo, y al Espíritu S a n t o . Q u e en
Dios se da la perfección a b s o l u t a , ello es indiscutible, si es q u e D i o s
r e a l m e n t e existe y de ello no se d u d a . P e r o t o m e m o s a la c r i a t u r a .
El ser h u m a n o c r e a d o — y c ó m o es n a t u r a l c r e a d o p o r D i o s — p u e s
este es la fuente de t o d o lo q u e es s u s c e p t i b l e de una m a y o r ó m e n o r
a p r o x i m a c i ó n a su fuente c r e a d o r a , p u e d e ser m á s o m e n o s perfecto,
hallarse m á s o m e n o s c e r c a de D i o s , y a s e a p o r el p r o c e s o de la p r o -
pia autosantificación, o lo q u e es m á s lógico y o r t o d o x o , p o r la g r a c i a
de Dios. T e n e m o s q u e a d m i t i r , p u e s , en e s e c a s o u n a m a y o r o m e n o r
identificación de la c r i a t u r a con D i o s , del hijo con el p a d r e . A h o r a
bien, si ello e s así ¿ Q u é i m p i d e q u e D i o s , q u e t o d o lo p u e d e , h a y a
c o l m a d o de perfección y de s a n t i d a d al m á x i m o a u n a c r i a t u r a , d e tal
m o d o q u e se confunda, e identifique con él, en lo q u e a m b o s tienen
de esencial, e s t o es en su espíritu. La i d e n t i d a d en el o r i g e n q u e s e ñ a l a
la filiación divina, se t r a n s f o r m a en una i d e n t i d a d d e ser y d e e s e n c i a .
P a d r e c hijo son una m i s m a c o s a en la m e d i d a en q u e en a m b o s se d a
el espíritu s a g r a d o , el espíritu s a n t o . ¿ C ó m o p u e d e d i s c e r n i r s e , e n t o n -
ces, al p a d r e del hijo, y a m b o s del espíritu divino, q u e c o n s t i t u y e su
esencia í n t i m a ? V e m o s l i t e r a l m e n t e c ó m o lo e x p o n e el C u s a n o en la
Paz de la Fe. Dice P e d r o : "Si tú o b s e r v a r a s q u e sólo en C r i s t o s e
alcanza la altura m á x i m a , q u e es v e r d a d e r a m e n t e la m á s a l t a q u e se
pueda alcanzar, y la g r a c i a m á x i m a , q u e n o p u e d e ser m á s g r a n d e y
la máxima s a n t i d a d , y así s u c e s i v a m e n t e , y si tu a d v i r t i e r a s a d e m á s
que es imposible q u e la altura m á x i m a , q u e n o p u e d e s e r m á s g r a n d e ,
pueda no ser única, y lo m i s m o con r e s p e c t o a la g r a c i a y la s a n t i d a d ;
y que la altura d e c u a l q u i e r profeta p o r m á s g r a n d e q u e fuera, s i g u e
siendo inconmensurable con r e s p e c t o a a q u e l l a a l t u r a q u e n o p u e d e

64
ser m á s g r a n d e ; de tal m a n e r a que entre esa altura máxima y otra
s i m p l e m e n t e muy g r a n d e existen un n ú m e r o infinito de g r a d o s i n t e r ­
m e d i o s m á s e l e v a d o s que el q u e se considera, pero inferior al máximo
y la m i s m a c o s a ocurre con respecto a la gracia, a la santidad, a la
p r u d e n c i a , la s a b i d u r í a , y cualquiera otra virtud, entonces tu verás cla­
r a m e n t e q u e el Cristo es el único ser en el cual es posible que la n a ­
t u r a l e z a h u m a n a se halle s u s t a n c i a l m e n t e unida a la Divina".
A d v i é r t a s e c o m o el C u s a n o ha manejado, s a l v a n d o las distancias,
una técnica a n á l o g a a la de las m a t e m á t i c a s . En ellas iba de lo finito
a lo infinito y q u e d a b a n de este m o d o a b o l i d a s las diferencias, en
n u e s t r o ejemplo de lo m e n o s a lo m á s perfecto y con la perfección de
esa n a t u r a l e z a media que es Cristo, q u e d a abolida, también, la diferen­
cia a p a r e n t e q u e se da entre a m b o s y mejor c o m p r e n d i d a la identidad
s u s t a n c i a l q u e se manifiesta en la a p a r e n t e diferencia.
N i c o l á s de C u s a se sirve a d e m á s , en la misma obra de otra a n a ­
logía p a r a h a c e r c o m p r e n s i b l e el misterio de la identidad y el sentido
de la filiación divina. Es el ejemplo de la piedra imán. M o d e r n i z a r e m o s
un t a n t o la t e r m i n o l o g í a p a r a hacerlo m á s c o m p r e n s i b l e . En el fenóme­
no de la i m a n t a c i ó n se dan o r d i n a r i a m e n t e , también, tres e l e m e n t o s :
El imán con su c a p a c i d a d p a r a a t r a e r el metal férrico; el trozo de hie­
rro y el c a m p o m a g n é t i c o . E s t o s e l e m e n t o s son d i s c e m i b l c s y en parte
h a s t a s e p a r a b l e s físicamente, c o m o ocurre en el c a s o del imán y del
h i e r r o . P e r o s u p o n g a m o s al hierro d e n t r o del c a m p o m a g n é t i c o . Este
es i n m e d i a t a m e n t e a t r a í d o por la p i e d r a imán. El hierro se a d h i e r e fuer­
t e m e n t e al imán, h a c e c u e r p o con él, y a m b o s p a r t i c i p a n entonces del
m i s m o c a m p o m a g n é t i c o . Lo esencial si se quiere del fenómeno es esto
último, el c a m p o m a g n é t i c o . Los tres e l e m e n t o s se transforman p u e s ,
en cierto m o d o en u n o , en lo q u e el fenómeno tiene de esencial. Así
o c u r r e t a m b i é n con el p a d r e , el hijo y el espíritu s a n t o . Ahora bien,
la u n i d a d esencial de Cristo con el p a d r e celestial es p r e n d a de la
p o s i b i l i d a d de la r e d e n c i ó n de t o d o h o m b r e . P o r q u e hay en el h o m b r e
u n a filiación divina y una p o s i b i l i d a d infinita de perfeccionamiento.
V e a m o s c o m o c o n c i b e el C u s a n o e s t a relación con el m i s m o ejemplo del
imán. Dice el a p ó s t o l P e d r o en " L a P a z d e la F e " : " U n a piedra iman­
t a d a a t r a e a sí el h i e r r o y a d h i r i e n d o en el aire al imán, el hierro cesa
d e s u b s i s t i r en su n a t u r a l e z a g r á v i d a ( d e lo c o n t r a r i o no se m a n t e n d r í a
en el a i r e y c a e r í a s e g ú n su n a t u r a l e z a hacia el c e n t r o de la tierra)
p e r o se halla en el p o d e r de la n a t u r a l e z a m a g n é t i c a q u e por su a d h e ­
r e n c i a al imán, el hierro se m a n t e n g a en el aire, no en la potencia de
su n a t u r a l e z a p r o p i a q u e excluiría, p r e c i s a m e n t e , esta posición. Ahora
bien la n a t u r a l e z a del hierro se halla de este m o d o inclinada hacia la
n a t u r a l e z a del i m á n , p o r q u e el hierro lleva en sí la semejanza con la
n a t u r a l e z a m a g n é t i c a , en la cual se dice q u e tiene su origen. Y es del
m i s m o m o d o c o m o la n a t u r a l e z a intelectual del h o m b r e , a d h i r i e n d o de
e s t a m a n e r a tan p r ó x i m a , a la n a t u r a l e z a intelectual de Dios, de quien
h a r e c i b i d o su ser, p u e d e a d h e r i r d e una m a n e r a indisoluble c o m o a la
fuente m i s m a de su v i d a " .

65
 O t r o orden de i d e a s q u e c o n c e d e n al C u s a n o una d i m e n s i ó n de
esencial a c t u a l i d a d es el q u e se refiere a su s e n t i d o a m p l i o de la e x -
periencia religiosa y su afirmación de la s u s t a n c i a l u n i d a d de la reli-
gión, bajo la a p a r e n t e d i v e r s i d a d de los ritos y de los c u l t o s .
Las c o n s i d e r a c i o n e s m á s ilustrativas se e n c u e n t r a n en la m i s m a
o b r a a q u e n o s e s t a m o s refiriendo, en la " L a P a z de la F e " . E s t e libro
es del a ñ o 1353, j u s t o el a ñ o en q u e los T u r c o s t o m a n a C o n s t a n t i n o -
pla. Ya h a y q u e d e s e s p e r a r , p u e s , de una u n i d a d f u n d a d a en la fuerza
política o militar. J u s t o en e s t a c o y u n t u r a , Nicolás de C u s a afirma q u e
la religión es una sola a p e s a r de la d i v e r s i d a d de las i m á g e n e s con q u e
los p u e b l o s se r e p r e s e n t a n a D i o s y de la v a r i e d a d de las f o r m a s cid-
rales. La o b r a h a c e referencia a un p e r s o n a j e ficticio q u e , a t e r r o r i z a d o
p o r la c r u e l d a d q u e a s u m e la g u e r r a religiosa y las a t r o c i d a d e s c o m e -
t i d a s p o r los T u r c o s en C o n s t a n t i n o p l a , i m p l o r a al c r e a d o r q u e se m a -
nifieste c o m o es y m u e s t r e c o m o las diferentes r e l i g i o n e s es a él a
quien t o d a s a d o r a n . Es así c o m o el t o d o p o d e r o s o c o n v o c a a los l e g a d o s
de t o d a s las religiones, incluso, d e s d e l u e g o , la m a h o m e t a n a y t a m b i é n
los de las religiones p o l i t e í s t a s , p a r a q u e r e u n i d o s bajo su p r e s i d e n c i a
e x a m i n e n las c a u s a s de sus d i s i d e n c i a s . Los l e g a d o s se h a l l a r á n c o n -
textes en r e c o n o c e r q u e la c a u s a de s u s d e s a v e n e n c i a s y de s u s l u c h a s
reside en la d i v e r s i d a d de las c r e e n c i a s . P e r o y a el p r i m e r o q u e se d i -
rige al Señor, e x p r e s a el n ú c l e o esencial de la t e s i s del C u s a n o . Dice
a s í : " P o r q u e es a ti, el único a quien v e n e r a n a p e s a r d e las d i f e r e n c i a s
a p a r e n t e s del o b j e t o d e su culto las d i s t i n t a s r e l i g i o n e s . Y es p o r c a u s a
de ti, p o r c o n s i g u i e n t e , q u e n a c e la g u e r r a r e l i g i o s a . N a d i e en efecto,
en t o d o lo q u e d e s e a , deja de d e s e a r , en v e r d a d s i n o al bien q u e tu
eres. ¿ Q u é viviente n o d e s e a la vida, q u e s e r n o d e s e a el s e r ? A h o r a
bien, tú eres el d a d o r de v i d a y e s , p u e s , a tí a q u i e n a t r a v é s d e la
d i v e r s i d a d de los ritos p a r e c e n t o d o s b u s c a r t e d i v e r s a m e n t e . Y a t r a v é s
de los d i v e r s o s n o m b r e s d i v i n o s e s a tí a q u i e n n o m b r a n , p o r q u e tal
c o m o tu e r e s en tí m i s m o , p e r m a n e c e s d e s c o n o c i d o a t o d o s e inefable
y n i n g u n a c r i a t u r a p u e d e c o n c e b i r la i d e a de su infinidad, p o r q u e n o
h a y n i n g u n a p r o p o r c i ó n e n t r e la finito y lo i n f i n i t o . . . A c e p t a d , p u e s ,
Señor, el n o p e r m a n e c e r m á s t i e m p o o c u l t o y h a z t e visible. S e d n o s
propicio y r e v é l a n o s tu faz y t o d o s los p u e b l o s se h a b r á n s a l v a d o . Si tu
c o n s i e n t e s en c u m p l i r n u e s t r o v o t o la e s p a d a c e s a r á en su o b r a y la
m o r t a n d a d del o d i o d e s a p a r e c e r á , y t a m b i é n t o d o m a l , y t o d o s s a b r á n
q u e a t r a v é s de la d i v e r s i d a d de los r i t o s n o h a y , n o e x i s t e , v e r d a d e r a -
mente, m á s Q U E UNA S O L A R E L I G I Ó N " .
C o m o se a d v i e r t e a q u í , m u y bien, N i c o l á s d e C u s a , funda la p o -
sibilidad del e n t e n d i m i e n t o e n t r e los h o m b r e s en la a r m o n í a e i n t e -
grabilidad de las c r e e n c i a s r e l i g i o s a s , d e t r á s d e c u y a v a r i e d a d c r e e
percibir una sola y única fe. Y si bien e s t a fe, c o m o h o m b r e c r i s t i a n o
q u e es, es p a r a él la fe c r i s t i a n a , e s t a q u e d a d e s p o j a d a en g r a n m e d i d a
de su carácter d o g m á t i c o , al e n c o n t r a r su e s e n c i a , en u n a r e l a c i ó n í n -
tima y personal con u n a r e a l i d a d en definitiva inefable. J a s p e r s le

66
r e p r o c h a , p r e c i s a m e n t e , q u e su fe no h a y a sido una fe libre, y que su
tolerancia q u e d e circunscrita a las religiones que poseen alguna rela­
ción con el cristianismo, c o m o por ejemplo el M a h o m e t a n i s m o ( N i c o ­
lás de C u s a tiene un análisis crítico del Coran d o n d e p r e t e n d e d e ­
m o s t r a r e s a s c o i n c i d e n c i a s ) . P e r o de la lectura de la obra del C u s a n o
no p a r e c e inferirse esta restricción. Nicolás de Cusa podría h a b e r s u s ­
crito lo q u e un m o n a r c a indio, Asoka, escribiera en uno de sus pilares,
d o s siglos a n t e s de C r i s t o : "El rey muy a m a d o de los Dioses honra
t o d a s las formas de fe religiosas, p e r o no e n c u e n t r a don y honor s u p e ­
rior q u e el p o d e r a c r e c e n t a r la s u s t a n c i a de la religión. La raíz de ella
consiste en reverenciar la p r o p i a fe y nunca ultrajar la de los otros.
Quien p r o c e d a de otra m a n e r a injuria a su p r o p i a religión y ofende a
las d e m á s " . O la del cántico b a h t i s t a del sur de la India: "Al seno del
m a r único y g r a n d e descienden las corrientes q u e vienen de las colinas,
de t o d a s p a r t e s . Sus n o m b r e s son tan diversos c o m o sus fuentes. Y
de e s t e m o d o en c a d a tierra los h o m b r e s se inclinan ante la majestad
del m i s m o Dios c o n o c i d o bajo n o m b r e s d i v e r s o s " .
Q u e N. 'de C u s a e x p r e s a r a la v e r d a d esencial de la fe en lenguaje
e i m á g e n e s c r i s t i a n a s , era ineludible, p e r o ello no a m i n o r a la liberali­
d a d de su p e n s a m i e n t o y la profundidad y universalidad de su e x p e ­
riencia religiosa.
F i n a l m e n t e , p o r q u e no q u e r e m o s fatigar e x c e s i v a m e n t e a tan p a ­
ciente a u d i t o r i o , d e s e a r í a m o s h a c e r una s o m e r a referencia a lo que
h e m o s l l a m a d o su c o n c e p t o de la u n i v e r s a l i d a d p o r integración y el
valor metafísico-religioso q u e c o n c e d í a a la individualidad h u m a n a .
M u c h o s son los a s p e c t o s de la o b r a de N. de C u s a q u e a p u n t a n
al c a r á c t e r o b s o l u t o q u e p a r a él tenía la p e r s o n a h u m a n a y c o m o
p o r e s t e h e c h o la v e r d a d n o p o d í a r e s u l t a r sino de un i n t e r c a m b i o e
i n t e g r a c i ó n de las p e r s p e c t i v a s y e x p e r i e n c i a s individuales. C a d a p e r ­
s o n a e s un t e s t i g o i n s u b r r o g a b l e de a s p e c t o s de la r e a l i d a d q u e a c a d a
individuo le son d a d o s de u n a m a n e r a única. E s t o resulta teológica y
m e t a f í s i c a m e n t e p a r a el C u s a n o d e reflexiones irrefutables. T e o l ó g i c a ­
m e n t e , n o sólo p o r el h e c h o de ser el h o m b r e u n a c r i a t u r a de Dios,
s i n o t a m b i é n p o r q u e la relación con D i o s se e n t a b l a de un m o d o e s ­
t r e c h a m e n t e individual. La m i r a d a y el c u i d a d o de D i o s se dirige s o b r e
c a d a c r i a t u r a c o m o si solo ella e x i s t i e r a . C a d a individualidad es q u e ­
rida p o r su c r e a d o r en sí y p o r sí, y de u n a m a n e r a a b s o l u t a . P o r ello
c a d a ser, c o m o dice H e i m s o e t h , t i e n d e a c o n s e r v a r su ser c o m o u n a
d o n a c i ó n d i v i n a " y " s e g o z a en la perfección q u e ha recibido y no
a p e t e c e ser u n a c r i a t u r a distinta, sino q u e tiene una predilección por el
ser que tiene de D i o s , c o m o por un don divino q u e el t r a t a de c o n s e r ­
v a r i n t a c t o y d e p e r f e c c i o n a r " . P o r ello la e x p e r i e n c i a q u e c a d a ser
tiene d e la r e a l i d a d , c o n s t i t u y e , a su vez u n a manifestación i n s u s t i t u i ­
b l e en su v a l o r c o m o t e s t i m o n i o d e la v e r d a d . E s t o se ve muy claro
en el f a m o s o e j e m p l o del c u a d r o d e R o g e r de la P a s t u r e a q u e hace
referencia N. d e C u s a en s u s c a r t a s a los Monjes del T e g e r n s e e . El

67
 c u a d r o de Roger de la P a s t u r e se halla en el P a l a c i o de C o b l e n z a y
tiene la p a r t i c u l a r i d a d de q u e la i m a g e n p i n t a d a p a r e c e e s t a r s i e m p r e
m i r a n d o a quien la m i r a ; si se le mira del L e v a n t e se c r e e r á q u e mira
hacia el oriente, el q u e mira d e s d e el m e d i o d í a c r e e r á t a m b i é n q u e la
mirada se dirige hacia él; incluso si uno de los e s p e c t a d o r e s c a m i n a
en una dirección, la m i r a d a le s i g u e y si son d o s q u e lo h a c e n en
s e n t i d o c o n t r a r i o , la m i r a d a s i g u e a a m b o s s i m u l t á n e a m e n t e , en s e n -
tido inverso. E s t o n o q u i e r e sino s i m b o l i z a r q u e la m i r a d a de D i o s se
halla s i e m p r e p u e s t a en n u e s t r a m i r a d a y es p o s i b l e a d v e r t i r , c o m o
dice el C u s a n o , q u e ella (la m i r a d a de D i o s ) tiene un c u i d a d o tan
g r a n d e de c a d a ser p a r t i c u l a r , q u e no p a r e c e p r e o c u p a r s e de los o t r o s .
A d e m á s , p o d r á concluirse q u e ella manifiesta el m i s m o c u i d a d o p o r
la m á s p e q u e ñ a c r i a t u r a , c o m o p o r la m á s e l e v a d a . La i n d i v i d u a l i d a d
a d q u i e r e , p u e s , t e o l ó g i c a m e n t e un valor a b s o l u t o . P o r o t r a p a r t e c a d a
h o m b r e d e b e ser c o n s i d e r a d o c o m o un m i c r o c o s m o y es a d e m á s c e n t r o
y o m b l i g o del m u n d o . M i c r o c o s m o p o r q u e en él se hallan c o n t r a í d a s
c o n c e n t r a d a s , t o d a s las d i m e n s i o n e s y a s p e c t o s del u n i v e r s o . El h o m -
bre es m a t e r i a , y es vida, y es espíritu, y a d e m á s tiene c o n c i e n c i a
de lo q u e es y dirige su m i r a d a a lo q u e es el o r i g e n de su ser. E s t o
es a Dios. En el h o m b r e se da, r a s g o e s t e m u y r e n a c e n t i s t a , u n a v o -
luntad infinita, q u e tiende a t r a s c e n d e r t o d o límite y es t e s t i m o n i o ,
c o m o dirá m á s t a r d e D e s c a r t e s , de la m a r c a de D i o s s o b r e la c r i a t u r a .
" N a d i e te ve sino te p o s e e , dice el a l m a c o n t r i t a a D i o s , en " D e v i s i o n e
D e i " ; N a d i e te c o m p r e n d e si no te le e n t r e g a s . P e r o ¿ C ó m o p o d r í a y o
p o s e e r t e ? — c o n t i n ú a — ¿ C ó m o p o d r á a l c a n z a r t e mi p a l a b r a a tí q u e
e r e s inaccesible p o r e x c e l e n c i a ? ¿ C ó m o he de solicitarte si n a d a h a y
m á s a b s u r d o q u e el q u e T ú , q u e e r e s t o d o en t o d o , te m e d e s ? ¿ Y
c ó m o p o d r í a s d a r t e a mí sin d a r m e al m i s m o t i e m p o el cielo y la
tierra y t o d o c u a n t o en ella h a y ? Y r e s p o n d e D i o s al a l m a : "Sé tu
tuyo, y y o seré tuyo". Así p u e s lo q u e a q u í se i m p o n e es un i m p e r a -
tivo de a u t e n t i c i d a d , u n a b ú s q u e d a del y o m i s m o , p o r q u e c o m o en
S a n Agustín, la v e r d a d r e s i d e en la i n t i m i d a d del p r o p i o c o r a z ó n h u -
m a n o . P o r e s o el c o n o c i m i e n t o c o n s i s t e en p u r i d a d en u n a e s p e c i e
de a u t o d e s p l i e g u e de lo q u e y a se halla c o n t e n i d o en el h o m b r e m i s -
mo. En una " e x p l i c a t i o " d e lo q u e c o n c e n t r a d o o " c o m p l i c a d o " se
halla y a de a n t e m a n o en e s e m i c r o c o s m o q u e e s el h o m b r e . Y el m u n -
d o y la e x p e r i e n c i a del m u n d o n o e s m á s q u e e s t í m u l o y o p o r t u n i d a d
p a r a q u e ese d e s p l i e g u e de la m ó n a d a h u m a n a , se p r o d u z c a en el
c a m p o de la c o n c i e n c i a . E s t a noción p o s e e c l a r a m e n t e a n t i c i p a c i o n e s
m o d e r n a s — e s p e c i e de i d e a l i s m o t r a s c e n d e n t a l a v a n t - la l e t t r e . P e r o
fuera de t o d o e s t o el h o m b r e al t e n e r el privilegio d e la c o n c i e n c i a ,
y o c u p a r un lugar en un m u n d o q u e es infinito — e s s i e m p r e c e n t r o d e
ese m u n d o — p u e s en u n a esfera d e r a d i o s infinitos, el c e n t r o se halla
en t o d a s p a r t e s . P o r ello allí d o n d e se da la luz de la c o n c i e n c i a , en
el h o m b r e , en c a d a h o m b r e e s t á el c e n t r o del m u n d o . El h o m b r e e s el
lugar, c o m o dirá m á s t a r d e H e i d e g g e r — d o n d e a c o n t e c e el f e n ó m e n o
de la v e r d a d . Y e s t o c o n s t i t u y e su c o n d i c i ó n m á s e m i n e n t e y su m a y o r

68
dignidad. C a d a h o m b r e es, por consiguiente un testigo insubrogable
de un a s p e c t o , también único de la verdad. Por ello es que la verdad
universal no se d a e x t r a y e n d o lo particular de las visiones individuales
y r e d u c i é n d o l a s a un común d e n o m i n a d o r a b s t r a c t o sino integrando
n u e s t r a v e r d a d con la de los d e m á s , i n t e r c a m b i a n d o nuestras p e r s o n a ­
les e x p e r i e n c i a s en el t r a n s c u r s o de la vida histórica. La Filosofía
p o d r í a decirse q u e es, también, p a r a el C u s a n o , como p a r a J a s p e r s ,
a l g o q u e se da en historicidad y comunicación. La verdad filosófica
q u e se da en el medio de la tolerancia y de la libertad constituye su
u n i v e r s a l i d a d por integración. T a l una semblanza a p r o x i m a d a de la
o b r a y de las i d e a s de este g r a n d e de la filosofía al cual las g e n e r a ­
ciones a c t u a l e s se a p r o x i m a n con un creciente interés y un sentido de
a u t é n t i c a reverencia.
Aníbal del C a m p o .

69
EL SINGULAR E INÉDITO DICCIONARIO DE
DOROTEO MARQUEZ VALDÉZ
Por

C A R L O S ASIAiN MARQUEZ

"A lingua de un povo, falada, è a propia

vida desse povo; mais escripta, è mais do que
isso: è a sua immortalidades" Federico Masson.
 D. DANIEL GRANADA.

P R K C b D I D O DK I N J Ш С Ю CRÍTICO

POR

D. A. M A G A R IÑ O S C E R V A N T E S ,

Ы1КМВП0 C0lUU>14>M>n \ T F D b LA ALADKMIA ESPAÑOLA.

s i 1.1 м » % i ПК ШОЛ

сомшшимпд muti ашаалшмц

Y I \ QUI S U ä f f A M I N N ГEVO JL'lCiO CRÍTICO

Г Г Ii 1.1 С А I) О

poi;

Г). JÜAN VALERA,

INDIVIDUO I i : M Alb».О DE LA ACADEMIA ESPAÑOLA.

Ui.

cLüA'b-C -y^d^rOj ^ w ^ 0 ( с r^^cn^vcb oLc c^\*-\JL* *&

Calif de la Florida, númeroe M у 92.

M O N T L VIDEO: 1*90.

Mu i f f l ì и
 UN SINGULAR E INÉDITO DICCIONARIO RIOPLATENSE

En los a l b o r e s de 1875 un joven fernandino, e n a m o r a d o de su

tierra y de su lenguaje, llega a Montevideo. T r a e en su escueta m a -
leta de e s t u d i o s o un rollo de periódicos, unos pocos libros y no m á s
de diez h o j a s s u e l t a s de c u a d e r n o , d o n d e vienen a p u n t a d a s voces e x -
t r a ñ a s a los diccionarios e s p a ñ o l e s de la época, e s c u c h a d a s o leídas
p o r el m o z o .
Los libros c o n s t i t u y e n una especie de m u e s t r a de lo que componía
el a c e r v o cultural de un m u c h a c h o de nuestro interior, con intranqui-
lidad intelectual, a m e d i a d o s del siglo p a s a d o :
" A p u n t e s p a r a la H i s t o r i a d e la R e p ú b l i c a Oriental del U r u g u a y "
P o r A n t o n i o D e o d o r o De P a s c u a l . ( P a r í s 1 8 6 4 ) . T r e i n t a a ñ o s d e s p u é s
el joven a p u n t a r á en la última p á g i n a : " L i b r o muy d e s a c r e d i t a d o en-
9
tre los a m e r i c a n i s t a s dice F r a n c i s c o B a u z a . . . y cuyo autor, Oficial l
del M i n i s t e r i o d e R e l a c i o n e s E x t e r i o r e s del Brasil, era e s p a ñ o l de origen
y solía u s a r el s e u d ó n i m o de A d a d u s C a l p i " .
" E l P a r n a s o O r i e n t a r ' . Al P u e b l o de O r i e n t e . Montevideo 14 de
N o v i e m b r e d e 1834. Si en el a n t e r i o r título ya a p u n t a lo q u e será la
v o c a c i ó n férrea d e su p r o p i e t a r i o — l a h i s t o r i a — en éste, s u b r a y a d o s ,
aparecen versos y palabras que prolongan sus dos grandes pasiones:
el c u l t o a la b i b l i o t e c a , N a c i o n a l o individual, y la colección de voces
a u t ó c t o n a s del Río d e la P l a t a . D e la p r i m e r a — e l m o z o fernandino
llegó a t e n e r u n a d e las m á s i m p o r t a n t e s b i b l i o t e c a s r i o p l a t e n s e s — da
fé el s u b r a y a d o con q u e finaliza F l o r e n c i o Várela su p o e s í a "Al R e s -
t a b l e c i m i e n t o d e la Biblioteca P ú b l i c a de M o n t e v i d e o " :

" D e s d e tu a u g u s t a esfera
Baja, M i n e r v a , á un p u e b l o q u e te a d o r a ;
H a s q u e en su cruel c a r r e r a
El t i e m p o , q u e á su s a ñ a d e s t r u c t o r a
T o d o el M u n d o s o m e t e
LA B I B L I O T E C A NACIONAL r e s p e t e " .

D e su s e g u n d a inclinación, da fé la p e r m a n e n t e o b s e s i ó n en s u b -
r a y a r en t o d o e s c r i t o q u e caía en s u s m a n o s , a q u e l l o s fonemas a u t ó c -
t o n o s , o r i g i n a l e s , b a u t i z a d o s a m p l i a m e n t e p o r el u s o . De la poesía
q u e A c u ñ a d e F i g u e r o a d i e r a a luz bajo el n o m b r e s u p u e s t o d e Cinco
C i e n t o d e N e g l o d e tulo N a c i o n e , e x t r a j o f o n e m a s d e fonética n e g r a ,
c o m o c a n d o m b e , m a n d i n g a , b a t u q u e , m u s i n g a , m a l u n g o , q u e figuran
en El P a r n a s o O r i e n t a l .

73
 "El Instructor" 1852-56. S a n t a Cruz de Tenerife. Imp. Isleña. P u -
blicación por e n t r e g a y por p l i e g o s , c o m o m á s t a r d e los folletines p a r a
el servicio d o m é s t i c o y hoy los " a t o d o c o l o r " p a r a c u l t u r a d e m a s a s .
Los p l i e g o s s e g u í a n un orden p r e c i s o y una intención e n c i c l o p e d i s t a
p a r a p á r v u l o s , un siglo d e s p u é s de h a b e r s e e d i t a d o a q u e l l a famosa
p a r a los p r e - r e v o l u c i o n a r i o s del 8 9 . P a r t e D o c t r i n a l : M o r a l , Religión;
Historia S a g r a d a , E s c r i t u r a , Historia Antigua, A g r i c u l t u r a , O r t o g r a f í a ,
Aritmética, P s i c o l o g í a . . . etc, etc. t o d o s ellos con el a c á p i t e d e " N o
d e b e de e s c o n d e r s e la luz d e b a j o del celemín, sino dejar q u e t o d o s la
vean. J e s u c r i s t o " .

"Compendio d e LA HISTORIA ANTIGUA hasta la venida d e N.

S. Jesucristo". P a r i s . 1857, q u i n t a o s e x t a m a n o . De s u s 5 0 0 p á g i n a s
sólo s u b r a y ó t r e s frases — s u b r a y a r es una m a n e r a d e e x t r o v e r s i ó n
s u b c o n c i e n t e — : Filipo de M a c e d o n i a a A l e j a n d r o : " H i j o mío, b u s c a
o t r o reino q u e sea m á s d i g n o d e ti, p o r q u e la M a c e d o n i a n o e s b a s -
tante para contenerte"; Parmenión viendo completamente arruinado a
Alejandro a n t e s d e p a r t i r a s u s c o n q u i s t a s : " S e ñ o r , y ¿ q u é e s lo q u e
c o n s e r v á i s ? — L a e s p e r a n z a " ; y A l e j a n d r o a s u s g e n e r a l e s : "Si d e b o
la vida a Filipo, t a m b i é n le d e b o a A r i s t ó t e l e s el vivir b i e n " . Q u i z á
en e s o s t r e s c o n c e p t o s c o m p e n d i a b a M á r q u e z Valdéz s u s a n s i a s , su
e n c u e n t r o con M o n t e v i d e o y su v o c a c i ó n d e h o m b r e d e p e n s a m i e n t o .

"Panorama U n i v e r s a l A m é r i c a - E s t a d o s Unidos". T o m o 9 d e la
famosa Colección. B a r c e l o n a ¿ 1 8 5 0 ? . U n a sola a n o t a c i ó n al fin del
índice d e la Historia de los E s t a d o s U n i d o s 1 5 6 7 - 1 8 1 1 : tres e s c u e t a s
fechas 1870, 1875, 1879. ¿ F u e r o n a c a s o los t r e s a ñ o s en q u e leyó y
releyó una d e las h i s t o r i a s m á s m a r a v i l l o s a s — e n e s p e c i a l la q u e
r o d e ó a 1 7 7 6 — q u e ha e s c r i t o A m é r i c a ? E s m u y p o s i b l e ; el futuro
lexicógrafo q u e m ó m u c h a s v e c e s i n c i e n s o frente a la R e v o l u c i ó n q u e
dio L i b e r t a d y C o n s t i t u c i ó n a los E s t a d o s U n i d o s , o l v i d a n d o a a q u e l l a
q u e se d e s a r r o l l ó trece a ñ o s d e s p u é s .
En c u a n t o al rollizo e n v o l t o r i o d e p e r i ó d i c o s , él e s t a b a c o n s t i t u i d o
p o r un p a r d e c e n t e n a r e s d e n ú m e r o s d e "EL C O N S T I T U C I O N A L , D i a -
rio d e la tarde, Político, N o t i c i o s o y Comercial", q u e van del 3 d e
E n e r o d e 1842 al 31 d e E n e r o d e 1844. U n a s e q u i s y u n a s c r u c e s e n -
cima d e p á r r a f o s e d i t o r i a l e s y a r t í c u l o s p o l í t i c o s , d e n u n c i a n su d i v i s a :
son a q u e l l o s q u e d e n o s t a n y a g r a v i a n a O r i b e o a q u e l l o s q u e a t a c a n
d u r a m e n t e a " L a G a c e t a " d e B u e n o s A i r e s . * M á r q u e z V a l d é z se c o n -
s e r v a r á b l a n c o y o r i b i s t a h a s t a su m u e r t e .
E n el c a s i m e d i o s i g l o d e s u v i d a d e s a r r o l l a d o en M o n t e v i d e o ,
cultivó in e x t e n s o s u s t r e s v o c a c i o n a l e s p a s i o n e s : la H i s t o r i a , la B i b l i o -

(*) Tales libros y tales periódicos, por expresa voluntad del autor de este
artículo, pasarán en fecha cercana a la Biblioteca Nacional. Con ellos una trein-
tena de libros editados entre 1833 y 1888 en el Uruguay, entre los cuales figura
la edición de 1890 de "Vocabulario Rioplatense" de Daniel Granada y (esto en
manuscrito) Acotaciones marginales de D. M. V.

74
teca, ( c o m p l e m e n t a d a por uno de los archivos documentales más e x -
t r a o r d i n a r i o s del U r u g u a y ) y la b ú s q u e d a de vocablos del Río de la
P l a t a , q u e p o d e r definir a c e p c i o n a r y tipificar con ejemplos literarios.

Noticia suscinta sobre el autor de

1
"Anotaciones Marginales a Granada

D o r o t e o M á r q u e z Valdéz nació en la d é c a d a del cincuenta del

siglo p a s a d o en la aun e n t o n c e s semicolonial ciudad de M a l d o n a d o .
Allí hizo s u s e s t u d i o s p r i m a r i o s . L u e g o el viejo cura de la majestuosa
Iglesia, e x t r e m e ñ o a p o r t u g u e s a d o que h a b í a recorrido las tres a m é r i -
c a s , le e n s e ñ ó latín, francés y p o r t u g u é s c o m o l e n g u a s ; gramática, g e o -
grafía e historia c o m o b a c h i l l e r a t o ; c a t e c i s m o , principios generales de
filosofía, revolución e s t a d o u n i d e n s e — l a independientista y la liberación
del n e g r o — y a m o r a la libertad c o m o H u m a n i d a d e s .
Con t a l e s p e r t r e c h o s , q u e bien a s i m i l a d o s valían por sólida piedra
miliar p a r a s e g u i r a p r e n d i e n d o , llega a Montevideo c u a n d o el " A ñ o
T e r r i b l e " , q u e q u e d a r á i n c r u s t a d o en sus e m o c i o n e s c i u d a d a n a s p a r a
s i e m p r e . Los g o b i e r n o s de L a t o r r e en a d e l a n t e , las oscilantes políti-
c a s y p a t r i a d a s d e s d e la del Q u e b r a c h o y la Tricolor, encendieron en
su p e c h o — q u e e s d o n d e g e r m i n a n las v o c a c i o n e s m á s l e g i t i m a s —
a n s i a s p o r el c o n o c i m i e n t o de n u e s t r o s p a r t i d o s , de sus l u c h a s , de s u s
c o n v u l s i o n e s y d e las s a n g r í a s q u e siguen a la parición de p a t r i a s .
Del 7 4 en a d e l a n t e hizo una fecunda p r á c t i a de historia nacional, no
s i e n d o a j e n o a n i n g u n o de los a c o n t e c i m i e n t o s q u e se sucedieron d u -
r a n t e los c u a r e n t a a ñ o s q u e la siguieron.
A u n q u e g u a r d ó s i e m p r e v e n e r a c i ó n y b a l o t a p o r el P a r t i d o B l a n -
co, n u n c a i n t e r v i n o en s u s l u c h a s c a m p a l e s , s a n g r e m e d i a n t e , ni en
s u s e n c o n a m i e n t o s e l e c t o r a l e s , c o m i t é y a veces t a m b i é n s a n g r e "de
p o r m e d i o . Q u i z á su formación d u r a n t e la a d o l e s c e n c i a , en t r e m e n d o
c o n t r a s t e con su t e s t i m o n i o del a ñ o terrible, lo alejaron por siempre
de la solución c r u e n t a .
G u a r d ó s u s e n e r g í a s d e h o m b r e pacífico y disciplinado, p a r a la
o b s e r v a c i ó n casi clínica y p o r r a c h a s p a t o l ó g i c a s , de ese niño q u e
c r e c í a a c h i n g a d a s , g l o r i a s y c o s c o r r o n e s : su q u e r i d a B a n d a Oriental.
S ó l o 1897 — y a p a d r e de siete h i j o s — lo vería en el e p í l o g o del le-
v a n t a m i e n t o s a r a v i s t a . C o r r í a n los d í a s de el P a c t o de P a z . Dice
Luis A. d e H e r r e r a en " P o r la P a t r i a " , t o m o II: "Al a m a n e c e r del
26 ( d e septiembre) ya nos levantamos echando de menos aquel impe-
r i o s o d e a ensillar q u e d u r a n t e tantos m e s e s m u t i l a r a n u e s t r o sueño.
S e h a concluido la g u e r r a . . . "La c o n t i e n d a ha terminado pero queda
una sufrrda legión g a u c h a con míseras ropas desgarradas y sucias,
d e a pié y sin "soldada". Es entonces —continúa Herrera— que se
forman d o s C o m i s i o n e s d e Socorro para arbritar recursos para los re-
volucionarios, que c o m o los de Martin Fierro s e habrían de dispersar

75
 en los c u a t r o p u n t o s c a r d i n a l e s , m i s é r r i m o s y sin m e d i o s . En la C o -
misión d e c a b a l l e r o s , " P o r la P a t r i a " d o c u m e n t a los n o m b r e s de
R e q u e n a y G a r c í a , Manuel Quíntela, A n t e n o r R. P e r e i r a , Juan Albístur,
Juan B. Morelli, D o r o t e o M á r q u e z Valdéz, y o t r o s . M á s de mil trajes
c o m p l e t o s y a l g o m e n o s de 150.000 p e s o s fueron r e p a r t i d o s e n t r e t r o -
pa y oficíales. E x c l u i d o s S a r a v i a y L a m a s .
T r a d u c t o r público, profesor de i d i o m a s , r e m a t a d o r , c o m i s i o n i s t a ,
e n s a y i s t a , periodista c o m b a t i v o y o t r a s t a r e a s m e n o r e s , le p e r m i t i e r o n
s o s t e n e r d e c o r o s a m e n t e el h o g a r frondoso en frutos q u e c o m p a r t í a con
su mujer C o n c e p c i ó n P a l o m e q u e M a g a r i ñ o s , hija del " P a c i f i c a d o r de
la R e p ú b l i c a " ( 1 8 7 2 ) Coronel Dr. J o s é G a b r i e l P a l o m e q u e .
A v a t a r e s p r o p i o s de la vida, lo t r a s l a d a n a fines de siglo a A s u n -
ción del P a r a g u a y por varios a ñ o s . Allí, a i s l a d o , sin afectos familiares,
sin el a m b i e n t e m o n t e v i d e a n o q u e viviera y a m a r a d u r a n t e veinticinco
a ñ o s , logra el ideal q u e o t r o s han e n c o n t r a d o en el a l e j a m i e n t o v o l u n -
tario de s u s lares, p a r a p o d e r m e d i t a r . E s t u d i a en p r o f u n d i d a d n u e s t r a
Historia y la del P a r a g u a y — e n especial la q u e tiene q u e ver con
los o r í g e n e s y d e s a r r o l l o de la T r i p l e Alianza y la g u e r r a s u b s i g u i e n t e —
en las p r o p i a s fuentes de d o c u m e n t o s y e s c r i t o s de la é p o c a . N a c e
p a r a él c o m o c o r o l a r i o de s u s e s t u d i o s , la razón de la s i n r a z ó n de
la Alianza y una d e c i d i d a d e t e r m i n a c i ó n p o r reivindicar p a r a el P a -
r a g u a y , lo q u e los g o b i e r n o s de la é p o c a se o b s t i n a b a n en n o h a c e r ,
salvo el g e s t o del P r e s i d e n t e S a n t o s q u e d e v u e l v e b a n d e r a s y trofeos
c o n q u i s t a d o s en e s t e r o s p a r a g u a y o s p o r s o l d a d o s o r i e n t a l e s d e la talla
d e León Palleja, en la q u e fué la m á s a c r e y a g ó n i c a c o n t i e n d a vivida
en el c o r a z ó n de la A m é r i c a del Sur.
P e r i ó d i c o s de Asunción y d e M o n t e v i d e o p u b l i c a r o n a fines de
un siglo y a p r i n c i p i o s de o t r o , los e n c e n d i d o s y d o c u m e n t a d o s a l e g a t o s
q u e M á r q u e z Valdéz d e s e n t r a ñ ó de a r c h i v o s p a r a g u a y o s y o r i e n t a l e s .
1905 vería a su a m i g o y c o r r e l i g i o n a r i o H e r r e r a , c o m o a b o g a d o y p a -
ladín de la p e r d i d a c a u s a p o r el P a r a g u a y , p e r o n o c a u s a p e r d i d a en
adelante.
La vida e n t e r a d e M á r q u e z Valdéz fué un c o n t i n u o r e b u s c a r en
libros, folletos, p r o c l a m a s y d o c u m e n t o s de c a r á c t e r h i s t ó r i c o . A su
m u e r t e en 1922, h a b í a l o g r a d o l e v a n t a r una d e l a s m á s b a s t a s e i m -
p o r t a n t e s b i b l i o t e c a s d e n u e s t r o p a í s , q u e sería h o n r a d a p e r i ó d i c a -
mente por historiadores uruguayos, argentinos y p a r a g u a y o s q u e llega-
ban h a s t a su c a s a p a r a c o n s u l t a r l a . S u s h e r e d e r a s , la l e g a r o n al Dr.
Alberto P a l o m e q u e M a g a r i ñ o s r a d i c a d o en La P l a t a y B u e n o s A i r e s ,
d e s p u é s de las t u m u l t u o s a s e l e c c i o n e s p r e s i d e n c i a l e s d e 1905 q u e llevó
a la p r i m e r a m a g i s t r a t u r a al Sr. J o s é Batlle, m e d i a n t e a l g u n o s v o t o s
b l a n c o s . El r e m a n e n t e d e j a d o p o r el Dr. P a l o m e q u e en M o n t e v i d e o ,
fué d o n a d o a la biblioteca d e los P a d r e s J e s u í t a s d e M o n t e v i d e o , d o n -
d e aún se c o n s e r v a .
Casi t o d a la o b r a e d i t a d e M á r q u e z V a l d é z fué r e c o g i d a p o r p e -
riódicos m o n t e v i d e a n o s h a s t a el a ñ o 1918. Su e r a r i o p e r s o n a l n o le
permitió e d i t a r m á s q u e u n o s d e s u s t a n t o s e s c r i t o s : " A n o t a c i o n e s a

76
 los / / ¿ A » / y lo* rir/mí d e b pampa <«>n o m a n l o mbtthumano.»^
(1). Joaquín V. ( i e m a l e / , ¡+i flftf/ÙÙ'u ,ott,ìl.)
tifo S*Í*rí — *-^f?Yt*A> j'AY V\\1 V .'. \\. Diees:* d . l iridi.» cuya p i r . u l i l i l uavo-
g f i í la parto Mi|»crior ilei rio l'arapuav al tiempo del d o v uhri-
nicnto. ir. t. C. Pcrtenecinitc á e*ta panñalidad.
I^»s juvagiuiCH eran trueles y p<TM-verantes e n sus ari mieti-
ilas, t d contra l*»s CtJMrfkjta, conu» iMntr» las d e m á s p a n iatida-
\dos d o indio*. S«nm.lu*roit»ir | mediad*»* del «if^o dccun<»cUlvo,
j'AVc >< 1 A Departamento do la provimi» argentina do
[Salta. - t apital del mismo dcj lattamento.
1
» \ ^ ' S A X DI'- Departáimeut.. d e la KcpíitriVa Oriental del
. J U r u i c u » ; " C i u d a d r a b e o r.i del mt<mn de|KirtanieMo.
/ F.l f i l l i o mUionero Fray Policarpo Sandú fonti A ima*rcdiie-
,%
— v i ó n d m i t e *ta la < andad qm Uova hu nombre, p«»r haber sido
^ rJl\fC*s<&sOy* 2 *t<Jr^ l ' " W h»* • a m e m o s do la misma, *cgún 1). Domingo
c u i < h l

nf. m.y ir. 4< la A\ O. éi r.i

De /Wv guarani, padre, y &nu/«, a pel Itilo del mUionem.
^j'ow- «*w ti V\.\ >!• IvNAl I)c|mi lamento d e la provincia utpriitina d e

Of ) P K L O T A , 1 , - Cuori, . l e anfanai va.^u.o, «muro, cortttk»;

f f * * ^ * ^ J W o i fon gattoni ••xttu/MaS, del Cttafc mcdiajfjtruna* zuasfas,
/ 'V'
ì. ^^t,i*%**tMt,i » lonna <«»m<» u n a lmtea, »jik\ Hevaila jv»r uu nadfldof do los
^ j ' «\iente> ù asiila à la «ola dri oal>all«» kìivo pare Uan*lK»rUir
r f

1 e y tf
^v^v* *^ ' ^ " (una «trilla a la oli*a d o un rio ó n r r o y o invadoahlo !.. molitura
^ vtvvAtvu^ e<iuì|>itje ó eualei»rftìicra otnw «il.jcton ó La
Jj . * • J m U m a « aromi c r e o i i d o *uele empi» ai

I^^vv^vtv^ ^ ^c-(< Bc Itoti p.iiii -K».lt(it

Ai «nr.. día pasamos ci ri» l'-
jHear.» <M T. l'olfiaqv» Ddfo, J\:t!nuh yuv se hi.* d ttùa tir
»»/ tasitfy ti* ius ilifie fri.)
»7 \ N o lial/ta ('tiritare;" Vai alcuna; u m <ju»* lue pretta) va-
lontos d e u n a /r/o/u» q u e r « lo ipi<« para pattar un riti han
¿ t ^ v W ^ t - ^ d U c u r r i d o |«>s nattiraks. HAi oula de un ouoim ih ... a •'• de
' • i
t o t o , c u t i i mio Jas punta* lax cuatro esultimi*, luuta lUjarlo 1
r
c u e s t a fonnu f 7 ^ 1 1 y e n «quel jkh-o d e pian», q u o quoda I•
J • • • . ,
•
! . . i !-.•,.-•!. .!•• »••• »t:i.,r. • luogo 5«)luv
^
Üjfr r.

• l^v o C v . ^ ^ 'A
 Incursión del G e n e r a l Rivera en las M i s i o n e s , de Alcidez C r u z " , afia-
t a d o análisis en q u e deja al d e s c u b i e r t o n u m e r o s o s e r r o r e s , p r o p o r -
c i o n a n d o la d o c u m e n t a c i ó n de v a r i a d a s v e r d a d e s r e l a c i o n a d a s con la
quijotesca e p o p e y a riveriana.
Q u e d a n c u a n t i o s o s e s c r i t o s en n u e s t r a s m a n o s q u e a l g ú n día
p o d r á n ver la luz. En letra q u e m á s p a r e c e de e s c r u p u l o s o y p u n t i l l o s o
notario q u e de h i s t o r i a d o r , M á r q u e z Valdéz i n c u r s i o n ó en t o d o el p e -
ríodo de n u e s t r a historia q u e va de 1830 a 1915. " S o b r e i n t e g r a c i ó n
del U r u g u a y en el a n t i g u o Virreinato del Río de la P l a t a " a p r o p ó s i t o
de las p u b l i c a c i o n e s de Juan C a r l o s G ó m e z , " L o s últimos cien días
de la l l a m a d a C r u z a d a L i b e r t a d o r a " , " L a c a í d a de S a l t o en 1 8 6 4 " ,
" U n M a r c o Aurelio O r i e n t a l : L a t o r r e " , " M a n u e l G o n d r a " , novela c o s -
t u m b r i s t a 1860-65 y c e n t e n a r e s de e s c r i t o s c o r t o s r e s t a n aún en
cajones.
Resta t a m b i é n d e s d e 1922, fecha en q u e a g r e g ó s u s ú l t i m a s a d -
quisiciones, un D i c c i o n a r i o q u e a u n q u e con el m o d e s t o título de
A c o t a c i o n e s m a r g i n a l e s al de G r a n a d a , d u p l i c a l a r g a m e n t e al original,
en fonemas y a c e p c i o n e s .
C a b e decir, q u e c u a n d o la a p a r i c i ó n del d i c c i o n a r i o r i o p l a t e n s e
m a d r e , M á r q u e z Valdéz h a c í a m á s de q u i n c e a ñ o s q u e c o n f e c -
c i o n a b a el s u y o , c o m o se d e s p r e n d e de a p u n t e s f e c h a d o s . La a p a -
rición del d i c c i o n a r i o de G r a n a d a , retoirnó al a u t o r a fojas c e r o . S o b r e la
a
b a s e d e la 2 edición de G r a n a d a ( 1 8 9 0 ) M á r q u e z V a l d é z , r e c o m i e n z a
su t r a b a j o d e h o r m i g a r o m a n a , e x c l u y e n d o d e e s t e su n u e v o a c o p i o ,
t o d a la p a l a b r a p u b l i c a d a p o r G r a n a d a q u e t u v i e r a el m i s m o signifi-
c a d o , definición y a c e p c i ó n q u e a q u e l l a s p o r él t r a b a j a d a s . Y se dio
un m a r g e n de c u a r e n t a y d o s a ñ o s p a r a a m p l i a r l o , pulirlo y c o m p l e -
m e n t a r l o , sin perjuicio de r e b a t i r l o si c u p i e r e .
Director d u r a n t e d o s l u s t r o s de los Asilos M a t e r n a l e s e I n s p e c t o r
de los H o s p i t a l e s de c a m p a ñ a del C o n s e j o d e S a l u d P ú b l i c a , m u e r e
en la m i s m a sencillez y m o d e s t i a en q u e h a b í a t r a n s c u r r i d o su vida,
en el a ñ o 1922, en un b o x del H o s p i t a l Maciel q u e él m i s m o e x i g i e -
ra de sus s u p e r i o r e s , c u a n d o se sintió morir, p a r a n o m o l e s t a r a s u s
hijas.

NATURALEZA Y ANATOMIA D E
"ACOTACIONES MARGINALES"

Supe ser un gurí bien de mi raza;

pero dejé en los libros el dialecto
y perdí el fresco aroma de las flores
con nombre guaraní, que fué mi griego...

y encuentro ¡al fin! intactas mis palabras

sobre la cicatriz de los conceptos.
Osiris Rodríguez Castillo. "Grillo Nochero"

78
 H a b í a q u e d a d o un m a n u s c r i t o .
¿ U n nuevo diccionario, un nuevo vocabulario m á s ? N o ; solamente
un p a r t o b a s t a n t e d e m o r a d o , una p r o l o n g a d a siesta en anaqueles
p o l v o r i e n t o s , q u e ha servido p a r a testificar el valor real. El tiempo,
q u e p o r p a s a r tan r á p i d o es d e n o s t a d o y malquerido, deja una estela
i n d e l e b l e : el testimonio de los valores por los que transcurre.
M á r q u e z Valdéz p o d r í a h a b e r suscrito las p a l a b r a s del escritor
a r g e n t i n o D. Enrique Lynch A r r i b á l z a g a : " O c u p a d o , á mi vez, en c a -
lidad de simple aficionado, en coleccionar los m o d i s m o s argentinos,
s o r p r e n d i ó m e a g r a d a b l e m e n t e el anuncio de la obra que a c a b a de
1
p u b l i c a r en M o n t e v i d e o el Dr. Daniel G r a n a d a " .
P u e s t o a n t e la disyuntiva, nuestro autor a c e p t ó , como Lynch, la
g a n a d a de m a n o y c o m o los reyes g o d o s , levantó sobre los sólidos
c i m i e n t o s y c o l u m n a s r o m a n a s , la nueva edificación.
En el t r a b a j o de M á r q u e z Valdéz hay una doble filiación: G r a -
n a d a y Valera. Ello implica un valor de c o m p l e m e n t a c i ó n ; en primer
l u g a r no repite voces ya c o n s i g n a d a s y en s e g u n d o lugar remite direc-
t a m e n t e al d i c c i o n a r i o de la Real A c a d e m i a E s p a ñ o l a , t o d o s aquellos
v o c a b l o s q u é , s u p u e s t a m e n t e a u t ó c t o n o s , ya h a b í a n sido objeto de u b i -
cación y definición en las s u c e s i v a s ediciones del mismo.
N o se limita el a u t o r a ello, sino q u e p a r a no caer en los m i s m o s
e r r o r e s q u e G r a n a d a , t o m a m u y b u e n a nota de las o b s e r v a c i o n e s y
c r í t i c a s , a v e c e s t a c h a s y a c r i t u d , q u e D. Juan Valera hiciera a G r a -
n a d a , a d a p t a n d o su t a r e a a los l i n c a m i e n t o s q u e el a c a d é m i c o español
t r a z a en su " N u e v o Juicio C r í t i c o " en c a r t a q u e dirige al autor del
Vocabulario Rioplatense Razonado.
E m p r e s a a r d u a — d i c e Luis Alfonzo en su P r ó l o g o a Diccionario
d e A m e r i c a n i s m o s de A u g u s t o M a l a r e t — la de e n c e r r a r en las c o l u m -
n a s de un d i c c i o n a r i o , d e n t r o de m o l d e s v e r b a l e s , la i n a g o t a b l e y
c a m b i a n t e r e a l i d a d de casi t o d o un v a s t o c o n t i n e n t e . Algo similar,
r e d u c i e n d o los límites en e x t e n s i ó n , p e r o a g r a n d á n d o l o s en profundiza-
ción, se p u e d e decir de los q u e c o m o G r a n a d a , Sergio B e r m ú d e z , B e -
r r o G a r c í a , n u e s t r o a u t o r y o t r o s t a n t o s , han d e d i c a d o s u s h o r a s a
la r e b ú s q u e d a en g a b i n e t e — p a l a b r a e s c r i t a — o en c a m p o afuera
— p a l a b r a h a b l a d a — p a r a h a c e r su a p o r t e a la lexicografía rioplatense.
T a r e a de e s f o r z a d o s v a r o n e s en l e t r a s , u n a de las m á s e n g o r r o s a s y
a la vez m á s i n g r a t a s . P o r q u e es el c a s o , y la c o s t u m b r e , q u e no
faltan a p a l e a d o r e s y a c a s o g a l e o t e s , q u e la e m p r e n d a n c o n t r a la o b r a
y p e r s o n a del d i c c i o n a r i s t a , sin e n t r e v e r ni p o r a s o m o , el esfuerzo
d e s p l e g a d o . Lo q u e m á s u r g e , escribió uno de ellos, Paul G r o u s s a c ,
e s q u e n u e s t r o s lexicógrafos a p r e n d a n c a s t e l l a n o .
La r e a l i d a d es q u e los l e x i c ó l o g o s d e I b e r o a m é r i c a , no tienen
q u e c a l c a r la t a r e a d e los de la Real A c a d e m i a , en d o n d e culmina la

1 En Prólogo de la 2* edición de D. Granada.

79
 vida de los v o c a b l o s q u e nacieron b a l b u c e a n t e s , c a m b i a r o n m u c h a s
veces c o r r i e n d o m u c h a s r u t a s , y m a d u r a r o n un día, a tal p u n t o , q u e
podían exigir su d o c u m e n t o de i d e n t i d a d i d i o m á t i c a . La historia de
un fonema q u e nació en una callejuela colonial, en un a p a c i b l e valle
a n d i n o , en una cuchilla oriental o en un t u m u l t u o s o b o l i c h e p o r t u a r i o ,
q u e c a m i n a n d o llegó al p a g o m á s c e r c a n o d o n d e hizo fortuna, q u e
un día escaló p o s i c i o n e s m e t r o p o l i t a n a s o s a l o n e s jai p a r a triunfar,
m u t á n d o s e de h a b l a d a en escrita, en las p á g i n a s de un estilista q u e
tiene a h o n r a a p a d r i n a r de esa m a n e r a su a c t a de b a u t i s m o , es c o s a
muy distinta a la q u e " p u l e " d e s d e c ó m o d a s p o l t r o n a s . E s la e m b r i o -
logía y puerilidad de un v o c a b l o ; de é s e q u e l l e g a d o a la p r u e b a
m á x i m a — s u p a s a j e a t e x t o s l i t e r a r i o s — recién e n t o n c e s e s t á en c o n d i -
ciones de q u e de él se o c u p e n los A c a d é m i c o s de la Real, q u e
e n t o n c e s , y sólo e n t o n c e s , le e x t e n d e r á n el certificado y la i n c o r p o -
ración a su l u e n g o r e g i s t r o de g e n s familiar.
Los v o c a b u l a r i o s r e g i o n a l e s no tienen, p o r t a n t o , p o r q u é a j u s t a r s e
a las n o r m a s q u e c o n s a g r a n en último t é r m i n o un v o c a b l o y, d e p u r á n -
dolo, le dan legitimidad final. El lexicógrafo r e g i o n a l i s t a d e b e ser
a m p l i o y no h a c e r o t r a c o s a q u e r e c o g e r la r e a l i d a d l i n g ü i s t i c a t a n t o
en los e s t r a t o s s o c i a l e s o p o p u l a r e s , c o m o en los c a s t r e n s e s , i n d u s -
triales, del a g r o o de la b a r r i a d a . S i e m p r e q u e s e a u n a r e a l i d a d de
c a r á c t e r p e r m a n e n t e , de difusión a m p l i a ; s i e m p r e q u e e s t é limpia de
las a r b i t r a r i e d a d e s q u e i m p o n e la m o d a o la c h a b a c a n e r í a , la p a l a b r a
nueva d e b e ser a n o t a d a , d e b e ser o b j e t o d e la i n v e s t i g a c i ó n q u e p r o -
cure a d e n t r a r s e en el misterio de su íntimo significado. . . y e s p e r a r .
El t i e m p o d i c t a r á o nó su última p a l a b r a al a p u n t e o r i g i n a l .
Los v o c a b u l a r i o s de G r a n a d a y d e M á r q u e z V a l d é z , s e ciñen a
e s a s condiciones. A m b o s e n t e n d i e r o n q u e lo i m p o r t a n t e e s la u t i l i d a d
y la p r a c t i c i d a d , e s decir, la p o s i b i l i d a d de q u e el e s t u d i o s o b u s q u e
y e n c u e n t r e las voces y n u e v a s a c e p c i o n e s , m u c h o a n t e s de q u e la
Real A c a d e m i a t e n g a noticias y e s t u d i o p r a c t i c a b l e . M e n c n d e z y P i d a l
alentó a los v o c a b u l a r i s t a s r e g i o n a l e s y p r o v i n c i a l e s de E s p a ñ a y A m é -
rica: . . es m u y útil e n s a y o p r á c t i c o de c o o r d i n a c i ó n d e t o d o s e s o s
materiales d i s p e r s o s " , ha d i c h o en o p o r t u n i d a d de g l o s a r el D i c c i o -
nario de A m e r i c a n i s m o s .
M á r q u e z Valdéz r e c o g i ó la b a s e g r a n í t i c a d e G r a n a d a , las á s p e r a s
lecciones de Valera, el e s t í m u l o g e n e r o s o de M e n e n d e z P i d a l y el t r a -
bajo de r o m a n o s de Malaret. Y t r a b a j ó . N u n c a le llegó el día d e e d i t a r
o por que no p u d o , o p o r q u e , e n f e r m e d a d de v o c a b u l a r i s t a s , n u n c a
paréceles c o m p l e t a d o el a c o p i o de v o c e s , fresco m a n a n t i a l i n a g o t a b l e .
Las directivas de Valera y los p r e c e p t o s l i n g ü í s t i c o s q u e a s i m i l ó
de cinco e s c r i t o r e s - b a s a m e n t o — R . P a l m a , S. Levitier, L. A m u n á t c g u i ,
C. Martínez Vigil y F. M a s s o n — s e r á n su c ó d i g o de t r a b a j o d e los
que se exigió el m á x i m o p o s i b l e . A ellos se a j u s t a t o d o lo q u e c o n
modestia, el mismo califica de " A c o t a c i o n e s M a r g i n a l e s " al v o c a -

86
biliario recien e d i t a d o . (Ver facsimil de la carátula interior de G r a -
n a d a , m a n u s c r i t a por M á r q u e z Valdéz)
a
La a m p u t a c i ó n que h a c e la 3 Edición de G r a n a d a —Colección
de C l á s i c o s U r u g u a y o s — del p r ó l o g o de Valera, priva al estudioso
de una p r e c e p t i v a q u e no por acre deja de ser de fértil utilidad.
* * *

D e s d e q u e a m e d i a d o s del siglo XVIII apareciera editado el pri-

mer v o c a b u l a r i o h i s p a n o - a m e r i c a n o de D. Antonio de Alcedo, toda
I b e r o a m é r i c a r e c o g i ó la culta iniciativa, y periódicamente, fué d a n d o a
c o n o c e r noticia f r a g m e n t a r i a y regional del creciente p a r t o de voces,
a c e p c i o n e s y d i c h o s , de los q u e América era proficua, ya que a la
t r a d i c i o n a l f e c u n d i d a d de la lengua hispánica, se a g r e g a r o n cada vez
en m a y o r p r o p o r c i ó n , v o c e s i n d í g e n a s y voces, prefijos y sufijos p r o -
v e n i e n t e s de la n e g r i t u d africana. El C a r i b e d o n d e se mixturaron t a n -
t a s r a z a s fué un vergel de v o c a b l o s : el p a p i a m e n t o , la m á s original y
a t r a v e s a d a c o n g l o m e r a c i ó n de p a l a b r a s p r o v e n i e n t e s de los cuatro p u n -
t o s c a r d i n a l e s . T o d o un idioma.
C a b e a C u b a la gloria de h a b e r iniciado en 1836 la serie de Dic-
c i o n a r i o s p a r a - a c a d é m i c o s . P e r o a ñ o s a n t e s que h a g a n lo propio Perú,
C o l o m b i a , Chile y Brasil, es en el U r u g u a y d o n d e ven la luz, en
1850 el v o c a b u l a r i o del c o r d o b é s Hilario Ascasubi y en 1854 el de
Alejandro Magariños Cervantes.
D e s d e G r a n a d a a n u e s t r o s días p a s a n de la d e c e n a las p u b l i c a -
c i o n e s s e r i a s q u e s o b r e el t e m a r i o p l a t e n s e se han e d i t a d o en n u e s -
tro p a í s . R e p u t a m o s c o m o una de las c o l a b o r a c i o n e s m á s i m p o r t a n t e s ,
las a p a r e c i d a s en la Revista de Filología, d o n d e por primera vez se
d a a c o n o c e r en c o n j u n t o una c i n c u e n t e n a l a r g a de v o c a b l o s c h a r r ú a s .
" A c o t a c i o n e s M a r g i n a l e s " viene a ser, c r o n o l ó g i c a m e n t e , el c u a r t o e s -
t u d i o e n j u n d i o s o llevado a c a b o en n u e s t r o medio si se tiene en cuenta
q u e el a u t o r s e l e c c i o n ó , definió, ejemplarizó y r a z o n ó su a p o r t e entre
1875 y 1922. Su v o c a b u l a r i o tiene en c o n s e c u e n c i a la raíz y la fuerza
d e lo q u e se h a b l ó en ese m e d i o siglo y el significado preciso, si
a c a s o a n t i g u o , q u e se d a b a a c a d a fonema v e r n á c u l o .
A s c a s u b i , M a g a r i ñ o s y G r a n a d a p r o c r e a r o n múltiples discípulos,
m a e s t r o s y ¡ c u a n d o n ó ! d e s v i a d o s . N o ha m u c h o q u e vio la luz un
p a c o t i l l a - a v i s p e r o lunfardo. N o le n e g a m o s legitimidad por el h e c h o
d e s e r lunfardo, s i n o p o r n o h a b e r p a s a d o la g r a n m a y o r í a de sus voces
l a s p r u e b a s del t i e m p o , d e la difusión a t o d a s las c a p a s sociales y
a t o d o s los r i n c o n e s de la c u e n c a del P l a t a . Lo q u e se estile en a r r a -
b a l e s m o n t e v i d e a n o s o p o r t e ñ o s , lo q u e d a frivolamente en h a b l a r un
p a r d e c e n t e n a r e s d e m o z o s bien, lo q u e e s j e r g a p r o c a z o secreta
d e g r u p o s m a r g i n a d o s p o r su i n a d a p t a v i l i d a d social, no p u e d e a s p i r a r
a diccionario.
Si e s v e r d a d lo q u e d e c í a n los J e s u í t a s de las Misiones, los pri-
m e r o s l i n g ü i s t a s d e A m é r i c a , q u e la Historia d e las tribus de América

81

6
 del Sur se h a l l a b a en sus i d i o m a s , es m e n e s t e r a h i n c a r el e s t u d i o de
las l e n g u a s del triple c o n t i n e n t e . Y en especial en el Río de la P l a t a
q u e es d o n d e se h a c e n o t a r m á s la e x h u b e r a n c i a de una n a c i e n t e len-
g u a regional. A s e g u r a M a g a r i ñ o s C e r v a n t e s q u e A m é r i c a es la m a d r e
de l e n g u a s q u e en una sola p a l a b r a e x p r e s a el c o n t e n i d o de t o d a u n a
frase, " p e c u l a r i e d a d única y e x c e p c i o n a l " . Los v o c a b l o s c h a m u c h i n a
y c h a p e t ó n . ( " ¡ H o m b r e ! T a n m a l o s son los c h a p e t o n e s en el g o b i e r -
no, c o m o los m o z o s q u e han v e n i d o y la c h a m u c h i n a q u e v e n d r á
d e s p u é s " R. P a l m a ) ; b o m b e a r (en su a c e p c i ó n r i o g r a n d e n s e de vi-
gilar el g a n a d o ) ; c h i c a n e o ( " e s t o es un c a o s ( M o n t e v i d e o ) n a d i e se
e n t i e n d e . Son frutos de la política c h i c a n e r a d e R i v e r a " ( A l b e r d i ) ;
t o d o s ellos v o c a b l o s definidos p o r M á r q u e z V a l d é z y de los q u e
G r a n a d a no tenía noticia, p u e d e n servir de c l a r o s e j e m p l o s d e la
afirmación de M a g a r i ñ o s C e r v a n t e s .
N u e s t r o s p r i m e r o s l e x i c ó g r a f o s se q u e j a r o n de q u e el D i c c i o n a r i o
d e la Real A c a d e m i a , no se o c u p a r a en m e n c i o n a r f o n e m a s y frases
u s u a l e s en e s t a s r e g i o n e s d e A m é r i c a , p r o p u g n a n d o un " D i c c i o n a r i o
A m e r i c a n o " , q u e era lo q u e G r a n a d a , M a g a r i ñ o s y a ú n la m i s m a Real
A c a d e m i a q u e r í a n . C o n o c e m o s c o n c r e t a m e n t e u n o — o t r o s h a b r á sin
d u d a — q u e e s el " D i c c i o n a r i o d e A m e r i c a n i s m o s " d e A u g u s t o M a l a -
ret ( E m e c é . B u e n o s A i r e s , 1946.)

REAL-ACADEMICOS ESPAÑOLES VERSUS

VOCABULARISTAS RIOPLATENSES

E n t r e Letivier q u e r e c l a m a a viva voz e s t a b i l i d a d p a r a las l e n -

g u a s , c o m o i m p e r i o s a c o n d i c i ó n p a r a la fácil y p e r m a n e n t e c o m u n i -
c a c i ó n d e l a s g e n t e s , y la r e a l i d a d visible y a u d i b l e d e las c o n s t a n t e s
mutaciones, oscila eclécticamente M á r q u e z Valdés, ante cada p a l a b r a
q u e va i n c o r p o r a n d o .
P o r e s o d e n u e s t r o a u t o r se p o d r í a d e c i r lo q u e L a u r o A y e s t a r á n
p e n s a r a d e G r a n a d a : " H a c e f u n c i o n a r los t é r m i n o s del h a b l a n o r m a l
del á r e a en q u e viven, p a r a a j u s f a r l o s a la r e a l i d a d p a l p i t a n t e " .
La r e c o p i l a c i ó n a c e r c a al l e c t o r n o s ó l o a los c l á s i c o s v o c a b l o s
g u a r a n í e s d e q u e e s t á i m p r e g n a d a la g e o g r a f í a , la m i n e r a l o g í a , la b o -
t á n i c a , la z o o l o g í a y la b i o l o g í a r i o p l a t e n s e s , s i n o t a m b i é n a los n e o -
l o g i s m o s s u r g i d o s d u r a n t e la m o n ó t o n a y l a r g a s i e s t a colonial y la
a g i t a d a t o r m e n t a e m a n c i p a d o r a , así c o m o los n u m e r o s o s t é r m i n o s a r a u -
canos, p a m p e a n o s , ranqueles, quechuas, bundos (Angola) y otros
r e s i d u o s l é x i c o s i n c o r p o r a d o s con los e s c l a v o s a la l e n g u a del P l a t a .
P u d o el a u t o r p o r su l a r g a e s t a n c i a en el P a r a g u a y s e p a r a r los f o n e -
m a s p e r t e n e c i e n t e s al T u p í d e los q u e son d e p u r o a b o l e n g o g u a r a n í ,
a p o r t e q u e r e p u t a m o s s i n g u l a r , en la finalidad d e d e s l i n d a r f r o n t e r a s
no sólo lingüisticas sino étnicas.

82
 T a n distintos orígenes, a l g u n o s tan lejanos como la P a t a g o n i a ,
la China, las Filipinas, ( e s t a s dos t r a í d a s por gentes de mar e s p a ñ o -
les q u e recorrían é s t a s y aquellas r e g i o n e s ) , el Altiplano y aún el
C a r i b e , vinieron a fundirse y fusionarse en el amplio matraz de los dos
g r a n d e s p u e r t o s del Plata, d e s d e d o n d e subiendo, m e s o p o t á m i c o s , di-
fundiéronse tierra a d e n t r o . No es pues de e x t r a ñ a r que nuestro Ibero-
rioplatense sea uno de los lenguajes m á s ricachos en e x p r e s i o n e s
idiomáticas.
Entre las m o d a l i d a d e s del Acotaciones M a r g i n a l e s de D. M. V. son
de d e s t a c a r a l g u n a q u e son singulares al autor. A veces la propia cita
literaria define al vocablo sin m á s . Aljibe que el autor podría expli-
car fácilmente, pero que d i d á c t i c a m e n t e prefiere que sea una d e d u c -
ción del lector a través del texto en q u e " h a b l a " ; o t r a s veces el
lexicógrafo q u e es también historiador, y el v o c a b u l a r i s t a q u e tiene
su fibra poética, cede el p a s o a la poesía, a la historia o a la filosofía,
s a l t a n d o f a n t a s e o s o , de improviso, a muy bien r e c l u t a d a s citas lite-
r a r i a s . T a l lo a p l i c a d o a l g o a n á r q u i c a m e n t e con los rancios f o n e m a s :
c h a r r ú a , m o n t o n e r o , p a y a d o r , m i s t u r e r a s , p a m b a z o , peludón, ronca
( e m b u s t e g r a n d e ) timbú y t a n t a s o t r a s .

* * *

H a b í a s e e n r r o s t r a d o a G r a n a d a ciertos e r r o r e s .
" N o b a s t a decir q u e " c a m a l o t e " es " c i e r t a p l a n t a a c u á t i c a " .
C o n v e n d r í a s a b e r a l g o m á s . . ." o " C o n frecuencia falta t e x t o a u t o r i -
z a d o q u e p r u e b e el e m p l e o v u l g a r de la p a l a b r a y c u a n d o h a g a Vd.
u n a n u e v a edición de su libro conviene q u e lo a ñ a d a " le escribía V a -
lera a G r a n a d a .
P a r e c e r í a q u e la m e n t e inquieta de M á r q u e z Valdéz h u b i e r a creí-
d o q u e el ilustre a c a d é m i c o e s p a ñ o l le h u b i e r a e n v i a d o la c a r t a a
él m i s m o y no a G r a n a d a . Y no p e c a r á en ese s e n t i d o . A " c a m a l o t e "
¿ p a r a e n d e r e z a r e n t u e r t o ? le d e d i c a t r e s p á g i n a s m a n u s c r i t a s . De h a -
b e r l a s leído V a l e r a , se h u b i e r a d a d o p o r muy satisfecho. B o t á n i c a ,
g e o l o g í a , geografía, l i t e r a t u r a ( M a g a r i ñ o s C e r v a n t e s , Zorrilla, C o n t ó
de M a g a l h a e s , F. J. Ros Irureta G o y e n a , P i n t o de C a m p o s , etc.) y
filología se a u n a n con e q u i v a l e n t e s i d i o m á t i c o s en g u a r a n í ( a g u a p é ) ,
p o r t u g u é s ( p o n t e - d é r i a ) p a r a ofrecer al lector una visión c o m p l e t a del
v o c a b l o m á s c o n o c i d o de " T a b a r é " .
En c u a n t o a ofrecer g a r a n t í a s con " t e x t o a u t o r i z a d o " a lo q u e a n -
t e r i o r m e n t e ha definido, es n o r m a d u r a r e s p e t a d a c a d a vez q u e p u e d a
c a b e r la m e n o r d u d a de i n t e r p r e t a c i ó n , o c u a n d o t e x t o en m a n o , p o n e
en su p r o p i a s a l s a al v o c a b l o d e t u r n o , s a c á n d o l e el m á x i m o de j u g o
y de c o n d i m e n t o p o s i b l e . C i e r t o s f o n e m a s se sienten en su p r o p i a casa,
sin n e c e s i d a d d e p r e s e n t a c i ó n ni p e r m i s o de residencia alguno, por
el m e r o h e c h o de h a b e r h a l l a d o la cita literaria a d e c u a d a — o las
c i t a s — q u e n o dejan n i n g u n a d u d a s o b r e el c a s o .

83
 Lo m i s m o p u e d e d e c i r s e d e o t r o s r e p r o c h e s y de o t r a s n o r m a s
q u e Valera h a c e y t r a z a . M á r q u e z V a l d é s d e b e h a b e r s e n t i d o el m i s m o
r e s p e t o a m u c h a c h a d o y t e m e r o s o p o r Valera, q u e a n t a ñ o p o r a q u e l c u r a
e x t r e m e ñ o q u e lo introdujo en latines y g l o s a s . V e a m o s c o m o el D.
M. V. sigue al crítico en su A c o t a c i o n e s M a r g i n a l e s :
" C a s i t o d o s los v o c a b l o s — d i c e V a l e r a — e s t á n mal e insuficiente
d e f i n i d o s " (refiriéndose al d i c c i o n a r i o de G r a n a d a ) . D e a h í q u e D. M.
V. t e n g a u n a cerval o b s e s i ó n en la a j u s t a d a definición s i e m p r e q u e
p u e d e , c o m o en p e l u d e a r , r e y u n o o idioso. Y c u a n d o n o p u e d e a r r i e s -
g a r una definición con p r e c i s i ó n , prefiere q u e lo h a g a el lector a t r a v é s
de t e x t o s a c u m u l a d o s : la i n d ó m i t a p a l a b r e j a q u e d a p o r a p r o x i m a c i ó n
o p o r d e r e c h o s u g e s t i v o p e r s o n a l , i n t e g r a d a al léxico. T a l en a b o m -
b a o , a p l o m o , c a n c h a ( d a r , abrir, e x p e r i e n c i a , e t c . ) , b a j e r a ( a b a j e r a en
la A r g e n t i n a ) , a g u a c h a d o , etc. En e s t o s c a s o s , así c o m o en a q u e l l o s
en q u e el a u t o r a s u m e la r e s p o n s a b i l i d a d d i r e c t a , s i g u e n s u s iniciales
D. M. V.
. . echo yo de menos, para mayor claridad — s i g u e Valera—
el n o m b r e científico con q u e los n a t u r a l i s t a s le m a r c a n " Y p o n e el
a c r e crítico p o r vía de e j e m p l o c a á . D. M. V., c o m o c o n t e s t a n d o d e -
safiante, p r e c i s a c o n c r e t a m e n t e q u e c a á n o e s s o l a m e n t e la y e r b a del
m a t e , sino q u e e s t o d a y e r b a , c u a l q u i e r y e r b a . Y a ñ a d e a las c u a t r o
p a l a b r a s q u e c o m i e n z a n en G r a n a d a con c a á , o t r a s q u i n c e p o r el e m -
b o l s i l l a d a s q u e afirman y d e c i d e n el significado del fonema. En c u a n t o
al n o m b r e científico lo da s i e m p r e q u e p u e d e , v. gr. en c a a b e r á = d í c -
t a m o real c r e t e n s e ; o d a el e q u i v a l e n t e c a s t e l l a n o :

caacuruzú y e r b a s a n t a c o n t r a la p e s t e
caacambú c o r r e g ü e l a o p u r g a n t e criollo.
C a b r í a a g r e g a r q u e m u c h a s p l a n t a s i n d í g e n a s n o tienen su c o r r e s -
p o n d i e n t e e q u i v a l e n t e científico p o r la s i m p l e r a z ó n d e ser a u t ó c t o n a s
de e s t a s t i e r r a s , sin c o r r e s p o n d i e n t e s en E u r o p a i n i c i a d o r y difusor d e
n o m e n c l a t u r a s b o t á n i c a s . D e t o d a s m a n e r a s , y sin e s t a b l e c e r p o r c e n -
tajes, se p u e d e afirmar q u e la m a y o r í a d e l a s p l a n t a s , a n i m a l e s y
minerales q u e en el Río d e la P l a t a tienen su p r o p i o f o n e m a , tienen
su c o n c r e t o e q u i v a l e n t e científico en A c o t a c i o n e s M a r g i n a l e s . Ello se
d e m u e s t r a en c a r a n d í , c e i b o , c h a j á , c h i n g ó l o , g u a n a c o , etc..
G u a y a c a n . R e p r o c h a V a l e r a q u e G r a n a d a s ó l o d a las e s p e c i e s de
el C h a c o y P a r a g u a y , sin m e n c i o n a r o t r o s g u a y a c a n e s . C o m o a v u e l t a
de correo s e ñ a l a D. M. V. ( e v i t a n d o c o m o s i e m p r e r e p e t i r l a s m e n -
c i o n a d a s por G r a n a d a ) , los g u a y a c a n e s del B r a s i l , T u c u m á n , M i s i o n e s ,
Chiquitos, con s u s r e s p e c t i v o s n o m b r e s v e r n á c u l o s .
Arazá. T a m b i é n o b j e t a d o . Se r e d u c e , el a u t o r , q u e a c e p t a c o m o
buena y suficiente la definición de G r a n a d a , a citar, c o m o c o m p l e m e n -
to, un texto literario d e S. M a c i e l : . . y su a l i e n t o e s a r o m a d e a z u -
cena o de hoja de a r a z á recién c o r t a d a " . El f o n e m a g a n a c o n la cita
un escalón m á s en su c o n c r e c i ó n .

84
 " S u vocabulario de Vd. es a d e m á s poco copioso, é importa a u m e n -
t a r l e " . ¿ H a b r á sido este reproche poco caritativo, el anzuelo o el reco-
g i d o g u a n t e q u e a D. M. V. impulsó a proseguir a G r a n a d a d e s d e donde
él h a b í a dejado el edificio lexicográfico y a a g r e g a r l e tantos pisos que
duplican al original, según se puede deducir del número de p a l a b r a s
aportadas y estudiadas exclusivamente?
En su s e g u n d a carta arrima Várela nuevas observaciones y p a p i r o -
tazos, no bien c o m p e n s a d o s por algún elogio menor, como c u a n d o dice:
" . . . s i bien la o b r a de Vd. deja mucho q u e desear, es altamente m e -
ritorio c o m o primer e n s a y o . . Pero a continuación arroja nuevas a n -
d a n a d a s de objeciones, q u e en lo que se relaciona con " A c o t a c i o n e s
Marginales" cotejamos:
" . . .voces q u e p r o c e d e n de otros idiomas, o cuya etimología no
d e t e r m i n a V d . " Son de d e s t a c a r en esta nueva lista de r e p r o c h e s :
b a q u í a , b a q u e a n o ( v o c a b l o q u e D. M. V. aclara que es de origen
c o n c r e t a m e n t e c a s t e l l a n o ) , c h a m p a n , de origen chino, g a u c h o de p o -
sible etimología q u e c h u a , p e r o q u e el autor en un estudio en profun-
d i d a d a p o r t a h a s t a quince posibles orígenes, entre ellos el á r a b e .
E s t a serie d e referencias, p o s i b l e m e n t e p r o l o n g a d a como c o m e n -
tario, y a q u e los t e x t o s corren sus c a r r e r a s y sus p e n c a s c u a d r e r a s ,
p á g i n a s a d e n t r o y no en s u s frontispicios ajenos al autor, ha sido n e -
c e s a r i a a fin de a p o r t a r al e s t u d i o s o los v a l o r e s de un Vocabulario
inédito con p e r m a n e n t e s p r u e b a s al c a n t o y la inflexible disciplina de
M á r q u e z Valdéz. A tal p u n t o q u e siguiendo casi c o m o un liceal la
lección p r o p i n a d a p o r Várela, no tiene ningún inconveniente en enfren-
tarlo c u a n d o s a b e q u e su razón es g r a n i t o o c u a r z o . Así, ante las
e x t e n d i d a s c o n s i d e r a c i o n e s de Várela s o b r e tupa, no t r e p i d a en e n g o l -
farse en u n a r o t u n d a c o n t e s t a c i ó n con t r a n c e s p o l é m i c o s : N o Señor
V á r e l a : no q u i e r e decir D i o s , sino r a y o . Con lo q u e q u e d a d e m o s t r a d o ,
en defensa de G r a n a d a , q u é difícil y r i e s g o s o es ser crítico y juez en
c u a l q u i e r ciencia. En especial en u n a l l a m a d a lexicología y s e m á n t i c a .
R i e s g o en q u é , sin q u e r i e n d o , h a incurrido el q u e s u s c r i b e esta
a n t i c i p a c i ó n a D . M. V.

¿ I N T E N T A D O PROLOGO D E MARQUEZ VALDEZ?

Al morir, el a u t o r q u i z á no h a b í a i n t e n t a d o ni u n a sola vez poner

p u n t o final a su t r a b a j o . D e a h í q u e el p r ó l o g o — q u e no es j a m á s
c o s a p r e v i a , sino p o s t e r i o r al e s c r i t o — no h a y a e n t r a d o entre las p r e o -
c u p a c i o n e s de M á r q u e z V a l d é z . C a r e c e p u e s de él. A p a r e n t e m e n t e .
P o r q u e e s el c a s o q u e si las p a l a b r a s liminares o p r o e m i o es
lícito r e c u r s o del e s c r i t o r a p r o v e c h a n d o p a r a explicar en algún sentido
la r a z ó n d e s u s d i c h o s ; si le sirve p a r a i n t r o d u c i r s e en el lector con
t o d a s s u s i n t e n c i o n e s ; si e s utilizado p a r a decir p o r su b o c a o por

85
 la ajena el c o n c e p t o global q u e le m e r e c e el tema e l e g i d o . . . e n t o n c e s
" A c o t a c i o n e s M a r g i n a l e s " tiene su P r ó l o g o . Y muy i n t e n c i o n a d o .
En las p á g i n a s en b l a n c o q u e p r e c e d e n a la c a r á t u l a interior de
la s e g u n d a edición de G r a n a d a , M á r q u e z Valdés t r a n s c r i b i ó de su p u -
ño y letra — d e la m i s m a m a n e r a q u e lo hizo en el interior de c a d a
p á g i n a de texto, seis directivas q u e c u a t r o c u l t o r e s e s c l a r e c i d o s de
n u e s t r a e m b r i o n a r i a lengua h i s p a n o - r i o p l a t e n s e , e x p u s i e r o n c o m o b á -
sicos p a r a a u t o r i z a r la i n c o r p o r a c i ó n de n u e v o s v o c a b l o s al a c e r v o
regional. Ellas, con la s e n t e n c i a de F. M a s s o n s o b r e l e n g u a s h a b l a d a s ,
constituyen los siete pilares y p r i n c i p i o s r e c t o r e s a q u e se a j u s t ó el
a u t o r en su t r a b a j o .
Tal el P r ó l o g o , quizá no p r o g r a m a d o , p e r o q u e p e r m i t e d e s c u b r i r
lo q u e D. M. V. h u b i e r a e s c r i t o c o m o tal. A falta de o t r o ¿ n o p u e d e
oficiar de t a l ?
T a m b i é n las siete d i r e c t i v a s es una " c o l e c c i ó n " . L o s v o c a b l o s
a u t ó c t o n o s , se han de sentir muy o r g u l l o s o s en tal c o m p a ñ í a .

* * *

* No b a s t a q u e una voz sea s o n o r a p a r a q u e d e b a de ser a c e p -

t a d a : es m e n e s t e r q u e á e s t o reúna el ser p r o p i a , a d e c u a d a y c o n f o r m e
a los p r o c e d e r e s de la l e n g u a ; no b a s t a q u e sea útil: es m e n e s t e r
que sea necesaria, ó cuando menos, presente indiscutibles ventajas
s o b r e las ya e x i s t e n t e s . De lo c o n t r a r i o se a u m e n t a el v o c a b u l a r i o
sin q u e e x p e r i m e n t e a d i t a m e n t o a l g u n o d e i d i o m a . . . " ( C a r l o s M a r -
tínez V i g i l ) .
** " N o soy de a q u e l l o s q u e c e n s u r a n u n a p a l a b r a s ó l o p o r -
q u e ella no figura en el D i c c i o n a r i o de la Real A c a d e m i a E s p a ñ o l a .
Si el v o c a b l o es n e c e s a r i o y e s t á bien f o n a d o , bien v e n i d o s e a . P e r o
lo q u e no a c e p t o , lo q u e no p u e d o a d m i t i r , son los n e o l o g i s m o s in-
n e c e s a r i o s , o a q u e l l a s i m p r o p i e d a d e s q u e vienen a i n t r o d u c i r p e r t u r -
b a c i o n e s p e r n i c i o s a s en el l e n g u a j e " ( M i g u e l L. A m u n á t e g u i R e y e s ) .
** E x i s t i e n d o p a l a b r a s p a r a d e s i g n a r un o b j e t o , c r e a r o t r a s d e
m e n o r s o n o r i d a d p a r a d e t o n a r lo m i s m o , suele s e r falta d e g u s t o y
de e d u c a c i ó n a r t í s t i c a , c u a n d o n o p r u e b a p a l m a r i a d e l i g e r e z a e i g n o -
r a n c i a " . ( C a r l o s M a r t í n e z Vigil)
* T o d o s tienen c i e r t a m e n t e el d e r e c h o d e h a b l a r , m á s n o e s
n u e s t r o d e b e r e s c u c h a r sino á los q u e m e r e c e n s e r o í d o s " . ( C a r l o s
Martínez Vigil en " S o b r e L e n g u a j e " ) El s a r d ó n i c o filósofo g r i e g o h a -
bía ya p r e v i s t o a l g o s e m e j a n t e : E s i n e p t o p a r a h a b l a r y n o p u e d e
estar callado.
* "El espíritu, el a l m a de los i d i o m a s , e s t á en su s i n t a x i s , m á s
q u e en su v o c a b u l a r i o " ( R i c a r d o P a l m a ) .
* "En materia de lenguaje soy eminentemente c o n s e r v a d o r ; creo
q u e la e s t a b i l i d a d e s p a r a la l e n g u a u n a c o n d i c i ó n q u e n u n c a s e r á
suficientemente a p r e c i a d a : p u e s t o q u e si ella e x i s t i e r a s i e m p r e , n o s

86
tendría en comunicación fácil con todos los países que hablan un mis-
mo i d i o m a " ( S a n d a l i o Letivier, gramático c h i l e n o ) .
* * *

" A c o t a c i o n e s M a r g i n a l e s " c a b e , no dentro de la definición que

diera p a r a el Diccionario de la Real Academia Julio C a s a r e s : " r e g i s t r o
n o r m a t i v o de la lengua literaria y h a b l a d a " , sino en la más sencilla
de recopilación de voces u s a d a s en el tiempo en que vivió, habló y
escribió el autor, que fueron d o c u m e n t a d a s literariamente y d e s t i n a d a s
a un fin útil y práctico. Doctores tiene la Real Academia y las A c a d e -
mias A m e r i c a n a s , q u e en su o p o r t u n i d a d decidirán sobre la carta
de c i u d a d a n í a de c a d a cosa allí contenida.
Al final del escrito inédito, viene un a g r e g a d o "Lexicón de Fauna
y F l o r a " , de a c u e r d o con un estricto inventario de los fonemas re-
gistrados.
A p e s a r de c o m p r e n d e r n o s las generales de la ley, creemos que
A c o t a c i o n e s M a r g i n a l e s cumple con la exigencia de Alcott: Un buen
libro es aquel q u e se a b r e con expectación y se cierra con fruto.
Y con la s e n t e n c i a de B u l w e r - L y t t o n : " M i e n t r a s h a y a libros no
existe el p a s a d o "
El de D o r o t e o M á r q u e z Valdéz es un p a s a d o que c r e e m o s será
t e n i d o p r e s e n t e en el futuro.

A LINGUA D E UN POVO, F A L A D A . . . É A SUA M O R T A L I D A D E S

U N A M U E S T R A D E "ACOTACIONES MARGINALES"

Han p a s a d o ciento treinta a ñ o s d e s d e la é p o c a en que D. Vicente

Salva e n r i q u e c i ó su N u e v o D i c c i o n a r i o de la L e n g u a C a s t e l l a n a con
d i c c i o n e s p r i v a t i v a s de la fabla a m e r i c a n a y a g r a d e c i ó al recolector
d e a m e r i c a n i s m o s D. Antonio E s c u d e r o la, p a r a e n t o n c e s , e n o r m e c a n -
t i d a d de ¡¡250 p a l a b r a s y m o d i s m o s ! ! Ha p a s a d o m u c h o tiempo desde
a q u e l en q u e Salva incluyó a frijol c o m o e q u i v a l e n t e en toda América
de j u d í a , d e s c o n o c i e n d o q u e en el Río de la P l a t a el equivalente era
c h a u c h a , c o m o c o r r i g e G r a n a d a en su p r ó l o g o de 1889 ( S a l t o ) . P e r o
tenía q u e p a s a r t a m b i é n algún t i e m p o a n t e s q u e M á r q u e z Valdéz, in-
c o r p o r a d o a " l a q u e p u l e " a m e r i c a n a , rectificase a G r a n a d a :
C H A U C H A S — P a d e c e error el señor G r a n a d a al afirmar q u e sólo
a la vainilla tierna de la avichuela, o p o r o t o s se le llame
c h a u c h a s en el Río de la P l a t a , p o r q u e hay m u c h a s o t r a s
p l a n t a s q u e d a n s u s frutos en la m i s m a forma y e n t o n c e s
se les d a i g u a l m e n t e el n o m b r e de c h a u c h a s : así por
e j e m p l o las a r b e j a s , los p o r o t o s , las h a b a s , el a l g a r r o b o ,
el e u c a l i p t u s , etc. e t c . , dan su fruto o semilla de c h a u -
c h a s , p o r e s t o d e c i m o s q u e c h a u c h a quiere decir vainas.

87
 (Ver la A c a d e m i a ) . T ú n i c a o c a s c a r a tierna y l a r g a ,
en la q u e e s t á n e n c e r r a d a s a l g u n a s s i m i e n t e s c o m o la
de la col y la m o s t a z a , las j u d í a s ( p o r o t o s ) , h a b a s , etc.
Y así es. En m a t e r i a de D i c c i o n a r i o s , s u s m a y o r e s defectos y
sus m a y o r e s i m p u r e z a s son s u s m á s bellas y p u r a s s e m i l l a s : las q u e
dan n a c i m i e n t o a ramificaciones p e r f e c c i o n a n t e s . De e s a m a n e r a llenan
la misión p a t r i a r c a l del " c r e c e d y r e p r o d u c i o s p o r t o d a la e x t e n s i ó n
de la tierra a u m e n t a n d o sin c e s a r el n ú m e r o de r a z a s — i d i o m a s y d i a ­
l e c t o s — y de familias e individuos — a c e p c i o n e s y f o n e m a s — h a s t a
cubrirla p o r e n t e r o , en a n s i a de c o m u n i c a c i ó n p e r p e t u a .
En e s o s s e n t i d o s i n t r o d u c i m o s n u e s t r a m a n o en el o n d o p o z o de
J a c o b q u e es A c o t a c i o n e s M a r g i n a l e s , p a r a e x t r a e r al tum tum a l g u n a s
gemas y / o piedras duras:

A B A T A T A R , se, A B A T A T A D O — E s t a d o p a r t i c u l a r de a n o n a d a m i e n -
to en q u e se coloca el á n i m o de las p e r s o n a s a c o n s e ­
cuencia de una i m p r e s i ó n g r a n d e q u e le e m b a r g a n los
s e n t i d o s y no deja o b r a r con el a p l o m o de las f a c u l t a d e s
o r d i n a r i a s . En c i e r t o s c a s o s p u e d e a p l i c a r s e como
s i n ó n i m o de m i e d o , a u n q u e g e n e r a l m e n t e se u s a en un
sentido menos severo.

A B O M B A O — A d e m á s de las a c e p c i o n e s q u e le d a G r a n a d a , tiene
la de " a b o m b a r s e uno p o r el c a l o r " . A t u r d i m i e n t o , e s ­
t a d o de á n i m o s o f o c a d o p o r el e x c e s i v o calor, t a n t o
en la e s t a c i ó n estival r i g u r o s a , c o m o artificialmente
p r o d u c i d o p o r la p r o x i m i d a d de un fuego i n t e n s o , c o m o
sería el p r o d u c i d o p o r un i n c e n d i o , el c a l o r d e u n a fra­
g u a , del h o r n o de una fundición, e t c . / / T a m b i é n el
a g u a c o r r o m p i d a p o r e s t a n c a m i e n t o se l l a m a agua
a b o m b a d a . La de los aljibes o c i s t e r n a s q u e h a b i e n d o
p e r m a n e c i d o m u c h o t i e m p o q u i e t a , se c o r r o m p e y se h a c e
i m p o t a b l e , se llama a g u a a b o m b a d a . I g u a l m e n t e se dice
de las m u e r t a s , c u a n d o la a c c i ó n del c a l o r y el a i r e
c o m i e n z a n a a b l a n d a r los tejidos y a p r o d u c i r los p r i ­
m e r o s s í n t o m a s de p u t r e f a c c i ó n se dice c a r n e a b o m b a d a .
I g u a l m e n t e se dice de los c a d á v e r e s , c u a n d o c o m i e n z a n
a e x h a l a r los p r i m e r o s o l o r e s p ú t r i d o s d e la d e s c o m p o ­
sición a n i m a l : e s e c a d á v e r e s t á a b o m b a d o .

G U A C H O - C h a . ad. — D í c e s e del a n i m a l q u e e s t á sin m a d r e , a n t e s

de s e p a r a r s e n a t u r a l m e n t e de ella, en e s p e c i a l si e s m a n -
zo, p o r h a b e r s i d o c r i a d o en l a s c a s a s o b a j o la i n m e ­
d i a t a d e p e n d e n c i a del h o m b r e . / / D í c e s e i g u a l m e n t e , en
sentido familiar del h u é r f a n o . / / A p l í c a s e t a m b i é n a c o ­
sas: Huevo guacho, a b a n d o n a d o . / / " T e n e m o s duda sobre

88
si g u a c h o h o m b r e de pueblo, h a y a de considerarse como
quichua y s a c a d o d e huacha, p o b r e , huérfano, de donde
en Bs As. la voz despreciativa g u a c h o u s a d a también en
el C a u c a por el q u e no tiene p a d r e conocido, o si sea c h i b -
cha, g u a c h a , g u a s g a , m a n c e b o ; en que g u a c h a es lo especí-
fico, pues m u c h a c h a se dice g u a s g u a f u c h a " . ( D . Rufino
José C u e r v o ) . / / Iguales o mejores títulos que el chibeha
y el quichua p u e d e alegar en su favor el a r a u c a n o con
el vocablo h u a c h a que significa g u a c h o o ilegítimo s e -
gún F e b r é s ( C a l c p . ) , quien a ñ a d e : T ó m e s e por cosa m a n -
sa en los animales. C o m o por lo regular, los animales que
están sin m a d r e los crian en las c a s a s o bajo el inmediato
dominio del h o m b r e , críanse n a t u r a l m e n t e m a n s o s . Así c u a n -
do se p r e g u n t a : ¿ é s t e animal es m a n s o ? raro .será que no
le c o n t e s t e n : sí, es g u a c h o , d a d o q u e lo sea, como di-
c i e n d o : es g u a c h o , y, por consecuencia, m a n s o . En g e -
neral, t r a t á n d o s e de un animal sin m a d r e y manso,
c u a n d o quieren decir que es m a n s o , no dicen m a n s o ,
sino g u a c h o . / / P e r o c o m o los indios i n c o r p o r a b a n a sus
p r o p i o s i d i o m a s las voces e s p a ñ o l a s de cuyo uso tenían
n e c e s i d a d por c a r e c e r de sus equivalentes, p u e d e s u c e -
der q u e en el c a s o a c t u a l , c o m o en otros c a s o s ,
los q u i c h u a s a r a u c a n o s y a l g u n o s m á s p u e b l o s a b o -
r í g e n e s de América, h a y a n t o m a d o de b o c a de los con-
q u i s t a d o r e s , diversificándola según su p r o p i o especial
m o d o de articular, la p a l a b r a c a s t e l l a n a g u a c h o . / / En
Chile tiene g u a c h o las p r o p i a s a c e p c i o n e s q u e en el
Río de la P l a t a . D. S o r o b a b e l se e x p r e s a b a a s í : " E n
a i m a r á h u a j e h a , huérfano. En q u i c h u a h u a e s h a , p o b r e , h u é r -
fano. En a r a u c a n o h u a c h u , el hijo ilegítimo, los a n i m a l e s
mansos, domesticados. Las acepciones que damos a guacho
g u a r d a n perfecta c o n s o n a n c i a con las a c e p c i o n e s que
a c a b a m o s de a p u n t a r . " / / U s a s e también en el Perú
( P a l m a ) . / / P r o . de la Amer merid. ( S a l v a ) . E x p ó s i t o .
" S e dice del a n i m a l q u e no ha sido c r i a d o por su m a d r e " .
A ñ a d e q u e en la R e p ú b l i c a A r g e n t i n a , llaman así al indio
q u e sirve d e c o r r e o , c o s a q u e i g n o r a m o s . / / Dicese de
los a n i m a l e s c r i a d o s sin m a d r e , ya p o r q u e h a y a m u e r t o
é s t a o p o r q u e le q u i t a r a n las c r í a s c u a n d o las a m a m a n -
t a b a . En t é r m i n o d e s p e c t i v o dícese t a m b i é n de las p e r -
s o n a s h u é r f a n a s de p a d r e y m a d r e . / / " O t r a s p o r q u e son
h u a c h a s c r i a d a s p o r la c a b r e r a o la d u e ñ a de c a s a "
(J. B. A m b r o s e t t i ) . / / D í c e s e del hijo n a t u r a l a quien no
s e le c o n o c e p a d r e o m a d r e o a m b o s , c o m o son los de
la e x c l u s a : lo m i s m o en los a n i m a l e s . / / " S e llaman a
los a n i m a l e s q u e q u e d a n sin m a d r e " ( F . J. B r a b o ) .

89
 G U A Y A C A N — F l o r e s e s p i n o s a s muy b l a n c a s . / / O palo s a n t o . Lla-
rilábanle i b i r a u c a y - v e r b a l , q u e es el c a a r o b a del Brasil.
a a
H a y v a r i a s e s p e c i e s : la I es la y a d e s c r i t a ; 2 se llama
T a r c o , en T u c u m á n ; 3° se halla en Misiones y en C h i -
a
q u i t o s , es el ibicache del B r a s i l ; 4 se e n c u e n t r a en el
C h a c o , en tierra de los m o c o v í e s y g u a i c u r ú e s y es el
tayí de los g u a r a n í e s . ( L a Sota, c o p i a n d o a L o z a n o ) .

G U A Z Ú - N A M B Í — Oreja g r a n d e en g u a r a n í . T . de Oliveira Cezar.

p7 5. / / P a l a b r a c o m p u e s t a q u e en g u a r a n í significa
" o r e j a d e v e n a d o " . (Luis A l b e r t o de H e r r e r a ) .
¡ G Ü É — Interjección, ¡cá!. C o m u n m e n t e u s a d a e n t r e la g e n t e n e g r a ,
o r i g i n a r i a de África y s u s d e s c e n d i e n t e s . / / " — ¡ g ü e —
e x c l a m ó la n e g r a , a b r i e n d o t a m a ñ o s ojos. . . " ( F . J. Ros.
De Linaje, p. 3 7 ) .
LA ÑAPA — E s t a m o s conformes con la opinión del s e ñ o r G r a n a d a
en c u a n t o a q u e el uso de e s t a voz escrita con n sea
i n t o l e r a b l e ; p e r o m á s intolerable lo e s aún el escribirla
con II q u e , esa sí, n u n c a se ha u s a d o en el Río de la
P l a t a , d o n d e el s o n i d o de e s t a letra de n u e s t r o a l f a b e t o
es c o m p l e t a m e n t e d e s c o n o c i d o . C o m ú n y g e n e r a l m e n t e
se dice y a p a y p o q u í s i m a s ñ a p a . Sin e m b a r g o un d i a r i o
culto de Montevideo (La Tribuna Popular, 7 de D'bre
1896) se e x p r e s a así a su r e s p e c t o : " Ñ a p a " . A s u n t i t o
Vulgar. U n a noticia q u e va a c a u s a r g r a n d e s a z ó n e s
la q u e d a m o s e n s e g u i d a . Se s u p r i m e en a d e l a n t e la ñ a p a ,
el d e s p r e n d i m i e n t o m a g n á n i m o d e los p u l p e r o s ( e s p e -
c i e r o s ) r u m b o s o s ; el o b s e q u i o m a t i n a l d e las tres g a l l e -
titas e n d u r e c i d a s d e p u r o v i e j a s . . . El último n ú m e r o d e
la " R e v i s t a del A l m a n a q u e " se h a c e e c o de la t e r r i b l e
resolución del g r e m i o . C o m o se vé e s t o es d e s o l a d o r
p a r a n u e s t r o s m a n d a d e r o s a m i g o s d e la i n o c e n t e e x c l a -
m a c i ó n d e : ¡ " d é m e la ñ a p a " !

YAPA — " . . . u n a t a z a de café e n t r e a m i g o s e s a g r a d a b l e t o m a r ,

p e r o mejor si d e y a p a h a y u n a b u e n a b r e v a ; a F u l a n o
le r o b a r o n el reloj y d e y a p a el l a d r ó n le dio u n a p a l i z a .
T a m b i é n se v e r b a l i z a y a s í , y á p e m e Ud el p e s o , p o r d e s -
c u é n t e m e la p e s a d e p i d ó n ; y y á p e m e Ud., d e e s t e d u l c e o
y á p e m e el p l a t o , p o r d é m e Ud. m á s o a u m é n t e m e el p l a t o .
Y a p a es voz q u i c h u a , d e r i v a d a i n d u d a b l e m e n t e d e l l a p a r ,
voz m i n e r a a ñ a d i r m e r c u r i o al h o r n o d o n d e se h a c e la
a m a l g a m a de plata, y es americanismo que deberá a c e p -
t a r s e en la p e n í n s u l a " ( C i r o B a y o ) .

P A R A G U A Y — G u a r a n í . Río g r a n d e t o r r e n t o s o . P a r a h u a y ( q u i c h u a )
río c o r r e n t o s o . ( B e n i n n o T . M a r t í n e z . E s río c o r o n a d o ,

90
 c u y a etimología la deducen unos de p a r a g u á , corona de
p l u m a s e y, río. Según otros se compone d e la palabra
y, río y de la dicción p a r a r a m i n g á , que es como mar.
(M. de la S o t a ) . / / Por la descripción del rio de este
n o m b r e véase el Diario de Aguirre, en los Anales de la
Bibioteca de Buenos Aires-Vll-85. / / " P a r a ser c o n s e -
c u e n t e s con n u e s t r a s anteriores conjeturas, d e b e m o s
interpretar el n o m b r e de P a r a g u a y por "rio como m a r "
( d e p a r a , mar, gua-i, r i o ) : la designación en suma re-
sultaría equivalente a la -de P a r a n á , resultando los
n o m b r e s tan p a r e c i d o s c o m o las cosas. Puede el
lector elegir entre esta conjetura y la de Martins (rio
de los p a p a g a y o s ) , o la de Montoya (río de las c o r o n a s
de p l u m a s ) , ó la de Azara (rio de los p a y a g u á s ) . En
b u e n a doctrina geográfica, el P a r a g u a y , a u n q u e menos
v o l u m i n o s o q u e el P a r a n á , representa la prolongación
del eje del Río de la Plata, o sea la rama m a e s t r a de
la c u e n c a y la arteria vital de esta mitad del continente.
A d e m á s , las r a z o n e s históricas confirman las geográficas.
El n o m b r e de Río de la P l a t a , q u e ha prevalecido, fué
d a d o al de Solís por los p o r t u g u e s e s , a la vuelta de la
c o n o c i d a e x p e d i c i ó n q u e ciertos c o m p a ñ e r o s de Solís
e m p r e n d i e r o n , P a r a g u a y a r r i b a , en d e m a n d a del " p a í s o
sierra d e la P l a t a " ( P e r ú ) . El P a r a g u a y , p u e s , es el
v e r d a d e r o Alto P l a t a , y el P a r a n á un simple afluente.
E s s a b i d o q u e a una discusión a n á l o g a han d a d o lugar
el Mississipí y el Missouri. P o r lo m e n o s todo el t r a y e c t o
fluvial, d e s d e C o r r i e n t e s h a s t a la confluencia del U r u -
g u a y , d e b e r í a l l a m a r s e P a r a g u a y - P a r a n á , c o m o allí se
dice M i s s i s s i p i - M i s s o u r i " . ( G r o u s s a c . A n a l e s - V I I - 1 4 7 ) . *
/ / V. Andivert, p . 3 4 . / / . P a r a c a u ( l o r o ) , guá ( t i e r r a )
y ( a g u a ) , o s e a a g u a de la tierra de los loros, s e g ú n
u n a de las i n t e r p r e t a c i o n e s . ( D o m í n g u e z ) . / / " S e a s i l a -
b a en los m o n t e s del Q u e g u a y un famoso b a n d i d o , v a -
liente, a s t u t o y cruel, á quien l l a m a b a n el P a r a g u a y " .
J. L. C u e s t a s , p . 3 8 8 ) . / / P o r la Etimología de este h o m b r e
g u a r a n í , v é a s e el D i a r i o de Aguirre, t e x t o y n o t a : Anales,
VI1-146).

V I C H A D E R O — D e b e r e p e t i r s e a q u í t o d o lo q u e G r a n a d a dice en el
art. b i c h a r y b i c h a d e r o , grafía q u e c r e e m o s i n a p r o p i a d a .
( D . M. V . ) . / / " E n t r e las c o n s t r u c c i o n e s i n d í g e n a s de la

(*) Si Groussac y Márquez Valdéz, los amadores fervientes del Paraguay

—país, pueblo y río— hubieran conocido lo que medio siglo después surgiría como
la fuente más poderosa de energía de América del Sur, la represa de Itaipu so-
bre el alto Paraguay, hubieran tenido un argumento más, éste geológico— para
abogar por tal tesis.
91
 e d a d de p i e d r a , c u é n t a s e las a t a l a y a s , l l a m a d a s en e s t e
país v i c h a d e r o s . Son v e r d a d e r o s m o n u m e n t o s m e g a l í t i -
cos, a u n q u e los p e d r u z c o s q u e la forman no t e n g a n las
d i m e n s i o n e s de los b l o q u e s q u e c o n s t i t u y e n los d ó l m e n e s ,
m e n c h i r e s , etc. C o m o lo r e q u i e r e su oficio, e s t á n e m p l a ­
zados sobre prominencias más o menos elevadas, que
o c u p a n e s t r a t é g i c a p o s i c i ó n : en las c u m b r e s d e n u e s t r a s
cuchillas, c e r r o s y s i e r r a s " . ( S i e r r a y S i e r r a - R e v i s t a
Histórica-VII-847).*

T A T Ú — O m b ú , en el interior del cual se o c u l t a el t a t ú , q u e ahí

n a c e y ahí p r o c r e a .
BUEY C O R N E T A — B u e y de a s p a s r e v i r a d a s con las p u n t a s hacia
a b a j o . ( E r n e s t o C u n h a . Río G r a n d e ) .
* * *

La t e n t a c i ó n sería ir d i s p o n i e n d o a la c o n s i d e r a c i ó n del lector

o t r o s e j e m p l o s q u e i n f o r m a r a n s o b r e la d i v e r s i d a d d e f o n e m a s t r a t a d o s
y de referencias c o n c r e t a s ; d e d i s t r a e r inclusive con p a l a b r a s c o m o
la última tatú, q u e es t a t ú y e s o m b ú ; de a b r i r la l i n o t i p o p a r a q u e
D. M.V. se e x p l a y e en la definición, la e t i m o l o g í a , la e x p l i c a c i ó n , la
p o l é m i c a y la d o c u m e n t a c i ó n con t e x t o s l i t e r a r i o s , d e v o c e s t a n s a ­
brosas c o m o : tapichí, gualiche, chaguarazo, mangrullo, moreirismo,
b i c h a r á , b i a b i s t a , galloja, a r a c h a n , c h i c a n e r o . . . e t c . , e t c .
L o s m ú l t i p l e s viajes y p e r i p l o s c e r r a d o s , q u e incluían R í o - G r a n d e
del S u r y m ú l t i p l e s P r o v i n c i a s A r g e n t i n a s , h a b i l i t a r o n al a u t o r d e A c o ­
t a c i o n e s M a r g i n a l e s a la t a r e a d e d e s c u b r i r y c o n f i r m a r v o c e s ; a m p l i a s
e s t a n t e r í a s d e bibliófilo, su v o c a c i ó n l i n g ü í s t i c a , h i s t ó r i c a y literaria a
r e s p a l d a r los h a l l a z g o s l e x i c o l ó g i c o s . En el d i c c i o n a r i o d e M á r q u e z V a l -
d é z n o s ó l o figuran o r i e n t a l i s m o s , s i n o v o c e s d e t o d a s l a s p r o v i n c i a s d e
la A r g e n t i n a , en e s p e c i a l a q u e l l a s q u e c o m o las d e S a n t a F é , E n t r e
Ríos y C o r r i e n t e s c o m p a r t e n con la B a n d a O r i e n t a l v a r i o s c e n t e n a r e s
d e p a l a b r a s . P e r o t a m b i é n los f o n e m a s a p o r t u g u e s a d o s q u e d e s c e n d i e ­
ron con las a g u a s del Río U r u g u a y y del Rió N e g r o ; p e r o t a m b i é n los
vocablos g u a r a n í e s q u e ya eran vida y tierra, geo y fauna y q u e
d e s c e n d i e r o n P a r a g u a y a b a j o p o r el P a r a n á ; p e r o t a m b i é n los q u e s e
d e s p r e n d i e r o n d e s d e lo a l t o d e los A n d e s e h i c i e r o n f o r t u n a en el
Río d e la P l a t a y a fueran a r a u c a n o s , q u e c h u a s o a i m a r á e s .
N o s a b e m o s q u é d e s t i n o le d e p a r a r á n las a r t e s d e G u t e m b e r g al
vocabulario e x p u e s t o . Diccionarios y lexicógrafos son p e r m a n e n t e m e n t e
controvertidos, polemizados y hasta ridiculizados: Diccionario. ' T u m b a
d o n d e yacen los c a d á v e r e s de las p a l a b r a s a n t i g u a s q u e ya nadie u s a ;
y d o n d e n o q u e d a sitio p a r a l a s p a l a b r a s n u e v a s q u e u s a t o d o el

(*) En el Uruguay también se llama mangrullo.

92
m u n d o " , ha sido la última inventiva que h e m o s contabilizado a favor
de Noel C l a r a s ó . Sin e m b a r g o — d i c e Adolfo Rodríguez Mallarini—
c u a n d o las p a p a s q u e m a n , h a s t a los más p i n t a d o s acuden a él p a r a
redimir su i g n o r a n c i a , a m e n u d o "enciclopédica".
A c o t a c i o n e s M a r g i n a l e s , trabajo de r o m a n o s , sólido y d u r a d e r o
e s o b r a p a r a e s o s últimos, p a r a los lexicógrafos y p a r a los e n a m o r a d o s
de e s e ser viviente q u e nace, se desarrolla, se diversifica, se a u t o -
fecunda y p r o c r e a : el idioma.
" L a historia de la civilización, de la cultura, de la evolución del
g é n e r o h u m a n o bajo la influencia de la idea cristiana y de la filosofía
g r e c o - r o m a n a , es así la historia de los c a m b i o s e x p e r i m e n t a d o s por
las l e n g u a s , dulcificándose, perfeccionándose, en germinaciones de c o ­
lores y m a t i c e s infinitos. En otros t é r m i n o s : seguir a un p u e b l o en
s u s t r a n s f o r m a c i o n e s fonéticas, es descifrar poco á p o c o el misterio
d e su a l m a , de su íntimo psicológico. Los salvajes no tienen por eso
historia, s i e n d o su lenguaje tan p o b r e como sus medios de s u b s i s ­
tencia, el m a y o r o menor g r a d o de civilización implica a b u n ­
d a n c i a ó p e n u r i a de signos r e p r e s e n t a t i v o s ; y el uso o d e s u s o gradual
de é s t o s , c o n s t i t u y e n n e c e s a r i a m e n t e escalas a s c e n d e n t e s o d e s c e n d e n t e s
de c u l t u r a . . ."
T a l la m a n e r a inconclusa con q u e cubre D. M. V. la última p á g i n a
" a c o t a d a " de su v o c a b u l a r i o de a m e r i c a n i s m o s del cono sur.
C o m o si h u b i e r a q u e r i d o q u e Lucio V. Mansilla ( " R o z a s " ) le
d i e r a u n a m a n o p o s t u m a , a los c h a m u y o s a p i l a d o s 'durante su l a r g o
t r o t e a r p o r las ajueras.
Carlos Asiaín Márquez

93
SOBRE LA ESTÉTICA DE PAUL VALÉRY
Рог
MARIO A. SILVA GARCÍA
 I. EL CONCEPTO D E ESTÉTICA

Escribir s o b r e estética h a sido siempre una a r d u a l a b o r ; mucho

m á s h a b r á de serlo c u a n d o se a b r i g a n d u d a s acerca de la existencia
m i s m a de e s a estética. No me refiero, d e s d e luego, a la estética en g e -
neral, sino a la estética en un p e n s a m i e n t o , a la teoría de la estética
en Valéry. Cierto es q u e , a veces, se han c o n s a g r a d o o b r a s e n t e r a s a
p r o b a r la inexistencia de a l g o , p e r o en ese c a s o , el autor tenía al
m e n o s , c o m o t a r e a , la de destruir t o d o un cúmulo de afirmaciones.
P e r o , ¿ c ó m o h a c e r p a r a describir u n a actividad de ese t i p o ? ¿ C ó m o
h a b l a r sin t r a i c i o n a r a un p e n s a d o r o a un p o e t a de a l g o q u e él
m i s m o se resiste a a d m i t i r ? Cierto t a m b i é n q u e c a b e el recurso de l o s :
" a p e s a r de . . . ", de los "sin e m b a r g o . . . ", p e r o no me atrevería y
p i e n s o q u e e s una irreverencia titular este e n s a y o : P. Valéry o el esté-
tico a pesar s u y o . N o m e a t r e v o , p o r q u e c o m o se v e r á (al m e n o s he
b u s c a d o m o s t r a r l o ) se t r a t a de un h o m b r e p a r a el cual p a r e c e no
existir a g r a v i o m a y o r ni v i t u p e r i o m á s cruel q u e señalar a su r e s p e c t o ,
la e x i s t e n c i a de un p e n s a m i e n t o oculto a descifrar, a descubrir. ¡Vano
y p r e t e n c i o s o intento sería insistir en e n c o n t r a r c l a v e s , en resolver e n i g -
m a s con relación a alguien q u e hizo de la c l a r i d a d su a t m ó s f e r a p e r -
sonal y del Intelecto su í d o l o ! P i e n s o q u e t o d o s a q u e l l o s q u e en m a y o r
o m e n o r g r a d o h e m o s p r o f e s a d o e s e m i s m o culto y a d h e r i d o a esa m i s -
m a e x i g e n c i a , n o p o d e m o s h a c e r l e a él, tan l u e g o a El, el a g r a v i o de
d u d a r de su d e c l a r a c i ó n , de la explicitación a b s o l u t a m e n t e sincera de
su p e n s a m i e n t o , p a r a b u s c a r no sé q u é n u d o s , n o sé q u é e s p e s a m i e n t o s ,
q u é f a n t a s m a s ; p r e t e n d e r huir de la belleza diáfana de sus p o e -
m a s , h a c i e n d o d e ellos u n a s u c e s i ó n d e lapsus de su e s p i r i t u a l i d a d , de
" i n g e n i o s i d a d " , u n a serie de W i t z e m á s o m e n o s p r o f u n d o s . . .
H e d e b u s c a r e n t o n c e s , d e s p u é s de h a b e r p r o c e d i d o al "nettoyage
d e la situation verbale", m o s t r a r cual fue su idea de la belleza, no en
la c o n s i d e r a c i ó n m e r a m e n t e teórica ( q u e me p a r e c e i m p o s i b l e ) sino
en la praxis y m á s allá en la p o i e s i s .

Diría q u e p u e d e n d i s t i n g u i r s e a l g o así c o m o tres p l a n o s a p r o p ó s i t o

d e la e s t é t i c a . En p r i m e r l u g a r , u n a a c t i t u d h a c i a la e s t é t i c a a b s t r a c t a ,
q u e e s u n a r a m a d e la filosofía o q u e p o r lo m e n o s e s t á m u y p r ó x i m a
a e l l a ; en s e g u n d o l u g a r , la t e o r í a e s t é t i c a p e r s o n a l d e un escritor o
d e un p i n t o r ( e n e s t e c a s o V a l é r y ) , q u e él m i s m o c o n s i d e r a c o m o
p e r s o n a l ; y en t e r c e r l u g a r , la e s t é t i c a q u e s u b y a c e en la o b r a m i s m a
y q u e n o s i e m p r e c o i n c i d e con la s e g u n d a . E s p r e c i s a m e n t e en este
t e r c e r p l a n o en el c u a l h e p r e t e n d i d o s i t u a r m e , p e r o a p e l a n d o c o n s -

97

7
 t a n t e m e n t e al s e g u n d o . P i e n s o q u e si h a y a l g o q u e no d e b e o l v i d a r s e
j a m á s es q u e e s t a m o s frente a un g r a n p o e t a , q u i z á s uno d e los m á s
g r a n d e s . He tenido a veces la satisfacción de e n c o n t r a r a p o y a d a s , diría,
a u n q u e m á s no sea p a r c i a l m e n t e , a l g u n a s de mis i m p r e s i o n e s ( u n a
p a l a b r a q u e me p a r e c e m á s a d e c u a d a q u e " i n t e r p r e t a c i o n e s " ) en lo
q u e Mamaria s u s C o g i t a t i o n e s p r i v a t a e , s u s C a h i e r s , q u e a l g ú n día
confío e s t u d i a r a fondo.
H a c e a ñ o s q u e h a g o el ejercicio de su p e n s a m i e n t o y c a d a lectura
me i m p r e s i o n a p o r la t r e m e n d a c l a r i d a d q u e s u r g e de ella, en la m e d i d a
en q u e mi c a p a c i d a d de visión va en a u m e n t o .
D e j a r é de l a d o t o d o s los d a t o s h i s t ó r i c o s , b i o g r á f i c o s , influencias
s o m e t i d a s a c r o n o l o g í a s r i g u r o s a s . T o d o e s o ha s i d o h e c h o y m u y bien
h e c h o . Mi p r o p ó s i t o m á s m o d e s t o , y a la vez m á s a u d a z , será t r a t a r
d e r e c o n s t r u i r un m o d e l o h u m a n o , a c a s o d e m a s i a d o p o c o h u m a n o . . .
No la imitación d e su Léonard — i m p o s i b l e d e s d e l u e g o — p e r o t a m -
p o c o la o r d e n a c i ó n m e t ó d i c a , s i s t e m á t i c a de sus i d e a s , e x p o s i c i o n e s
q u e d e s p e r t a b a n s i e m p r e a q u e l l a ironía s u y a tan fina.
Se n o t a r á n h i a t u s , p a s a j e s un t a n t o a b r u p t o s , a v e c e s , incluso,
d i s g r e s i o n e s q u e a m e n a z a n p e r d e r el hilo. N o s i e m p r e la diferencia
e n t r e versus y prorsus, d e p e n d e d e i n t e r e s e s m n e m ó n i c o s . El versus
q u e se o p o n e al m o v i m i e n t o d i r e c t o d e la p r o s a e s c o n s e c u e n c i a de
un p e n s a m i e n t o q u e vuelve s o b r e sí, q u e forma los " p o i n t s de c a p i t o n "
q u e se d e t e r m i n a n en función d e c o r r e l a c i o n e s e s p e c i a l e s del signifi-
c a n t e y del s i g n i f i c a d o ; p u n t o s n o d a l e s en d o n d e , o en t o r n o a los
c u a l e s , se c o n s t e l a n los g r a n d e s t e m a s .
D e b e r e m o s p r o c e d e r a un a n á l i s i s d e los t é r m i n o s a e m p l e a r y a
justificar su e m p l e o . T o d a su v i d a V a l é r y m e d i t ó s o b r e el a r t e , el a r t e
en g e n e r a l , y e s p e c i a l m e n t e el s u y o . N o fue en e s e s e n t i d o u n a e x -
c e p c i ó n d e su g r u p o , a q u e l g r u p o p a r a el cual la reflexión s o b r e el
p r o c e s o c r e a d o r , el afán d e d e s c u b r i r s u s s e c r e t o s , e r a t a r e a i m p o r t a n t e .
P e r o reflexión s o b r e el a r t e n o significa n e c e s a r i a m e n t e t e o r í a del a r t e ,
n o significa n e c e s a r i a m e n t e u n a e s t é t i c a . H u b o en K a n t p o r e j e m p l o ,
u n a reflexión s o b r e la metafísica, y a c a s o fue su p r e o c u p a c i ó n fun-
d a m e n t a l , p e r o en c u a n t o a su p o s i b i l i d a d c o m o c i e n c i a . . . Y n o e s
V a l é r y el q u e h a b r á d e e s c r i b i r u n o s P r o l e g ó m e n o s a t o d a estética
futura que quiera presentarse c o m o c i e n c i a . . .
LA E S T É T I C A , así, con m a y ú s c u l a , fue p a r a él u n a t e n t a c i ó n , la
t e n t a c i ó n d e reflexionar y l l e g a r a a l g ú n r e s u l t a d o con e s a reflexión
s o b r e el g o c e e s t é t i c o .

" C o m m e n t souffrir d ' ê t r e s é d u i t s m y t é r i e u s e m e n t p a r c e r t a i n s

a s p e c t s du m o n d e ou p a r telles o e u v r e s d e l ' h m m e , et d e ne
p o i n t n o u s e x p l i q u e r ce délice ou fortuit ou é l a b o r é , et qui s e m b l e ,
d ' u n e p a r t , i n d é p e n d a n t d e l ' i n t e l l i g e n c e , — dont toutefois il e s t
peut-être le principe et le g u i d e c a c h é , — c o m m e il paraît d'autre

98
 p a r t bien distinct de nos affections ordinaires, — dont il résume
1
et divinise p o u r t a n t la variété et la p r o f o n d e u r ? "

A dicha reflexión los filósofos se encaminan n a t u r a l m e n t e , por

c u a n t o la filosofía no resistió el aislamiento de los t e m a s , de las c u e s -
tiones. Aquí e n c o n t r a m o s la expresión p a r a d o j a l :
" L e P h i l o s o p h e est, en s o m m e , une sorte de spécialiste de
l'universel; c a r a c t è r e q u e s'exprime p a r une sorte de c o n t r a d i c -
2
tion".

¿ Q u é significa p a r a Valéry universal y universo? Son v o c a b l o s

de los cuales se sirve frecuentemente y que requieren por t a n t o
una explicación.
En su e x a m e n de Eurêka, el gran p o e m a c o s m o g ó n i c o d e P o e ,
m u e s t r a c o m o s o l e m o s a p r o x i m a r la idea de universo a la idea de
Todo.
" N o u s p e n s o n s o b s c u r é m e n t que le T o u t est quelque chose,
et i m a g i n a n t quelque chose, n o u s l ' a p p e l o n s le T o u t . . . N o u s
c o n s t i t u o n s une idole de la totalité, et une idole de son origine,
et n o u s ne p o u v o n s n o u s e m p ê c h e r de conclure à la réalité d'un
certain c o r p s de la n a t u r e , d o n t l'unité r é p o n d e à la notre m ê m e ,
de laquelle n o u s n o u s s e n t o n s a s s u r é s .
Telle est la forme primitive, et c o m m e enfantine, de n o t r e idée
3
de l ' u n i v e r s " .

P e r o si a p e l a m o s a la e x p e r i e n c i a directa y a b a n d o n a m o s el ídolo,
n o s resulta i m p o s i b l e eludir un cierto p e r s p e c t i v i s m o en d o n d e mi pre-
s e n c i a es el p u n t o de referencia f u n d a m e n t a l . El h e c h o d e ver un T o d o ,
m e h a c e p e n s a r q u e es un T o d o . E s a c o n s i d e r a c i ó n lleva a p e n s a r
en un u n i v e r s o q u e s u p e r e esa condición r e s t r i n g i d a , a u n q u e d e s e m b o -
q u e en un fracaso. En el fondo, el v o c a b l o universo e s e x p r e s i ó n
m i t o l ó g i c a , e s m i t o l o g e m a . A h o r a sólo crítica, p e r o al final de su vida
casi m a l d i c i ó n .

" L e f i r m a m e n t c h a n t e ce q u e Ton v e u t . . .
A l'un p a r l e de Dieu
A l ' a u t r e o p p o s e un froid silence.
Le p a n i q u e d e v a n t z é r o . . . Le rien fait p e u r . . . H o . . . H o . . .
E t il en est q u i s'émerveillent,
Qui s ' é b l o u i s s e n t de milliards en chiffres sur p a p i e r . . .
H o . . . H o . . . Haute vermine des é t o i l e s . . .
A s t r e s e n t r e l e s q u e l s la lumière s ' é c h a n g e ,

1 P. Valéry, Léonard et les Philosophes, Oeuvres Complètes, 1. p. 1235,

La Pléiade. .
2 Id. Indicaremos con una "m" cuando se trate de una nota marginal.
3 O . C . , I., pâg. 864.
99
 Elle n ' e s t q u ' e n t r e v o u s ! Vous n ' ê t e s , p a u v r e s Cieux,
Q u ' u n peu d ' é t o n n e m e n t d e s h o m m e s , p o u d r e a u x y e u x !
M o n petit oeil s'offre cet u n i v e r s ,
Un ciel suffit à la gloire i n f i n i e . . .
Je le ferme et d e v i e n s la force qui v o u s n i e . . . H o . . . H o . . .
Nuit a d m i r a b l e , effroi d e s s a g e s , M è r e v i e r g e
De p h r a s e s n o b l e s et de t a b l e s d e g r a n d s n o m b r e s ,
O rotation d e r o t a t i o n s de r o t a t i o n s ,
Qui n o u s infliges le s u p p l i c e
De tes m o r n e s r é p é t i t i o n s ,
Nuit a d m i r a b l e , a b î m e d ' h e u r e s , tu n ' e s rien!
4
Rien, rien, rien, r i e n ! "

Así el u n i v e r s o e s sólo una función de n u e s t r a visión, q u e unifica

múltiples p e r c e p c i o n e s y o b s e r v a c i o n e s .
" O n p o u r r a i t n o m m e r ' U n i v e r s ' tout ce en quoi le Moi refuse
5
d e se r e c o n n a î t r e " .

Lo m i s m o q u e s u c e d e con el u n i v e r s o s u c e d e con la n a t u r a l e z a ,
con el mar, con la tierra. La conjunción q u e d e s i g n a con C E M ( C o r p s ,
Esprit, M o n d e ) e s c o n s i d e r a d a s ó l o c o m o u n a p e r s p e c t i v a a la cual
ni siquiera le a s i g n a valor d e Idea R e g u l a d o r a , forma a priori d e la
6
Razón P u r a . E s s ó l o u n a r e p r e s e n t a c i ó n d e n u e s t r a i m a g i n a c i ó n .
El u n i v e r s o c o r r e s p o n d e a un n e u t r o " h a y " q u e se enfrenta al
hombre como tema d e posible tranformación o variación, como tema
7
d e un F a i r e . D e a q u í s e d e s p r e n d e q u e el filósofo q u e se o c u p a del
u n i v e r s o n o p u e d e a l c a n z a r n i n g u n a c i e n c i a sino s ó l o m a n e j a r u n a for-
m a d e lenguaje. U n i v e r s o significa u n i v e r s a l i d a d . En d e t e r m i n a d o m o -
m e n t o , h a c i a 1930, e s decir, diez a ñ o s a n t e s d e su c o n d e n a final,
formula e s t a p r e c i s i ó n :
" J e n'ai voulu d é s i g n e r le T o t a l f a b u l e u x ( q u e le m o t d ' u n i -
vers tente d ' é v o q u e r d ' o r d i n a i r e , t a n t q u e le s e n t i m e n t d e l ' a p p a r -
t e n a n c e de tout objet à un s y s t è m e qui c o n t i e n t ( p a r h y p o t h è s e )
8
de quoi définir tout o b j e t . . .

E s e m o m e n t o r e v e l a b a el afán d e r e p r e s e n t a r s e un u n i v e r s o in-
dividual. La relación e n t r e el Yo y su u n i v e r s o e s c o n s i d e r a d a en el
p l a n o visual. Si e s o s m i t o s fueran útiles h a b r í a q u e p e n s a r en u n a r e -
lación similar a la q u e tiene la r e t i n a con u n a fuente d e luz. L a s
c o n s e c u e n c i a s de e s t a idea se a d v i e r t e n en las i n v e c t i v a s del s o l i t a r i o .

4 "Mon Faust", p. 214.

5 Cahiers, 2, p. 712.
6 Lowith, Karl, Paul Valéry, esp. III, Besinnung auf das Ganze des Seiend-
en: Körper, Geist, Welt.
7 Cahiers, I, 547, 482, 763, 23, 354, 861.
8 O . C . , 1 . , p. 1155 m.
100
 Universal es sólo la forma verbal de e x p r e s a r una visión. ¿ Q u é
valor atribuirle al filosofema con r e s p e c t o al p o e m a sino una mayor
g e n e r a l i d a d ? En las filosofías suele existir un elemento artístico a c a s o
de mera economía, q u e lleva a b u s c a r la simetría, el orden, la re-
g u l a r i d a d . P e r o ese Yo filosófico que se siente centro del mundo,
b u s c a salir de su aislamiento y su voluntad de poder trata de a c t u a r
s o b r e las p e r s o n a s . La lucha p o r el reconocimiento d e s e m b o c a en
una relación de dominación y s e r v i d u m b r e .
"En vérité, l'existence des a u t r e s est toujours inquiétante
p o u r le splendide é g o t i s m e d'un p e n s e u r . Il ne peut c e p e n d a n t
q u ' il ne se h e u r t e à le g r a n d e énigme que lui p r o p o s e l'arbitraire
0
d'autrui. . . l'autre existe, et l'énigme nous p r e s s e " .

¿ Q u é son p u e s la ética y la estética sino m e d i o s p a r a suprimir

esa d i v e r s i d a d i n q u i e t a n t e ? El filósofo b u s c a e n t o n c e s construirse una
ciencia de los v a l o r e s de la acción y de la expresión o de la creación
de emociones,
" c o m m e si le P a l a i s de sa P e n s é e lui dût p a r a î t r e imparfait s a n s
s e s d e u x ailes s y m é t r i q u e s d a n s lesquelles son Moi t o u t - p u i s s a n t
et a b s t r a i t p û t tenir la p a s s i o n s , l'action, l'émotion et l'invention
captives.
T o u t p h i l o s o p h e , q u a n d il en a fini a v e c Dieu, a v e c Soi, avec
le T e m p s , l ' E s p a c e , la M a t i è r e , les C a t é g o r i e s et les E s s e n c e s , se
10
r e t o u r n e v e r s les h o m m e s et l e u r s o e u v r e s " .

La filosofía se c a r a c t e r i z a e n t o n c e s p o r la forma y la forma e s

a q u e l l o en lo cual e n g l o b a el c o n j u n t o d e s u s e x p e r i e n c i a s i n t e r n a s
y e x t e r n a s , y c u a n t o m á s original, m á s a l e j a d o de los o t r o s .
El Bien, lo Bello, son e n t o n c e s i n v e n c i o n e s , e s decir, el S o b e -
r a n o Bien, la Idea d e la Belleza, de lo cual se o c u p a la filosofía c u a n d o
a d o p t a el n o m b r e de Etica o E s t é t i c a , y de las c u a l e s se p r e t e n d e
e x t r a e r r e g l a s u n i v e r s a l e s q u e a b a n d o n e n la individualidad q u e las
creó.
En la é p o c a en q u e H u s s e r l se a l e j a b a un t a n t o d e su Philosophie
a l s strenge W i s s e n s c h a f t y se e n c a m i n a b a a la e l a b o r a c i ó n de la Krisis
der europäischen Wissenschaft, Valéry veía las p r e t e n s i o n e s científicas
e x t e n d e r s e c a d a vez m á s :
" d e m ê m e q u e n o u s s o m m e s e n c o r e a s s e z a t t a c h é s à l'idée
d ' u n e s c i e n c e p u r e , d é v e l o p p é en t o u t e r i g u e u r à p a r t i r d ' é v i d e n c e s
l o c a l e s d o n t les p r o p r i é t é s p o u r r a i e n t s ' é t e n d r e indéfiniment d ' i d e n -
tité en i d e n t i t é , ainsi s o m m e s - n o u s e n c o r e à d e m i c o n v a i n c u s

9 O . C . , p. 1237.
10 Id., p. 1238.
101
 de l'existence d ' u n e m o r a l e et de celle d ' u n e B e a u t é i n d é p e n d a n t s
1 1
d e s t e m p s , d e s lieux, d e s r a c e s et d e s p e r s o n n e s " .

P e r o se ha p r o d u c i d o una crisis d e n t r o de la ciencia de O c c i d e n t e ,

q u e sigue un ideal q u e viene d e s d e el R e n a c i m i e n t o . Del m i s m o m o d o
q u e Husserl c o n s i d e r a b a a G a l i l e o c o m o el s í m b o l o de d i c h a ciencia,
Valéry m a n e j a b a el n o m b r e de L e o n a r d o . En 1937 t o m a c o n c i e n c i a m á s
r a d i c a l m e n t e de e s a p r o b l e m á t i c a . C u a n d o se p r e t e n d e definir la E s t é -
tica, se oscila e n t r e una ciencia de lo Bello ( q u e h a r í a d i s c e r n i r lo
q u e es p r e c i s o a m a r o a c l a m a r , o d i a r , incluso d e s t r u i r ) y una disciplina
q u e n o s e n s e ñ a r í a a p r o d u c i r o b r a s de a r t e s d e valor i n d i s c u t i b l e . El
m i s m o d i l e m a , la m i s m a a m b i g ü e d a d q u e se a d v e r t í a en la m o r a l c o m o
ciencia de las c o s t u m b r e s y c o m o a r t e m o r a l r a c i o n a l , se a d v i e r t e en
la e s t é t i c a . El p r o b l e m a e s el m i s m o : ¿ P u e d e existir u n a e s t é t i c a
teórica?
La i n c o n s e c u e n c i a d e B a u m g a r t e n al l l a m a r Aesthctica al a r t e de
p e n s a r b e l l a m e n t e (pulchra c o g i t a n d i ) hizo o l v i d a r q u e s u s r a í c e s e s -
t a b a n en la a i s t h e s i s , s e n s a c i ó n o s e n t i m i e n t o . Valéry i n t e n t a s a l v a r l a
d e e s e o l v i d o y volver al s e n t i d o o r i g i n a r i o .

" S i l m e fallait c h o i s i r e n t r e le destin d ' ê t r e un h o m m e qui

s a i t c o m m e n t et p o u r q u o i telle c h o s e est ce q u ' o n n o m m e ' b e l l e ' , et
celui d e s a v o i r ce q u e c ' e s t q u e sentir, je c r o i s bien q u e je c h o i -
s i r a i s le s e c o n d , a v e c l ' a r r i è r e - p e n s é e q u e c e t t e c o n n a i s s a n c e , si
elle é t a i t p o s s i b l e ( e t je c r a i n s bien q u ' e l l e ne soit m ê m e p a s c o n -
12
c e v a b l e ) me livrerait b i e n t ô t t o u s les s e c r e t s d e l ' a r t " .

¿ C ó m o t e n t a r u n a definición d e lo e s t é t i c o ? La d i v e r s i d a d d e
concepciones permitirá acaso, por residuo, extraer una conclusión?
¿ C ó m o r e s o l v e r el círculo vicioso d e a c u e r d o al cual p a r a d e t e r m i n a r
q u é a c t i v i d a d e s de o r d e n e s t é t i c o h a y q u e t e n e r y a la i d e a ? Y si a b a n -
d o n a m o s e s a p e r e g r i n a c i ó n i n d u c t i v a y v o l v e m o s a los filósofos, e n -
c o n t r a m o s lo bello, p r ó x i m o al bien, e x t e n s i o n e s d e u n a v o l u n t a d d e
v e r d a d q u e n o tolera límites.
C u a n d o los a r t i s t a s e n c a r a n la dificultad, se aleja c a d a vez m á s la
p o s i b i l i d a d de u n a ciencia d e lo bello. ¿ Q u é o t r a c o s a b u s c a n s i n o
v a l o r e s d e choque, c o m o la n o v e d a d , la i n t e n s i d a d , la r a r e z a ? La d i c h a
t r a n q u i l a y s e r e n a q u e e s t a b a a s o c i a d a en o t r o t i e m p o a la i d e a g e n e -
ral de lo Bello h a d e s a p a r e c i d o . Lo m á s i n e s t a b l e , lo m á s i n m e d i a t o ,
i n c o n s c i e n t e , i r r a c i o n a l , i n s t a n t á n e o , q u e son n e g a c i o n e s d e las for-
m a s v o l u n t a r i a s y s o s t e n i d a s d e la a c c i ó n m e n t a l , se p r e s e n t a n en l u g a r
d e los m o d e l o s e s p e r a d o s p o r el e s p í r i t u . V a l é r y c o n c l u y e :

11 Id., p. 1239.
12 O. C , p. 1296.

102
 " D e notre t e m p s , une définition du Beau ne peut donc être
c o n s i d é r é e que c o m m e un document historique ou philosophi-
1 3
que".

O l v i d a n d o un t a n t o la tradición, b u s c a n d o el significado origina-

rio de la estética, b u s c a r e m o s rescatar la h e d o n é que la aisthesis lleva
c o n s i g o . A c a s o la noción de placer p u e d a servirnos de guía:
" U n plaisir qui s'approfondit quelquefois jusqu'à qui excite
l'intelligence, la défie, et lui fait aimer sa défaite; d a v a n t a g e , un
plaisir qui peut irriter l'étrange besoin de produire, ou de r e p r o -
duire la c h o s e , l'événement ou l'objet ou l'état, auquel il semble
a t t a c h é , et qui devient par là une source d'activité s a n s t e r m e
c e r t a i n , c a p a b l e d ' i m p o s e r une discipline, un zèle, des tourments
à toute une vie, et de la remplir, si ce n'est d'en d é b o r d e r , p r o -
p o s e à la p e n s é e une é n i g m e singulièrement spécieuse qui ne
p o u v a i t é c h a p p e r au désir et à l'étreinte de l'hydre m é t a p h y s i -
1 4
que".

Aquí e n c o n t r a m o s una conjunción de p o d e r e s de los cuales la

filosofía t r a t a de a p o d e r a r s e : u n sentir, un a p r e h e n d e r , un querer, un
h a c e r . . . Allí lo n e c e s a r i o y lo a r b i t r a r i o , la contemplación y la acción,
m a t e r i a y espíritu se mezclan y finalmente de ese crisol se cree h a b e r
a l c a n z a d o la Idea d e lo Bello. H e n o s aquí en pleno p l a t o n i s m o . . . Idea
d e lo Bello, gloria del p r o l o n g a d o D e s e o !
El F e d r o de Valéry, infiel a su m a e s t r o p r i m e r o , o p o n e objeciones.
La idea de e s a s Ideas es infinitamente d e m a s i a d o simple y c o m o d e -
m a s i a d o p u r a p a r a e x p l i c a r la d i v e r s i d a d de las bellezas, el c a m b i o de
las p r e f e r e n c i a s en los h o m b r e s , el d e s v a n e c i m i e n t o de t a n t a s o b r a s
e x a l t a d a s , las c r e a c i o n e s a b s o l u t a m e n t e n u e v a s , las r e s u r r e c e c i o n e s im-
15
p o s i b l e s de p r e v e r . Idea de lo Bello, h i p ó s t a s i s de las bellas c o s a s ,
q u e t i e n d e a s e p a r a r n o s de la e x p e r i e n c i a de lo bello q u e se e n c u e n t r a
en el m u n d o s e n s i b l e . Belleza de las c o s a s b e l l a s q u e suscita e n i g m a s
p o r q u e la inteligencia q u i e r e s a b e r el f u n d a m e n t o y no d e s c a n s a h a s t a
h a b e r o b t e n i d o u n a e s e n c i a . P e r o la b ú s q u e d a f r a c a s a ; la d i v e r s i d a d
d e lo bello e s i n a g o t a b l e .
¿ B u s c a r e m o s la solución en un f o r m a l i s m o ? L a s r e g l a s t r a d i c i o -
n a l e s n o c a r e c e n de valor, tienen en sí un valor i m a g i n a r i o , el de las
c o n d i c i o n e s a b s o l u t a s del efecto m á s d e s e a b l e de una o b r a . No hay
solución p o r e s t e c a m i n o . La e s t é t i c a metafísica no c o n s i g u e e s c a p a r
a la s i n g u l a r i d a d y e s o c o n d u c e a su d e s t r u c c i ó n .
"Notre Esthétique rigoureusement pure m'apparaît donc com-
m e u n e invention q u e s ' i g n o r e en t a n t q u e telle, et s'est prise

13 Ibid., p. 1241.
14 Ibid., p. 1299.
15 Eupalinos ou l'Architecte, p. 27.

103
 p o u r d é d u c t i o n invincible de q u e l q u e s p r i n c i p e s é v i d e n t s . Boileau
croyait suivre la r a i s o n : Il était insensible à toute b i z a r r e r i e et
16
la p a r t i c u l a r i t é d e s p r é c e p t e s " .

Sin e m b a r g o es p o s i b l e e incluso es c o n v e n i e n t e una estética r a -

z o n a d a , es decir, e m a n a d a de la reflexión y de una v o l u n t a d s o s t e n i d a
d e la c o m p r e h e n s i ó n de los fines del a r t e .
M á s a d e l a n t e a b o r d a r e m o s el p r o b l e m a del lenguaje, p e r o p o d e -
m o s s e ñ a l a r q u e la v a g u e d a d del m i s m o , de d o n d e la n e c e s i d a d del
nettoyage previo, p r o v o c a g r a n d e s dificultades en e s t é t i c a . L o s p r o -
b l e m a s q u e una estética r a z o n a d a d e b e r á enfrentar y e l u c i d a r son m u y
d i v e r s o s : d e t e r m i n a r lo q u e se refiere al g o c e ; p r o h i b i r c i e r t o s m e d i o s ,
p r e s c r i b i r o t r o s . La e x i s t e n c i a de fórmulas p u e d e p r o v o c a r efectos c r e a -
d o r e s , p u e d e s u g e r i r i d e a s q u e de o t r o m o d o no h a b r í a n s u r g i d o . D e n t r o
de e s t a p e r s p e c t i v a el a r t e c l á s i c o es u n a m o d a l i d a d , p e r o n o la
única.
J a m á s ha s o s t e n i d o Valéry, c o m o se ha p r e t e n d i d o e r r ó n e a m e n t e ,
q u e la razón p u e d a e x p l i c a r t o t a l m e n t e la o b r a .

" . . . le travail de l'artiste, m ê m e d a n s la p a r t i e t o u t e m e n t a l e

d e ce travail, ne p e u t se r é d u i r e à d e s o p é r a t i o n s de p e n s é e d i r e c -
trice. D ' u n e p a r t , la m a t i è r e , les m o y e n s , le m o m e n t m ê m e , et u n e
foule d ' a c c i d e n t s ( l e s q u e l s c a r a c t é r i s e n t le r é e l ) au m o i n s p o u r
le n o n - p h i l o s o p h e , i n t r o d u i s e n t d a n s la fabrication de l ' o u v r a g e u n e
q u a n t i t é de c o n d i t i o n s qui, non s e u l e m e n t , i m p o r t e n t d e l ' i m p r é v u
et de l ' i n d é t e r m i n é d a n s le d r a m e d e la c r é a t i o n , m a i s e n c o r e c o n -
c o u r e n t à le r e n d r e r a t i o n n e l l e m e n t i n c o n c e v a b l e , c a r elles l ' e n g a g e n t
d a n s le d o m a i n e d e c h o s e s où il se fait c h o s e ; et d e p e n s a b l e , d e -
17
vient s e n s i b l e " .

H a y u n a e n o r m e d i s t a n c i a e n t r e lo v e r d a d e r o y lo bello y n i n g u n a
metafísica l o g r a r á c o l m a r e s a d i s t a n c i a sin t r a n s f o r m a r lo bello en u n a
h i p ó s t a s i s , en una a b s t r a c c i ó n d e las c o s a s b e l l a s .
¿ T o d a s e s t a s c o n s i d e r a c i o n e s l l e v a r á n a n e g a r la e x i s t e n c i a d e lo
e s t é t i c o , del h e c h o e s t é t i c o , p o r lo m e n o s ? D e n i n g ú n m o d o . Y así
V a l é r y intenta r e c u p e r a r el s i g n i f i c a d o o r i g i n a r i o d e la e s t é t i c a con un
n e o l o g i s m o , la E s t é s i c a , es decir, t o d o lo q u e se r e l a c i o n a c o n las
sensaciones:

" M a i s p l u s p a r t i c u l i è r e m e n t s'y p l a c e r a i e n t les t r a v a u x q u i

ont p o u r objet les e x c i t a t i o n s et les r é a c t i o n s s e n s i b l e s qui n ' o n t
p a s d e rôle p h y s i o l o g i q u e u n i f o r m e et bien défini. C e s o n t , en
effet, les m o d i f i c a t i o n s s e n s o r i e l l e s d o n t l'être v i v a n t p e u t se p a s -
ser, et d o n t l ' e n s e m b l e ( q u e c o n t i e n t à titre d e r a r e t é s les s e n -

16 O . C . , I., p. 1305.
17 O . C . , 1., p. 1306.

104
 s a t i o n s i n d i s p e n s a b l e s ou utilisables) est notre trésor. C'est en
lui q u e réside notre richesse. T o u t le luxe d e nos arts puisé
18
d a n s ses r e s s o u r c e s infinies".

E s t a E s t é s i c a h a b r á de ser e s t u d i a d a c u i d a d o s a m e n t e . Es un c a m -
p o q u e ha p e r m a n e c i d o d e s c u i d a d o y que tiene que ver con el nivel
q u e l l a m a r í a m o s p á t i c o de la p e r s o n a l i d a d ; nivel que es disimulado
p o r las o p e r a c i o n e s q u e tienen como objetivo el conocimiento. Este
lleva a c a b o una cierta selección utilitaria de cualidades y el lenguaje
en su u s o c o t i d i a n o retiene dicho e m p o b r e c i m i e n t o . Las p a l a b r a s , la
m a y o r í a de las veces, son sólo sedales de los que una sustancia se ha
e v a d i d o . U n a m a y o r s e n s u a l i d a d en el mirar, en el decir, parece p r o -
pio del lenguaje p o é t i c o q u e se distingue así del vulgar. Hay que
e s p e r a r q u e la E s t é s i c a se o c u p e de los sentidos m á s c o r p o r i z a d o s .
La E s t é s i c a y una cierta dinámica de la imaginación se o c u p a r á n de
s e n s a c i o n e s y m o v i m i e n t o s q u e carecen de objetivos definidos y fijados
p o r la utilidad.
A la E s t é s i c a se a g r e g a la P o i é t i c a . Ella se refiere al estudio de
la invención y de la c o m p o s i c i ó n , al p a p e l del azar, de la reflexión,
d e la imitación de la cultura y del m e d i o , así c o m o del examen y del
a n á l i s i s de las t é c n i c a s , p r o c e d i m i e n t o s e i n s t r u m e n t o s , materiales, m e -
dios y s o p o r t e s d e la a c c i ó n .
La c o n c l u s i ó n n e g a t i v a a q u e se llega h a c e r e c o r d a r las m a g n i t u -
d e s n e g a t i v a s , c u y a e x i s t e n c i a es indiscutible. La situación p a r a d o j a l
se a d v i e r t e en el p l a c e r e s t é t i c o :
"11 e x i s t e u n e forme de plaisir qui ne s'explique p a s ; qui ne
se c i r c o n s c r i t p a s ; qui ne se c a n t o n n e ni d a n s l ' o r g a n e ou sens où
il p r e n d n a i s s a n c e , ni m ê m e d a n s le d o m a i n e de la sensibilité;
qui diffère d e n a t u r e , ou d ' o c c a s i o n , d'intensité, d ' i m p o r t a n c e et de
c o n s é q u e n c e , selon les p e r s o n n e s , les c i r c o n s t a n c e s , les é p o q u e s ,
la c u l t u r e , l ' â g e et le milieu; qui excite à d e s a c t i o n s s a n s c a u s e
u n i v e r s e l l e m e n t v a l a b l e , et o r d o n n é e s a d e s fins incertaines, d e s
i n d i v i d u s d i s t r i b u é s c o m m e au h a z a r d sur l'ensemble d'un p e u -
p l e ; et ces a c t i o n s e n g e n d r e n t d e s p r o d u i t s de divers o r d r e s dont
la v a l e u r d ' u s a g e et la v a l e u r d ' é c h a n g e ne d é p e n d e n t q u e fort
p e u d e ce q u ' i l s sont. Enfin, d e r n i è r e n é g a t i v e : t o u t e s les peines
q u e Ton a p r i s p o u r définir, r é g u l a r i s e r , r e g l a m e n t e r , m e s u r e r , s t a -
biliser ou a s s u r e r ce plaisir et s a p r o d u c t i o n ont été vaines et in-
f r u c t u e u s e s j u s q u ' i c i ; m a i s c o m m e il faut q u e tout, d a n s ce d o m a i n e ,
soit i m p o s s i b l e à c i r c o n s c r i r e , elles n ' o n t été v a i n e s q u ' i m p a r f a i -
t e m e n t , et leur i n s u c c è s n ' a p a s laissé d ' ê t r e parfois curieusement
1 9
c r é a t e u r et f é c o n d . . . "

18 Ibid., p. 1311.
19 O . C . , I., pág. 1312.
105
 En L'Ame et la D a n s e Valéry d e s c u b r e a l g u n o s de los m o t i v o s
esenciales de su p e n s a m i e n t o . U n o de ellos es q u e el tedio c o n s t i -
tuye la s u s t a n c i a m i s m a de la vida y q u e frente a él, p a r a c o m -
batirlo, existen d i v e r s a s formas de é x t a s i s ; la m a n í a , la e b r i e d a d ,
el a m o r , los a c t o s , s o b r e t o d o s los a c t o s c r e a d o r e s . El tedio c o r r e s -
p o n d e a un cierto vacío, diría t a m b i é n a un cierto c a o s , q u e en su
s e n t i d o o r i g i n a r i o significaba lo informe. Así toda realidad, t o d o c o n j u n t o
de e n t e s significa una salida de c a o s . P e r o c u a n d o se maneja tina c o n -
cepción c o m o la de Valéry, q u e llega a e s t a b l e c e r la i g u a l d a d Yo =
Universo, se corren g r a v e s r i e s g o s .
Los monjes m e d i e v a l e s q u e eran e x p e r t o s en d i c h a s e n f e r m e d a d e s ,
h a b í a n d e s c u b i e r t o q u e no eran tales, sino vicios s u s c e p t i b l e s de e n -
g e n d r a r o t r o s . Virum solitarium ubique comitatur a c e d i a . . . est animl
remissio, mentís enervatio, neglectus religiosae exercitationes, odium
professionis, laudatrix rerum secularium. Así le l l a m a b a G r e g o r i o M a g n o
al tedio. Era un m o m e n t o m u y favorable p a r a q u e el d e m o n i o hiciera
p r e s a del h o m b r e , el d o e m o n moeridianus. . . T e d i o del m e d i o d í a o
m á s e x a c t a m e n t e del après-midi, q u e se t r a n s f o r m a fácilmente en a n -
g u s t i a q u e c o n d u c e a los vicios y al mal. ¿ P e r o no h a y t a m b i é n un
p r o l o n g a d o , a v e c e s d e m a s i a d o p r o l o n g a d o après-midi de la v i d a ?
¿ N o es ese el m o m e n t o de la g r a n m o n o t o n í a , de la g r a n m o n o c r o m í a ?
¿ Q u é l u g a r p u e d e s u b s i s t i r p a r a el d e m o n i o en un m u n d o d o n d e el
h o m b r e m i s m o ha r e s t i t u i d o el c a o s o r i g i n a r i o ? Y así en e s t e e x t r a ñ o
m u n d o v e m o s a F a u s t o t e n t a r a Mefistófeles. Los h o m b r e s han d e s c u -
b i e r t o el a n t i g u o c a o s , el d e s o r d e n , p r i m e r o en las c o n t r a d i c c i o n e s
inefables, d o n d e el e s p a c i o , el t i e m p o , la luz, las p o s i b i l i d a d e s , las
v i r t u a l i d a d e s , e s t a b a n en el e s t a d o futuro. H a n r e c u p e r a d o el c a o s
•donde Mefistófeles era A r c á n g e l . La s u e r t e m i s m a del mal e s d i s c u -
tible y el d e m o n i o ha p e r d i d o su d o m i n i o .
| | S a i s - t u q u e c'est p e u t être la fin d e l ' â m e ? C e t t e â m e qui
s ' i m p o s a i t à c h a c u n c o m m e le s e n t i m e n t t o u t - p u i s s a n t d ' u n e v a l e u r
i n c o m p a r a b l e et i n d e s t r u c t i b l e , d é s i r i n é p u i s a b l e et p o u v o i r d e
jouir, d e souffrir, d ' ê t r e soi, q u e rien ne p o u v a i t a l t é r e r , elle e s t
u n e v a l e u r d é p r é c i é e . L'individu se m e u r t . Il se noie d a n s le n o m -
b r e . Les différences s ' é v a n o u i s s e n t d e v a n t l ' a c u m m u l a t i o n d e s
ê t r e s . Le vice et la v e r t u ne s o n t p l u s q u e d e s d i s t i n c t i o n s i m p e r -
c e p t i b l e s , qui se fondent d a n s la m a s s e d e ce q u ' i l s a p p e l l e n t 'le
m a t e r i a l h u m a i n ' . La m o r t n ' e s t p l u s q u ' u n e d e s p r o p r i é t é s s t a t i s -
t i q u e s de c e t t e affreuse m a t i è r e v i v a n t e . Elle y p e r d s a d i g n i t é et s a
s i g n i f i c a t i o n . . . c l a s s i q u e . M a i s l ' i m m o r t a l i t é d e s â m e s suit n é -
c e s s a i r e m e n t le sort m ê m e d e la m o r t , qui la définissait et lui
2 0
d o n n a i t son s e n s et son p r i x i n f i n i . . .
Así h a b r á d e d e s p r e n d e r s e la s a b i d u r í a n e g a t i v a del S o l i t a r i o , al
cual le b a s t a c e r r a r los ojos p a r a q u e el u n i v e r s o d e s a p a r e z c a . E s e

20 "Mon Faust", p. 57.

106
Solitario, magnífico en su egotismo, soporta lo que Fausto mismo d e -
clara no p o d e r s o p o r t a r :

"Je puis r e g a r d e r le fond d'un a b î m e avec curiosité. Mais, en

g é n é r a l , avec indifférence. C e p e n d a n t ici sur ce toît du monde, je
r e s s e n s une o m b r e de m a l i c e . . . Ce n'est point la hauteur, ni l'es-
pèce de suction q u ' e x e r c e n t la profondeur a b r u p t e et son vide qui
me troublent. C'est un autre vide qui agit sur un autre s e n s . . .
21
La solitude essentielle, l'extrême de la raréfaction des ê t r e s " .

El U n i v e r s o , el T o d o , se ha reducido. C u a t r o o cinco p a l a b r a s
b a s t a n p a r a decirlo t o d o en ese lugar elevado. Il y a énormément de
rien dans le Tout. ¿ C ó m o no sentir q u e su presencia es un insulto, una
s u c i e d a d en la p u r e z a de esa s o l e d a d ? El Solitario c l a m a : D è s qu'il
n'y a que moi, il n'y a personne. ¿ Q u é sentido tiene que F a u s t o se m a n -
t e n g a j u n t o a él, su última metamorfosis, el T e r c e r F a u s t o ?
" C e t t e soif qui te fait géant,
J u s q u ' à l'Etre exalte l'étrange
T o u t e - P u i s s a n c e du N é a n t ! "

¿ G i r o p o é t i c o o convicción p r o f u n d a ? Aquí a p a r e c e la gran p a l a -

bra: N E A N T . ¿ N o es el afán de c o n o c i m i e n t o lo que lleva a ella?
" S a v o i r , est u n e d é p e n d a n c e de tout h o m m e , et qui tend à
o c c u p e r enfin p r é c i s é m e n t la m ê m e é t e n d u e q u e l ' h o m m e m ê m e .
M a i s c e t t e m a r c h e se fait c o m m e celle d'un reptil dont la tête
d ' a b o r d s ' a v a n c e et s'éloigne de la q u e u e , puis la q u e u e est retiré
v e r s la tête. L ' h o m m e croît d é p a s s e r p a r l'esprit les c o n t a c t s et les
c o n n a i s s a n c e s de son c o r p s . M a i s l'esprit s ' a r r ê t e et le c o r p s le
rejoint. Q u a n d ils se s e r o n t rejoints, la science possible sera
a c h e v é e ; il n'y a u r a p l u s de c h i m è r e p o s s i b l e , plus d'espoir, plus
d ' e r r e u r s , p l u s de t h é o r i e s . On v e r r a a l o r s , à la fin, q u e ce g r a n d
m o u v e m e n t , c e t t e m i g r a t i o n de l'être v e r s le c o n n a î t r e , q u a n d le
c o n n a î t r e s e r a sur le point de se r é s o u d r e d a n s l'être, n'a été q u e
l'effet d'un certain é c a r t , qui s'est p r o d u i t il y a x siècles entre une
e x c i t a t i o n et une r é p o n s e , et qu'il a u r a fallu l'histoire entière de
22
l ' h u m a n i t é en tant q u ' e s p è c e p o u r c o m b l e r " .

¿ Q u é d e s t i n o p a r a el h o m b r e , c r i a t u r a h í b r i d a i n t e r m e d i a entre la
bestia y el á n g e l ? Vivir en un t e m p l o c u y a s c o l u m n a s son el d e s e o y
el d i s g u s t o , el h a s t í o . El H o m b r e , esa cosa i m p u r a . . .
Bien sé que V a l é r y no amaba los filósofos, p e r o hay contactos,
c o i n c i d e n c i a s q u e e s t á n más allá de toda información libresca. Aludo
a una e s t é t i c a que t a m b i é n veía en el a r t e una c o n s o l a c i ó n del vivir.

21 Id., p. 211.
22 Cahiers, 6, p. 914.
107
 Cierto q u e S c h o p e n h a u e r creía q u e l a s a r t e s p l á s t i c a s eran las funda-
m e n t a l e s , m i e n t r a s q u e Valéry s e p r o n u n c i a p o r la a r q u i t e c t u r a , la m ú -
sica, la p o e s í a , a l g o la p i n t u r a .
¿ Q u é e s el a r t e ? ¿ Q u é significa? Sin c o n s e g u i r velar s u s p r o p i o s
p u n t o s d e vista, bajo la a p a r i e n c i a d e u n a e x p o s i c i ó n objetiva, lo dice
23
él m i s m o . Un p r i m e r r a s g o q u e p o d e m o s s e ñ a l a r en la o b r a d e a r t e
es su inutilidad. Ya h e m o s visto c o m o existen formas d e la s e n s i b i l i d a d
q u e resultan superfluas del p u n t o d e vista d e la vida. La idea d e inutili-
d a d c o n d u c e a la d e arbitrario. Si n u e s t r o s m o v i m i e n t o s e s t u v i e r a n
d o m i n a d o s p o r reflejos, m o v i m i e n t o s i n d i s p e n s a b l e s p a r a la vida, lo
a r b i t r a r i o , e s decir, a q u e l l o d e lo cual s o m o s a r b i t r o s , d e s a p a r e c e r í a .

" L ' i n v e n t i o n d e l'Art a c o n s i s t é a e s s a y e r d e conférer a u x

u n e s ( l a s s e n s a c i o n e s inútiles) u n e s o r t e d'utilité; a u x a u t r e s ( l o s
24
actos arbitrarios) une sorte de nécessité".

C i e r t a s s e n s a c i o n e s q u e v i t a l m e n t e s o n inútiles tienen, sin e m b a r -

g o , u n a c u r i o s a c u a l i d a d : e n g e n d r a n el d e s e o d e s e r r e n o v a d a s , sin q u e
e x i s t a la n e c e s i d a d o r g á n i c a q u e lo exija. En el p l a n o e s t é t i c o s e p r o -
d u c e a s í un v e r d a d e r o W i e d e r h o l u n g s z w a n g , a c a s o p o r q u e el a r t e s e a
2 5
t a m b i é n u n a forma d e e v a d i r n o s del t i e m p o . El afán d e r e p e t i c i ó n
n o s i n d u c e a t r a t a r d e a l c a n z a r p o r el g o c e lo e t e r n o . La satisfacción
n o e x t i n g u e el d e s e o sino q u e lo h a c e r e n a c e r ; la r e s p u e s t a n o e x t i n g u e
la p r e g u n t a , la p r e g u n t a q u e e s d e m a n d a , s i n o q u e la r e g e n e r a . La
p o s e s i ó n n o t r a e la s a c i e d a d s i n o un a p e t i t o c r e c i e n t e d e la c o s a p o s e í -
d a y la s e n s a c i ó n e x a l t a s u e s p e r a . C ú m u l o d e c o n t r a d i c c i o n e s q u e se
e n c u e n t r a t a m b i é n en un a m o r ideal.

"Organiser un s y s t è m e d e c h o s e s s e n s i b l e s qui p o s s è d e cette

propriété, c ' e s t là l'essentiel d u p r o b l è m e d e l'Art; c o n d i t i o n
20
n é c e s s a i r e , m a i s fort loin d ' ê t r e s u f f i s a n t e " .

D e s c u b r i m o s a s í lo q u e p o d r í a l l a m a r s e u n a s e n s i b i l i d a d c r e a d o r a ,
q u e s u r g e n o d e la c u a l i d a d g n ó s t i c a d e n u e s t r a s s e n s a c i o n e s , g e n e -
r a l m e n t e d e p e n d i e n t e d e f a c t o r e s e x t e r n o s , sino d e u n a c u a l i d a d
pática, q u e t i e n e q u e v e r c o n la e x i s t e n c i a d e f o r m a s f a v o r a b l e s q u e
se d i s t i n g u e n y s e o p o n e n a l a s f o r m a s p o s i b l e s . En un p a s a j e d e
Eupalinos, S ó c r a t e s r e l a t a el h a l l a z g o del galet. Su c o n t a c t o , su s u a -
v i d a d , s u " b u e n a f o r m a " táctil, i n d u c e la c a r i c i a y el galet, m a t e r i a
de preguntas, de dudas, puede ser ahora materia de respuestas. ¿Qué
o t r a c o s a b u s c a r á el a r t e s i n o c r e a r f o r m a s q u e s a t i s f a g a n e s a s c o n -
diciones?

23 Avant-Propos a los T o m o s XVI y XVII de la Encyclopédis Française:

Arts et Littératures dans la Société Contemporaine.
24 O . C . , I., p. 1406.
25 En el sentido d e la Gjentagelse kierkegaardiana.
26 O . C , I . , p. 1407.

108
 P e r o falta lo m á s i m p o r t a n t e : el arte es un medio de combatir el
vacío. Es una reacción contra el vacío del tedio, contra el tedio del
vacío.
"La sensibilité, qui est son principe et sa fin, a horreur du
vide. Elle réagit s p o n t a n é m e n t contre la raréfaction d e s excita-
tions. T o u t e s les fois q u ' u n e durée s a n s occupation ni p r é o c c u p a -
tion s ' i m p o s e à l'homme, il se fait en lui un c h a n g e m e n t d'état
m a r q u é p a r une sorte d'émission, qui tend à rétablir l'équilibre
d e s é c h a n g e s entre la p u i s s a n c e et l'acte de la sensibilité. Le
t r a c e m e n t d'un décor sur une surface trop nue, la naissance d'un
c h a n t d a n s un silence trop ressenti, ce ne sont que des réponses,
d e s c o m p l é m e n t s , qui c o m p e n s e n t l'absence d'excitations - comme
si cette a b s e n c e , q u e n o u s e x p r i m o n s p a r une simple négation,
27
a g i s s a i t p o s i t i v e m e n t sur n o u s " .

Y Valéry, q u e en o t r o s m o m e n t o s ha s e ñ a l a d o c ó m o la obra de
a r t e a c t ú a c o m o el a r t e , s u g i e r e t a m b i é n que ella p r o d u c e sobre n o -
s o t r o s un cierto hechizo.
La s e n s i b i l i d a d no es u n a función p a s i v a que se satisfaga fácil-
m e n t e ; tiene t a m b i é n e x i g e n c i a s , v i r t u d e s p r o d u c t i v a s . H a y t o d o un
c o n j u n t o de f e n ó m e n o s de c o m p l e m e n t a r i d a d q u e la Estética estaría
l l a m a d a a resolver. La s e n s i b i l i d a d y la imaginación p a r e c e d o m i n a -
d a s p o r el W i e d e r h o l u n g s z w a n g , p e r o ¿ p o r q u é y p a r a q u é c u r a r l a s ?
Al fin d e c u e n t a s la vida no se e x h i b e d e l i c a d a m e n t e en el Encore. . . ! ,
en el encore d e la r e p e t i c i ó n ? . . . Y p o r la satisfacción de ese Encore!
e s t á d i s p u e s t a a p a g a r c u a l q u i e r p r e c i o , a realizar cualquier p a c t o .
L o s m i t o s se m e z c l a n : Orfeo, la S e r p i e n t e , S a t á n . . . T o d o s a c u d e n
a s a c i a r a p e t e n c i a s . E r o s se sirve d e Ellos, o Ellos se sirven de E r o s .
" T r e m b l e z , h u m a i n s , au sujet d e n ' i m p o r t e quel sujet!
S o n g e z q u e v o u s avez d e s o p i n i o n s , d e s c o n v i c t i o n s , d e s idées
n e t t e s - m a i s s o n g e z à tout ce à quoi v o u s n ' a v e z j a m a i s s o n g é
d a n s la d o m a i n e d e s c h o s e s m ê m e s a u x q u e l l e s v o u s avez le p l u s
28
réfléchi".

La s e d u c c i ó n lleva a p e n s a r , a p e n e t r a r en ese d o m i n i o . ¿ Q u é
a n h e l o m á s h o n d o q u e el Encore? Encore, o t r a vez repito, ver este
c ú m u l o de m a r a v i l l a s q u e a c a s o no sea sino u n a f a n t a s m a g o r í a :

"Soleil, s o l e i l ! . . . Faute éclatante!

T o i qui m a s q u e s la mort, Soleil.
S o u s l'azur et l'or d ' u n e t e n t e
Où les fleurs t i e n n e n t leur c o n s e i l ;
P a r d ' i m p é n é t r a b l e s délices,

27 O . C . , I . , p. 1409.
28 Cahiers, II, p. 164.
109
 T o i , le plus fier de m e s c o m p l i c e s ,
Et de m e s p i è g e s la plus h a u t ,
T u g a r d e s les c o e u r s de c o n n a î t r e
Q u e l'univers n ' e s t q u ' u n défaut
D a n s la p u r e t é du N o n - E t r e " . ( E b a u c h e d'un Serpent) . . . .

F a n t a s m a s , ilusiones, m e n t i r a s : n u e s t r o m u n d o . ¿ Q u i é n te ha h e c h o ,
hechicería i n m e n s a ? ¿ Q u é inventor m á s pérfido q u e el q u e es c a p a z
de i n v e n t a r lo que e s ?
" C a r Je v o u s invente, Moi, l'Inventeur de ce qui est, O r p h é e !
C ' e s t mon métier, c'est m a spécialité, i n v e n t e u r de ce qui est.' Je
s e n s ce qui est c o m m e le faisant. Je v o u s p o s s è d e p l u s q u e v o u s
ne s a v e z être. C o n c e v e z - v o u s c e c i ? V o u s ne v o u s c o n n a i s s e z , v o u s
ne v o u s devinez, v o u s ne v o u s c o n c e v e z ni i m a g i n e z au p o i n t q u e
je fais. V o u s êtes p l u s p o s s é d é q u e v o u s n ' e x i s t e z . V o y e z , é c o u t e z
ce p e n d u l e . J o u i s s a n c e ( v o l u p t é ) . C o n n a i s s a n c e . V o y e z c e t t e o s c i -
llation. Au p l u s b a s la v i t e s s e p l u s g r a n d e . E m o t i o n . C e t e m p s .
Il b a t d a n s la d o u l e u r , e n t r e la c o n n a i s s a n c e et la v o l u p t é . C e
29
p a s s a g e d e l'idée à l ' é t r e i n t e " .

¿ O r f e o y la S e r p i e n t e t r a b a j a n d o d e c o n s u n o ? ¿ P o r q u é n o ? ¿ Q u é
son las p o e s í a s sino carmina? ¿ Q u é e s el a r t e sino ficción? P e r o h a y
a l g o en e s t a ficción y en e s t e oficio q u e lo t o r n a s o m b r í o , u n a e s p e c i e
de t a r e a d e Sísifo, p o r q u e p a r a la c o n c i e n c i a n o h a y fin. La bella a p a -
riencia s e d u c e , e x t r a v í a , e x i g e el r e t o r n o , p e r o p a r a e m p e z a r d e n u e v o .

" . . . r o n g e u r qui s ' e n g e n d r e d e ce m ê m e qui doit ê t r e r o n g é .

H e u r e u x , h e u r e u x , si s e u l e m e n t c e t t e p e n s é e s'oubliait, se p e r d a i t
d a n s la foule et d a n s les s u i t e s . M a i s c o m m e n t ne se p e r d - e l l e p a s ?
Quel e s t l ' a r t i s t e et c o m p o s i t e u r du M a l qui si i n d u s t r i e u s e m e n t , si
a i s é m e n t , a v e c u n e s o r t e d ' é l é g a n c e effrayante le fait r e n a î t r e
d e t o u s les motifs, le retire d e t o u t e c h o s e et le r e p r é s e n t e s o u s
mille f o r m e s ? Quel m u s i c i e n d e t o r t u r e ! Q u e d e r e s s o u r c e s ! Il a le
30
m o n d e entier p o u r m o y e n d e r e t o u r , t o u s les m o t s r i m e n t p o u r l u i " .

Ley p r o f u n d a d e c o n t r a r i o s : O r f e o - A n t i Orfeo. Orfeo q u e n o d e s -

c a n s a , Orfeo c u y a lira n o se a q u i e t a y e n g e n d r a el t o r b e l l i n o , el c a o s
que e s el á m b i t o n a t u r a l del d e m o n i o . P e r o el c a o s h a b r á d e t r a n s f o r -
m a r s e en o r d e n p o r el l o g o s , p o r la i n t e l i g e n c i a , q u e d o m i n a el j u e g o
de los c o n t r a r i o s . U n a estrofa i n é d i t a de C h a r m e s lo s u g i e r e :
"Fondez, ô pureté! Palpite!
T o i t du m o n d e c h a r g é d ' a z u r !
Et q u e le ciel se p r é c i p i t e
D e s e s t r ô n e s d a n s le t o r r e n t .

29 Cahiers, 8, p. 362.
30 Id., 8., p. 469.

110
 Brillez, fleurs! Brûle, cime! Et te berce
G r a n d lac ou le monde renverse
Ses pics de neige et son flambeau!
L'univers est tellement vaste
( T e l l e m e n t l'univers est v a s t e )
Qu'il peut contenir le c o n t r a s t e
De s o i - m ê m e et de son t o m b e a u " .

La poesía, su poesía, una serie de e n c a n t a m i e n t o s , de Carmina,

Chants magiques. Liturgia, C h a r m e s o p o e m a s , Charmes, es decir:
p o e m a s . El a r r o b a m i e n t o matinal que los e n g e n d r ó debía llevar este
preludio:
" Q u ' i l est d'une fraîcheur sacrée c h a n t a n t e . Déchiffrer sa tris-
t e s s e g l a c é e , cette p u r e t é p r e s q u e voulue, cette vie qui s'essaye,
cette timidité r o n g e u r à peine sensible, froideur du tout espoir du
tout. A r b r e s e n c o r e e n d o r m i s . M a s s e s c o m m e s a n s feuilles. Mais
les c i m e s s ' é m e u v e n t , reviennent à elles. Une broderie d'oiseaux
et de c h a n t s d ' o i s e a u x d a n s l'altitude. Un ex c e l i s . . . Sonorité de
l'air froid. Fragilité du m o m e n t . Enfin le Dieu paraît sur cette
3 1
v e r r e qu'il e n f l a m m e ! "

Así c o m i e n z a el estado cantante, q u e es misión esencial del arte,

p r o v o c a r . H a y a l g o q u e n o s s u g i e r e q u e e s t a m o s en p r e s e n c i a de una
o b r a de a r t e : p o d e r p e n s a r q u e es a l g o q u e fue h e c h o y p u e d e ser re-
h e c h o a v o l u n t a d . M u c h o s o b j e t o s n a t u r a l e s p u e d e n producir esa im-
p r e s i ó n , de ahí q u e p e n s e m o s a la N a t u r a l e z a c o m o si fuera un artista.
La p a l a b r a " v o l u n t a d " p u e d e c h o c a r , p e r o resulta q u e q u i e n e s han
b u s c a d o y han l o g r a d o u n a acción m á s e n é r g i c a s o b r e los s e n t i d o s , q u e
h a n u s a d o m á s d e la i n t e n s i d a d , d e los c o n t r a s t e s , de las r e s o n a n c i a s , de
los t i m b r e s , q u e h a n c o m b i n a d o las e x c i t a c i o n e s irracionales de los
c e n t r o s s u p e r i o r e s y con el v a g o y el s i m p á t i c o , a q u e l l o s han s i d o t a m -
bién los m á s i n t e l e c t u a l e s , los m á s r a z o n a d o r e s , los m á s o b s t i n a d o s
en e s t é t i c a , c o m o D e l a c r o i x , c o m o W a g n e r , c o m o B a u d e l a i r e . . .
E s t a d o cantante, dijimos. T a m b i é n p o d r í a decirse estado poético.
La p o e s í a d e s i g n a un a r t e d o n d e el lenguaje es esencial, p e r o p o d e m o s
decir q u e p o e s í a e s el e s t a d o d e invención por la emoción. P u e d e h a -
b l a r s e de l u g a r e s , d e c i r c u n s t a n c i a s , de p e r s o n a s c o m o p o é t i c a s . Este
e s t a d o es un e s t a d o de resonancia.

"Je v e u x dire, m a i s c o m m e n t d i r e ? q u e t o u t le s y s t è m e de n o -
tre vie s e n s i t i v e et spirituelle s'en t r o u v a n t saisi, il se p r o d u i t une
s o r t e de liaison h a r m o n i q u e et r é c i p r o q u e entre nos impressions,
nos i d é e s , n o s i m p u l s i o n s , nos m o y e n s d ' e x p r e s s i o n , comme si
t o u t e s nos facultés d e v e n a i e n t t o u t à coup c o m m e n s u r a b l e s entre

31 Cf., J. Lawler, Lecture de Valéry, p. 12

 elles. Ceci se m a r q u e d a n s les o e u v r e s p a r une c o r r e s p o n d a n c e
m y s t é r i e u s e m e n t e x a c t e e n t r e les c a u s e s s e n s i b l e s , qui c o n s t i t u e n t
32
la forme et les effets intelligibles, qui s o n t le f o n d " .

E s a r e s o n a n c i a s u p r i m e el v a c í o c u y a i n s o p o r t a b i l i d a d p a r e c e ser
el factor decisivo p a r a el a d v e n i m i e n t o del a r t e . R e s o n a n c i a implica
a q u í la formación, la a p a r i c i ó n de u n a Stimmung d i c h o s a . T a n t o r e s o -
n a n c i a c o m o Stimmung s u g i e r e n una c i e r t a m u s i c a l i d a d , en la cual
d e s a p a r e c e la o p o s i c i ó n s u j e t o - o b j e t o , c o m o p u e d e h a c e r l o t a m b i é n
la p a l a b r a . T o d a s las a r t e s p u e d e n p r o v o c a r e s t e e s t a d o .

"Ainsi , d a n s Tordre p l a s t i q u e : l'homme qui voit se fait, se

sent tout à c o u p â m e qui c h a n t e ; et son é t a t c h a n t a n t lui e n g e n d r e
une soif d e p r o d u i r e qui t e n d à s o u t e n i r et à p e r p é t u e r le d o n de
33
l'instant".

L a s d i v e r s a s s e n s a c i o n e s t i e n d e n a s í a i n d i c a r la d e m o r a en las
i m p r e s i o n e s q u e p r o v o c a n , a o l v i d a r el a p u r o , a m a n t e n e r u n a cierta
d e l e i t o s a m o r o s i d a d d e la visión, del t a c t o , del o í d o , del olfato. Y así
el c o n j u n t o de e s o s efectos de tendencia infinita constituirá el orden de
las c o s a s e s t é t i c a s .
La vida c o t i d i a n a , la vida p r o s a i c a , es un prorsus, m a r c h a h a c i a
s u s o b j e t i v o s utilitarios. La v i d a p o é t i c a e s un versus, un volver n o s -
tálgico a una dicha anterior. Las obras de a r t e son u n a c o m b i n a c i ó n
de e s a s d o s c o s a s . R e s u l t a d o d e u n a a c c i ó n c u y o fin finito e s p r o v o c a r
en alguien desarrollos infinitos.
M e esfuerzo p o r llegar a r e s u l t a d o s , a c o n c l u s i o n e s , p e r o s ó l o
encuentro posibles desarrollos, asedios que no conquistan, intentos que
q u e d a n a m i t a d de c a m i n o . B u s c a r é e n t o n c e s s e g u i r el p r o c e s o en el
a l m a del c r e a d o r , en su e s t a d o cantante. M e c o n s u e l a del f r a c a s o r e -
c o r d a r q u e : " L e B e a u i m p l i q u e d e s effets d ' i n d i c i b i l i t é , d ' i n d i s c r i p t i -
bilité, d'ineffabilité". E s t é t i c a n e g a t i v a , p o r q u e lo Bello e s u n a m a g -
nitud n e g a t i v a .

D. U N NUEVO DISCURSO D E L M É T O D O

El a c t o q u e i n t e r p r e t a u n a o b r a y q u e m á s allá b u s c a c o m p r e n d e r
su c r e a d o r d e b e t e n d e r a u n a u n i d a d . E s t a u n i d a d p u e d e ser e n t e n d i d a
en d i v e r s o s s e n t i d o s . P u e d e t r a t a r s e del h a l l a z g o d e un c e n t r o ú n i c o
del cual t o d o lo c r e a d o n o e s s i n o d e s p r e n d i m i e n t o , fulgor, i r r a d i a c i ó n ,
o p u e d e t r a t a r s e , a u n q u e r e s u l t e un t a n t o p a r a d o j a l , de c o m p r e n d e r
en el g r a d o en q u e e s p o s i b l e h a l l a r la u n i d a d con el lector m i s m o .

32 Pièces sur l'Aart, p. 144.

33 Id., p. 150.
112
 Es e x t r a ñ o que autor o lector, artista y público, se h a y a n entendido
en el nivel en q u e a m b o s manejan un lenguaje de b a l b u c e o s , de e m o -
c i o n e s similares, p e r o que, allí d o n d e hubiera sido más lógico q u e se
e n t e n d i e r a n , allí d o n d e se usa un lenguaje racional, no se encuentren.
N o es n i n g u n a n o v e d a d decir q u e c u a n d o e s t u d i a m o s , c u a n d o
leemos s i m p l e m e n t e , nos c o m p l a c e hallar en el texto, dicho con p r e -
cisión, con h o n d u r a , con belleza, c o s a s q u e m á s o m e n o s confusamente
h a b í a m o s p e n s a d o o sentido.
"Rien ne p e u t n o u s séduire, rien nous attirer; rien ne fait se
d r e s s e r notre oreille, se fixer notre r e g a r d ; rien, p a r nous n'est
choisi d a n s la multitude des c h o s e s , et ne rend inégale notre â m e ,
qui ne soit, en q u e l q u e manière, ou p r é e x i s t a n t d a n s notre être,
34
ou a t t e n d u s e c r è t e m e n t p a r notre n a t u r e " .
La b ú s q u e d a de e s t a s u n i d a d e s , unidad c o m o centro, c o m o c o n -
junción, p r e s c i n d e de la d u r a c i ó n , de lo a n e c d ó t i c o , de las peripecias
q u e c o m p o n e n una biografía. Diría, incluso, q u e es la idea misma de
biografía, con el p e s o de ese b i o s inicial, lo q u e se d e s c a r t a , t r a t a n d o
d e h a l l a r en su l u g a r a l g o q u e está m á s allá de la vida, p e r o m á s
allá de la m u e r t e t a m b i é n .

"Vivre, c'est se t r a n s f o r m e r d a n s l'incomplet. La vie en ce

s e n s est tout a n e c d o t e s , détails, i n s t a n t s . La construction, au c o n -
traire, implique les c o n d i t i o n s a priori d'une existence qui pourrait
3 5
être T O U T A U T R E " .

H a b r í a q u e a h o n d a r en la p s i c o l o g í a del i n v e s t i g a d o r q u e a c u m u l a
d e t a l l e s , p a r t i c u l a r i d a d e s s o b r e la vida del h é r o e p a r a d e t e r m i n a r al
final q u e no era tan h é r o e y q u e t e r m i n a su o b r a con la s o n r i s a s a t i s -
fecha, s i g n o de la c o m p l a c e n c i a de h a b e r d e s t r u i d o un ídolo. E s q u e
las biografías se c a r a c t e r i z a n p o r h a c e r de los h é r o e s y de los genios,
s i m p l e s h o m b r e s . B u s c a r e m o s lo c o n t r a r i o : m o s t r a r lo i n h u m a n o en
lo t r i s t e m e n t e h u m a n o , lo q u e d e s b o r d a y s u p e r a el límite h a b i t u a l ,
p o r q u e a c a s o los límites de n u e s t r o y o no s e a n sino e s o : límites a r t i -
ficiales i m p u e s t o s p o r el h á b i t o . . .
N o h a y m e d i o s s e g u r o s p a r a c o m p r e n d e r las o p e r a c i o n e s de la
m e n t e h u m a n a o i n - h u m a n a ; p e r o la e n u m e r a c i ó n p r e t e n d i d a c o m p l e t a ,
aquella que procede e x h u m a n d o destellos, gestos, tonterías, debilida-
d e s a b s u r d a s a lo cual se p r e t e n d e d a r un s e n t i d o profundo, n o c o n d u c e
a n a d a . D e s d e l u e g o e s m á s fácil, m u c h o m á s fácil q u e hallar el centro
d e l i c a d o del cual t o d o se d e s p r e n d e , y al cual a d h i e r e t o d a la c o n s -
t r u c c i ó n o el p e n s a m i e n t o principal, p i e d r a a n g u l a r d e t o d o el edificio.
A l c a n z a r e s e c e n t r o e s a l c a n z a r un p u n t o d e c o n v e r g e n c i a , y el misterio

33 Eupalinos, p. 71.
35 O . C . , I., p. 1156.

113
comenzará a desvanecerse, aunque hay que distinguir misterios y mis-
terios. ¿ Q u é hay m á s misterioso que la claridad?
H a y un misterio q u e no es sino el n o m b r e p a r a la i g n o r a n c i a ,
asilo de la p e r e z a del intelecto q u e d o r m i t a , q u e s u e ñ a , p e r o q u e no
es c o n s c i e n t e d e su s u e ñ o ni de un m i s t e r i o q u e e s t á m á s allá de la
a t e n c i ó n s u p r e m a , del m i s t e r i o límpido, h e c h o p a r a ser a d o r a d o p e r o
no r e s u e l t o . D i a f a n i d a d q u e e x c l u y e la r e s i s t e n c i a , q u e a r r e b a t a al in-
telecto su p u n t o d e a p o y o , sin el cual no h a y m u n d o a l e v a n t a r . He
a q u í a A r q u í m e d e s r e d u c i d o a la i m p o t e n c i a . . . Y sin e m b a r g o ! A u n q u e
e s e e s t a d o n o s e a p r o l o n g a b l e , p a r e c e f o r m a r s e en el s e n o m i s m o del
t i e m p o , d e e s e t i e m p o ínsito al vivir q u e n o s a g o t a , n o s a l t e r a y n o s
aliena, s a n t u a r i o s d o n d e la d u r a c i ó n se d e t i e n e . Noli m e t a n g e r e . . . p a -
ra q u e el c o n o c e r y el ser se identifiquen, d o n d e la luz q u e se va y
q u e vuelve e s la m i s m a , d o n d e el silencio se p e r m u t a en silencio, al
m a r g e n del m u n d o y d e las h o r a s , en un m o m e n t á n e o N o e s i s n o e s e o s .
E s e n t o n c e s q u e s u r g e la p r e g u n t a q u e a s e d i a al c r e a d o r y al h o m b r e
q u e a b a n d o n a n su c o n d i c i ó n : n o la p r e g u n t a ¿ q u é s o m o s ? q u e la r e i t e -
ración ha t r i v i a l i z a d o , sino ¿ q u é o q u i é n e s s o m o s en e s o s i n s t a n t e s ?
D e s d i c h a d a o felizmente n o s o m o s en t r a n q u i l a c o n t i n u i d a d , en s e r e n a
monotonía.

" Q u i s o m m e s - n o u s p e n d a n t c e s a b î m e s ? Ils s u p p o s e n t la vie

8 6
qu'ils suspendent.. . "

Y p a r e c e c o m o si el ejercicio del intelecto q u e se a s u m e e n t e r a -

m e n t e a sí m i s m o , a la vez q u e s u p o n e la v i d a , la s u s p e n d e . H a y
q u e t e n t a r el p e n s a m i e n t o , p e r o con la s o s p e c h a d u b i t a t i v a d e q u e
el c o n o c e r y el c o m p r e n d e r p u e d a n u n i r s e .
En un p r i m e r m o m e n t o la a p e t e n c i a e n g e n d r a la euforia. C o m -
p r e n d e r es recrear. El a z a r , la d i s c o n t i n u i d a d son a b d i c a c i o n e s de la
inteligencia, desfallecimientos d e u n a v o l u n t a d q u e n o e s t á a ú n d i s -
p u e s t a . Inicia su m a r c h a u n a inteligencia q u e e s t á c o n v e n c i d a d e q u e
h a y un orden único, p e r o p r o n t o h a b r á d e d e s c u b r i r q u e e s e o r d e n
único no es sino u n o de los t a n t o s ó r d e n e s p o s i b l e s . N o h a b r á d e in-
m u t a r s e , el t a n t e o sigue la a s p i r a c i ó n h i p e r b ó l i c a . N u e s t r o u n i v e r s o
a c a s o sea uno de los t a n t o s p o s i b l e s , ni el m e j o r ni el p e o r . U n i v e r s o
no d e s i g n a el T o t a l fabuloso sino q u e se e n l a z a con Universal, e s decir,
el sentimiento de la p e r t e n e n c i a d e t o d o o b j e t o a un s i s t e m a q u e c o n -
tiene ( p o r h i p ó t e s i s ) con q u é definir t o d o o b j e t o .
El a c e n t o está p u e s t o sobre la c o n s t r u c c i ó n y la c o n s t r u c c i ó n su-
pone una especie de lógica, en el a n t i g u o s e n t i d o d e Organon, que
habrá de conducir p o r la serie de e x p e r i e n c i a s s e n s i b l e s a f o r m a r un
universo o un p e r s o n a j e . . . La teoría de la lógica, la teoría del Or-

36 Eupalinos, p. 30.

114
ganon, obsesiona a Válery desde un primer momento. Así le escribe
a Mallarmé:
"J'ai s o n g é , simplement, cher Maître, à c o m p r e n d r e d a n s une
même figure — t o u t ce qui, en toute chose, est le M o y e n — ou,
depuis la bêche, la plume, la parole, la flaute, j u s q u ' a u x fugues
et au calcul intégral — u n e théorie de l'Instrument. L'homme fait
p r e s q u e tout pour n'y plus p e n s e r — et s'en servir. C'est par son
oubli qu'un objet nous est précieux. Ainsi, d a n s une entreprise,
q u e l'on raisonne ce q u ' i l n'y faudra p a s raisonner et le point
délicat du t e m p s où toute pensée relative à ce qu'on est en train
de faire, sera funeste.
Eh bien, ce lieu intellectuel, d'où l'on aperçoit une fois de
plus son m o n d e m ' a u r a i t sollicité à sa simplicité à sa p u r e t é con-
3 7
venables. . . "

E n c o n t r a r ese lieu intellectuel significa e n c o n t r a r la sede de lo

c o n d i c i o n a n t e . Y así, una vez q u e se ha a n a l i z a d o lo c o n d i c i o n a d o
( t e o r í a s , h e c h o s estéticos, p o e m a s , filosofemas) se llega a la concien-
cia p o e t i z a n t e m i s m a , c o n d i c i o n a n t e p u r a , a u t ó n o m a , que se rige por
sus p r o p i a s leyes.
E v i d e n t e m e n t e , el m o d e l o a elegir, a u n q u e sea el m á s g r a n d e , e s
un p r e t e x t o a u n q u e se t r a t e de L e o n a r d o , de B o n a p a r t e , de Dupin.
Eligió L e o n a r d o a c a s o p o r q u e d e m a s i a d o cerca de Dupin, s a b í a q u e
iba a e n g e n d r a r a M. T e s t e . P e r o t o d o s son mitos, mitos p e r m u t a b l e s por
i d e a s . N a r c i s s e , Athikté, la diosa de Au Platane, el Hércules de Ode
38
Secrète, carecen de i n d e n t i d a d p e r s o n a l .
Lo q u e se b u s c a es un nivel del cual lo h u m a n o sea un d e s c e n s o ,
un desfallecimiento, una i m a g e n a l t e r a d a , a t r a í d a por un orden que
les es ajeno. P o e y Valéry se p r o p o n e n la o b r a c o m o un ejercicio
del espíritu h a s t a los límites de su p o d e r , t r a t a n d o de h a c e r r e t r o c e d e r
e s o s límites. E s u n a v o l u n t a d de c r e a r q u e no q u i e r e q u e en lo c r e a d o
a p a r e z c a n a d a q u e el espíritu no r e c o n o z c a c o m o s u y o .
El P o e de q u e h a b l a m o s n o es sólo el P o c de T h e Philosophy of
Composition, T h e Poetic Principie, sino y s o b r e t o d o , el P o c de T h e
Purloined Letter. La dificultad inicial en el a s u n t o r a d i c a b a en q u e el
a s u n t o era very simple and e x c e s s i v e l y o d d ; the mystery little t o o plain,
t o o self-evident. Se a d v i e r t e e n t o n c e s q u e p a r a resolver e s o s misterios,
el r a z o n a m i e n t o o el intelecto d e b e c o l o c a r s e en la m i s m a posición

37 Lettres a Quelcmes-uns, p. 48-9.

38 "Et le Napoléon, le Louis XIV, le César des HP (Histoire-Politique)
n'y entrent pas différemment. C'est-à-dire que tout personnages historiques qu'ils
sont ou protohistoriques, une fois saisis dans le mécanisme, devenus à leur tour
objets de pensée, ils vont user sur eux-mêmes de leur pouvoir de métamorphose;
le poète les trouvera autres à des étapes différentes, prêts à accompagner de
leurs changements les modifications de son tracé". L. J. Cain, Trois Essais sur
P. Valéry, p. 79.

113
 del a d v e r s a r i o , de quien a c a s o h a b r í a q u e p e n s a r c o m o p e n s a b a E i n s -
tein de Dios al c o n t e m p l a r los e n i g m a s del u n i v e r s o : Der Herr Gott ist
raffiniert aber boshaft ist er nicht. C u a n d o D u p i n formula r e p r o c h e s
al Prefecto le r e p r o c h a en el fondo no h a b e r sido c a p a z de l o g r a r la
i m p e r s o n a l i d a d de la inteligencia, q u e p u e d e t o m a r la forma del c á l -
culo m a t e m á t i c o o del cálculo p o é t i c o , l o g r a n d o así la g e n e r a l i d a d
a u t é n t i c a y n o la g e n e r a l i d a d falsa. " A s p o e t and m a t h é m a t i c i e n he
(el M i n i s t r o D.) w o u l d h a v e been at the m e r c y of the P r e f e c t " .
En d e t e r m i n a d o m o m e n t o r e c u e r d a Dupin c ó m o , e s p e c i a l m e n t e en
F r a n c i a , se identificó a n á l i s i s y á l g e b r a . Dupin ( P o e ) b u s c a d a r l e
al t é r m i n o a n á l i s i s una e x t e n s i ó n m a y o r : "I d i s p u t e t h e availability,
a n d t h u s t h e v a l u e , of t h a t r e a s o n w h i c h is c u l t i v a t e d in a n y s p e c i a l
form o t h e r t h a n the a b s t r a c t l y logical. I d i s p u t e , in p a r t i c u l a r , t h e r e a -
3 9
son e d u c e d b y m a t h e m a t i c a l s t u d y " . E s a limitación de l a s m a t e m á -
ticas lleva a un m é t o d o de m a y o r g e n e r a l i d a d , q u e p e r m i t i ó v e n c e r
al M i n i s t r o " . . . I k n e w him, h o w e v e r , a s b o t h m a t h é m a t i c i e n a n d p o e t ,
a n d m y m e a s u r e s w e r e a d a p t e d to his c a p a c i t y " .
C o m p r e n d e r la m e n t a l i d a d del a u t o r de T h e Raven, n o s llevan a
la Characteristica Universalis, a la M a t h e s i s Universalis, la d e las
O l y m p i c a : Cum plenus forem Enthusiasmo & Mirabilis Scientiae Fun-
damenta reperirem & C . . .
D e s c a r t e s p u d o h a b e r s u s t i t u i d o a L e o n a r d o . En cierto m o d o fue
t a m b i é n su m o d e l o

" J ' a i p e u r ou h o r r e u r d e s m a x i m e s , i n v o c a t i o n s ou i n s i n u a t i o n s
q u e les l i t t é r a t e u r s g l i s s e n t d a n s leur l i t t é r a t u r e p o u r s i m u l e r d e
la p h i l o s o p h i e . La c o m b i n a i s o n d e ces o r d r e s d i v e r s e s d e m a n d e -
rait un g é n i e s p é c i a l j u s q u ' à ce j o u r inédit c a r cela n ' a j a m a i s
été fait. Il y a eu un éclair, a v a n t la p r o f o n d e differentiation d e
40
ce siècle, a u x p r e m i è r e s p a g e s du D i s c o u r s de la M é t h o d e " .

T a l vez n o t u v o p a c i e n c i a Valéry. A c a s o h u b i e r a e n c o n t r a d o en
D e s c a r t e s t o d o s los e l e m e n t o s q u e n e c e s i t a b a , a s i s t i e n d o a la a s c e s i s
41
p r o g r e s i v a del Y o q u e b u s c a la i m p e r s o n a l i d a d a b s o l u t a . De cual-
q u i e r forma, un P o e m á s p r ó x i m o al P o e d e L a c a n q u e al d e M a r i e
B o n a p a r t e , c u m p l i ó e s a t a r e a . P o e le s u g i r i ó la n e c e s i d a d d e la c o n -
sistency.
" S e l o n lui, la vérité q u ' i l r e c h e r c h e ne p e u t ê t r e s a i s i e q u e
p a r u n e a d h é s i o n i m m é d i a t e à u n e intuition telle, q u ' e l l e r e n d p r é -
s e n t e , et c o m m e s e n s i b l e à l'esprit, la d é p e n d a n c e r é c i p r o q u e d e s
p a r t i e s et d e s p r o p r i é t é s du s y s t è m e qu'il c o n s i d è r e . C e t t e d é p e n -

39 T h e Purloined Letter, T h e Viking Portable Library, p. 454.

40 Lettres à Quelques-uns, p. 5 1 .
41 O . C . , I., p. 855.

116
 dance réciproque s'étend aux états successifs du s y s t è m e ; la c a u -
42
salité y est s y m m é t r i q u e " .
T a m b i é n pensó Valéry la poesía como una explicación del mundo,
delicada y bella, contenida en una música singular y continua. Es la
a n a l o g í a q u e constituye el m u n d o del poeta.
' i l précise Techo mystérieux des choses, et leur secrète h a r -
monie aussi réelle, aussi certaine qu'un r a p p o r t m a t h é m a t i q u e à
tous esprits artistes, c ' e s t - à - d i r e , idéalistes violents. . .
Alors s'impose la conception s u p r ê m e d'une haute s y m p h o n i e ,
u n i s s a n t le m o n d e qui nous entoure au m o n d e qui nous h a n t e ,
construite selon une rigoureuse architectonique, a r r ê t a n t des types
simplifiés sur le fond d'or et d'azur, et libérant le poète au p e s a n t
s e c o u r s de b a n a l e s p h i l o s o p h i e s , et des fausses t e n d r e s s e s , et des
4 3
descriptions inanimées . . . "
En el título del célebre e n s a y o , el a c e n t o p u e s d e b e p o n e r s e en
la noción de m é t o d o , en lugar del n o m b r e p r o p i o . Su tendencia a n t i -
44
biográfica se justifica e n t o n c e s .
" L ' e m b a r r a s de devoir écrire sur un g r a n d sujet me c o n t r a i g -
nit à c o n s i d é r e r le p r o b l è m e et à l'énoncer a v a n t q u e de me mettre
à le r é s o u d r e . Ce qui n'est p a s , g é n é r a l , le m o u v e m e n t de l'esprit
littéraire, lequel ne s ' a t t a r d e p a s à m e s u r e r l ' a b î m e q u e sa nature
45
est de f r a n c h i r " .
P o e o D u p i n o L e o n a r d o : p r e t e x t o s . P r e t e x t o s p a r a no a c e p t a r
la p s e u d o - e x p l i c a c i ó n q u e ofrecen c o n c e p t o s c o m o misterio, genio, i n s -
p i r a c i ó n . . . En l u g a r de e s o se p r o p o n e Valéry b u s c a r lo a n ó n i m o , el
t é r m i n o a n - h i p o t é t i c o del a n á l i s i s r e g r e s i v o , el Ich denke, d o n d e el Yo
p a r e c e un inevitable e l e m e n t o lingüístico del cual h a d e s a p a r e c i d o t o d a
la g a n g a p s i c o l ó g i c a y t o d a v i d a h a s i d o s u s p e n d i d a . B u s c a r d e t r á s
d e l a s o p o s i c i o n e s v u l g a r e s d e ciencia y a r t e u n a serie de o p e r a c i o n e s
del e s p í r i t u . L l e g a r a é s t a s p a r t i e n d o de f r a g m e n t o s , de los r e s t o s de
u n a l a b o r q u e e s sutil, refinada, p e r o no p e r v e r s a . B u s c a r las c o n e x i o -
n e s , los v í n c u l o s d e t e r m i n a d o s ( ¿ l o e s t á n a c a s o ? ) q u e e v o c a n l a s c o -
n e x i o n e s del m u n d o físico, p e r o q u e la inteligencia a d v i e r t e c o m o
i r r e m e d i a b l e m e n t e c o n t i n g e n t e s , c o m o m e r o s p o s i b l e s de un j u e g o de
c o m b i n a c i o n e s q u e se c o n t i n ú a infinitamente. E x p l i c a r la contingencia
o justificarla es v a n a t e n t a t i v a . La Ueberdeterminierung e s un disfraz
d e la i g n o r a n c i a . . .
P e r s e g u i r a l g o q u e e s t á m á s allá d e las i m á g e n e s o a c a s o más
allá de las i d e a s m i s m a s , a q u e l c e n t r o d e l i c a d o d o n d e m o r a el poder

42 Id., p. 857.
43 Lettres, p. 47.
44 En el mismo sentido en Degas, Danse, Dessin, p. 12.
45 O. C , I., p. 1153, m.

117
ideante, p o d e r i d e a n t e q u e a d v i e r t e la c o n t i n g e n c i a , la n o - i n e v i t a b i l i -
d a d de c i e r t a s i m á g e n e s , la p a s i ó n con q u e las r e c i b i m o s . El m u n d o
p s í q u i c o se e x p r e s a p o r m e t á f o r a s q u e t o m a m o s al m u n d o s e n -
sible, y e s p e c i a l m e n t e a los a c t o s y a las o p e r a c i o n e s q u e p o d e m o s
efectuar físicamente. T o d o e s o es t a r e a ; t a r e a q u e es condición de la
s i n c e r i d a d , de la p l e n a lucidez y q u e en su d i m e n s i ó n m á s h o n d a
tiene al p r o p i o sujeto p o r t e m a . La P r e g u n t a : " C o m m e n t p e u t - o n ê t r e
P e r s a n ? " se c o n t e s t a con o t r a : " C o m m e n t p e u t - o n ê t r e c e q u e Ton
4 6
est?" Y p a r e c e q u e c u a n d o se s u p r i m e t o d o lo q u e viene de lo social
( q u e p a r e c e c a r n a v a l e s c o ) , t o d o lo q u e es h u m a n o , d e m a s i a d o h u m a -
no, se d e s c u b r e c o m o una s i n g u l a r i d a d ridicula. La a s c e s i s p a r e c e ser
un a r r a n c a r s e la m á s c a r a . . .
La s i n c e r i d a d a nivel p e r s o n a l y la s i n c e r i d a d en la o b r a son d o s
a s p e c t o s del m i s m o p r o b l e m a .

P e u t - ê t r e I ' a c c r o i s e m e n t de la c o n s c i e n c e de soi, l ' o b s e r v a t i o n

c o n s t a n t e d e m o i - m ê m e c o n d u i s e n t - e l l e s à se t r o u v e r , à se r e n d r e
d i v e r s ? L ' e s p r i t se multiplie e n t r e s e s p o s s i b l e s , se d é t a c h e à
c h a q u e i n s t a n t de ce qu'il vient d ' ê t r e , reçoit ce qu'il vient de dire,
vole à l ' o p p o s i t e , se r é p l i q u e et a t t e n d l ' e f f e t . . . Se c o n n a î t r e n ' e s t
47
q u e se p r é v o i r ; se p r é v o i r a b o u t i t à j o u e r un r ô l e " .

C u a n d o V a l é r y d e n u n c i a e s e p e l i g r o en S t e n d h a l , e s en sí m i s m o
en quien p i e n s a el dilema d e S t e n d h a l : g u s t a r , e n t r a r en la gloria p o r
un l a d o y p o r o t r o , la v o l u p t u o s i d a d de ser sí m i s m o , p a r a sí m i s m o ,
ú n i c a m e n t e s e g ú n él m i s m o . V a n i d a d literaria p o r un l a d o , o r g u l l o a b -
soluto p o r o t r o , d e q u i e n n o q u i e r e d e p e n d e r s i n o d e sí. D r a m a del
p a r e c e r y el ser, conflicto d e lo q u e e s h u m a n o , d e m a s i a d o h u m a n o ,
y lo q u e se d e s p r e n d e de lo h u m a n o . Y el c a m i n o q u e h a d e s e g u i r e s :
t r a n s f o r m a r s e en a q u e l ser fuerte y p u r o q u e e x i g e ser ú n i c o . El S o l i -
tario e s la c u l m i n a c i ó n .
O t r o tipo d e i n t e r r o g a n t e s : " e s t - i l p o s s i b l e d e faire q u e l q u e c h o s e
4 8 49
s a n s c r o i r e q u e Ton fait u n e a u t r e ? " Sí, es p o s i b l e . La o b r a d e
P o e es la p r u e b a . ¿ L a d e L e o n a r d o ? ¿ L a de D e s c a r t e s ? Sí y n o . C i e r -
t o s m o m e n t o s de D e s c a r t e s van en su m i s m a d i r e c c i ó n .

" . . . ni la p a s s i o n de c o m p r e n d r e et d e se s o u m e t t r e p a r u n e
voie toute nouvelle les m y s t è r e s d e la n a t u r e , ni l ' é t r a n g e c o m b i -
naison de l'orgueil intellectuel le p l u s d é c i s i o n n a i r e et le p l u s c o n -
vaincu d e son a u t o n o m i e a v e c les s e n t i m e n t s d e la p l u s s i n c è r e

46 O . C . , I., p. 514.
47 O . C . , I., p. 558.
48 Id., p. 1157.
49 Posible pero difícil. "L'auteur est l'homme du monde le plus mal placé
pour connaître ce que les autres appellent son oeuvre. Même des plus conscients
et des plus critiques, ont pu dire des auteurs qu'ils ne savent ce qu'ils font".
La Création Artistique, p. 294.

118
 dévotion, ni la q u a s i - c o e x i s t e n c e ou la succession immédiate d'un
état qui d o n n e la plus g r a n d e importance à d e s s o n g e s ne peuvent
j a m a i s p e r d r e tout l'intérêt qu'excite la vie mentale même - je veux
dire cette fluctuation q u e ne tend qu'à conserver le possible, et
50
q u ' y efforce, à c h a q u e instant, p a r tout m o y e n s " .

P e r o el filósofo D e s c a r t e s , en c u a n t o filósofo sistemático - y a c a s o

h a b r í a q u e decir en c u a n t o filósofo, es decir, c u a n d o se quiere c o n s i d e -
rar la filosofía c o m o algo m á s q u e un ejercicio del p e n s a m i e n t o s o b r e
5 1
sí mismo es el q u e despierta las r e s e r v a s de Valéry. Sería muy d i s -
cutible si D e s c a r t e s , el filósofo de la m á s c a r a , se la sacó efectivamente.
Ut comoedi, moniti, ne in fronte appareat pudor, personam induunt: sic
e g o , hoc mundi theatrum conscensurus, in quo hactenus spectator exstiti,
52
larvatus p r o d e o .
¿ Q u é tiene de e x t r a ñ o e n t o n c e s q u e Valéry considere q u e t o d o
s i s t e m a es una e m p r e s a del espíritu contra sí m i s m o ? ¿ P o r q u e una o b r a
e x p r e s a no el ser de un autor sino una voluntad de a p a r e c e r ( a p a r e n -
t a r ) q u e elige, e n m a s c a r a , e x a g e r a ? Es fácil notar q u e el artificio
aquí, la alteración de la sinceridad, es de una índole distinta de aquella
q u e e n c o n t r a m o s en el a r t e . La filosofía no es diáfana p o r q u e vela s u s
e n s a m b l a d u r a s artificiosas; el a r t e las i m p u t a a la inspiración.
H a y una lógica q u e ha q u e d a d o d e s a t e n d i d a : la lógica de la i n t e -
ligencia en c u a n t o ella c o n s t i t u y e un i n m e n s o universo lírico, la lógica
d e la sensibilidad intelectual, d o n d e el dolor y la dicha tienen otro
s e n t i d o , p e r o n o m e n o s r e a l i d a d q u e a q u e l l a o t r a d o n d e la afectividad
e s t á e n r a i z a d a en los instintos.
La b ú s q u e d a de la Consistency deja p a s o a la b ú s q u e d a de un
s i s t e m a de n u e s t r o s p o d e r e s , en la cual se a d v i e r t e una o b s e s i ó n p o r
la u n i d a d del m é t o d o q u e d e s d e a q u e l l a Carta a M a l l a r m é no lo h a
a b a n d o n a d o . La lógica tal c o m o Valéry la c o n c i b e implica por un l a d o
los materiales y l u e g o su s o m e t i m i e n t o a una instancia j u d i c a t o r i a .
P e r o p a r a q u e el a n á l i s i s reflexivo p u e d a llevarse a c a b o d e b e o p e r a r s e
u n a r e d u c c i ó n : t o d o lo q u e es i m a g e n , s e n s a c i ó n , idea, d e b e ser llevado
al nivel de la Idea. Unde colligitur, Methodum nihil aliud e s s e nisi
3
cognitionem reflexivam, aut ideam i d e a e .
El p e n s a m i e n t o , e s a profunda, c o n t i n u a d a a t e n c i ó n , o p e r a una r e -
d u c c i ó n , u n a i g u a l a c i ó n , a la cual los m a t e m á t i c o s n o s tienen a c o s t u m -
b r a d o s y q u e posibilita utilizar la ley de c o n t i n u i d a d o hallar el s i s t e m a
de nuestro poderes.

" L a c o n s c i e n c e d e s p e n s é e s q u e l'on a, en t a n t q u e ce sont

d e s p e n s é e s , est de r e c o n n a î t r e c e t t e s o r t e d'égalité ou d'homo-

50 O . C . , I., p. 817.
51 O.C., I., p. 815.
52 Descartes, X, p. 213.
53 Spinoza, Int. Em., I, 13.

119
 g é n é i t é ; de sentir q u e t o u t e s les c o m b i n a i s o n s de la s o r t e sont
légitimes, naturelles, et q u e la m é t h o d e c o n s i s t e à les exciter, à
r>4
les voir a v e c précision, à c h e r c h e r ce q u ' e l l e s i m p l i q u e n t " .

La reducción m e n c i o n a d a es a q u í visible ( q u a c o g i t a t a ) ; implica

una forma de simplificación. S e n t i m i e n t o s , e m o c i o n e s , s e n s a c i o n e s , son
c o n s i d e r a d o s bajo un c o m ú n d e n o m i n a d o r . E s t e p r o c e s o s u p o n e a b a n -
d o n a r lo q u e se p o d r í a llamar el e s t a d o n a t u r a l del p e n s a m i e n t o . ¿ C u á l
es ese e s t a d o ? No resulta fácil decirlo. A b a n d o n a r l o significa c o l o c a r s e
c o m o e x t r a ñ o a él o mejor dicho, sentirlo c o m o e x t r a ñ o . E s b u s c a r
la s u p r e s i ó n de i n e x a c t i t u d e s , de c o n t i n g e n c i a s . Lejos de e n t r e g a r s e a
los d a t o s i n m e d i a t o s , h a y una v o l u n t a d de refus, de no c o n s e n t i m i e n t o .
E s t a e p o k é se ejerce s o b r e lo i n m e d i a t o e x t e r n o p e r o t a m b i é n s o b r e lo
i n m e d i a t o interior. Se delimita así un forum i n t e r n u m , un t h e a t r u m
i n t e r n u m , d o n d e las d r a m a t i s p e r s o n a e son las e m o c i o n e s , p a s i o n e s
sensaciones, ideas, i m á g e n e s . . .

" F o r t e de c e t t e e s p è c e d ' i n d é p e n d a n c e et d ' i n v a r i a n c e q u ' e l l e

est c o n t r a i n t e de s ' a c c o r d e r , elle se p o s e enfin c o m m e fille d i r e c t e
et r e s s e m b l a n t e de l'être s a n s v i s a g e , s a n s o r i g i n e , a u q u e l i n c o m b e
et se r a p p o r t e toute t e n t a t i v e du c o s m o s . . . E n c o r e un peu, et elle
ne c o m p t e r a i t plus c o m m e e x i s t e n c e s n é c e s s a i r e s q u e d e u x e n t i t é s
e s s e n t i e l l e m e n t i n c o n n u e s : Soi et X. T o u t e s d e u x a b s t r a i t e s de tout,
i m p l i q u é e s d a n s tout, i m p l i q u a n t tout. E g a l e s et c o n s u b s t a n t i e -
85
lles".

A la e x i s t e n c i a se o p o n e el o r d e n d e lo p o s i b l e , d e la i m p l i c a n c i a ,
de la p o t e n c i a l i d a d . Si h a y q u e o p t a r e n t r e la m o v i l i d a d l á c t i c a , la
movilidad d e la s t r e a m of t h o u g h t y la m o v i l i d a d lógica, la d e las
ideas se p r o n u n c i a r á p o r e s t a última. C o m o lo h a c í a M. T e s t e , h a b r í a
q u e distinguir e n t r e el ser m e r a m e n t e fáctico y el s e r s e , q u e s u p o n e u n a
reflexión q u e no es p u r a m e n t e v e r b a l .
El p e n s a m i e n t o q u e se fija, p r o v o c a a l g o así c o m o u n a h i p n o s i s ,
se manifiesta c o m o m o n o t o n í a en el a r t e ; es el q u e funciona p o r u n a
dinámica d e inercia. H a y t a m b i é n en e s t a ó r b i t a , r o z a m i e n t o s y d e s -
g a s t e s q u e h a c e n q u e fácilmente se d e t e n g a , se e s t a n q u e . D e a h í la
h o n d u r a de su e x p r e s i ó n s o b r e el significado del p r i m e r v e r s o , q u e Du
Bos se a p r e s u r a a i n t e r p r e t a r en la p e r s p e c t i v a c l a u d e l i a n a , c u a n d o
m á s bien es en la p e r s p e c t i v a c a r t e s i a n a q u e d e b i e r a h a c e r s e .
No h a y a q u í un d e s a r r o l l o lineal. En el o r d e n del p e n s a m i e n t o
p a r e c e m a n i f e s t a r s e u n a a m b i g ü e d a d similar a la d e c i e r t a s i l u s i o n e s
ópticas, p e r o a q u í e n c o n t r a m o s n o u n a m e r a d u a l i d a d , s i n o u n a infinitud
de i n t e r p r e t a c i o n e s . La t a r e a es e n c o n t r a r la ley q u e las rige.

54 O.C., I. p. 1162.
55 O.C., I., p. 1222.
120
 " L e sens dont je parle et qui mène l'esprit à se prévoir soi-
" m ê m e , à imaginer l'ensemble . . . d a n s le détail et l'effet de la
50
succession ainsi résumée, est la condition de toute g é n é r a l i t é " .

Ese sentido es el que se pone de manifiesto en el r a z o n a m i e n t o

7
m a t e m á t i c o . Allí el tiempo a d q u i e r e un sentido especial.'' Sin d u d a
se p u e d e h a b l a r de un primo, secundo, tertio. . . pero sin que sea m e n e s -
ter recurrir a la paciencia y e s p e r a r que el azúcar se disuelva; secundo
está implícito en primo. El tiempo lógico ignora las vicisitudes y mi-
s e r i a s del tiempo histórico. Por lo m e n o s nos da la ilusión de h a b e r
a l c a n z a d o lo eterno. A p r o p ó s i t o de su célebre r a z o n a m i e n t o por recu-
rrencia c o m e n t a b a P o i n c a r é : "J'ai été aussi loin que possible d a n s le
chemin q u e nous éloigne de la réalité et qui nous conduit à un d o m a i n e
où régnent les formes p u r e s et la rigueur a b s o l u e " . Esta afirmación
se enlaza con el c o m e n t a r i o de Valéry:

" M o n opinion est q u e le secret de ce r a i s o n n e m e n t ou induc-

tion m a t h é m a t i q u e réside d a n s une sorte de conscience de l'indé-
68
p e n d a n c e d'un acte p a r r a p p o r t à sa m a t i è r e " .

La c o n s i d e r a c i ó n formal n o s alejará de la c o n s i d e r a c i ó n d e la
P h y s i s , de la Natura, tal c o m o la e n t e n d í a n los p r i m e r o s p e n s a d o r e s j ó -
nicos, los R e n a n c e n t i s t a s , p a r a llevarnos a la concepción crítica. Natura
d e s i g n a b a o r i g i n a r i a m e n t e el conjunto de los seres vivos, luego a d q u i r i ó
un s e n t i d o a ú n m á s a m p l i o , p a s a n d o a d e s i g n a r el T o d o . D e s i g n a el
59
o r i g i n a r s e , el p r o c e s o de la vida, el devenir v i v i e n t e .
¡Y m u n d o ! ¡ C ó m o olvidar la d e s p o e t i z a c i ó n q u e el p e n s a m i e n t o
m o d e r n o llevó a c a b o con e s a noción de mundus: a d o r n o , embelleci-
m i e n t o , c o m o el k o s m o s g r i e g o . M u n d o es el cielo y los a s t r o s q u e lo
a d o r n a n . Mundus es T e m p l u m ; contemplatio vierte así theoria, limi-
t a n d o el ver a una región d e t e r m i n a d a , el ver un c o n t o r n o . El témenos,
el l u g a r divino, s u p o n e un tmeno, un r e c o r t a r . Ver s u p o n e cortar, d e -
limitar. La inteligencia ó p t i c a d e s l i n d a , d i s t i n g u e , fija c o n t o r n o s , ve
s i e m p r e f o r m a s , mira las i d e a s . . . El intelecto p o c o a p o c o va s u s t i -
t u y e n d o a los ojos.

" L a p l u p a r t d e s g e n s y voient p a r l'intellect bien p l u s souvent

6 0
q u e p a r les y e u x " .

56 Id., p. 1162-3.
57 .. TAlgebre est aussi une Morphologie, et une génération en quelque
sorte organique du nombre, dont elle définit les espèces, les transformations, la
structure. O. C., I., p. 545.
58 Id., p. 1163 m.
59 Valéry no piensa la naturaleza independiente del espíritu. Cf. Caín, op.
cit., p. 75.
60 O . C . , I., p. 1165.

121
 La c o d i c i a visual, el noein, deja p a s o a la codicia táctil, prehensil,
61
al c a p e r e . . . Y el c o n c e p t o f u e .

" L ' h o m m e universel c o m m e n c e , lui a u s s i , p a r c o n t e m p l e r

s i m p l e m e n t , et il revient
retourne aux ivresses de
d o n n e la m o i n d r e c h o s e
si bien c l o s p a r t o u t e s
0 2
m a n i è r e t a n t d'effets".
t o u j o u r s à s ' i m p r é g n e r de s p e c t a c l e s . II
l'instinct p a r t i c u l i e r et à l'émotion q u e
réelle, q u a n d on les r e g a r d e t o u s d e u x ,
leurs q u a l i t é s et c o n c e n t r a n t de toute

P a r e c e i n c r e í b l e q u e e s t o lo afirme el m i s m o h o m b r e q u e h a b í a
s o s t e n i d o q u e el e n t u s i a s m o n o es un e s t a d o de a l m a del escritor. ¡Qué
lejos p a r e c e e s t a r el h o m b r e u n i v e r s a l d e a q u e l S ó c r a t e s q u e se decía
estéril en s a b i d u r í a ! E s t e vuelve a los e s p e c t á c u l o s , a n s i o s o de i m p r e g -
n a r s e d e ellos. El h o m b r e u n i v e r s a l e s el a n t i - S ó c r a t e s q u e a n h e l a c o n -
c e b i r , s e r f e c u n d a d o , q u e b u s c a el a g u i j ó n ( i n s t i n t o ) p a r t i c u l a r al cual
d e s c i e n d e d e s d e su u n i v e r s a l i d a d m i s m a , q u e se c o n - m u e v e a n t e la c o s a
real m á s i n s i g n i f i c a n t e .
El p a s a j e r e b o s a d e v e r b o s en los c u a l e s se a d v i e r t e u n a a c t i v i d a d .
E s él, s i e m p r e él, q u e se e x p o n e a lo p a r t i c u l a r , a la s i n g u l a r i d a d , c o m o
u n a a r a ñ a q u e e x t i e n d e su tela en d o n d e ha d e p r o d u c i r s e la e m o c i ó n ,
el m o v i m i e n t o d e l a t a d o r . T o d a v í a e s t a m o s lejos del é x t a s i s de la s e n -
s a c i ó n . A q u í la e m b r i a g u e z del i n s t i n t o es c o n s e c u e n c i a d e la e m b r i a -
g u e z d e la i n t e l i g e n c i a , p e r o e s en el ínter q u e d e b e m o s p e n s a r ; el
r e s t o e s c o n t i n g e n t e . P u e d e ser un leer, un ligar, un e m p l a z a r , un j u g a r ,
p e r o es el légère el q u e e s t á en la b a s e y d e t r á s del légère, el legein y
a s í l l e g a m o s al L o g o s . O t r a vez En Arjé e m o L o g o s ? Sí; al p r i n c i -
p i o y s i e m p r e . El h o m b r e u n i v e r s a l b u s c a el l o g o s en sí y en
¡a n a t u r a l e z a . E s p o r el l o g o s q u e e s p o s i b l e la c o n t i n u i d a d , la c o n -
sisteney.
63
La p a l a b r a i n s t i n t o , la p a l a b r a e m o c i ó n , n o d e b e n c h o c a r a q u í .
La a p r o x i m a c i ó n d e a l g u n o s t e x t o s lo a c l a r a r á :

" C o m m e p a r l ' o p é r a t i o n d ' u n m é c a n i s m e , u n e h y p o t h è s e se

d é c l a r e , et s e m o n t r e l'individu qui a t o u t fait, la vision c e n t r a l e
où t o u t a dû se p a s s e r , le c e r v e a u m o n s t r u e u x où l ' é t r a n g e a n i m a l
q u i a t i s s é d e s milliers d e p u r s liens e n t r e t a n t d e f o r m e s et d e
q u i c e s c o n s t r u c t i o n s é n i g m a t i q u e s et d i v e r s e s furent les t r a v a u x ,
l ' i n s t i n c t f a i s a n t sa d e m e u r e . La p r o d u c t i o n d e c e t t e h y p o t h è s e est
4
un p h é n o m è n e q u i c o m p o r t e d e s v a r i a t i o n s , m a i s p o i n t d e h a s a r d " . *

61 Mundo: una cosmandría, construcción de doble dirección que a la vez

impone al hombre sus leyes y las somete a la verificación de sus cálculos ima-
ginarios. Cf. Cain, p. 77.
62 O . C . , p. 1165.
63 La pienso como Trieb y no como Instinkt.
64 O . C . , I. p. 1154.

122
 La aclaración marginal es casi superflua:
"En réalité j'ai nommé h o m m e et L é o n a r d ce qui m ' a p p a r a i s s a i t
05
alors c o m m e le pouvoir de l ' e s p r i t ! "

A p r o p ó s i t o del s e g u n d o héroe de Valéry:

"A force d'y pensar, j ' a i fini p a r croire que M. T e s t e était
arrivé à découvrir d e s lois de l'esprit que nous ignorons. Sûrement,
il-avait dû c o n s a c r e r d e s a n n é e s à cette recherche. Plus sûrement,
d e s a n n é e s encore et b e a u c o u p d ' a u t r e s a n n é e s avaient été d i s -
p o s é e s pour mûrir ses inventions et pour en faire ses instincts.
T r o u v e r n'est rien. Le difficile est de s'ajouter ce qu'on t r o u v e " . "

Al dirigirse F e d r o al tercer héroe le d i c e :

" L e h a s a r d est a v e c t o i . . . 11 se c h a n g e insensiblement en
s a g e s s e , à m e s u r e q u e tu p o u r s u i s de la voix d a n s le l a b e r y n t h e
6 7
de ton â m e ! "

T a l vez por e x c e s i v a fidelidad al b e r g s o n i s m o h e m o s creído q u e

los c a m i n o s de la inteligencia y del instinto eran i r r e m e d i a b l e m e n t e
d i s t i n t o s , d i v e r g e n t e s . Aquí se a p r o x i m a n y la inteligencia p a r e c e r e -
c u p e r a r la infalibilidad, la s e g u r i d a d del instinto.

" J e p r é t e n d s q u e l'artiste finisse p a r le n a t u r e l ; mais le n a -

turel d'un nouvel h o m m e . Le s p o n t a n é est le fruit d'une c o n q u ê t e .
Il n ' a p p a r t i e n t q u ' à ceux qui ont a c q u i s la certitude de pouvoir
c o n d u i r e un travail à l ' e x t r ê m e de l'exécution d'en c o n s e r v e r l'unité
d e l ' e n s e m b l e en r é a l i s a n t les p a r t i e s et s a n s p e r d r e en chemin
08
l'esprit ni la n a t u r e " .

Así p o d r í a m o s p e n s a r en u n a forma s u p e r i o r de h á b i t o q u e exigiría

invertir la f a m o s a frase de R a v a i s s o n . El h á b i t o p r o v i e n e aquí del lieu
Intellectuel, e s e lugar q u e c o n s t i t u y e la a s p i r a i a s c e n d e n t e y es la n a -
t u r a l e z a , la vida, las q u e lo r e d e s c i e n d e n .
N o sé h a s t a q u é g r a d o P o e l o g r ó ese a u t o m a t i s m o q u e le a t r i b u y e
a D u p i n , p e r o en el g r a d o en q u e h a b l a m o s de ellos c o m o m o d e l o s y
n o de p e r s o n a s h a b í a en él u n a m o d a l i d a d q u e le a p r o x i m a a M. T e s t e :

" P a r u n e c o n c e n t r a t i o n e x t r ê m e de s a p e n s é e , et p a r l'analyse
s u c c e s i v e d e t o u s les p h é n o m è n e s de son e n t e n d e m e n t , il est
p a r v e n u à s u r p r e n d r e la loi d e la g é n é r a t i o n d e s idées. E n t r e une
p a r o l e et u n e a u t r e , e n t r e d e u x i d é e s t o u t à fait é t r a n g è r e s en

65 Id., p. 1155 m.
66 M. Teste, p. 19.
67 L'Ame et la Danse, p. 162.
68 Pièces sur l'art, p. 141.

123
 a p p a r e n c e , il p e u t rétablir toute la série i n t e r m é d i a i r e et combler
a u x y e u x éblouis la lacune d e s idées non e x p r i m é e s et p r e s q u e
i n c o n s c i e n t e s . Il a étudié p r o f o n d é m e n t tous les p o s s i b l e s et t o u s
69
les e n c h a î n e m e n t s probables des faits".
B a u d e l a i r e p r o y e c t a b a t a m b i é n un p o s i b l e epitafio p a r a P o e : " V o u s
t o u s qui a v e z a r d e m m e n t c h e r c h é à d é c o u v r i r les lois de v o t r e ê t r e . . . "
Es c u r i o s o o b s e r v a r q u e en e s a m i s m a é p o c a , en un á m b i t o cultural
70
c o m p l e t a m e n t e ajeno, P u s c h k i n p r o p u g n a b a i d e a s s i m i l a r e s .
En el fondo se t r a t a del a c c e s o a un o r d e n s u p e r i o r , a una e s p o n -
taneidad conquistada metódicamente.
"Us j o u i s s e n t enfin de s ' ê t r e faits i n s t r u m e n t s de leurs s u p r ê -
m e s d é c o u v e r t e s , et ils p e u v e n t à p r é s e n t i m p r o v i s e r en pleine
p o s s e s i o n d e leur p u i s s a n c e . Ils se s o n t ajouté ce q u ' i l s ont t r o u v é ,
et ils se d é c o u v r e n t de n o u v e a u d é s i r s . Ils p e u v e n t c o n s i d é r e r o r -
g u e i l l e u s e m e n t , t o u t e leur c a r r i è r e c o m m e a c c o m p l i e e n t r e d e u x é t a t s
d e facilité h e u r e u s e : une facilité t o u t e p r e m i è r e , - éveil d e l'instinct
naïf d e p r o d u i r e qui se d é g a g e d e s r ê v e r i e s d ' u n e a d o l e s c e n c e vive
et s e n s i b l e ; ( m a i s b i e n t ô t se révèle a u jeune c r é a t e u r l'insuffisance
d e F i n g é n u i t é et le g r a n d d e v o i r d e n ' ê t r e j a m a i s c o n t e n t d e s o i ) .
L ' a u t r e facilité e s t le s e n t i m e n t d ' u n e liberté et d ' u n e simplicité
c o n q u i s e s , q u i p e r m e t t e n t le p l u s g r a n d jeu de l'esprit e n t r e les
s e n s et les i d é e s . II en r é s u l t e la merveille d ' u n e i m p r o v i s a t i o n d e
d e g r é s u p é r i e u r . E n t r e les i n t e n t i o n s et les m o y e n s , e n t r e les c o n -
c e p t i o n s d e fond et les a c t i o n s q u i e n g e n d r e n t la forme, il n'y
7 1
a plus d e c o n t r a s t e " .

E s t e t e x t o d e b e s e r c o m p a r a d o con M. T e s t e :
" T r o u v e r n ' e s t rien. Le difficile e s t d e s ' a j o u t e r ce q u ' o n t r o u v e .
L ' a r t d é l i c a t d e la d u r é e , le t e m p s , s a d i s t r i b u t i o n et s o n r é g i m e , -
s e d é p e n s e à d e s c h o s e s bien c h o i s i e s , p o u r les n o u r r i r s p é c i a l -
m e n t , - é t a i t u n e d e s g r a n d e s r e c h e r c h e s d e M. T e s t e . II veillait
à la r é p é t i t i o n d e c e r t a i n s i d é e s ; il les a r r o s a i t d e n o m b r e . Ceci
lui s e r v a i t à r e n d r e f i n a l e m e n t m a c h i n a l e l ' a p p l i c a t i o n d e s e s é t u -
d e s c o n s c i e n t e s . Il c h e r c h a i t m ê m e à r é s u m e r ce t r a v a i l . Il d i s a i t
72
s o u v e n t : Maturare!.. ."

69 Ch. Baudelaire, Oeuvres Posthumes, I., p. 278.

70 "L'inspiration est une disposition de l'âme qui permet de percevoir très
vivement des impressions et d'imaginer des concepts, et par conséquent de les
expliquer. L'inspiration est nécessaire en géométrie, tout comme en p o é s i e . . . Le
critique confond inspiration et enthousiasme... Non décidément non: l'enthou-
siasme exclut la sérénité, condition nécessaire du beau", (Pouchkine, Oeuvres
Complètes, III, p. 228.
71 Refiriéndose a determinados artistas agrega Valéry: "Ils avaient acquis,
par un travail immense et une réflexion continuelle, le droit à l'improvisation.
Ils concevaient comme si les difficultés d'exécution, celles de mise en place, de
clair-obscur, de couleur n'existaient pas pour e u x . . . " (P. S. L., p. 154-5).
72 M. Teste, p. 19.

124
 La v e r d a d e r a inspiración se burla de la inspiración, pero el e s -
píritu g e o m é t r i c o no se s e p a r a del espíritu de fineza.
C u a n d o Valéry b u s c a b a el modelo de su héroe intelectual pensó
73
en B o n a p a r t e . Acaso Moltke fue encarnación de un héroe glacial c o m o
él p e n s a b a . Reflexionando sobre él ( m u y lejos de Napoleón d e s d e
l u e g o ) formula a l g u n a s c o n s i d e r a c i o n e s sobre el m é t o d o :
". . . je parie q u ' a u d e d a n s de t o u s ceux qui font quelque c h o -
se et la poursuivent, une m é t h o d e q u e l c o n q u e se crée et grandit.
T o u s les g r a n d s inventeurs d'idées ou de formes me semblent
s'être servis de m é t h o d e s particuliers. Je veux dire que leur force
m ê m e et leur maîtrise sont fondées sur l'usage de certaines h a b i t u -
d e s , de c e r t a i n e s c o n c e p t i o n s qui disciplinent toutes leurs p e n s é e s .
C h o s e é t r a n g e , c'est j u s t e m e n t l ' a p p a r e n c e de cette M é t h o d e in-
terne q u e n o u s a p p e l o n s leur personnalité. 11 importe peu, du r e s -
te, q u e cette m é t h o d e soit ou ne soit p a s consciente. . . Voilà donc
une g r a n d e r e c h e r c h e p o s s i b l e , et voilà un livre, l'Art de Penser,
74
qui n ' a réellement j a m a i s été é c r i t " .

Significa p u e s , q u e el logro del m é t o d o es el logro de la p e r s o -

n a l i d a d , del Yo p u r o , p o r q u e las p a l a b r a s p e r s o n a l i d a d , p e r s o n a , con
su g a n g a h u m a n a y de disfraz, no creo q u e fueran muy a p r e c i a d a s .
E s p u e s a D e s c a r t e s q u e d e b e m o s volver, p e r o a t e n d i e n d o a la voz
Discours. P o r febrero o m a r z o de 1637 le escribía a M e r s e n n e : " . . . car
je ne met p a s T r a i t é de la M é t h o d e , m a i s D i s c o u r s de la M é t h o d e , ce
qui est le m ê m e q u e Préface ou Avis t o u c h a n t le M é t h o d e , p o u r m o n t r e r
75
q u e j ' a i p a s d e s s e i n de l'enseigner, m a i s seulement d'en parler".
L o s c a r t e s i a n o s trivializaron e s a afirmación; c r e y e r o n q u e era la
forma con q u e D e s c a r t e s c u m p l í a su p r o m e s a de escribir la historia de
70
su e s p í r i t u . En r e a l i d a d , D e s c a r t e s b u s c a abolir la historia y a l c a n z a r
un e g o c o g i t o del cual el t i e m p o es a b o l i d o ; y si no a l c a n z a lo e t e r n o a l -
c a n z a el i n s t a n t e , s u c e d á n e o de lo e t e r n o . El idealismo de D e s c a r t e s es un
a c t u a l i s m o . ( W a h l ) . P e r o no son r a z o n e s de m o d e s t i a las q u e llevan a D e s -
c a r t e s a u s a r la p a l a b r a , sino la n e c e s i d a d de p r e p a r a r l e un á m b i t o p r o p i o
a e s e Y o , Je, E g o . "Je est l'individu qui é n o n c e la p r é s e n t e i n s t a n c e de
7 7
discours contenant l'instance linguistique j e . . . " No se ha a t e n d i d o

73 Se encuentran algunas referencias en Regards sur le Monde actuel, pero

recuerdo ciertas reflexiones de Napoleón hechas a Roederer que justifican la po-
sible elección: "Moi, je travaille toujours; je médite beaucoup. Si je parais toujours
prêt à répondre à tout, à faire face à tout, c'est qu'avant de rien entreprendre,
j'ai prévu ce qui pourrait arriver. Ce n'est pas un génie qui me révèle tout a
coup ce que j'ai à dire ou à faire dans une circonstance inattendue..., c'est une
réflexion, c'est la méditation". (H. Taine, Régime Moderne, I, 1.)
74 Une conquête méthodique, O. C , 1., p. 986.
75 Correspondance, Adam et Milhaud, I, p. 329.
76 Id., I, p. 39.
77 E. Benveniste, Problèmes de Linguistique Générale, p. 252.

125
 suficientemente a la referencia al sujeto p a r l a n t e , implícita en t o d o
g r u p o de e x p r e s i o n e s . " C ' e s t p o u r t a n t un fait à la fois original et
fondamental q u e ces formes ' p r o n o m i n a l e s ' ne renvoient p a s à la
' r é a l i t é ' ni à des p o s i t i o n s ' o b j e t i v e s ' d a n s l ' e s p a c e ou d a n s le t e m p s ,
m a i s à r e n o n c i a t i o n , c h a q u e fois unique, qui les contient, et réfléchis-
sent ainsi leur p r o p r e emploi. L ' i m p o r t a n c e de leur fonction se m e -
s u r e r a à la n a t u r e du p r o b l è m e q u ' e l l e s s e r v e n t à r é s o u d r e , et qui n'est
a u t r e q u e celui d e la c o m m u n i c a t i o n i n t e r - s u b j e c t i v e . Le l a n g a g e a
résolu ce p r o b l è m e en c r é a n t un e n s e m b l e de s i g n e s ' v i d e s ' , non réfé-
rentiels p a r r a p p o r t à la ' r é a l i t é ' , t o u j o u r s d i s p o n i b l e s , et qui d e v i e n n e n t
' p l e i n s ' d è s q u ' u n l o c u t e u r les a s s u m e d a n s c h a q u e i n s t a n c e d e son
78
discours".
E s t o n o s inducirá a t e n t a r una a p o l o g í a del h o m o loquax, tan
d e s v a l o r i z a d o con relación a s u s s e m e j a n t e s , el h o m o s a p i e n s , el h o m o
faber. P o r q u e h a y una c o m p l e j a c o n e x i ó n e n t r e el ver, el c o n c e b i r
y el h a b l a r , p e r o h a y t a m b i é n un a s p e c t o ó p t i c o de la inteligencia
q u e s ó l o a c t ú a s o b r e las superficies ( J a n k é l é v i t c h ) . E s así c o m o se
van d e l i n e a n d o las f o r m a s , y d e las f o r m a s s u r g i r á n las i d e a s , los
c o n c e p t o s . N o v a m o s a r e i t e r a r a h o r a las o b s e r v a c i o n e s q u e s e ñ a l a
V a l é r y y s e g ú n las c u a l e s el c o n c e p t o implica u n a inmovilización d e
la r e a l i d a d , u n a cierta falsificación en la cual e l e m e n t o s p r a g m á t i c o s
s e p o n e n en j u e g o d o n d e el h o m o s a p i e n s se s u b o r d i n a al h o m o faber.
A q u í V a l é r y s e a p r o x i m a m u c h o a B e r g s o n y sería m á s j u s t o decir,
p o r r a z o n e s c r o n o l ó g i c a s , B e r g s o n se a p r o x i m a r á a Valéry.
D e s d e e s e p u n t o d e v i s t a el p e n s a m i e n t o h a b i t u a l implica un e m -
p o b r e c i m i e n t o d e la r e a l i d a d . F r e n t e a d i c h a a b s t r a c c i ó n la misión del
a r t i s t a es c o n s e r v a r y a c a s o t r a d u c i r en el p e n s a m i e n t o y en la e x -
p r e s i ó n la s u t i l i d a d y la i n e s t a b i l i d a d s e n s o r i a l e s . Lo real, el m u n d o
d e las c o s a s , a p a r e c e c o m o c o n m o v i d o en su i n t i m i d a d .
A n a x á g o r a s le a t r i b u í a al N o u s la a c c i ó n d e c o n m o v e r la m a t e r i a
o r d e n a d a m e n t e . El N o u s en el a r t e p a r e c e t e n e r la m i s m a función. N o
siempre es obedecido.

"Ils (el v u l g o ) ne fond ni ne défond rien d a n s l e u r s sensa-

7 9
tions".

El N o u s funciona p u e s c o m o un i n t e l e c t o n o e s t a b i l i z a d o , y si
b u s c a d a r l e un n u e v o s e n t i d o a las p a l a b r a s d e la tribu, n o e s p a r a
e n t r a r en el h e r m e t i s m o y en el e s o t e r i s m o , s i n o p a r a q u e el l e n g u a j e
a l b e r g u e d e n t r o d e sí la m i s m a i n e s t a b i l i d a d d e las c o s a s . E s e i n t e -
l e c t o c a r e n t e d e e s t r u c t u r a fija, p e r o a c t u a n d o s e g ú n l e y e s , a p a r e c e
c o m o un p o d e r s o b e r a n o q u e j u e g a con la r e a l i d a d . M e a t r e v o a d e -
finirlo c o m o un p o d e r a c a s o i l i m i t a d o d e g e s t a l t i z a c i ó n , d e b ú s q u e d a

78 Id., p. 254.
79 O. C , 1., p. 1165.

126
incesante del orden o de los órdenes que la regulan, sin descansar su
pereza en las b u e n a s formas, en las simetrías toscas, fáciles h a l a g o s
80
de una economía del p e n s a m i e n t o .
El goce estético p a r e c e estar ligado a una actuación de la inteli-
gencia q u e c o m p r e n d e lo posible s u b y a c e n t e a la limitación de lo
81
existente, de lo m e r a m e n t e e x i s t e n t e . En toda esta prodigiosa paideia
de la inteligencia, se a b a n d o n a la educación primera. Inmediato, na-
tural, primitivo, encubren una p o b r e z a insoslayable. Educación s e g u n d a ,
paideia de la inteligencia:
" C ' e s t - à - d i r e , de voir plus de c h o s e s qu'on ne sait".
Ceci est l'expression naïve d'un doute familiar à l'auteur, sur
la vraie valeur ou le vrai role d e s mots.
Les m o t s ( d u l a n g a g e c o m m u n ) ne sont p a s faits pour la
logique.
La p e r m a n e n c e et l'universalité de leurs significations ne sont
82
jamais assurées".
¿ C ó m o no h a b r í a de ser así si el lenguaje corriente e x p r e s a sólo lo
q u e e x i s t e ? Aquí e s t a m o s frente a la dificultad de e x p r e s a r lo posible.
Lo p o s i b l e aquí no es lo p o s i b l e lógico de D i o d o r o o de B e r g s o n ,
p r o b a b l e m e n t e una p s e u d o - i d e a , sino q u e d e p e n d e de aquella inesta-
bilidad d e lo real, c u y a s p o s i b l e s formaciones el p e n s a m i e n t o b u s c a
e s c l a r e c e r . Diría g u s t o s a m e n t e : las Abschattungen de la percepción.
Al d e s c r i b i r f e n o m e n o l ó g i c a m e n t e la p e r c e p c i ó n se a d v i e r t e q u e en su
e s e n c i a es i n a d e c u a c i ó n . V e m o s las c o s a s p o r a l g u n a s de sus fases,
p o r e s b o z o s , en sus m o d o s de a p a r i c i ó n ( E r s c h e i n u n g s w e i s e n ) . Allí nos
f i g u r a m o s un núcleo y un h o r i z o n t e de c o - d o n a c i o n e s q u e está d e s p r o -
visto del c a r á c t e r a u t é n t i c o de los d a t o s y por t a n t o implica una zona
d e i n d e t e r m i n a c i ó n . H u s s e r l y Valéry e s t á n muy p r ó x i m o s .
El a r t e , y e s p e c i a l m e n t e la literatura, d e b e n t r a t a r de restituir
a la p a l a b r a su p o s i s i ó n a d e c u a d a de a l c a n z a r la d e t e r m i n a c i ó n de
un estillo un estilo i m p e r i o s a m e n t e t r a z a d o , q u e indique por a d e l a n -
t a d o u n a d i v e r s i d a d p o s i b l e de p e r c e p c i o n e s de m o d o q u e la cosa q u e
dura se ofrezca c o m o u n a serie i n t e r m i n a b l e de esquicios, que

80 "C'est trop peu de parler de vue, de sensation. Il rêve d'un art du

langage assez subtil pour transposer dans l'univers des mots la masse global
ou le relief le plus délicat de l'événement que représente dans l'univers orga-
nique, toute prise de contact avec l'extérieur... Le jeune Valéry s'abreuve à la
source vive, qui ne surgit pas dans le jardin secret de l'âme, mais descend des
c h o s e s vers l'homme., pareille â la nature, au regard d'un Cézanne". (M. Ray-
mond, Valéry et la Tentation de l'Esprit, p. 21).
81 Para Valéry la presencia desnuda de las cosas no origina ninguna
Stimmung negativa c o m o sucede en Sartre. "Le savoir se dissipe^ comme un
s o n g e , et nous voici comme dans le pays tout inconnu au sein même du réel
p u r . . . je suis ce que je suis, je suis ce que je vois, présent et absent sur le
pont de Londres". (Tel Quel, I, 81)
82 O . C . , I., p. 1167 m.

127
 revele s i e m p r e fases n u e v a s o repita las a n t i g u a s . E s t o p u e d e llevarnos
a r e s u l t a d o s un t a n t o s o r p r e n d e n t e s s o b r e la función de la i m a g e n
poética. Si p e n s a m o s la i m a g e n , o m á s e x a c t a m e n t e la c o n c i e n c i a i m a -
g i n a n t e , c o m o un fenómeno de c u a s i p e r c e p c i ó n , p o d e m o s decir q u e
la i m a g e n se c a r a c t e r i z a e n t o n c e s p o r su p o b r e z a esencial, y el o b j e t o
d e la i m a g e n no es sino la c o n c i e n c i a q u e se tiene de él; no se p u e d e
83
a p r e n d e r de la i m a g e n n a d a q u e y a n o se s e p a .
Y bien, y o diría q u e el p e n s a m i e n t o de Valéry, q u e r e s u l t a d e s d e
luego m u y difícil de clasificar, se u b i c a en u n a p o s i c i ó n q u e p a s a
r á p i d a m e n t e p o r la i m a g e n c o m o a l g o i n t e r m e d i o e n t r e la p e r c e p c i ó n
y la idea. N a t u r a l m e n t e q u e las d i s t i n c i o n e s e s c o l a r e s e s t á n a u s e n t e s
y la i m a g e n p a r e c e tan p r o n t o a c e r c a r s e a la p e r c e p c i ó n c o m o a la
idea, p e r o sin t e n e r s t a t u s p r o p i o . P a r e c e c o m o si e x i g i e r a a la c o n -
ciencia d i l a t a r s e tan d e s m e n s u r a d a m e n t e q u e a l c a n z a r a lo p o s i b l e en
t o d a su r i q u e z a ; la c o n c i e n c i a p a r a V a l é r y es c o n c i e n c i a de las fases
d a d a s p e r o t r a t a d e ser t a m b i é n en t o d a su i n t e n s i d a d , c o n c i e n c i a d e
84
las a p a r i c i o n e s p o s i b l e s . La c o s a gira en su p e n s a m i e n t o ; se m u e s t r a
en t o d o s s u s a s p e c t o s , y la p a l a b r a b u s c a restituir e s t a m o v i l i d a d lógica
m i s m a . Ya se ha b u r l a d o él m i s m o d e su p r e t e n d i d o e l e a t i s m o , y c r e o
q u e si h u b i e r a q u e a c e r c a r l o a a l g ú n filósofo (sin c o n t a c t o efectivo,
d e s d e l u e g o ) es a P l a t ó n , e s p e c i a l m e n t e a c i e r t o s p a s a j e s m u y o s c u r o s
d e El Sofista, en d o n d e al h a b l a r del ser en su p l e n i t u d , s u g i e r e q u e
h a y q u e a t r i b u i r l e m o v i m i e n t o ( k i n e s i s ) , vida ( z o e ) , a l m a ( p s i q u e ) y
p e n s a m i e n t o ( p h r o n e s i s ) . E s d e c i r : el ser, la r e a l i d a d v e r d a d e r a y total
n o e s ni o b j e t o ni sujeto ú n i c a m e n t e ; es el o b j e t o q u e t o m a c o n c i e n c i a d e
sí m i s m o y s e h a c e a s í s u j e t o ; es el s e r q u e se c r e a u n a c o n c i e n c i a
p a r a reflejarse allí. Lo inteligible, p a r a s e r l o , n e c e s i t a d e u n a inteli-
g e n c i a . En e s o se d i s t i n g u e d e l a s e s t a t u a s , q u e s a n t a s y v e n e r a b l e s ,
85
están desprovistas de pensamiento y de vida.
E v i d e n t e m e n t e e x p r e s i o n e s c o m o vida, c o m o m o v i m i e n t o , no p u e -
den s e r t o m a d a s en s e n t i d o físico, sino q u e son r e l a c i o n e s l ó g i c a s .

83 J. P. Sartre, L'Imaginaire, p. 20 y sigs.

84 "Le contact du monde extérieur ne lui apporte pas une image; il évei-
lle en lui un problème. Et c'est le développement du problème qui, en un
point , heurtera un objet, une image, un nom, comme un des moments transi-
toires de sa marche vers une solution. C'est en cette aception que Valéry
disait que 'le marcheur est devenu le chemin'. A un tournant de sa route, le
problème du Faire fera surgir la coquille, comme le problème du Mouvement
rencontrera l'Eléate; de la vanité des conflits terrestres naîtra, entre le ciel et
le cours d'eau, la transparence du paysage chinois; ici, le thème de l'Inspiration
sera seul capable de réveiller des pas sublimes; le mythe de l'universelle désa-
grégation, de suivre l'ombre de la jeune Alcimadure... Aucun de ces éléments
n'offrira de résistence à la dialectique qui les enrole et à laquelle leur subs-
tance intime semble déjà les lier: et Valéry ne risque pas se voir imposer quel-
que présence insolite, telle que celle du 'bibelot' mallarméen, même surpris dans
son 'inanité sonore'." (Cain, op. cit., p. 81).
85 Platon, Le Sophiste, 248 - e, y G. Rodier, Etudes de Philosophie
Grecque.

128
Nos v e m o s en el m u n d o de los posibles respecto al cual el m u n d o
existente es un ejemplo, y a c a s o sólo un pretexto. Y p a r a d o j a l m e n t e ,
p a r e c e q u e el m é t o d o q u e en un primer m o m e n t o c a u s a la ilusión de
a d h e r i r s e m á s a lo real, a lo d a d o , es el q u e ha de librarnos de él.
T a m b i é n Valéry intenta una limpieza de las p u e r t a s de la p e r c e p -
86
ción, q u e c o m o a Blake, lo han de llevar a ver lo infinito. Huxley,
i n s p i r a d o por Blake, ha c o m e n t a d o los r e s u l t a d o s de la mescalina.
No e s n a d a nuevo. T . de Quincey, Baudelaire, ya lo h a b í a n hecho.
P e r o h a y una o b s e r v a c i ó n de Baudelaire, q u e se ocupó t a n t o de los
" p a r a í s o s artificiales", e s p e c i a l m e n t e de su contenido en i m á g e n e s ,
q u e me llama la a t e n c i ó n . Se refiere a la e m b r i a g u e z de P o e : " . . . il
existe d a n s l'ivresse non seulement d e s e n c h a î n e m e n t s de rêves, mais
d e s séries de r a i s o n n e m e n t s , qui ont besoin p o u r se réproduire, du
87
milieu qui leur a d o n n é n a i s s a n c e " .
P a r a Valéry la o b t e n c i ó n de n u e v a s visiones, la limpieza de las
8 8
p u e r t a s de la p e r c e p c i ó n se l o g r a r á en el g r a d o en q u e el h o m b r e
a b a n d o n e la posición d e ilusorio privilegio en q u e se h a c o l o c a d o .
D e ese m o d o o b t e n d r á la r e c e p c i ó n ( b u s c a d a ) de s e n s a c i o n e s inéditas
n o h a b i t u a l e s . Se diría q u e se b u s c a c o m o inducir la m e n t e d e l i b e r a d a -
m e n t e p o r el c a m i n o de la p s i c a s t e n i a , t r a t a n d o de o b t e n e r el p a r a í s o no
89
artificial sino p e r d i d o de la s e n s a c i ó n p u r a . D i c h a p s i c a s t e n i a p a r e c e
i n m o v i l i z a r n o s en el t i e m p o , p e r m i t i r n o s a l c a n z a r un á t o m o de e t e r -
90
n i d a d , p a r a el cual el r e c u e r d o y las e x p e c t a t i v a s no e x i s t e n . Diría
t a m b i é n q u e de ese m o d o el espíritu se e n s a y a en la r u p t u r a de G e s -
t a l t e n . N i n g u n a p a r e c e resistir; las b u e n a s formas h a n d e s a p a r e c i d o
a n t e e s t a nihilización q u e ejerce la conciencia, p e r o q u e ( p i e n s o ) se
o p e r a sólo en lo q u e tiene q u e ver con la c o n t e x t u r a de lo real, m á s
91
q u e con su m a t e r i a m i s m a . E s a s r u p t u r a s , c o n q u i s t a s de a t e n c i o n e s
9 2
inusitadas p r o c u r a n m a t e r i a l p a r a n u e v a s c o m b i n a c i o n e s . ¿ L o real
e n t o n c e s no e r a sino lo p o s i b l e , un p o s i b l e ? H y p o t h e s i s f i n g o . . .

86 If the doors of perception were cleasend, everything would appear to

man as itis infinite. ( B l a k e ) .
87 Ch. Baudelaire, Edgar Poe, Sa Vie et s e s Oeuvres (Histoires Extraor-
dinaires).
88 Cf. M. Teste, p. 60.
89 "Mais supposons que nous nous enssayons, au contraire, à modifier
volontairement nos perceptions et representations d'homme éveillé de manière à
diminuir leur effet significatif, à épuiser leur valeur transitive et conventionelle
( c o m m e il arrive de celle d'un mot que l'on répète) jusqu'à ce qu'il perde son
sens nous observerons alors quelques traits d'un état dont l'état de rêve serait
la limite". O. C , I., p. 881.
90 P. S. L. 184. Cf. lo que hemos dicho en el cap. I. sobre la comple-
mentaridad.
91 Como ejemplo de vision inusitada y del hallazgo de la formula linguis-
tica adecuada, el texto de M. Teste, p. 24.
92 "Toute vue des choses qui n'est pas étrange est fausse. Si quelque
chose est réelle, elle ne peut que perdre de sa réalité en devenant familière. Mé-
diter en philosophie, c'est revenir du familiar à l ' é t r a n g e . . . " (Tel Quel, I, p. 5 9 ) .

129
 revele siempre fases nuevas o repita las antiguas. Esto puede llevarnos
a resultados un tanto sorprendentes sobre la función de la imagen
poética. Si pensamos la imagen, o más exactamente la conciencia ima-
ginante, como un fenómeno de cuasipercepción, podemos decir que
la imagen se caracteriza entonces por su pobreza esencial, y el objeto
de la imagen no es sino la conciencia que se tiene de él; no se puede
83
aprender de la imagen nada que ya no se sepa.
Y bien, yo diría que el pensamiento de Valéry, que resulta desde
luego muy difícil de clasificar, se ubica en una posición que pasa
rápidamente por la imagen como algo intermedio entre la percepción
y la idea. Naturalmente que las distinciones escolares están ausentes
y la imagen parece tan pronto acercarse a la percepción como a la
idea, pero sin tener status propio. Parece como si exigiera a la con-
ciencia dilatarse tan desmensuradamente que alcanzara lo posible en
toda su riqueza; la conciencia para Valéry es conciencia de las fases
dadas pero trata de ser también en toda su intensidad, conciencia de
84
las apariciones posibles. La cosa gira en su pensamiento; se muestra
en todos sus aspectos, y la palabra busca restituir esta movilidad lógica
misma. Ya se ha burlado él mismo de su pretendido eleatismo, y creo
que si hubiera que acercarlo a algún filósofo (sin contacto efectivo,
desde luego) es a Platón, especialmente a ciertos pasajes muy oscuros
de El Sofista, en donde al hablar del ser en su plenitud, sugiere que
hay que atribuirle movimiento (kinesis), vida (zoe), alma (psique) y
pensamiento (phronesis). Es decir: el ser, la realidad verdadera y total
no es ni objeto ni sujeto únicamente; es el objeto que toma conciencia de
sí mismo y se hace así sujeto; es el ser que se crea una conciencia
para reflejarse allí. Lo inteligible, para serlo, necesita de una inteli-
gencia. En eso se distingue de las estatuas, que santas y venerables,
85
están desprovistas de pensamiento y de vida.
Evidentemente expresiones como vida, como movimiento, no pue-
den ser tomadas en sentido físico, sino que son relaciones lógicas.
83 J. P. Sartre, L'Imaginaire, p. 20 y sigs.
84 "Le contact du monde extérieur ne lui apporte pas une image; il évei-
lle en lui un problème. Et c'est le développement du problème qui, en un
point , heurtera un objet, une image, un nom, comme un des m o m e n t s transi-
toires de sa marche vers une solution. C'est en cette aception que Valéry
disait que 'le marcheur est devenu le chemin'. A un tournant de sa route, le
problème du Faire fera surgir la coquille, comme le problème du Mouvement
rencontrera l'Eléate; de la vanité des conflits terrestres naîtra, entre le ciel et
le cours d'eau, la transparence du p a y s a g e chinois; ici, le thème de l'Inspiration
sera seul capable de réveiller des p a s sublimes; le mythe de l'universelle désa-
grégation, de suivre l'ombre de la jeune A l c i m a d u r e . . . Aucun de ces éléments
n'offrira de résistence à la dialectique qui les enrole et à laquelle leur s u b s -
tance intime semble déjà les lier: et Valéry ne risque p a s se voir imposer quel-
que présence insolite, telle que celle du 'bibelot' mallarméen, m ê m e surpris d a n s
son 'inanité sonore'." (Cain, op. cit., p. 8 1 ) .
85 Platon, L e Sophiste, 248 - e, y G . Rodier, Etudes de Philosophie
Grecque.

128
Nos vemos en el mundo de los posibles respecto al cual el mundo
existente es un ejemplo, y acaso sólo un pretexto. Y paradojalmente,
parece que el método que en un primer momento causa la ilusión de
adherirse más a lo real, a lo dado, es el que ha de librarnos de él.
También Valéry intenta una limpieza de las puertas de la percep- 86
ción, que como a Blake, lo han de llevar a ver lo infinito. Huxley,
inspirado por Blake, ha comentado los resultados de la mescalina.
No es nada nuevo. T. de Quincey, Baudelaire, ya lo habían hecho.
Pero hay una observación de Baudelaire, que se ocupó tanto de los
"paraísos artificiales", especialmente de su contenido en imágenes,
que me llama la atención. Se refiere a la embriaguez de Poe: "... il
existe dans l'ivresse non seulement des enchaînements de rêves, mais
des séries de raisonnements, qui ont besoin pour se réproduire, du
87
milieu qui leur a donné naissance".
Para Valéry la obtención de nuevas visiones, la limpieza de las
88
puertas de la percepción se logrará en el grado en que el hombre
abandone la posición de ilusorio privilegio en que se ha colocado.
De ese modo obtendrá la recepción (buscada) de sensaciones inéditas
no habituales. Se diría que se busca como inducir la mente deliberada-
mente por el camino de la psicastenia, tratando de obtener el paraíso no
89
artificial sino perdido de la sensación pura. Dicha psicastenia parece
inmovilizarnos en el tiempo, permitirnos alcanzar un átomo de eter- 00
nidad, para el cual el recuerdo y las expectativas no existen. Diría
también que de ese modo el espíritu se ensaya en la ruptura de Oes-
talten. Ninguna parece resistir; las buenas formas han desaparecido
ante esta nihilización que ejerce la conciencia, pero que (pienso) se
opera sólo en lo que tiene que ver con la contextura de lo real, más
01
que con su materia misma. Esas rupturas, conquistas de atenciones
02
inusitadas procuran material para nuevas combinaciones. ¿Lo real
entonces no era sino lo posible, un posible? Hypothesis fingo...
86 If the doors of perception were cleasend, everything would appear to
man as itis infinite. ( B l a k e ) .
87 C h . Baudelaire, Edgar P o e , S a V i e et ses Oeuvres (Histoires Extraor-
dinaires).
88 Cf. M . Teste, p. 60.
89 " M a i s supposons que nous nous enssayons, au contraire, à modifier
volontairement nos perceptions et representations d'homme éveillé de manière à
diminuir leur effet significatif, à épuiser leur valeur transitive et conventionale
(comme il arrive de celle d'un mot que l'on répète) jusqu'à ce qu'il perde son
sens nous observerons alors quelques traits d'un état dont l'état de rêve serait
la limite". O. C , I., p. 881.
90 P . S . L. 184. Cf. lo que hemos dicho en el cap. 1. sobre la comple-
mentaridad.
91 Como ejemplo de visión inusitada y del hallazgo de la fórmula lingüis-
tica adecuada, el texto de M . Teste, p. 24.
92 "Toute vue des choses qui n'est pas étrange est fausse. S i quelque
chose est réelle, elle ne peut que perdre de sa réalité en devenant familière. M é -
diter en philosophie, c'est revenir du familiar à l ' é t r a n g e . . . " ( T e l Quel, I, p. 59).

129
 Pero Valéry, aunque vuelto al mundo de las cosas con plena
sensualidad, mantiene siempre su actitud de dominio; jamás se entrega,
jamás abdica de su Yo, que no es la frágil persona. Descendiendo
de un T o p o s o u r a n o s que él mismo se ha formado (acercarse y con-
templar serían poca cosa para él), advierte las huellas de lo que ha
imaginado sobre las arenas, sobre las aguas, en el aire. . . casi inasi-
bles, casi inexistentes, salvo para aquel que está acostumbrado a
percibir vibraciones en el espacio, líneas de fuerza, extrañas anisotro-
pías. Me lo imagino oyendo decir a su amigo que "toute connaissance
que n'a pas précédée une sensation m'est inutile", y veo sus labios
plegarse en una sonrisa irónica, murmurando el n i s i i p s e i n t e l l e c t u s . . .
La analogía, la continuidad, la c o n s i s t e n e y , por medio del len-
guaje, recuperan su movimiento, la k i n e s i s , la z o e , acaso la p h r o n e s i s
de que hablaba Platón. Im A n f a n g w a r d a s W o r t ? ¿O más bien: m i t
d e m W o r t w a r d i e T a t ? El nombrar, la palabra hace que la polaridad
sujeto-objeto llegue a desaparecer y el pensamiento se transforma en
el objeto mismo. El pensamiento mienta allí de tal modo el objeto que
toda trascendencia queda anulada y las A b s c h a t t u n g e n quedan sus-
pendidas de un punto de convergencia.
Pero todo esto será una fantasía a menos que el mundo sea
representable, a menos que se le pueda reducir aquí y allí a elementos
inteligibles. Los pitagóricos lo habían soñado y Sócrates se lo recuerda
a Fedro. ¿Pero es posible? Se reitera la célebre paradoja epistemo-
lógica:
"Le monde est irrégulièrement semé de dispositions réguliers".
Y en esta nota marginal agrega:
"Si tout fût irrégulier, ou tout régulier, point de pensée, car
elle n'est qu'un essai de passer du désordre à l'ordre, et il lui faut 93
des occasions de celui-là, et des modeles de celui-ci".
Dicho en otros términos: si se comenzara por lo racional, la in-
teligibilidad sería imposible, y si todo fuera irracional sucedería l o
mismo. La paradoja consiste en que se tenga éxito en esa empresa,
que la naturaleza en una cierta medida parezca mostrarse penetrable,
plástica, respecto a una teoría que tiende a mostrarla como no exis-
94
tente.
Sin duda i n d i v i d u u m i n e f f a b i l e e s t , pero se trata de ubicarlo en
una red de relaciones racionales, de incluirlo en una combinatoria
compleja. E inmediatamente viene el N i h i l e s t s i n e r a t i o n e o el o m n e
e n s h a b e t r a t i o n e m , pero r a t i o s i v e i m a g o ? Pudo pensarse pero pron-
to se asistió al fracaso.
"Pourquoi de tout ce qui existe, une partie seulement peut-
elle, se réduire ainsi? Il y a un instant où la figure devient si
93 O . C . , I . , p. 1172 m.
94 Cf. las inolvidables páginas de E. Meyerson, especialmente en De 'Explica-
tion dans les Sciences.

130
 c o m p l e x e , où l ' é v é n e m e n t p a r a î t si neuf, qu'il faut r e n o n c e r à l e s
s a i s i r d ' e n s e m b l e , à p o u r s u i v r e leur t r a d u c t i o n en v a l e u r s c o n t i n u e s .
A q u e l p o i n t les E u c l i d e s s e s o n t - i l s a r r ê t é s d a n s l ' i n t e l l i g e n c e
d e s f o r m e s ? A q u e l d e g r é d e l ' i n t e r r u p t i o n d e la c o n t i n u i t é f i g u r é e
s e s o n t ils h e u r t é s ? C ' e s t un p o i n t final d ' u n e r e c h e r c h e où l'on
ne p e u t s ' e m p ê c h e r d'être tenté p a r les doctrines de l'évolution.
95
On ne veut p a s avouer que cette b o r n e peut être définitive".

A c a s o n o ; o a c a s o h a y a q u e m o d i f i c a r el e s t i l o del r a c i o n a l i z a r .
P u d i e r a s e r q u e h u b i e r a q u e b u s c a r s e la c o n s i s t e n c y p o r m e t á f o r a s ,
p o r a b s t r a c c i o n e s , p o r l e n g u a j e s n u e v o s . Ahí e s t á el r e i n o d e L e o n a r d o .
H a b r á q u e a b a n d o n a r la s i m e t r í a d e la i m a g e n , la s i m e t r í a f i g u r a t i v a ,
p o r la b e l l a s i m e t r í a a b s t r a c t a ; a b a n d o n a r el r a c i o n a l i s m o i m p r e g n a d o
d e i m á g e n e s s e n s o r i a l e s p o r la p o é t i c a del s u r r a t i o n a l i s m e c o m o lo
s u e ñ a G . B a c h e l a r d . R e c u e r d o a L a f o r g u e , al L a f o r g u e d e l a s M o r a l i t é s
Légendaires: " M é t h o d e , M é t h o d e , que me v e u x - t u ? T u sais bien que
j ' a i m a n g é d u fruit d e l ' i n c o n c i e n t " . Y r e c u e r d o a R i m b a u d : " N o u s
t ' a f f i r m o n s , m é t h o d e ! N o u s n ' o u b l i o n s p a s q u e tu a s glorifié h i e r c h a -
cun de nos a g e s " .
D e a h í p o d r í a d e s p r e n d e r s e u n m é t o d o d e la f a c u l t a d d e I d e a l i d a d ,
s e g ú n el l e n g u a j e f r e n o l ó g i c o d e P o e . T a r e a difícil e n q u e h a b r á q u e
d i s c e r n i r l a s r a z o n e s y l o s c a m i n o s d i f i c u l t o s o s , m e d i a n t e lo c u a l s e
d e s p r e n d e r á la P o e s y d e t o d a e s c o r i a , d e t o d a r e m i n i s c e n c i a ; l o g r a r ,
a p e s a r d e la v i d a , s u s p e n d i e n d o la v i d a , h a c e r s e p o e t a .
E s e m é t o d o s e e x t i e n d e a lo i n c o n s c i e n t e c o m o u n h a z d e l u z q u e
ilumina p r o f u n d o s c o r r e d o r e s s e c r e t o s d e n u e s t r o ser s o ñ a n t e en ese
i n s t a n t e d e la v i d a c r e a d o r a e n q u e el h o m b r e s e e n f r e n t a c o n s i g o
m i s m o en s u p l e n a s o l e d a d , c a s i d i r í a e n s u d e s o l a c i ó n , c o r t a d o s q u e
f u e r o n s u s l a z o s c o n el p a s a d o , c o n s u p a s a d o , c o n s u v i d a , e m b a r c a d o
9 6
en no sé qué bloque de eternidad. La P o e s y en su m o d a l i d a d m á s
p r o f u n d a , c u a n d o e s m á s q u e i m a g i n a c i ó n , a c t ú a c o m o si n a d a h u b i e r a
s i d o c r e a d o , c o m o si n a d a h u b i e r a d e i m i t a r s e . E n t r a m o s en el d o -
97
m i n i o d e la f a n t á s t i c a t r a s c e n d e n t a l .
9 8
F a n t á s t i c a t r a s c e n d e n t a l , C r í t i c a d e la I m a g i n a c i ó n P u r a , podría

95 O . C . , I., p. 1174.
96 "Ainsi, dans l'ordre plastique; l'homme qui voit se fait, se sent tout
à coup âme qui chante; et son état chantant lui engendre une soif de produire
qui tend à soutenir et à perpétuer le don de l'instant". (P. S. L . , p. 150).
97 "Hätten wir auch eine Phantastik, wie eine Logik, so wäre die Erfind-
ung Kunst erfunden. Zur Phantastik gehört auch die Aesthetik gewissermassen
wie die Vernunftlehre zur Logik". (Novalis, Schriften, II, p. 261).
98 "Comme je l'ai dit plus haut, les phénomènes de l'imagerie mentale sont
fort peu étudiés. Je maintiens mon sentiment de leur importance. Je prétends que
certaines lois propres à ces phénomènes sont essentielles et d'une généralité
extraordinaire; que les variations des images, les restrictions imposées à ces
variations, les productions spontanées d'images-réponses, ou complémentaires, per-
mettent de rejoindre des mondes aussi distincts que ceux du rêve, de l'état
mystique, de la déduction par analogie". (O. C , I., p. 1193 m ) .

131
 llamársele lo que permitiría distinguir una imaginación material que
exige un decorado y una imaginación formal que vive en un ambiente.
Los pobres en imaginación viven en ese decorado y por eso ha de ser
pintoresco, barroco, mientras que los que son ricos en imaginación
pueden reconstituir el ámbito entero, con la mera ayuda de un signo
alusivo, acaso de una mera palabra. Imaginación, pensamiento, cual-
90
quier palabra basta.
¿Este método, o más exactamente, este no-método de lo imagi-
nario no podría tener por tema de investigación esa metáfora que Leo-
nardo utiliza como medio de reducción en las artes plásticas? ¿No sería
válido aproximar la metáfora a la V e r d i c h t u n g como lo hace Lacan,
jugando con el doble sentido de espesamiento y poetización? "La
V e r d i c h t u n g , condensation, c'est la structure de surimposition des
signifiants où prend son champ la métaphore, et dont le nom pour con-
denser en lui-même la D i c h t u n g indique la connaturalité du mécanis-
me à la poésie, jusqu'au point où il enveloppe la fonction proprement
100
traditionnelle de celle-ci".
Me inclino a pensar la V e r d i c h t u n g , la V e r s c h i e b u n g , la D a r s t e -
l l u n g , como un conjunto inmenso de r é b u s , de R e i m s c h m i e d e , en que se
expresa un gigantesco sueño, pero en una lengua que posee una es-
tructura interpretable y a cuyas leyes se somete el habla individual.
"Il (Léonard) garde cet esprit symbolique, la plus vaste co-
llection des formes..."
Y en él todo se le hace lenguaje, lenguaje cuyas leyes vislumbra.
Cuerpos, rostros, edificios, todo muestra una combinación racional que
alcanza a lo posible. Siempre la búsqueda (y el hallazgo) del sistema.
El método funciona así en dos etapas: análisis en el sentido vulgar,
distinción de materiales y luego la construcción que implica un cierto
desligamiento, un distanciamiento de lo dado. Este es el momento su-
premo. ¿Cómo se construye? La construcción habrá de buscar un
cierto efecto. Valéry quiere seguir siéndole fiel a Poe; se siente incluso
99 "La vision la plus bizarre d'un visionnaire peut toujours être ramenée
ou rapportée à une simple déformation du réel observable, avec conservation
des conditions de la connaissance et cette vision peut d'ailleurs se décrire en
termes du langage ordinaire. Mais que l'on songe à la structure des choses et à
la forme d'univers que nous proposent aujourd'hui les développements des moyens
mathématiques et instrumentaux de la Science. Ces résultats sont, d'une part,
positifs puisqu'ils se réfèrent à des pouvoirs d'actions; d'autre part ils s'insèrent
d a n s l'inintelligible, ébranlent les vénérables "catégories de l'entendement", dé-
précient jusqu'aux notions de Loi et de cause, tellement que l'antique "realité"
de jadis devient un simple effect statistique, cependant que l'imagination elle
même, productrice de toutes les "visions" possibles et le l a n g a g e usuel, moyen de
leur expression, se trouvent frappés d' impuissance, incapables de nous représenter
ce que nos instruments et nos calculs nous obligent d'essayer de penser". O. C.
I» 877). Aquí se demuestra la necesidad de dilatar considerablemente el ámbito
y el poder de la imaginación.
100 Lacan, Ecrits, p. 511.

132
cerca de Mallarmé, es (o sea ser) el Anti-Sócrates. Pero M. Teste
observa y se sonríe. Me complazco en imaginar este diálogo:
Léonard — "C'est donc par une abstraction que l'oeuvre d'art peut se
construire, et cette abstraction est plus ou moins énergique,
plus ou moins facile à définir, selon que les éléments em-
pruntés à la réalité en sont portions plus ou moins complexes.
Inversement, c'est par une sorte d'induction, par la production
d'images mentales que toute oeuvre d'art s'apprécie; et cette
production doit être également plus ou moins énergique, plus
ou moins fatigante selon qu'un simple entrelac sur une vase
ou une phrase brisée de Pascal la sollicite".
M. Teste — Il me semblait indigne, d'ailleurs, de partir mon ambition
entre le souci d'un effet à produire sur les autres, et la
passion me connaître et reconnaître tel que j'étais, sans
omissions, sans simulations ni complaisances.
Sócrates — Là-bas, immortel — relativement aux mortels!... Mais
ici!. .. Mais il n'y a pas d'ici et tout ce que nous venons de
dire est aussi bien un jeu naturel du silence de ces enfers,
que la fantaisie de quelque rhéteur d'autre monde qui nous a
pris pour marionettes!
Fedro — C'est en quoi rigoureusement consiste l'immortalité.
El núcleo del problema radica en ese ici. Me inclino a tomarlo
fuera del ámbito del que fue pronunciado. Ilusión de la creación, ilu-
sión del conocimiento, ilusión... tal parece ser el drama de Valéry.
¿Qué tiene de extraño que su visión del arte se centre en aquel cuyas
formas parecen abrumar con su presencia una Nada que lo asedia?
La arquitectura, la música, aparecen así como medios de llenar
ese espacio vacío, eufemismo de la nada, construcciones donde se des-
liza la movilidad, en la cual también el hombre ha de participar, libe-
rándolo de una extraña compulsión paralizante que lo hace yacer está-
tico ante la convulsión del mundo. La idea que Valéry se hace sobre la
arquitectura y la música la desarrollaremos más adelante. Ahora que-
remos indicar su concepción de la espacialidad.
El pensamiento moderno está impregnado por la tesis que afirma
el carácter absoluto del espacio. Pero ese espacio homogéneo indife-
rente se va estructurando. Tanto el cálculo astronómico como la es-
101
tética van recuperando el sentido de mundus o kosmos. Sólo quien
se sienta alejado de esas modalidades podría sentirse aterrado ante
102
la vaciedad de ese espacio inmenso.
101 "Aujourd'hui des lignes d'univers, mais on ne peut plus les voir. - Peut-
être les entendre, car seuls les trajets que suggèrent les mélodies nous peuvent
donner quelque idée ou intuition de trajectoire dans l'espace-temps. (O. C . , I.,
p. 1195 m ) .
102 "Je vais jusqu'à pensar que l'ornement dans son principe, est une réac-
tion naturelle de nos sens en présence d'un espace nu, sur lequel ils tendent à

133
 Valéry retrocede al momento en que el espíritu humano estructura
el espacio a partir del habitat. En otro tiempo la arquitectura no apro-
vechaba el espacio, y la topología derivaba de la arquitectura. Hay un
espacio vivido antes del espacio pensado. Valéry se aproxima así a
ciertas ideas de Heidegger y Minkowski. El ser humano no puede
vivir sin ejercer una acción espacializante y anti-espacializante, según
se desprende del juego de palabras tan profundo de Heidegger sobre
la Entfernung.
Es probable que si en algún momento cesara esa acción anti-
espacializante, el ser humano quedaría sobrecogido por una atroz 103
angustia, al enfrentarse a la uniformidad, a la vaciedad absoluta. Es
la condición humana la que hace poblar ese vacío con formas, o mejor
dicho, pensar el espacio en función de formas irradiantes, creadoras de
la espacialidad. El silencio eterno desaparece anulado por el canto
de las esferas. Contemplando, especulando, teorizando, (usamos deli-
beradamente los sinónimos) podemos pensar que el espacio cósmico,
el cielo estrellado sobre mí, sea acaso idéntico a otra ley en
mí, de la cual la moral sea una modalidad. Es el camino que lleva al
intellectus arketypus.
El transcurrir de los años llevó a Valéry a una profundización de
los problemas. He procurado dar cuenta de esas variaciones apelando
a las marginalia, pero el ahondamiento ha de producirse de un modo
decisivo en Nota y Digresión y en Leonardo y los Filósofos.
"Cet Apollon me ravissait au plus haut degré de moi-même.
Qoui de plus séduisant qu'un dieu qui repousse le mystère, qui ne
fonde pas sa puissance sur le trouble de notre sens; qui n'adresse
mettre ce qui satisferait le mieux leur fonction de recevoir. Ainsi, l'homme qui
meurt de soif se peint de boissons délicieuses, et le solitaire qui brûle peuple
l'ombre de chair". ( P . S. L . , p. 148-9).
103 La hostilidad de Valéry hacia Pascal no se disimula en ningún m o -
mento. Además de las alusiones en la Introduction, a g r e g a que, aunque no pueda
emplazarse una Causa Primera o un Acto puro o un Espíritu en el cielo, "un
instinct que tient peut-être à notre structure verticale, peut-être, le sentiment que
nos destins sont suspendues à des phénomènes très éloignés, et que toute vie
terrestre en dépend, tourne inévitablement les hommes e m b a r r a s s é s ou affligés
ou tourmentés d a n s leurs esprits par leurs questions abusives vers le zénith
du lieu, vers le haut.
Exhausser, exaucer, sont le même mot! ( O . C , I., p. 4 6 7 ) .
Sin e m b a r g o Valéry reconoce una cierta inhumanidad en la noche. Frente a ella
surgen respuestas espontáneas unas, elaboradas otras. Las primeras, que tienen
que ver más bien con el corazón, suscitan la idea de un Ser creador de ese
firmamento que se ofrece inmenso. Se piensa en una Persona parecida a noso-
tros. Las respuestas elaboradas son las del Espíritu que busca y que se caracteriza
por la lentitud. Pero en ese trabajo lento se produce un progresivo acercamiento,
una mayor familiaridad en el g r a d o en que se comprende m á s .
"Pascal avait 'trouvé' mais s a n s doute parce qu' il ne cherchait plus. La cessa-
tion de la recherche et la forme de cette cessation, peuvent donner le sentiment
de la trouvaille. Mais il n'a jamais eu de foi d a n s la recherche en tant qu'elle
espère d a n s l ' i m p r é v u " . ( I d . , p. 473).

134
 pas ses prestiges sur le plus obscur, au plus tendre, au plus si-
nistre de nous mêmes; qui nous force de convenir et non de ployer
et de qui le miracle est de s'éclaircir; la profondeur, une pers-
pective bien déduite? Est-il meilleure marque d'un pouvoir
authentique, et légitime que de ne pas s'exercer sous un voile?
Jamais pour Dionysos, ennemi plus délibéré, ni si pur, ni armé de
tant de lumière, que ce héros moins occupé de plier et de rompre
les monstres que d'en considérer les ressorts; dédaigneux de les
percer de flèches, tant il les pénétrait de questions; leur supérieur
plus que leur vainqueur, il signifie n'être pas sur eux de triomphe
plus achevé que de les comprendre. - presque au point de les re-
produire; et une fois saisi leur principe, il peut bien les abandonner,
dérisoirement réduits à l'humble condition de cas très particuliers
104
et de paradoxes explicables".
Baudelaire, en sus reflexiones sobre Wagner, había sugerido que
el arte dramático implicaba la coincidencia de varias artes, que era el
105
arte por excelencia, el más sintético y el más perfecto. Baudelaire
sugería también que la historia de un cerebro individual puede repre-
sentar en pequeño la historia del cerebro universal.
Al pensar en Leonardo, Valéry buscaba su ley íntima, pero secreta-
mente guiado por el pensamiento de que la ley íntima de aquel podía
ser también la suya. Este tránsito, tránsito de la Persona al espíritu,
supone también un abandono de lo histórico. Su actitud hacia la histo-
ria ha sido siempre de desconfianza y de rechazo.
Ni en la novela ni en la historia encontramos ritmos, simetrías,
106
formas, ni siquiera composición. A sus ojos eso es un crimen de
lesa ciencia y de lesa arte. Acusa a Proust de complacerse en su in-
clinación natural.
"Nous, à chaque élément de notre chemin nous venons de mé-
connaître un infini en puissance, que n'est que la propriété de tous
nos souvenirs de pouvoir se combiner entre eux. Pour avancer dans
notre existence et satisfaire aux événements, il nous faut nécessai-
rement négliger cette propriété d'imminence de notre profonde
107
nature".
Esta dispersión, este disgregamiento, constituye una primera etapa
y parece insinuarse que Proust no pasó de allí. Creo incluso que si se
104 Id., I . , p. 1201-2.
105 " . . . tous les grands poètes deviennent naturellement, fatalement, criti-
ques. Je plains les poètes que guide le seul instinct; je les crois incomplets. Dans
la vie spirituelle des premiers, une crise se fait infailliblement, où ils veulent
raisonner leur art, découvrir les lois o b s c u r e s . . . (L'Art Romantique, p. 219).
106 Esp. en Regards sur le Monde Actuel. J a m á s se ha sentido atraído
por la obra de Proust. "Quoique je connaisse à peine un seul tome de la
grande oeuvre de Marcel Proust, et que l'art même du romancier me soit un
art presque inconcevable. ( O . C . , p. 769).
107 Id., p. 772.

135
 pudiera decir que L e T e m p s R e t r o u v é resultó posible, la memoria
afectiva que lo logró no hubiera significado nada a los ojos de
Valéry. El azar, la contingencia de una madeleine, habrían sido un
insulto a la omnipotencia del pensamiento. Casi diría que lo sugiere:
"J'ai pas de souvenirs d'enfance. En somme, le passé est pour
moi aboli dans sa structure chronologique et narrablc. J'ai le sen-
timent invincible que ce serait perdre mon temps que de retrouver
le temps perdu. . . Il me semble que mon être a i m e à oublier ce
qui ne sera plus que tableau et ne garde que ce qui se peut
assimilar à lui au point n'être plus un 'passé', mais un élément
108
d'acte mental éventuel".
Todas las referencias de Valéry sobre el dormir, los sueños, están
muy lejos de Proust y de toda "psicología". En la misma carta con-
tinúa:
"Mais je ne m'y suis mis qu'en conséquence de problèmes et
de considérations théoriques. Il en est résulté une quantité absurde
de notes et d'ébauches de systèmes (se rattachant à une représen-
tation du fonctionnement humain) dont ma littérature a partielle-
ment profité. N'oubliez pas que je distingue ou crois distinguer
radicalement ma 'littérature' de ma pensée'. J'ajoute que je suis le 1
moins Freudien des hommes et qu'il m'arrive de douter des rêves".**
Estas consideraciones nos llevan a realizar un cierto décalage
entre una historia que correspondería al plano de la vida, que puede
objetivarse y caer en manos de recopiladores de anécdotas y una cierta
vida (¿vida?) intelectual, puramente intelectual, que constituye esa Co-
media, que aún na ha sido escrita y en la cual Leonardo sería el per-
110
sonaje principal. Comedia superior a la Humana o aún a la Divina,
si no fuera que se confunde con ésta. Comedia o acaso diálogo, que
parece ser un género que conviene a su espíritu. Algún día estudiaré
los esbozos del Peri ton Theon, Dialogue des Dieux, Dialogue à propos
des Dieux.

108 Lettres à Quelques-uns, p. 224-5. Aproximar a "Je ne recherche p a s le

t e m p s perdu, que je repousserais plutôt. Mon esprit ne se plaît qu'en action".
( O . C . , p. 1203 m ) .
109 "Le rêve est une hypothèse, puisque nous ne le connaissons jamais
que par le souvenir, mais ce souvenir est nécessairement une fabrication. Nous
construisons, nous redessinons nos rêves; nous nous l'exprimons, nous lui don-
nons un sens; il devient narrable; histoire, scènes, distribution de personnages,
et d a n s ce scénario de souvenirs, la part prise pour le réveil, la reconnaissance,
nous est indiscernable, de ce qui restitue, peut-être, quelque chose de l'original
à jamais perdu". (О. С . , I., p. 881).
110 Dicha Comedia carecería de antecedentes; seria enteramente prospec-
tiva. Raymond, estudiando la actitud hacia lo humano, oponía una psicología
nacida de la introspección (en el fondo una retrospección) y una psicología
prospectiva. " L ' h o m m e ^ s t . . . devant-être-fait". Cf. Valéry, P r o p o s m e Concer-
-
nant, p. 53.

136
 Parece como si el tiempo de Leonardo, aún centrado en el presente
(que siente como solidario de la acción), no excluyera el futuro, pero
pensado como el ámbito de lo posible, o sea, como réductible en cierto
sentido lógico al presente. El tiempo parece suprimido si por tiempo
entendemos la duración real. "Je dois attendre que l e sucre fonde";
pero no concibo a Leonardo o a Valéry esperando impasibles sin que
el pensamiento se proyecte y conciba cómo los fragmentos de azúcar
han de disolverse; viendo con el pensamiento cómo se arremolinan en
el agua, cómo se distribuyen; viendo con el pensamiento las leyes que
los impulsan en función de la densidad del líquido; imaginando la tras-
mutación del líquido al contacto de la boca; buscando sinestesias del
color, olor, sabor. . .
Lo que Valéry no parece tolerar es una realidad, y desde luego
mucho menos la de Leonardo o la suya propia, que haya de formarse
por una serie de fragmentos, destinados a enlazarse. No puede existir
una fenomenología del Yo; allí estamos en la noumenología más pura.
"Nul n'est identique au total exact de ses apparences; et qui
n'a pas fait, quelque chose qui n'a pas fait, quelque chose que
n'est pas s i e n n e ? "
1 1 1

Frente al dilema del ser o el haber, Valéry se pronuncia por el

ser, pero está muy lejos de esos núcleos sólidos inaccesibles al análisis
de que hablan ciertas corrientes contemporáneas. Está en las antípodas
de una filosofía de la persona como la que se encuentra en G. Marcel. No
recuerdo haber encontrado en los escritos de Valéry el nombre de Pi-
randello, y ya hemos señalado cuál era su actitud hacia Proust. Y es
que la corriente que surge de ellos, por haber insistido en el carácter
inexhaustible del yo y del tú, ha dejado desvanecerse la unidad, el
centro del cual se irradian las ideas. Todo "sí mismo" misterioso, inal-
canzable parece desaparecer en el grado en que se está entre pares.
Cuando en determinado momento Valéry emprende la realización de
un prefacio para la obra de M. Martin Lamm sobre Swedenborg, abor-
da distintas cuestiones sobre la mística, sobre el significado del voca-
blo "espíritu", etc. pero la observación más importante la guarda para
sí.
"Même recherche que dans le Léonard. De ce qui a pu susciter
un Léonard ou un Swedenborg, en se prenant comme point de
départ, comme étalon. Reconstruir un homme d'après les possibili-
tés qu'on croit, ou non, avoir été les siennes. Le point de départ
d'une telle évaluation, c'est ce qu'on attendrait d e s o i - m ê m e si
112
un travail analogue vous était donné à accomplir".

111 O . C . , I . , p. 1203.
112 Cf. Cain, op. cit., p. 11-12.

137
 pudiera decir que Le Temps Retrouvé resultó posible, la memoria
afectiva que lo logró no hubiera significado nada a los ojos de
Valéry. El azar, la contingencia de una madeleine, habrían sido un
insulto a la omnipotencia del pensamiento. Casi diría que lo sugiere:
"Jai pas de souvenirs d'enfance. En somme, le passé est pour
moi aboli dans sa structure chronologique et narrablc. J'ai le sen-
timent invincible que ce serait perdre mon temps que de retrouver
le temps perdu. . . Il me semble que mon être aime à oublier ce
qui ne sera plus que tableau et ne garde que ce qui se peut
assimilar à lui au point n'être plus un 'passé', mais un élément
108
d'acte mental éventuel".
Todas las referencias de Valéry sobre el dormir, los sueños, están
muy lejos de Proust y de toda "psicología". En la misma carta con-
p B
tinúa:
"Mais je ne m'y suis mis qu'en conséquence de problèmes et
de considérations théoriques. Il en est résulté une quantité absurde
de notes et d'ébauches de systèmes (se rattachant à une représen-
tation du fonctionnement humain) dont ma littérature a partielle-
ment profité. N'oubliez pas que je distingue ou crois distinguer
radicalement ma 'littérature' de ma pensée'. J'ajoute que je suis le m
moins Freudien des hommes et qu'il m'arrive de douter des rêves".
Estas consideraciones nos llevan a realizar un cierto décalage
entre una historia que correspondería al plano de la vida, que puede
objetivarse y caer en manos de recopiladores de anécdotas y una cierta
vida (¿vida?) intelectual, puramente intelectual, que constituye esa Co-
media, que aún na ha sido escrita y en la cual Leonardo sería el per-
110
sonaje principal. Comedia superior a la Humana o aún a la Divina,
si no fuera que se confunde con ésta. Comedia o acaso diálogo, que
parece ser un género que conviene a su espíritu. Algún día estudiaré
los esbozos del Perl ton Theon, Dialogue des Dieux, Dialogue à propos
des Dieux.

108 Lettres à Quelques-uns, p. 224-5. Aproximar a "Je ne recherche pas le

temps perdu, que je repousserais plutôt. Mon esprit ne se plaît qu'en action".
( O . C . , p. 1203 m ) .
109 "Le rêve est une hypothèse, puisque nous ne le connaissons jamais
que par le souvenir, mais ce souvenir est nécessairement une fabrication. Nous
construisons, nous redessinons nos rêves; n o u s n o u s l'exprimons, nous lui don-
nons un sens; il devient narrable; histoire, scènes, distribution de personnages,
et dans ce scénario de souvenirs, la part prise pour le réveil, la reconnaissance,
nous est indiscernable, de ce qui restitue, peut-être, quelque chose de l'original
à jamais perdu". (O. C . , I., p. 881).
110 Dicha Comedia carecería de a n t e c e d e n t e s ; sería e n t e r a m e n t e prospec-
tiva. Raymond, estudiando la actitud hacia lo h u m a n o , oponía una psicología
nacida de la introspección (en el fondo una retrospección) y una psicología
prospectiva. " L ' h o m m e ^ s t . . . devant-être-fait". Cf. Valéry, P r o p o s m e Concer-
nant, p. 53. ' ^Sv.

136
 Parece como si el tiempo de Leonardo, aún centrado en el presente
(que siente como solidario de la acción), no excluyera el futuro, pero
pensado como el ámbito de lo posible, o sea, como réductible en cierto
sentido lógico al presente. El tiempo parece suprimido si por tiempo M
entendemos la duración real. "Je dois attendre que le sucre londe ;
pero no concibo a Leonardo o a Valéry esperando impasibles sin que
el pensamiento se proyecte y conciba cómo los fragmentos de azúcar
han de disolverse; viendo con el pensamiento cómo se arremolinan en
el agua, cómo se distribuyen; viendo con el pensamiento las leyes que
los impulsan en función de la densidad del liquido; imaginando la tras-
mutación del liquido al contacto de la boca; buscando sinestesias del
color, olor, sabor. . .
Lo que Valéry no parece tolerar es una realidad, y desde luego
mucho menos la de Leonardo o la suya propia, que haya de formarse
por una serie de fragmentos, destinados a enlazarse. No puede existir
una fenomenología del Yo; allí estamos en la noumenología más pura.
"Nul n'est identique au total exact de ses apparences; et qui
n'a pas fait, quelque chose qui n'a pas fait, quelque chose que
111
n'est pas sienne?"
Frente al dilema del ser o el haber, Valéry se pronuncia por el
ser, pero está muy lejos de esos núcleos sólidos inaccesibles al análisis
de que hablan ciertas corrientes contemporáneas. Está en las antipodas
de una filosofía de la persona como la que se encuentra en G. Marcel. No
recuerdo haber encontrado en los escritos de Valéry el nombre de Pi-
randello, y ya hemos señalado cuál era su actitud hacia Proust. Y es
que la corriente que surge de ellos, por haber insistido en el carácter
inexhaustible del yo y del tú, ha dejado desvanecerse la unidad, el
centro del cual se irradian las ideas. Todo "sí mismo" misterioso, inal-
canzable parece desaparecer en el grado en que se está entre pares.
Cuando en determinado momento Valéry emprende la realización de
un prefacio para la obra de M. Martin Lamm sobre Swedenborg, abor-
da distintas cuestiones sobre la mística, sobre el significado del voca-
blo "espíritu", etc. pero la observación más importante la guarda para
sf.
"Môme recherche que dans le Léonard. De ce qui a pu susciter
un Léonard ou un Swedenborg, en se prenant comme point de
départ, comme étalon. Reconstruir un homme d'après les possibili-
tés qu'on croit, ou non, avoir été les siennes. Le point de départ
d'une telle évaluation, c'est ce qu'on attendrait de soi-même si
118
un travail analogue vous était donné à accomplir".

111 O . C . , I . , p. 1203.
112 Cf. Cain, op. cit., p. 11-12.

137
 Cuando Thibaudet publicó su libro sobre Mallarmé, reflexionando
sobre el estado y las posibilidades de un espíritu que quiere imaginar
un espíritu, escribirá Valéry:
"Il faudrait être de plain-pied. Corneille = Corneille".
m Esta fórmula debe retener nuestra atención, y podríamos agregarle
steut Leonardo, tal vez Paulus. La mayúscula reitera la igualdad y
casi me sentiría tentado de las tres barras de la identidad... Sicut
P o e ? ¿Por qué no? O al menos Dupin, aquel Dupin que se divertía
tanto con la palabra odd, la que Baudelaire traduce inexactamente por
bizarre. E el ámbito de lo humano, lo meramente humano, acaso todo
n

sea odd. Y Dupin, para resolver el enigma "a little too self évident,
simple and odd" tiene que suprimir ese odd. Odd es una característica
de la mentalidad plebeya como la del Prefecto, "who had a fashion of
calling everything 'odd' that was beyonti his compréhension, and thus
"ved amid an absolute legión of 'oddities'. "
Si avanzamos a plain-pied, todo odd desaparece, es decir, toda
singularidad (no bizarrería), y así entramos en la hiperbolización de
pairs. ¿Cómo alcanzar esta pairie (no paridad)? Y digo alcanzar,
porque este título nobiliario no se hereda, ni se posee en la actualidad
pura, al nivel de la existencia (en sentido modal), sino en la poten-
cialidad pura.
Recuerdo un testimonio insuperable que Gide consignó en su
Journal: "Cest par accident que j'écrit des vers. Je serais exacte-
ment le même si je ne les avais pas écrits. Cést-à-dire que j'aurais,
a mes propres yeux, la même valeur. Cela n'a pour moi aucune impor-
113
tance. Ce qui importe, je voudrais le dire". Lo que más importa,
lo que más le importa, lo que era más él mismo, era su posible, y
que la historia no desprende jamás sino inciertamente.
La historia evidentemente no. ¿Pero la obra? Aquí creo que se
podrían separar dos puntos de vista: el del creador, para el cual la
obra es un ejercicio, un ejercitar su capacidad instintiva (uso esta
expresión chocante pensando en Trieb-treiben= ejercitar).
Sin embargo, una vez existente, la obra es una realidad en sí, exis-
tente como un imaginario (en el sentido de Sartre, no de Lacan),
con una modalidad objetal específica que no puede explicarse por
más que se investiguen los recodos secretos mentales, viscerales, la
historia pública o secreta del creador. Estamos en pleno antipsicolo-
gismo (en sentido husserliano).
Hay algo que es insoslayable: la obra misma. La famosa frase de
Valéry:
"L'enthousiasme n'est pas un état d'âme d'écrivain"
113 A. Gide, Journal, p. 749.

138
alude a la actitud por la cual se pretende que las emociones
del lector dependan o resulten directamente de las emociones del au-
114
tor, como si la obra no existiera. Sobre esta frase ha propuesto
esta aclaración:
"Il y a deux, états; l'un où celui qui fait son métier d'écrivain
est traversé d'une sorte d'éclair; car, enfin, cette vie intellectuelle
et non passive se compose de fragments; elle est en quelque sorte,
formée d'éléments très brefs, mais qu'on sent tres riches, qui n'éclai-
rent pas tout l'esprit, qui lui indiquent, au contraire, qu'il a des
formes tout à fait neuves dont il est sûr qu'il les possédera par
un certain travail. Ce que j'ai observé quelquefois, c'est l'arrivée
d'une sensation de l'esprit, d'une lueur, non pas une lueur éclai-
rante, mais fulgurante. Elle vertit, elle désigne beaucoup plus
qu'elle n'éclaire, et en somme, elle est elle même une énigme qui
porte avec elle l'assurance qu'elle peut être différée. On dit: 'Je
vois, et puis demain je verrai ensuite'. Un fait se produit, une
sensibilisation spéciale; bientôt on ira dans la chambre noire et
115
l'on verra apparaître l'image".
Este momento, el momento de la cámara oscura, excluye el en-
tusiasmo porque de otro modo se estropearía la placa y luego el
revelado puede ser decepcionante. El hecho nuevo que se produce en
el espíritu depende de una cierta sensibilidad momentánea y es im-
posible decir aquí cual es la causa y cual el efecto. Pero parecería
que el trabajo hiciera del artista una especie de resonador muy sen-
sible a todos los incidentes de la conciencia que pueden servir a su
designio.
Si ha de existir un psicoanálisis del arte legítimo, es el psicoa-
nálisis del lector, no del autor, quien al generalizar la sublimación,
mantiene demasiado fielmente el sentido de la palabra, de modo que
las obras resultan ser escorias, deyecciones emocionales, Siempre he
desconfiado de los: "N.N. más íntimo", "La verdadera imagen de X.X.",
pues en función de un episodio la más de las veces trivial, de una
relación familiar equívoca, quieren explicar una vida, y una entre...
Creo que la única forma de complacencia que se puede experimentar
frente a esas "explicaciones" es la complacencia de descubrirse uno 116
mismo. Ese es el punto de partida del psicoanálisis del lector.
La preocupación de Valéry va pues orientada en dos direcciones:
la dirección que toma al lector como meta, y la dirección que tomó
al propio autor como objetivo.
114 "L'orgie n'est plus la soeur de l'inspiration; nous avons cassé cette
parenté "adultère". (Baudelaire, l'Art Romantique, p. 274).
115 La Création Artistique, Vues, p. 304.
116 Este criterio se lo he oído exponer a O. Mannoni en el curso de
una conferencia sobre Baudelaire.

139
 'il est des auteurs, et non des moins célèbres, dont les oeu-
vres ne sont qu'élimination de leurs émotions. Elles peuvent
toucher; mais non édifier ceux qui les produisent. Ils n'apprennent
pas en les faisant, à faire ce qu'ils ignoraient, à être ce qu'ils
117
n'étaient pas".
Edificar, vocablo de resonancias teológicas, que hace pensar en
sermones, aquí alude a lo arquitectónico, a la construcción. Y en la
idea de totalidad viene a enlazarse naturalmente. Nada que le repugne
más que la autonomía, el funcionamiento aislado de las funciones. Pri-
macía de la conciencia significa la eliminación de todo elemento oscuro,
trabajando secretamente o conservado en la ociosidad. Increíble resulta 118
que este hombre que sentía que la angustia era su verdadero oficio
no exaltara jamás lo patético, y luchara desde el alba, no ya hasta
el alba, contra él. Fijaba también vértigos, pero buscaba exorcisarlos
por la mirada. La victoria consistía en el logro de la precisión, de la
conducción de los pensamientos. Sin duda hay un primer momento
de lo natural, de lo inmediato, del cual hay que partir. Allí está el reino
del azar, en este mundo sub-lunar, el de la contingencia. Allí y no en
el Olimpo se combaten Daimon, Tuké, Exos, Ananké, acaso Elpis.
119
Pero siempre muy lejos de Goethe...
"Je sentais, certes, qu'il faut bien, et de toute nécessité, que
notre esprit compte sur ses hasards; fait pour l'imprévue, il le
donne, il reçoit; ses attentes expresses sont sans effets directs, et
ses opérations volontaires ou régulières ne sont utiles qu'après
coup, comme dans une second vie qu'il sonnerait au plus clair
de lui-même. Mais je ne croyais pas à la puissance propre du
délire, à la nécessité de l'ignorance, aux éclairs de l'absurde,
à l'incohérence créatrice. Ce que nous tenons du Hasard tient
toujours un peu de son père! Nos révélations, pensais-je, ne sont
que des événements d'un certain ordre, et il faut encore interpré-
ter ces événements connaissants. Il le faut toujours. Même les
plus heureuses de nos intuitions sont en quelque sorte des résul-
tats inexacts par excès, à l'égard de notre clarté ordinaire; par dé-
faut, au regard de la complexité infinie des moindres objets et des
cas réels qu'elles prétendent nous soumettre. Notre mérite person-
nel, après lequel nous soupirons - ne consiste pas à les subir
tant qu'à les saisir, à les saisir tant qu'à les discuter... Et^notre 120
riposte à notre génie vaut mieux parfois que son attaque".
No es buscando ascendencias o raíces oscuras como se valoriza
y exalta el proceso, sino en la confrontación de la necesidad, de nues-
117 O . C . , p. 1206 m.
118 " . . . Angoisse, mon véritable métier". ( T e l Quel, I . , p. 213).
119 "Valéry ne d e m a n d e p a s a l ' a r t . , d'être une "explication orphique
de la T e r r e . . . " ( R a y m o n d , op. c i t . , p . 9 8 ) .
120 O . C . , p . 1207.

140
tra necesidad, cenestésica, hereditaria, ambiental, con el uso reflexivo
que hacemos de ella.
No se rehusa, pues, a la idea de una espontaneidad creadora que
acaso podríamos provocar. Y así parece como si se deslindaran dos
planos. La creación no es obra exclusiva de la inteligencia. Aunque
exista un nivel en que la inteligencia y la voluntad trabajan con- 121
juntamente, hay un elemento de espontaneidad ineludible. La re-
flexión es un sinónimo de rigor o b s t i n a d o , condición de la libertad po-
sitiva; no la libertad ilusoria que consiste en ser juguete de las fuerzas
que existen en el mundo.
Leonardo (Valéry) ha buscado separarse de su persona singular
para hacerse universal. Perder la singularidad es también perder la
originalidad. Acaso sí, pero hay algo más valioso que la originalidad,
que es la originariedad, quiero decir, la actitud por la cual el hombre,
el pensador, el creador, se vuelve a sus orígenes, a su forma de ma-
nar, de brotar original, para manejar, para encauzar esa fuente.
(Aludo a la riqueza de significados de U r s p r u n g , u r s p r ü n g l i c h , s p r i n -
g e n . . . ) Y henos aquí meditando: porque ¿qué es la reflexión sino
un revivir de los pensamientos, de las experiencias, un hacerles su-
frir o disfrutar diversas encarnaciones en donde la psique con su gan-
ga vital es la cárcel de la Idea?
Platón, como se sabe, nunca se pronunció muy claramente
acerca de la cuestión de si las almas tenían origen y es que en ge-
neral los problemas relativos al origen superan la comprensión. Pero
aún así tratemos de ver cual o como podría ser esa primera visión
aludida:
'il existe presque toujours un premier état, une phase émo-
tive qui ne tend à aucune forme finie, déterminée et organisée,
mais qui peut produire des éléments partiels d'expression, des
fragments, qui trouveront, un jour, - ou ne trouveront jamais - leur
t o u t . . . Dans cet état, paraissent un mot, une formule, une image,
un dispositif, qui retrouvés plus tard, viendront se loger dans une
composition, servir inopinément de germe, ou de solution... Ose-
rai-je nommer ces fragments: les d é b r i s d u f u t u r . . . ? " 1 2 2

121 "Le désordre est essentiel à la 'création' en tant que celle-ci se définit
par un certain ordre. Cette création d'ordre tient à la fois de formations sponta-
nées que l'on peut comparer à celles des objets naturels qui présentent des
symmétries ou des figures 'inteligibles' par elles-mêmes; et d'autre part, de
l'acte conscient (c'est-à-dire qui permet de distinguer et d'exprimer séparément
une fin et des m o y e n s ) . En somme, dans l'oeuvre d'art, deux constituants sont
toujours présents: 1) ceux qui sont articulés, ont pu être pensés, 2) ceux dont
nous concevons pas la génération, qui ne peuvent s'exprimer en actes". (O. C . ,
p. 1412).
Reconociendo las dificultades de la elección declara: "Il y a choix, il n y a que
choix quand l'ensemble des possibles est un ensemble d'objets simples ou élé-
m e n t s définis par une seule q u a l i t é . . . " (Vues, p. 309).
122 Vues, p. 296-7.

141
 •Cómo no ver la condición especial en que aparece ese futuro?
EsosSragmentos son d é b r i s d'un futur destinado a no existir jamás
Es el futuro de su relatividad a ese presente del primer estado, p r e 0

que luego habrá de ser distinto.

Por ahora no hay ningún secreto que la psicología no da pue

abordar Todo creador conoce esa tarea fragmentaria, hecha por es-
bozos por alusiones, por esquemas, que parecen contener tan vaga y
tan imprecisamente la obra definitiva y que generalmente se aleja in-
mensamente de esa su primera existencia.
La imagen, si es que existe, parece actuar como la imagen media-
dora, según el célebre texto de L'Intuition P h i l o s o p h i q u e . Valéry l ha 0

visto' con gran profundidad:

"Intuition" dans le langage de bien des modernes, c'est l'union
mystique d'une image et d'un miracle. I m a g e m i r a c u l e u s e .
On est dans une prison désespérée. Un rayon lumineux tombe
et fait voir la clef sur le sol.
L'image joue le rôle d'une dimension nouvelle, ou de l'organe
de cette dimensión. Elle change la c o n t i n u i t é d'un certain espace
en introduisant l'inverse d'une c o u p u r e - ou c o u p u r e " . 1 2 3

Pero luego comienza una segunda fase que tiende a la obra or-
ganizada:
"Celle-ci implique un ordre tout différent d'activité mental.
L'auteur, qu'il s'en doute ou non, prend une attitude toute nouvelle.
Il ne voyait d'abord qu'en soi-même et que soi-même; mais à peine
songe-t-il à une oeuvre, il entre dans un calcul d'effets extérieurs.
C'est un problème d'accomodation qui se pose; il se preocupe
consciemment ou inconsciemment des sujets sur lesquels doit agir
son ouvrage, il se fait une idée de ceux qu'il visa et il se repré-
sente, d'autre part, les moyens dont il peut disposer pour cette
124
action".
Son estas combinaciones las que deberán someterse al análisis
estético y el crítico sabe o cree saber sobre el artista más de lo que
éste mismo sabe o quiso saber. Naturalmente hay excepciones: Poe,
125
Mallarmé, Baudelaire, Wagner, Valéry...
La búsqueda de esa acción intersubjetiva debe ajustarse a una
serie de condiciones: por ej., preámbulo, tema, desarrollo, conclusiones 126
generalmente convencionales y más o menos reglamentadas. El es-
tructuralismo lo ha puesto de relieve.
123 Tel Quel, I., p. 52.
124 Vues, p. 297.
125 La actitud de T h . Mann en Die E n t s t e h u n g D o k t o r F a u s t obedece a
otra modalidad. .
126 Con respecto a esta acción intersubjetiva, Valéry es drástico: Le
poète dépend du lecteur. Je p r é t e n d s m ê m e que l'inspiration est ce qu'il faut
suggérer au lecteur, c'est au lecteur à fournir l'énergie". ( V u e s , p. p. 306).
142
 No hay que pensar aquí en la oposición artístico-artificial. El
problema de los medios desempeña un papel fundamental.
"Et il arrive très fréquemment que la connaissance, le sen-
timent des moyens engendre la fin. Je ne serais même point éloigné
de croire que certaines pensées profondes ont dû leur origine à
la présence dans l'esprit ou à l'imminence de formes de langage,
de certaines figures verbales vides et d'un certain ton, qui appe-
127
laient un certain contenue".
Un ejemplo de gran riqueza es la prehistoria de L a Jeune P a r q u e .
En una carta a André Fontainas, Valéry declara:
"Oui, je me suis imposé pour ce poème des lois, observances
constantes, qui e n c o n s t i t u e n t le v é r i t a b l e o b j e t . C'est bien un
exercise et voulu et repris et travaillé; oeuvre seulement de volon-
té; et puis d'une seconde volonté, dont la tache dure est de mas-
quer la première. Qui saura me lire, lira une autobiographie, dans
la forme. Le fond importe peu. Lieux communs. La vrai pensée
n'est pas adaptable au vers.
Mais c'est du langage que je suis parti-d'abord pour faire un
morceau grand d'une page; puis d'écart en écart, cela s'est enflé
aux dimensions définitives. Croissance naturelle d'une fleur arti-
128
ficielle".
Fontainas hizo caso omiso de la restricción ("dans la forme") y
tomó al pie de la letra el intento de una autobiografía. Michaud incu-
129
rrió en el mismo error.
En una carta a Duhamel de 1929, Valéry restituye los hechos y la
teoría de la creación:
"Ja me livrais— depuis 1892 — à des pensées et à des p r o -
blèmes toujours plus éloignés de la poésie, et même de toute litté-
rature praticable. Plus j'allais, plus j'étais sûr, sans même y songer,
de ne revenir jamais à l'exercise des lettres. J'accumulais seulement
des notes ou idées, mais diverses, et si libres de toute intention de
les u t i l i s e r , que la seule pensée de les reprendre et d'un faire quel-
que ouvrage, me paraissait absurde. Je trouvais une satisfaction
presque a n i m a l e dans l'habitude d'exercer mon esprit; car l'esprit
est aussi une sorte de bête, qui a ses instincts, qui, peut-être, est
capable de cette monstruosité logique: se fabriquer du nouveau
130
par habitude!..."

127 ld. , p. 299.

128 O . C . 1., p. 1622.
129 Cf. Michaud, Mesagge Poétique du Symbolisme, 111, p. 562.
130 Lettres, p. 179. Cf. también las cartas a P . Louys.
143
 En su Comunicación a la S o c i é t é F r a n ç a i s e d e P h i l o s o p h i e , Valéry,
hablando de la creación, insiste en el aspecto lateral, en un ritmo que
se fue haciendo sensible al espíritu y del cual durante un tiempo no
había tenido conciencia. En una carta a Bemol elucida el concepto de
lateral:
"En vérité, ma vie intellectuelle s'est développés depuis 92
le long d'un axe de recherche de mon propre fonctionnement men-
tal et adjacent au mental, fort différent d'un chemin de philosophe,
et la production d'oeuvres n'a été qu'un ensemble d'écarts limités
par le fil conducteur. Par ejemple, le long travail de L a Jeune
P a r q u e , m'a donné de très nombreuses observations laterales'. Et
surtout le sujet qui se dessinait de phase en phase de la formation
du poème m'obligeait à un va-et-vient assez laborieux, mais très in-
téressant en soi, entre une conception plutôt abstraite d'une vie
dans son fonctionnement complet tel qu'on peut en avoir conscience
et les conditions a priori que le considérais essentielles à l'exis-
131
tence poétique de l'oeuvre".
Estas observaciones laterales sugieren entonces que Valéry veía,
creando, un raro desdoblamiento de la inteligencia. Ese ritmo inicial
buscaba corporizarse y para ello exigía un lenguaje. Todavía la forma
y la materia casi no se distinguían. Luego un esfuerzo hizo surgir el
primer verso que
"se trouva non seulement tout fait, mais m'apparût comme
impossible à modifier, comme l'effet d'une nécessité. Mais ce vers
à son tour exigeait une suite musicale et logique. Le doigt était
dans l'engrenage. Par malheur pour les poètes l'heureuse coïnci-
dence ne se poursuit pas continuement, et il faut en appeler au
travail et aux artifices pour i m i t e r celui qu'on fut pendant un ins-
132
tant".
Puede notarse un cierto escamoteo en lo que tiene que ver con
la aparición de ese primer verso que actúa como germen, con cierta
espontaneidad ineludible, pero el pensamiento actúa luego (casi di-
ría) en contra de ella.
"Des chaínes, qui se roidissent à chaque mouvement de notre
génie, nous rappellent, sur le moment, à tout le mépris que mérite,
sans aucun doute, ce familier chaos, que le vulgaire appelle pen-
sée et dont ils ignorent que les conditions naturelles ne sont pas
moins fortuites ni moins futiles, que les conditions d'une charade.
C'est un art de profond sceptique que la poésie savante. Elle
suppose une liberté extraordinaire à l'égard de l'ensemble de nos
idées et de nos sensations. Les dieux, gracieusement, nous donnent
131 M. Bemol, P . Valéry, p. 289.
132 Vues, p. 301.

144
 pour rien tel premier vers; mais c'est à nous de façonner le second,
qui doit consonner avec l'autre, et ne pas être indigne de son
aîné surnaturel. Ce n'est pas trop de toutes les ressources de l'ex-
périence et de l'esprit pour le rendre comparable au vers qui fut
133
un don".
Ch. Du Bos le asigna una gran importancia a este texto: "Exacte-
ment elle désigne le moment où il rend au hasard même ce qui est dû
134
en la création poétique". Esa reflexión se emplaza en un texto donde
se comenta la actitud de H. Bremond, aproximando la poesía pura a
una mística. Du Bos mismo, inhibiéndose de apelar a Claudel y al
famoso: "Quelqu'un qui soit en moi plus moi-même que moi" (je n'avais
pas voulu deflect the course of the conversation, - nos dice) a pesar
de su habitual fineza, parece no haber entendido el problema. Hablar
de "coeur frémissant", de que "il faut subir le Maître" a alguien que
se esforzó constantemente por lograr que nadie fuera más él mismo
que él! Creo que quien considera la "trouvaille" como una "recherche"
paralizante o inhibidora no se sentiría muy de acuerdo. Valéry le re-
prochaba a Pascal no haber tenido jamás "de foi dans la recherche
en tant qu'elle espère dans l'imprévu".
En general, los artistas han hecho un culto del pudor. Con la
creación, con el espíritu, ocurre como con lo carnal: lo más importante,
el órgano creador se oculta. Y así como un pudor que llamaríamos
objetivo hace que los animales, o más exactamente la naturaleza, es-
conda en ellos los órganos reproductores, hay también un impudor
que domina en los vegetales. Pienso así en una modalidad artística que
llamaría fanerógama: la c r e a c i ó n , l a g e s t a c i ó n a l a l u z . Artistas faneró-
gamos .. .
Pero es sobre todo en la idea de libertad del espíritu que debe
insistirse: libertad respecto al conjunto de nuestras ideas y de nuestras
sensaciones. El e s t a d o p o é t i c o se presenta así como un e s t a d o s e g u n d o .
Esta afirmación la extraigo de una reconstrucción realizada por Du Bos
de una elucidación de Valéry:
"Je crois, pour employer le langage dont je me sers avec moi-
même, que cet état est un état second, j'entends par là un état où
l'esprit travaille sur des matières déjà préparées et immobilisées
par l'effort même de l'attention. C'est un état variable quand à
la durée (il serait d'ailleurs très important de l'étudier, ce qui n'a
pour ainsi dire jamais été fait sous cet aspect du temps) mais en
tout cas je le crois relativement court. 11 ne saurait d'ailleurs en
être autrement car c'est le seul travail intégral de l'esprit et il ne
peut se soutenir longtemps. 11 faudrait aussi étudier le rôle, que
je crois capital, de la Mémoire dans l'inspiration — se libérer bien

133 O . C . , 1 . , p. 482.
134 C h . D u B o s , Journal, 1 . , p. 108.

10
 entendu du sens tout superficiel que Ton attache d'habitude à ce
mot mémoire. Au fond, en ces choses, il s'agit souvent de choses
beaucoup plus humbles qu'on ne le veut d'habitude reconnaître:
pour employer mon propre exemple, certains de mes poèmes sont
sortis entièrement d'un vers isolé, ainsi L a P y t h i e , parfois d'une
simple tournure de phrase, ainsi le sonnet de l'Abeille, qui a été
135
composé très rapidement.
Y a propósito de esa función de la memoria es el nombre de Poe
el que llega de inmediato. En Poe se puede notar la misma oscilación.
A veces cree posible encarnar en palabras, fantasías tan exquisitamente
delicadas que no son pensamientos y a las cuales h a s t a a h o r a no ha
sido posible adaptar el lenguaje. Son fantasías en que parece que los
sentidos tradicionales fueran sustituidos por cinco miríadas de otros
sentidos ajenos a la mortalidad. Pero luego expresa su esperanza de
que el lenguaje llegue a traducirlas: "Now, so entire is my faith in the 136
power of words, that, at times, I have attempted to describe".
También Poe sugiere la idea de un e s t a d o s e g u n d o , en donde la
memoria desempeña un papel primordial. "I have proceeded so far
secondly, as to prevent the lapse from t h e p o i n t of which I speak —
the point of blending between wakefulness and sleep — as to prevent
at will, I say, the lapse from this border-ground into the dominion of
sleep. Not that I can c o n t i n u e the condition — not that I render the
point into wakefulness — and t h u s t r a n s f e r t h e p o i n t i n t o t h e r e a l m of
M e m o r y — convey its impressions, or more properly, their recollec-
tions, to a situation where (although still for a very brief period) I can
137
survey them with the eye of analysis".
Tránsito de esa situación-límite o punto de mixtura (the point of
blending between wakefulness and sleep) y mediante cuya transferencia
en el reino de la memoria es posible observar con mirada analítica.
Aquí vemos ese estado de atención profunda de que habla Valéry.
¿Atención que llega a devorar el objeto? A veces lo creería. Creería
que el espíritu, la conciencia, conciencia de... realiza un rodeo por el
universo para volver a cerrarse sobre sí misma. Creería que todo acon-
tecer es materia a asimilar, sobre la cual ha de proyectarse, y de ese
modo, el tiempo, condición misma del acontecer, resulta abolido.
"Pour une présence d'esprit aussi sensible à elle-même, et
qui se ferme sur elle même par le détour de l'Univers, tous les évé-
nements de tous les genres, et la vie, et la mort, et les pensées, ne
lui sont que des f i g u r e s subordonnées. Comme chaque c h o s e v i s i b l e
est à la fois étrangère, indispensable et inférieure à la c h o s e q u i
y v o i t , pâlit à la reflexion devant la seule persistance de l'attention
135 Ch. Du Bos, Journal, I., p. 107-8.
136 E. A. Poe, Marginalia, p. 659.
137 Id.

146
 elle même. Tout le cède à cette universalité pure, à cette généralité
1
insurmontable que la conscience se sent être".™
La cosa visible queda anexada, transformada en ideograma. La
voluntad de Valéry es una voluntad de conquista, de absorción, posee
esa voluntad de dominio que Malraux señalaba en el arte de fines de
siglo.
¿La imagen de la araña que Sartre proponía como imagen de la
mentalidad dominante en su juventud y que adecúa al predominio del
idealismo que sugiere un espíritu ávido de alimentos dirigiéndose
amenazador hacia el mundo, será apropiada si la creación termina
con una cosmofagia, con una nihilización? Me pregunto si el universo
del arte no será un nuevo universo que hasta ahora se desconocía. . .
¿Y la obra de arte un nuevo objeto? Obsolescencia del idealismo y
del realismo, Así hay momentos que sugieren un cierto desequilibrio
en la relación intencional y asoma un cierto idealismo que se tiñe de
nihilismo:
"La connaissance et son objet sont, en quelque manière, ré-
ciproques. Mais cette réciprocité n'est pas si rigoureuse qu'elle ne
laisse je ne sais quelle généralité, quelle liberté à l'égal de tous
les objets ou contenues. La vie n'épuise pas pour ses besoins toutes
139
les ressources de l'esprit et des sens qu'elle soutient".
Me resulta sumamente difícil expresarlo, pero pienso en un cierto
movimiento, en un puro llevar y traer; pienso en el espíritu como una
especie de oficiosa abeja en un d u c e r e constante, al cual un cortejo
de imágenes enlazado a los prefijos s e , intro, i n , c o n , p r o , presta di-
versos sentidos. En especial retengo: p r o d u c e r e .
Los filósofos han temido o han desconfiado muchas veces de la
apariencia. Su autodominación de "meta-físicos!" los ha llevado a
rechazar lo inmediato y a marchar m e t a !
Una gran sabiduría, acaso verdades muy profundas se ocultan
en los mitos. El mito o leyenda de Ulises fue muy discutido en la An-
tigüedad; se ponía en duda el valor moral y la significación del héroe,
pero a partir de Platón su causa fue ganada. Quedó ganada en el
momento en que Sócrates vio en él la encarnación de la virtud, en 140
cuanto ella implica la elección lúcida de la inteligencia. Ulises: el
p o l y t r o p o s . T r o p o s eran las diferentes maneras de hacer girar una
idea y así Antístenes lo identificó con los s o p h o i que sabían hacer girar
las ideas y hablar de varios modos, incluso a d u s u m D e l p h t n i . La igno-
rancia era la monotonía del monotropos. En vez, el P o l y t r o p o s tiene
otra faz. Es una asceta sensorial. Me refiero a la ascesis que lo aparta

138 O . C . , 1., p. 484.

139 Id., p. 1222 m.
140 Hip. min. 364-c.

147
 del loto, fruto misterioso que hace perder el recuerdo del hogar, q Ue
brinda la h e d o n é , la voluptuosidad, que le hace rechazar el K i k e o n de
Circe, que conoce el peligro del canto de las Sirenas. Pero es entonces
donde muestra su superioridad respecto a los discípulos. Con las manos
y los pies atados, pero de pie, permanece inmune a la seducción; l a
sabiduría lo encadena. La dulzura de la sabiduría vence la dulzura de
la complacencia sensorial. Oir a las Sirenas no es para todos. Descon-
fianza de la apariencia, sobre todo de la bella apariencia, mientras la
inteligencia permanece erguida dominante. ¿No ha sido ésa la actitud
de M. Teste?
"II y a des personnages qui sentent que leurs sens les séparent
du réel, de l'être. Ce sens en eux i n f e c t e leurs autres sens.
Ce que je vois m'aveugle. Ce que j'entends m'assourdit. Ce
en quoi je sais, cela me rend ignorant. J'ignore en tant et pour au-
tant que je sais. Cette illumination devant moi est un bandeau et
recouvre ou une nuit ou une lumière plus. . . Plus quoi? Ici le
cercle se forme de cet étrange renversement: la connaissance, com-
me brilliant, comme taie et opacité. 141
Otez toute chose que j'y voie".
¿Actitud de negación, de aniquilación, voluntad de nihilismo? Yo
diría más bien: replegamiento sobre sí, recuperación de la auténtica
espontaneidad, de la autonomía, reflexión segunda, condición de emo-
ciones superiores, intelectuales. No es una expresión caprichosa. Va-
léry la utiliza expresamente:
"Je dis ému, car il est possible de l'être par des causes pure-
ment 'intellectuelles'. II a chez quelques-uns, vous en été bien sûrs,
une manière de sensibilité intellectuelle. .. il me semblait que
l'intelligence, dans l'exercise de ses recherches illimitées, faisait
éprouver des émotions tout analogues - quoique d'une tonalité toute
particulière - à celles qui sont associés aux impressions que causent
les spectacles naturels, les événements de la vie affective, les cho-
ses de l'amour ou de la foi. L'émotion intellectuelle est évidem-
ment plus rare que les autres. L'art qui la fixe et la restitue ne
142
peut avoir qu'une résonance restreinte..."
Nada más lejos de él que el f r i s s o n n o u v e a u , o incluso que el
S c h a u d e r . Todos valores de choque que actúan por no sé qué camino
oscuro, biológico, que los años han cavado en un limo sombrío que
infelizmente aún es nuestro, pero que nos mantiene por debajo de
nosotros mismos.
"Qui est-ce qui parle le plus mal? Quel est l'être qui pâturage,
qui balbutie, qui sert le plus gauchement des mots les moins jus-
tes les plus incohérentes, et tient les raisonnements les plus
141 M. T e s t e , p. 60-1.
142 Vues, p. 287-8.

148
 absurdes? Qui est le plus méchant écrivain possible? Le pire des
penseurs?
C'est notre Ame. Avant qu' elle se souvienne qu'il y a des
oreilles extérieures, et des témoins, et des juges pour le procès
de sa pensée, avant qu'elle appelle la vanité et les idéaux à son
secours, Idées de la Clarté, de la Rigueur, de la Commune-Mesure,
de la Puissance, etc. elle est à chaque instant au-dessous de
143
tout".
Y bien! ¿No se tratará entonces de que esté au-dessus de tout?
Sin duda; pero ¿cómo lograr la transmutación, la sublimación en el
sentido de los antiguos alquimistas? ¿Con el Espíritu? Pero es que del
connubio Anima-Animus, Animus no sale mejor librado. Mientras que
el cuerpo retrocede frente a la inmundicia, al crimen, el Espíritu es
como una mosca que toca todo. La tentación del espíritu es una ten-
tación muy peligrosa; para él todo es objeto de curiosidad; para él 144
no hay náusea, no hay pesar, no hay disgusto ni remordimientos.
Un doble escollo a evitar entonces: un espíritu no educado, no
sometido a una formación en donde la inteligencia, la imaginación,
la voluntad trabajan al unísono, sin que se haya logrado la unidad,
puede ser obstáculo muy serio. La imagen anterior del Espíritu-Araña,
arrastra consigo fantasías repugnantes de glotonerías, de hinchazones
horribles, deformidades, pesadeces, parálisis. . . Y un segundo peligro:
un espíritu que se haya hecho demasiado diáfano. ¿Entonces no perderá
toda consistencia, esa consisteney que parecía ser la meta buscada y
transformarse así en un lugar de tránsito, en vez de un lugar de co-
mando?
Seducido por ciertas expresiones de Valéry en el Avant-Propos a
la Connaissance de la Déesse, Ch. Du Bos tentaba aproximar su pen-
samiento al de Hofmannsthal en la Unterhaltung über Gedichte. Lo creo
imposible. Veamos la declaración de Hofmannsthal: "Wir besitzen unser
Selbst nicht: von aussen weht es uns an, es flieht uns für lange und
kehrt uns in einem Hauch zurück. - Zwar - unser 'Selbst'! Das Wort
ist solch eine Metaphor. Regungen kehren zurück die schon einmal
früher hier genistet haben. Und sind sie es auch wirklich selber wie-
der? Ist es nicht vielmehr nur ihre Brut, die von einem dunklen
Heimatgefühl hierher zurückgetrieben wir? Genug, etwas kehrt wieder.
143 Tel quel I, 578.
144 "Carcasse, tu trembles? Tu tremblerais bien davantage si tu savais
où je te mène". Y con razón, porque las tonterías de que es capaz el espíritu
son i n f i n i t a s . . . Apenas lo salva su inestabilidad esencial. "L'esprit vole de sottise
en sottise comme l'oiseau de branche en branche.
Il ne peut faire autre chose.
L'essentiel est de ne point se sentir ferme sur aucune.
Mais toujours inquiet; et l'aile prête à fuir cette plus haute et dernière proposition
ou il vient croire qu'il domine". Tel Quel, II, 337).
Ese desprecio hacia el espíritu tiene también su explicación y su límite: " . .en
tant que sponanéité pure" ( P r o p o s me conarvant, p. 15).

149
 Und ctwas begegnet sich in uns mit anderen. Wir sind nicht mehr
145
als ein Taubenschlag".
Aquí nos enfrentamos con esa palabra enigmática: Selbst, soi-
même, que parece abarcar al Je, Moi, Ame, Esprit, y al mismo tiempo
ser algo distinto. Hofmannsthal habla de Metapher y sin intención de-
liberada se orienta hacia la solución que buscamos: averiguar quó es
ese Yo mismo que debe ser pensado como metáfora y no como
metonimia de la persona total.
Estamos muy lejos del Bildungsroman (preferiría decir Bildun-
gsdrama), de la constitución, del advenimiento del Selbst, del soi-mê
me. Drama de la maduración.
"L'art délicat de la durée, le temps, sa distribution et son
régime, sa défense à des choses bien choisies, pour les nourrir
spécialment, était une des grandes recherches de M. Teste. H
veillait à la répétition de certaines idées; il les arrosait de nombre.
Celui lui servait à rendre finalment machinale l'application de ses
études conscientes. Il cherchait même à résumer ce travail. Il disait
146
souvent Maturare!..."
He aquí la gran palabra. No la tomemos como un litote que en-
cubre la senectud inminente sino busquemos más bien por el lado de
su proximidad a lo matinal; pensemos en el apresurarse que el viejo
latín le prestaba, en el buscar el pleno desarrollo y olvidemos la aquies-
cente y melancólica resignación del transcurrir temporal. Busquemos
una valoración de la madurez, del madurar. Escuchemos a Shakespeare:
Men must endure
Their going hence, even as their coming hither,
Ripeness is all. (King Lear)
i Increíble la fórmula en su brevedad y densidad, equilibrio entre
la esperanza del "endure" y la suavidad del "ripeness"! Pero acaso
hay una mayor serenidad en la fórmula de Keats:
How fever'd is the man, who cannot look
Upon his mortal days with temperate blood,
Who vexes all the leaves of his life's book
And robs his fair name of its maidenhood.
No es la mera aceptación de la muerte del soneto Why did I.laugh
to night?, donde todavía dominaba la reflexión, sino un relámpago in-
tuitivo. Middleton Murray aclara esa delicadísima diferencia: "Such a
distinction may appear subtle and intangible, but it is vital; it is the
distinction between the utterance of the divided and the utterance of

145 Hofmannsthal, Prosa, II., p. 97.

146 M. T e s t e , p. 20.

150
the harmonious being; it is the distinction between pure poctry and
147
poetry that is still struggling towards purity".
Algo hemos avanzado, pero la fórmula no me satisface aún. En-
cuentro otra en Hofmannsthal: "Er sprach, wie der reifende Mensch
die Fülle über die Uberfülle stellen lerne, die fromme Zufriedenheit über
148
die schweigende Sehnsucht". Esta fórmula concilia el madurar propio
de la vida, de la obra, de la persona, el madurar del vivir y del crear.
La acentuación puesta en la Z u f r i e d e n h e i t en oposición a la S e h n -
s u c h t me señala un presente puro del cual la tensión propia de toda
búsqueda ha desaparecido, y el espíritu ha sido liberado de todo lo
enfermizo.
Pero esa maduración no se produce por sí sola; exige el sacrificio
de un Yo que pensado como metonimia, como I n s t a n z , como A g e n c y
de una totalidad, en beneficio de un S e l b s t respecto al cual el Yo es
una metáfora, es decir, el resultado de un m e t a p h e r e i n , o sea, un
desplazamiento del Yo o de su imagen a un otro lugar. Ahora sí em-
pleo la fórmula de Hofmannsthal y diría que literalmente: "Zwar unser
Selbst! Das Wort ist solch eine Metapher". Queda por averiguar cual
es el p h o r a de ese p h e r e i n . Diría que es el lieu que aparece en Valéry
como una anticipación juvenil y que pasa luego a ser una i n v a r i a n t e ,
un p u n t o de vista respecto al mundo, casi diría una forma de vida
por encima de lo meramente biológico, que late con aquel ritmo de
dilatación y concentración que sugería Baudelaire. Al respecto la Car-
ta-Prefacio a Rideau es bien significativa.
"Je me me suis jamais référé qu'à mon MOI PUR, par quoi
j'entends l'absolu de la conscience, qui est l'opération unique et
uniforme de se dégager automatiquement de tout et dans ce tout,
figure notre personne même, avec son histoire, ses singularités,
ses puissances diverses et ses complaisances propres. Je compare
volontiers ce MOI PUR à ce précieux Zéro de l'écriture mathéma-
140
tique, auquel toute expresión algébrique s'égale..."
Siendo así las cosas, ¿es legítimo seguir usando la forma prono-
minal común? Manejo en su estado natural, un texto de los C a h i e r s :
"Le mot MOI
Je veux trouver ou forger un mot qui désigne MOI-en-général.
La Personne impersonnelle. D'emblée ce mot MOI ne prend son
sens ou quasi-sens que du reste.
Mon chapeau, mon sentiment: en ce Moi vient pas le même.
Il faudrait un Moi aussi indéterminé que le ON à la 3e. Per-
sonne.
147 J. Middleton Murray, Keats and Shakespeare, p. 127.
148 Hofmannsthal, Ausgewählte Werke, IL, p. 569.
149 Lettres, p. 245-6.

151
 Ce mot dans tous les cas est complémentaire universel.
(A) Moi - n'importe quoi - Zéro; si le second terme cette
chose déterminée, cette chose clans A devient représentative possible
de toute autre.
Mais, d'autre part, cette relation est langage et sous cet aspect:
MOI = personne qui parle (B). Toute proposition implique cette
'personne qui parle' c'est-à-dire qui fait, qui est donc à deux va-
leurs: l'une d'être et l'autre de faire.
150
P est q = M dit que (P est q)".
Este ejercicio que Valéry se ha propuesto parece implicar un as-
pecto ético (uso el vocablo en su sentido originario), una cierta ética
de la inteligencia, donde la maduración, el Maturare de M. Teste, es
151
la tarca esencial. Veamos un texto:
"Le RE et le SOI
Quelqu'un n'est soi-même qu'au bout d'un certain 'temps'
de reprise, de reconnaissance. Ainsi le symbole RE est équivalent
à soi-même. Mais ensuite se fait nécessairement un nouveau pas.
Comme le marcheur qui ayant retrouvé le Sol avec le pied (temps
fort) tombe de nouveau jusqu'au de pied?
La mémoire. Le mouvement du connaître et de l'être se fait, 152
entre un venir et un souvenir entre vue et mémoire. Rythme.
Podemos ahora manejar otra fórmula que tiene también un cierto
sentido ético. Me refiero a la fórmula freudiana: Wo Es war, solí Ich
werden. Cuando aparece un tanto inesperadamente al final de las
Neue Vorlesungen, una sola frase tiende a elucidar su sentido. "Es ist
Kulturarbeit etwa die Trockenlegung der Zuydersce", lo cual demuestra
que el uso del solí no fue accidental.
Creo que la búsqueda de ese YO PURO podría inscribirse bajo
el mismo lema con que la noción de ES debería ser usada, si se pu-
diera depurarla del lastre sombrío que Oroddeck y Freud le adscri-
153
bieron. Recuerdo también las célebres fórmulas de W James, que,
en su Psychology había sostenido: If we could say in English'it thinks"

150 Cahiers, 19.98. Cf. lo que dijimos anteriormente a propôsito del plan-
teo de Benveniste.
151 No hay m u c h a s referencias al r e s p e c t e Una en Raymond dice: "Valéry
a d m e t plus ou moins explicitement que le mal, c'est l ' i g n o r a n c e ; il veut voir
là le fondement de son éthique privée; mais il r é p u g n e à se poser soi-même,
tout entier, ce qui est proprement l'acte de l'ethos. 11 choisit de pratiquer en
toute occasion la liberté de l'esprit - bien qu'il se refusa à la justifier méta-
physiquement". ( o p u s c i t . , p. 7 6 ) .
152 Cahiers, 18, 841.
153 " . . . La g r a n d e caractéristique de l'homme de ne p a s être à ce qu'il
fait - s* e n n u y e r ; - pouvoir agir en pleine a b s e n c e , s a n s aiguillon; et parfois
merveilleusement mieux que s'il prenait sincère part à ce qu' il fait.

152
as we say "it rains" or "it blows" we should be stating the fact most
simply and with the minimum of assumption. As wc cannot, wc must
simply say that t h o u g h t g o e s o n " . Ensayando traducirla expresión freu-
diana, Lacan proponía: "Ainsi... le c'élidé que va apparaître si
nous en tenons à l'équivalence reçue, nous suggère-t-il le pro-
duction d'un verbe; s'être, où s'exprimerait le mode de la subjectivité
absolue, en tant que Freud l'a proprement découverte dans son excen-
tricité radicale: 'Là où c'était, peut-on dire, là où s'était, voudrions- 154
nous faire qu'on entendit, c'est mon devoir que je vienne à l'être".
¿M. Teste no adopta también esta forma hiperbólica en donde
la reflexión abarca tanto el pensamiento como el ser?
"Si droite est ma visión, si pure ma sensation, si maladroite-
ment complète ma connaissance et si déliée, si nette ma représen-
tation, et ma science si achevée que je me pénètre depuis
l'extrémité du monde jusqu'à ma parole silencieuse; et de
l'informe c h o s e qu'on désire se levant, le long de fibres connues
et de centres ordonnés, je me s u i s , je me réponds, je me reflète
et je me répercute, je frémis à l'infini des miroirs - je suis de
155
verre".
¿El m a t u r a r e que Valéry desarrolla poéticamente en ABC no habrá
de señalar que la F ü l l e del mediodía está por encima de la Ü b e r f ü l l e
del despertar? En ese sentido la exaltación del mediodía es también
la exaltación de la eternidad. Valéry se aproxima a Nietzsche sin casi
conocerlo. Refiriéndose a éste escribía Löwith: "Er bedeutet als 'Mittag
und Ewigkeit' die höchste Zeit eines Stillstands und einer Vollkom-
menheit; er bedeutet aber auch, und vor allem, die höchste Zeit einer
äussersten Not und Gefahr und als solcher eine kritische "Mitte' in der
150
es um eine Entscheidung geht".
De este mediodía es posible partir hacia el éxtasis de la inteli-
gencia o al de la sensación. Hasta ahora hemos insistido en la primera
dirección. Leonardo, un pretexto, lo dirigía a Descartes, otro pretexto
para alcanzar un humanismo deshumanizado donde se abandonan todas
las peripecias y caracteres del hombre singular. Singularidades que
son debilidades, como llevar consigo un M é m o r i a l o distinguir el es-
píritu de geometría del espíritu de fineza. ..
El hombre es la medida de todas las cosas. La fórmula de los
sofistas, fórmula del humanismo, puede también aplicarse al hombre
Le plus fort ou le plus faible est celui qui se retire le plus profondément et
qui s'éloigne le plus également de toutes choses.
Qui peut se flatter de n'obéir qu'à des impulsions connues, connaissables, de ne
vouloir véritablement o.ue ce o.u il veut?
Ce qui veut en moi ne m'est-il profondément étranger"? (Tel Quel, IL, p. 318).
154 1. Lacan, Ecrits, p. 417.
155 M. T e s t e , p. 72-3.
156 Löwith, Nietzsches Philosophie der ewigen Wiederkehr des Gleichen,
p. 13.

153
 mismo cuando no reconoce ya una Naturaleza obstinada, permanente.
Como si existiera una voluntad por encima de la voluntad, un querer
querer, que es presidido por la inteligencia.
"Il doit suffire à l'être suprêmement coordonné de se pres-
crire certaines modifications cachées et très simples au regard de
la volonté et immédiatement il passe de l'ordre des transformations
purement formelles et des actes symboliques au régime de la
connaissance imparfaite et des réalités spontanées. Posséder cette
liberté dans les changements profonds, user d'un tel registre d'
accomodation, c'est seulement jouir de l'intégrité de l'homme, telle
157
que nous l'imaginons chez les anciens".
Pero la sensibilidad no puede ser olvidada ...
"En réalité, il n'y a que la sensibilité que nous intéresse. L'in-
telligence (distinction scolaire - soit!) ne nous importe au fond 158
que pour des effets de divers genres sur notre sensibilité".
Pero es muy difícil decir en qué consiste exactamente la sensibi-
lidad para Valéry. Los textos son ambiguos y no siempre coicidentes.
Baudelaire había distinguido la sensibilidad de la imaginación por
un lado y la sensibilidad del corazón por otro. En Valéry el nivel de
la aisthesis no se distingue claramente del nivel de la idea. Hay un
cierto deleite, una cierta complacencia en lo abstracto. Cremieux señala
que en su poesía, la inteligencia y la sensualidad son todo. "L'abstrait
chez lui est sensuel. Il réussit à traiter l'abstrait comme du concret,
à lui conférer un aspect, un goût, une odeur, une forme, une couleur.
159
C'est un erotique de l'esprit".
Este mismo erotismo lo conduce a lo que hemos llamado el éxtasis
de la sensación. En él la realidad se ofrece pura y no se distingue de
la gratuidad de la obra de arte:
"Il est clair qu'une construction musicale pure ne signifie rien -
ne prouve rien, existe comme un corps. Le réel pur ne signifie
rien, ne profère rien. Coeli non enarrant quidquam. Ce qui est n'a
rien à dire. Contrairement aux philosophes, etc... La sensation
pure est ce qu'elle est. Pure, c'est-à-dire qui n'est le signe de
160
rien".
No hay que engañarse. El Gran Silencio de Valéry fue un replie-
gue. Después habrá de lanzarse nuevamente hacia el mundo sensible.
Entre tanto ha estudiado el mecanismo de las inserciones. Incluso está
pronto para afrontar esa realidad pura que la sensación revela y que
es comúnmente insoportable. Y la vuelta a la poesía no significó un
renegar sino un ejercicio. Ese ejercicio habría debido llevarle al acto
157 O . C . , I . , p. 1211.
158 Id. , p. 1214 m.
159 Cremieux, Environs de Valéry, p. 62.
160 P r o p o s me concernant, p. 29-30.

154
sin expresión, un retorno del lenguaje al más acá. Valéry aproximaba
ese proceso al cuerpo negro de los físicos.
No siempre el estudio de su mecanismo mental se convertía en
fragmento del M a n u s c r i t t r o u v é d a n s u n e c e r v e l l e ; a veces concluía en
el poema. Otras veces sucedía al revés:
"Mais, cette fois au lieu d'un poème, c'était une analyse de
cette sensation intellectuelle subite qui s'emparait de moi. Ce
n'étaint point des vers qui se détachaient plus ou moins facile-
ment de ma durée dans cette phase; mais quelque proposition qui
se destinait à s'incorporer à mes habitudes de pensée, quelque
formule qui devait désormais servir d'instrument à des recherches
161
ultérieures".
Dada la proximidad que nota entre la arquitectura y la búsqueda
de si, que es edificación, lo llevaba a una serie continua: " G n o t i e a y t o n
- s é m á s q u e tú m i s m o " ,
Y concluimos: ¿cómo abandonar la sensibilidad? ¿Cómo abando-
nar el mundo sensible? Valéry es el poeta de lo sensible tanto como
el poeta de lo inteligible.
"Je chanterai les sens.
Mais les sens sont vérité, et les sens sont pureté. Car ce qui
est réel n'a aucune signification et ne vise point autre chose. Ni
souvenir, ni interprétation ni raisonnement. Mais les sens et les
sensations présentes et les choses immédiates - voilà ce qui est
profond ...
... Belle reine souveraine, tes yeux qui se sont ouverts me disent
que je suis fou. Promène-les, ces yeux, je te dis qu'ils sont le plus 162
profond de nous. Ne pense point. Laisse l'oeil vivre de sa vie".
¿Dejar al ojo vivir su vida, no es también y más profundamente
dejar al cuerpo vivir su vida? Leonardo tenía al alma por cosa divina,
pero pensaba que aún así se separaba con gran dolor del cuerpo en el
cual habitaba, y creía que sus lágrimas y su dolor no carecían de
razón .. . Veremos por qué. Pensemos en esa pobre alma que abandona
s u cuerpo y se refugia en la región de las Sombras:
Animula, vagula, blandula
Hospes comesque corporis
Quae nunc abibis in loca?
Pallidula, rigidam nudula.
Nec, ut soles, dabis iocos.

161 O. C , I, p. 1319.
162 Histoires Brisées, p. 67-8.

155
 III. DE LA ARQUITECTURA, LA MÚSICA Y EL LENGUAJE
Je la devine musicienne et long-
temps recluse dans la pure soli-
tude de son rêve.
Si. Musical, música era ciertamente el alma suya y también re-
cluida en la soledad pura de un sueño ¿Sueño? Tal vez; pero muy
alejado de aquél que condujera al fundador del racionalismo moderno
a una peregrinación de gracias. En Valéry, sommeil, rêve, songe, cogito,
son etapas graduales de recuperación de sí, conquista de sí, búsqueda
de la destrucción absoluta de puntos oscuros.
En 1891 Valéry publicaba en l'Ermitage su Paradoxe sur l'Archi-
tecte. El pequeño ensayo, en la actualidad in-hallablc, demuestra cuan
temprana era su inquietud por la arquitectura, qué concepción se hacía
de ella, y en función de qué preocupaciones habría de ocuparse de
ella. A partir de este momento surge también uno de los grandes mitos
que presiden su obra: el mito de Orfeo.
El nacimiento de un siglo tiende a engendrar una mística. Se
tiende a creer que los pueblos, que el universo entero, conocen de algún
modo esa distinción convencional por la cual se modifica un guarismo
de un calendario.
Aquella época (1891), el siglo XIX, había olvidado el orfismo, or-
fismo que fue el signo de épocas en que el espíritu animaba el mármol.
Épocas todas en las cuales se diría que lo humano impregnaba la
materia.
En un primer momento podría creerse que Valéry no ha elaborado
aún su visión del arte, pero veremos que es a propósito de éste su
primer amor, que se encontrarán ciertas concepciones ulteriores, acaso
debilidades. Cuesta mucho concebir un traslado de la amplitud con que
considera la forma arquitectónica, que rememora con admiración, y
sus exigencias respecto a la poesía pura.
" .. . les murailles antiques ont reçu comme des hommes, et
les architectures perpétuaient les songes. En d'autres temps, la
parte mystique des cathédrales éternisait l'âme pieuse des na-
tions; les pinacles érigés attestaient la ferveur des villes, et, l'-
horreur des éternels supplices éveillait dans la grès tourmenté
épouvantables bestiaires. La basilique était l'antiphone de pierre
163
et les hautes nefs priaent éternellement".
En plena efervescencia del simbolismo se comprende fácilmente esa
nostalgia que curiosamente no está dirigida a los siglos órficos, sino
cristianos. Se comprende que pensara en Helmholtz al escuchar la me-
lopea de la Pasión según San Mateo y viera en ella un resto de música
163 P a r a d o x e sur 1*Architecte.

156
 164
griega. Toda la correspondencia de ese período atestigua una com-
placencia estética que se mezcla a lo religioso.
Celebra la aproximación de las artes que los simbolistas realizaron;
pero la arquitectura ha quedado al margen. Falta el Flaubert de la
arquitectura. Y a Flaubert, en ese momento, lo situaba por encima de
165
Baudelaire, de Mallarmé, de Poe. Pero habrá de venir esa alma
destinada a llevar la arquitectura por el camino de las otras artes:
"cette âme lointaine et par mon âme désirée.
Je la devine musicienne et longtemps recluse dans la pure
166
solitude de son rêve".
Musical. Ha buscado su inspiración en Beethoven, en Wagner. De
ese modo las viejas metáforas se presentan naturalmente: la Arquitec-
tura, música petrificada . . . música helada, música de la extensión . ..
"Car de subtiles analogies unissent l'irréelle et fugitive édification des
sons, à l'art solide, par qui des formes imaginaires sont immobilisées
167
au soleil, dans le porphyre".
Así comienza la exaltación, la omnipotencia de estas artes que
crean sin imitar, que parecen extraer todo de sí, donde la materia se
pliega dócil al imperativo de la forma, donde no hay elementos a com-
binar sino lo informe destinado a moldearse.
"L'héros, qu'il combine des octaves ou des perspectives,
conçoit en dehors du monde ... Il assemble et féconde ce qui
n'existe ni ailleurs, ni avant lui et se plaît souvent à répéter le
souvenir précis de la nature".
Una de esas expresiones habrá de ser reiterada: "concibe fuera
del mundo". El artista aparece situado en un espléndido aislamiento,
en un pleno solipsismo, y el rodeo que realizará no pasará por lo
teológico, por ninguna idea de perfección, sino simplemente por el
faceré.
El movimiento irá entonces de la Idea, símbolo y síntesis del
universo interior a la creación, despreciando las cosas visibles, sin copiar
las apariencias. Independiente del pasado también, Valéry se sitúa
en un pleno actualismo, pretendiendo suprimir de un solo golpe toda
atadura, toda continuidad histórica, toda memoria material, en donde
todo lo que pertenecería a esta vida parece haber sido olvidado.
Ignorante en ese momento de Swedenborg, bebe sus fantasías en
Balzac, en Baudelaire, en Verlaine ... El universo estético lo ve como
constituido por un conjunto de reinos análogos cuyos elementos respec-
tivos se corresponden uno a uno y pueden servirse recíprocamente de
164 A. Gide - Paul Valéry, Correspondance, p. 72.
165 Paradoxe.
166 Id.
167 Id.

157
 símbolos, revelar sus propiedades, actuar uno sobre el otro por sim-
patía. En este momento lo ve sólo entre la música y la arquitec-
tura:
"Aussi se manifestera 1'indecible correspondance, l'intime in-
finité qu'il faut discernir, sous des voiles habituels et mensonges,
entre deux incarnations de l'art, entre la façade royale de Reims
et telle page de Tannhäuser, entre la magnificence d'un gran tem-
ple héroïque et tel suprême andante brûlant de flammes glorieu-
lflft
ses!"
La arquitectura es una materialización del espíritu, con todas las
debilidades.
"Toute pensée sera reflétée dans l'oeuvre et sur la façade
miraculeuse il y aura des tristesses reposées et des brilliants
sourires".
La música es la inspiración suprema, pero detrás de ella se asoma
la inteligencia matemática de las relaciones. Lo edificado en lo incor-
póreo habrá de ser proyectado en la materia. Ahora no recela de la
"pérfida" música; tampoco recela del sueño, del sueño que lo conduce
al bosque tesalio, allí donde habrá de surgir la figura de Orfeo.
Con Orfeo, comienza el reinado del carmen. La lira hace surgir
la luz, el bosque que danza, se eleva de la tierra, la piedra se transmu-
ta, se hace ella misma luz, se sublima en espíritu ... El canto crea
el espacio, configura el espacio, inaugura un ámbito.
"Gesang, wie du ihn lehrst, ist nicht Begehr
nicht Wohnung um ein endlich noch Erreichtes;
Gesang ist Dasein".
Aquí encontramos un camino común de la poesía: Orfeo domina-
dor del caos, de la triste inercia. Orfeo vencedor de las Ménades,
orden que dominó sus gritos, juego constructor sobre sus destrucciones,
Dios perdido, huella infinita! ("O du verlorener Gott! du unendliche
Spur!").
Señalaría así una trayectoria que en Rilke va del Algel que canta la
queja a Orfeo que canta el júbilo, y en Valéry va de Orfeo, figura juvenil,
al Angel melancólico, compañero de sus últimos años. El famoso: "Le
vent se l è v e . . . il faut tenter de vivre" significó para Rilke como un
llamado heroico. Die Sonette an Orpheus enlazan temas valéryanos:
la música, la danza, acaso la muerte.
"Du wusstest noch die Stelle, wo die Leier
sich tönend hob; die unerhörte Mitte.
168 Paradoxe.

158
 Fur sie, versuchtest du die schonen Schritte
und hofftest einmal zu der heilen Feier
des Freundes Gang und Antlitz hinzudrehn".
Orfeo, dios perdido .. . Orfeo, huella infinita que Valéry habrá de
seguir en el gran diálogo en que aborda las cuestiones de la arquitec-
tura y la música y al buscar resolver la paradoja de la arquitectura que
debe ser música y de la música que debe ser arquitectura. ¿No había
sostenido también Mallarmé que "L'explication orphique de la Terre 169
(qui) est le seul devoir du poète et le jeu littéraire par excellence?"
Así, mientras que el Ángel es silencioso, en las Eleglen, Orfeo
canta. Son dos escalones de la espiritualidad. En Valéry, Orfeo se calla
y el Ángel gime. Orfeo ha de encarnarse en Eupalinos. En él se en-
cuentra el poder de Orfeo. Su palabra era todo órdenes y números.
Su ideal estético se resumía en una composición tan perfecta que la
idea misma de detalle desaparecía.
En Eupalinos, en Poe, hay una idea similar, un propósito idéntico:
un efecto a producir, elaborar las emociones y las vibraciones del alma
del futuro lector, del futuro contemplador. Eupalinos (el supuesto) es
también un antecesor de Leonardo. La inteligencia funciona con el mis-
mo objetivo:
"Elle peut se jouer à concevoir les sensations futures de
l'homme qui fera le tour de l'édifice, s'en rapprochera, paraîtra à
une fenêtre, et ce qu'il apercevra; à suivre le poids des faîtes
conduit le long des murs et des voussures jusqu'à la fondation; à
sentir les effort contrariés des charpentes, les vibrations du vent
qui les obsédera; à prévoir les formes de la lumière libre sur les
tuiles, les corniches, et diffuse, encagée dans les salles que le
soleil touche aux planchers. Elle éprouvera et jugera le faix du
linteau sur les supports, l'opportunité de l'arc, les difficultés des
voûtes, les cascades d'escaliers vomis de leurs perrons, et toute
l'invention qui se termine en une masse durable, ornée, défendue,
mouillée de vitres, faite pour nos vies, pour contenir nos paroles
170
et où fuient nos fumées".
Eupalinos iba más allá. Había alcanzado el don precioso del Ma-
turare que buscaba M. Teste y de un modo insensible, con la pacien-
cia infinita que caracteriza a la vida, lograba crear como la vida misma,
sin transición, sin interrupción, sin salto alguno.
"H préparait à la lumière un instrument incomparable que la
répandit, tout affectée de formes intelligibles et de propriétés

169 S. Mallarmé, Correspondance, 1870-1885, IL, p. 301.

170 O . C . , p. 1189.

159
 presque musicales, dans l'espace où se meuvent les mortels. Pareil
à ces orateurs et à ces poètes auxquels tu pensais tout à l'heure,
il connaissait, ô Socrate, la vertu mystérieuse des imperceptibles
modulations. Nul ne s'apercevait, devant une masse délicatement
allégée, et d'apparence si simple, d'être conduit à une sorte de
bonheur par des courbures insensibles, par des inflexions infimes
et toutes-puissantes; et par ces profondes combinaisons du régu-
lier et de l'irrégulier qu'il avait introduites et cachées, et rendues
171
aussi impérieuses qu'elles étaient indéfinissables".
La obra de arte (admitamos la limitación: un Templo) habrá de
tener un efecto similar al amor y para que eso pueda producirse es
menester que toda idea de fabricación desaparezca.
"Beauté parle ou chante, et nous ne savons ce qu'elle dit.
Nous la faisons répéter. Nous l'écouterions indéfiniment. Nous as-
pirerions indéfiniment le parfum délicieux. Nous regarderions in-
définiment le visage et les formes de la b e l l e . Nous aurions beau
la saisir et la posséder, il n'y a de seuil ni de solution à notre
désir. Rien n'achève le mouvement qu'excite ce qui est en soi
172
achevé".
Una dialéctica del amor conduce a la definición negativa de lo
Bello, una especie de ontología negativa.
"Le Beau implique des effets d'indccibilité, d'indescriptibilité,
d'inéffabilité. Et ce terme lui-même ne dit RIEN. Il n'a pas de 173
définition, car il n'y a de vrai définition que par construction".
De aquí se desprenderán consecuencias muy importantes respecto
al lenguaje, a la poesía, respecto a un tipo de emoción superior, esa
emoción que siente ante la belleza natural que hace surgir el deseo de
ser arquitecto. ¿Dicha emoción podría ser puramente espiritual? Pa-
rece dudoso.
Siendo puro espíritu Sócrates concibe el continuar su búsqueda
de la verdad como el Sócrates de la Apología habla de la esperanza
de conversar con el alma de Sísifo, de Ulises. Pero no puede encontrar
allí la belleza. Esta declaración nos muestra que Valéry se aparta un
tanto del platonismo. Un platonismo consecuente (él mismo ha decla-
rado conocerlo muy mal) lo habría llevado a pensar en la posibilidad
de contemplar las Ideas; el bello riesgo de que se habla en el F e d ó n
ofrecía el atractivo de purificarse de lo corpóreo. Naturalmente no pien-
so ahora en una disquisición a propósito de la filosofía de Platón. Me
171 Eupalinos, p. 24.
f72 Mélange, O. C , I., p. 298.
173 O . C , I , p. 374.

160
interesa, sí, meditar hasta donde, inevitablemente, toda estética filosó-
fica no es platónica, y diría que en el grado en que Valéry rechaza la
estética platónica, rechaza también la estética filosófica, su posibilidad
como ciencia. No es una novedad y creo haberlo probado en el Capí-
tulo I. Pero ahora encontramos la ilustración. La distancia entre Só-
crates y Fedro señala la distancia entre la persecución de lo verdadero
y la persecución de lo bello. Desconocimiento o discrepancias muy hon-
das llevan a Valéry en una dirección muy contraria a Platón. El Fedro
de Valéry es la antítesis del Fedro de Platón. Cuando en determinado
momento del diálogo que lleva su nombre se habla de la idea de la
Belleza, Platón expresa: "Or, c'est de la Beauté qu'il s'agissait. Dans
sa réalité, disions-nous, elle resplendissait parmi les réalités dont il
était question. Depuis notre venue en ces régions, c'est elle encore sur
qui nous avons, possédons, elle-même brillante d'une supérieure clar-
té. De fait, la vision est la plus aiguë des perceptions qui nous
viennent par l'intermédiaire du Corps; mais la Pensée, elle ne la voit
point! Quelles inimaginables amours ne nous honnerait pas celle-ci,
si pareillement elle donnait d'elle-même quelque claire image qui par-
viendrait à la vue, et ainsi des autres réalités, toutes aimables, autant
qu'elles sont! Mais non: seule la Beauté a obtenu ce lot de pouvoir:
être ce qui est le plus en évidence ( e k f a n e s t a t o n : lo que más se ex-
174
hibe) et ce dont le charme est le plus aimable".
Anteriormente, refiriéndose a la visión de las Ideas, había afir-
mado que la Belleza era resplandeciente a la visión (249-b), y si
ahora recordamos que verdad ( a l e t h e i a ) significa lo no oculto, lo des-
encubierto, vemos como el platonismo admite y defiende una profunda
conexión entre verdad y belleza.
jQué contraste con Valéry, que por intermedio de "su" Fedro
aparta la Belleza del mundo de lo Eterno y la aproxima a la vida,
que es también lo que muere! ¡Qué separación con respecto al "très
admirable Stephanos!"
"Que, pluie et diamant, le regard diaphane
Resté là sur ces fleurs dont nulle ne se fane,
Isolé parmi l'heure et le rayon du jour!"
(Toast funèbre)
Fedro agobia al "muy admirable Stephanos" con reproches que
Sartre habrá de reiterar, distinguiendo en la poesía moderna una uni-
ficación de tipo expansivo en que se somete la diversidad natural a
simbolizar, una unidad explosiva (así Rimbaud), y por otro lado, Ma-
llarmé y Genêt. "Partout sa patiente volonté d'unifier opère des
resserrements, des ressemblements, trace des limites, enferme. Le but
n'est pas de présenter l'extérieurité comme une puissance expansive,

174 Platon, Phèdre, 250-c, trad. L. Robin.

161

il
mais d'en faire un néant, une ombre, la pure apparence d'unités sérr*
tgS" 175 ^ t l t -

Tengo mis dudas de que efectivamente sea así. El estatuto exacto

de la "idea" en Mallarmé es difícil de elucidar y me llevaría muy lejos
Pienso que hay, que debe haber, una diferencia muy grande entre la
"idea" como forma eterna, y la "idea" como una esencia que se destila
al modo alquimista, como una tarea, como una tarea infinita, culmina-
ción anhelada de un deseo, del deseo de agotar la multiplicidad sensi-
ble. Fedro (Valéry?) permanece más ligado a la multiplicidad de las
bellezas, pero no está solo, también Sócrates (Valéry) busca la unifi-
cación en la idea. De la confrontación de actitudes surge un criterio*
L o b e l l o e s lo q u e c o l o c a al h o m b r e sin esfuerzo por encima d e su na-
turaleza.
¿Qué es esa naturaleza cuyos límites quisiéramos superar? ¿Cómo
es ese crecimiento que acontece sin esfuerzo? Hay sin duda ebriedades
que nos apartan de nuestra condición, que llevan al éxtasis. ¿Es eso lo
que se busca? Toda creación es una lucha.
" E c r i r e devant être, le plus solidement et le plus exactement
qu'on le puisse, de construire cette machine de langage où le
détente de l'esprit excité se dépense à vaincre des résistances
réelles, il exige de l'écrivain qu'il se divise contre lui-même, c'est
en quoi seulement et strictement l'homme tout entier est a u t e u r . 176
Tout le reste n'est pas de lui, mais d'une part de lui, échappée".
Pero ¿cómo lograr ese s a n s e f f o r t ? Sócrates no lo comprende. El
que ha llevado el conocimiento de sí hasta el límite de su aniquila- 177
miento porque ha desatendido la sentencia de Heráclito advierte
que habiendo llegado allí la vida no tendría sentido (literalmente)
porque no tendría dónde dirigirse.
"... le but d'une vie me semble être d'employer le temps et
les forces à faire ou à créer ou à apercevoir quelque chose qui
rendit toute inutile et même inconcevable et absurde le recommen-
cement d'une existence. V i v r e d o i t d o n c , à m o n s e n s , s ' o r d o n n e r
contre revivre.
C'est à dire qu'une carrière de vie doit avoir pour désir essen-
tiel une connaissance de soi-même si accomplie que rien ne puisse
plus quand elle touche à son plus haut point, en modifier la struc-
178
ture, les formes et les modes".

175 J. P. Sartre, Saint Genet Comedien et Martyr, p. 430.

176 O. C , I., p. 1205.
177 "Al a n d a r por tu alma no p o d r á s conocer sus límites, como si midieras
palmo a palmo todos los caminos; tan profundo es su logos". (45 b, Diels).
178 O . C . , I., p. 370.

162
 Aquí encontramos una derivación insospechada del socratismo y
del narcisismo. Sócrates tendía su espíritu a la búsqueda de si mismo.
Narciso enamorado de su propia imagen moría de no poder alcanzarla.
Surge una consecuencia inesperada: el conocimiento perfecto de si es
una culminación, pero es también una extinción. Si por vivir entende-
mos la movilidad, el tránsito, la aparición y desaparición de formas, la
acción constante de un ansia tendida hacia el futuro, el conocimiento
de sí implicaría que se han dado las condiciones de una paz definitiva
en la que todo lo posible se ha actualizado y el espíritu naufraga en
dicha actualidad. Conocer se opone a vivir si vivir implica la presen-
cia de la novedad, lo posible como atmósfera ineludible. Conocer anula
todo esto, sale del tiempo para alcanzar el s u b s p e c i e a e t e r n i t a t i s , en
la presencia absoluta de sí ante sí, ante la imagen definitiva y la ima-
gen definitiva (aquélla en que los rasgos se fijan para siempre) no es
la imagen de la vida sino de la muerte.
Pero Sócrates (Valéry) poseía una inteligencia superior; la in-
teligencia que conoce sus propios límites. Hay cosas acerca de las
cuales Erixímaco o Fedro saben más que él. ¿Cómo cambia el cuerpo?
¿Cómo actúa sobre el pensamiento? ¿Cómo influye esa vida sorda y
confusa sobre la pureza de la conciencia?
"Tu t'ignores, Socrate, en tant que mortel, car ton esprit très
pur s'exerce dans le temps à séparer son essence de toute con-
dition périssable: si tu savais ce que je sais tu ne pourrais pas
179
savoir ce que tu sais..."
El semi-angelismo sigue asediando. ¿Todo lo que se haga será en
vano? ¿Vano el afán de conocerse, vana la búsqueda de lo eterno?
¿Tendrá Sócrates que responder ante acusadores tanto más crueles,
precisamente porque tienen razón?
Fedro le insinúa que el deseo humano de rendir culto a lo eterno
acaso sea locura, que eso supone deserción respecto a las formas
profundas de la vida y que al fin de cuentas no había sido tan buen
soldado... Sócrates quiere extraer todo de sí mismo. Su única riqueza
era el pensamiento, ¿pero sólo para conocerse? Fedro se aparta de
su maestro para seguir a Eupalinos. Eupalinos le ha comunicado la sa-
biduría profunda de elevarse por encima de la propia naturaleza y
alcanzar así el s i n e s f u e r z o . Este Eupalinos-Leonardo le decía:
"Phèdre, plus je médite sur mon art, plus je l'exerce; plus
je pense et agis, plus je souffre et me réjouis en architecte; et
plus je me ressens moi-même avec une volupté et une clarté
toujours plus certaines.
Je m'égare dans mes longues attentes; je me retrouve par les
surprises que je me cause; et au moyen de ces degrés successifs

179 O.C., I., p. 371.

163
 de mon silence, je m'avance dans ma propre édification; et j'appro-
che d'une si exacte correspondance entre mes voeux et mes puis-
sances, qu'il me semble d'avoir fait de l'existence qui me fut
donnée, une sorte d'ouvrage humain.
A force de construire, me fit-il en souriant, je crois bien que
180
je me suis construit moi-même".
Aquí entrevemos la solución. Por encima de esa naturaleza...
natural, inerte, dada, se debe efectuar la construcción de sí mismo.
Cualquiera puede percibir el alcance autobiográfico de esta confesión.
Podemos imaginarnos perfectamente a Valéry repitiendo la reflexión
socrática cuando Erixímaco se aparta de él:
"Celui-ci m'abandonne. Il me laisse divisé entre ce qu'il sait
et ce que j'ignore, et d'autre part, ce qu'il ignore et ce que je
sais . . . Mon esprit, encore troublé et mêlé de nuages sensibles
se répète comme un oracle une sentence étrange et ambiguë- 181
TOUT REPOSE SUR MOI ET JE TIENS A UN FIL ..."
Sí, pero ¿qué hilo? Tout repose sur moi, esa expresión solipsista
que Fedro le reprocha, conduce al pensamiento abstracto, que puede
ser peligroso. El arte supone una pluralidad compuesta. Si no fuera
tantas cosas a la vez no sería poesía. A esa pluralidad esencial se
opone el pensamiento abstracto,
"qui suit son fil et qui n'est que ce qu'elle suit. Il ne faut
182
point qu'elle se perde; elle ne se retrouverait jamais".
El arte supone pues una conjunción de una materia y una forma,
una combinación exterior de una diversidad viviente y actuante cuyos
actos se condensan, se re-encuentran en una materia que los soporta
183
y los resiste.
Naturalmente es a propósito de la arquitectura que la noción de
materia parece evidente. Pero no sólo en arquitectura. Las artes todas
la exigen, y sobre todo en el momento de elevarse por encima de sí,
de alcanzar el sin esfuerzo. .. ¿En este caso, el modelo no es la pro-
ducción natural, dándole a la palabra el sentido de conducción hacia
delante?
La dichosa unión de forma y materia es para Valéry una de las
condiciones esenciales del arte.
"L'exemple le plus simple est celui que nous offre la poésie,
à l'existence de laquelle l'union étroite ou la mystérieuse symbiose
du son et du sens est essentielle.
180 Eupalinos, p. 33. Yo subrayo.
181 O . C . , I., p. 372.
182 Tel Quel, I., p. 12.
183 Id., p . 13.

164
 C'est par cette recherche d'une liaison qui doit se pressentir
et s'accomplir dans la vibrante profondeur de l'artiste, et en quel-
que sorte dans tout son corps, que l'oeuvre peut acquérir quelque
ressemblance avec les productions vivantes de la nature dans 184
lesquelles il est impossible de dissocier les forces et les formes".
La perfección aparece unida a la necesidad, es decir: no podría
ser de otro modo, pero para llegar a ese nivel debe usarse lo arbitrario.
Pero cuando lo arbitrario de los medios ha alcanzado la necesidad
de lo perfecto, se eclipsa como arbitrario. Según eso, jqué importa la
historia, las anécdotas, todo lo contingente (otro nombre de lo arbi-
trario) cuando se llega a la formación del YO, abandonada ya la na-
turaleza, sobre la cual no tiene sentido preguntarse si es buena o mala!
Quiero decir: la naturaleza debe ser considerada como materia
y en ese sentido la gran obra de arte, a la cual concurren el poeta y
el filósofo, es el artista mismo. Y pienso que si las obras se pudieran
pensar a sí mismas, si la M o n a Lisa, el M o i s é s , la N o v e n a Sinfonía,
C h a r t r e s , se conocieran, habrían de buscar afanosamente un espejo,
para no verse privadas (tan luego ellas!) del deleite de su propia be-
lleza! Joachim Gasquet, G. Bachelard han hablado de un inmenso nar-
cisismo del mundo, un n a r c i s i s m o c ó s m i c o . ¿No podría suponerse en
toda cosa bella el anhelo de encontrar el agua, el espejo en el cual
habría de contemplarse? ¿Qué otro sentido pueden tener esos espejos
incorporados a los cuadros, que duplican las imágenes, sino darle a
los seres, a las cosas, el placer de conocer su propia perfección? Esos
espejos que figuran en ciertas obras flamencas u holandesas me pare-
cen responsables de la gran serenidad que se exhala de ellas, como si
todos los elementos al reflejarse alcanzaran una gran paz, descansando
sobre sí mismos.
El edificarse a sí mismo de que habla Eupalinos, el alcanzar el
grado de necesidad, no es otra cosa que lograr la irresistibilidad de la
inteligencia y de la capacidad creadora. ¿Qué esfuerzo sería entonces
requerido?
¡Feliz transporte de las ideas a la acción es el arte! Todo lo que
agita al artista es sometido a atenciones, al orden avaro de ensoña-
ciones, es transformado en edificio. Todo eso lo obtiene el Orfeo ín-
timo que alcanza primero la monumentalidad interior que S. George
había logrado (según Simmel), y en la cual se advierte la expresión
lírica del sentir subjetivo. Eupalinos, en vez, nos aporta la monumen-
talidad exterior. Templo que es imagen matemática de la doncella
amada y que sigue viviendo en la forma. Construcción tal que es capaz
de suscitar sentimientos gemelos en quien la contempla y eso nos con-
duce a la famosa distinción — acaso el núcleo de su visión estética —
de edificios m u d o s , de edificios que hablan y de edificios que cantan.
184 Regards, p. 130-1.

165
 Se podría decir también; ruido, prosa, poesía. El logro de esta
última, donde reside la verdadera belleza, es rara, porque exige que
el hombre sea capaz de realizar un esfuerzo contra sí mismo, abando-
nar un yo inmediato para alcanzar el auténtico s í - m i s m o .
El narcisismo no es d e l e c t a t i o m o r o s a en quien se es o se cree
ser, sino en quien se podría ser o se debería ser. Hay toda una deonto-
logía del narcisismo que no ha sido explorada. ¿Volvemos al m o i que
es h a ï s s a b l e ? Tal vez, pero el JE que habrá de sustituirlo, el S O I -
MEME deberá ser profundizado.
Queda por ahora un saldo, muy precario tal vez: t o k a l e p a ta
kala. 1 8 5
Muy difícil, ciertamente . . . Para vencer esas dificultades se
requiere una voluntad tremenda. Voluntad propia de un egotismo que
Valéry descubría en Descartes. "Beim Klang dieser zwei Worte: 4ch-
bin' vergehen alie Entitàten, und an ihre Stelle tritt ein Wille zu sich
186
selbst. Descartes ist für Valéry vor allem ein Wille". Esa valuntad
se transforma en mirada.
"Je me sentais, je me voulais donc un certain regard, et je ne
suis guère que cela. . . je voyais le possible du réel. Et c'est tout
187
MOI".
La noticia sobre su noche de crisis de 1892 debe ser comparada
con la crisis similar de Mallarmé: "Je viens de passer une année
effrayante: ma Pensée s'est pensée, et est arrivée à une conception pure.
Tout en que, par contrecoup mon être a souffert, pendant cette longue
agonie, est inénarrable, mais heureusement, je suis parfaitement mort
et la région la plus impure où mon Esprit puisse s'aventurer est L'Eter-
nité, mon Esprit, ce solitaire habituel de sa propre Pureté que n'obs-
188
curcit plus même le reflet du Temps".
El proceso creador implica encadenar un análisis a un éxtasis.
Pero no es posible elucidarlo en toda su complejidad o en toda su
simplicidad.
"Je ne puis te parler que des approches d'une si grande chose".
En ese momento en que se ha alcanzado el estar por encima de
la propia naturaleza, el s i n e s f u e r z o permite una claridad; todo e s
fácil. Lo difícil es tomar conciencia de esa facilidad. Deseo y logro s e
aproximan; la tensión, la distancia que los separaba ha desaparecido.
La atención, esa atención humana en que se ejercitaba M. Teste,
lo lleva a detener el flujo de las ideas, a interrumpir la vida, interrum-
pirla para fijarla mejor, como lo ilustra la parábola de las rosas. La

185 " L e Beau est difficile" (Hipp. ma. 304 - e ) .

186 Lôwith, op. cit., p . 13).
187 Cahiers 25, 455.
188 S. Mallarmé, Correspondance, I., p. 240. Cf. sobre la crisis de Valéry:
O. C . , I., p. 854, Propos, p. 12-13.

166
vida debe dejar lugar a la cera, al arte, a la labor cotidiana, pero el
Tiempo mismo consume tanto la vida como el arte. Todo es breve, pero
el molde, la forma de la experiencia y solidez secreta de la razón las
detiene y salva de la muerte. En esas formas se vuelca lo tumultuoso
del alma, que habría de perderse si la atención, el análisis, no lo salvara.
El cuerpo es casi divinizado, mi cuerpo, donde el posesivo intro-
duce el enigma. Cuerpo en el cual no se piensa sino que meramente
se utiliza. Cuerpo que generalmente sirve sólo para vivir. En casi todos
los humanos se nota una falta de armonía del alma con el cuerpo, una
falta de ajuste. Ese planteo lleva a la imposibilidad de dudar sobre la
existencia del cuerpo. Eupalinos se pronuncia así contra Descartes.
Hay en Valéry un sentido del mon corps, del je suis mon corps, en
lugar del falacioso j'ai un corps, que curiosamente lo aproxima a G.
Marcel. Digo curiosamente porque se trata de pensadores que tienen
muy poco en común. Mientras que Marcel profundiza la cuestión de
la encarnación y avanza por caminos metafísicos y teológicos, Valéry
avanza por el lado de la creación. Acaso un posible título para su
obra sería Chez Côté d'Orphée... si no fuera porque Proust estaba
tan distante.
"Mon intelligence, mieux inspirée ne cessera, cher corps de
vous appeler à soi désormais; ni vous, je l'espère, de la fournir de
vos présences, de vos instances, de vos attaches locales. Car nous
trouvâmes enfin, vous et moi, le moyen de nous joindre et le noeud
indissoluble de nos différences; c'est une oeuvre qui soit fille de
nous. Nous agissions chacun de notre côté. Nous vivions, je re-
vais. Mes vastes rêveries aboutissaient à une impuissance illimitée.
Mais cette oeuvre que maintenant je veux faire, et qui ne se fait
pas d'elle même, puisse-t-elle nous contraindre de nous répondre,
et surgir uniquement de notre entente? Mais ce corps et cet esprit,
mais cette présence invinciblement actuelle, et cette absence créa-
trice qui se disputent l'être, et qu'il faut enfin composer; mais ce
fini et cet infini que nous apportons, chacun selon sa nature, il
faut à présent qu'ils s'unissent dans une contruction bien or-
donnée; et si, grâce aux dieux, ils travaillent de concert, s'ils échan-
gent entre eux de la convenance et de la grâce, de la beauté et
de la durée, des mouvements contre des lignes, et des nombres
contre des pensées, c'est donc qu'ils auront découvert leur vérita-
189
ble relation, leur Acte".
Oeuvre que maintenant je veux faire et qui ne se fait pas d'elle mê-
me. Aquí está la distinción entre lo natural y el arte. En el grado en
que el hombre se distancia, se aleja de lo corpóreo, que implica re-
sistencia pero que es también apoyo, la creación se torna imposible.
Lo que describe o intenta describir Valéry-Eupalinos es lo que el

189 Eupalinos, p. 47.

167
 primero intentó lograr para sí, una actitud que trasciende la psicología
y la lógica y que no se me ocurre una forma para caracterizarla mejor
que el prefijo meta. Pero no sé como continuar: meta qué? Evidente-
mente no se trata de un fluir mecánico de representaciones como
aquella que la psicología de principios de siglo, ávida de extender
hipótesis, buscaba reducir a leyes. Aquí el pensamiento es esencialmente
y voluntariamente (esto es lo que parece increíble) creador. La para-
doja es que el Espíritu sea a la vez rosa, cera, fuego y bronce, que la
relación forma-materia se inscriba en el espíritu mismo y que la forma
moldee, modifique el contenido.
Entiendo —y creo que debe entenderse así— que esta conciencia
que se somete a una ascesis tan rigurosa, logre un contenido de una
inmenza riqueza, y que su self variance como él la llama, funcione
como un péndulo que ritma una temporalidad melódica. Todo conocer
a este nivel implica un elegir; el fondo es una forma impura, solía
decir. Pero llegará el momento en que la máquina funcionará sola,
en que el hombre leerá no en el mundo, como creía Mallarmé, sino
en sí mismo?! Porque a este nivel (como ocurre también al nivel en
que se daría la intuición bergsoniana) todo se ha hecho simple. Sane
ta Simplicitas! Pero antes debió haber existido el maturare!
Si hubiera que usar un término para caracterizar el pensamiento
de Valéry, diría que en vez de ser una teoría de los complexes, es
una teoría de los implexes, es decir, de virtualidades que introducen
la novedad, la creación en el ser mismo.
"Je m'avise que je n'écris jamais dans ces cahiers ce qui
est mon plaisir, et peu ce qui est ma peine; ni ce qui est pure-
ment momentané en général. Descriptions, souvenirs . . .
Mais de qui me semble de nature à accroître mon pouvoir de
transformations à modifier par combinaison - mon implexe.
Ceci suppose une sorte de croyance à je ne sais quelle édi-
fication, par additions et corrections successives. Croyance qui
190
vaut ce que vaut une croyance".
Anacronismos, ciudades enterradas y redescubiertas, rémoras in-
mundas disfrazadas con nombres mitológicos y legendarios, nada de
eso le importa. Jamás se le hubiera ocurrido el Flectere si nequeo
superos, Acheronta movebo... Por el contrario, aquí hay una voluntad
que no está dispuesta a pedir ayuda a nadie, y mucho menos a los
infiernos. Desprendiéndose de la sombra, del sueño, su obra asciende
a la luz diáfana y pura. La descripción casi obsesiva, a fuerza de rei-
terada, del proceso del despertar, corresponde a todo su esfuerzo.
Disgresión sobre el cuerpo. Era necesaria porque mi propósito
era mostrar que el arte se caracteriza ante todo por la separación
190 Eupalinos, p. 38.

168
 a S
íhi r " . e C e s i d a d e s v i t a , e
* de nuestro organismo. Pero antes había que
saber de el y conocer su presencia.
Las obras de Valéry son un cierto modo alegorías de su sistema,
si es que puede hablarse de sistema; alegoría de las transmutaciones
del ser nervioso. L a J e u n e P a r q u e es la poesía hecha con el ser vi-
1
viente.
"Ces segments de vie obscure elle les draîne hors de leur
nuit physiologique, créant ainsi dans l'organisme un fonctionne-
ment a b s t r a i t , destiné à soutenir et à fortifier cet a u t r e fonction-
nement pour lequel, en somme, tous les héros valéryens sont nés, 101
le fonctionnement c o n c r e t - pour leur seul usage - de l'esprit".
El pensamiento ha quedado retenido por una expresión: e d i f i c i o s
q u e c a n t a n . Ahí se encierra acaso la clave de su estética. Ella con-
cierne a la extraña unión ta difícil de comprender, pero que es la
n
simplicidad misma de lo corpóreo y lo espiritual. Supresión de las pe-
sadeces, visibilidad del espíritu como veta en el mármol. En esta
identificación descansa la idea central de Valéry: aproximación de la
arquitectura y la música, posibilidad acaso de una forma suprema, in-
nominada, de un arte del cual todas las otras no sean sino descendi-
mientos. Es hacia esa órbita que se dirigirá el T e r c e r F a u s t o , reviviendo
el viejo mito del reino de las Madres, vuelto ahora irreconocible.
La arquitectura extrae su valor de la espacialidad e n v o l v e n t e que
posee La movilidad que justifica la expresión, que legitima el hechizo,
;

e d i f i c i o s q u e c a n t a n equivale a decir, edificios que en-cantan. El "inte-

lectualismo" de Valéry se eclipsa a cada paso. El espacio para él no debe
ser sólo concebido, no es sólo el espacio absoluto de Newton o la forma
kantiana vacía, sino también v i v i d o , sentido como adhérente, macizo.
Lo real aparece aquí en toda su plenitud. Habría que ahondar también
en una imaginación que no soporta esos espacios vacíos que aterraban
a Pascal, y que entonces los estructura, los humaniza. Ya no es el
espacio geométrico sino el espacio h o d o l ó g i c o .
El espacio del templo es obra humana. ¿Cómo no habríamos de
sentirnos cómodos? Así el espacio primitivo, hosco, extraño, es sustitui-
do por un espacio inteligible y cambiante. Espacio y tiempo se aproximan
y la impresión es tan profunda que en ciertos ámbitos se vive el sentido
de la sentencia de Mallarmé sobre la danza, porque es el espacio y
no una mujer la que danza, y no danza sino que envuelve, se desplaza,
se eleva, late, respira. Porque en Valéry como en Goethe, el anhelo es
crear como la naturaleza misma crea. Ya en la I n t r o d u c t i o n , antes en
la P a r a d o x e , se encuentran atisbos de este modo de la creación:
"Communément, l'architecture est méconnue. L'opinion qu'on
a varié du décor de théâtre à la maison de rapport. Je pris qu'on
se rapporte à la notion de la Cité pour en apprécier la généralité,

191 Cain, op. cit., p. 171.

169
 et qu'on veuille bien, pour en connaître le charme complexe, se
rappeler l'infinité de ses aspects; l'immobilité d'un édifice est l'-
exception; le plaisir est de se déplacer jusqu'à le mouvoir et à
jouir de toutes les combinaisons que donnent ses membres, qui
varient; la colonne tourne, les profondeurs dérivent, des galeries 102
glissent, mille visions s'évadent du monument, mille accords".
Generalmente la frase N a v i g a r e n e c e s s e e s t , v i v e r e n o n n e c e s s e , se
asocia al ajetreo de comerciantes, de afanes de lucro de las Hansas,
mezclado al espíritu de aventura. En realidad, la expresión no tiene
nada que ver con estas actividades y su origen suprime la contradic-
ción porque para navegar se necesita vivir. Cuando Pompeyo Magno
la utilizó lo hizo con la intención de descomponer la existencia en dos
modalidades fundamentales: el vivir (que significa el vivir por sí o en
sí) y el navegar (que significa el vivir para trascender). N a v i g a r e es
pues el imperativo del H o m o V i a t o r . Pienso así en el hombre para el
cual entrar en el templo significaba entrar en la Nave, cuando todavía
la palabra no se había trivializado y sentía entonces que había
zarpado, que había abandonado su miserable existencia terrenal, que
se sentía avanzar, que la sentía avanzar, que veía moverse el templo.
Pienso en toda la arquitectura gótica, preludio de la matemática viviente,
como la llama Worringer, donde el p a t h o s del movimiento multiplica
nuestra sensación y eleva hasta límites sobrenaturales su rendimiento
de fuerzas. Movimiento de desplazamiento, pero vertical, anhelo hu-
mano de la nave espacial. ¿Y qué es el canto sino elevación?
"La arquitectura sagrada gótica está empeñada en una guerra
sin cuartel contra la gravedad. Niega la gravedad para realizar el
milagro de un espacio que está por encima del mundo" (Jantzen).
¿Valéry ha proyectado su propio pensamiento en Eupalinos, su
visión de la arquitectura, especialmente griega, es una ilusión engen-
drada de su genio y de su limitada información? No es seguro. Amedée
Ozenfant, que unía la visión del pintor abstracto a la experiencia directa
la describe de un modo similar. Al volver a visitar a Delfos nos narra
así su experiencia: "Miré el armonioso edificio desde todos los ángu-
los, desde lejos, desde cerca, desde más cerca todavía. Escalé la ladera
de la colina para verlo desde otro punto de vista. Todo había cam-
biado, pero todo seguía siendo hermoso, perfecto. Todo cooperaba.
Hasta donde la vista podía decidir, todo era coherente, unánime y
necesario, y su existencia era una suerte de simbiosis total. Pero no
me sentía y o un espectador pasivo... Al moverme alteraba l a s
relaciones del edificio y de los objetos próximos y distantes, dotaba
de movimiento al objeto contemplado y constantemente ascendía al
canto de un coro poderoso de formas, todas las cuales eran indispen-
sables a las otras; por un lado, las ideadas por el arquitecto y por el
192 O . C . , p. 1189-90.

170
 o t r o , las correspondientes al propio lugar. Cuando descendí, descubrí
que el arquitrabe estaba íntimamente entretejido con el v i g o r o s o ángulo
de los muros. Cuando ascendí todo salió junto conmigo y el escenario
del g r a n D e l f o s acompañó mi movimiento. Un diseño siguió a otro y
desde cada uno se elevaron cantos, gritos heroicos, himnos de alabanza,
melodías sublimes. Cuando me detuve todo volvió a la serenidad an- 103
terior, que e s un estado de expectativa, pero nunca un fin".
Esencia de la arquitectura griega es pues una movilidad que se
cierra c o m o un sólido, q u e encierra al hombre. Música y arquitectura
son dos artes q u e devuelven al hombre a sí mismo q u e lo encierran
en su obra, que le otorgan u n a autarquía absoluta,' que hacen de él
un creador t o t a l , un creador sin modelo para el cual la creación tiene
la fórmula Ex n i h i l o p u l c h r i t u d o .
Arquitectura y música señalan la presencia del hombre y se rela-
cionan con el hombre sin intermediarios. Toda servidumbre respecto
a la realidad, que obliga a ser un plagiario, ha desaparecido. El
artista aparece como primero y se enseñorea en su mayorazgo, feudo
que esta hecho de números y relación de números Situado en esa
estructura, en ese orden simbólico, desciende fácilmente al nivel de lo
imaginario y si es cierto que al comienzo era la Fábula, más cierto
es que al comienzo era el poder escondido que construye toda fá-
bula.
"La musique et l'architecture nous font penser à toute autre
chose qu'elles mêmes; elles sont au milieu de ce monde, comme
les monuments d'un autre monde; ou bien comme les exemples, ça
et là disséminés, d'une structure et d'une durée qui ne sont pas
celles des êtres, mais celles des formes et des lois. Elles semblent
vouées à nous rappeler directement, l'une, la formation de l'uni-
vers, l'autre, son ordre et sa stabilité; elles invoquent les
constructions de l'esprit, et sa liberté qui recherche cet ordre et
le reconstitue de mille façons, elles négligent dont les apparences
particulières dont le monde et l'esprit sont occupés ordinairement:
1D
plantes, bêtes, et gens . . ." *
Música y arquitectura nos hacen pensar en otra cosa que en sí
mismas. A ellas está confiada esa función de trascendencia que señalé
y por la cual el espíritu se eleva por encima de sí, se lanza a na-
vegar.
Ahora el problema de M. Teste se complica. No se trata sólo de
averiguar qué puede un hombre, sino qué puede hacer con su poder.
Es el problema de Fausto. Valéry le había confiado a Cain que en
Fausto ha querido encarnar las formas abstractas de la sensibilidad

193 O z e n f a n t , J o u r n e y t h r o u g h Life, en R. D. Martienssen La Idea del

9
Espacio en la A r q u i t e c t u r a g r i e g a .
194 E u p a l i n o s , p . 56.

171
 y la función del artista sería enlazarse a esas Esencias, superar la vS
condiciones de nuestras percepciones fragmentarias para alcanzarlas'
ordenadas en grupos según una arquitectura matemática - en este uni-
verso de valores puros que Valéry ha llamado armónicos.
Esa problemática nos fuerza a tentar el camino del lenguaje
Buscará crear un universo del lenguaje, encontrar una ley de desarrollo.
Un intento se advierte en el Cantique des Colonnes, que contesta al
voto socrático:
"Je veux entendre, le chant des colonnes et me figurer dans
195
le ciel pur le mouvement d'une mélodie".
El diálogo continúa naturalmente con las columnas mismas:
"Nous chantons à la fois
Que nous portons les deux!
O seule et sage voix
Qui chantes pour les yeux ! "
Continúa luego la descripción del proceso creador:
"Si froides et dorées
Nous fûmes de nos lits
Par le ciseau tirées
Pour devenir ces lys!
De nos lits de cristal
Nous fûmes éveillées,
Des griffes de métal
Nous ont appareillées.
Pour affronter la lune
La lune et le soleil,
On nous polit chacune
Comme ongle de l'orteil!
Imágenes de gran delicadeza se mezclan con otras que sugieren
el principio de composición rígida, formalmente equilibrada. Hay un
orgullo por la fineza que nace de los números, de los números de
oro, bajo la protección de Apolo, de una claridad luminosa que se
adormece con su cántico.
El Cantique des Colonnes recrea milagrosamente el ámbito helé-
nico, la milagrosa claridad dorada de la Hélade, claridad que impregna
su existencia física, pero que impregnó poderosamente su arte, su
religión, su filosofía. Esa luz ha sido caracterizada como extremada-
mente aguzada y dulce, haciendo posible la delimitación de toda sin-
gularidad. Parece el espíritu mismo que se ha hecho visible, lo que
nos permite comprender el dolor de Aquiles que hubiera preferido ser
195 Id., p. 49.

172
el ultimo de los hombres pero no abandonar ese mundo de luz. Allí
se vive el misterio mismo de la claridad, misterio de la inteligencia
también misterio del logos . . . ¿No era el fuego, el pyr, para He-
racmo, la potencia organizadora que da a toda cosa individualizada
la torma de una bella y brillante construcción? "Este orden del mundo
idéntico para todos ha sido creado por ningún dios ni por ningún
hombre, sino que fue siempre, es y será un fuego eternamente viviente, 19
encendiéndose con medida y extinguiéndose con medida". "
Pero logos es también lenguaje. Y eso nos conduce por una senda
intrincada. Nos lleva a distinguir el lenguaje común que se agota en
su función, como todos los gestos útiles, el lenguaje de las musas, y
finalmente casi diría un meta-lenguaje, que exige aproximaciones, que
vive de sortilegios, que infunde hechizos, que es c h a r m e puro. Las
distinciones son difíciles de realizar pero debemos avanzar.
En 1933 en una Conferencia sobre S. Mallarmé, Valéry declaraba
a propósito de la oscuridad de que se acusaba a su maestro tan ve-
nerado:
" . . . provenait d'une contraction extreme des figures, d'une
fusion des métaphores, de la rapide transmutations d'images extrê-
mement serrées, soumises à une sorte de discipline de densité (si
vous permettez cette expression); que s'était imposée le poète, et
qui s'accordait avec l'intention de tenir l e l a n g a g e d e l a p o é s i e
toujours fortement, et p r e s q u e absolutement, distinct du l a n g a g e de
l a p r o s e . On aurait dit qu'il voulait que la poésie, qui doit essen-
tiellement se distinguer de la prose par la forme phonétique et la
musique, s'en distinguât aussi par la f o r m e d u s e n s . Pour lui, l e
c o n t e n u d u p o è m e d e v a i t ê t r e a u s s i différent d e la p e n s é e o r d i -
1 0 7
n a i r e q u e la p a r o l e ordinaire e s t différente d e la parole v e r s i f i é e " .

Dije antes que a partir de la crisis de 1892, Valéry suele decir

que se ha hecho una m i r a d a . En Eupalinos se mencionan las obras
egipcias, los rostros de los dioses de una feroz espiritualidad, monstruos
de silencio y de lucidez, infinitamente calmos, infinitamente despiertos,
que parecen la Inteligencia misma, que penetra todo.
"Le Sphinx se dresse à l'origine de l'histoire comme une affir-
mation absolue. Vu de face, d'un peu en dessous, l'élan qui dresse
ce monstre dans sa colossale fierté se fige soudain - ses griffes
invisibles crispées sous terre, raidi, toutes les molécules de son
granit semblent vibrer intérieurement; il n'est plus que tension,
immobilité frémissante de l'ame qui est d e v e n u e r e g a r d .
Qué voit-elle?
Ce regard a quelque chose de farouche dans l'extase - et \l
donne la sensation au vide. Il va droit devant lui, mais dans une
196 B, 30 Diels.
197 O. C , I., p . 668.

173
 direction qui n'appartient pas à l'espace, qui n'est pas de ce
198
monde".
Mirada, mirar. Regarder se distingue del voir receptivo. Le regard
conduce a la atención. La atención conduce a la reflexión. Así en de-
terminado momento, Valéry identifica la mirada de un hombre con su
poder. Es una idea que se advierte en M. Teste (Tête, testa). P ero
ese espíritu que se ha hecho mirada quiere expresarse y para com-
prender su intento debemos volver al círculo de Mallarmé, que poseía
un cierto rasgo de religiosidad semejante al que se advertía en el de S.
George. Esta cabeza misteriosa:
" . .. s'était trouvé au plus haut de soi-même un instinct de
domination de l'univers des mots, tout comparable à l'instinct des
plus grands hommes de pensée qui se sont exercés à surmonter,
par l'analyse et la construction combinées des formes, toutes les
relations possibles de l'univers des idées, ou celui des nombres
190
et des grandeurs".
Valéry no compartía, como he dicho, la convicción o esperanza
de Mallarmé según el cual el mundo, lo real, no tenían otra razón
de ser "que d'offrir au poète de jouer contre lui une partie sublime";
a lo cual Valéry agregaría: "perdue d'avance". No acompaña a Ma-
llarmé en esa metafísica que culmina en Un Coup de Dès, o que debía
culminar en Le Livre. Pero es en las reflexiones sobre el lenguaje que
se apoya. Constantemente aproxima el poien, el poetizar, al componer
musical, al construir matemático, al arte de la construcción lingüística.
Sabe que el lenguaje no puede liberarse de convenciones casuales re-
cibidas.
De Mallarmé parece haber retenido una cierta confianza en el
poder mágico de la poesía, de la palabra, que más que comunicación
es resonancia. La eficacia de las fórmulas mágicas no se encuentra en
su significado, sino en su sonoridad. La oscuridad incluso, pertenece
a su esencia.
Del mismo modo que Valéry se titulaba "anti-filósofo", se le
podría titular "anti-literato". Al respecto es significativo el silencio
que guardó respecto a la obra del amigo de toda la vida, A. Gide,
y Gide no se hacía ilusiones respecto a ese silencio. Sobre su condición
de anti-filósofo encontramos:
"Je dois d'abord vous assurer que je ne suis point philosophe
le moins du monde, peut-être quelque chose comme un anti-philo-
sophe, ce dont je ne me vante point, mais qui est sans doute la
conséquence d' une manière particulière de considérer le langage
200
et d'évaluer les combinaisons qu'on en fait".
198 G. Buraud, Les masques, p . 13.
199 O . C . , I., p. 642.
200 Lettres, p. 242.

174
 Así se preocupa de diferenciar lo dicho de lo poetizado, y de su
relación con la cosa. La cuestión de M. Teste: "Que peut un homme?"
hay que resolverla en el ámbito del lenguaje, porque el espíritu se en-
201
cuentra en el lenguaje como el pez en el agua. Pero no hay que
olvidar "que les mots ne sont que des moyens de transformations et
non des choses". En el lenguaje el cuerpo tiene un papel fundamental:
2 0 2

"Le corps et ses expressions ou actes, est base de tout lan-

gage lequel est composé de gestes-transmissions".
Henos aquí de nuevo en el semi-angelismo. El lenguaje requiere el
cuerpo y éste puede revelarse indócil.
"Tu feras plus facilement d'un maçon un architecte, et d'un
matelot un admirai que le contraire — car il arrivera plus souvent
que les mains se fassent de l'esprit que l'esprit des mains|...
Cependant, chez des êtres rares, la pensée peut aller si avant
dans l'exigence de se faire réel, et la conscience-de-soi s'avancer
si fort dans l'imagination des actes et leur quasi-execution à base
mentale... que certain miracles de perfection d'accomplissement
sont possibles, qui montrent des mains être engendrés par l'esprit
et son désir. . .
Le langage est une action interne externe acquise, greffée sur
un fond naturel de 'gestes' des mains, de la face et de la voix,
qui sont des expressions communicatives, par imitation ou désig-
203
nations".
Pero la presencia, la realidad del cuerpo, atestigua una forma de
lenguaje que no es adquirido y a veces las exigencias de la voluntad
y de la conciencia de sí no pueden satisfacerse. Valéry veía en el acre-
centamiento de la acción voluntaria interior la condición de todo pro-
greso, la condición para adquirir un arte de pensar, hacerse algo asi
como una psicología dirigida. Pero no siempre se puede y hay también
un lenguaje que atestigua ese fracaso, un lenguaje que asciende de
nuestra debilidad, de la precariedad de nuestro destino, de un poder
a medias que se vuelca sobre inmaculado pedestal y lo transforma en
lodo fosforescente.
"Je n'implorerai plus que tes faibles clartés
Longtemps sur mon visage envieuse de fondre,
Très imminente larme, et seule à me répondre,
Larme qui fais trembler à mes regards humains
Une variété de funèbres chemins;
Tu procèdes de l'âme, orgueil du labyrinthe.

201 C a h i e r s , 9, 6 1 .
202 ld., 103.
203 C a h i e r s , 23,9. O. C , I., p. 1083.
175
 Tu me porte, du coeur cette goutte contrainte
î ^ r d K r a c t i o n de mon sue précieux
S S vient sacrifier m e . ombre, sur m e . yeux,
Tendre libation de larrière-pen.ée!
f
D une grotte de crainte au fond de moi creu**
U î e l my.térieux .uinte muette l'eau
rvoù nais-tu? Quel travail toujours t n . t e et nouveau
Ç e l i r e a^ec retard, larme, de l'ombre amere?
Tu ¿raví. m e . degré, de mortelle et de mere,
Et (Siirant ta route, opiniâtre faix,
aî?nV le temp. que je vi«, l e . lenteur» que tu fais
^étouffent - Je me tai., buvant ta marche sure...
Qui t'appelle au secours de ma jeune blessure?
M a i . blessures, sanglots, sombres essais, pourquoi?
Pour oui joyaux cruels, marquez-vous ce corps froid,
K g T aux* doigts ouverts évitant l'espérance!
S u v i t - i l , sans répondre a sa propre ignorance,
£ e c a p s dan. la nuit noir étonné de sa foi?"

va ese cuerpo asombrado? ¿A dónde s e diri» ^

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K l i ^ n flot infnterrompu, ils (los dioses) introduisent les nJt
mtnïï oériodiques de l'âme immortelle". Y en esta tarea la música es
Sal "Ca? l'harmonie, dont les mouvements sont de même espèce
Ses révolutions réguliers de notre âme n apparaît point à l'homme
oui a un commerce intelligent avec les Muses, comme bonne simple-
ment à lui procurer un agrément irraisonee, ainsi il semble aujourd'hui.
Au contraire, les Muses nous l'ont donnée comme une alliée de notre
âme lorsqu'elle entreprend de ramener à 1 ordre y à 1 unisson ses
mouvements périodiques, qui se sont déréglés en nous. Pareillement, le
rythme qui corrige en nous une tendance à un défaut de mesure et de
grâce, visible en la plupart des hommes, nous a été donné par les
04
mômes Muses et en vue de la même fin".*
Antecesor de Eupalinos, el demiurgo del Tlmeo, antecesor de Vi-
truvio... Todos ellos se rigieron por el ritmo (periodicidad o recurrencia

204 Platón, Times, 43 - a, 47 - d

170
 ac
en el tiempo o en el espacio que resulta de una cadena de ° " * ^ j j ó
proporciones) y por la armonía. La arquitectura es la armoniz
del espacio.
Simetría en el lenguaje de Vitruvio, acorde de medida que se
desprende de la proporción, de la analogía regida por el módulo,
truvio habla también de sinfonía para referirse al juego de proporciones
del cuerpo humano y de las correspondencias que el arquitecto aeoe
establecer en el plano eurítmico de los edificios sagrados. Del mismo
modo hablaba Eupalinos del templo cuya armonía reflejaba la armonía de
la doncella de Corinto. . . Desde Pitágoras a Eupalinos se extiende el
arco del número de oro. . . Pero Platón también hablaba de una causa
errante, de un receptáculo, matriz informe de todo lo creado. ¿Aquel
cuerpo que se había revelado a sí mismo, que marchaba errante, no
buscaba secretamente confundirse con lo informe? Descender...
Ahora se trata de ascender, de buscar el mundo de las formas.
Música y armonía. Música y arquitectura. Aproximación de las formas
visibles con los conjuntos efímeros de los sínodos sucesivos; unión
del ser y del devenir, del reposo y del movimiento. ¿Podrían comuni-
car la emoción de un acorde inagotable? Acorde: aquí Valéry abandona
el ensimismamiento solipsista. En el acorde, en la Stimmung, encuen-
tra la fuente de la emoción superior y de otra estirpe de lágrimas. La
sucesión requiere la memoria, el recuerdo. Sí, pero ese recuerdo no es
la ficha mental adosada inerte a otra, sino que el recuerdo es Erinnerung,
interiorización, viaje hacia un centro interior cordial, a un centro de-
licado, al Gemüt, como le llamaba Novalis, armonía de todas las fuer-
zas espirituales.
Hay así emociones superiores que no provienen de trastornos vis-
cerales sino que son emociones creadoras, emociones dignas. Ellas
implican Stimmungen, acordes, tonalidades afectivas, temples de áni-
mo, palabras todas que señalan que su existencia exige como condi-
ción previa la existencia de una formación, de un "afinamiento" de la
sensibilidad. Hay también lágrimas de distinto tipo y entre ellas las que
corresponden a la emoción estética superior.
"Larmes de divers ordres. Les larmes montent de la douleur,
de l'impuissance de l'humiliation, toujours d'un manque.
Mais il en est d'un espèce divine, qui naissent du manque de
la force de soutenir un objet divin de l'ame, d'en égaler et épuiser
l'essence.
Un récit, une mimique, un drame du théâtre peuvent faire
pleurer, par l'imitation de choses lamentables de la vie.
Mais si une architecture, qui ne ressemble, quand à la vue,
a rien de l'homme (ou bien quelque autre harmonie, si exacte
qu elle est presque déchirante à l'égal d'une dissonance) te porte
au bord des pleurs, cette effusion naissante que tu sens vouloir

177

12
 Tu me portes du coeur cette goutte contrainte
Cette distraction de mon suc précieux
Qui vient sacrifier mes ombres sur mes yeux,
Tendre libation de l'arrière-pensée!
D'une grotte de crainte au fond de moi creusée
Le sel mystérieux suinte muette l'eau.
D'où nais-tu? Quel travail toujours triste et nouveau
Te tire avec retard, larme, de l'ombre amère?
Tu gravis mes degrés de mortelle et de mère,
Et déchirant ta route, opiniâtre faix,
Dans le temps que je vis, les lenteurs que tu fais
M'étouffent. . . Je me tais, buvant ta marche sure. . .
— Qui t'appelle au secours de ma jeune blessure?
Mais blessures, sanglots, sombres essais, pourquoi?
Pour qui, joyaux cruels, marquez-vous ce corps froid,
Aveugle aux doigts ouverts évitant l'espérance!
Où va-t-il, sans répondre à sa propre ignorance,
Ce corps dans la nuit noir étonné de sa foi?"
Sí. ¿Adonde va ese cuerpo asombrado? ¿A dónde se dirige ese
cuerpo, que autónomo ha revelado los secretos del espíritu, a pesar
de la obstinación con que se les había querido guardar? Los sentimien-
tos, los reflejos no dominados pasan a través de las grandes ventanas
que no están abiertas a las claridades eternas sino que vierten una
tierna esencia. Lágrima fugitiva, protegida de Ariadna se evade y de-
nuncia. ¿Cómo halló su camino? Busquemos el camino hacia lo alto,
hacia las correspondencias de lo alto. Así llegaremos al número-cuali-
dad, a la proporción, a la armonía. Armonía, unificación de lo diverso
y concordancia de lo discordante (Filolao). . . y a través de los siglos
llegan los temas platónicos: "Puis dans ce corps où afflue et d'où
s'écoule un flot ininterrompu, ils (los dioses) introduisent les mouve-
ments périodiques de l'âme immortelle". Y en esta tarea la música es
esencial: "Car l'harmonie, dont les mouvements sont de même espèce
que les révolutions réguliers de notre âme, n'apparaît point à l'homme
qui a un commerce intelligent avec les Muses, comme bonne simple-
ment à lui procurer un agrément irraisonée, ainsi il semble aujourd'hui.
Au contraire, les Muses nous l'ont donnée comme une alliée de notre
âme, lorsqu'elle entreprend de ramener à l'ordre y à l'unisson ses
mouvements périodiques, qui se sont déréglés en nous. Pareillement, le
rythme, qui corrige en nous une tendance à un défaut de mesure et de
grâce, visible en la plupart des hommes, nous a été donné par les
204
mêmes Muses et en vue de la même fin".
Antecesor de Eupalinos, el demiurgo del T i m e o , antecesor de Vi-
truvio.. . Todos ellos se rigieron por el ritmo (periodicidad o recurrencia
204 Platón, Times, 43 - a, 47 - d.

176
 en el tiempo o en el espacio que resulta de una cadena de acordes o
proporciones) y por la armonía. La arquitectura es la armonización
del espacio.
Simetría en el lenguaje de Vitruvio, acorde de medida que se
desprende de la proporción, de la analogía regida por el módulo. Vi-
truvio habla también de sinfonía para referirse al juego de proporciones
del cuerpo humano y de las correspondencias que el arquitecto debe
establecer en el plano eurítmico de los edificios sagrados. Del mismo
modo hablaba Etipalinos del templo cuya armonía reflejaba la armonía de
la doncella de Corinto. . . Desde Pitágoras a Eupalinos se extiende el
arco del número de oro. . . Pero Platón también hablaba de una causa
errante, de un receptáculo, matriz informe de todo lo creado. ¿Aquel
cuerpo que se había revelado a sí mismo, que marchaba errante, no
buscaba secretamente confundirse con lo informe? Descender...
Ahora se trata de ascender, de buscar el mundo de las formas.
Música y armonía. Música y arquitectura. Aproximación de las formas
visibles con los conjuntos efímeros de los sínodos sucesivos; unión
del ser y del devenir, del reposo y del movimiento. ¿Podrían comuni-
car la emoción de un acorde inagotable? Acorde: aquí Valéry abandona
el ensimismamiento solipsista. En el acorde, en la Stimmung, encuen-
tra la fuente de la emoción superior y de otra estirpe de lágrimas. La
sucesión requiere la memoria, el recuerdo. Sí, pero ese recuerdo no es
la ficha mental adosada inerte a otra, sino que el recuerdo es Erinnerung,
interiorización, viaje hacia un centro interior cordial, a un centro de-
licado, al Gemüt, como le llamaba Novalis, armonía de todas las fuer-
zas espirituales.
Hay así emociones superiores que no provienen de trastornos vis-
cerales sino que son emociones creadoras, emociones dignas. Ellas
implican Stimmungen, acordes, tonalidades afectivas, temples de áni-
mo, palabras todas que señalan que su existencia exige como condi-
ción previa la existencia de una formación, de un "afinamiento" de la
sensibilidad. Hay también lágrimas de distinto tipo y entre ellas las que
corresponden a la emoción estética superior.
"Larmes de divers ordres. Les larmes montent de la douleur,
de l'impuissance de l'humiliation, toujours d'un manque.
Mais il en est d'un espèce divine, qui naissent du manque de
la force de soutenir un objet divin de l'ame, d'en égaler et épuiser
l'essence.
Un récit, une mimique, un drame du théâtre peuvent faire
pleurer, par l'imitation de choses lamentables de la vie.
Mais si une architecture, qui ne ressemble, quand à la vue,
à rien de l'homme (ou bien quelque autre harmonie, si exacte
quelle est presque déchirante à l'égal d'une dissonance) te porte
au bord des pleurs, cette effusion naissante que tu sens vouloir

177

12
 venir de ta profondeur incompréhensible, est d'un prix infini, car
elle t'apprend que tu es sensible à des objets entièrement indiffé-
rents et inutiles à ta personne, à ton histoire, à tes intérêts, à
toutes les affaires et circonstances que te circonscrivent en tant
205
que mortel".
El tema del lenguaje, de la expresión, nos lleva al tema del cuerpo.
Valéry se ha esforzado por distinguir la afectividad y el intelecto, por
mostrar también sus posibles intercambios. En general el dolor aparece
como lo absurdo, como lo incomprensible, como un escándalo:
"Une larme qui vient de ton sang au moment de ta peine et
qui coule sur ton visage, ignorant du prix payé, étonne l'esprit qui
ne peut concevoir la cause et la génération de cette transmuta-
tion .. .
Car le propre de l'esprit est d'ignorer de la vie tout ce qui
206
lui semble inutile à son opération".
Valéry siempre insiste en sus C a h i e r s en la importancia de poder
elucidar adecuadamente la expresión m o n c o r p s , este moviente que
207
contiene en sí un inmóvil. Me explico que un espíritu ebrio de orgullo
vea el dolor como una traición, lo sienta como una impotencia, como
una humillación. El dolor siempre es sentido por él como algo extraño.
Y hay toda una trayectoria en Occidente en donde dolor significa pa-
sividad, sumisión, dependencia de lo corpóreo. Pero no siempre ha
desconfiado Valéry de su cuerpo; lo comprende, conoce sus debilida-
des, a veces hasta se enternece ante él:
"Cette sensation d'avoir plus chaud que soi.
On voudrait rejeter le corps comme un edredón.
On s'attendrit sur ce pauvre système,
Sur ses mains, sur ce poids nouveau...
Douces seraient des lèvres sur les paupières,
Comme la pluie ferme les fleurs,
Et frais seraient des doigts qui dissiperaient
Les nues à chaque instant reformées
Sur le front et sur l'âme.
Délicieusement frais les grands bras purs pour
actes d'ange;
Qu'ils enveloppent la pensante, la brûlante,
Qu'ils environnent
La Tête aux yeux clos, aux yeux cachés...
205 O . C . , I., p. 339.
206 I d , p. 332.
207 Cahiers, 5, p . 324.

178
 Oh!. . . dans le pli de vie et de fraîcheur de chair qui
la saisit, elle désire,
attend, espère, crée
Une bouche venue des ténèbres
Forte et tendre sur elle ..." (Mélange)
A la pregunta inquietante: Q u i e s t - t u ? se contesta: je s u i s c e q u e
208
je p u i s Esa ansia de poder, de s e r p o d e r , lo llevó a ceder a la ten-
tación del espíritu aunque a veces se acordara del cuerpo, cediendo
ante él. Sabe también que el espíritu puede ser un instrumento de
engaño, que puede ocultarnos a nosotros mismos.
"Si l'esprit ignore la vie, dont il est un produit d'autant plus
heureusement réussi qu'il ne révèle pas cette activité aveugle de
laquelle il procède. Ce que nous savons et pouvons savoir doit mar-
quer nécessairement ce que nous sommes, sans quoi il n'y aurait que
n o u s . . . Mais penser et c o n n a î t r e , c'est méconnaître la condition
209
au profil du 'phénomène'."
La paradoja es que el ser y el conocer parecen ser independientes.
En un fragmento titulado M a r e n o s t r u m lo señala:
"Se faire une psyché d'holothurie réduite au constat des échan-
ges et qui a l'horaire des marées pour Code, Bible, discours de la
de la Méthode.
Que si une anémone de mer pensait, et si elle nommait la
m e r du nom de D i e u ( i n q u o s u m u s , v i v i m u s e t m o v e m u r ) les pen-
sées qu'elle formerait, seraient édifiantes et dignes des meilleures
mystiques.
Tout ceci n'est point paradoxe. Je songe à notre vrai m i l i e u ,
c'est-à-dire à celui dans lequel et aux dépens duquel vivent nos
sentiments et nos pensées, il est ce milieu intérieur qui est cons-
titué de notre sang et de nos humeurs, et dont la transformation
périodique en lui-même, comme ses fluctuations de composition,
sont les dominantes de notre vie. Dans cet Océan aux orages chi-
miques, à la salure constante, et de qui la marée pour astre a
notre coeur, baignent tous ces éléments nerveux qui sont ce que
nous sommes... e n t a n t q u e n o u s i g n o r o n s " . 2 1 0

El problema del lenguaje se tranforma en cuanto se llega a su

modificación en función del cambio de interrogantes. El qué puede un
hombre, qué era el signo de su ser, pasa ahora a otra pregunta: que

208 Cahiers, IL, 396, Збб, 765.

209 Id., 23, 299, 168.
210 Mauvaises Penskées, p. 50.

179
 Es el pasaje de M. Teste a
p u e d e h a c e r un h o m b r e c o n s u p o d e r ?
Fausto. El Solitario señala el lazo que une una creación al margen
de la vida con las creaciones anteriores.
Degas le había llamado el joven con ojos de ángel. El mismo 211
se sentía ángel y " c o n t r e - a n g e " Robinson pensativo acaso.
"une manière d'ange assis sur le bord d'une fontaine, 11 s'y mi-
rait et se voyait Homme, et en larmes, et il s'étonnait à l'extrême de
213
s apparaître dans l'onde nue cette proie d'une tristesse infinie".
V se decía, como debió habérselo dicho su creador:
"Ce que je suis de pur, Intelligence qui consume sans effort
toute chose crée, sans qu'aucune en retour ne l'affecte ni ne
I altere, ne peut point se reconnaître dans ce visage porteur de
pleurs, dans ces yeux dont la lumière qui les compose est comme
13
attendrie par l'humide imminence de leurs larmes".-

IV. DEL ALMA Y LA DANZA Y LA POESÍA

Una ensoñación meditante sobre las palabras nos lleva más allá
del genoanálisis a la singularidad de cada vocablo. Del mismo modo
que la repetición hace que en determinado momento el significado se
borre y la palabra resulte extraña, una ensoñación puede ser revela-
dora. El genoanálisis nos prepara en esta tarea — nos conduce por
la femineidad sugerida por algunas. Confieso no haber notado casi la
masculinida-d gramatical eufónica de "alma". Aquí lo que es eufónico
sensorialmente es cacofónico mentalmente. El pensamiento, o más
exactamente la función fabuladora, no escucha el artículo masculino y
prefiere dirigirse al gineceo del plural.
Sigamos pues por el camino de esta ensoñación, una ensoñación
dulce, como la llamaría Bachelard, y veamos por qué he puesto este
título donde las conjunciones copulativas parecen excesivas y hubiera
parecido más correcto los hiatus de las comas. No se trata sólo de
una afinidad de contenido (hay evidentemente una relación muy íntima
entre alma y danza); hay también una afinidad sonora que no puedo
desatender. El genoanálisis nos llevaría a pensar en no sé que con-
nubio entre ellas. ¿Ellas? El lenguaje expresa adecuadamente mi pen-
samiento, al permitirme igualar los géneros.
Leo el título de la célebre obra L'Ame et la Danse. Lo leo mental-
mente y luego oralmente. Una cierta música parece surgir y mientras
lo repito, el contenido del libro que ya conozco, que he leído no sé
cuantas veces, está más o menos presente. El cogito de la danza se
211 Correspondance, p. 515.
212 Histoires Brisées.
213 O.C., I., p. 205-6.

180
 V 1
me presenta como esencialmente centrifugo, como un ™ ™ ^ ° * ú
libertad en que la conciencia parece precipitarse en lo aéreo
saparecido esa rumia intimista de las cosas que se absorben y se
refugian c n las profundidades. El encanto aquí P* TCCe c
J *\*"*"
movmüento que suscita imágenes quinestesicas. Veo un circulo o acaso
"na espiral, espiral que se advierte en los resortes pero no en
e s a
el resorte inerte, mera forma geométrica, sino que aquí a Rtoim na
asume un dinamismo inesperado. El resorte actúa, eleva algo, se titva
a si mismo, se distiende, hace que la pesantez propia de o corporec
desaparezca. U pesantez cae delante suyo. Pesantez y pesadez se apro-
ximan . . . pesadilla también, pero cerca de todas ellas está el ocs-
pertar.
Cogito que comienza con el alba, cuando el espíritu replegado
hasta entonces se despereza, se espacializa, estructura un espacio en
el desperezo mental. Al erguirse inaugura la verticalidad infinita; ex-
tiende los brazos y por un instante parece crucificado, crucificado en
su inmovilidad, pero la mirada se proyecta y lo libera. Se enfrenta y
siente la frescura del mundo. El nuevo día es siempre algo distinto.
Se recomienza (o se comienza el acto de vivir). Ya no se temen las
metamorfosis que podrían haberse producido durante el dormir. Se
abandona esa dulzura no conocida por nadie del no-ser:
"O qui me dira comment au travers de l'inexistence une per-
sonne toute entière s'est conservée, et quelle chose m'a portée
inerte, plein de vie et chargé d'esprit, d'un bord à l'autre du Néant?
Comment se peut-il que l'on ose s'endormir? Quelle confiance
dans la fidélité de mon corps, dans le calme de la nuit, dans
214
Tordre et la constance du monde!..."
La afirmación:
"Elle (la vie) est une femme qui danse, et qui cesserait divi-
nement d'être femme, si le bond qu'elle a fait, elle y pouvait obéir
jusqu'aux nues..., la même terre qui l'a envoyée la rappelle, et , u
la rend toute haletante à sa nature de femme et à son ami..."
se enlaza a la obsesión de Leonardo por lograr el pájaro mecánico,
la obsesión de superar la condición humana, abandonar la "bête" y
"faire Tange" pero arrastrando consigo ese cuerpo tan querido, tan
bello, que el alma no quiere abandonar sin trasmutar, sublimar, ha-
cerlo volátil...
Vuelvo al título: "L'Ame et la Danse". Mi propia respiración di-
ficultosa me lleva a los mimologismos de Nodier: âme surge asi como
el soplo mismo, el soplo que se expira, casi un suspiro perfecto que
contrasta con el tono grave de danse. A la levedad de una se opone

214 P . Valéry, ABC, p. 12.

215 L'Ame et la Danse, p. 136.

181
 la gravedad de la otra. No sé bien si se trata de una escala auditiva
o mental. La imaginación parece deformar las percepciones. ¿No es
esa acaso, su función?
Vie parece una palabra aspirante. Vie y âme: una cierta respi-
ración. Estas, acaso fantasías, me conducen a Valéry:
"Un poème est une durée pendant laquelle lecteur, je respire
une loi qui fut préparée; je donne mon souffle et des médiums
de ma voix; ou seulement leur pouvoir, qui se concilie avec le
216
silence".
L'Ame et la Danse no puede, no debe ser visualizada. Si es posi-
ble hablar de lo poético puro debería pensarse en una actividad
irrestricta que considera todo obstáculo como un punto de apoyo
meramente. Impulso, llama, torrente, sugieren un precipitarse, un brotar
pero los símbolos se afinan, se ajustan progresivamente. Abandono
las cronologías y sigo entonces un orden que creo haber descubierto.
Momento del despertar. Es este momento que advertimos el ca-
rácter híbrido de nuestra condición; un cierto fénix que abandona las
cenizas del sueño.
"Rien ne tend à donner une idée plus extraordinaire de...
tout, que cette autogénese. Ce commencement de ce qui fut, qui
a, lui aussi, son commencement. Ce qui est, et ceci n'est que choc,
stupeur, contraste.
Par là; se place un état d'équidifférence, comme si... il y
eût un moment (des plus fragiles) pendant lequel on n'est pas
encore la personne qu'on est, et Ton pourrait re-devenir une
autre ! ! ! Une autre mémoire se développerait.
"D'où du fantastique. L'individu externe, demeurant, et tout le
217
psychique substitué..."
Ahora se penetra en el éxtasis del espacio. Ahora todo es puro
y virgen y tierno y divino. En este momento se duerme y se vela, se
es noche y día.
"L'âme s'abreuve à la source du Temps, boit un peu de té-
nèbres, un peu d'aurore, se sent femme endormie, ange fait de
lumière, se recueille, s'attriste, et s'enfuit sous forme d'oiseau
jusqu'à la cime à demi nue dont le roc perce, chair et or, le plein
218
azur nocturne".
Es el momento de la espera. La aurora es un lenguaje o acaso
la luz sea un lenguaje para los ojos. La luz hace que la claridad, su

216 O.C., I., p. 95.

217 Trois Réveils, p. 276.
218 ABC, p. 13.
182
claridad, hagan la realidad, que las cosas declaren su presencia. Retorna
ioao de los confines del Erebo nocturno.
La sensualidad que el día despierta es ajena a otras codicias más
aletargadas y paradojalmente el espíritu se formula la eterna pregunta
de todo filosofar, que es esencialmente aurora: ¿Qué es todo esto? y
"tu te fais tout esprit et clos à la lumière tes yeux cherchent
en toi l'être de ce qui est. Ce qui paraît au jour n'est rien pour
ta raison, et ce qu'au vent léger notre arbre balbutie, le doux
frémissement de la cime effleurée, l'ample hésitation de toute la
ramure, et tout son peuple ailé pépiant sans souci, que t'importe?
219
Tu veux la nature des choses..."
Oposición entre la pura ontofanía (Títiros) y la ontología (Lucre-
cio). Diálogo del artista y el pensador.
Así, en el árbol, que es en cierto modo la vida, vemos aparecer
la voluntad, oscura sí, voluntad subterránea, pero voluntad al fin. En
su crecimiento hay una doble dirección. El árbol es un torrente vertical;
las imágenes hídricas e ígneas se conjugan extrañamente. El árbol es
una hidra (como lo era el mar: Hydre absolue):
" . . . cet avancement procède, irrésistible, avec une lenteur qui
le fait implacable comme le temps. Dans l'empire des morts, des
taupes et des vers, l'oeuvre de l'arbre insère les puissances d'une
220
étrange volonté subterraine".
Voluntad ciertamente, pero que se identifica con el amor, el amor
que aparentemente tiene un papel fugaz en Valéry, pero tan importan-
te! Un psiconalista pasaría fácilmente del orden de lo imaginario al
orden de lo simbólico.
'il me semble —escribía a Gide— que de beaux arbres me
font plaisir et je ne me vois heureux qu'ensemble. Ils sont, au
sentiment, comme un bon coup de respiration d'un air juste à la
température espérée, ou comme un lit parfait, épousant le verso du
221
corps et donnât l'idée de s'y écarteler".
La impresión de Títiro (acaso Valéry mismo) no tiene nada que
envidiar a las formulaciones de los grandes místicos:
"Arbre dans l'âme aux racines de chair
Qui vit de vivre au plus vif de la vie

219 D i a l o g u e d e l'Arbre, p . 187.

220 Id. p . 190.
221 C o r r e s p o n d a n c e , p. 263.

183
 II vit de tout, du doux et de l'amer
Et du cruel, encore mieux que du tendre".
Ese verso. Qui v i t d e v i v r e a u p l u s vif d e la v i e , me hace recordar
la mimología de Vie, que es esencialmente aspiración. Así el amor-ár-
bol con una doble aspiración, con hálito poético, esencia misma de lo
poético que aspira, absorbe todo.
"Grand Arbre-Amour, qui ne cesses d'étendre
Dans ma faiblesse une étrange rigueur,
Mille moments que se garde le coeur
Te sont feuillage et flèches de lumière!
Mais cependant qu'au soleil du bonheur
Dans l'or du jour s'épanouit ta joie,
Ta même soif, qui gagne en profondeur,
Puise dans l'ombre, à la source des pleurs . . ."
El Arbol-Amor se eleva al cielo, en la dicha, pero también desciende
por la oscura sustancia en la cual somos. Para Valéry, crecer es ley:
"Il meurt d'être le même
Et meurt en qui ne meure point d'amour".
Crecer es su ley. ¿Dónde y cómo actúa la voluntad entonces?
Es la ley que el vivir ahonde en el amor y que el amor ahonde en el
dolor, queriendo sin quererlo. Crecer es su ley y la dicha vendrá tam-
bién queriendo sin querer, como un doble acontecer puro.
La verticalidad sugiere pues la pertenencia a dos mundos; el
222
mundo de la oscura tierra y del aire diáfano.
La palabra, la palabra poética aparece así como una forma de
superación, de ser algo más que humano. El árbol crece oscuramente,
sí, pero crece en la luz y hacia la luz. Es su modo de expresarse tam-
bién o acaso nuestro mero anhelo de que lo logre.
"Ose gémir!... Il faut, ô souffle chair du bois
Te tordre, te détordre,
Te plaindre sans te rompre, et rendre aux vents la voix
Qu'ils cherchent en désordre!

222 Valéry no ha sido j a m á s un poeta de la tierra. Si se le formulara la

pregunta de Bachelard: "Dime cual es tu fantasma", a c a s o d u d a r a entre la
silfide, la ondina o la salamandra, pera j a m á s elegiría el g n o m o . La Tierra
representa para él el sentimiento informe de no haber sido siempre y el deber
de a n o n a d a r s e . En ella, nuestro crecimiento requiere ser humedecido con nues-
t r a s lágrimas, que nacen de lo inefable. N u e s t r a s lágrimas son allí la expresión
de nuestra impotencia para expresar, es decir: d e s h a c e r n o s por la palabra de la
opresión de lo que s o m o s . . .

184
 Flagelle-toi! .. . Parais 1' impatient martyr
Qui soi-même s'écorche,
Et dispute à la flamme impuissante à partir
Ses retours vers la torche!
Afin que l'hymne monte aux oiseaux qui naîtront
Et que le pur de l'âme
Fasse frémir d'espoir le feuillages d'un tronc
Qui rêve de la flamme.
J'ai choisi, puissant personnage d'un parc,
Ivre de ton tangage,
Puisque le ciel t'exerce, te presse, ô grand arc
De lui rendre un langage!
O qu'amoureusement des Dryades rival,
Le seul poète puisse
Flatter ton corps poli comme il fait du cheval
L'ambicieuse cuisse!..." A/ „ .
D l

(Au Platane)
Anhelo, súplica que se estrella contra el rotundo NON del Árbol
El mero vivir entonces como un sucedáneo del querer con un
pobre E r s a t z ? Aquí no abruma ese pobre vivir, que debía ser tentado
con sus invectivas crueles.
-J'ai observé qu'jl n'est point de pensée qui poursuivi jus-
qu'au plus près de 1 ame, ne nous conduise sur les bords privés
de mots, ces bords muets, où subsistent seules la pitié la tendresse
et la sorte d'amertume, que nous inspire ce mélange d'éternel de
223
fortuit, et d'éphémère, notre sort". '
El pensador, ávido de comprender, ávido de conocer el por qué
de las cosas ( o m n e e n s h a b e t r a t i o ) advierte que el principio adquiere
otra forma. Hay cosas sin causa, sin autor, los sueños por ejemplo
Habría que decir aquí también: o n m e r ê v e y tendría razón Esquilo
al decir que el hombre es el sueño de una sombre, sombra inacesible
e inidentificable. A la energía inquisidora del p o r q u é ? se contrapone
la dulzura de un p o r q u e , que no siempre satisface nuestro intelecto pero
que es suficiente allí donde existe una tierna aceptación de la reali-
dad.
"Die Rose ist ohne warum; sie blühet, weil sie blühet". Heidegger
lo comenta: "Weil? nennt dieses Wort nicht die Beziehung auf einen
Grund, in dem es ihn gleichsam herbeizieht? Die Rose — ohne warum
und dennoch nicht ohne weil. Also widerspricht sich der Dichter und
redet dunkel. Darin besteht doch das Mystische. Aber der Dichter
spricht klar. 'Warum' und 'weil' bedeuten Verschiedenes. 'Warum' ist
223 Dialogue de l'Arbre, p. 195.

185
 das Wort für die Frage nach dem Grund. Das 'weil' enthàlt den an-
tworienden Hinweis auf den Grurrd. Das Warum sucht den Grund;
4
das Weil bringt den Grund"."
Lo que vemos, sentimos, oímos, trae consigo su fundamento. No
es preciso ir más allá. No hay otra comprensión aquí sino el vivir por
dentro. No vemos el crecimiento, el crear, pero nos sentimos crecer,
crear. La verticalidad, un imaginario fundamental dentro de este orden
simbólico, es la línea dinámica y no meramente geométrica que nos
excede y cuyo centro de atracción es la luz.
Los antiguos creían que habían dos clases de cuerpos: los cuerpos
graves que tenían su lugar natural en el centro del universo, y los cuer-
pos livianos que lo tenían en la periferia. Ese error científico es una
verdad en el plano humano. Hay pensamientos que tienen su lugar na-
tural en lo alto, ¿o acaso todo pensamiento lo tiene en lo alto? Si por
pensamiento entendemos la imaginación, diría que sí, y si llegamos a
afirmar que la imaginación es la existencia misma, ¿no está en su
esencia el proyectarse, el lanzarse? La imaginación es la señal de la
prodigalidad, del prodlgere, hacer salir, del prodigarse, del engendrar
prodigios.
Es bajo el signo de esta conciencia no avara, sino pródiga, que
s e coloca Valéry. Je pense, donc je pèse; sí, pero para calcular la
tensión de ese arco que toma la altura como blanco, que se distiende
en la luz. La metáfora del movimiento (¿y qué metáfora no es movi-
miento, no e s meta-pherein?) no es puramente cinemática, sino diná-
mica. La imagen es densa quinestésica o cenestésica, pero imagen del
crecimiento puro.
M
On remettrait sans doute en vie la forme élancée, en faisant
comprende que elle est un élan formé. Dans l'élan formé on repla-
cerait Pimagination dynamique dans son rôle de créateur des for-
mes. Il est à noter que toute forme élancée tend vers les hauteurs,
vers la lumière. La forme élancée est un élan formé qui se déploie
dans l'air pur, dans l'air lumineux. On ne conçoit pas ce qui serait
une forme élancée que tendrait vers le bas, que suggérerait une
chute. Ce serait dans le règne de l'imagination un profil aéro-dyna-
8
mique absurde!"."
El intimismo es la condición de la valorización; el movimiento
debe ser vivido por dentro; la imagen no actúa visual, sino quinestésica-
mente. El propio Lucrecio, ávido de esencia, se ve obligado a vivir
un devenir, abrazar un ascenso, a enlazarse al árbol que crece.
"Je t'ai dit que je sens naître et croître en moi-même une vertu
de Plante, et je sais me confondre à la soif d'exister du germe

224 M. Heidegger, Der Satz vom Grund, p. 70.

225 G. Bachelard, L'Air et les Songes, p. 34.

1*6
 qui s'efforce et qui procède vers un nombre infini d'autres germes
à travers toute une vie de plante. .."»»•
Así se advierte la señal del retorno. Aquí se confiesa la necesidad
de empezar el ascenso desde la oscuridad, desde el germen, pero el mo-
vimiento va a la forme élancée, donde el élan domina. La voluntad
de verdad entra en pugna con la voluntad de realidad. Nunca ha sido
más lúcido de la no-lucidez, del límite del comprender.
"Je crois bien, quant à moi, que la réalité, toujours infiniment
plus riche que le vrai, comprend sur tout sujet et en toute matière,
la quantité de méprises, de mythes, de contes et de croyances
puérils que produit nécessairement l'esprit des hommes"."'
Pero todo eso, esa mala hierba ¿no debería ser quemada en ho-
locausto a Minerva? ¿O acaso podría cultivarse y cesar de ser mala?
¿Acaso no habla, acaso no canta? ¿No declara Hugo que "Toute plante
est une lampe. Le parfum est de lumière?" ¿ Y Balzac que "tout parfum
est une combinaison d'air et de lumière?" ¿No ha llegado el momento
de buscar correspondencias por lo alto? ¿No es esa la forma de operar
la sublimación del querer, del querer oscuro del crecimiento que se
eleva, estalla y quiere volver a ser querer bajo la especie innumerable
y ligera de las simientes? Voluntad sombría, voluntad diáfana, unidad
profunda vista como la claridad en la cual los perfumes, los colores y
los sonidos se responden. Así censuramos el famoso soneto. Y su autor
aparece situado en la linea divisoria de dos vertientes:
"quoique romantique d'origine, et même romantique par ses goûts,
peut quelquefois faire figure d'un classique"."*

Y se apresura a agregar:
9
"Tout classicisme suppose un romantisme antérieur '.
Estos últimos aspectos que he expuesto, ¿suponen una abdicación
de la voluntad de lucidez? No lo creo. Más bien me parece como si
Valéry advirtiera la necesidad de rehacer un camino. No es posible
instalarse de inmediato en la claridad; ella debe ser conquistada dura
y penosamente. Esa tarea es la del meditar, el meletao, el ensayar, el
ejercitarse en un cierto orden que es inherente a la vida misma. La
naturaleza, la vida, son creadoras de simetrías también. Tienen sus
Eupalinos, sus Vitruvios:
"Vois comme l'Arbre aveugle aux membres divergents s'accroît
autour de soi selon la Symmétrie. La vie en lui calcule, exhausse

226 Dialogue, p . 2 0 1 .
227 ld. p . 2 0 3 .
f

228 O . C . , I., p . 6 0 1 .
187
 une structure, et rayonne son nombre par branches et leurs brins
et chaque brin sa feuille, aux points mêmes marques dans le
820
naissant futur. . . "
Hay en la planta que crece, un ritmo, una simetría que engendra
su forma y expone en el espacio el misterio del tiempo. Pero, ¿no ha-
bría que descender más aún? Descender hacia las formas más ele-
mentales de la creación. . .
La meditación sobre el g a l e t nos llena de dudas:
"C'était peut-être un ossement de poisson bizarrement usé par le
frottement du sable fin sous les eaux? Ou de l'ivoire taillé pour je
ne sais quel usage, par un artisan d'un delà les mers? Qui sait?. .
. . .Qui donc était l'auteur de ceci? Fut-ce le mortel obéissant
à une idée, qui des propres mains poursuivant un but étranger á
la matière qu'il attaque, gratte, retranche ou rejoint; s'arrête et
juge; et se sépare enfin de son ouvrage quelque chose lui disant
que l'ouvrage est achevée?... Ou bien, n'était-ce pas l'oeuvre
d'un corps vivant, qui, sans savoir, travaille de sa propre substance
et se forme aveuglément ses organes et ses armures, sa conque,
ses os, ses défenses; faisant participer sa nourriture puisée autour
de lui, à la construction mystérieuse qui lui assure quelque durée?
Mais, peut-être, ce n'était que la fruit d'un temps infini. .
El problema conduce a toda la temática de la construcción plástica.
La estética de Valéry se preocupó de establecer el tránsito de la morfo-
logía física y biológica a la ciencia de las formas creadas por la sensi-
bilidad y el trabajo humanos; averiguar si existía un pasaje entre las
estructuras y arquitecturas naturales y la construcción del artista y a
231
dicho enigma la matemática parece ofrecer una solución.
Pero el tema sigue siendo materia de dudas. ¿Cómo resolver la
cuestión tan oscura de la simetría, qué es lo que la engendra? ¿Y con
qué objeto? ¿A quién place observar esa simetría en el dibujo de la
caparazón de animales que viven sumergidos en la oscuridad más
absoluta? ¿Por qué esa especie de omnipresencia del ritmo? ¿Y por
qué la más perfecta simetría parece hostil a la vida?
En determinado pasaje del Z a u b e r b e r g , el héroe está a punto -de
perecer en medio de una tormenta de nieve. AI referirse a ella el autor
habla de su "hexagonale Unwesen". Hans Castorp descubre en los
copos "das Unheimliche, Widerorganische, Lebensfeindliche... sie
waren zu regelmässig, die zum Leben geordnete Substanz war es
niemals in diesem Grade, dem Leben schauderte vor der genauen
229 Dialogue, p. 203.
230 Eupalinos, p. 78-9.
231 Lettre a M. G. Ghyka, Le Nombre d'or.

188
Richtigkeit, es empfand sie als tödlich, als das Geheimnis des Todes
8
selbst". "
Pero así y todo, ¡qué tentación! Descubrir el secreto de lo vivo en
lo no-vivo fue una obsesión de muchos y por ella arriesgaron su alma.
Esa tentación no subsiste en Thomas Mann mismo, en A. Laverkühn?
La tentación aparece bajo el signo de la hetaera esmeralda, con su mi-
metismo hecho de simetrías, en aquellos moluscos cuya caparazón pro-
duce la ilusión de que en ellas hay un texto a descifrar. "Zier und
Bedeutung liefen stets nebeneinander her, auch die alten Schriften
dienten dem Schmuck und zugleich der Mitteilung. Sage mir keiner,
hier werde nicht etwas mitgeteilt. Dass es eine unzugängliche Mitteilung 288
ist, in diesem Widerspruch sich zu versenken ist auch ein Genuss".
Estos mismos problemas preocuparon al ilustre R. Bcrthelot, el
cual en respuesta a Valéry realiza una serie de consideraciones que
van en la misma dirección que se ha propuesto aquí: Ces symétries qui
définissent les êtres vivants se classent comme les symétries cristallines
par rapport aux trois dimensions de l'espace: symétries par rapport à
un point, symétries par rapport à une droite, symétries par rapport à
un plan (ces dernières supposant la troisième dimension de l'espace,
comme les symétries du premier ordre supposent au moins, pour exister,
la première dimension). C'est là dessus que reposent les grandes di-
visions des espèces vivantes et les époques successives de l'évolution
biologique, les symétries par rapport à un point étant les plus antiques
(vivants rudimentaires) et les symétries par rapport à un plan les plus
récentes (animaux supérieurs), les symétries par rapport à une droite
(plantes et animaux inférieurs) apparaissant dans la période intermé-
diaire. C'est là que je loge votre hêtre, dont s'émerveillent Lucrèce et
Tityre, symétries eux-mêmes autour d'un plan. Ainsi la loi la plus
générale de l'évolution biologique serait liée à la nature même de la
vie, c'est-à-dire à la notion de symétrie dans l'espace, ainsi que le
rythme temporel de cette évolution, soit chez l'individu vivant, soit
234
dans l'ensemble des vivants".
El tema del árbol ha de servirnos pues de guía. Hemos visto al
Plátano dotado de un cierto movimiento: "ivre de ton tangage". La
palabra es extraña y parece buscada un poco artificiosamente a los
efectos de permitir la rima con langage. Un significado sumamente
próximo hacía que se ocultara. Está oculto en la Vandalucía donde
apareció proveniente del frison tüngeln o tängeln, que significaba ba-
lancearse, vacilar, es decir, un cierto movimiento de baile que no
avanza. Ese verso me lleva a releer el poema.
"Tu penches, grand Platane, et te proposes nue
Blanc comme un jeune Scythe,
232 T. Mann, Zauberberg, 11., p. 506.
333 T. Mann, Doktor Faustus, p. 21.
234 M. Berthelot, Lettres échangées avec Paul Valéry, p. 4.

189
 Mais ta candeur est prise, et ton pied retenu
Par la force du site.
Ombre retentissante en qui le même azur
Qui t'emporte, s'appaise,
La noire mere astreint ce pied natal et pur
A qui la fange pèse.
De ton front voyageur les vents ne veulent pas;
La terre tendre et sombre,
O Platane, jamais ne laissera d'un pas
S'émerveiller ton ombre!
Ce front n'aura d'accès qu'aux degrés lumineux
Où la sève l'exalte;
Tu peux grandir, candeur, mais non rompre les noeuds
De l'éternelle halte!"
Todo el poema exhibe así un dinamismo contenido y tanto más
profundo cuanto más trabado es el movimiento. Los antiguos distin-
guían el movimiento de alteración que no implicaba traslación o ro-
tación. En el Plátano, como en el Árbol de que hablan y sueñan Títiro
y Lucrecio, hay un movimiento profundo, movimiento de alteración, de
crecimiento hacia abajo, hacia lo alto. Falta otro, el otro de existir, trans-
formaría el tangage en danza, así como el langage podría dar lugar
a un lenguaje, y transformarse en poesía.
Valéry se ha ocupado mucho de la danza. ¿Qué es la danza? El
afán de comprender, la avidez de agotar todos los secretos exige que
frente a la danza no nos mantegamos en la observación de su cinemá-
tica, sino que buscaremos su dinámica, ¿y cómo hacerlo sino a través
del cuerpo humano, buscando penetrar en el misterio de esta organi-
zación de sus recursos, de sus límites de las condiciones de energía y
235
de sensibilidad que contiene?
¿Qué otro arte como éste puede surgir más directamente de la vida
misma? Y cuando rehusamos admitir que hay una danza en el mundo
inanimado, que hay danzas lentas como la del heliotropo, danzas de
insectos, es porque allí el movimiento parece surgir tan inmediato, ser
tan expresión corpórea que no queda intervalo para que la voluntad, la
decisión se inserte.
En la estética de Valéry no es posible separar el arte de una cierta
configuración temporo-espacial. Cada arte estructura el espacio y el
tiempo a su modo. En la danza encontramos un espacio-tiempo que
nos aleja de la vida práctica. Es un ser-en-el-mundo donde la Zuhan-
denheit no tiene cabida, tampoco la Vorhandenheit. La Sorge? No lo
creo.
235 Philosophie de la Danse.

190
 Hay ciertas manifestaciones humanas que nos n u t r a n .
qU e llamaríamos excesos, superabundancias. El triste v a í n h i / i u , 0

Sber q u e a r r a s t r a la maldición bíblica, s e trans or¿

y poco a p o c o d . v a g a y sueña, a v e c e s durante su a c c i o T ^
m i S m a El
ü o m o ludens e s t á c e r c a . La danza y el arte también '
«L'homme s'est aperçu qu'il possédait plus de vigueur n l n ,
de souplesse, plus d e possibilités articulaires et musculE A P

n'en a v a i t besoin pour satisfaire aux nécessités de Ton e x Z Z *

et il a découvert q u e certains d e ces mouvements lui
par leur fréquence, leur succession ou leur amplitude i , I i ? "
pSrttlx
n
S u i allait jusqu'à une sorte d'ivresse, et si i n S s e ^ p C ttj
épuisement total de ses forces, une sorte d'extase, pouvït seule
interrompre son delire, sa défense motrice exasperé"."*
El exceso de lo humano, el superávit de vitalidad se advierte en 1 «
percepciones inutiles, en los actos sin consecuencia física vital
Valéry — como hemos visto — no amaba a Pascal. Sin embarco
en algunos momentos esta muy próximo a él. Pascal declara- "Rien
ne nous plaît que le combat, mais non la victoire... Nous ne cherchons
2
jamais les choses, mais la recherche des choses"." Cierto que Pascal
encuentra en eso razones de vituperio contra la naturaleza humana v
Valéry sostiene que la creación artística no es tanto creación de obras
como creación de la necesidad de obras, y las obras son productos
ofertas que suponen demandas y necesidades, que en el fondo corres-
ponden a una naturaleza que no ama y que resiste a aceptar. Ella es el
dato opaco, obstinado que la inteligencia quisiera diluir. La pregunta
de M. Teste ¿Qué puede un hombre? es la pregunta a la cual se con-
sagró íntegramente. Y retornamos a la otra pregunta: ¿Qué es la dan-
za? que a su vez hace pensar en aquella de S. Agustín acerca del
tiempo. . . y es que la cuestión de la danza está también ligada a la
cuestión del tiempo y del espacio.
Hablé antes de formas útiles y formas inútiles en nuestro andar por
el mundo. Podríamos pensar a propósito de la percepción (olvidemos
el significado prehensil del vocablo y mantengamos la vaguedad del
238
uso vulgar) en un aspecto gnóstico y un aspecto pático. Comúnmente
es el primero el que predomina. La percepción es un modo de conocer
y como tal recae sobre un objeto (Ob-jectum = obstáculo). Cuando
percibimos un sonido podemos encontrar en cambio una conexión con
un ritmo y un movimiento rítmico. Los sentidos no son necesariamente
activos. Al tener percepciones de los objetos tenemos también sensa-
ciones de colores y sonidos que nos afectan de determinado modo.
Este aspecto pático integra la vivencia originaria. Suele ser desatendida
236 O. C , 1., p. 1391.
237 F r a g m . 135 (Brunschvicg).
238 Nos inspiramos un tanto libremente en las ideas de E. Strauss, tal como
aparecen en sus o b r a s Psychologie der menschlichen Welt y Vom Sinn der Sume.

191
 en beneficio del aspecto gnóstico y es difícilmente conceptualizable.
Mientras que el aspecto gnóstico acentúa el qué nos es dado, el pático
acentúa el c ó m o .
El análisis de los fenómenos páticos que están infusos en la per-
cepción muestra la presencia de ciertos movimientos. El alemán "sehen"
(ver) está relacionado con el latín "sequi" (seguir). Estos fenómenos,
como tantos otros que podríamos considerar, señalan la espontaneidad
de la percepción óptica. En cambio, en la audición, observamos cómo
el sonido tiene una actividad propia, penetra en nosotros, nos captura,
nos persigue, no podemos escapar a él. Mientras que en el plano visual
hay multiplicación, la verdadera repetición se da en la música. Hay
algo muy presente en el sonido, en el sentido de contemporáneo y
próximo. El ver, en cambio, supone siempre una cierta distancia. La
oposición fundamental entonces es captar o ser captado.
En el plano perceptivo-visual las cosas posen un contorno. Ese
mismo contorno que conservan en la pintura, aunque en ella puede
existir un movimiento, una cierta movilidad que hace que los contornos
se atenúen. El sonido tiende también a crear acciones ligadas, inter-
actuantes, que llenan el espacio y lo homogeinizan.
¿Qué relación existe entre las formas de la percepción y lo es-
pacial? ¿Qué especialidad es propia de la música, especialidad en la
cual o la cual crea la danza? Diré en primer lugar que mientras el
espacio óptico es el espacio en el cual se produce un movimiento ade-
cuado a un fin y que está por tanto dirigido y regulado, el espacio
acústico es el espacio de la danza.
Tenemos así una oposición fundamental: movimiento orientado
a un fin, a un objetivo, y movimiento de la danza. Es muy poco lo que
se ha trabajado sobre la psicología de los movimientos y a excepción
de algunos trabajos de Strauss y Buytendijk, la bibliografía es casi
inexistente. En este campo Valéry señala el camino:
"La Danse est un art de mouvements humains, de ceux qui
peuvent être v o l o n t a i r e s . La plupart de nos mouvements volontaires
ont une action extérieure pour fin: il s'agit d'atteindre un lieu ou
un objet ou de modifier quelque perception ou sensation à un point
déterminé ... Mais il est d'autres mouvements dont aucun objet
localisé s' excite, ni ne détermine, ni puisse causer et conduire l'-
évolution. Pas de chose qui rejointe, amène la resolution de ces
actes. Us ne cessent que par quelque intervention étrangère à leur
cause, à leur figure, à leur espèce, et au lieu d'être assujettis à des
conditions d'économie, il semble, au contraire, qu'ils aient la dissi-
239
pation même pour objet".
No voy a enumerar las diversas formas del andar, cada una de
las cuales daría lugar para una descripción antropológica. Considere-
239 Degas, Danse, Dessin, p. 23.
mos por ejemplo una forma de danza como el M e n u e t . Se advierte aquí
un andar de puntillas que se traduce en una levedad, en una elegancia
de movimientos, que en una marcha militar está ausente (esta última
puede ser un ejemplo de movimiento por el movimiento mismo, sin que
exista un objetivo determinado). En el M e n u e t hay también una cierta
dinámica del tronco que es un fenómeno característico de la danza,
distinto de todo otro tipo de andar. En la mayoría de los movimientos
de traslación el movimiento del tronco está ausente porque son las
extremidades las que realizan toda la tarea. No tiene que sorprender
entonces que Valéry vea en las medusas, en las que lo que llamaríamos
tronco queda reducido a un mínimo, una forma muy intensificada y
muy lúbrica de la danza.
Mallarmé había sostenido algo que ha primera vista parece pa-
radojal: "la danseuse n ' e s t p a s u n e f e m m e q u i d a n s e , pour ces motifs
juxtaposés qu'elle n ' e s t p a s u n e f e m m e , mais une métaphore résumant
un des aspect élémentaires de notre forme, glaive, coupe, fleur, etc., et
q u ' e l l e n e d a n s e p a s , suggérant par le prodige de raccourcis ou d'élans,
avec une écriture corporelle ce qu' il faudrait des paragraphes en prose
dialoguée autant que descriptive, pour exprimer, dans la rédaction poè-
240
me dégagé de tout appareil du scribe".
La mujer que danza, como metáfora, como expresión de la idea;
acaso no una idea estática sino una movilidad que metafóricamente se
ha hecho mujer o una mujer que se ha hecho metáfora. Las modalidades
"glaive, coupe, fleur" nos conducen a ciertas formas de lo imaginario.
En Mallarmé la expresividad de la danza no queda circunscripta a la
verticalidad o al torbellino.
¿Podremos encontrar "une danseuse qui n'est une femme qui
danse?" Pensemos en las grandes Medusas:
"Point des femmes, mais des êtres d'une substance incompa-
rable, translucide et sensible, chairs de verre follement irritables,
dômes de soie flottante, couronnes hyalines, longues lanières vives
toutes courues d'ondes rapides, franges et fronces qu'elles plissent,
déplissent cependant qu'elles se retournent, se déforment, s'en-
voient, aussi fluides que le fluide massif qui les presse, les épouse,
les soutient de toutes parts, leur fait place à la moindre inflexion
et les remplace dans leur forme. Là, dans la plénitude incompres-
sible de l'eau qui semble ne leur opposer aucune résistance, ces
créatures disposent de l'idéal de la mobilité, y détendent, y ramas-
sent leur rayonnante symétrie. Point de sol, point de solides pour
ces danseuses absolues; point de planches, mais un milieu où l'on
s appuie par tous les points qui cèdent vers où l'on veut. Point
de solides, non plus, dans leur corps de cristal élastique, point
d os, point d'articulations, de liaisons invariables, de serments que
l'on puisse compter . . .
240 Mallarmé, O. C. p. 304.

193

13
 Jamais danseuse humaine, femme échauffée, ivre de mouve-
ment, du poison de ses forces excédées, de la présence ardente de
regards chargés de désir, n'exprima l'offrande impérieuse du sexe,
l'appel mimique du besoin de prostitution, comme cette grande
Méduse, qui par saccades ondulatoires de son flot de jupes fes-
tonnées, qu'elle trousse et retrousse avec une étrange et impudique
insistance, se transforme en songe d'éros; et tout à coup, rejetant
tous ses falbalas vibrátiles, ses robes de lèvres découpées, se
241
renverse et s'expose, furieusement ouverte".
Aquí tenemos un ejemplo de lascivia objetiva, como puede ha-
blarse de pudor objetivo. La imaginación habita esos cuerpos, que no
son más que cuerpos, y les confiere no sé qué extrañas intenciones*
una espiritualidad supuesta fantasiosamente determina allí la sensua-
lidad. Es un movimiento sin objetivo, un frenesí de extremidades que
absorbe el cuerpo entero. La sexualidad del animal pone en juego un
desorden, un caos de movimientos al cual no es opuesta ninguna
barrera, ninguna resistencia. Todo el cuerpo está poseído por una
sexualidad difusa. Y a veces parece incluso que en ese caos hay un
cierto ritmo, pareciendo que el animal obedeciera a una música ig-
norada.
En la danza, el movimiento cortés que caracteriza al m e n u e t , se
ajusta a una serie de reglas. Corresponde a una sociedad que hizo
de las reglas de corte un código estricto. Parece innecesario mostrar
cómo a propósito de la danza hay una relación profunda entre las nor-
mas sociales y las de aquella. Ella es una forma de expresión que
sigue la sociedad o se las enfrenta. Sus movimientos requerirían cada
uno de ellos un estudio especial: inclinarse, girar, estirar el tronco,
acentuación de la actitud lordótica o quifótica, determinación del mo-
vimiento de las extremidades a partir del movimiento del tronco.
Todos esos movimientos carecen de objetivo externo. La danza no
tiene como fin llegar a un lugar y tanto es así que puede en determi-
nados casos y determinadas danzas, prescindir del desplazamiento. Se
podría distinguir: en el andar cotidiano nos vemos a t r a v é s del espacio;
el movimiento de la danza se produce en el espacio. Y al carecer de
objetivo carece también de conclusión natural. El cese lo determina
algún factor exterior, ajeno, convencional o simplemente la fatiga.
También un éxtasis que hace pensar en la satisfacción sexual o en la
muerte ...
Todo lo que hemos dicho parece ser sólo una caracterización por
vía negativa. Analicemos ahora la espacialidad propia de la danza.
Vemos así una ampliación del espacio corporal en el espacio circun-
dante. Hay repetición de avance y retroceso, avance hacia los costados,
un girar. El movimiento de la danza llena por todas partes el espacio.
241 Degas, Danse, Dessin, p. 29-30.

194
Se diría que la danza tiene horror al v a c í o , que no soporta un espacio
vacío y que quiere colmarlo con movimientos. Aparece así como un
c e n t r o i r r a d i a n t e ; el ritmo introduce la simetría en las curvas que se
describen: elipses, hipérbolas, parábolas, círculos exactos, etc.
Así el conjunto de movimientos de la danza construye las cuali-
dades espaciales simbólicas. Mientras que el que danza vive directa-
mente dicha espacialidad, el espectador tiene que apelar a la forma
dinámica de la imaginación de que hemos hablado, para no permanecer
en la incomprensión de la mera cinemática.
En esta vivencia se produce también la superación de la oposición
sujeto-objeto, yo y mundo. El cuerpo es vivido en una plenitud inme-
diata — cesa de ser un instrumento. El ver y el oír, sobre todo el oír,
se vuelven hacia dentro. El cuerpo se hace espíritu y el espíritu se
hace cuerpo. Recuerdo a Donne:
"Her pure and éloquent blood
Spoke in her cheeks and so distinctly wrought
That one might almost say, her body thought".
(Second Annivcrsary)
¿No estamos aquí en este éxtasis, en plena experiencia mística?
"Le mysticisme consiste peut-être à retrouver une sensation
élémentaire, et en quelque sorte primitive, la s e n s a t i o n d e v i v r e ,
par une voie incertaine, qui se fait et se fraye à travers la vie
242
déjà faite et comme arrivée".
Así vemos una segunda vida; a la vida natural, disgregada, ten-
dida en múltiples direcciones, se contrapone esta v i s unitiva, el acceso
a esta plenitud del vivir que descansa sobre sí misma, que se centra
sobre sí y que es impulso, aspiración. Aquí se produce una síntesis,
una identificación de lo movido y lo moviente.
A la predominancia de la movilidad del tronco corresponde una
modificación del yo con respecto al esquema corporal. El yo abandona
su ubicación próxima a los sentidos intelectualizados y se centraliza
en la totalidad del cuerpo. Así podemos ver aquí otra modalidad de
la t e o r í a d e l l i e u . Los ojos dejan de ser las ventanas a través de las
cuales se comunican los seres; aquí se cierran, miran hacia dentro,
descienden volcando su claridad por la hélice interior de nuestra sime-
tría y ascienden de nuevo. La sensibilidad entera da vuelta sobre sí
misma. Entrar en comunicación con el que danza obliga a apreciar
ese cuerpo entero, que es su existencia entera, pura vida en movi-
miento. Todo lo gnóstico desaparece y cede su lugar a lo pático.
"On dirait qu'il s'écoute, et n'écoute que soi! on dirait qu'il
ne voit rien et que les yeux qu'il porte ne sont que des joyaux,,
242 P . S . L . , p. 122.

195
 de ces bijoux inconnues dont parle Baudelaire, des lucernes qui
ne lui servent de rien.
C'est donc bien que la danseuse est dans un autre monde
qui n'est plus celui qui se peint de nos regards, mais celui qu'elle
tisse de ses pas et construit de ses gestes. Mais, dans ce monde-
là, il n'y a point de but extérieur aux actes. 11 n'y a pas d'objet
à saisir, à rejoindre ou à repousser ou à fuir, un objet qui termine
exactement une action et donne aux mouvements d'abord une di-
rection et une coordination extérieures, et ensuite une conclusion
243
nette et certaine".
Aquí el espacio se adhiere al cuerpo; el cuerpo crea al espacio en
su moverse:
"La danseuse n'a point de dehors . . . Rien n'existe au delà
du système qu'elle se forme par ses actes, système qui fait songer
au système tout contraire et non moins fermé que nous constitue
le sommeil, dont la loi tout opposée est l'abolition, la abstention
total des actes.
La danse lui apparaît comme un somnambulisme artificiel, un
groupe de sensations que se fait une demeure à soi, dans laquelle
certains thèmes musculaires se succèdent selon une succesion qui
lui institue son temps propre, sa durée absolutement sienne, et il
contemple avec volupté et une dilection de plus en plus intellec-
tuelles cet être qui enfante, qui émet du profond de soi-même cette
belle suite de transformations de sa forme dans l'espace; que
tantôt se transporte, mais sans aller, véritablement nulle part;
tantôt se modifie sur place, l'expose sous les aspects; et qui par-
fois module savamment des apparences succesives, comme par
phases ménagées; parfois se change vivement en un tourbillon qui
s'accélère, pour se fixer tout à coup, cristallisée en statue, ornée
244
d'un sourire étranger!"
En determinado pasaje Valéry fantasea sobre el molusco, que
destinado a la simetría y a la torsión, se forma una caparazón,
que ha renunciado a los ídolos postulatorios de Euclides.
"Quand il est tout intérieur, il peut bien prendre son arc de
spire pour sa 'ligne droite' aussi naturellement que nous prenons

243 O. C , I , p. 1398.
244 Id. Con respecto al arte de L. Fuller escribía Mallarmé: " O r cette
transition de sonorités aux tissus (y a-t-il mieux, à une g a z e ressemblant que
la Musique!) est, uniquement, le sortilège qu'opère la Loïe Fuller par instinct,
avec exagération, les retraits, de jupe ou d'aile, instituant un lieu. L'enchanteresse
fait l'ambiance, la tire de soi et l'y rentre, par un silence palpité de crêpes de
Chine, T o u t e à l'heure va disparaître c o m m e d a n s ce cas une imbécilité, la
traditionelle plantation de décors p e r m a n e n t s ou stables en opposition avec la
mobilité choréographique". (Divagations).

196
 pour la nôtre un petit arc de méridien ou quelque 'rayon lumineux"
dont nous ignorons que la trajectoire est relative. Et peut-être, me-
sure-t-il son 'temps' particulier par la sensation d'éliminer et de
mettre à sa place un petit prisme de calcite? Mais, Dieu sait
parti de son gîte et entreprenant sa vie extérieure, quelles hypo- 245
thèses et quelles conventions 'commodes' sont les siennes!..."
Y no se me ocurre que extraña geometría, qué física podría sur-
gir de la danza, si el pensamiento pudiera aislarse y desde dentro
buscar sus coordenadas! ¡Quién sabe qué sustancia, qué veneno levó-
giro segrega la danza, que produce una demencia transitoria al alterar
el movimiento de la hélice corporal!
Los peligros del Ilynx están próximos; así la pérdida de la orien-
tación es el momento decisivo. El espacio se torna homogéneo; la
existencia entera se altera; ¿qué sentido puede ahora tener el Da-
sein? ¿Cuál es el d a ? ¿Qué significa estar enfrente, en que se han
transformado los objetos? ¿Qué es el tiempo ahora en el éxtasis del
torbellino, sino una forma de la eternidad, un presente eterno? Las
penurias del maniobrar, la adecuación de los medios a los fines, todo
eso ha desaparecido; no hay tiempo histórico. Y en la medida en que
se entra en la danza hay una intensificación de este presente sin du-
246
ración.
La voluntad, la creación, se satisfacen en el instante. No hay tam-
poco futuro, como no hay pasado. Athikté hace ver el instante. El
instante engendra la forma y la forma hace ver el instante. Suponiendo
que un filósofo reflexionara sobre la danza como S. Agustín sobre el
tiempo, se vería inmerso en una encrucijada de complicaciones.
"Il regarde alors la danseuse avec des yeux extraordinaires,
les yeux extralucides qui transforment tout ce qu'ils voient en
quelque proie de l'esprit abstrait. Il considère, il déchiffre à sa
guise le spectacle. . . Il lui apparaît que cette personne qui danse
s'enferme en quelque sorte dans une durée qu'elle engendre, une
durée toute faite d'énergie actuelle, toute faite de rien que puisse
durer. Elle est l'instable, elle prodigue l'instable, passe par l'im-
possible, abuse de l'improbable; et à force ce nier par son effort
l'état ordinaire de choses, elle crée aux esprits l'idée d'un autre
état, d'un état exceptionnel, un état que ne serait que d'action, une
permanence qui se ferait et se consoliderait au moyen d'une pro-

245 O . C . , I., p. 905.

246 "A déduire le point philosophique auquel est situé l'impersonnalité de
la danseuse entre sa féminine apparence et un objet mimé, pour quel hymen:
elle le pique d'une sûre pointe, la pose; puis déroule notre conviction en le
chiffre de pirouettes prolongé vers un autre motif, attendue que tout, d a n s
l'évolution par où elle illustre le sens de nos extases et triomphes entonnés a
l'orchestre est comme le veut l'art même, au théâtre fictif ou momentané". (Ma-
llarmé, Divagations, p. 149).

197
 duction incessante de travail comparable à la vibrante station d'un
bourdon ou d'un sphynx devant le calice des fleurs qu'il explore,
et qui, demeure chargé de puissance motrice à peu près immobile
et soutenu par le battement incroyablement rapide de ses ailes.
Notre philosophie peut aussi comparer la danseuse à une
flamme, et, en somme, à tout phénomène visiblement entretenu par
la consummation d'une énergie de qualité supérieure.
Il lui apparaît aussi que, dans l'état dansant, toutes les sen-
sations du corps à la fois moteur et mu sont enchaînées et dans
un certain ordre, qu'elles se demandent et se répondent les unes
les autres, comme si elles se répercutaient, se réfléchissaient sur 247
la paroi invisible de la sphère des forces d'un être vivant".
Hemos hablado de Orfeo. Se podría decir que gran parte de la
obra de Valéry se puede colocar bajo el signo de Orfeo. Desde su
poema inicial:
"D'un Temple à demi-nu le soir baigne l'essor,
Et soi-même il s'assemble et ordonne dans l'or
A l'âme immense du gran hymne sur la lyre!"
a la nueva encarnación Anfión, bajo el signo de Apolo:
"O Miracle, O Merveille!
Le roe marche! La terre est soumise à ce dieu,
Quelle vie effrayante envahit la nature?
Tout s'ébranle, tout cherche l'ordre,
Tout se sent un destin!"
Orfeo, Anfión por el canto, c a r m e n , usan sortilegios, e n c a n t a n
las rocas. Pero hay también sortilegios en el verbo socrático. Las imá-
genes cobran realidad aparecen en ese escenario de sueño y la
imaginación se coloca en su orden simbólico. Las imágenes son: l e
choeur ailé d e s illustres d a n s e u s e s . Elles entrent c o m m e d e s âmes!
Ellas constituyen los significados de una lengua escondida ( l e u r s
m a i n s p a r l e n t e t l e u r s p i e d s s e m b l e n t é c r i r e ) . No se sabe bien qué
sentidos intervienen aquí en la vivencia de la danza. Sócrates rehusa
limitarse a uno, e imitando el mundo de los sueños pasa de un ver sin
ver a un oír sin oír. El ritmo se ve, la flexibilidad con que sigue la
cadencia se escucha. Aquí estamos en pleno mundo de las correspon-
dencias por lo alto.
La presencia de la Gracia induce a soñar, es decir, para Fedro
mantenerse, como el platónico, en el nivel de lo imaginario puro. Fedro,
cuyo nombre queda para siempre enlazado a la Belleza. Pero ¿qué
e s la Belleza sino una fuerza, una forma de armonía superior, quiero

247 O . C . , I., p. 1396.

198
decir, la Belleza deslizándose entre las Ideas y éstas vagando en el
océano de lo Bello? ¿Un océano situado en lo alto? Aquí Sócrates
tienta otro sueño, el sueño de vigilancia y de tensión que haría la
Razón misma. ¿Qué soñaría la Razón?
"Que si une Raison rêvait, dure, debout, l'oeil armé, et la
bouche fermé, comme maîtresse de ses lèvres — le songe qu'elle
ferait ne serait-ce point-ce que nous voyons maintenant — ce
monde de formes exactes et d'illusions étudiées? Rêve, rêve, mais
rêve tout pénétré de symétries, tout ordre, tout actes et séquen-
248
ces!. . ,
Henos aquí frente a la corporización de un pensamiento divino.
Las imágenes no realizan aquí los aquelarres que los griegos ignoraban,
las bellas jóvenes no se habían evadido de ninguna gehena, sino que
pequeñas, delicadas Minervas, llevaban consigo la frescura de las ideas ,4t
del alba. Casi diría que cada cultura tiene los sueños que merece.. .
Al fin de cuentas lo real es simplemente un sueño del cual no podemos
despertar y acaso se sabe que es real sólo porque se quiere despertar
y no se puede. Sueño y danza se aproximan extrañamente.
"En rêve, les opérations ne s'échauffent pas, ne sont pas per-
çues comme facteurs indépendants. 11 y a séquences, non consé-
250
quences. Pas de buts, mais le sentiment d'un but".
Pero aquí es el sueño de la Razón que domina y no de la Razón
que se aparta, y mientras Rhodopis, Rhodonia, Ptile, Athikté se entre-
gan al sueño, Sócrates mira. . .
Danza es sueño para quien danza, si es cierto que la danza es el
puro vivir, si es cierto que la vida es una mujer que danza.
"Dans le rêve la pensée no se distingue pas du vivre et ne
retarde pas sur lui. Elle adhère au vivre; elle adhère entièrement
à la simplicité du vivre, à la fluctuation de l'être sous les visages
251
et les images du connaître".
Pero una avidez nace que no se aquieta sin descubrir la ley que
rige esos movimientos, esas metamorfosis. Hay una inversión de efec-
tos. La danza hace surgir la música; por alguna causalidad transitiva
el movimiento hace conmoverse al espacio ("elle frappe du talon des
sonores effigies du mouvement").

248 L'Ame et la Danse, p. 142.

249 No es una fantasía. Jacques Bousquet ha tentado una historia de la
imaginación onírica según las épocas. Cf. Les Thèmes du Rêve dans La Littéra-
ture Romantique. En un sentido acaso distinto a Sócrates, Goya decía que el
Sueño de la Razón engendra monstruos.
250 O. C , I., p. 934.
251 O . C . , 1., p. 936.

199
 Así, entro en una meditación sobre la gracia. ¿Supone la gracia
la existencia de lo humano y sólo de lo humano? ¿Es la belleza que
pertenece a una forma producida por la libertad? ¿Hay una conjun-
ción inevitable entre gracia y movimiento? Schiller sugería que la
gracia está necesariamente ausente de lo estático. No me parece que
sea tan así. Hay formas que inducen a un movimiento acariciante por
su suavidad, por su equilibrio delicado; aquí el movimiento es mental
y acompaña a la percepción. Sin duda hay una relación profunda entre
gracia y movimiento. Allí la intención domina la naturaleza sin
ninguna violencia y donde aparentemente la voluntad está ausente.
Pero la gracia supone alguien agraciado; ella es favor, privilegio, ge-
nerosidad.
El movimiento exige una cierta velocidad. La lentitud puede llegar
a ser pesadez pero la velocidad debe ser dominada, no impuesta. La
gracia exige regularidad y cierta simetría que complace nuestra pere-
za, como cierta originalidad, que complace el afán de novedad.
"La grâce, c'est l'évolution créatrice devenue manifeste. Elle
appartient à l'essence de l'élan vital, à égale distance de la raison
et du chaos. Cependant elle n'en pas distincte. Elle réunit en elle
la règle du logos et l'originalité du chaos en une tension dialectique
indissoluble. Cette unité dialectique est le principe du pur dynamis-
252
me".
La gracia lleva a cabo la tarea paradojal de realizar algo abando-
nándose. El homo ludens gusta de la danza. Pero la danza es más que
un juego, es más que un movimiento gracioso, hay en él una creación.
En varias oportunidades destaqué cómo se complacía Valéry en
el tema del despertar. Despertar es salir del limbo de la ausencia, er-
guirse, marchar, dar los primeros pasos en el avance a la lucidez.
"A peine sorti des sables,
Je fais des pas admirables
Dans les pas de ma raison". (Aurore)
O la descripción del proceso creador en el silencio:
"Tes pas enfants de mon silence,
Saintement, lentement placés,
Vers le lit de ma vigilance
Procèdent muets et glacés". (Les Pas)
En L'Ame et la Danse parece en un primer momento que los pasos
que se realizan fueran reales. Es una ilusión. Se trata siempre de la
captura por la conciencia de lo que acontece naturalmente, pero luego,
en una cierta dialéctica se habrá de engendrar una espontaneidad
provocada.

252 F. J. Buytendijk, Attitudes et Mouvements, p. 484.

200
 Hay una gracia en Athikté tan especial que parece causar la im-
presión de que se detiene, como si el movimiento fuera una imperfec-
ción. La centralización que la danza exige, la muestra dominada por la
atención interna.
"Elle se sent en elle-même devenir quelque événement". Dominio
del instante, presentificación de la danza, que parece abatir todo pa-
sado y todo futuro. Comienza la danza y en ese instante en que la
pesantez cae delante suyo, es el instante en que se despliega ese cuerpo,
253
ese cuerpo que habremos de olvidar que existe.
Suavemente la tensión va en aumento.
"Elle dessine avec lenteur l'enfantement d'un bond... Elle
nous défend de respirer, jusqu'à l'instant qu'elle faillisse, respon-
dant par un acte brusque a l'éclat attendu et inattendu des déchi-
254
rantes cymbales . . ."
Los pasos cambian ahora de sentido. Ya no son un mero avance,
un desplazamiento hacia lo útil. Ahora comienza un movimiento de
elevación. Ahora se construye una morada por encima de las cosas;
se diría que elabora un nido en sus blancos brazos.
Pero ¿cuál es el alma de la danza? Alma significa aquí esencia.
Y para alcanzar esa alma será necesario comprender su lenguaje.
Fedro aproxima a Athikté al amor. La naturaleza ambigua del
amor, entre el ser y el poseer, el ser y el no-ser, aspiración, deseo, un
no-tener teniendo. ¿Pero cómo representar lo que no es sino metamor-
fosis? ¿Cómo ser una forma? La inestabilidad dentro de la aparente
quietud^ el poder ligero de la abeja, ésa es la potencia de Athikté.
Esa imagen lleva a la reflexión, a Sócrates-Valéry. En un primer
momento la conciencia es como una abeja que sobrevuela por encima
de toda flor. Pero eso conduce a ver fríamente la vida entera iluminada.
El tedio, el tedio que no tiene otra sustancia que la vida misma, surge
entonces, el tedio que es la existencia pura tal cual es, sin ninguna
mentira que se le adose. El nihilismo ronda.
"La vie noircit au contact de la vérité, comme fait le douteux
255
champignon au contac de l'air, quand on l'écrase".
La existencia que se exhibe así sin ninguna máscara a la concien-
cia, aparece como la imagen en el espejo, empañada por la proximidad
de un aliento.
253 " . . . résume le sujet à tous propos désignant les allusions non mises
au point ainsi qu'avant un pas elle invite, avec deux doigts, un pli frémissant
de sa jupe et simule une impatience de plumes vers l'idée". (Divagations, p.
163).
254 L'Ame et la Danse, p. 152.
255 L'Ame et la Danse, p. 164.
201
 "Si l'esprit n'est gratifié d'une ascension mystique, las de re-
garder l'ennui dans le métal cruel d'un miroir et cependant aux
heures où l'àme rhytmique aspire à l'antique délire du chant"."0
Ver lo que meramente es, el exceso de inteligencia, exceso de vida
interior, conversación consigo mismo, pueden producir esta tristeza
sin causa. El tedio es un peligro pero es también la tentación de ceder
a una tentación, la tentación en que cae una conciencia que se siente
cada vez más ágil, en la cual el pensamiento es un juglar que se recrea
con sus ideas, cortesanas sumisas que acuden al menor llamado y que
se retiran dócilmente a la menor indicación. La conciencia al sentirse
tan ágil puede tornarse irónica; toda expresión será poco frente a su
infinitud.
¿Cómo no considerar el tedio como la sustancia de la vida misma?
¿Si efectivamente es la vida que se ha hecho sustancia, despojada de
sus modos, excluyente de su devenir? Y parecería que la existencia
pura, la realidad pura, fueran insoportables porque es menester inter-
poner pantallas, máscaras, disimulos, Hay como una especie de angustia
del universo mismo al sentirse detenido, definido.
"O Socrate, l'univers ne peut souffrir, un seul instant de
n'être que ce qu'il est. Il est étrange de penser que ce qui est le
Tout ne puisse point se suffire... Son effroi d'être ce qui est,
l'a donc fait se créer et se peindre mille masques; il n'y a point
d'autre raison de l'existence des mortels. Pour quoi sont les
mortels? Leur affaire est de connaître. Connaître? Et qu'est 257
connaître? C'est assurément n'être point ce que l'on est".
Todo un mundo de apariencias se incorpora a lo que llamamos
real, que lo viste, lo adorna, lo transforma en cosmos. ¡Ahí está el
inmenso engaño de la cosmética! Crear un cosmos. Pero un relámpago
de lucidez puede destruir todo eso y la ilusión se esfuma. Así en el
hombre revelación, ocultación, realidad, apariencia, se mezclan inevi-
tablemente. Y otra vez Valéry se aproxima a Pascal:
"L'ANIMAL heureux est tout heureux:
Il est bonheur sans ombre.
Il ne sait, il ne peut mélanger du malheur au bonheur,
Du bonheur au malheur.
Il ne mêle le temps au temps, ni le songe à la veille.
Si sensible soit-il au moindre froissement
De la feuille de l'arbre.
Il jouit de l'instant, il épuise le don
Et pur il est, par là!

256 Mallarmé, O. C , p. 520.

257 L,Ame et la Danse, p. 165.

202
 NI REGRETS, ni remords, ni soupçons, ni souci,
Ce qui n'est point, n'est pas;
Celui fut, ce qui eût pu être,
Ne sont pas. . .
Point de désordre en lui; ni retours, ni projects
Ne lui rendent l'instant moins présent que le reste
Et pur il est, par là".
MAIS NOUS!. .. P a r a b o l e s
Sí. La pregunta es esa: ¿pero nosotros? Nosotros que estamos
soportando la condición híbrida ni a n g e ni b ê t e y soportando otro do-
lor, el dolor de ser lúcidos, con la carga tremenda del "tumor de con-
ciencia". • •
"Une merveille de souffrance incomparable,
Analogue au Soleil unique et insoutenable
Dont l'atroce douleur illumine le monde
O douleur du Soleil, qu'ils appellents joie et splendeur
Ton éclat est un cri aigu — et son suplice
Brûle nos yeux!. . ."
¿Qué otra cosa nos queda sino d i v e r t i s s e m e n t s : ebriedad, amor,
odio, avidez, sentimiento de poder? ¿Qué es todo eso sino un conjunto
de perversiones que nos desvían de la dirección monótona originaria?
¿Subterfugios para imponer un ritmo sobre la temporalidad desnuda
del mero existir?
El latido del corazón, reloj orgánico ha de ser sacudido, acelerado,
casi interrumpido por las arritmias que la pasión le impone. La suce-
sión sueño-vigilia, habrá de ser perturbada por la dichosa expectati-
va, que hace huir la entrega a la inconsciencia, sucedáneo de una
muerte para la cual aún no se está pronto o por la inquietud febril.
"Tumor de conciencia", sí, irritada lepra sensitiva, sí, pero que aunque
duela nos deje despiertos de sueño. Cualquier cosa antes que aceptar
el existir sin vivir, el ser sin existir. Todo antes de tolerar el mero per-
durar del mineral o la monotonía del vegetal que carente de tiempo
propio ve sucederse en sí decrepitud y lozanía cuya causa ignora.
¿Cómo vencer ese tedio, sustancia de la vida, consecuencia inevi-
table del semiangelismo? ¿Cómo librarse de esa conciencia, que libe-
rada no atina a librarse de sí misma, sumergida en ese océano lívido
que se forma en torno suyo y que cuando alza los ojos no alcanza a
ver sino la plenitud del vacío, la monotonía diáfana?
El amor, tal vez, como lo sugiere Fedro, podría ser el remedio que
Sócrates pide a Erixímaco, la criatura universal que no tiene ni cuerpo
ni rostro, sino dones, días, destinos, una vida y una muerte que es
vida y muerte porque no conoce ni el sueño ni la tregua. El amor, que
une la indigencia infinita y la riqueza infinita, que no se degrada en
posesión sino que se mantiene dolorosamente en deseo inalcanzable
203
 porque oscuramente sabe que esa es su manera de mantenerse. Pu-
diera ser. . .
Pero hay una ebriedad más divina aún; la ebriedad de los actos.
Actos que dominan el cuerpo, que hacen como si el cuerpo no existiera,
que transmutan el semiangelismo, estigma de nuestra miseria en el
angelismo puro.
¿Y qué es la danza sino un sucedáneo del vuelo? ¿Y qué es el
vuelo sino el abandono de la pesadez y la melancolía? Nietzche y Blake
lo sabían muy bien, esos dos visionarios de la elevación, de la lige-
reza, poetas, pensadores de la verticalidad, espíritus aéreos, libres,
alegres. . .
Dejar la tierra, restituirle el h u m u s que le pertenece, olvidarlo
para poder llegar a la altura. El mediodía perfecto parece crear un
campo magnético en el cual surge la posición erguida casi sin esfuerzo.
Una insignificancia basta entonces para que el espíritu se sienta atraído
por la luz. Mediodía, danza que aspira ser vuelo, se aproximan. No
sé cuántas veces leí en Valéry la exigencia: D e b o u t ! Sí, d e b o u t ! es la
tarea hominizante por excelencia, y a fuerza de hominizante, angeli-
zante.
". . . sur le champ l'unité s'empare des membres, et de la nuque
jusqu'aux pieds un événement se fait homen D e b o u t ! crie tout mon
corps. Il faut r o m p r e a v e c l ' i m p o s s i b l e ! . . . Debout! Le miracle d'être
debout s'accomplit. Quoi de plus simple, quoi de plus inexplicable
que ce prodige. Equilibre? Surgis, maintenant marche, rejoins tes
desseins dans l'espace; suis tes regards qui ont pris leur vol dans
ce qu'on voit, pénètre, avec des pas que l'on peut compter dans
la sphère des lumières et des actes, et compose tes forces à des
258
objets qui te résistent..."
La luz quiere atraer hacia sí la tierra oscura. En la danza la po-
laridad equilibrada se altera. Todo parece precipitarse hacia lo alto.
"O Himmel über mir, sprach er seufzend und setzte sich aufrecht, du
schaust mir zu? Du horchst meiner wunderlichen Seele zu? Wann trinkst
du diesen Tropfen Taus, der auf alle Erdendinge nieder fiel, wann trinkst
du diese wunderliche Seele - wann, Brunnen der Ewigkeit! du heiterer
schauerlicher Mittags - Abgrund? wann trinkst du meine Seele in dich
259
zurück?"
¿Qué es la danza sino la victoria sobre el demonio de la pesadez, de
la melancolía? ¿Qué es sino conquista de la sabiduría del ave que dice:
"Siehe, es gibt kein oben, kein Unten! Wirf dich umher, hinaus, zurück,
260
du Leichter! Singe! sprich nicht mehr!" Parece ser condición de
la vida el ascender, el hacerse más vida. Parece inevitable optar entre
258 ABC, p. 11.
259 Nietzsche, Also sprach Zarathustra, Mittags.
260 Id., Die sieben Siegel.

204
claridad y ligereza, entre libertad de juicio y libertad de movimiento.
Pero pueden superarse esas oposiciones en la etapa del instinto adqui-
rido, de la espontaneidad recuperada.
Los viejos símbolos vuelven. No hay imagen más adecuada para
la movilidad pura que la movilidad ascendente de la llama. La música
y el movimiento son comparables al fuego. Toda la miseria se con-
sume allí en la presencia de la danza, el espíritu se ha hecho
cuerpo y el cuerpo se ha hecho espíritu. La llama es el movimiento
mismo, el presente puro de la danza el momento tenso entre la tierra
y el cielo.
"Voyez-moi ce corps, qui bondit comme la flamme remplace
la flamme, voyez comme il foule, il piétine ce qui est vrai! Com-
me il détruit furieusement, joyeusement, le lieu même ou il se
trouve, et comme il s'enivre de l'excès de ses changements!
Mais comme il lutte contre l'esprit ! ne voyez vous pas qu'il
veut lutter de vitesse et de variété avec son âme? Il est étrange-
ment jaloux de cette liberté et de cette ubiquité qu'il croit qui
261
possède l'esprit!. . .
El cuerpo carente de la unidad ficticia de la memoria, precipita sus
actos buscando la unidad, buscando la plena posesión de sí. El yo
se ha desplazado y ejerce una centralización. Siendo cosa, estalla en
acontecimientos. Su movimiento engendra el espacio y arrastra a todos.
Gira incesantemente y el éxtasis del amor, el éxtasis de la danza, se
transforma aparentemente en el éxtasis de la muerte. Athikté ha al-
canzado aquel punto supremo que está más allá de la vida y la muer-
te, en el asilo del Ilynx divino, acaso en plena Eternidad.
Así cesa la danza, como podría seguir indefinidamente. ¿Y no es
eso lo que sucede en toda modalidad estética? ¿Hay acaso una con-
clusión natural?
Sócrates buscaba un remedio para la enfermedad mortal: el tedio
que formaba la sustancia misma de la vida. Tedio, toxina segregada
por la excesiva pureza de la conciencia. ¿Cómo aboliría sino por el
acto y qué es el acto sino pensamiento suspendido? El arte entero es
una acción. Hay que tentar la vida.
El poema es acción, ya que existe en el momento de la dicción.
Las artes plásticas son acción, acaso nunca concluida. ¿La danza no
es la poesía general de la acción de los seres vivos? ¿No es esa su
alma?
Mallarmé creía que la danza era el medio de dominar "l'afflux
surhumain de la musique". Tránsito a la forma, acaso a la idea.
"La danse figure la caprice à l'essor rythmique - voici avec
leur nombre, les quelques équations sommaires de toute fantaisie -
261 L'Ame et la Danse, p. 171.

205
 or la forme humain dans sa plus excessive mobilité, ou vrai dé-
veloppement, ne les peut transgresser, et tant je le sais, qu'incor-
202
poration visuelle de l'idée".
Medio de dominio también, la voluntad de poder está implícita
en la voluntad de crear y el dominio comienza con el conocer, porque
la danza es una lengua capaz de traducir lo fugaz y lo súbito en Ideas;
ella es un instrumento de las Ideas. Ella es un signo. Si se lograra de-
positar a los pies de esta Pitia dominada la flor del instinto poé-
tico.
"par un commerce dont paraît son sourire verser le secret,
sans tarder elle te livre à travers le voile dernier qui toujours
reste, la nudité des tes concepts et silencieusement écrira ta vision
283
à la façon d'un Signe, qu'elle est".
En ella se unen el significante y el significado. ¿Qué es sino
metáfora? Por ella vamos hacia la fantástica trascendental, al esque-
matismo de los ritmos y las formas. "Fleur, glaive, coupe. . ." Richard
proponía agregar: "oiseau, éventail, papillon", imaginarios de un orden
simbólico que ilustran el surgir de la vitalidad, de la antigua p h y s i s ,
a la cual se une el e i d o s , que culmina en el e i d o s . La physis es eclo-
sión, exhibición, desarrollo que se hace visible, que se hace Idea. La
danza ilustra este proceso, inmenso jeroglífico, donde el énfasis ha
de ser puesto en lo sagrado y no en lo oscuro. Inmensa hierofanía
más bien . . .
G l a i v e flamígera, Athikté, que corta toda atadura al fango fosfo-
rescente sobre el cual se desliza; fleur, Athikté, pero flor de oro,
alegoría de la luz misma; c o u p e , Athikté, Graal más bien donde la
sangre mana y se recoge a sí misma; O i s e a u , Athikté, ave de las par-
tidas para siempre y de los retornos vibrantes como flecha; é v e n t a i l ,
Athikté, que es en su abrirse y cerrarse captura el hálito que domina
un cielo imaginario; p a p i l l o n , Athikté, suspendida en el aire,
"une armature, qui n'est d'aucune femme en particulier, •d'où
instable à travers le voile de généralité, attire sur tel fragment
révélé de la forme et y boit l'éclair qui le divinise; où exhale,
de retour, par l'ondulation des tissus flottante, palpitante, éparse
264
cette extase".
¿Qué danza sería más increíblemente, más supremamente inestable
que la poesía misma, la danza del pensamiento? Danza como la de
la abeja, hecha de fuerza y movimiento concentrado.

262 Mallarmé, Divagations, p. 164.

263 Id., p. 165.
264 Id., p. 171.
206
 qui suspendent l'insecte au dessus de la multitude de fleurs;
qui le tont de vibrant arbitre de la diversité de leurs corolles; qui
le présentent comme il veut, à celle-ci, à celle-là, à cette rose un
peu plus écartée et qui le permettent qu'il l'affleure, qu'il la fuie,
ou qu'il la penetre... Ils l'éloignent soudain de celle qu'il a fini
d'aimer, comme aussitôt ils l'y ramènent, s'il se répent d'y avoir
laisse quelque suc dont le souvenir le suit, duquel la suavité l'ob-
263
sède pendant le reste de son vol".
i Ah Sócrates! . . . ¿Era esa tu ciencia? ¿Tu exigua ciencia de
amor? ¿Agotar lo real, sorber las apariencias, desfallecer de ese poros
que es penia, contemplar la realidad cinérea y exangüe? ¿Por qué te
extrañas de ese mal que tiene razón? La finitud es propia de la con-
dición humana.
Puedo imaginar un diálogo entre Sócrates y Athikté:
"La Danseuse semble dire: à moi la conscience des mes mus-
cles obéissants; à toi les idées qui doivent donner les figures de
mon corps se changeant les unes dans les autres d'après quelque
dessein ou dessin - ce qui est la Danse.
"L'Intelligence doit être présente; soit cachée, soit manifestée.
166
Elle nage en tenant la poésie hors de Peau".
Tiene razón Bemol cuando sostiene que el pensamiento de Valéry
es una danza ante el espejo de la fría fuente. Pero en esta contempla-
ción siente también la prematuración, la prematuración de la contem-
plación visual del cuerpo y la ausencia del dominio de ese cuerpo.
Su esfuerzo será conjugar ese conocimiento prematuro de su inteligencia
con el conocimiento total ejercitado. La danza es un exercise, y la
poesía también, el exercise de la inteligencia, que se presiente, pero que
tiene que probarse a sí misma.

265 L ' A m e et la D a n s e , p. 161.

266 T e l Quell, IL, p. 7 3 .
207
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Dialogue ou fragment relatif à Monsieur Teste, Monsieur T e s t e .
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L'oeuvre écrite de Léonard de Vinci, Vues.
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209

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Les Deux vertus d'un livre, P . S . L.
Les Droits du poète sur la langue, P . S . L.
Les Fresques de Paul Veronese, P . S . L.
Lettre a Madame C . . . , P . S . L.
Lettre à quelqu'un, Vues.
Lettre de M a d a m e Emilie Teste, Monsieur Teste.
Lettre d'un ami, Monsieur Teste.
Lettre sur la Société des Esprits, O. C , I., p. 1138.
Lettre sur Mallarmé, Varieté II. O. C , L, p. 633.
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Albert Coste, Lettres a Albert Coste, P a u l Valéry vivant.
André Fontainas, O. C , I., p. 1622.
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J. Ballard, Celui que j'ai connu, P. V. V.
R. Berthclot, Lettres échangées avec P. Valéry, Revue de Métaphysique et
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Réponse à une Enquête (sur la chose littéraire et la chose pratique), O. C , 1.,
p. 1148.
Réponse au remerciement du Maréchal Petain à l'Académie française, Variété IV,
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Souvenir de J. K. Huysmans, Variété 11, O. C , 1., p. 753.
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Souvenirs poétiques, recueillis par un auditeur au cours d'une conférence prononcé
à Bruxelles, le 9 ianvier 1942, Guy le Part, Paris.
Stéphane Mallarmé, Variété I I , O. C , I., p. 619.
Stéphane Mallarmé, Conferencia, O. C , p. 660.
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Sur la technique littéraire, O. C , I., p. 1786.
Sur les "Narcisse", P. V. V.
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Sur Bossuet, Variété H, O. C , p. 498.
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Une vue de Descartes, Les pages immortelles de Descartes choisies et expliquées
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NOTA: La bibliografía anterior y mucho menos la literatura secundaria no pre-

tenden ser exhaustivas. Menciono únicamente lo que he podido consultar
y en las ediciones que poseo. La Paradoxe sur l'Architecte, se publicó
conjuntamente con L'Ame et la Danse, en la ed. Sagittaire, Paris, 1931.
Carezco en este momento de este volumen, por lo cual me vi obligado
a utilizar una copia de ese texto (que es prácticamente inhallable). Por
esa razón omito la paginación.

212
 BIBLIOGRAFIA

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 I N D I C E

PáR

Quiroga y las Misiones por Susana Jaureguy 7

La doctrina liberal en Carlos de Castro por Mircya Pintos Ca-
rabajal 21
Enrique Amorim: Un torbellino de vida por Hortensia Campanella 33

Conferencia sobre Madame Curie por el Prof. Ing. Germán E.

Villar 3<>
Actualidades de la obra y el pensamiento de Nicolás de Cusa por
Aníbal del Campo 53
El singular e inédito diccionario de Doroteo Márquez Valdéz por
Carlos Asiaín Márquez 71
Sobre la estética de Paul Valéry por Mario A. Silva García . . 95
I. El Concepto de estética 97
II. Un nuevo Discurso del Método 112
III. De la Arquitectura, la Música y el Lenguaje 156
IV. Del Alma y la Danza y la Poesía 180
Bibliografía de Valéry 208
Bibliografía sobre Valéry 213
 SE TERMINO DE IMPRIMIR
EN EL MES DE MAYO DE 1976
EN LOS TALLERES GRÁFICOS DE
IMPRESORA URUGUAYA COLOMBINO S. A.
JUNCAL 1511, MONTEVIDEO - URUGUAY
Comisión del Papel - Edición amparada
por el Art. 79. de la Ley N ° 13349.