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1. Introdução
O Papa e o Diabo nós já sabemos que vestem Prada1. Um dos principais grupos de luxo da indústria da
moda, a marca Prada é mundialmente conhecida e seus esforços de comunicação, seja a publicidade, os
desfiles, as lojas, a Fondazione Prada, as colaborações artísticas e todo o universo de ações que gira em
torno do branding da Prada, são consumidos por heterogêneos grupos de consumidores. E as suas roupas,
os seus produtos? Têm este mesmo público? Para quem a Prada cria? Quem consome Prada?
A questão propulsora desta investigação surgiu no CIMODE de 2014, em Milão. Depois da conferência,
alimentada das discussões e perspectivas que nos foram apresentadas, ainda na Itália, deparo-me com a
seguinte chamada no Jornal La Repubblica: “L’arte è di Moda. Prada, Vuitton, Trussardi, Gucci. Le grandi
griffe ormai investono in collezioni e talenti emergenti. Mecenatismo o marketing?”2
O artigo que se seguia trazia à tona uma problemática que envolve a indústria da moda e o universo das
artes dentro do escopo da comunicação e do marketing. Na altura, a recém-lançada Foundation Louis
Vuitton em Paris era alvo de discussões sobre a relação entre os conglomerados de luxo e a arte
contemporânea, e a Itália recebia em breve seu primeiro espaço dedicado ao movimento artístico também
financiado por uma marca de alta moda: o complexo de prédios da Fondazione Prada em Milão,
inaugurado em 2015. As iniciativas de tais empresas caminhavam em direção ao incentivo das artes, com
pouca ou nenhuma influência aparente na moda e/ou nos seus produtos. Nomes como Bernard Arnault,
CEO da LVMH, ou Miuccia Prada, herdeira e estilista da Prada, são eles próprios colecionadores de arte e
apontam como grandes mecenas contemporâneos, tanto por gosto pessoal como por senso de
oportunidade.
1
Em 2013 o Papa Bento XVI apareceu pela primeira vez com um par de sapatos vermelhos que seriam Prada. A marca
do calçado nunca foi confirmada, mas o Vaticano nunca negou a história. A segunda referência é ao livro bestseller
que também virou filme e entrou para a cultura pop dos anos 2000, O Diabo Veste Prada.
2
«A Arte está na moda. Prada, Vuitton, Trussardi, Gucci. As grandes marcas agora investem em coleções e talentos
emergentes. Mecenato ou marketing?” (Tradução da Autora).
Na ocasião acima relatada, o Jornal La Repubblica levantava a seguinte pergunta: as fundações de arte
contemporânea estariam a usar o mecenato como ferramenta de branding, ou seja, para promover a
marca? Ou o interesse destas pelo patrocínio e incentivo às artes é legítimo?
A Prada há mais de duas décadas que investe na arte contemporânea. A Fondazione Prada atua desde 1993
a promover exposições e patrocinar artistas. De forma física, expõe suas obras em três espaços dedicados
às exposições: um palazzo em Veneza, o complexo cultural inaugurado na zona industrial de Milão, e o
Osservatorio Prada dedicado à fotografia no último andar da prestigiada Galeria Vittorio Emanuele II,
morada da primeira loja Prada.
Foi este envolvimento histórico com a arte contemporânea que me fez passar a investigar a Prada como
estudo de caso, mais diretamente a Fondazione Prada. Parti de hipóteses como da construção de um
heritage Prada e o desenvolvimento de uma cultura empresarial que sobreviva à Miuccia Prada e Patrizio
Bertelli, marido de Miuccia e CEO do Grupo Prada. Os dois são responsáveis por ligarem à marca uma
cultura artística, ao longo de quase 40 anos à frente da companhia. É uma solução estratégica instituir
ações de perpetuidade desta cultura de marca, a fim de reduzir crises sucessórias na área criativa e de
gestão, como outras grandes marcas enfrentaram, a exemplo de Dior e Chanel.
Mas durante meu trabalho de campo na Fondazione, seja no complexo de edifícios ou nas salas na Vittorio
Emmanuelle, a minha pergunta foi bem diferente da que motivou a investigação inicialmente. Ao observar
os que passavam por aqueles portões, só me ocorria pensar: para quem é tudo isso?
contemporâneo, mais perto do que conhecemos hoje (Cox, 2013. P. 202-203). A grife cresceu em tamanho
e modelo de negócio. Hoje ela é um grupo econômico detentor de diversas outras empresas, com valor
estimado de 9,2 bilhões de euros pela Bolsa de Valores de Hong Kong (Prada Group, 2015, P. 4).
A relação com as artes inicia-se pelo casal Miuccia Prada e Patrizio Bertelli, que em 1993 criam a
Fondazione Prada. Em mais de 20 anos, a marca já foi responsável por lançar a carreira de diversos artistas,
inclusive tendo criado um prêmio de curadoria de arte além de seu trabalho enquanto mecenas. Paralelo a
isso, há ainda o Prada Journal, de incentivo à literatura. Iniciativas que estão conectadas à pessoa de
Miuccia Prada, que sendo ligada às artes desde antes de sua entrada na Prada, mas que também acabam
por se consolidar enquanto fundamentais para a marca. Num esforço de deixar um legado para gerações
futuras e institucionalizar estas ações para que se tornem iniciativas da empresa e não diretamente de
cunho pessoal.
Para Barthes, “uma retórica pobre, isto é, uma forte denotação, corresponde (...) a um público mais
elevado. Pelo contrário, uma retórica forte, desenvolvendo amplamente o significado cultural e caritativo,
corresponde a um público mais popular” (1967, p.270). O que temos no quadro de análise do ponto acima
é uma retórica forte, em que os elementos que remetem à Anderson são, não só explícitos em termos
estéticos, mas amplamente divulgados pela marca. A influência do cineasta é utilizada do ponto de vista
mercadológico para atrair publicidade espontânea, não necessariamente clientes para os produtos.
Temos o público consumidor da Prada, que vê na marca a curadoria de arte, que confia nas escolhas de
Miuccia e consome não só sua moda, mas seus produtos de arte. Ainda dentro do público consumidor,
temos quem vai querer comprar o perfume Prada Candy, impactado pela mensagem direta de inocência e
juventude com toques apimentados de um romance não convencional. Fora os consumidores diretos,
temos como espectadores o público ligado às artes. Eles não irão necessariamente adquirir nenhum
produto Prada, mas estão consumindo a marca corporativa e têm uma imagem positiva de todo o quadro.
São apreciadores da estética de Wes Anderson e dos roteiros de Roman Copolla. E por fim ainda há o
público formador de opinião, constituído pelos jornalistas especializados, bloggers, críticos de cinema e até
mesmo a comunidade acadêmica, setores que acabam por se debruçar sobre este tema e contemplar a
questão da moda e das marcas, mesmo sem que esta seja sua proposta inicial. Os filmes ganham as páginas
de “Cultura” dos media, ganhando publicidade e notoriedade basicamente por seu conteúdo, sem envolver
compra de espaços.
Em entrevista dada a altura da Biennale di Venezia 2011, Bertelli teria lamentado que outras empresas
estavam a patrocinar as artes contemporâneas, no estilo do mecenato renascentista, devido aos incentivos
fiscais dados pelos governos. De acordo com Bertelli, a motivação da Fondazione Prada é a satisfação de
um prazer pessoal, "nós fazemos isso por diversão e alegria " (Vine, 2011).
O campo da alta moda e o mercado de luxo estão compostos por aqueles estão aptos a lerem os signos de
distinção ali designados. O conceito de campo, e mais precisamente o campo da moda, foi definido por
Bourdieu (1983) enquanto
um campo de relações objetivas entre indivíduos ou instituições que competem por um mesmo objeto.
Neste campo particular que é o campo da alta costura, os dominantes são aqueles que detêm em maior
grau o poder de constituir objetos raros pelo procedimento da "griffe"; aqueles cuja "griffe" tem o maior
preço (1983, p.2).
Lipovetsky e Roux (2005) ainda vão levantar uma problemática que muda o campo do luxo, em que nos
mostram uma clientela mais consciente do valor-preço do produto e se questiona: “qual é o valor agregado
simbólico, afetivo e emocional, que justifica o diferencial do preço praticado pelas marcas de prestígio?
Qual é o sentido, o conteúdo desse valor, em que legitimidade ele se apoia?”(2005, p.96).
Esta alteração no consumo leva as grandes marcas a buscarem outras formas de oferta ao consumidor,
além dos seus tradicionais produtos que por ventura já não vendem tanto como antes. A Fondazione Prada
aponta como uma dessas estratégias, e aqueles que a frequentam são parte do sistema que abastece a
Prada com o “valor agregado, afetivo e emocional” que contribui para o preço do produto final, vendido ao
cliente final, na loja da Prada, e não na Fondazione. Mas fica evidente que todos fazem parte de uma
mesma cadeia.
A definição de Miller sobre o consumo despertou-me para o facto de que o conceito de consumo e de
consumidor é mais amplo do que o sugerido pela AMA. Mas percebi que eu também não encontraria esta
definição dentro da Cultura Material, pelo simples fato de que eu não estou a investigar um produto em si
ou um serviço. A investigação centra-se aqui na marca e em como ela é consumida, exaurida, desgastada
no sentido de que Miller fez entender. E foi preciso ir à campo observar e conhecer esses consumidores
para tentar sistematizar esta dinámica que, de partida, assemelha-se mais a um consumo cultural e
simbólico do que económico.
As poucas árvores existentes nos pátios da Fondazione estavam com os galhos secos, devido ao inverno, e a
névoa que encobria o lugar deixava tudo mais haunted. Com exceção à presença dos inúmeros seguranças
e do staff da Fondazione, que estavam em cada uma das salas/alas de exibição e acompanhavam cada um
dos seus passos.
A segunda visita reservou-me mais sorte no quesito sol, e pude sentar em uma das cadeiras do pátio da
Fondazione, ao sol, e observar melhor os visitantes. A iluminação realmente muda a percepção de um lugar
e eu já não tinha mais tanto mesmo da Fondazione Prada, embora ainda sentisse a sensação de que eu não
pertencia àquele lugar. Sensação semelhante à que sinto quando frequento uma das lojas da Prada, ou
mesmo de outras griffes como Louis Vuitton, Chanel e etc.
Aqui peço uma breve licença para um ponto biográfico: acredito que a minha origem latino-americana seja
a responsável por esse medo e distanciamento das grandes marcas. É como se estas lojas fossem uma
espécie de santuário e templo onde os jovens incautos desconhecedores dos símbolos e ausentes de
capital económico e social não pudessem entrar. Nasci e fui criada em uma cidade sem nenhuma dessas
grandes marcas, e a primeira vez que entrei em uma loja de alta moda foi já como adulta e investigadora. É
evidente que esta noção pessoal acaba por influenciar na experiência de campo, mas que a cada dia na
Fondazione foi perdendo o impacto, embora não deixe de ser significante na investigação.
De volta às cadeiras no Sol, assim que me sentei em uma das tantas que estavam desocupadas, um senhor
fez o mesmo que eu. Sentou-se ao meu lado a tirar fotos do pátio da Fondazione. Este comportamento de
repetição, tal como eu fiz ao seguir as pessoas para descobrir onde era a bilheteria, eu percebi com uma
certa frequência ao longo do campo. Ficou para mim a ideia de que aquelas pessoas pertenciam tão pouco
quanto eu àquele lugar.
Grupos de turistas jovens entravam em cada sala de exibição e saiam a rir das esculturas feitas de matéria
povera e com elementos contestatórios, como uma fonte criada a partir do pênis de uma escultura. Outros
grupos tiravam fotos à mesma escultura, selfies possivelmente para publicar nas redes sociais. Alguns
simplesmente viravam o rosto àquilo que não gostavam. Outros apreciavam por um longo período de
tempo.
Eu mesma não sou nenhuma especialista em arte contemporânea e nem em como apreciar devidamente
uma instalação, mais acostumada com as duas dimensões da pintura. Tanto que me detive à
recomendação de um dos membros do staff, na primeira obra que visitei. No primeiro andar da Haunted
House, uma obra de Louis Bourgeois chamada Cell (1986), que trata-se de uma construção circular feita de
portas unidas pelas suas dobradiças e/ou portões de ferro, povoadas com esculturas feitas de objetos
pessoais do artista. O rapaz que me acompanhava sala a sala, uns momentos depois que eu entrei, disse-
me: “You can turnover to see the whole instalation”. Ao sugerir que eu desse a volta completa na instalação
para ver a obra por todas as perspectivas pensadas pelo autor, fez-me pensar no meu próprio papel em
campo. É preciso dar a volta para ver o todo, ver por todas as perspectivas.
4. Considerações finais
É em função de todas estas novas perspectivas que percebi em campo que este trabalho não se limita a
estas incursões etnográficas e nem a estes conceitos de consumidor e cliente destacados. Além de ser um
excerto de uma investigação maior, o presente ensaio é a abertura para a desconstrução do que
entendemos por consumidores. É urgente que pensemos os consumidores como agentes em vários
campos, não só como comprador, mas como híbridos, munidos de diversas identidade e transitórios entre
os variados grupos.
No começo do século XX, com a criação da haute-couture e da figura do estilista – Gabrielle Chanel e Paul
Poiret eram os maiores expoentes - haviam mulheres que se vestiam exclusivamente de alta costura,
milhares delas. O advento do prêt-a-porter mudou este comportamento e as novas gerações não viram
mais a necessidade de vestir sob medida como suas avós faziam. Mas mais do que isso, as novas gerações
de consumidores não quiseram contentar-se com uma só marca.
A mistura de marcas e de estilos foi um indício de que os públicos requerem mais do que um sistema de
identidade. Que os consumidores são muitas personalidades numa só para encaixarem-se nos padrões
sugeridos pela publicidade e seguidos pelas marcas.
Quando entendemos a moda enquanto toda a indústria a qual ela é relacionada, e seus múltiplos canais,
não podemos reduzir o público da moda aos consumidores da marca A ou B. Seria uma redução banal e
imprecisa, distante da realidade das marcas e que levaria a uma estratégia inadequada. Quantas
ferramentas e canais de comunicação nós vemos as marcas usarem hoje que não são propriamente
voltados para o seu público? Os desfiles de alta-costura são feitos para vender vestidos? Não, são
ferramentas de branding, são uma vitrine do que a marca faz de melhor, da potencialidade que pode ter.
Mas de novo, estamos falando de consumidores. Quem compra e sustenta a roda económica que faz a
indústria da moda girar. Mas são só estes que entram no sistema da moda?
E todos os outros públicos envolvidos? Jornalistas de moda, influencers que são profissionais das redes
sociais, académicos, artistas de outras áreas, os próprios trabalhadores da Fondazione e das empresas que
fazem as instalações, a manutenção, a limpeza e etc. que pude observar durante a montagem de uma
exposição. Eles também são consumidores de moda, mas não no entendimento atual.
Afinal, todos somos consumidores de moda. Se formos entender moda como a transitoriedade dos estilos
de vestir, sabemos que tudo o que compramos nas lojas, mesmo que seja por pura necessidade de cobrir-
se, é influenciado pela moda.
Agora retomo a questão que me surgiu em campo, ao olhar para a Fondazione Prada: para quem é tudo
isso? A Fondazione Prada em Milão é um complexo de edifícios em uma zona industrial de Milão, que agora
está a ser revitalizada e a entrar “na moda”, trazendo novos empreendimentos imobiliários modernos e
feitos para o público da Fondazione Prada. Novamente, mas quem são?
Em uma leitura superficial, seriam jovens interessados em arte contemporânea e moda. Motivados pelas
belas formas arquitetônicas dos prédios revitalizados, e pelo impressionante trabalho do arquiteto Rem
Koolhaas. Mas não foram só estes jovens que eu vi nos dias que passei na Fondazione. Vi rostos que
alternavam entre brancos e amarelos, em igual proporção. Nenhum negro. Mesmo Milão sendo uma
cidade com uma grande população negra, grande parte imigrantes do Norte de África, não vi nenhum
negro na Fondazione. Os grupos eram divididos, em média, na faixa dos 20 e 30 anos, depois dava um salto
até os visitantes mais sêniores, com seus cabelos brancos, sotaque italiano e ares de conhecedores de arte.
Ao pesquisar sobre marcas e identidade, observar os públicos relacionados era uma consequência natural
para uma antropóloga a investigar dentro do campo da comunicação. Pelo que eu me dediquei, durante
uma das incursões em campo, a apenas observar os visitantes, que não se enquadram no que poderíamos
chamar de nativos de um campo etnográfico. E foi então que me veio a pergunta: mas e quem são os
nativos do meu campo? Ou indo além: quem são os nativos no campo da moda? Não estamos falando de
um grupo híbrido? E quando falamos de marcas, especificamente, temos consumidores exclusivos de uma
marca, isso existe? Eles não seriam um composto de várias marcas, umas de luxo, outras populares, um mix
de referências e identidades?
Então porque ainda buscamos colocar estes públicos e consumidores em caixas pré-definidas a cada vez
que estudamos uma marca estrategicamente? As linhas entre os consumidores estão cada vez mais tênues.
Os grupos não são isolados, não são mais identificados com os padrões que a publicidade tem por hábito
classificar: os mais clássicos, os antenados, os conservadores.
Esta desconstrução do conceito de consumidor ainda está longe de ter uma conclusão. Com este estudo, eu
gostava de levantar duas importantes questões dentro do campo da comunicação e da moda: quando
produzimos, seja a moda ou a publicidade, estamos a criar para qual consumidor? E ainda faz sentido
separar o consumidor em nichos e pensá-los como seres estáticos e sem agência?
Inúmeros estudos sobre o comportamento do consumidor já nos mostraram que não. Quando as marcas
vão passar a olhar para estas subjetividades na construção da sua estratégia?
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