Documentos de Académico
Documentos de Profesional
Documentos de Cultura
Racionalismo y Reacción de La Época Clásica
Racionalismo y Reacción de La Época Clásica
RACIONALISMO Y REACCION
EN LA EPOCA CLASICA
E n l o s c a p ítu lo s p re c e d e n te s d e e s te lib ro h e in te n ta d o p o n e r e n
c l a r o , d e n t r o d e u n a e s f e r a e s p e c íf ic a d e c r e e n c i a s , l a l e n t a f o r m a
c ió n a t r a v é s d e lo s s i g l o s y s o b r e l a b a s e d e l d e p ó s i t o d e j a d o p o r
s u c e s iv o s m o v im ie n to s r e lig io s o s , d e lo q u e G i l b e r t M u r r a y h a l la
m ado, en u n a c o n fe re n c ia re c ie n te m e n te p u b lic a d a , “e l C o n g lo m e
r a d o H e r e d a d o ” 1. L a m e t á f o r a g e o ló g i c a e s a p r o p i a d a , p o r q u e e l
c r e c i m i e n t o r e l i g i o s o e s g e o ló g ic o : s u p r i n c i p i o e s , e n c o n j u n t o y
s a lv o e x c e p c io n e s , la aglom eración, n o l a s u s t i t u c i ó n . Un nuevo
e s q u e m a d e c r e e n c i a s r a r a v e z b o r r a p o r c o m p l e to e l e s q u e m a a n t e
r i o r : o e l a n tig u o s ig u e v iv ie n d o c o m o u n e le m e n to d e l n u e v o — a
veces com o u n e le m e n to in c o n fe sa d o y s e m i- in c o n s c ie n te — o b ie n
lo s d o s p e r s i s t e n y u x t a p u e s t o s , l ó g i c a m e n t e i n c o m p a t i b l e s , p e r o a c e p
ta d o s c o n te m p o rá n e a m e n te p o r d if e r e n te s in d iv id u o s o in c lu s o por
e l m is m o in d iv id u o . C o m o e je m p lo d e l a p r i m e r a s i t u a c i ó n h e m o s
v i s t o c ó m o a l g u n a s i d e a s h o m é r i c a s c o m o l a d e l a ate f u e r o n a s u m i
d a s y tr a n s f o r m a d a s p o r la c u lt u r a d e c u lp a a r c a ic a . C o m o e je m p lo
d e la s e g u n d a , h e m o s v is to c ó m o la E p o c a C lá s ic a h e r e d ó to d a tin a
s e r ie d e r e p r e s e n ta c io n e s in c o m p a tib le s d e l “ a lm a ” o d e l “ y o ” — el
c a d á v e r v iv o e n la tu m b a , la im a g e n f a n ta s m a l d e l H a d e s , e l a lie n to
p e re c e d e ro q u e s e e s p a rc e e n e l a ir e o e s a b s o rb id o p o r e l é te r , el
d e m o n io q u e v u e lv e a n a c e r e n o tr o s c u e r p o s . A u n q u e d e d i s t in t a
edad y d e riv a d a s d e d is tin to s e s q u e m a s c u ltu r a le s , to d a s e s ta s r e
171
172 E . R. D odds
h o m b r e e n l u g a r d e h a b l a r a s u d u e ñ o 17. S i H e r á c l i t o h u b i e r a s i d o
a te n ie n s e , e s c a s i s e g u r o q u e h a b r ía s id o c o n d e n a d o p o r b la s f e m ia ,
c o m o d ic e W ila m o w itz ls .
C o n to d o , n o d e b e m o s e x a g e r a r la in flu e n c ia d e e s to s p io n e ro s .
J e n ó f a n e s y H e r á c l it o — é s te a ú n m á s — d a n la im p r e s ió n d e s e r f i
g u r a s a i s l a d a s i n c l u s o e n J o n i a 19, y s u s i d e a s t a r d a r o n m u c h o t i e m p o
e n e n c o n tr a r a lg ú n eco e n el C o n tin e n te . E u r íp id e s es el p r im e r a te
n ie n s e d e q u ie n podem os d e c ir co n c e rte z a que h a b ía le íd o a J e
n ó f a n e s 20, y s e le r e p r e s e n t a ta m b ié n co m o e l p r im e r o qu e in tro
d u j o l a e n s e ñ a n z a d e H e r á c l i t o a l p ú b l ic o a t e n i e n s e 21. P e r o p a r a l o s
tie m p o s d e E u r íp i d e s l a I l u s t r a c ió n h a b ía id o m u c h o m á s le jo s . F u e
p r o b a b le m e n te A n a x á g o r a s q u ie n le e n s e ñ ó a l la m a r “ u n t e r r ó n d o
r a d o ” a l d i v i n o s o l 22, y e s p o s i b l e q u e f u e r a e l m i s m o f iló s o f o q u i e n
i n s p i r ó s u s b u r l a s s o b r e lo s v i d e n t e s p r o f e s i o n a l e s 23 ; m i e n t r a s q u e
f u e r o n i n d u d a b l e m e n t e lo s s o f i s t a s q u i e n e s lo l a n z a r o n a é l y a
to d a s u g e n e r a c ió n a d i s c u t i r c u e s tio n e s m o r a le s f u n d a m e n ta le s e n
t é r m i n o s d e N o m o s f r e n t e a P h y s is , “ L e y ” o “ C o s t u m b r e ” o “ C o n
v e n c ió n ” f r e n te a “ N a tu r a le z a ” .
N o m e p ro p o n g o d e c ir m u c h o s o b re e s ta c é le b re a n títe s is , c u y o
o r ig e n y ra m ific a c io n e s h a n s id o c u id a d o s a m e n te e x a m in a d o s e n u n
lib ro r e c ie n te p o r el jo v e n e r u d ito s u iz o F é l ix H e i n e m a n n 24. P e r o
q u iz á n o s e a s u p e rflu o s e ñ a la r q u e el p e n s a r e n e s to s té r m in o s p o
d ía c o n d u c ir a c o n c lu s io n e s m u y d if e r e n te s s e g ú n e l s e n tid o q u e se
a s i g n a r a a lo s té r m in o s m is m o s . N om os p o d ía r e p r e s e n t a r e l C o n
g l o m e r a d o , c o n c e b id o c o m o l a c a r g a h e r e d a d a d e c o s t u m b r e i r r a c i o
n a l ; o p o d ía r e p r e s e n t a r u n a r e g la a r b i t r a r i a c o n s c ie n te m e n te im
p u e s ta p o r c ie r ta s c la s e s e n s u p ro p io i n te r é s ; o p o d ía r e p r e s e n t a r
u n s is te m a ra c io n a l d e d e re c h o e s ta ta l, la c o n q u is ta q u e d is tin g u ía
a lo s g r i e g o s d e lo s b á r b a r o s . D e l m i s m o m o d o P h y s i s p o d í a r e p r e
s e n t a r u n a “ le y n a t u r a l ” n o e s c rita , in c o n d ic io n a lm e n te v á lid a , f r e n
t e a l p a r t i c u l a r i s m o d e l a c o s t u m b r e l o c a l ; o p o d í a r e p r e s e n t a r lo s
“ d e re c h o s n a tu r a le s ” d e l in d iv id u o , f r e n t e a la s e x ig e n c ia s a r b i t r a
ria s d el E s t a d o ; y e s to a s u v ez p o d ía p a s a r a s ig n if ic a r — com o
o c u r r e s i e m p r e c u a n d o s e a f i r m a n lo s d e r e c h o s s i n e l r e c o n o c i m i e n t o
c o r r e s p o n d ie n te d e lo s d e b e r e s — u n p u r o in m o r a lis m o a n á r q u ic o , el
“ d e r e c h o n a t u r a l d e l m á s f u e r t e ” t a l c o m o lo e x p o n e n lo s a t e n i e n
s e s e n e l D i á l o g o M e l io y C a l i c l e s e n e l G orgias. N o e s s o r p r e n
d e n te q u e u n a a n títe s is c u y o s té r m in o s e r a n t a n a m b ig u o s c o n d u je ra
a u n a e n o r m e c a n t i d a d d e d i s c u s i ó n e q u ív o c a . P e r o a t r a v é s d e l a
n ie b la d e c o n tro v e rs ia c o n fu s a y p a r a n o s o tro s f r a g m e n ta r ia , p o d e
Los griegos y lo irracional 175
m o s p e r c ib ir v a g a m e n te q u e se d e b a te n d o s g ra n d e s p ro b le m a s . U n o
•es l a c u e s t i ó n é t i c a r e l a t i v a a l a f u e n t e y a l a v a l i d e z d e l a o b l i g a
c i ó n m o r a l y p o l í t i c a . E l o t r o e s l a c u e s t i ó n p s i c o ló g i c a r e l a t i v a a
l a s f u e n te s d e la c o n d u c ta h u m a n a : p o r q u é se c o n d u c e n lo s h o m
b re s com o se co n d u cen , y có m o se le s p u e d e in d u c ir a c o n d u c irs e
m e j o r . S ó lo e l s e g u n d o d e e s t o s p r o b l e m a s n o s i n t e r e s a a q u í .
R e s p e c to de e s te p ro b le m a , la p rim e ra g e n e ra c ió n de so fis ta s ,
en p a r ti c u l a r P r o tá g o r a s , p a re c e h a b e r s o s te n id o u n a o p in ió n c u y o
• o p ti m is m o r e s u l t a p a té tic o m ir a d o re tr o s p e c tiv a m e n te , p e ro es h is
tó r ic a m e n te in te lig ib le . “L a V irtu d o la E fic ie n c ia ( a re té) p o d í a
-e n señ a rse ” : c ritic a n d o sus tra d ic io n e s , m o d e rn iz a n d o el Nomos
c r e a d o p o r s u s a n t e p a s a d o s , y e l i m i n a n d o d e é l lo s ú l t i m o s v e s t i g i o s
•de “ n e c e d a d b á r b a r a ” 25, e l h o m b r e p o d í a a d q u i r i r u n n u e v o “ A r t e
d e V i v i r ” y la v id a h u m a n a p o d ía a lc a n z a r n iv e le s n u n c a so ñ a d o s
h a s t a e n to n c e s . T a l e s p e r a n z a e s c o m p r e n s ib le e n h o m b r e s q u e h a b ía n
sid o te s tig o s d el rá p id o d e s a rro llo d e la p r o s p e rid a d m a te ria l d e s
pués d e la s G u e rra s M é d ic a s , y d e l flo re c im ie n to s in p re c e d e n te s
d e l e s p íritu q u e l o a c o m p a ñ ó , y q u e c u l m i n ó e n lo s l o g r o s ú n i c o s
•de l a A t e n a s d e P e r i c l e s . P a r a a q u e l l a g e n e r a c i ó n , l a E d a d d e O r o
no e ra u n p a ra ís o p e rd id o en la s n ie b la s d e l p a sa d o , co m o h a b ía
c r e í d o I í e s í o d o ; p a r a e llo s n o e s t a b a d e t r á s , s i n o d e l a n t e , y n o m u y
le jo s . E n u n a c o m u n id a d c iv iliz a d a , d e c la ra b a P r o tá g o r a s e n é r g ic a
m e n te , e l p e o r c iu d a d a n o e r a y a u n h o m b re m e jo r q u e e l s a lv a je s u
p u e s t a m e n t e n o b l e 26. M e j o r , e n e f e c to , c i n c u e n t a añ o s de E u io p a
•q u e u n c ic lo d e C a t a y * . P e r o l a h i s t o r i a , p o r d e s g r a c i a , a c a b a p r o n t o
c o n l o s o p t i m i s t a s . S i T e n n y s o n h u b i e r a e x p e r i m e n t a d o lo s ú l t i m o s
c in c u e n ta a ñ o s d e E u r o p a , m e fig u ro q u e p o d ría h a b e r re c o n s id e ra d o
s u p re fe re n c ia , y P r o t á g o r a s a n t e s d e m o r i r t u v o m o ti v o s u f i c i e n t e
p a r a r e v is a r la s u y a . L a fe e n la in e v ita b ilid a d d el p ro g re s o tu v o
u n a v i d a a ú n m á s c o r t a e n A t e n a s q u e e n I n g l a t e r r a 27.
E n u n d i á l o g o q u e y o t e n g o p o r u n o d e lo s p r i m e r o s , P l a t ó n c o n
tra p o n e su c o n c e p c ió n p ro ta g ó ric a de la n a tu ra le z a hum ana a la
c o n c e p c ió n s o c rá tic a . S u p e rfic ia lm e n te c o n s id e ra d a s , la s d o s tie n e n
m u c h o e n c o m ú n . A m b a s e m p le a n el le n g u a je u tilita r io tr a d ic io
n a l 2 8 : “ b u e n o ” s ig n ific a “ b u e n o p a r a e l in d iv id u o ” , y n o s e d i s t in
g u e d e lo “ p r o v e c h o s o ” o d e lo “ ú t i l ” . Y a m b a s t i e n e n e l e n f o q u e
in te le c tu a lis ta tra d ic io n a l 29 : e s tá n de a c u e rd o , c o n tra la o p in ió n
c o m ú n d e s u t i e m p o , e n q u e s i e l h o m b r e s u p i e r a lo q u e e s b u e n o
p a ra é l, a c tu a ría c o n fo rm e a su c o n o c i m ie n to 30. C ada uno, s in
e m b a r g o , c u a lific a s u in te le c tu a lis m o c o n u n a c la s e d if e r e n te d e r e
s e r v a . P a r a P r o t á g o r a s , l a arete p u e d e e n s e ñ a r s e , p e r o n o m e d i a n t e
una d is c ip lin a in te le c tu a l: uno la “co g e” com o el n iñ o coge su
le n g u a n a tiv a 3 1 ; n o se tr a n s m ite m e d ia n te u n a e n s e ñ a n z a fo rm a l,
s i n o p o r lo q u e lo s a n t r o p ó l o g o s l l a m a n “ c o n tr o l s o c ia l” . P a r a .Só
c ra te s , p o r e l c o n tr a r io , la areté e s , o d e b e r í a s e r , e p isté m e , u n a
r a m a d e l c o n o c i m i e n t o c i e n t íf i c o : e n e s t e d i á l o g o i n c l u s o s e le h a c e
h a b l a r c o m o s i e l m é t o d o a p r o p i a d o p a r a l a a d q u i s i c i ó n d e l a areté
fu e ra el c á lc u lo e x a c to de lo s fu tu ro s d o lo re s y p la c e re s , y me
i n c l i n o a c r e e r q u e e n o c a s io n e s h a b l ó , e f e c t i v a m e n t e , a s í 32. S i n e m
b a r g o , s e l e h a c e t a m b i é n d u d a r q u e l a areté p u e d a e n s e ñ a r s e e n a b
s o l u t o , y e s t o t a m b i é n e s t o y d i s p u e s t o a a c e p t a r l o c o m o h i s t ó r i c o 33.
P o r q u e p a r a S ó c r a t e s l a areté e r a a l g o q u e p r o c e d í a d e d e n t r o a f u e r a ,
n o e r a u n c o n ju n to d e e s q u e m a s d e c o n d u c ta q u e h u b ie r a n de a d
q u irirs e m e d ia n te h a b itu a c ió n , s in o una a c titu d c o h e re n te de la
m e n te , r e s u lta d o d e u n a p e r s p ic a c ia s e g u r a p a r a la n a tu r a le z a y el
s e n tid o d e l a v id a h u m a n a . E n s u c o n s is te n te c o h e re n c ia se p a re c ía
a u n a c ie n c ia 3 4 ; p e r o c re o q u e n o s e q u iv o c a r ía m o s s i i n t e r p r e t á r a
m o s e s a p e r s p i c a c i a c o m o p u r a m e n t e l ó g ic a : e n v o l v í a l a t o t a l i d a d d e l
h o m b r e 35. S ó c r a t e s , s i n d u d a , c r e í a e n “ s e g u i r a l a r g u m e n t o a d o n
d e q u ie ra q u e c o n d u je s e ” ; p e ro h a b ía h a lla d o q u e co n f re c u e n c ia n o
c o n d u c ía s in o a n u e v o s p r o b le m a s , y c u a n d o le f a lla b a e s ta b a d i s
p u e s to a s e g u ir a o tro s g u ía s . N o d e b em o s o lv id a r q u e to m a b a m u y
e n s e r i o t a n t o lo s s u e ñ o s c o m o lo s o r á c u l o s 36, y q u e h a b i t u a l m e n t e
o í a y o b e d e c ía a u n a v o z i n t e r i o r q u e s a b í a m á s q u e é l (s i p o d e m o s
c r e e r a J e n o f o n t e 37, l a l l a m a b a , s i m p l e m e n t e , “ l a v o z d e D i o s ” ).
A s í , n i P r o t á g o r a s n i S ó c r a t e s s e a j u s t a n p o r c o m p l e to a l a c o n
c e p c ió n p o p u l a r m o d e r n a d e u n “ra c io n a lis ta g rie g o ” . P e ro lo q u e
a n o s o tro s n o s p a re c e e x tr a ñ o e s q u e a m b o s d e s c a r te n t a n fá c ilm e n te
la p a r te d e s e m p e ñ a d a p o r e l s e n tim ie n to e n l a c o n d u c ta h u m a n a
o rd in a ria . Y sa b e m o s p o r P la tó n q u e e s to e x tr a ñ a b a ig u a lm e n te a
s u s c o n te m p o rá n e o s ; s o b r e e s te p u n to e x is tí a u n a s e p a ra c ió n n e ta
e n t r e lo s i n t e l e c t u a l e s y e l h o m b r e c o r r i e n t e . “ L o s h o m b r e s , e n s u
m a y o r ía ” , d ic e S ó c r a te s , “ n o c o n s id e r a n el c o n o c im ie n to c o m o
u n a f u e r z a (E a p p o v ), m u c h o m e n o s c o m o u n a f u e r z a d o m i n a n t e o
g o b e rn a n te : c re e n q u e el h o m b re p u e d e m u c h a s veces te n e r co n o ci
m ie n to m ie n tr a s se d e ja d o m in a r p o r a lg u n a o tr a c o sa , u n a s v e c e s
p o r la i r a , o t r a s p o r e l p la c e r o e l d o lo r, a v e c e s p o r e l a m o r , c o n
Los griegos y lo irracional 177
f r e c u e n c i a p o r e l m ie d o ; e n r e a l i d a d s e i m a g i n a n e l c o n o c i m ie n to
c o m o u n e s c la v o a r r a s t r a d o d e a c á p a r a a l l á p o r t o d a s e s a s o t r a s
c o s a s . ” 38 P r o t á g o r a s e s t á d e a c u e r d o e n q u e é s t e e s e l p a r e c e r c o
m ú n , p e ro c o n s id e ra q u e n o m e re c e la p e n a d is c u tirlo , “ el h o m b re
c o r r i e n t e e s c a p a z d e d e c i r c u a l q u i e r c o s a ” 39. S ó c r a t e s , q u e lo d i s
c u t e , lo d e s c a r t a t r a d u c i é n d o l o a t é r m i n o s i n t e l e c t u a l e s : l a p r o x i m i
d a d d e u n p la c e r o d e u n d o lo r in m e d ia to c o n d u c e a ju ic io s fa ls o s ,
a n á l o g o s a lo s e r r o r e s v i s u a l e s d e p e r s p e c t i v a ; u n a a r i t m é t i c a m o r a l
c i e n t í f i c a lo s c o r r e g i r í a 40.
N o e s p ro b a b le q u e t a l r a z o n a m ie n to im p r e s io n a ra a l h o m b re
c o rrie n te . E l g rie g o h a b ía s e n tid o s ie m p re la e x p e rie n c ia d e la p a
s i ó n c o m o a lg o m i s t e r i o s o y a t e r r a d o r , c o m o l a e x p e r i e n c i a d e u n a
f u e r z a q u e e s t a b a e n é l, p o s e y é n d o lo , m á s b i e n q u e p o s e í d a p o r é l.
L a m i s m a p a l a b r a p a th o s lo a t e s t i g u a : c o m o s u e q u i v a l e n t e l a t i n o
passio, s i g n i f i c a a l g o q u e l e “ a c o n t e c e ” a u n o , a l g o d e lo q u e u n o
e s v íc tim a p a s iv a . A r is tó te le s c o m p a ra al h o m b re e n u n e s ta d o d e
p a s i ó n c o n lo s q u e e s t á n d o r m i d o s , lo c o s o e m b r i a g a d o s : s u r a z ó n ,
c o m o l a d e é s t o s , e s t á e n s u s p e n s o 41. V i m o s e n lo s p r i m e r o s c a p í t u
lo s 42 c ó m o lo s h é r o e s d e H o m e r o y lo s h o m b r e s d e l a E p o c a A r
c a ic a in te rp re ta b a n ta l e x p e rie n c ia en té rm in o s r e lig io s o s , com o
ate, c o m o u n a c o m u n i c a c i ó n d e m enos, o c o m o l a a c t u a c i ó n d i r e c t a
d e u n d e m o n io q u e s e s ir v e d e la m e n te y d e l c u e rp o h u m a n o s c o m o
i n s t r u m e n t o s . T a l e s la c o n c e p c ió n u s u a l d e la s g e n te s s e n c illa s :
“ el p r im itiv o , b a jo la in f lu e n c ia d e u n a p a s ió n v io le n ta , s e c o n s id e
r a a s í m is m o c o m o p o s e s o , o c o m o e n f e r m o , q u e p a r a é l e s la m is
m a c o s a ” 43. E s t e m o d o d e p e n s a r n o e s t a b a m u e r t o n i a u n a f i n e s d e l
s i g l o v . J a s ó n , a l f i n a l d e l a M edea, s ó lo p u e d e e x p l i c a r l a c o n d u c t a
d e s u m u j e r c o m o e l a c t o d e u n alástor, e l d e m o n i o c r e a d o p o r e l
d e lito de sa n g re i n e x p i a d o ; e l C o r o d e l H ip ó lito c r e e q u e F e d ra
p u e d e e s t a r p o s e s a , y e ll a m i s m a h a b l a a l p r i n c i p i o d e s u c o n d ic i ó n
c o m o l a ate d e u n d e m o n i o 44.
P e r o p a r a el p o e ta , y p a r a l a p a r te e d u c a d a d e s u a u d ito r io , e s te
l e n g u a j e s ó lo t i e n e a h o r a l a f u e r z a d e u n s i m b o l i s m o t r a d i c i o n a l . E l
m u n d o d e m o n í a c o s e h a r e t i r a d o , d e j a n d o a l h o m b r e s o lo c o n s u s
p a s i o n e s . Y e s t o e s lo q u e d a a lo s e s t u d i o s q u e E u r í p i d e s h a c e d e l
c rim e n s u in te n s id a d p e c u lia r : E u r íp id e s n o s m u e s tr a a h o m b re s y
m u je re s a f ro n ta n d o a l d e s n u d o e l p ro b le m a d el m a l, n o y a co
m o a lg o a je n o q u e a s a lta s u ra z ó n d e sd e f u e r a , sin o c o m o p a r te
d e s u p r o p i o s e r : 7;9o ; av9-p<úx(¡> Saíficov. Y , s i n e m b a r g o , p o r h a b e r d e
ja d o d e s e r s o b r e n a tu r a l, n o e s m e n o s m is te rio s o y a te r r a d o r . M e d e a
178 E. R. D odds
s a b e q u e s e e s t á d e b a t i e r d o , n o c o n u n alástor, s i n o c o n s u p r o p i o y o
i r r a c i o n a l , c o n s u t h y m ó s . P i d e c o m p a s i ó n a e s e y o c o m o u n e s c la v o
p i d e c o m p a s i ó n a u n a m o b r u t a l 45. P e r o e n v a n o : lo s r e s o r t e s d e
l a a c c ió n e s t á n o c u lt o s e n e l th y m ó s , d o n d e n i l a r a z ó n n i l a p i e d a d
p u e d e n a lc a n z a rlo s . “ C o n o z c o la m a ld a d q u e e s to y a p u n to d e c o m e te r ;
p e r o e l th y m ó s e s m á s f u e r t e q u e m i s p r o p ó s i t o s , e l th y m ó s , l a r a í z
d e l a s p e o r e s a c c io n e s d e l h o m b r e ” 46. C o n e s t a s p a l a b r a s a b a n d o n a
la e s c e n a ; c u a n d o v u e lv e , h a c o n d e n a d o a s u s h ijo s a la m u e r t e y se
h a c o n d e n a d o a s í m is m a a u n a v id a d e p r e v is ta d e s g ra c ia . P o r q u e
M e d e a n o s u f r e n in g u n a s o c r á tic a “ ilu s ió n d e p e r s p e c tiv a ” ; n o co
m e t e e r r o r a l g u n o e n s u a r i t m é t i c a m o r a l , lo m i s m o q u e n o c o n f u n d e
s u p a s ió n co n u n e s p ír itu m a lig n o . A h í e s tá p re c is a m e n te s u s u p re m a
c a lid a d tr á g ic a .
S i e l p o e ta e s ta b a p e n s a n d o o n o e n S ó c r a te s c u a n d o e s c rib ió la
Medea, y o n o s a b r í a d e c i r l o . P e r o s e h a v i s t o , a m i j u i c i o c o n r a z ó n ,
u n a r e p u ls a c o n s c ie n te d e la te o r ía s o c r á tic a e n la s f a m o s a s p a la b r a s
q u e p o n e e n b o c a d e F e d r a t r e s a ñ o s d e s p u é s 47. L a m a l a c o n d u c t a ,
d ic e , n o p r o v ie n e d e u n a f a l t a d e p e r s p ic a c ia , “ p o r q u e m u c h a s p e r
so n a s tie n e n b u e n e n te n d im ie n to ” . N o , c o n o ce m o s y re c o n o c e m o s
n u e s tr o b ie n , p e ro n o c o n s e g u im o s a c t u a r d e a c u e r d o c o n e s e c o n o
c im ie n to : o n o s o b s tr u y e u n a e sp e c ie d e in e r c ia , o n o s d i s t r a e d e
n u e s t r o p r o p ó s i t o “ a l g ú n o t r o p l a c e r ” 48. E n e s t e p a s a j e s í p a r e c e t r a
ta rs e de a lg ú n p u n to p o lé m ic o , p o r q u e v a m ás a llá d e lo q u e la
situ a c ió n d r a m á tic a r e q u ie re o in c lu s o s u g i e r e 4\ Y e s to s p a s a je s
n o s o n lo s ú n i c o s ; l a i m p o t e n c i a m o r a l d e l a r a z ó n s e a f i r m a m á s
d e u n a v e z e n f r a g m e n t o s d e d r a m a s p e r d i d o s so. P e r o , a j u z g a r p o r
l a s p i e z a s q u e h a n l l e g a d o h a s t a n o s o t r o s , lo q u e p r i n c i p a l m e n t e
p re o c u p a b a a E u ríp id e s en sus o b ra s p o s te rio re s no e ra ta n to la
im p o te n c ia d e la r a z ó n h u m a n a , s in o la d u d a m á s a m p lia d e s i p o d ía
v e r s e p r o p ó s ito r a c io n a l a lg u n o e n la o r d e n a c ió n d e la v id a h u m a n a
y e n e l g o b i e r n o d e l m u n d o 51. E s t a t e n d e n c i a c u l m i n a e n l a s Bacan
tes, c u y o c o n t e n i d o r e l i g i o s o e s , c o m o h a d i c h o u n c r í t i c o r e c i e n t e
m e n t e 52, e l r e c o n o c i m i e n t o d e u n “ m á s a l l á ” q u e e s t á f u e r a d e n u e s
t r a s c a te g o r ía s m o r a le s y e s in a c c e s ib le a n u e s t r a r a z ó n . N o m a n t e n
g o q u e d e la s t r a g e d ia s d e E u r íp i d e s p u e d a e x tr a e r s e u n a filo s o fía
c o n s e c u e n te d e la v id a (n i d e b em o s e x ig irlo a un d ra m a tu rg o que
e s c rib e e n u n a é p o c a d e d u d a ). P e ro , si h e m o s d e p o n e rle u n a e tiq u e
t a , s ig o c re y e n d o q u e e l té r m in o “ ir r a c io n a lis ta ” , q u e s u g e r í u n a
v e z 53, c u a d r a a E u r í p i d e s m e j o r q u e n i n g ú n o t r o .
Los griegos y lo irracional 179
E s t o n o im p lic a q u e E u r íp i d e s s ig u ie r a la e s c u e la d e la e x tr e m a
P h y sis, q u e p ro v e ía a la d e b ilid a d h u m a n a d e u n a e le g a n te e x c u s a
d e c l a r a n d o q u e l a s p a s i o n e s e r a n “ n a t u r a l e s ” y p o r lo t a n t o b u e n a s ,
y l a m o r a l i d a d u n a c o n v e n c ió n y p o r lo t a n t o u n e s t o r b o d e l q u e
d ebem os d e sh a c e rn o s. “ S é n a t u r a l ” , d ic e l a C a u s a I n j u s t a e n L a s
N u b e s ; “ c o c e a , r í e t e d e l m u n d o , n o t e a v e r g ü e n c e s d e n a d a ” 54.
C i e r t o s c a r a c t e r e s d e E u r í p i d e s s i g u e n e s t e c o n s e jo , s i b i e n m e n o s
a le g re m e n te . “L a n a tu r a le z a lo q u is o ” , d ic e u n a h ija e x tra v ia d a ,
“ y la n a tu r a le z a n o h a c e c a so d e r e g la s : n o s o tr a s la s m u je r e s fu im o s
h e c h a s p a r a e s t o ” 55. “ N o n e c e s i t o t u c o n s e jo ” , d ic e u n h o m o s e x u a l ;
“ p u e d o v e r p o r m í m i s m o , p e r o l a n a t u r a l e z a m e e m p u j a ” 50. I n
c lu s o e l t a b ú m á s p r o f u n d a m e n t e a r r a i g a d o e n e l h o m b r e , e l c a r á c t e r
p r o h ib id o d e l in c e s to , s e r e c h a z a c o n la o b s e rv a c ió n “ n o h a y n a d a
v e r g o n z o s o s i e l p e n s a m i e n t o n o lo h a c e t a l ” 57 * . D e b e h a b e r h a b i d o
j ó v e n e s e n e l c í r c u l o d e E u r í p i d e s q u e h a b l a b a n a s í (c o n s u s d o b l e s
m o d e rn o s e s ta m o s f a m ilia r iz a d o s ) . P e r o d u d o q u e el p o e ta c o m p a r
tie r a s u s o p in io n e s . P o r q u e s u s C o ro s se a p a r t a n r e p e tid a m e n te d e
s u c a m in o p a r a d e n u n c ia r , s in m u c h a o p o r tu n id a d d r a m á tic a , a c ie r
ta s p e rs o n a s q u e “ u l tr a j a n la le y p a r a s a tis f a c e r im p u ls o s ile g itim o s ” ,
y s u f i n e s s5 xaxoupYstv, “ s a l i r s e c o n l a s u y a h a c i e n d o e l m a l ” ,
c u y a te o r ía y c u y a p r á c tic a e s tá n “ p o r e n c im a de la s le y e s ” , p a r a q u ie
n e s aidós y areté s o n m e r a s p a l a b r a s 58. E s t a s p e r s o n a s n o n o m b r a
d a s s o n , s i n d u d a , lo s h o m b r e s d e l a P h y s is , o lo s d i s c í p u l o s d e lo s
h o m b r e s d e l a P h y s is , lo s p o l í t i c o s “ r e a l i s t a s ” q u e e n c o n t r a m o s e n
T u c í d id e s .
E u r í p i d e s , p o r t a n t o , s i n o m e e q u iv o c o , r e f l e j a n o s ó lo l a I l u s
tr a c ió n , s in o ta m b ié n la re a c c ió n c o n tra la I lu s tr a c ió n ■ — e n to d o c a s o
r e a c c i o n ó c o n t r a l a p s i c o lo g í a r a c i o n a l i s t a d e a l g u n o s d e s u s e x p o
n e n t e s y c o n t r a e l r e f i n a d o i n m o r a l i s m o d e o t r o s — . D e l a v i o le n c ia
d e l a r e a c c i ó n pú blica h a y , d e s d e l u e g o , o t r o t e s t i m o n i o . D e l a u d i t o
r io q u e v e ía L a s N u b es se e s p e r a b a q u e d i s f r u t a r a v ie n d o i n c e n d ia r
e l P e n s a d e r o y q u e le i m p o r t a r a p o c o q u e S ó c r a t e s a r d i e r a c o n é l.
P e r o lo s s a t í r i c o s s o n m a l o s t e s t i g o s , y c o n l a d o s i s s u f i c i e n t e d e
b u e n a v o lu n ta d p u e d e p e n s a rs e q u e L as N ubes n o so n s in o u n a
b r o m a a m i s t o s a d e A r i s t ó f a n e s 59. Q u i z á p u e d e n h a c e r s e d e d u c c io
n e s m á s s e g u r a s d e u n a p r u e b a d o c u m e n ta l q u e n o s es m e n o s f a m i
lia r. Un fra g m e n to de L is ia s 60 nos da a conocer u n c ie rto c lu b
d e c o m e n s a le s . E s t e c lu b t e n í a u n n o m b r e e x tr a ñ o y c h o c a n te :
s u s m i e m b r o s s e l l a m a b a n a s í m i s m o s K ax o 8 ai|j.<maTaí( p a r o d i a p r o f a
n a del n o m b re ’A fa& oSaijioviaxaí a d o p t a d o a l g u n a s v e c e s p o r r e s p e t a
b le s c lu b s d e s o c ie d a d . L id d e ll- S c o tt tr a d u c e a q u e l té r m in o “ d e v il-
w o r s h ip p e r s ” , “ a d o r a d o r e s d e l D ia b lo ” , y é sa s e r ía la tr a d u c c ió n l i t e
r a l; p e ro L is ia s tie n e s in d u d a ra z ó n a l d e c ir q u e e lig ie ro n e se t ítu lo
“ p a r a b u r l a r s e d e lo s d i o s e s y d e l a c o s t u m b r e a t e n i e n s e ” . N o s d i c e ,
a d e m á s , q u e t e n í a n p o r n o r m a r e u n i r s e a c o m e r e n lo s d í a s c o n s i d e
r a d o s n e f a s t o s (V¡|J.épat d-jtocppáSsí), lo c u a l n o s h a c e p e n s a r q u e e l p r o
p ó s ito d e l c lu b e r a e x h ib i r s u d e s d é n h a c ia la s u p e r s tic ió n te n ta n d o
d e lib e r a d a m e n te a lo s d io s e s y h a c ie n d o d e lib e r a d a m e n te e l m a y o r
n ú m e ro p o s ib le d e c o sa s n e f a s ta s , in c lu s o la d e a d o p ta r u n n o m b re
d e m a l a g ü e r o . T o d o e s to p o d r ía c o n s id e r a r s e b a s t a n t e in o fe n s iv o .
P e r o , s e g ú n L i s i a s , a lo s d i o s e s n o l e s h i z o g r a c i a : l a m a y o r p a r t e
d e lo s m i e m b r o s d e l c l u b m u r i e r o n j ó v e n e s , y e l ú n i c o q u e lo s s o b r e
v i v ió , e l p o e t a C i n e s i a s 61, f u e v í c t i m a d e u n a e n f e r m e d a d c r ó n i c a t a n
d o lo ro s a q u e h u b ie r a s id o p r e f e r ib le la m u e r te . E s t a h is to r ia s in
im p o rta n c ia m e p a rec e ilu s tr a r b a s ta n te b ie n do s co sas. I lu s tr a el
s e n tim ie n to de lib e ra c ió n — lib e r a c ió n de re g la s s in s e n tid o y de
ir r a z o n a le s s e n tim ie n to s d e c u lp a b ilid a d — q u e a s u a d v e n im ie n to
t r a j e r o n lo s s o f i s t a s y q u e h i c i e r o n s u e n s e ñ a n z a t a n a t r a c t i v a p a r a
la ju v e n tu d a tr e v id a e in te lig e n te . Y m u e s tr a a s im is m o c u á n f u e r te
f u e la r e a c c ió n c o n tr a t a l r a c io n a lis m o e n el p e c h o d e l c iu d a d a n o
m e d io : p o r q u e L is ia s e v id e n te m e n te se a p o y a e n el h o r r ib le e s c á n
d a lo d e l c l u b d e c o m e n s a le s p a r a d e s a c r e d i t a r e l t e s t i m o n i o d e C i n e
s ia s e n u n p le ito .
P e r o la p r u e b a m á s im p r e s io n a n te d e la re a c c ió n c o n tr a la I l u s t r a
c ió n p u e d e v e r s e e n e l é x i t o d e lo s p r o c e s o s s e g u i d o s c o n t r a i n t e l e c
tu a le s p o r m o tiv o s r e lig io s o s q u e tu v ie r o n lu g a r en A te n a s en el
ú ltim o te rc io d e l sig lo v . H a c ia el 4 32 a . C . 82 o u n año o dos d es
p u é s , s e d e c la r a r o n d e lito s d e n u n c ia b le s el n o c r e e r e n lo s o b r e n a tu
ral 63 y e l e n s e ñ a r a s t r o n o m í a 64. L o s t r e i n t a a ñ o s s i g u i e n t e s , a p r o x i
m a d a m e n te , f u e r o n te s tig o s d e u n a s e rie d e ju ic io s p o r h e r e jía , ú n ic o s
e n la h i s to r ia a te n ie n s e . E n t r e la s v íc tim a s se c u e n ta la m a y o r ía de
lo s j e f e s d e l a i d e o l o g í a p r o g r e s i s t a d e A t e n a s : A n a x á g o r a s 65, D i á -
g o r a s , S ó c r a t e s , c a s i s e g u r a m e n t e P r o t á g o r a s t a m b i é n 66, y p o s i b l e
m e n t e E u r í p i d e s 67. E n t o d o s e s t o s c a s o s , s a l v o e n e l ú l t i m o , t r i u n f ó
la a c u s a c ió n : A n a x ág o ra s fu e p ro b a b le m e n te m u lta d o y d e s te rra
d o ; D i á g o r a s s e s a l v ó c o n l a h u i d a ; lo m i s m o , p r o b a b l e m e n t e , h i z o
P r o t á g o r a s ; S ó c r a t e s , q u e p o d í a h a b e r h e c h o lo p r o p i o , o p o d í a h a b e r
Los griegos y lo irracional 181
p e d id o u n a s e n t e n c i a d e d e s t i e r r o , p r e f i r i ó q u e d a r s e y b e b e r l a c i c u t a .
T o d o s é s to s e r a n h o m b re s fa m o s o s . N o s a b e m o s c u á n ta s p e r s o n a s , m á s
o sc u ra s , s u frie ro n p o r s u s i d e a s 68. P e r o l a s p r u e b a s q u e t e n e m o s
so n m á s q u e s u fic ie n te s p a r a d e m o s tr a r q u e la G r a n E p o c a d e la
I lu s t r a c ió n g r ie g a f u é a l m is m o tie m p o , c o m o la n u e s t r a , u n a é p o ca
d e p e r s e c u c ió n , d e d e s tie r r o d e e s tu d io s o s , d e tr a b a s p a r a e l p e n s a
m i e n t o , e i n c l u s o ( s i p o d e m o s c r e e r l a t r a d i c i ó n s o b r e P r o t á g o r a s ) **
d e q u e m a d e lib ro s .
E s to desazonaba p ro fu n d a m e n te y c o n f u n d ía a lo s p ro feso re s
d e l s ig lo x i x , q u e n o te n í a n la v e n ta j a q u e n o s o tro s te n e m o s d e e s t a r
f a m i l i a r i z a d o s c o n e s t a c la s e d e c o n d u c t a . L o s c o n f u n d í a t a n t o m á s
p o r h a b e r o c u r rid o p r e c is a m e n te e n A te n a s , la “ e s c u e la d e la H é -
la d e ” y “se d e de la filo s o f ía ” , y , que sepam os, en n in g u n a o tra
p a r t e 70. D e aquí una te n d e n c ia a dudar de la s p ru e b as s ie m p re
q u e f u e r a p o s ib le , y , c u a n d o e s to n o e r a p o s ib le , a e x p li c a r q u e el
v e rd a d e ro m o tiv o d e lo s p r o c e s a m i e n t o s e r a p o lític o . H a s ta c ie r to
p u n t o , e s t o e r a s i n d u d a v e r d a d , p o r lo m e n o s e n a l g u n o s c a s o s : lo s
a c u sa d o re s de A n a x á g o ra s p re s u m ib le m e n te a p u n ta b a n , c o m o d ic e
P lu ta r c o , a s u p r o te c to r P e ric le s ; y S ó c ra te s p o d ía m u y b ie n h a b e rs e
l i b r a d o d e l a m u e r t e s i n o h u b i e r a e s t a d o a s o c ia d o c o n h o m
b r e s c o m o C r i t i a s y A l c i b í a d e s . P e r o a u n c o n c e d ie n d o t o d o e s t o , t e
n e m o s to d a v ía q u e e x p lic a r p o r q u é e n e s te p e río d o la a c u s a c ió n d e
i r r e l i g i ó n s e e s c o g ía c o n t a n t a f r e c u e n c i a c o m o e l m e d i o m á s s e g u r o
d e h a c e r c a lla r a u n a voz in g r a ta o d e a r r u in a r a u n c o n tra rio p o líti
co . N o s v e m o s f o r z a d o s , a l p a r e c e r , a s u p o n e r l a e x i s t e n c i a , e n t r e l a s
m a s a s , d e u n f a n a t i s m o r e l i g i o s o e x a s p e r a d o q u e lo s p o l í t i c o s p o d í a n
a p ro v e c h a r p a r a s u s p ro p io s fin e s . Y e s ta e x a s p e ra c ió n d e b e h a b e r
te n id o u n a c a u sa .
N i l s s o n h a s u g e r i d o 71 q u e l a a t i z a r o n lo s a d i v i n o s p r o f e s i o n a l e s ,
q u e v ie ro n e n el a v a n c e d e l ra c io n a lis m o u n a a m e n a z a a s u p r e s ti
g io , y h a s t a a s u m e d io d e g a n a r s e la v id a . E s t o p a r e c e m u y p r o b a
b le . L a p r o p u e s ta d e l d e c re to q u e d e s e n c a d e n ó la s e r ie d e p ro c e s o s
f u e o b r a d e l a d iv in o p r o fe s io n a l D io p ite s ; A n a x á g o r a s h a b ía e x p u e s
to la v e r d a d e r a n a tu r a le z a d e lo s lla m a d o s “p o r te n to s ” 7 2 ; m ie n t r a s
q u e S ó c r a t e s t e n í a u n “ o r á c u l o ” 73 p a r t i c u l a r d e s u p r o p i e d a d q u e
p u e d e b i e n h a b e r s u s c i t a d o e n v i d i a s 71. L a i n f l u e n c i a d e lo s a d i v i n o s ,
s in e m b a rg o , te n ía s u s lím ite s . A j u z g a r p o r la s c o n s ta n te s b ro m a s
d e A r is tó f a n e s a s u s e x p e n s a s , n o e r a n m u y q u e rid o s , n i (s a lv o e n
m o m e n to s d e c r i s i s ) 75 i n s p i r a b a n e n te ra c o n f ia n z a : com o lo s p o -
182 E. R. D odds
v io a s i m i s m o l a p u b l i c a c i ó n d e a l g u n o s d e lo s t r a t a d o s h i p o c r á t i c o s
m á s a u s t e r a m e n t e c ie n t íf i c o s 87.
U n s e g u n d o e j e m p l o d e r e g r e s i ó n p u e d e v e r s e e n l a b o g a d e lo s
c u lto s e x tr a n je r o s , p r in c ip a lm e n te d e c a r á c t e r s u m a m e n te e m o c io n a l,
“ o r g iá s tic o ” , q u e s e d e s a rr o lló c o n s o r p r e n d e n te r a p id e z d u r a n te la
G u e r r a d e l P e l o p o n e s o 8S. A n t e s d e q u e é s t a h u b i e r a t e r m i n a d o , h a
b ía n a p a r e c id o e n A te n a s el c u lto d e la f r i g i a “ M a d r e d e la M o n ta ñ a ” ,
C ib e le s , y el d e s u d o b le tr a c io , B e n d is ; lo s m is te r io s d e l tr a c io -
f r i g io S a b a z io , u n a e s p e c ie d e D io n is o s a lv a je s in h e le n iz a r , y lo s
rito s d e lo s “ d i o s e s m o r t a l e s ” a s i á t i c o s , A tis y A d o n is . He e s tu
d i a d o e s t e s i g n i f i c a t i v o d e s a r r o l l o e n o t r o l u g a r 89, d e m o d o q u e n o
d ir é m á s d e é l a q u í.
A p r o x im a d a m e n te u n a g e n e r a c ió n m á s t a r d e o b s e rv a m o s q u e la
r e g r e s ió n a d o p ta u n a fo rm a a ú n m á s c r u d a . Q u e e n e l s ig lo iv h a b ía
e n A t e n a s a b u n d a n c i a d e “ m a g i a p a r a lo s m á s ” , y e n e l s e n t i d o m á s
l i t e r a l d e l a e x p r e s i ó n , lo s a b e m o s p o r l a p r u e b a d e p r i m e r a m a n o d e
l a s “ d e f i x i o n e s ” . L a p r á c t i c a d e l a d efixio o w á S e a t c e r a u n a e s
p e c ie d e a ta q u e m á g ic o . S e c r e ía q u e u n o p o d ía a t a r la v o lu n ta d d e
u n a p e r s o n a , o c a u s a r s u m u e r t e , i n v o c a n d o s o b r e e ll a l a m a l d i c i ó n
d e lo s P o d e r e s in f e r n a le s ; se in s c r ib ía la m a ld ic ió n e n a lg u n a m a
t e r i a d u r a d e r a , u n a t a b l i l l a d e p l o m o o u n p e d a z o d e b a r r o c o c id o ,
q u e s e c o lo c a b a d e p r e f e r e n c i a e n l a t u m b a d e u n m u e r t o . L o s e x
c a v a d o re s h a n e n c o n tr a d o c e n te n a r e s d e ta l e s “d e f ix io n e s ” e n m u c h a s
p a r t e s d e l m u n d o m e d i t e r r á n e o 90, y d e h e c h o t a l e s p r á c t i c a s s e o b
s e r v a n o c a s io n a lm e n te h o y d ía , t a n t o e n G r e c ia 91 com o e n o tra s p a r
t e s d e E u r o p a 92. P e r o p a r e c e s i g n i f i c a t i v o q u e lo s e j e m p l a r e s m á s
a n tig u o s d e s c u b ie rto s h a s ta a h o ra v ie n e n d e G re c ia , la m a y o r p a r te
d e l A tic a y , q u e m ie n t r a s s o n p o q u ís im o s lo s e je m p la r e s q u e p u e d e n
a tr i b u i r s e co n c e rte z a a l sig lo v, so n d e r e p e n te n u m e r o s ís im o s e n el
s i g l o i v BS. E n t r e l a s p e r s o n a s m a l d e c i d a s e n e llo s s e c u e n t a n f i g u
r a s p ú b l i c a s b i e n c o n o c i d a s , c o m o F o c i ó n y D e m ó s t e n e s 94, lo c u a l
h a c e p e n s a r q u e e s t a p r á c t i c a n o e s t a b a c o n f in a d a a lo s e s c la v o s o
e x t r a n j e r o s . E n e f e c t o , e r a lo s u f i c i e n t e m e n t e c o r r i e n t e e n t i e m p o s
d e P la tó n p a r a q u e a s u ju ic io m e re c ie ra la p e n a le g is la r c o n tra
e ll a 95, a s í c o m o c o n t r a e l m é to d o a f í n d e a t a q u e m á g i c o , c o n s i s t e n t e
e n m a l t r a t a r a u n a i m a g e n d e c e r a d e a l g ú n e n e m i g o 96. P l a t ó n p o n e
en c la r o que la g e n te re a lm e n te te m ía e s ta a g re sió n m á g ic a , y
q u e r í a p r e s c r i b i r p a r a e ll a s e v e r a s p e n a s l e g a l e s ( e n e l c a s o d e lo s
m a g o s p ro fe s io n a le s , la p e n a d e m u e r te ) ; n o p o rq u e él m is m o c re y e r a
e n la m a g ia n e g r a — re s p e c to d e e s to p ro f e s a te n e r la m e n te a b ie r
186 E. R. D odds
t a 87— , s i n o p o r q u e l a m a g i a n e g r a e x p r e s a m a l a v o l u n t a d y t i e n e
m a l o s e f e c to s p s i c o ló g i c o s . N o s e t r a t a a q u í d e l a c h i n c h o r r e r í a p a r
t i c u l a r d e u n v i e j o m o r a l i s t a . D e u n p a s a j e d e l d i s c u r s o Con tra A r is-
to gitón 98 p o d e m o s in f e r i r q u e e n el s ig lo iv s e in te n tó e fe c tiv a m e n te
r e p r i m i r l a m a g i a m e d i a n t e u n a a c c ió n l e g a l d r á s t i c a . T o m a n d o
j u n t a s to d a s e s ta s p r u e b a s , e n c o n tr a s te c o n e l s ile n c io c a s i c o m p le
to d e n u e s tr a s f u e n te s d e l s ig lo v " , m e in c lin o a c o n c lu ir q u e u n
e f e c to d e l a I l u s t r a c i ó n f u e e l d e p r o v o c a r e n l a s e g u n d a g e n e r a
c ió n 100 u n r e n a c i m i e n t o d e l a m a g i a . E s t o n o e s t a n p a r a d ó j i c o c o m o
p a r e c e : ¿ n o h a id o s e g u id o d e f e n ó m e n o s p a r e c id o s , e n n u e s tr o s
p ro p io s d ía s , el d e r r u m b a m ie n to d e o tro C o n g lo m e ra d o H e r e d a d o ?
T o d o s lo s s ín to m a s q u e h e m e n c io n a d o — el r e n a c im ie n to d e la
in c u b a c ió n , e l g u s to p o r la re lig ió n o r g iá s tic a , la v ig e n c ia d e l a ta q u e
m á g ic o — p u e d e n c o n s id e ra rs e c o m o r e g re s iv o s ; e r a n , e n u n s e n tid o ,
u n a v u e lta d e l p a s a d o . P e r o e r a n ta m b ié n , e n o tro a s p e c to , p re s a g io s
d e c o sa s p o r v e n ir . C o m o v e re m o s e n el ú ltim o c a p ítu lo , a p u n ta n a
ra s g o s c a ra c te rís tic o s d e l m u n d o g re c o -ro m a n o . P e ro , a n te s d e lle g a r
a e so , d e b e m o s c o n s id e r a r e l in te n to d e P la tó n d e e s ta b iliz a r la s i
tu a c ió n .
Notas al capítulo VI
*T Jen. A 12, 9-eoü aoi (paivstai. Cf. Mem. 4.8.6; Platón (?) Ale, I,
124c.
38 Platón, Prot. 3 5 2 b c .
Ibld., 3 5 3 a .
4D Ibld., 3 5 6 c -357 e .
41 Aristóteles, E.N. 1147a 11 ss.
42 Cap. I y cap. II.
■" Combarieu, La Musique et la magie (Etudes de philologie musicale, III
[París, 1 9 0 9 ], 6 6 s .; citado por Boyancé, Cuite des Muses, 108>. Platón
habla de los animales en ce:o como voaoüvra. (Banq. 2 0 7 a ), y del hambre,
la sed y la pasión sexual como xpía voor^axa (Leyes 7 8 2 e -783 a ).
■
“ Eur. Med. 1333; Hip. 141 ss., 240. M. André Rivier, en su interesante y
original Essai sur le tragique d'Euripide (Lausanne, 1944), cree que he
mos de tomar en serio estas opiniones; Medea está literalmente poseídi
por un demonio (p. 59), y una mano sobrenatural está vertiendo veneno
en el alma de Fedra. Pero esto me parece difícil de aceptar, especial
m ente por lo que respecta a Medea. Ella, que v e más hondo en las cosas
que el convencional Jason, no emplea nunca este lenguaje re'g ioso
(contrástese con la Clitemnestra de Esquilo, Agam. 1433, 1475 ss., 1497 ss.).
Y Fedra también, una vez que se decide a afrontar cara a cara su si
tuación, la analiza en términos puramente humanos (sobre la significa
ción de Afrodita, v. «Eurípides the Irrationalist», CR 43, [1929], 102).
D ecisiva para la actitud dei poeta es Las Troyanas, donde Helena echa
la culpa de su conducta a un agente divino (940 s., 948 ss.) sólo para ser
abrumada por la réplica de Hécuba, jj.y¡ ay-afretí itoíei Bsobc; -co aov xaxóv xogjj-ou-
aa, 06 aotpou? (981 s.)
45 Med. 1 0 5 6 s s . C f . H e r á c l i t o , f r . 8 5 ; fru tes ^ íX s z ó v ' o f á p dv W X ij, tj>u'/i¡í
(úveítai.
46 Ibld. 1078-1080. W ilamowitz suprimió 1080, que, desde el punto de vista
de un director de escena moderno, quita efecto al «telón». Pero está en
armonía con la actitud mental de Eurípides el que haga a Medea gene
ralizar su auto-análisis, como Fedra generaliza el suyo. Mi caso, da a
entender, no es único: en todo corazón humano hay guerra civil. Y de
hecho estos versos se convirtieron en uno de los ejemplos clásicos del
conflicto interior (v. más adelante, cap. VIII, n. 16).
■*' W ilamowitz, Einleitung i. d. gr. Tragoedie, 25 , n. 4 4 ; Decharme, Euripide
et l’esprit de son théátre, 4 6 s . ; y especialmente Snell, Philologus, 97
(1 9 4 8 ), 125 ss. Siento muchas más dudas sobre el supuesto de Wilamo
w itz (loe. cit.) y de otros de que Prot. 3 5 2 b ss. es la «respuesta» de Platón
(o de Sócrates) a Fedra. ¿Por qué había Platón de juzgar necesario el
responder a las observaciones incidentales de un personaje de una
tragedia escrita hacía más de treinta años? Y si efectivamente respondió
a ellas, o sabía que Sócrates lo había hecho, ¿por qué no citó a Eurípi
des por su nombre, como lo hace en otra parte? (Fedra no puede citar
nominalmente a Sócrates, pero Sócrates puede citar a Fedra.) No veo
dificultad ninguna en suponer que «los muchos» en Prot. 3 5 2 B son jus
tam ente los muchos: el hombre corriente no ha ignorado nunca el poder
de la pasión, en Grecia ni en ninguna parte, y aquí no se le atribuyen
sutilezas.
•“ Hip. 375 ss.
Para un intento de referir el pasaje como un todo a la situación dramá
tica y a la psicología de Fedra, v. CR 39 (1925), 102 ss. Pero cf. Snell,
Philologus, loe. cit., 127 ss., a quien ahora m e inclino a dar la razón.
i0 Cf. frs. 572, 840, 841, y el discurso de Pasifae en su propia defensa
E. R. D odds
(Berl. Kl, Texte, II.73=Page, Gk. Lit. Papyñ , 1.74). En los dos últimos
se emplea el lenguaje religioso tradicional.
Cf. W. Schadewaidt, Monolog u. Selbstgespräch, 250 s s .: «la tragedia de
aguante» sustituye a la «tragedia de ráOot;». Yo supondría, no obstante,
que el Crisipo, aunque una tragedia tardía (representada al mismo tiem
po que las Fenicias), era una tragedia de zdB-o?; llegó a ser, como la
Medea, un ejemplo clásico del conflicto entre la razón y la pasión (v.
Nauck sobre el fr. 841), y es claro que volvió a insistir sobre la irracio
nalidad humana.
Rivier, op. cit., 96 s. Cf. mi edición de la tragedia, pp\ x l ss.
CR 43 (1929), 97 ss.
Ar. Nub. 1078.
Citado por Menandro, Epitrep. 365 s. Koerte, del Auge (parte de él era
conocido previamente, fr. 920 Nauck).
Crisipio, fr. 840.
Eolo, fr. 19, t í 8' aíaypbv fjv \>.r¡ toíat /p<u(iévot<; Soxfl; El sofista Hipias argüía
que la prohibición del incesto era convencional, no «divinamente im
plantada» ni instintiva, puesto que no era universalmente observada
(Jen. Mem. 4.4.20). Pero es comprensible que la linea adoptada por Eurí
pides levantara un escándalo: mostraba a d ó id e podía llevar un relati
vism o ético ilimitado. Cf. la parodia de Aristófanes (Ran. 1475); el uso
que la cortesana hace de él contra su autor (Machón, apud Aten. 5 82 d ) ;
y las anécdotas posteriores que representan a Antístenes o Platón repli
cando a esta doctrina (Plut. aud. poet. 12, 33C, Sereno apud Stob.
3.5.36H).
Her. 778, Or. 823, Ba. 890 ss., 7.4. 1089 ss. Cf. Murray, Eurípides and His
Age, 194 y Stier, «Nomos Basileus», Philol. 83 (1928), 251.
Así Murray, Aristophanes. 94 ss., y más recientemente W olfgang Schmid,
Philol. 97 (1948), 224 ss. No estoy tan seguro de esto como ellos.
Lisias, fr. 73 Th. (53 Scheibe), apud Aten. 551e.
Conocido sobre todo como uno de los blancos favoritos de Aristófanes
(A ves 1372-1409 y en otros lugares). Fue acusado de insultar a un san
tuario de Hécate (2 Ar. Ran. 366), lo que cuadraría perfectamente al
espíritu del club, puesto que los 'Exa'xeia eran focos de superstición po
pular (cf. Nilsson, Gesch. 1.6 8 5 s.). Platón lo cita como ejemplo típico
del poeta que busca el aplauso de la galería en lugar de tratar de hacer
mejor a su auditorio (Gorg. 5 0 1 e ).
Esta fecha está indicada para el decreto de Diopites por Diod. 12.38 s. y
Plut. Per. 32. Adock, CAH V.478, se inclina a fecharlo en 430 y a relacio
narlo con «las emociones provocadas por la plaga, el signo visible de la
ira de los cielos»; esto puede bien ser así.
ra M a |rJ¡ vo)«0=iv (Plut. Per. 32). Sobre el sentido de esta expresión,
v. R. Hackforth, Composition of Plato’s Apology, 60 ss., y J. Tate, CR 50
(1936), 3 ss., 51 (1937), 3 ss. daéSeia en el sentido de sacrilegio había
sido siempre sin duda un delito; lo que era nuevo era la prohibición de
descuidar el culto, y la de la enseñanza antirreligiosa. Nilsson, que se
aferra a la vieja ficción de que «la libertad de pensamiento y de expresión
era absoluta en Atenas» (Greek Piety, 79), intenta restringir el alcance
de los procesos reduciéndolos a las ofensas contra el culto. Pero la tra
dición representa unánim emente los de Anaxágoras y Protágoras comí,
fundados en sus opiniones teóricas, no en sus acciones, y la sociedad que
prohibió al uno describir el sol como un objeto material y al otro expre
sar incertidumbre sobre la existencia de los dioses no permitía cierta
mente la «libertad absoluta de pensamiento».
griegos y lo irracional 191
Aófouc; T.epi tu)v ^eiapauov SiSíc6xciv (Plut. ibíd.). Esto sin duda apuntaba es
pecia.mente a Anaxágoras, pero la desaprobación de la meteorología
estaba muy extendida. Se la consideraba no sólo necia y presuntuosa
(Gorg. Hel. 1 3 , Hip. vet. med. 1, Platón, Rep. 4 8 8 e , etc.), sino también
peligrosa para la religión (Eur. fr. 9 1 3 , Platón, Apol. 19 b , Plut. Nietas
2 3 ), y el pensamiento popular la asociaba especialmente con los sofistas
(Eupolis, fr. 146, Ar. Nub. 3 6 0 , Platón, Pol. 2 9 9 b . Cf. W. Capelle, Philol,
71 (1 9 1 2 ), 4 1 4 ss.
La fecha que da Taylor del Juicio de Anaxágoras en el 450 (CQ 11 [1917],
81 ss. adelantaría mucho el comienzo de la Ilustración en Atenas y la
reacción contra ella respecto de la fecha sugerida por todas las otras
pruebas documentales. A m i parecer, sus argumentos han sido anulados
por E. Derenne, Les Procès d'impiété, 30 ss., y J. S. Morrison, CR 35
(1941), 5, n. 2.
Burnet (Thaïes to Plato, 1 1 2 ), y otros tras él, desechan como no históri
ca la tradición ampliamente atestiguada del juicio de Protágoras, fun
dándose en Platón, Menón, 9 1 e . Pero Platón habla en este pasaje de la
reputación internacional de Protágoras como maestro, que no podía
disminuir por un proceso ateniense de herejía; no se le acusó de corrom
per a la juventud, sino de ateísmo. E l juicio no puede haber tenido lugar
tan tarde como el 4 1 1 , pero la tradición tampoco dice esto (cf. Derenne,
op. cit., 51 ss.).
Satyros, vit. Eur. fr. 39, col. x (Arnim, Suppl. Eur. 6). Cf. Bury, CAH
V.383 s.
Es precipitado suponer que no hubo más procesos que aquéllos de que
hemos oído hablar. Los estudiosos no han prestado atención suficiente a
lo que Platón pone en boca de Protágoras (Prot. 3 1 6 c -317 b ) sobre los
riesgos inherentes a la profesión de los sofistas, que los expone a «gran
envidia y a otras formas de mala voluntad y de conspiración, de modo
que la mayor parte de ellos se ven forzados a trabajar clandestinamen
te». El mismo tiene sus salvaguardias particulares (¿la amistad de Pe-
ricles?), que hasta la fecha le han librado de daño.
D :.óg. Laerc. 9.52, Cic. nat. deor. 1.63, etc. Sobre los peligros de la cos
tumbre de leer, cf. Aristófanes, fr. 490: xoüxov t ó v ávSp’ {¡ujíXíov Siécpfropev
r¡ ripdStxo; f¡ t ¿ü v áSoXeayiBv ef; fé t i ; .
Esto bien pudiera ser un accidente de lo deficiente de nuestra informa
ción. Si no lo es, parece contradecir la pretensión que Platón pone en
boca de Sócrates (Gorg. 4 6 1 e ) de oue Atenas permite más libertad de
pensamiento que ningún otro lugar de Grecia (la fecha dramática de esto
es posterior al decreto de Diopites). Es de notar, sin embargo, que Lamp-
saco honró a Anaxágoras con un funeral público después que Atenas lo
había expulsado (Alcidamas, apud Ar. Rhet. 1 3 9 8 , 15).
Nilsson, Greek Popular Religion, 133 ss.
Plut. Pericles 6.
Platón, Apol. 40A: ^ eúofruíá ¡1.00 (¡urraxTj -f¡ O 8ai(iovtou.
t o
7
194 E. R. Dodds
se apunta quizá a un mayor grado de escepticismo del que deliberada
mente expresa, ya que el tono de Rep. 364c (así como el de Leyes 9 0 9 b ) es
decididamente escéptico.
•• [Dem.] 25.79 s., el caso de una tpctp|W; de Lemnos llamada Teoris, que
fue ejecutada en Atenas, «con toda su familia» tras la denuncia de su
esclava. Que esta fctp¡iax!<: no era meramente una envenenadora resulta
claro de la referencia en la misma sentencia a <páp¡naxa xai ír.tpSás (y cf.
Ar. Nub. 749 ss.). Según Filocoro, apud Harpocration s.v. 8eu>pÍ!; la acu
sación form al fue una acusación de áoéSeia, y esto es probablemente
exacto: la destrucción salvaje de toda la familia implica una contami
nación de la comunidad. Plutarco (que da una versión diferente de
la denuncia) dice, Dem. 14, que el acusador fue Demóstenes—quien,
como hemos visto, fue él mismo más de una vez objeto de ataque
mágico.
•• Dejando aparte la mitología, son sorprendentemente pocas las referencias
en la literatura ática del siglo v a la magia agresiva, fuera de los filtros
de amor (Eur. Hip. 509 ss., Antifón, 1.9, etc.) y la ItccjiSí; ’Opcpéux;, Eur.
Cicl. 640. El autor de morb. sncr. habla de personas a quienes se supo
nía 7ie(pap(iaxsu|isvouí «hechizadas» (VI.362 l.), y es posible que signifique
lo mismo Ar. Tesm. 534. En otro caso, la alusión más próxima a
este orden de ideas ha de verse quizá en la palabra «vaM-crj? «desatador»
o «deshacedor» de hechizos, empleada según se dice por el poeta cómico
prim itivo Magnes (fr. 4). La magia profiláctica o magia blanca era sin
duda común: se llevaban, por ejemplo, anillos mágicos como amuletos
(Eupolis, fr. 87, Ar. Plut. 883 s. y 2 ) . Pero si se quería una bruja ver
daderamente poderosa había que comprar una de Tesalia (Ar. Nub.
749 ss.).
100 En el siglo xix hubo un lapso comparable entre el derrumbamiento
de la fe en el Cristianismo entre los intelectuales y el ascenso del espi
ritismo y otros movimientos similares en las clases semi-educadas (de
las cuales algunos de estos movimientos pasaron a una parte de las
educadas). Pero en el caso de Atenas no se puede excluir la posibilidad
de que el renacimiento de la magia agresiva date de los últimos deses
perantes años de la Guerra del Peloponeso. Para otras posibles razones
que pueden haber contribuido a su popularidad en el siglo iv, v. Nilsson,
Gesch. 1.759 s. No puedo creer que la multiplicación de las «defixiones»
en esa época sea meramente un reflejo de la disminución del analfabe
tismo, como se ha sugerido; porque pudieron ser escritas, y probable
mente lo fueron en muchos casos (Audollent, op. cit. xlv), por magoá
profesionales empleados para este propósito (Platón habla como si esto
fuera así, Rep. 364c).