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Plano de Aula: concei Regina Toshie Takahashi" Maria de Fatima Prado Fernandes* TAKAHASHI, P.7.; FERNANDES, M.EP. Plano de aula: conceitos © motodologia. Acta Ent., Sao Paulo, v. 17,1. 1, p. 114-8, 2004 RESUMO: Este trabalho teve por objetivo apresentar concepgoes metodolégicas para a elabo- ragao de um plano de aula, Discorre sobre: a estutura didatica, o toma, a duragao da aula, 03 objetivas, © contevido como componentes tt rogramatico, as estalégias © os recurs0s didaticos © as referéncias, \darmentais para viabilzar a sua aplicagao. Essa proposta faciita a ‘operacionalizagae do plano, expressando que a estrutura aqui sugorida representa uma estru- {ura minima, Abrange ainda um modelo de piano de aula Descritores: Educagdo em enfermagem Imétodes, Educago superior. Ensino. Planglamento. + Artigo recebido em 17/06/02 e aprovado em 19/12/02 INTRODUGAO Para desenvolver a fungao di- ditica o professor é responsdvel pelo planejamento, organizagio, diregio e avaliagio das atividades que com- poem o processo ensino-aprendiza- gem. Goergen (2000) afirma que professores nao sto formados; eles se formam no interior das comple- xas condigdes biopsiquicas de seus ideais, desejos, valores e dos dese- jos que the vém de fora, da priixis ou da teoria, Para aleangar uma nova dimensdo da compreensao do ensi- nar e aprender deve-se relacionar a racionalidade, a sensibilidade ea técnica, Neste contexto, Libaneo (1994) considera que a aula é a forma que predomina no processo do ensinar & aprender, onde se criam, se desen- volvem e se transformam as condi (Bes necessirias para que os alunos assimilem conhecimentos, habilida- des, atividades e conviegdes, desen~ volvendo assim, competéncias nos Ambitos profissional ¢ pessoal. Cada aula é uma situagao didati ca especifica c singular, onde objeti vos € conteiidos sio desenvolvidos ‘com métodos © modos de realizagao da instrugdo e do ensino, de maneira proporcionar aos alungs conheci- mentos e habilidades, expressos por meio da aplicaggo de uma metodologia compativel com a temética estudada Esta metodologia deve ser pau- tada primeiro, no proceso diditico do curso/ aula vinculada & teméti a ser abordada € seu contetido espe- cifico, nos objetivos a serem alcan- gados junto aos alunos ¢ nos recur- sos necessarios e disponiveis pa sua realizagdo. Dessa forma, para o professor responder as demandas relacionadas a0 aprendizado doaluno, deve integrar © conhecimento com os principios da Lei de Diretrizes ¢ Buses da Fducagio Nacional — LDB (BRASIL, 1996). (Cumprir a sua fungo educativa é um ato de construgdo continuo e no iso- lado, 0 percurso se faz junto aos alu- nos, sustentado a partir da abertura ‘para o novo, com flexibilidade e auto- rnomia para ambos os lados; valorizan- doo trabalho, a eiéncia, a tecnologia e respeitando & condigtio humana, * Professora Doutora do Departamento da Orientagao Profissional da Escola de Enfermagem da USP. E-nailstakana@usp.br 114 ACTI Paw Ent v.17 9.1 jantnar, 2004 ‘Visando a importancia de plane- jar todas essas etapas no processo ensino aprendizagem, este estudo teve por objetivo apresentar metodo- logicamente os elementos coneeituais eum plano de aula, facilitando a stia operacionalizagao, ELEMENTOS CONCEITUAIS DO PLANODE AULA Sio elementos conceituais do plano de aula: estrutura didética; tematica; objetivo; contetido progra- mitico; estratégias e recursos didi ticos; duragao ¢ referéncias. Estrutura diditiea Compreende organizar e dese- nhar a estrutura basica do plano de aula serdesenvolvido. Consiste em orientar para aagio, sendo que o pla no € uma estrutura de decisdes quan- to aos fins e meios, apresentando os objetivos e a metodologia, Para isso, o professor deve pla- nejar, coordenar, dirigir e avaliar to- das as atividades por meio de uma dimensio educacionai critica, pol a, étiea € social, que seja dindn © continua, ‘Tematica Otema da auta deve estar inseri- do no conteddo programético do curso e vinculado ao objetivo geral do mesmo. Deve refletir a realidade, podendo apresentar-se de forma abrangente ou especifica Odjetivo. Consisie na organizagio de con- tetidos orientando procedimentos ‘que circunscrever e antecipam pos- sfveis resultados. Apresenta também a fungio de facilitar a avaliagao diagn6stica do trabalho eonjunto do professor e dos alunos. Os objetivos devem ser formu- lados de forma clara, dos mais sim- complexos, de ples para os mai ACTIN, Paul. Ent. v.17. fanimar, 2004 maneira conereta e prética, manten- do seqiléncia légica ¢ assegurando a inter-relago entre os mesmos Os verbos devem ser escritos no infinitivo, serem passfveis de medi- ‘lo, com termos precisos evitando varias interpretagbes. Deve atender os diferentes niveis do dominio cognitivo (conhecimento, compreen- aplicagdo, andlise, sfntese © ava~ liacdo); afetivo, psico-motor & adaptativo-social, descrevendo os resultados educacionais posstveis de serem observaveis A validade, a precisio e o signi ficado dos objetivos estio vincula. dos ao contetido programitico, a0 periodo especifico de tempo dispo- nivel e prineipalmente ao preparo dos, alunos para aprendizagem. Do pon- to de vista de seu valor intrinseco deve apresentar, as seguintes carac- teristicas: relevaneia; realismo: congruéneia e compatibilidade. Contedido programético © conterido programitico deve estar subdividido em Apresentagio, Introdugio, Desenvolvimento do ‘Tema, Sintese e Avaliagio (APEN- DICE), Apresentagiio Significa omapeamento prelimi- nar do contetido selecionado que deve ser apresentaddo numa seqtiéncia de- terminada porém flexivel, de modo sistemitico; assegurando aefetivacto do conteido, do tempo e das ativida- des, Também, refere-se a preparagio dos alunos, provendo condigies fa- vordveis para o desenvolvimento do estudo; introduzindo o assunto © a colocagio diditica dos objetivos. Introdugao Deve oferecer suporte conceitual para a compreensiio do tema que sera desenvolvido durante a aula, relacio- nando os principais assuntos, con- ceitos basicos, fatos € excmplos, Pano de aula: conceits © metodoiogia terminologia, bem como técnicas especificas, propiciando ao aluno uma orientagiio sobre 0 que serd de- senvolvido durante a aula, tendo como premissa ser um espago que habilite oalunoa pensar sobre o tema. Desenvolvimento do tema Significa discorrer sobre 0 con- tetido especifico com abordagem tedrico/pratica que possibilita a conscientizagiio € a construcio do conhecimento, hem como oferecer ao aluno a condigdo de integrar 0 contetido coma realidade. Deve ain- da, possibilitar que haja a indissociabilidade entre 0 ensino, a pratica e a pesquisa de modo a ga rantir a qualidade da formagiio do alu- no, tornando-o um profissional paz de conduzir sua prépria forma- do conforme prevé a LDB. Sintese Conelui, ressaltando os pontos mais importantes que foram trabalha- dosem aul, fixando os principais con- ceitos e conteridos apresentados de formas diversas. Pode ainda, incluir reflexdes, indagagbes, discussdes, lei turas, exercicios, vivéneias ¢ novas orientagdes de cunho didético. Avaliagio A avaliagao da aula deve ser contextualizada de acordo com acon- cepefio de homem ¢ de mundo, po- dendo ocorrer em diferentes momen- toscom finalidades distintas. Pode ter © propésito de levantar nevessidades (avaliago diagnéstica), acompanhar © processo (avaliagaio formativa) & icar 0 produto (avaliagto somativa), que compiem a avaliagiio do proceso ensino aprendizagem € deve estar presente em todo 0 plane- jamento. Dias, Galiazzi e Thomaz (1996), lembram ainda, que ela pode serconcebida como problematizagio, questionamento € reflexiio sobre a gio, entre outras modalidades. veri 115 TAKAHASHI, ALT; FERNANDES, MEP. O enfoque de avaliagao exige uma variedade de téenicas e instru- mentos, dentre cles, consideramos a observacio e auto-avaliagio como de relevincia nesse processo. Para Melchior (1994), a auto-avaliagao é 0 ato de julgar © set, proprio desempenho nas atividades propostas. E a anilise do esforgo desprendico em rela- fo a sua capacidade, do resulta- do obtido em relagao ao que foi solicitado, Isso posto, a avaliagao permi- te a reflexio dos alunos, com di- reito a dirimir dividas e criar es- pagos para novas discussdes ¢ ela- boracdo de outros trabalhios. Des- se modo, entendemos que a avali- também € uma forma de es- tudo e revalidagao dos conheci- mentos adquiridos A comunicagao e a psico-peda- gogia dos recursos audiovisuais. sto de vital importancia no proceso en- sino aprendizagem, A comunicagio tem 0 papel de estabelecer ¢ susten- tar as relagdes de forma dindmica, aberta e sauddivel, abarcando e traba- Thando também, com consciéncia € conhecimento as limitag6es e 0s con- flitos que surgem no decorrer do pro- cesso. A psicopedagogia vem con- quistando novos espacos, sendo que © aluno € aquele que teflete e toma decisdes junto a0 professor, poxlen- do alterar a dindmica da busca pelo seu aprendizado (PARRA; PARRA, 1985). Isso significa que o professor na sua fungao pedagdgica deve res- peitar o aluno na absorgao, interpre- tacio, utilizagdo e operacionalizagio do seu conhecimento articulado com ‘a experiéncia do seu viver em todas as dreas da vida, mantendo o referencial do ensino e assegurando que 05 pressupostos que orientam 0 projeto pedagégico sejam ineorpo- rados & agio, 116 Por conseguinte, devem ser usa- das estratégias de ensino vinculadas a recursos audiovisuais. Essas fer- ramentas de ensino apresentam o propésito de mobilizar 0 aluno com o intuito de abrir possibilidades para © seu auto-desenvolvimento. Esses métodos e téenicas so utilizados conforme os abjetivos, os conteii- dos © 08 recursos disponiveis para 6 desenvolvimento da aula, sempre visando 0 crescimento cientifico € humano do aluno e do professor. Duragio Admitindo que os alunos se ex- pressam na ago, a duragdo da aula deve levar em conta a oportunida- des de escolhas oferecidas, respei- tando-se a singularidade do grupo. Compreende 0 tempo dispont- vel para o desenvolvimento de cada um dos itens do conteiido programético, dentro das possibili- dades ¢ condigies apresentadas. Referéncias A indicagio bibliogréficarefere-se ‘20 material utilizado para sustentar © ccontetido clesenvolvido em aula e aj dar aatingiros objetivos propostos. Tem, © intuito de fomecer um conjunto de informagdes atuatizadas, pertinentes € coerentes com a realidade, que visa complementar o aprendizado, MODELODEUM PLANODE AULA plano de aula aqui proposio inclui objetivos, cronograma e refe- réncias (APENDICE), CONSIDERAGOES FINAIS plano de aula apresenta sub- sidios para aplicagao de uma metodologia que integra 0 proceso de ensino, envolvendo o aluno de forma planejada e participativa; vi- sando uma educacao transfor- madora. Neste contexto, considera- mos a reflexdo essencial para levar © aluno a ampliar suas concepyoes sobre 0 seu objeto de estudo e a for- ‘magdo profissional a partir do mun- do em que vive. “Tendo em vista os aspectos apre- sentados neste estudo, os professores 20 utilizarem o plano de aula poderio obter maior confianga e donnfnio da tuagdo a ser desenvolvida, pois 0 sett saber fazer estard embasado na teoriae pritica, Esse recurso possiilita 20 ale no construir seu caminho com sensi bilidade percebendo novos valores, 0 que 0 ajudard a adquirir maior autono- miae competéncia, mediante um novo olhar, umn novo sentir, um novo pensar euma nova forma de fazer, que incor poram desejos, aspiragées, sentimen- tos, conflitos e comportamentos, Desse modo, 0 professor ao se direcionar a uma nova praxis, desen- volverd o planejamento rumo a uma prética pedagégica, contextualizado noaprender a Ser, possibilitando aber- tura e crescimento para os alunos. REFERENCIAS BRASIL, Ministério da Bdveagio ¢ Cul- ‘ura (MEC), Lei "9.394. 20 de dezembro de 1996, Fstahelece as diretrizes bases da ceducagiio nacional. Dirio Oficial, Brasilia, 23 de dea. 1996. Seed 1, p.27833-27841 DIAS, C. M. 8. GALIAZZI, M. Cs ‘THOMAZ, T. C.F. Significado da avalia- 80 no processo ensino aprendizagem. Educagio, v. 30, p. 117-134, 1996 GOERGEN, PL. Competéne' na edueagao do futuro: anotag formagiio ce professores. Nuance Revista do Curso de Pedagogia, v. 6, p-1-9, 2000, ias docentes sobre & LIBANEO, J.C. Didatica. Sao Paulo: Corter, 1994. MELCHIOR, MC. Avaliagio Pedagogi ca: fungio © necessidade, Porto Alegre: Mercado Aberto, 1994 PARRA N.; PARRA, LCC. Téeni audiovisuais de educagio, Pioneira, 1985, cas 10 Paulo: ACT pout ent «17 0 ormar 2008 TAKAHASHI, R.T; FERNANDES, MFP: [Lecturo plan: con- cepts and methdoiogy]. Acta Paul. Ent., S20 Paulo, v.17, 1, p. 1148, 2004 ABSTRACT: This study has as goal to present methodological ‘conceptions to develop in a lecture plan, This describes about the structure, the theme of the lecture and the references as {fundamentals components to the practice. This purpose aids the plan operacionalization showing that the suggested structure Foprosents the minimal structure, Includes also a model of the lecture plan. Descriptors: Education, nursing /methods. Education, higher. Teaching, Planning. ACTIS ul Ent v 17 9. 4 jnvmar, 2008 ‘Pano oe aula: concatos @ meteaotegaa TAKAHASHI, A.1.; FERNANDES, MEP. {Plan de clase: con-

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