Está en la página 1de 16

OPTIMISMO Y PESIMISMO

DEL M E X I C A N O

Emilio URANGA

I N D E P E N D I E N T E M E N T E de los c r i t e r i o s , q u e p o d r í a n llamarse
l e g í t i m o s o lícitos, p a r a j u z g a r de l a v a l i d e z de u n análisis d e l
ser d e l m e x i c a n o , se h a c e n f u n c i o n a r otros q u e , s i b i e n n o
p u e d e n llamarse c o n j u s t i c i a i n a d e c u a d o s , se i n s p i r a n e n m o -
tivaciones n o p r o p i a m e n t e " c i e n t í f i c a s " , s i n o h u m a n a s — c u a n -
d o e m p l e a m o s esta e x p r e s i ó n e n e l s e n t i d o de c o m p r e n s i b l e y
piadosamente edificantes—. Es h u m a n o i n q u i r i r , dejando a l
m a r g e n e l c o n t e n i d o v á l i d o de u n a teoría, s i se t r a t a de u n
p e n s a m i e n t o o p t i m i s t a o p e s i m i s t a . P o r razones históricas, c a d a
vez q u e se ofrece u n a r e f l e x i ó n sobre e l ser d e l m e x i c a n o , l a
gente p r e g u n t a casi de s ú b i t o s i l a t a l m e d i t a c i ó n es p e s i m i s t a
u o p t i m i s t a . P a r a u n o s , e l q u e l a teoría sea p e s i m i s t a es casi
s i n ó n i m o de s u v e r a c i d a d , de haberse hecho dueña de la
r e a l i d a d ; p a r a otros, acaece a l a i n v e r s a , t o d o p e s i m i s m o les
parece u n a desfiguración.
En p r i n c i p i o , n o h a y p o r q u é descartar u n a teoría pesi-
m i s t a d e l m e x i c a n o sólo p o r ser p e s i m i s t a , y aceptar otra,
q u i z á menos l e g í t i m a , sólo p o r ser o p t i m i s t a . " S o n las cosas
d e t a l condición, decía O r t e g a y Gasset, q u e juzgarlas c o n sesgo
o p t i m i s t a e q u i v a l e a n o haberse e n t e r a d o de ellas". S i nos atu-
v i é r a m o s a este c r i t e r i o h a b r í a entonces q u e d e c i r q u e los q u e
han a n a l i z a d o e l ser d e l m e x i c a n o se h a n enterado de las
cosas, pues l a m a y o r í a se h a p r o n u n c i a d o pesimistamente. D e -
cir d e l m e x i c a n o q u e padece de " c o m p l e j o de i n f e r i o r i d a d " ,
q u e es u n " r e s e n t i d o " , o q u e es " u n h i p ó c r i t a " , n o es m u y
o p t i m i s t a q u e d i g a m o s . E l señalar fondos de carácter de estilo
p e s i m i s t a , h a s i d o casi s i e m p r e e l e m p e ñ o de nuestros rne-
ditadores.
E l p e s i m i s m o es m a l v i s t o p o r m u c h o s , pues parece entra-
ñ a r u n a seria v u l n e r a c i ó n de los m o t i v o s de acción. L a tesis
pesimista conduce a u n quietismo, y a u n a renuncia definitiva
a l a c o m u n i d a d y a l a c o m u n i c a c i ó n . E l v i v i r c o t i d i a n o se des-
396 EMILIO URANGA

p l i e g a a sus anchas e n horizontes dogmáticos. T o d a pesquisa


sobre los f u n d a m e n t o s de u n a tarea c o m p r o m e t e los objeti-
vos. P a r a q u e l a existencia se desarrolle s i n c o n t r a t i e m p o s pa-
rece i n d i s p e n s a b l e q u e cerremos los ojos a todo p r o b l e m a de
f u n d a m e n t a c i ó n . Ser en e l m u n d o , c o m o dice H e i d e g g e r , es
sentirse a m p a r a d o y recogido e n u n asilo. E l o p t i m i s m o
d a expresión a u n a ingenua confianza en l a obra h u m a n a .
Desde e l siglo pasado, e m p e r o , d o n L u c a s A l a m á n d e n u n -
c i ó l a e s t r u c t u r a o s c i l a t o r i a d e l ser d e l m e x i c a n o . A períodos
de h o n d a c o n f i a n z a e n l a r i q u e z a r e a l y p o t e n c i a l d e l m e x i -
c a n o s i g u e n períodos de desaliento y desesperación. N u e s t r a
h i s t o r i a se m u e v e de u n o a o t r o de los extremos, y n o pode-
m o s h a c e r estancia d e f i n i t i v a e n u n o de ellos, sino q u e i m p u l -
sados p o r las cosas mismas nos desplazamos a l m o m e n t o h a c i a
e l o t r o . L a lógica f o r m a l , q u e f u n c i o n a s i n cortapisas e n l a
v i d a c o t i d i a n a , desconoce l a necesaria r e m i t e n c i a de u n extre-
m o a l o t r o y se q u e d a sólo c o n u n o de ellos, p r e t e n d i e n d o
e r i g i r l o e n agencia absoluta. L o m e x i c a n o es o p t i m i s t a o pesi-
m i s t a , p e r o n o se e n t i e n d e q u e a l a vez sea l o u n o y l o otro.
Parece q u e nuestro carácter es e l de u n ciclotímico, e l de u n
maníaco-depresivo, q u e a instantes de e u f o r i a y de contento
h a c e s e g u i r m o m e n t o s de desesperanza y melancolía. P e r o e n
v e r d a d n u e s t r o carácter n a d a tiene de ciclotímico y sí más b i e n
d e e s q u i z o i d e , estructura r i c a q u e p u e d e manifestarse c o n los
rasgos d e l ciclotímico s i n serlo e n v e r d a d .
A u n p e r í o d o histórico o a u n estado de á n i m o o p t i m i s t a
a c o m p a ñ a e n e l m e x i c a n o u n p e r í o d o o estado pesimista, y
se p o d r í a d e c i r q u e éste r e f u t a a a q u é l , p e r o e l subsiguiente
o p t i m i s m o v i e n e a rechazar e l p e s i m i s m o e n q u e hasta enton-
ces se v i v í a . Estas formas de p e s i m i s m o y o p t i m i s m o e n e l
m e x i c a n o n o solamente son d i s t i n t a s , s i n o q u e se desalojan
m u t u a m e n t e c o m o i n c o m p a t i b l e s entre sí. P e r o a l a vez q u e
se d e s p l a z a n y n o se s o p o r t a n , p o r e n t r a r a f o r m a r parte de u n
t o d o m o v i b l e , son m o m e n t o s i n d i s p e n s a b l e s de l a m i s m a u n i -
d a d orgánica, en l a q u e n o sólo n o p u g n a n , s i n o q u e u n o es t a n
necesario c o m o e l o t r o . E l m e x i c a n o se e n c u e n t r a d i s t e n d i d o
entre los dos extremos de o p t i m i s m o y p e s i m i s m o , y n o acu-
m u l a d o e x h a u s t i v a m e n t e e n u n o solo de los extremos.
O c u r r e , a l oír h a b l a r así, pensar e n H e g e l , c o m o a u t o r de
u n a teoría de l a r e a l i d a d e n q u e l o v e r d a d e r o n o son los extre-
OPTIMISMO Y PESIMISMO 397

mos, s i n o l a s u p e r a c i ó n dialéctica de estas c o n t r a p o s i c i o n e s e n


u n a u n i d a d de " r a n g o " s u p e r i o r . P e r o n o h a y q u e i r t a n lejos.
G e n t e n u e s t r a q u e nos h a observado m u y de cerca h a e n u n -
c i a d o ideas semejantes. E n e l siglo XVI F r a y D i e g o D u r a n n o s
d e j ó e n s u Historia de las Indias de Nueva España y Islas
de Tierra Firme valiosas estimaciones sobre n u e s t r o carác-
ter. V a l i o s a s p a r a nosotros, p o r q u e p o n e n de m a n i f i e s t o esa
e s t r u c t u r a t o r n a s o l a d a o de m e d i o t o n o e n q u e parece acu-
ñarse n u e s t r a v e r d a d e r a f ó r m u l a de ser. L a i m a g e n m á s ade-
c u a d a p a r a d e s c r i b i r l a , i m a g e n q u e nos p e r m i t e descansar de
l a f a t i g a q u e o c a s i o n a moverse entre abstracciones, sería esa
d e l conejo, q u e los m e x i c a n o s h a b í a n elevado a g r a n d i g n i d a d
s i m b ó l i c a p a r a representar u n o de los cuartos de s u siglo.
" P i n t a b a n estos años, nos dice F r a y D i e g o D u r a n , e n f i g u r a
de conejo p o r a n d a r s a l t a n d o de a q u í p a r a allí, q u e n u n c a
p e r m a n e c e e n u n l u g a r " . Este es e l s í m b o l o m á s a p r o p i a d o .
1

El tránsito d e l o p t i m i s m o a l p e s i m i s m o es u n " s a l t o " , u n


e m p e ñ o c o n e j e r i l . P e r o n a d a es c o m p a r a b l e a este o t r o testi-
m o n i o de i n m e n s a r e s o n a n c i a :

Prehendiendo yo a un indio de ciertas cosas y en particular de que


había andado arrastrado recogiendo dineros con malas noches y peores días,
y al cabo de haber allegado tanto dinero y con tanto trabajo hace una
boda y convida a todo el pueblo, y gástalo todo, y así riñéndole el mal
que había hecho, me respondió: —Padre no te espantes, pues todavía esta-
mos nepantla: y como entendiese lo que quería decir por aquel vocablo y
metáfora que quiere decir estar en medio, torné a insistir me dijese qué me-
dió era aquel en que estaban, me dijo que como no estaban bien arraigados
en la fe, que no me espantase de manera que aún estaban neutros, que ni
bien acudían a la una ley ni a la otra, o por mejor decir, que creían en Dios
y que juntamente acudían a sus costumbres antiguas y ritos del demonio, y
esto quiso decir aquél en su abominable escusa de que aún permanecía en
medio y estaban neutros.2

E n t r e los dos e x t r e m o s n o se o p e r a u n a síntesis dialéctica,


c o m o nos h a r í a p e n s a r e l acogernos i l i m i t a d a m e n t e a H e g e l ,
s i n o q u e h a y u n oscilar, u n r e m i t i r de u n c a b o a l o t r o s i n
descanso. E l estado de á n i m o q u e traduce esta e s t r u c t u r a d e l
ser es j u s t a m e n t e l a " z o z o b r a " . E n e l estado de z o z o b r a n o
sabemos a q u é atenernos, v a c i l a m o s entre u n a y o t r a " l e y " , es-
tamos " n e u t r o s " , " e n m e d i o " , " n e p a n t l a " . E n e l caso q u e nos
h a traído a estos términos l o vemos c o n c l a r i d a d . N i o p t i m i s -
m o , n i p e s i m i s m o a g o t a n p o r s u c u e n t a , y solos, e l ser d e l
398 EMILIO URANGA

m e x i c a n o . S i pretendemos c o m p r e n d e r las cosas m i s m a s hemos


d e r e p a r t i r nuestra atención entre las dos mociones de á n i m o ,
y n o dejarnos fascinar p o r u n a lógica demasiado f o r m a l i s t a ,
q u e sólo aceptaría d e f i n i r n o s t o m a n d o s i m p l e m e n t e c o m o
ú l t i m o e l p r i m e r o o e l segundo. H a b e r aclarado c o m o consti-
t u t i v a t a l e s t r u c t u r a de ser, h a de servirnos t a m b i é n c o m o
í n d i c e p a r a c a l i b r a r u n a teoría o n t o l ó g i c a sobre e l m e x i c a n o :
s ó l o respetará p l e n a m e n t e los datos d e l f e n ó m e n o a q u e l l a no-
c i ó n de ser q u e p e r m i t a e x p l i c a r e l carácter o s c i l a t o r i o , p e n -
d u l a r , de n u e s t r a constitución. P r o n t o veremos c ó m o esta
i n d i c a c i ó n g u í a p o r sus p r o p i o s pasos h a c i a u n concepto onco-
l ó g i c o m u y d e t e r m i n a d o : e l de accidente. P e r o n o nos apre-
suremos.
U n a vez a c l a r a d a l a situación h e r m e n é u t i c a q u e r e q u i e r e
d e n u e s t r a exégesis, hemos de hacer n o t a r q u e en e l m o m e n t o
a c t u a l parece l l e v a r p r i n c i p a l i d a d l a acentuación d e l o p t i m i s -
m o . E l sólido d e s a r r o l l o m a t e r i a l d e l país y l a c o n f i a n z a e n l a
l a b o r d e l g o b i e r n o , a l a vez q u e e l despliegue s u c u l e n t o de
n u e s t r a c u l t u r a y e l avance e n e l r i g o r y d i s c i p l i n a de l a inves-
tigación, nos i n c l i n a a pensar c o n o p t i m i s m o e n e l ser d e l
m e x i c a n o . Q u e r e m o s q u e n u e s t r a filosofía nos d i g a p o r q u é
h e m o s de p o n e r c o n f i a n z a e n nosotros mismos, y q u é v i r t u a -
l i d a d e s se a l b e r g a n e n n u e s t r a constitución que f u n d e n u n a
esperanza e n los p r ó x i m o s años. H e m o s llegado a u n p u n t o
t a l e n q u e teoría d e l m e x i c a n o y teoría o p t i m i s t a d e l m e x i c a -
n o e q u i v a l e n i l i m i t a d a m e n t e . Necesitamos de u n p e n s a m i e n t o
q u e j u s t i f i q u e e l o p t i m i s m o d e l m e x i c a n o . T o d a s las l u c u b r a -
ciones hasta h o y vigentes v i e n e n a q u e d a r relegadas p o r q u e
n o d a n razones p a r a u n a a c t i t u d o p t i m i s t a , m i e n t r a s q u e su-
b e n a l p r i m e r p l a n o otras m e d i t a c i o n e s q u e p e r m i t e n h a b l a r
de u n a atmósfera de esperanza y de p o r v e n i r .
U r g i d a p o r estas m o t i v a c i o n e s , n u e s t r a investigación histó-
r i c a , quizás s i n saberlo, pues se l o i m p i d e su d o g m a t i s m o
m e t ó d i c o , h a v e n i d o e s t u d i a n d o e l siglo XVIII m e x i c a n o , época
e n q u e nos reconocemos, a l parecer c o n toda l e g i t i m i d a d ,
c o m o suficientes y o p t i m i s t a s . N o s a g r a d a que l a h i s t o r i a nos
r e v i v a épocas de o p t i m i s m o , y m u y i n c l i n a d o s estamos a "re-
p e t i r " t a n ilustres m o d e l o s . U n a breve h i s t o r i a de estas o r i e n -
taciones nos aclarará l o q u e antes hemos d i c h o .
OPTIMISMO Y PESIMISMO 399

T R E S FECHAS c o n v i e n e señalar c o m o decisivas p a r a c o m p r e n -


der l a n u e v a o r i e n t a c i ó n q u e e n los últimos años se h a impues-
to a l e s t u d i o histórico d e l m e x i c a n o , o c o m o otros p r e f i e r e n
d e c i r , a u n q u e p e l i g r o s a m e n t e , de l a " m e x i c a n i d a d " . E l l i b r o
d e S a m u e l R a m o s , El perfil del hombre y la cultura en Mé-
xico, apareció e n 1934; e
l Prólogo de G a b r i e l M é n d e z P l a n -
earte a su l i b r o Humanistas del siglo XVIII, e n 1941, y e l p r i m e r
t o m o de El positivismo en México, de L e o p o l d o Z e a , e n 1943
A p a r t i r de estos tres ensayos se h a e m p r e n d i d o desde entonces
el e s t u d i o d e l m e x i c a n o , y los q u e h a n c o n t r i b u i d o a engro-
sar l a l i t e r a t u r a de este t e m a les d e b e n c a r d i n a l e s direcciones.
La i n f l u e n c i a de estos autores es a veces d e c l a r a d a y e n las
m á s de ellas solamente supuesta, pero sea u n o u o t r o e l caso,
q u i e n p r e t e n d a orientarse e n l a novísima temática sobre l o
m e x i c a n o debe a c u d i r a estas fuentes i n m e d i a t a s de i n f o r m a -
ción. R e p á r e s e e n q u e n i n g u n o de los tres autores citados
es h i s t o r i a d o r de profesión, p e r o los tres h a n d a d o o r i g e n a
i m p o r t a n t e s c o n t r i b u c i o n e s historiográficas elaboradas a t e n o r
de l o q u e se l l a m a , c o n v i s i b l e gesto p r o v o c a t i v o , m é t o d o his-
tórico. D o s de ellos son filósofos, y e l o t r o crítico l i t e r a r i o .
Si quisiéramos c o m p l e t a r d e n t r o de esta ú l t i m a dirección, p a r a
ser más justos, las c o n t r i b u c i o n e s , i m p o s i b l e sería dejar de
citar, o p o r lo menos mencionar, a R o d o l f o U s i g l i y Agustín
Y á ñ e z . Q u i z á s e n éste aparece p o r vez p r i m e r a , d e n t r o d e l
g r u p o q u e reseñamos, l a expresión, h o y t a n c o m ú n entre a l g u -
nos, de " m e x i c a n i d a d " , c o m o r u b r o característico de u n a em-
presa de investigación q u e después de diez años de e s t u d i o
a p l i c a d o e m p i e z a a r e n d i r sus p r i m e r o s frutos. P o r m e x i c a n i -
dad e n t i e n d e Y á ñ e z , e n 1939, l o mestizo, l a a m a l g a m a de l o
e s p a ñ o l y l o i n d í g e n a , c o n u n c l a r o s e n t i d o d i f e r e n c i a d o de
sus dos elementos f o r m a t i v o s .
Estos ensayos de análisis d e l ser d e l m e x i c a n o correspon-
den a l a h i s t o r i a c o n t e m p o r á n e a d e l s e n t i d o de l o m e x i c a n o ,
e x p r e s i ó n ésta d e h i s t o r i a c o n t e m p o r á n e a q u e chocará a m u -
chos espíritus hechos a l a v i e j a m a n e r a historiográfica, s i es
q u e son fieles a sus divisas más características. E n efecto, l a
h i s t o r i a se e n t i e n d e c o m o e s t u d i o d e l pasado, y h a b l a r de
lo c o n t e m p o r á n e o es h a b l a r n o de h i s t o r i a , s i n o de "sociolo-
g í a " , de " p o l í t i c a " y de " p e r i o d i s m o " . P e r o ¿en q u é fecha
4oo EMILIO URANGA

h e m o s de hacer empezar l o p r o p i a m e n t e histórico? ¿A cuántos


a ñ o s de distancia? E s i n d i s c u t i b l e q u e t o d a delimitación sería
a r b i t r a r i a . H a b l a r de l o m e x i c a n o e n e l siglo x x es t a n menes-
t e r de h i s t o r i a c o m o h a b l a r d e l m e x i c a n o de los siglos XVII
o XVIII. P e r o c o n c i e r t a p r e r r o g a t i v a . Se piensa, e n general, q u e
l a n o c i ó n a c t u a l de u n f e n ó m e n o histórico, c o m o " l o m e x i c a -
n o " , es p r o d u c t o de u n a serie de determinaciones q u e tiene
s u razón e n e l pasado. L o m e x i c a n o sería e l p r o d u c t o f o r m a d o
p o r l a h i s t o r i a y t r a d u c i d o a conceptos, c o n u n m é t o d o foto-
gráfico, p o r o b r a d e l h i s t o r i a d o r a c t u a l . E n v e r d a d , las cosas
v a n más frecuentemente e n dirección inversa. L a i d e a a c t u a l
n o viene de l a de otros siglos, s i n o q u e , a l revés, l l e v a a éstos su
i n f l u j o . L o q u e d i s t i n g u e a l a i d e a histórica d e l hecho n a t u r a l
es precisamente este p e c u l i a r retroefecto; u n a investigación
c o n t e m p o r á n e a es a l a vez u n a r e f o r m a d e l pasado. L o preté-
r i t o n o es l o i n m u t a b l e , s i n o l o dócil a l a replasmación q u e
avanza desde e l presente. Se f o r j a e l concepto de l o m e x i c a n o
a tenor de las circunstancias actuales, y se l l e v a esa noción, así
esclarecida, a otros siglos, a l XVII y a l XVIII, p a r a i l u m i n a r c o n
e l l a e n l a m a n o l o q u e entonces se entendía p o r m e x i c a n o . A l
c o n f r o n t a r l a n o c i ó n c o n ese pasado se l a enriquece y m a t i z a ,
presentándose así los estudios sobre e l m e x i c a n o c o m o con-
f l u e n c i a de i m p e r a t i v o s surgidos de u n f u t u r o , de u n pasado y
de u n presente i n m e d i a t o s . P r e t e n d e r evitar esta f o r m a l i d a d
t e m p o r a l es empresa v a n a e n q u e se e m p e ñ a n los q u e n o aca-
b a n de entender e l s e n t i d o m i s m o de l o histórico. D e a q u í q u e
e l h i s t o r i a d o r c o n t e m p o r á n e o opere c o n cierta p r e r r o g a t i v a .
E n efecto, l a n o c i ó n q u e forja de l o m e x i c a n o es e l d a t o
a b s o l u t o , e l p u n t o cero de referencia, o r i g e n de t o d a coor-
d i n a c i ó n . E s c l a r o q u e ese p u n t o de vista será m a ñ a n a r e l a t i -
v o , pero e n e l m o m e n t o a c t u a l n o se ve e n m o d o a l g u n o c o m o
r e l a t i v o s i n o c o m o a b s o l u t o . O si se prefiere, e l h i s t o r i a d o r
a c t u a l eleva a a b s o l u t o u n d a t o r e l a t i v o , e l de su m o m e n t o , y
así t r a n s f o r m a d o o p e r a c o n él. A p a r t i r de entonces se l l a m a r á
m e x i c a n o , n o sólo e n e l pasado, s i n o t a m b i é n e n e l f u t u r o , l o
q u e c o n ese c o n c e p t o se d e n o t a , y se dejarán a u n l a d o otras ca-
racterísticas q u e se p r e t e n d e l l a m a r mexicanas desde otros
p u n t o s de vista. E n t o d o c o n c e p t o h a y u n i n n e g a b l e n ú c l e o de
convención. L a e x p e r i e n c i a p e r m i t e f i j a r los conceptos, t i p i z a r
los hechos, p e r o l a i d e a c o n s o l i d a y l i g a e l t r a m a d o , l o s o l i d i -
OPTIMISMO Y PESIMISMO 401

f i c a . J i m é n e z M o r e n o se sirvió e n c i e r t a ocasión de u n a
i m a g e n , a n u e s t r o aparecer agudísima, p a r a caracterizar e l
p r o c e s o q u e a q u í i n t e n t a m o s d e f i n i r . H a b l ó , e n efecto, d e l
c u r s o de consolidación y definición de l o m e x i c a n o c o m o de l a
h i s t o r i a de u n d o g m a q u e llega u n m o m e n t o e n q u e se f i j a
f o r m u l a r i a m e n t e y se le s a n c i o n a c o m o i n v a r i a b l e p o r u n a
a u t o r i d a d . L o m e x i c a n o viene s i g n i f i c a n d o p o r tradición tales
o cuales cosas, p e r o e n e l siglo XVIII se p r o m u l g a , p o r así de-
c i r l o , e l d o g m a de l a m e x i c a n i d a d . A p a r t i r de entonces n o se
q u i e r e d e c i r q u e n o c a m b i e l o m e x i c a n o , p e r o sí q u e c a m b i a
d e n t r o de u n m ó d u l o r í g i d o precisamente f i j a d o e n a q u e l
s i g l o . A h o r a b i e n , l o q u e i m p o r t a c o m p r e n d e r es q u e l a fija-
c i ó n de ese d o g m a ha sido realizada, por el siglo xx, en el
siglo XVIII, o sea, q u e e l retroefecto h a s i d o e n c a p s u l a d o c o m o
d e f i n i t i v o e n esa c e n t u r i a . L o q u e nuestros autores c o n t e m p o -
ráneos e n t i e n d e n p o r m e x i c a n o l o h a n v i s t o r e a l i z a d o c o n
p l e n i t u d e n e l XVIII. N o todos, desde l u e g o , q u i e r e n detener
a q u í l a c a r r e r a d e l retroefecto, s i n o q u e , o b i e n l o reatraen
a l XIX y a l x x , o b i e n l o h a c e n correr más y l o l l e v a n a l XVII,
e i n c l u s i v e hasta e l XVI. P e r o si l a fijación e n e l XVIII goza de
más a q u i e s c e n c i a , e l l o es d e b i d o a q u e dos ideas, l a de h u m a -
n i s m o y l a de o p t i m i s m o , resaltan a q u í casi s i n a m b i g ü e d a d .
P o r eso es q u e de los tres escritos antes m e n c i o n a d o s , e l de
M é n d e z P l a n e a r t e h a de atraer n u e s t r a a t e n c i ó n .
V e a m o s p r i m e r o sus características más externas. C o m o
p r ó l o g o q u e es, parece d e s t i n a d o a c u m p l i r u n a m e r a f u n c i ó n
v i c a r i a e n e l l i b r o e n q u e f i g u r a ; q u i e r e presentar a los actores
de s u d r a m a y de i n m e d i a t o retirarse p r u d e n t e m e n t e d e l
escenario. P e r o esta f u n c i ó n s u p l e t o r i a se h a d e s o r b i t a d o p o r
poderosas y legítimas razones hasta convertirse e n p r i n c i p a l .
P o d r í a m o s r e t i r a r de ese l i b r o a los jesuítas d e l XVIII, p e r o e n
m o d o a l g u n o a G a b r i e l M é n d e z P l a n e a r t e . S u p r ó l o g o se nos
q u e d a entre las m a n o s c o m o p i e z a de i m p o r t a n c i a i n a p r e c i a -
b l e e n q u e se c o n t i e n e , más q u e e n sus actores, u n v e r d a d e r o
mensaje, e x p r e s i ó n de q u e se sirve n u e s t r o i l u s t r e p o l í g r a f o
c u a n d o a n u n c i a l o q u e h a de hacer h a b l a r a los jesuítas me-
x i c a n o s d e l XVIII. C o n v i e n e t a m b i é n l l a m a r l a atención sobre
3

* En una intervención oral en la primera mesa redonda de la X


Sesión del Congreso Mexicano de Historia, reunida en Guanajuato en
diciembre de 1950.
402 EMILIO URANGA

l a b r e v e d a d de este p r ó l o g o . Escasas 17 hojas l o c o m p o n e n ,


p e r o son de t a l m a n e r a ricas y densas que, s i n e x a g e r a c i ó n , se
p u e d e h a b l a r de q u e cada u n a de sus hojas, de sus parágrafos,
y hasta algunas de sus p a l a b r a s , h a n i n s p i r a d o l i b r o s , artícu-
los, conferencias y c o m u n i c a c i o n e s . Y n o es p a r a menos. Q u i e n
h a leído ese p r ó l o g o q u e d a a p r i s i o n a d o p o r su estilo, p o r s u
espíritu, p o r sus sugerencias. A pesar de q u e vamos y a a cele-
b r a r l a p r i m e r a decena de s u aparición, todo l o q u e posterior-
m e n t e se h a escrito acerca d e l t e m a l o r e p i t e , l o r e p r o d u c e , l o
a m p l í a o l o v e r i f i c a . E l p r ó l o g o de M é n d e z Plancarte es u n a
d e esas obras q u e p a r e c e n h a b e r s u r g i d o c o n p a r t i d a de n a c i -
m i e n t o de perfección. E s o b r a de i n a u d i t a composición retó-
r i c a . P e r o esta impresión de o b r a a q u e se aplicaría e l a f o r i s m o
l a t i n o , prole sine matre, c r i a t u r a o r i g i n a r i a , se desvanece si
i n q u i r i m o s p o r e l trasfondo de ideas a q u e M é n d e z Plancarte
i n t e n t a r e f e r i r su ensayo. ¿ C u á l era, p a r a ser más precisos, l a
i d e a de m e x i c a n i d a d q u e M é n d e z Plancarte recibió c u a n d o re-
d a c t ó e l ensayo? N o p o d e m o s d e c i r q u e h a y u n a fuente inequí-
v o c a de inspiración. ¿ O c u l t a entonces esa fuente? E n m o d o a l -
g u n o . L o q u e acontece es más b i e n q u e p o r t a n s a b i d a l a
c a l l a . Y n o s i n p l a u s i b i l i d a d m e i n c l i n o a pensar q u e u n a de
esas fuentes e r a n los escritos de A g u s t í n Yáñez. Una de ellas y
quizás no la principal. R e c u é r d e s e q u e p a r a 1939 h a b í a p u b l i -
cado e l a u t o r de Al Filo del Agua u n a selección de crónicas
d e l XVI, e n l a m i s m a B i b l i o t e c a d e l E s t u d i a n t e U n i v e r s i t a r i o
(N° 2), es decir, q u e estas ideas le e r a n conocidas y f a m i l i a r e s
a G a b r i e l Méndez Plancarte. Su "mexicano" es la armónica
confluencia de lo indígena y lo español. Pero la idea de lo
mexicano tal vez más honda no era ésta, sino la del humanis-
ta. El mestizaje vendría a estar en junción de un radical hu-
manismo.

Toda mi labor de investigación histórico-literaria, ha engendrado


en mí la convicción, cada vez más arraigada, de que el humanismo gre-
colatino es una de nuestras más hondas y fecundas raíces, uno de los
elementos vitales y específicos que han plasmado nuestra fisonomía
espiritual y han formado lo que bien podemos, sin rústica jactancia, lla-
mar la cultura mexicana". 4

En Méndez Plancarte la labor del humanista forma el


trasfondo en que se acusa la cultura del mexicano. Noble vi-
sión q u e n o está a l alcance de r o m o s espíritus q u e t o d o l o v e n
OPTIMISMO Y PESIMISMO 403
b a j o l a f o r m a l i d a d de l o grosero. E l espíritu h u m a n i s t a signi-
f i c a e l e n t r o n q u e decisivo c o n l a c u l t u r a m a d r e de l a c i v i l i z a -
c i ó n o c c i d e n t a l . Sólo se adquiere la humanidad si se participa
de este mundo de formas. P e r o , s i n e x t r e m a r l a filiación, M é n -
dez Plancarte s u b r a y a e l t a m i z a d o de las ideas a través de l a
t r a d i c i ó n c r i s t i a n a . No es su humanista, d i c h o escuetamente,
el greco-latino redivivo, sino el hombre de la antigüedad me-
diado o mediatizado por el cristianismo. D e ahí q u e r e c o r d a r a
e n s u p r ó l o g o l a tradición de l o q u e h a v e n i d o a llamarse e l
l i b e r a l i s m o c r i s t i a n o . E n l o q u e toca a este l i b e r a l i s m o — n o s
r e p r e s e n t a m o s e l p r ó l o g o c o m o l a g e n i a l c o n f l u e n c i a de u n a
i d e a d e l m e x i c a n o y u n a i d e a de l a l i b e r t a d — , n o es nuestro
h u m a n i s t a fácil presa de confusas mezclas entre u n o y o t r o
de sus sentidos, s i n o d e c i d i d o p a r t i d a r i o de precisar y de com-
p r o m e t e r s e . L a l i b e r t a d q u e p r o p u g n a , y de q u e hace h a b l a r
a los jesuítas e n sabia selección, es l a de su m o m e n t o histó-
r i c o , l a de su instante c o n t e m p o r á n e o , y si r e c u e r d a — ¿ c ó m o
sería c o n c e b i b l e q u e l o h u b i e r a o l v i d a d o ? — l a l i b e r t a d cris-
t i a n a , l a e n l a z a c o n l a de l a época e n q u e v i v e . " ' L a a u t o r i d a d
y a n o v i e n e de abajo', p r o c l a m a h o y u n l a m e n t a b l e a n c i a n o
q u e , sobre l a F r a n c i a v e n c i d a y agonizante, i m i t a grotesca-
m e n t e las actitudes y las d o c t r i n a s de los D i c t a d o r e s v i c t o r i o -
sos." 5
N o q u e d a , pues, c i r c u n s c r i t a l a n o c i ó n de l i b e r t a d a l o
q u e a l g u i e n l l a m ó , c o n perspicaz agudeza, l i b e r a l i s m o jesuíta,
sino que Méndez Plancarte nos hace ver e n l a o b r a de esos
humanistas u n a comunicación del sentido en que entendían
l a l i b e r t a d c o n e l s e n t i d o m i s m o de l a l i b e r t a d e n e l m o m e n t o
e n q u e escribió e l ensayo. S i se le saca de su c o n t e x t o se hace
d e c i r c o n i d é n t i c a p a l a b r a u n p e n s a m i e n t o desafín. E n esa
é p o c a e s c r i b e n t a m b i é n sus ensayos sobre V i t o r i a , José R o j a s
G a r c i d u e ñ a s y A n t o n i o G ó m e z R o b l e d o , atentos a encauzar
l a n o c i ó n i l u m i n a d a de l i b e r t a d h a c i a e l l a d o conveniente.
E l m e x i c a n o de q u e nos h a b l a M é n d e z Plancarte se con-
c r e t i z a e n l a f i g u r a d e l h u m a n i s t a . L o s caracteres c o n q u e nos
describe a este t i p o h u m a n o s o n las características de l o q u e
e n p a r a d i g m a p o d r í a ser e l m e x i c a n o . E l pasado es registra-
d o e n todos sus recodos p a r a i l u m i n a r esta f i g u r a , p a r a h a c e r l a
destellar. B e l l a f i g u r a q u e nos envanece y r e c o n f o r t a . E n línea
d i r e c t a c o n este m e x i c a n o h u m a n i s t a , m e x i c a n o p o r h u m a n i s -
ta, están todas a q u e l l a s elaboraciones q u e destacan de nuestro
404 EMILIO URANGA

pasado los rasgos c o n q u e d a r f o r m a a u n i d e a l de m e x i c a n o .


E j e m p l o e m i n e n t e , c o n t e m p o r á n e o , nuestro A l f o n s o Reyes.
El humanismo no se agota, empero, en la configuración que
ha dado de él la tradición greco-latina. N o exageremos t a m -
p o c o sus l i m i t a c i o n e s . E n nuestro h u m a n i s m o m e x i c a n o he-
m o s de ver a esa egregia f i g u r a i n c l i n a d a sobre n u e s t r o m u n d o
a b o r i g e n p a r a r e c l a m a r c o m o suyas t a m b i é n las lenguas indí-
genas. Se trata, pues, de una figura flexible que no ve com-
prometida su visión del mundo si se le saca de los cánones
rígidos del mundo griego y latino. Su preocupación por lo hu-
mano, cualquiera que sea el ropaje lingüístico de que se revis-
ta, es la dimensión trascendente que se encubre en lo que
podría ser exclusiva preferencia por el mundo antiguo.

Sin desconocer ni negar sus sombras —trágicas sombras que afea-


ban su rostro broncíneo—, nuestros humanistas han sabido ver también,
con ágil curiosidad abierta a todo lo humano, los aspectos valiosos y
admirables de aquellas viejas culturas, primitivas en parte y en parte de-
cadentes. 6

E s t a d i r e c c i ó n de trascendencia q u e se escapa de las ata-


d u r a s de u n a d e f i n i c i ó n d e l h o m b r e entrevista sólo a través
d e las h u m a n i d a d e s , d a a nuestros h u m a n i s t a s , más q u e u n a
d e f i n i c i ó n estrictamente c i r c u n s c r i t a a l a c u l t u r a o r i g i n a r i a de
n u e s t r a civilización o c c i d e n t a l , su tónica h i s t o r i c i s t a . C u a n d o
nos h a b l a M é n d e z Plancarte de "esencial i g u a l d a d " de todos
los h o m b r e s , n o pensemos tanto e n el v a c í o e s q u e m a de u n a
" n a t u r a l e z a h u m a n a g e n e r a l " , s i n o más b i e n e n esa e x i g e n c i a
de p e c u l i a r i d a d q u e h a p r o p u g n a d o e l h i s t o r i c i s m o . E l ver l o
h u m a n o t a m b i é n e n l o a b o r i g e n n o h a de l l e v a r n o s a estimar
este m u n d o c o m o a c o m o d a b l e s i n v i o l e n c i a e n e l e s q u e m a
h u e r o de u n a h u m a n i d a d e n q u e todo cabe p o r q u e t o d o se
h a nivelado.
E n e l e x t r e m o opuesto localizaríamos esa i d e a de l o h u -
m a n o c o n q u e E d m u n d o O ' G o r m a n p r e t e n d i ó e n cierto d í a
j u s t i f i c a r l a a c t i t u d de u n Sepúlveda. Lo verdaderamente hu-
mano es la pertenencia a la historia occidental, y desde este
punto de vista la pretendida humanidad americana ha de ser
vista bien a bien como "bestialidad". Quien se rehusa a ver en
las "humanidades" una idea ampliable hasta abarcar todo lo
humano, lo "demasiado humano", tiene que suscribir esta po-
OPTIMISMO Y PESIMISMO 4P5
sición. N o nos andemos c o n sutilezas, si lo humano son las
"humanidades", la "humanitas" y la "paideia", no cabemos
en el esquema. L a concesión de " h u m a n i d a d " a q u i e n n o
h a b l e l o griego o l o r o m a n o es u n a p i a d o s a m a n i o b r a de cris-
t i a n i z a c i ó n recusable y blamable. E l c r i s t i a n i s m o sólo se j u s t i -
f i c a p r e c i s a m e n t e p o r q u e se a c o m o d a a l e s q u e m a de l o h u m a n o
g r e c o - l a t i n o . A u n q u e p o r p i e d a d d i g a m o s q u e acaeció más
b i e n a l a i n v e r s a , es d e c i r , q u e l o greco-romano se demostró
d i g n o de l l a m a r s e c r i s t i a n o . La obra de Las Casas y de tantos
misioneros más que sólo atinaron a ver lo que tenían las hu-
manidades de abarcable dimensión de "todo lo humano", no
pasa de ser piadosa y funesta leyenda sentimental.
E m p e r o , nosotros pensamos que lo que tiene de valioso esa
tradición humanista tan elocuentemente puesta de relieve por
Méndez Plancarte, es lo que entraña de humano, no de "hu-
manista". S i e l siglo XVIII nos suscita e n t u s i a s m o y ganas de
r e p e t i c i ó n , es precisamente p o r p o n e r ante nuestros ojos u n a
de las posibles maneras de ser h u m a n o . V e r e m o s posterior-
m e n t e c ó m o , e n nuestro siglo, es ésa precisamente l a h e r e n c i a
q u e recogemos de a q u e l l a edad.
E n d e f i n i t i v a . L a i m p o r t a n c i a d e l ensayo de M é n d e z P l a n -
earte reside, a nuestro parecer, e n h a b e r destacado, c o m o ho-
r i z o n t e e n q u e cosechar e l s e n t i d o d e l ser d e l m e x i c a n o , e l
h u m a n i s m o . P e r o este h u m a n i s m o h a s i d o innecesariamente
r e s t r i n g i d o a su expresión greco-latina, o sea, a las " h u m a n i -
d a d e s " . N o d e l todo, c i e r t a m e n t e , puesto q u e se aceptan e n
este h u m a n i s m o tanto l a tradición c r i s t i a n a c o m o e l m u n d o
a b o r i g e n . E n esta dirección a b i e r t a p o r e l ensayo Humanistas
mexicanos del siglo XVIII, encuéntrase, a n u e s t r o entender, e l
h i l o c o n d u c t o r más a p r o p i a d o p a r a e l a b o r a r e l análisis d e l
ser d e l m e x i c a n o , y n o , c o m o a p r i m e r a v i s t a parece, e n l a i d e a
de " m e s t i z a j e " , q u e f u n c i o n a c o m o n o c i ó n i n s p i r a d o r a e n e l
primer plano, 7

P E R O A T E N D A M O S a h o r a a l a i d e a de o p t i m i s m o que, j u n t o a
l a de h u m a n i s m o , d a p e c u l i a r r e l i e v e a u n estudio d e l m e x i -
c a n o e n e l s i g l o XVIII.
E l o p t i m i s m o d e l c r i o l l o h a de ser c o n t a d o c o m o u n o de
los factores más i m p o r t a n t e s q u e c o n t r i b u y e r o n a su e m a n -
c i p a c i ó n p o l í t i c a . " N o p u e d e negarse q u e s i n esa fe d e l c r i o l l o ,
4o6 EMILIO URANGA

entusiasta y c o r o n a d a de ilusiones, e n las riquezas d e l país, e n


s u p o t e n c i a l i d a d m i l i t a r , e n l a c a p a c i d a d de su e l e m e n t o h u -
m a n o , e n e l especial a u x i l i o de l a p r o v i d e n c i a d i v i n a , factores
todos q u e aseguraban u n a próspera v i d a i n d e p e n d i e n t e , l a se-
p a r a c i ó n de E s p a ñ a n o se h u b i e r a r e a l i z a d o n i e n e l t i e m p o
n i e n l a f o r m a q u e se h i z o " 8

E l m i s m o m o v i m i e n t o h u m a n i s t a de los jesuítas h a y q u e
e n g l o b a r l o e n esta atmósfera de o p t i m i s m o . T o d a s sus de-
claraciones respecto de l a grandeza y preferencia de su p a t r i a
n o hay q u e cargarlas a l a c u e n t a de sus h u m a n i d a d e s , s i n o de
s u o p t i m i s m o m e x i c a n i s t a . C o m o m e x i c a n o s , l l e v a b a n estos
jesuítas e n t r a ñ a d a u n a i n n e g a b l e f o r m a de s u p e r i o r i d a d frente
a l o europeo, y, sobre todo, frente a l o español. E n e l destierro
se a c o r d a b a n c o n n o s t a l g i a de su lejana p a t r i a , l e v a n t a n d o p o r
sobre t o d a p o n d e r a c i ó n su l u g a r de o r i g e n .
A todo esto h a y q u e a ñ a d i r los ataques d e n i g r a t o r i o s de
los europeos c o n t r a l a h u m a n i d a d a m e r i c a n a . P r o s i g u i e n d o
u n a tradición de m e n o s p r e c i o , los ilustrados d e l XVIII f o r m u -
l a n u n a serie de cargos e n c o n t r a d e l h o m b r e de A m é r i c a . E s t a
o p i n i ó n adversa debe de h a b e r suscitado e n e l c r i o l l o u n con-
secuente m o v i m i e n t o de afirmación y v i n d i c a c i ó n , i n s p i r a d o
s i n d u d a e n l a o p i n i ó n de p r o p i a excelencia y estimación. L a
respuesta a este r e q u e r i m i e n t o dió p o r r e s u l t a d o l a e x a l t a c i ó n
de l a p r o p i a c u l t u r a .
P e r o e l factor p r i n c i p a l de o p t i m i s m o fué, s i n d u d a , l a
sobreestimación de l a r i q u e z a m a t e r i a l . " L a m i n e r í a está
e n su apogeo y de esta fuente de riquezas tiene c l a r a c o n c i e n c i a
e l español a m e r i c a n o , así c o m o de q u e a ú n h a y m u c h a s r i q u e -
zas potenciales i n e x p l o r a d a s , y a p o r f a l t a de p o b l a c i ó n , y a p o r
las restricciones de l a c o r o n a , y a p o r pereza, ya, e n f i n , p o r q u e
se desconociesen. A d e s c u b r i r esas p o s i b i l i d a d e s económicas
ocultas se e n t r e g a n b u e n n ú m e r o de sabios m e x i c a n o s y ex-
tranjeros." 9

E l c r i o l l o f i n c a b a su excelencia e n p o s i b i l i d a d e s " o c u l t a s " ,


lo que hay que referir en forma directa a l a pretendida r i -
q u e z a m i n e r a p o r e x p l o r a r . E n esta sobreestimación aparece
c l a r a m e n t e e x p r e s a d a u n a concepción m e r c a n t i l i s t a de l a r i -
queza. L a i d e a más d i r e c t a de l a b o n a n z a e n c u e n t r a su m a -
nifestación e n e l o r o atesorado o p o r atesorar. Sobre esos m o n -
tones de o r o f l o t a u n h o r i z o n t e de i l i m i t a d a s p o s i b i l i d a d e s . L o
OPTIMISMO Y PESIMISMO 407

q u e f u n d a m e n t a l m e n t e asegura este t i p o de r i q u e z a es e l disfru-


te i n m e d i a t o . P o r t a l razón e l título de estético p a r a carac-
t e r i z a r este t i p o de v i d a apresa c o n t o d a e x a c t i t u d sus entra-
ñas. E l o p t i m i s m o d e l XVIII es u n o p t i m i s m o estético, o sea
de posesión y disfrute de algo de q u e se d i s p o n e . L o m i s m o
acontece c o n las cualidades de carácter. L o s rasgos q u e d a n
p r e e m i n e n c i a a u n a l m a sobre otras son "contantes y sonantes",
se los ve y casi diríamos q u e se los p a l p a . L a c u l t u r a , i g u a l -
m e n t e , es registrada e n f o r m a de b i b l i o t e c a , de u n almacena-
m i e n t o , " a n t e las m a n o s " , de p r o d u c c i o n e s y obras. N u e s t r a
c u l t u r a es tocable, p a l p a b l e , está ahí, e n c u a d e r n a d a , y n a d a
c a u s a más p l a c e r q u e dedicarse a i n v e n t a r i a r semejantes bie-
nes " m a t e r i a l e s " . P o r todas partes vemos q u e este o p t i m i s m o
se a s i e n t a e n l o " d a d o " , e n l o q u e está de c u e r p o presente, y
c u a n d o nos h a b l a de p o s i b i l i d a d e s , o b i e n se refiere a l a p u r a
i m a g i n a c i ó n , o b i e n n o es s i n o o t r a f o r m a de expresar q u e l o
q u e y a está d a d o sólo basta c o n sacarlo a l a l u z p a r a a u m e n t a r
l a d o t a c i ó n de q u e ya se d i s p o n e . L o q u e f a l t a , c o m o diría H e i
degger, es c o n c e b i d o c o m o l o restante de u n a s u m a q u e a ú n h a y
q u e l i q u i d a r , p e r o q u e y a está a c u ñ a d o , sólo q u e e n o t r o l u g a r ,
d e l q u e h a y q u e r e t i r a r l o p a r a a u m e n t a r l a r e n t a de q u e se
t i e n e y a l a posesión.
P o d r í a m o s h a b l a r de u n v e r d a d e r o síndrome de o p t i m i s m o
a c u ñ a d o e n los siguientes " r e n g l o n e s " : e l c r i o l l o se cree posee-
dor de u n a rica tradición c u l t u r a l , dotado c o n cualidades fí-
sicas, intelectuales y morales sobresalientes, dueño de u n terri-
t o r i o de i n m e n s a capacidad de recursos naturales, de una
fuerza m i l i t a r capaz de p o n e r l o a l a b r i g o de intrusos extranje-
ros, y p o r a ñ a d i d u r a agraciado p o r u n especial destino de l a
P r o v i d e n c i a d i v i n a . E n t o d o y p o r t o d o , e l haber, e l tener, y
p a r a n a d a e l hacer. N i h a b l a r d e l t r a b a j o y d e l esfuerzo. Todo
está a l alcance de l a m a n o , t o d o está y a e l a b o r a d o , todo h a
s i d o puesto e n t a l g r a d o de a c a b a m i e n t o q u e sólo basta l a
decisión de empezar a saciarse, a llenarse.
A esta i l i m i t a d a c o n f i a n z a e n l o d a d o h a y q u e añadir
l a i d e a maestra q u e p o n í a e n m o v i m i e n t o t o d a esta eferves-
c e n c i a o p t i m i s t a : l a Ilustración. Se v i v í a e n u n m o m e n t o de
v i g o r o s a estirpe u t o p i s t a . L a razón e m p i e z a a d e s p u n t a r c o m o
l a g r a n i d e a histórica a c u y o a b r i g o h a b r í a q u e p o n e r todas
las realizaciones. D e E u r o p a nos v e n í a l a fe en e l progreso.
40 8 EMILIO URANGA

e n l a i n c o n d i c i o n a d a m a r c h a perfectiva de l a l i b e r t a d . N a d a
m á s a p r o p i a d o p a r a u n a justificación. S i n esa i d e a de l a Ilus-
tración d i f í c i l m e n t e se h u b i e r a puesto e n m a r c h a ese anda-
m i a j e de o p t i m i s m o estético.
F l o y n u e s t r o o p t i m i s m o n o se reconoce e n los rasgos de
esteticismo q u e p r e s i d i e r o n a l d e l XVIII, E l trabajo h a v e n i d o
a s u p l a n t a r l a i d e a de l o d a d o . H e m o s a p r e n d i d o l a g r a n lec-
c i ó n ética de q u e n o h a y r i q u e z a q u e v a l g a s i n e l esfuerzo
h u m a n o . E n l o q u e se confía n o es e n l o q u e se tiene, s i n o
e n l o q u e se debe hacer, e n l a tarea p o r realizar. D e ahí q u e
n u e s t r o o p t i m i s m o apenas si puede r e p e t i r a l d e l XVIII. U n
s i g l o de a m a r g a pérdida nos h a puesto enfrente de u n a p a t r i a
q u e n o está b i e n " d o t a d a " , s i n o más b i e n i n g r a t a m e n t e do-
t a d a . H o y se nos p i d e , n o tanto u n a c o n f i a n z a e n l o q u e de
h e c h o exista, c u a n t o más b i e n en l o q u e hayamos de r e a l i z a r
c o n u n t r a b a j o q u e n o se puede p e r m i t i r desmayo y a b a n d o n o .
L o m i s m o hemos de r e p e t i r tratándose de n u e s t r a c u l t u r a .
R e c o g e r e n t r e los pliegos e l i n v e n t a r i o de u n a b i b l i o t e c a m e x i -
c a n a n o nos i m p o r t a . L o q u e c u e n t a es e l trabajo e n vías de
realización, " l a p l u m a en l a m a n o " . Estamos e n p e r í o d o de for-
j a y de ejecución. Se bocetan los grandes proyectos de o b r a , y
asistimos c a d a día a l l e v a n t a m i e n t o de esa o b r a . P e d i m o s cuen-
t a casi c o t i d i a n a de los pasos q u e se d a n , de las experiencias
q u e se atesoran, de las ideas q u e se a v a n z a n .
Y , f i n a l m e n t e , E u r o p a n o puede ya darnos l a i d e a d i r e c t r i z
c o n q u e m o v e r t o d a esa m i r í a d a de p r o b l e m a s q u e constituye
n u e s t r a r e a l i d a d . Es esto quizás l o más grave. N o s hemos que-
d a d o solos. N o h a y u n proyecto m a g n o de universalización
a q u e c o n t r i b u i r . N o podemos p o n e r n o s a l a b r i g o de a l g u n a
g r a n o c u r r e n c i a q u e lleve visos de convertirse en ecuménica.
L a Ilustración h a pasado, h a agotado sus v i r t u a l i d a d e s . ¿Con
q u é vamos a s u b s t i t u i r esa i d e a d i r e c t r i z q u e nos h a v e n i d o
de E u r o p a ? Este es e l p r o b l e m a v e r d a d e r a m e n t e c o r d i a l . T o -
dos p e r c i b e n h o y q u e dejamos de l a m a n o a E u r o p a o q u e nos
h a dejado de l a m a n o , l o m i s m o d a d e c i r l o de u n m o d o q u e
de o t r o . Y a b a n d o n a d o s a nosotros m i s m o s , " e n c e r r a d o s " e n
nosotros m i s m o s , ¿bajo q u é h o r i z o n t e ideológico hemos de m i -
l i t a r ? ¿ C u á l es esa n o c i ó n clave, v e r d a d e r a b ó v e d a , e n c u y a
c o n c a v i d a d hemos de i n s c r i b i r n u e s t r a acción c o t i d i a n a ?
L a respuesta está y a d a d a i m p l í c i t a m e n t e e n algo q u e he-
OPTIMISMO Y PESIMISMO 409

m o s d i c h o antes. A f i r m á b a m o s : l a c u l t u r a m e x i c a n a es m e x i -
c a n a p o r s u sujeto y p o r su objeto. E l l o q u i e r e d e c i r q u e l o
m e x i c a n o es l a i d e a q u e nos d i r i g e , a q u e l l a i d e a q u e presta
u n i d a d a nuestros quehaceres. L o m e x i c a n o es hoy, c o m o fué
e n e l XVIII l a Ilustración, l a n o c i ó n r e c t o r a de nuestra c u l t u r a ,
¿Soportará l a p r u e b a a q u e se le somete?
U n a i d e a es u n a atmósfera, y u n a atmósfera es u n s e n t i d o
o u n a significación en cuyo seno, a d v e r t i d a o i n a d v e r t i d a m e n -
t e / n o s m o v e m o s , y a q u e referimos, p a r a q u e a d q u i e r a n inte-
l i g i b i l i d a d , todas nuestras experiencias. L o m e x i c a n o c u m p l e
j u s t a m e n t e estos requisitos indispensables p a r a erigirse e n i d e a
histórica. N o nos compete e x p l i c a r a q u í c ó m o es q u e l o m e x i -
c a n o h a v e n i d o a colocarse e n esta s i n g u l a r situación. A s i s t i m o s
h o y a l e s t a l l i d o de esa i d e a e n l a f o r m a de su tematización.
V i v i m o s inmersos e n u n m u n d o de s e n t i d o o de significación
s i n q u e sea necesario precisar, d e f i n i r , cuál es ese sentido. P e r o
l l e g a u n m o m e n t o e n q u e e l s e n t i d o se hace tema consciente
d e reflexión, de interpretación, e n q u e p e r c i b i m o s d ó n d e es-
t a b a u b i c a d o e l centro de nuestras coordenadas. Es e l l o l o
q u e celebrábamos c o m o e l m o m e n t o a c t u a l de nuestra c u l t u r a .
N u e s t r a secular autognosis toca p o r f i n u n f o n d o y l o i l u m i n a
conscientemente. N o s p r e g u n t a m o s p o r e l ser d e l m e x i c a n o ,
c o n c e d i e n d o q u e ese ser es e l s e n t i d o m i s m o e n q u e nos ha-
l l a m o s inmersos.
H e m o s d i c h o antes q u e l o u r g e n t e y p e r e n t o r i o es p r e g u n -
tar, hacer cuestión, sobre esa i d e a de l o m e x i c a n o . S i n que me-
d i e n i n g u n a reflexión nos a b a n d o n a m o s c o n f i a d a m e n t e a s u
d i r e c c i ó n y ponemos fe e n su " r e s i s t e n c i a " . Es l o que d a m o -
v i m i e n t o a todo optimismo. Pero si reflexivamente i n q u i r i -
m o s p o r u n a definición de esa i d e a , e m p i e z a n nuestras v a c i l a -
ciones. A l acercarnos a esa i d e a , nuestro o p t i m i s m o parece
e n t r a r e n u n a i r r e p a r a b l e crisis. T o d o s los análisis d e l ser d e l
m e x i c a n o se l a n z a n casi de i n m e d i a t o h a c i a l a evidenciación
d e "defectos", de " i n s u f i c i e n c i a s " , q u e n o se compadecen c o n
u n o p t i m i s m o " e s p o n t á n e o " , n o m e d i a d o p o r l a reflexión.
H a s t a a q u í hemos prestado a t e n c i ó n a n u e s t r o o p t i m i s m o , bue-
n o es q u e c a m b i e m o s de frente y a n a l i c e m o s también nuestro
" p e s i m i s m o " . Q u i z á s descubramos q u e s u enseñanza más va-
l i o s a reside e n hacernos c o m p r e n d e r q u e e l tránsito p o r l o
" n e g a t i v o " es o b l i g a d o , p e r o q u e de ahí n u e v a m e n t e hemos d e
EMILIO URANGA

emerger h a c i a zonas m á s l u m i n o s a s . E l l l a m a d o " p e s i m i s m o "


t i e n e l a v e n t a j a de hacernos cautos. A l g u i e n h a d i c h o sabia-
m e n t e q u e l a filosofía pretende i g u a l a r r e f l e x i v a m e n t e l a v i d a
irreflexiva. A l final d e l camino podremos afirmar nuevamen-
te, quizás, u n " o p t i m i s m o " .

NOTAS
1 Ver Mitos indígenas. Estudio preliminar, selección y notas de Agustín
Yáñez. Biblioteca del Estudiante Universitario, n° 31. México, 1942; 115.
2 Op. cit.; 137.
3 Humanistas del siglo XVIII. Biblioteca del Estudiante Universitario.
México: Imprenta Universitaria, 1941; p. XI.
4 Prólogo a Humanistas del siglo XVI. Biblioteca del Estudiante Uni-
versitario. México: Imprenta Universitaria, 1946; p. VII.
5 Humanistas del siglo XVIII, p. XIX.
6 Prólogo a Humanistas del siglo XVI, p. X L I V .
7 Hay autores que no sólo limitan el humanismo a su expresión en
las humanidades, sino que lo retraen a su condición de jesuítico. De los
términos del ensayo Humanistas mexicanos del siglo XVIII sólo quieren
quedarse con lo que, de ese humanismo, mexicanismo e ilustración, se
debe a los jesuítas. Tal es el intento de los señores B. Navarro Barajas
y Rafael Moreno. A tenor de su formación eclesiástica, subrayan en
ese complejo cultural en que lo mexicano, lo humanista y lo ilustrado
se conjugan, lo que arroja de clerical. "Aquellos hombres [se refiere a
los jesuítas], nos dice Navarro Barajas, nada deben perder respecto a la
alabanza que les tributemos, por haber estado su actitud entrañada
profunda y conscientemente en lo verdadero y real del 'aristotelitomismo'
y de la religión católico-cristiana a quien sirve de subestructura racio-
nal" ("Un siglo de oro de México", en Filosofía y Letras, n° 27, julio-
septiembre de 1947; 58). Nadie ha pensado en restarle méritos a esas
gentes por su condición ortodoxa y clerical. Sólo quien siente que, por
haber puesto demasiado unilateralmente los valores clericales por delan-
te, se expone a críticas, puede curarse en salud, como lo hace aquí el
autor de este ensayo. Lo mismo acontece con el señor Moreno, quien nos
dice en su artículo "La filosofía en la Nueva España", recogido en el mis-
mo número de esta revista: "expulsados de la patria que amaban [los je-
suítas], la orientación moderna queda sin guías, y nuestros hombres fueron
modernos sin darse cuenta de las implicaciones de su pensamiento y de
su postura. Este es su gran pecado" (p. 42). ¡Conque el gran pecado
de nuestros liberales fué haber sido modernos sin el nihil obstat jesuíta!
¡Peregrino juicio histórico! Pero hay que oír hablar a estas gentes de su
respeto a los cánones del método histórico.
8 Luis G O N Z Á L E Z Y G O N Z Á L E Z . — " U n factor de la Independencia de
México", en Estudios de historiografía americana. El Colegio de Méxi-
co, México, 1947; 156. 9 Op. cit., p. 164.

También podría gustarte