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certas condições, bem como executar punições precisas em caso de não-
cumprimento.
Tipos de Alianças
As alianças são contratos feitos entre indivíduos com o propósito de
regulamentar esse relacionamento. Deus quer comprometer-se com Seu
povo, ou seja, deseja cumprir Suas promessas para poder demonstrar
na história que tipo de Deus Ele é.
Os relacionamentos na Bíblia – especialmente entre Deus e os homens
– são legais ou judiciais. Por isso que eles são mediados pelas alianças.
As alianças normalmente envolvem intenção, promessas e sanções.
Existem três tipos de Alianças na Bíblia:
1 – O tratado chamado de "Garantia Real" (incondicional) – Uma
aliança promissória que surgiu de um desejo do rei em recompensar um
servo leal. Por exemplo:
Aliança Abraâmica
Aliança Davídica
Devemos entender que essas alianças são incondicionais. Esse aspecto
é importante na profecia bíblica, pois está em jogo se Deus é ou não
obrigado a cumprir as Suas promessas, especialmente para com as
partes originalmente envolvidas na aliança.
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Por exemplo, cremos que Deus deve cumprir em relação a Israel (como
nação) as promessas feitas através das alianças incondicionais, como a
Abraâmica, a Davídica e a Palestina. Se isso for verdade, então elas
precisam ser realizadas literalmente – o que implica que muitos de seus
aspectos ainda devem ser cumpridos.
“Uma aliança incondicional pode ser definida como um ato soberano de
Deus, sendo que o Senhor, portanto, obriga a Si mesmo a fazer com que
se cumpram as promessas, bênçãos e condições estabelecidas para o
povo com quem fez a aliança. E uma aliança unilateral. Esse tipo de
aliança é caracterizado pela forma verbal futura, que mostra a intenção
dEle cumprir exatamente o que prometeu, no tempo determinado para
isso. As bênçãos são garantidas por causa da graça de Deus.” (Fruchten-
Baum)
Preâmbulo (1.1-5)
Prólogo Histórico (1.6-4.49)
Principais Provisões (5.1-26.19)
Bênçãos e Maldições (27.1-30.20)
Continuidade das Alianças (31.1-33.29)
3 – O tratado de "Paridade" – une duas partes iguais em um re-
lacionamento e estabelece as condições estipuladas pelos seus par-
ticipantes. Exemplos:
Alianças Bíblicas
Existem pelo menos oito alianças mencionadas na Bíblia:
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Aliança Mosaica (Êxodo 20-23; Deuteronômio)
Aliança Davídica (2 Samuel 7.4-17)
Aliança Palestina (Deuteronômio 30.1-10)
Nova Aliança (por exemplo, Jeremias 31.31-37)
A maneira como as alianças se relacionam com Israel é de fundamental
importância para o estudante das profecias.
A tabela a seguir ilustra como elas se desenvolvem e suas aplicações:
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AS ALIANÇAS BÍBLICAS E A ESCATOLOGIA – ALIANÇA
ABRAÂMICA
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9. Abraão teria um filho com sua esposa, Sara (15.1 -4; 17.1 ó-
21).
10. Seus descendentes seriam escravos no Egito (15.13-14).
11. Assim como Israel, outras nações surgiriam de Abraão (17.3-
4,6); os Estados árabes são algumas dessas nações.
12. Seu nome seria mudado de Abrão para Abraão (17.5).
13. O nome de Sarai seria mudado para Sara (17.15).
14. Haveria um sinal da aliança – a circuncisão (17.9-14). De
acordo com a Aliança Abraâmica, a circuncisão era uma
identificação do que é ser judeu.
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importância descobrir o método de cumprimento dessa aliança. Se é
uma aliança literal a ser cumprida literalmente, então Israel deve ser
preservado, convertido e restaurado. Se é uma aliança incondicional,
esses acontecimentos na vida nacional de Israel são inevitáveis.
Elemento Condicional
Enquanto Abraão morava na casa de Terá, um idólatra (Js 24.2), Deus
ordenou que ele deixasse a terra de Ur, embora isso exigisse jornada a
uma terra estranha e desconhecida (Hb 11.8), e fez promessas
específicas que de pendiam desse ato de obediência. Abraão, em
obediência parcial, visto que não quis separar-se de sua família, viajou
a Harã (Gn 11.31). Ele não recebeu nenhuma das promessas ali. Apenas
com a morte do pai (Gn 11.32) é que Abraão começa a receber alguma
parte da promessa de Deus, pois somente depois desse fato é que Deus
o leva para a terra (Gn 12.4) e lhe reafirma a promessa original (Gn
12.7).
É importante observar a relação da obediência com o plano da aliança.
Quer Deus instituísse um plano de aliança com Abraão, quer não, isso
dependia do ato de obediência de Abraão em abandonar a terra.
Quando, por fim, esse ato foi cumprido e Abraão obedeceu a Deus, Deus
instituiu um plano irrevogável e incondicional. Essa obediência, que se
tornou a base da instituição do plano, é citada em Gênesis 22.18, em
que a oferta de Isaque é apenas mais uma evidência da atitude de
Abraão para com Deus.
A existência de um plano de aliança com Abraão dependia do ato de
obediência de Abraão. Quando ele obedeceu, a aliança instituída
dependia não da obediência continuada de Abraão, mas da promessa de
quem a instituiu. O fato da aliança dependia da obediência; o tipo de
aliança inaugurada era totalmente desvinculado da obediência
continuada de Abraão ou de sua semente.
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2) Com exceção da condição original de abandonar sua terra natal e
dirigir-se à terra prometida, a aliança é firmada sem condições.
3) A aliança abraâmica é confirmada repetidamente por reiteração e por
ampliação. Em nenhuma dessas ocasiões as promessas adicionadas se
condicionam à fé da semente ou do próprio Abraão; nada se diz sobre
ela estar sujeita à fé futura de Abraão ou de sua semente.
4) A aliança abraâmica é formalizada por um ritual divinamente
ordenado que simboliza o derramamento de sangue e a passagem entre
as partes do sacrifício (Gn 15.7-21; Jr 34.18). Essa cerimônia foi dada
a Abraão como garantia de que sua semente herdaria a terra nas
mesmas fronteiras dadas a ele em Gênesis 15.18-21. Nenhuma condição
está conectada à promessa nesse contexto.
5) Para distinguir os que herdariam as promessas como indivíduos dos
que eram apenas a semente física de Abraão, foi dado o sinal visível da
circuncisão (Gn 17.9-14). Os incircuncisos eram considerados não
alcançados pela bênção prometida. O cumprimento último da aliança
abraâmica e a posse da terra pela semente não dependiam, contudo, da
fidelidade ao pacto de circuncisão. Na verdade as promessas da terra fo
ram concedidas antes que a cerimônia fosse introduzida.
6) A aliança abraâmica foi confirmada pelo nascimento de Isaque e de
Jacó, os quais receberam repetições das promessas na forma original
(Gn 17.19; 28.12,13)
7) O fato notável é que as repetições da aliança e o seu cumprimento
parcial acontecem a despeito da desobediência. E claro que em vários
instantes Abraão se afastou da vontade de Deus. No próprio ato as
promessas são repetidas a ele.
8) As confirmações posteriores da aliança foram feitas em meio a
apostasia. Muito importante é a promessa dada por Jeremias de que
Israel continuaria como nação para sempre (Jr 31.36)
9) O Novo Testamento declara a aliança abraâmica imutável (Hb 6.13-
18; cf. Gn 15.8-21). Ela não foi apenas prometida, mas solenemente
confirmada pelo juramento de Deus.
10) Toda a revelação das Escrituras a respeito de Israel e de seu futuro,
contida no Novo e no Antigo Testamento, se interpretada literalmente,
confirma e sustenta o caráter incondicional das promessas feitas a
Abraão.
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Sm 2.30) é exemplo notável desse princípio." Allis argumenta que pode
haver condições implícitas, não declaradas.
Contra-argumento
Em resposta a esse argumento, podemos observar que Allis começa
com uma admissão desconcertante — não existem condições
declaradas nas Escrituras nas quais o amilenista possa buscar
confirmação de sua defesa. Toda a sua posição repousa no silêncio,
em condições implícitas e não declaradas. No caso de Eli, não existe
nenhuma relação, pois Eli estava vivendo sob a economia mosaica,
condicional em seu caráter e sem relação com a aliança abraâmica.
O fato de a aliança mosaica ser condicional não significa que a
aliança abraâmica também precise ser. E, além disso, no que diz
respeito a Jonas, devemos observar que também não existe
relação. A mensagem que Jonas pregou não constituía uma aliança
e não se relaciona de forma alguma à aliança abraâmica. Era um
princípio bem estabelecido das Escrituras (Jr 18.7-10; 26.12,13; Ez
33.14-19) que o arrependimento afastaria o juízo. O povo se
arrependeu e o juízo foi retirado. Mas a pregação de Jonas, da qual
é dada apenas uma declaração resumida, de forma alguma altera
o caráter da aliança abraâmica.
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impunha condição alguma. E, finalmente, a aliança é reafirmada e
ampliada para Abraão depois de atos defini dos de desobediência
(Gn 12.10-20; 16.1-16).
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dela Esaú foi privado por causa de sua descrença manifesta no
desdém em relação à primogenitura. A rejeição de Esaú ilustra o
fato de que a aliança era seletiva e deveria ser cumprida por meio
da linhagem escolhida por Deus.
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descrença posterior anulava a aliança, a descrença anterior teria
impedido qualquer espécie de cumprimento.
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AS ALIANÇAS BÍBLICAS E A ESCATOLOGIA – ALIANÇA
DAVÍDICA
Aliança Davídica
A Aliança Davídica é uma aliança de Deus feita com o rei Davi. É a última
aliança no Antigo Testamento e extensão da Aliança Abraâmica.
A promessa feita constitui-se em Reino Eterno, Casa ou Dinastia Eterna,
Descendência Eterna e Trono Eterno.
Quando se fala em reinado aponta-se para Jesus, pois Cristo é o
cumprimento final das duas Alianças: Abraâmica e Davídica.
“Eu sou a raiz e a geração de Davi, a resplandecente estrela da manhã”
(Apo. 22:16).
Davi foi “um homem segundo o coração de Deus” (1 Samuel 13:14),
Deus se agradou de Davi de tal maneira que lhe fez uma promessa que
nunca tinha feito a nenhum homem: “Teu trono (Davi) será firme para
sempre” (2 Samuel 7:16), ou seja a Casa de Davi existirá para sempre,
jamais terminará.
Várias vezes nos livros de Salmos, Amós, Isaías, Miquéias, Jeremias e
Zacarias, e em um período de 500 anos Deus sempre lembrou a
promessa: “Seu trono (Davi) não terá fim”.
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homens e com açoites de filhos de homens. Mas a minha misericórdia
se não apartará dele, como a retirei de Saul, a quem tirei de diante de
ti. Porém a tua casa e o teu Reino serão firmados para sempre diante
de ti; teu Trono será estabelecido para sempre.”
E também:
“Fiz Aliança com o meu escolhido e jurei a Davi, meu servo: Para sempre
estabelecerei a tua posteridade e firmarei o teu Trono de geração em
geração” (Sl 89.3,4).
“Como não se pode contar o exército dos céus, nem medir-se a areia do
mar, assim tornarei incontável a descendência de Davi, meu servo, e os
levitas que ministram diante de mim… Assim diz o SENHOR: Se a minha
Aliança com o dia e com a noite não permanecer, e eu não mantiver as
leis fixas dos céus e da terra, também rejeitarei a descendência de Jacó
e de Davi, meu servo…” (Jr 33.22,25,26).
A Aliança Davídica é uma Aliança Incondicional feita entre Deus e
o rei Davi (2 Samuel 7:4-17; 1 Crônicas 17:10-15).
Esta Aliança amplia a Aliança Abraâmica (com relação à semente) e se
concentra em um descendente da tribo de Judá: o rei Davi.
Cristo é o cumprimento final desta Aliança.
A Aliança Davídica é importante para a profecia bíblica porque ainda não
foi totalmente cumprida, o que só acontecerá no Reino Milenar de Cristo.
Características da Aliança
As características essenciais dessa Aliança, no campo
escatológico, ficam clara em três palavras encontradas em 2 Samuel
7.16:
Casa – Faz referência aos descendentes físicos de Davi. A promessa é
que não serão substituídos completamente por outra família. A linhagem
de Davi será sempre a família real.
Reino – Refere-se ao Reino político de Davi sobre Israel. ‘Reinar para
sempre’ significa que a autoridade e o governo de Davi sobre Israel
jamais serão tomados ou transferidos a outra família, e durará
eternamente.
Trono – Não se trata de Trono material, mas a dignidade e o poder que
eram soberanos e supremos em Davi como Rei. O direito de reinar
sempre pertenceu à descendência de Davi.
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No salmo 89 Davi previu que seu Reino seria derrubado:
“Mas tu rejeitaste e aborreceste; tu te indignaste contra o teu ungido.
Abominaste a Aliança do teu servo; profanaste a sua coroa, lançando-a
por terra. Derrubaste todos os seus muros; arruinaste as suas
fortificações. Todos os que passam pelo caminho o despojam; é um
opróbrio para os seus vizinhos. Exaltaste a destra dos seus adversários;
fizeste com que todos os seus inimigos se regozijassem. Também
embotaste o fio da sua espada, e não o sustentaste na peleja. Fizeste
cessar a sua glória, e deitaste por terra o seu trono. Abreviaste os dias
da sua mocidade; cobriste-o de vergonha. (v. 38-45)
Essa previsão foi feita antes da realização do que lhe tinha sido
prometido:
“Achei a Davi, meu servo; com santo óleo o ungi. Com o qual a minha
mão ficará firme, e o meu braço o fortalecerá. O inimigo não o
importunará, nem o filho da perversidade o afligirá. E eu derrubarei os
seus inimigos perante a sua face, e ferirei aos que o odeiam. E a minha
fidelidade e a minha benignidade estarão com ele; e em meu nome será
exaltado o seu poder. Porei também a sua mão no mar, e a sua direita
nos rios.
Ele me chamará, dizendo: Tu és meu pai, meu Deus, e a rocha da minha
salvação. Também o farei meu primogênito mais elevado do que os reis
da terra. A minha benignidade lhe conservarei eu para sempre, e a
minha aliança lhe será firme, e conservarei para sempre a sua semente,
e o seu trono como os dias do céu.” (v. 20-29).
Davi também previu que, por fim, a promessa seria cumprida (em
Cristo) e louvou o Senhor pela sua fidelidade:
“Até quando, SENHOR? Acaso te esconderás para sempre? Arderá a tua
ira como fogo? Lembra-te de quão breves são os meus dias; por que
criarias debalde todos os filhos dos homens? Que homem há, que viva,
e não veja a morte? Livrará ele a sua alma do poder da sepultura?
Senhor, onde estão as tuas antigas benignidades que juraste a Davi pela
tua verdade? Lembra-te, Senhor, do opróbrio dos teus servos; como eu
trago no meu peito o opróbrio de todos os povos poderosos, com o qual,
SENHOR, os teus inimigos têm difamado, com o qual têm difamado as
pisadas do teu ungido. Bendito seja o SENHOR para sempre. Amém, e
Amém.” (v. 46-52)
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3) A Aliança Davídica foi reafirmada por Deus, mesmo após repetidos
atos de desobediência por parte da nação. Cristo, o Filho de Davi, veio
oferecer o Reino de Davi após gerações de apostasia. Essas reafirmações
não se fariam nem poderiam ser feitas se a Aliança fosse condicional.
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Em 2 Samuel 23:5, Davi em seu leito de morte disse: “Pois estabeleceu
comigo uma Aliança eterna, em tudo bem definida e segura. Não me
fará ele prosperar toda a minha salvação e toda a minha esperança?”
Isaías 55:3 Deus confirmou o que Davi disse, chamando a Aliança de
“perpétua”, que consiste nas fiéis misericórdias prometidas a
Davi: “Inclinai os vossos ouvidos, e vinde a mim; ouvi, e a vossa alma
viverá; porque convosco farei uma aliança perpétua, dando-vos as
firmes beneficências de Davi”
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sempre sobre a Casa de Jacó, e o seu Reinado não terá fim” (Lc 1.31-
33; grifo do autor).
A mensagem do anjo centralizava-se em três palavras-chave da Aliança
original de Davi: o Trono, a Casa e o Reino.
Implicações Escatológicas
A Aliança Davídica é de suma importância para o entendimento dos
acontecimentos futuros.
Entendendo que o cumprimento literal da Aliança Davídica se dará ainda
no futuro, a nação de Israel passa a ter um importante papel
escatológico:
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Jesus, ‘Filho de Davi’ deve voltar à terra, de forma corporal e literal,
para reinar sobre o Reino prometido de Davi. A alegação de que Cristo
está assentado no Trono do Pai reinando sobre um Reino espiritual, a
Igreja, não cumpre as promessas da Aliança.
Um Reino terreno literal será constituído e Jesus reinará sobre ele.
Esse Reino será eterno, pois o “Trono”, “Casa”, e “Reino” foram
prometidos a Davi para toda a eternidade, não haverá fim do Reino do
Messias sobre o Reino de Davi a partir do Trono de Davi.
CONCLUSÃO
A Casa de Davi já está levantada e isto foi realizado por Jesus Cristo seu
herdeiro legal.
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A Casa de Davi não é a Igreja, apesar desta estar ligada diretamente a
Cristo, por isso há quem sustenta que fazemos parte da casa de Davi,
ou seja, da linhagem real, uma vez que somos herdeiros de Deus e co-
herdeiros com Cristo, e Ele nos comprou com seu sangue e nos
constituiu como rei e sacerdotes e portanto, a Igreja passaria ser a ‘Casa
de Davi Espiritual".
Porém este pensamento abriria muitos precedentes e confusão, e um
caminho da dedução é perigoso, pois como a casa de Davi é
Deus "Naquele dia o SENHOR protegerá os habitantes de Jerusalém; e
o mais fraco dentre eles naquele dia será como Davi, e a casa de Davi
será como Deus, como o anjo do SENHOR diante deles." (Zac. 12:8), ou
seja o próprio Senhor Jesus, nós já nos desqualificamos neste ponto,
pois somos criaturas, servos, filhos, obra das mãos de Deus.
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raiz e da seiva da oliveira, não te glories contra os ramos; porém,
se te gloriares, sabe que não és tu que sustentas a raiz, mas a raiz,
a ti.
Dirás, pois: Alguns ramos foram quebrados, para que eu fosse
enxertado.
Bem! Pela sua incredulidade, foram quebrados; tu, porém,
mediante a fé, estás firme. Não te ensoberbeças, mas teme.
Porque, se Deus não poupou os ramos naturais, também não te
poupará.
Considerai, pois, a bondade e a severidade de Deus: para com os
que caíram, severidade; mas, para contigo, a bondade de Deus,
se nela permaneceres; doutra sorte, também tu serás cortado.
Eles também, se não permanecerem na incredulidade, serão
enxertados; pois Deus é poderoso para os enxertar de novo.
Pois, se foste cortado da que, por natureza, era oliveira brava e,
contra a natureza, enxertado em boa oliveira,
quanto mais não serão enxertados na sua própria oliveira aqueles
que são ramos naturais!
Porque não quero, irmãos, que ignoreis este mistério (para que não
sejais presumidos em vós mesmos):
que veio endurecimento em parte a Israel, até que haja entrado a
plenitude dos gentios” (Romanos 11:12-25)
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"Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. Todo ramo
que, estando em mim, não der fruto, ele o corta; e todo o que dá
fruto limpa, para que produza mais fruto ainda."
Alguns ramos foram cortados – por causa da incredulidade – porque não
creram e desconheciam as Escrituras que apontavam profeticamente
para Jesus, mas os gentios foram enxertados mediante a fé, que é
produzida nos corações por obra do Divino Espírito Santo, pois conforme
a carta aos Efésios todos eram ignorantes da Lei, dos profetas e das
alianças.
Ainda na época de Neemias, quando imbuído de reconstruir os muros de
Jerusalém ele deu ordens dizendo:
"Acharam escrito na Lei que o SENHOR ordenara por intermédio de
Moisés que os filhos de Israel habitassem em cabanas, durante a
festa do sétimo mês;
que publicassem e fizessem passar pregão por todas as suas
cidades e em Jerusalém, dizendo: Saí ao monte e trazei ramos de
oliveiras, ramos de zambujeiros, ramos de murtas, ramos de
palmeiras e ramos de árvores frondosas, para fazer cabanas, como
está escrito.
Saiu, pois, o povo, trouxeram os ramos e fizeram para si cabanas,
cada um no seu terraço, e nos seus pátios, e nos átrios da Casa de
Deus, e na praça da Porta das Águas, e na praça da Porta de Efraim.
Toda a congregação dos que tinham voltado do cativeiro fez
cabanas e nelas habitou; porque nunca fizeram assim os filhos de
Israel, desde os dias de Josué, filho de Num, até àquele dia; e
houve mui grande alegria." (Neemias 8:14-17)
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Ageu 2:9 "A glória desta última casa será maior do que a da primeira,
diz o SENHOR dos Exércitos; e, neste lugar, darei a paz, diz o SENHOR
dos Exércitos."
Porém ao Profeta Zacarias Deus revelou o que há de vir no futuro e todas
nações que deverão obedecer, sob pena de sofrer alterações climáticas
que prejudicará o plantio e a colheita.
Zacarias 14:16-17 "Todos os que restarem de todas as nações que
vieram contra Jerusalém subirão de ano em ano para adorar o Rei, o
SENHOR dos Exércitos, e para celebrar a Festa dos Tabernáculos. Se
alguma das famílias da terra não subir a Jerusalém, para adorar o Rei,
o SENHOR dos Exércitos, não virá sobre ela a chuva."
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É evidente que a mensagem é para Israel uma vez que Jesus prometeu
à Sua Igreja:
"Ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado.
E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do
século." Mateus 28:20
Enquanto que para Israel até hoje a revelação a Oséias e Moisés foi:
"Porque os filhos de Israel ficarão por muitos dias sem rei, sem
príncipe, sem sacrifício, sem coluna, sem estola sacerdotal ou
ídolos do lar." Oséias 3:4
"Esconderei, pois, certamente, o rosto naquele dia, por todo o mal
que tiverem feito, por se haverem tornado a outros deuses."
Deuteronômio 31:18
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Tinha grande e alta muralha, doze portas, e, junto às portas, doze
anjos, e, sobre elas, nomes inscritos, que são os nomes das doze
tribos dos filhos de Israel.
Três portas se achavam a leste, três, ao norte, três, ao sul, e três,
a oeste.
A muralha da cidade tinha doze fundamentos, e estavam sobre
estes os doze nomes dos doze apóstolos do Cordeiro."
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AS ALIANÇAS BÍBLICAS E A ESCATOLOGIA – ALIANÇA
PALESTINA
Naquele mesmo dia fez o SENHOR uma aliança com Abrão, dizendo:
Å tua descendência tenho dado esta terra, desde o rio do Egito até ao
grande rio Eufrates; e o queneu, e o quenezeu, e o cadmoneu, e o
heteu, e o perizeu, e os refains, e o amorreu, e o cananeu, e o girgaseu,
e o jebuseu. (Gênesis 15:18-21)
Aliança Palestina
Introdução
Na Aliança que Deus fez com Abraão, o Senhor ordenou-o: Sai-te da tua
terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te
mostrarei. (Gênesis 12:1). Quando Abraão se separou de Ló, Deus
disse: Levanta agora os teus olhos, e olha desde o lugar onde estás,
para o lado do norte, e do sul, e do oriente, e do ocidente; Porque toda
esta terra que vês, te hei de dar a ti, e à tua descendência, para sempre.
(Gênesis 13:14-15)
A Aliança Palestina ou Cananita é uma expansão ou ampliação
da Aliança Abraâmica em relação à terra. Deus prometeu à Abraão que
sua descendência habitaria em uma terra que Ele mesmo escolheu: a
terra de Canaã.
E apareceu-o SENHOR a Abrão, e disse: Å tua descendência darei
esta terra. E edificou ali um altar ao SENHOR, que lhe aparecera.
(Gênesis 12:7)
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Porque toda esta terra que vês, te hei de dar a ti, e à tua
descendência, para sempre. (Gênesis 13:15)
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Fronteiras de Israel - Reinado de Davi e Salomão
Aspecto Condicional
Pelos aspectos condicionais da Aliança Mosaica (Aliança de Deus com
Moisés), Israel estava obrigado a obedecer aos mandamentos,
julgamentos e ordenações da Lei para que pudesse usufruir das bênçãos
imediatas da Aliança Palestina, que além de desfrutar da terra, teria
segurança contra os inimigos externos, chuvas regulares, imunidade
contra pragas e boa colheita.
Portanto, a Aliança Palestina estabelecia condições para que
Israel desfrutasse da terra que lhes pertencia por direito e por causa do
pecado e desobediência eles seriam espalhados entre as nações:
E será que, sobrevindo-te todas estas coisas, a bênção ou a
maldição, que tenho posto diante de ti, e te recordares delas entre
todas as nações, para onde te lançar o SENHOR teu Deus,
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E te converteres ao SENHOR teu Deus, e deres ouvidos à sua voz,
conforme a tudo o que eu te ordeno hoje, tu e teus filhos, com todo o
teu coração, e com toda a tua alma,
Então o SENHOR teu Deus te fará voltar do teu cativeiro, e se
compadecerá de ti, e tornará a ajuntar-te dentre todas as nações entre
as quais te espalhou o SENHOR teu Deus. (Deuteronômio 30:1-3)
E os espalharei entre gentios, que não conheceram, nem eles nem seus
pais, e mandarei a espada após eles, até que venha a consumi-los.
(Jeremias 9:16)
Portanto, dize: Assim diz o Senhor DEUS: Ainda que os lancei para longe
entre os gentios, e ainda que os espalhei pelas terras, todavia lhes serei
como um pequeno santuário, nas terras para onde forem. Portanto,
dize: Assim diz o Senhor DEUS: Hei de ajuntar-vos do meio dos povos,
e vos recolherei das terras para onde fostes lançados, e vos darei a terra
de Israel. (Ezequiel 11:16-17)
Israel falhou em cumprir a Aliança durante o período dos Juízes, no
Reinado e mais tarde no Reino dividido. Por causa disso o povo de Israel
foi levado ao cativeiro e espalhado, conforme havia sido profetizado.
Mesmo depois do retorno do exílio babilônico, apenas uma fração da
terra foi ocupada.
Mais tarde, no ano 70 dC, exércitos de Roma, liderados pelo comandante
Tito, destruiu Jerusalém e espalhou os israelitas ao redor do mundo e
assim ficaram por quase 2000 anos; até que, em 1948, o moderno
Estado de Israel surgiu, ocupando uma pequena fatia da Terra
Prometida.
Resumindo, a Aliança Palestina dá a terra aos hebreus, porém não
significa que eles estarão na terra e desfrutarão dela continuamente,
mas que no final, Israel a possuirá e viverá nela para sempre.
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Deus chama a Aliança de Eterna: Contudo eu me lembrarei da minha
aliança, que fiz contigo nos dias da tua mocidade; e estabelecerei
contigo uma aliança eterna. (Ezequiel 16:60)
A Aliança Abraâmica é eterna e incondicional, logo a Aliança Palestina
também é, pois é uma expansão desta.
Deus efetuará a conversão essencial para que ela venha a se
cumprir. Nas Escrituras, a conversão de Israel será um ato soberano
de Deus:
E assim todo o Israel será salvo, como está escrito: De Sião virá o
Libertador, E desviará de Jacó as impiedades. E esta será a minha
aliança com eles, Quando eu tirar os seus pecados. (Romanos 11:26-
27)
Portanto, dize: Assim diz o Senhor DEUS: Ainda que os lancei para longe
entre os gentios, e ainda que os espalhei pelas terras, todavia lhes serei
como um pequeno santuário, nas terras para onde forem.
Portanto, dize: Assim diz o Senhor DEUS: Hei de ajuntar-vos do meio
dos povos, e vos recolherei das terras para onde fostes lançados, e vos
darei a terra de Israel.
E virão ali, e tirarão dela todas as suas coisas detestáveis e todas as
suas abominações.
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E lhes darei um só coração, e um espírito novo porei dentro deles; e
tirarei da sua carne o coração de pedra, e lhes darei um coração de
carne;
Para que andem nos meus estatutos, e guardem os meus juízos, e os
cumpram; e eles me serão por povo, e eu lhes serei por Deus.
Mas, quanto àqueles cujo coração andar conforme o coração das suas
coisas detestáveis, e as suas abominações, farei recair nas suas cabeças
o seu caminho, diz o Senhor DEUS. (Ezequiel 11:16-21)
Porém o tempo dessa conversão será determinada por Deus: Porém não
vos tem dado o SENHOR um coração para entender, nem olhos para ver,
nem ouvidos para ouvir, até ao dia de hoje. (Deuteronômio 29:4)
Aliança Confirmada
Quando o povo estava no cativeiro babilônico, o profeta Ezequiel, no
capítulo 16 de seu livro, escreveu que Deus, apesar das circunstâncias,
confirma a Aliança, seu amor e misericórdia para com Israel.
Neste cápitulo Deus lembra que tomou Israel como esposa: E assim
foste ornada de ouro e prata, e o teu vestido foi de linho fino, e de seda
e de bordados; nutriste-te de flor de farinha, e mel e azeite; e foste
formosa em extremo, e foste próspera, até chegares a realeza. (v13).
Porém ela agiu pior que uma prostituta ao adulterar com as outras
nações e seus deuses: Mas confiaste na tua formosura, e te corrompeste
por causa da tua fama, e prostituías-te a todo o que passava, para seres
dele. (v15).
Por causa disso Deus castigou-a com a dispersão e rejeição: Então farão
subir contra ti uma multidão, e te apedrejarão, e te traspassarão com
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as suas espadas. E queimarão as tuas casas a fogo, e executarão juízos
contra ti aos olhos de muitas mulheres; e te farei cessar de ser meretriz,
e paga não darás mais. (v 40-41).
Todavia não seria definitivo e prometeu restauração: Contudo eu me
lembrarei da minha aliança, que fiz contigo nos dias da tua mocidade; e
estabelecerei contigo uma aliança eterna… Porque eu estabelecerei a
minha aliança contigo, e saberás que eu sou o SENHOR; Para que te
lembres disso, e te envergonhes, e nunca mais abras a tua boca, por
causa da tua vergonha, quando eu te expiar de tudo quanto fizeste, diz
o Senhor DEUS. (v 60, 62-63)
Aspectos Escatológicos
Com base nas disposições feitas até o momento, Israel deverá ser
reunido de sua dispersão, instalado em sua terra e sua posse restaurada,
será convertido como nação e ainda testemunhará o julgamento de seus
inimigos.
Essa sequência de acontecimentos geram uma expectativa escatológica,
uma vez que grande parte ainda não ocorreu em sua plenitude.
Sequência escatológica baseada na Aliança Palestina:
1) Israel seria tirada da terra por causa de sua infidelidade e
desobediência: E o SENHOR vos espalhará entre todos os povos, desde
uma extremidade da terra até à outra; (Deuteronômio 28:64)
2) Haverá um arrependimento futuro de Israel: E será que, sobrevindo-
te todas estas coisas … E te converteres ao SENHOR teu Deus, e deres
ouvidos à sua voz, conforme a tudo o que eu te ordeno hoje, tu e teus
filhos, com todo o teu coração, e com toda a tua alma, Então o SENHOR
teu Deus te fará voltar do teu cativeiro, e se compadecerá de ti, e tornará
a ajuntar-te dentre todas as nações entre as quais te espalhou o
SENHOR teu Deus. (Deuteronômio 30:1-3)
3) O Messias retornará: Mas sobre a casa de Davi, e sobre os habitantes
de Jerusalém, derramarei o Espírito de graça e de súplicas; e olharão
para mim, a quem traspassaram; e pranteá-lo-ão sobre ele, como quem
pranteia pelo filho unigênito; e chorarão amargamente por ele, como se
chora amargamente pelo primogênito. (Zacarias 12:10)
4) Israel será reintegrado à terra: E o SENHOR teu Deus te trará à terra
que teus pais possuíram, e a possuirás; e te fará bem, e te multiplicará
mais do que a teus pais. (Deuteronômio 30:5)
5) Israel será convertido como nação: Converter-te-ás, pois, e darás
ouvidos à voz do SENHOR; cumprirás todos os seus mandamentos que
hoje te ordeno (Deuteronômio 30:8)
6) Os inimigos de Israel serão julgados: E o SENHOR teu Deus porá
todas estas maldições sobre os teus inimigos, e sobre os teus odiadores,
que te perseguiram. (Deuteronômio 30:7)
7) Israel receberá benção completa: E o SENHOR teu Deus te fará
prosperar em toda a obra das tuas mãos, no fruto do teu ventre, e no
fruto dos teus animais, e no fruto da tua terra para o teu bem; porquanto
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o SENHOR tornará a alegrar-se em ti para te fazer bem, como se alegrou
em teus pais, (Deuteronômio 30:9)
Conclusão
A Aliança Palestina confirmou que Israel era o nome a ser dado à terra
entregue originalmente na Aliança Abraâmica.
Por ser uma Aliança Incondicional, a desobediência de Israel não
invalidou seu direito de posse sobre a terra; entretanto, a desobediência
interfere no proveito que poderia ter da terra.
A Aliança Palestina foi vista como sendo válida séculos depois (ver
Ezequiel 16:1-63) e continua sendo válida até hoje.
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SENHOR teu Deus as lança fora, de diante de ti, e para confirmar a
palavra que o SENHOR jurou a teus pais, Abraão, Isaque e Jacó.
(Deuteronômio 9:5)
Por causa disso veio o julgamento de Deus para esse povo e Israel foi o
instrumento para aplicar a justiça, da mesma forma, que anos depois,
Deus usou nações pagãs (Assíria e Babilônia) para julgar Israel.
Porque o SENHOR teu Deus te põe numa boa terra, terra de ribeiros de
águas, de fontes, e de mananciais, que saem dos vales e das
montanhas;
Terra de trigo e cevada, e de vides e figueiras, e romeiras; terra de
oliveiras, de azeite e mel.
Terra em que comerás o pão sem escassez, e nada te faltará nela; terra
cujas pedras são ferro, e de cujos montes tu cavarás o cobre.
(Deuteronômio 8:7-9)
Quando, pois, o SENHOR teu Deus te introduzir na terra que jurou a teus
pais, Abraão, Isaque e Jacó, que te daria, com grandes e boas cidades,
que tu não edificaste,
E casas cheias de todo o bem, que tu não encheste, e poços cavados,
que tu não cavaste, vinhas e olivais, que tu não plantaste, e comeres, e
te fartares. (Deuteronômio 6:10-11)
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o SENHOR à ira. Porquanto deixaram ao SENHOR, e serviram a Baal e a
Astarote. (Juízes 2:10,12-13).
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