que endossa o título de crédito (endossante) é quem tem o crédito, ou seja, o tomador e, por força desse ato, transfere seu crédito ao endossatário. É a declaração formal, literal, unilateral, facultativa, acessória, incondicional e integral (...) pela qual se transfere o título e, em consequência, os direitos nele incorporados. (Theóphilo de Azevedo Santos).
Pressuposto do endosso: cláusula à ordem (condição
para que se transfira o título). Endossante: aquele que transfere os direitos do título. Endossatário: aquele que recebe o título. Obs. Há transferência de titularidade (LUG, art. 14) e vincula o endossante ao pagamento da letra (LUG, art. 15). Efeitos: transferência e obrigação. Serve para limitar a sua responsabilidade, não necessariamente quanto ao valor, mas sim em face das pessoas a quem ele garante o pagamento. Assim, ele não garante as pessoas a quem o título for posteriormente endossado. Art. 15 - O endossante, salvo cláusula em contrário, é garante tanto da aceitação como do pagamento da letra. O endossante pode proibir um novo endosso, e, neste caso, não garante o pagamento as pessoas a quem a letra for posteriormente endossada. Endosso em branco: o endossante não identifica o endossatário, passando-se ao portador. Endosso em preto: o endossante, ao transferir o título, identifica a figura do endossatário. Art. 19. Todos os títulos, valores mobiliários e cambiais serão emitidos sempre sob a forma nominativa, sendo transmissíveis somente por endosso em preto. Relativização: STJ, REsp 204.595. CHEQUE. ENDOSSO EM BRANCO. ARGÜIÇÃO DE NULIDADE DO TÍTULO E DE ILEGITIMIDADE DO CREDOR. EXIGÊNCIA LEGAL DE QUE O BENEFICIÁRIO SEJA IDENTIFICADO. LEIS NºS 8.021, DE 12.04.90, E 8.088, DE 31.10.90. - Satisfeito pelo credor o requisito da identificação para fins de controle fiscal, não há falar em nulidade do título ou ilegitimidade de parte. Recurso especial não conhecido. (REsp 204.595/GO, Rel. Ministro BARROS MONTEIRO, QUARTA TURMA, julgado em 25/04/2000, DJ 16/10/2000, p. 314) Obs. 1. O endosso é feito com a simples assinatura do credor lançado no seu verso, podendo ser feita sob a expressão: “Pague-se a Fulano (endosso em preto) ou simplesmente “Pague-se” (endosso em branco)”. Obs. 2. Pode ser feito no anverso do título, sendo necessária, portanto, a identificação de que aquilo é endosso. Endosso-mandato: o credor do título transfere legitimamente a posse do título a um terceiro, não transferindo, todavia, a titularidade do crédito, fazendo deste último mero procurador do primeiro. Configura-se com o lançamento da expressão “valor a cobrar” ou “por procuração”. Possui todos os direitos emergentes da letra, mas endossa apenas como procurador. Endosso-caução (em garantia ou em penhor): espécie de endosso por meio do qual o endossante transfere ao endossatário a letra apenas como forma de garantir uma outra obrigação. Endosso-posterior: é aquele feito após o protesto por falta de pagamento, produzindo efeito de cessão de crédito. ENDOSSO: CESSÃO CIVIL: Forma: somente feito no Forma: pode ser feita em próprio título. instrumento apartado. Direitos: endossante Direitos: o cedente só responde tanto pela responde pela existência existência do crédito e não pelo quanto pelo seu adimplemento. Não é adimplemento. coobrigado. Vigora o princípio da Não vigora o princípio, inoponibilidade das exceções ao terceiro de sendo possível trazer boa-fé. exceções pessoais. Ler os artigos 11 a 20 do Anexo I da Lei Uniforme de Genebra. Ler o artigo 8º do Decreto 2.044/1908. Ler o artigo 893 do Código Civil. Obs. Cessão de crédito: artigos 286/298, CC. Conceito: É o ato cambial através do qual uma pessoa, chamada avalista, garante o pagamento de um título de crédito em favor do devedor principal ou coobrigado, chamado avalizado. Art. 30, LUG - O pagamento de uma letra pode ser no todo ou em parte garantido por aval. São obrigações autônomas, não podendo opor-se ao pagamento através de matéria relativa ao título que lhe seja estranha. Rubens Requião: obrigação formal, autônoma e independente, bastando a simples assinatura. Fábio Ulhoa Coelho: o aval é o ato cambiário pelo qual uma pessoa (avalista) se compromete a pagar título de crédito, nas mesmas condições que um devedor desse título (avalizado). O aval deve indicar o avalizado, caso contrário, entende-se que o sacador é quem está garantido por avalista. Art. 31, LUG: O aval é escrito na própria letra ou numa folha anexa. Exprime-se pelas palavras "bom para aval" ou por qualquer fórmula equivalente; e assinado pelo dador do aval. Em regra, o aval não necessita de autorização do cônjuge. Porém, a partir do CC/2002, tal situação mostrou-se indispensável. O art. 1.647, III, determina a sua autorização para se prestar fiança ou aval, salvo no regime de separação total. Por conta disso, há divergência doutrinária e jurisprudencial. Parte entende que se protege o patrimônio do cônjuge que não anuiu. Outra parte entende que a invalidade é total. A decisão mais recente do STJ relativiza a questão. DIREITO CAMBIÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. REVELIA. EFEITOS RELATIVOS. AVAL. NECESSIDADE DE OUTORGA UXÓRIA OU MARITAL. DISPOSIÇÃO RESTRITA AOS TÍTULOS DE CRÉDITO INOMINADOS OU ATÍPICOS. ART. 1.647, III, DO CC/2002. INTERPRETAÇÃO QUE DEMANDA OBSERVÂNCIA À RESSALVA EXPRESSA DO ART. 903 DO CC E AO DISPOSTO NA LUG ACERCA DO AVAL. REVISÃO DO ENTENDIMENTO DO COLEGIADO. COGITAÇÃO DE APLICAÇÃO DA REGRA NOVA PARA AVAL DADO ANTES DA VIGÊNCIA DO NOVO CC. MANIFESTA INVIABILIDADE. (...) 2. Diversamente do contrato acessório de fiança, o aval é ato cambiário unilateral, que propicia a salutar circulação do crédito, ao instituir, dentro da celeridade necessária às operações a envolver títulos de crédito, obrigação autônoma ao avalista, em benefício da negociabilidade da cártula. Por isso, o aval "considera-se como resultante da simples assinatura" do avalista no anverso do título (art. 31 da LUG), devendo corresponder a ato incondicional, não podendo sua eficácia ficar subordinada a evento futuro e incerto, porque dificultaria a circulação do título de crédito, que é a sua função precípua. 3. É imprescindível proceder-se à interpretação sistemática para a correta compreensão do art. 1.647, III, do CC/2002, de modo a harmonizar os dispositivos do Diploma civilista. Nesse passo, coerente com o espírito do Código Civil, em se tratando da disciplina dos títulos de crédito, o art. 903 estabelece que "salvo disposição diversa em lei especial, regem-se os títulos de crédito pelo disposto neste Código". 4. No tocante aos títulos de crédito nominados, o Código Civil deve ter uma aplicação apenas subsidiária, respeitando-se as disposições especiais, pois o objetivo básico da regulamentação dos títulos de crédito, no novel Diploma civilista, foi permitir a criação dos denominados títulos atípicos ou inominados, com a preocupação constante de diferençar os títulos atípicos dos títulos de crédito tradicionais, dando aos primeiros menos vantagens. 5. A necessidade de outorga conjugal para o aval em títulos inominados - de livre criação - tem razão de ser no fato de que alguns deles não asseguram nem mesmo direitos creditícios, a par de que a possibilidade de circulação é, evidentemente, deveras mitigada. A negociabilidade dos títulos de crédito é decorrência do regime jurídico-cambial, que estabelece regras que dão à pessoa para quem o crédito é transferido maiores garantias do que as do regime civil. 6. As normas das leis especiais que regem os títulos de crédito nominados, v.g., letra de câmbio, nota promissória, cheque, duplicata, cédulas e notas de crédito, continuam vigentes e se aplicam quando dispuserem diversamente do Código Civil de 2002, por força do art. 903 do Diploma civilista. Com efeito, com o advento do Diploma civilista, passou a existir uma dualidade de regramento legal: os títulos de crédito típicos ou nominados continuam a ser disciplinados pelas leis especiais de regência, enquanto os títulos atípicos ou inominados subordinam-se às normas do novo Código, desde que se enquadrem na definição de título de crédito constante no art. 887 do Código Civil. 7. Recurso especial não provido. (REsp 1633399/SP, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 10/11/2016, DJe 01/12/2016). Aval em preto: indica o avalizado. Aval em branco: não indica, considera-se em favor do sacador. Aval total: garante o pagamento integral (art. 30, LUG). Aval parcial: garantia de apenas parte do título (art. 30, LUG). Obs., art. 897, parágrafo único, CC ( para os títulos inominados). Aval simultâneo: o devedor tem sua obrigação garantida simultaneamente por mais de um avalista. Aval sucessivo: um avalista garante a obrigação de pagar assumida por outrem e sua própria obrigação é também avalizada por um avalista. Autonomia: situação em que o avalista não pode valer-se das exceções pessoais do avalizado. Solidariedade: o avalista é responsável da mesma maneira que a pessoa avalizada. Direito do avalista: regresso apenas em relação ao avalizado e seus responsáveis, mas não contra todos os presentes no título. Sendo uma garantia pessoal, mas não personalíssima, ela se transfere aos herdeiros (CC., art. 1.792). STJ, REsp. 260.004/SP, 3ª Turma, rel. Min. Castro Filho, j. 28/11/2006. Aval: Fiança: Garantia cambial. Garantia civil. Pelos efeitos cambias, o ato é É o ato de garantia de efeitos feito na própria cambial ou não cambiais, podendo ser documento alongado. feito em contrato ou em A obrigação do fiador é documento apartado. acessória em relação ao A obrigação do fiador é afiançado. Em decorrência disso, acessória em relação ao a lei estipula o denominado afiançado. Em decorrência benefício de ordem. disso, a lei estipula o A obrigação é autônoma em denominado benefício de relação ao devedor. Assim, não ordem. se pode usar o benefício de O fiador pode opor exceções ordem. pessoais do afiançado O avalista não pode opor exceções pessoais do avalizado. Arts. 30/32 do Anexo I da Lei Uniforme de Genebra. Arts. 14/15 do Decreto 2.044/1908. Arts. 897/900, Código Civil. Luiz Emygdio da Rosa Júnior: vencimento é o momento em que a soma cambiária pode ser exigida pelo portador do título de crédito. Serve para permitir o ajuizamento das ações executivas. Serve também como o termo inicial para a contagem do prazo prescricional. Termo inicial dos juros de mora. Vencimento ordinário: decurso do tempo ou pela apresentação da letra à vista. Vencimento extraordinário: falta ou recusa de aceite e/ou falência do aceitante. Assim, não existe o vencimento condicional ou impreciso. Deve ser sempre certo pelas modalidades existentes. Prazo fixado em mês ou meses opera-se no mesmo dia do aceite, só que se no mês do pagamento não existir o dia correspondente, como p. ex. 31 de abril, vence no dia anterior 30 de abril. Meio mês significa o lapso de 15 (quinze) dias. Início, meados ou fim do mês (1, 15 e último dia do mês). Regra: art. 36, LUG. À vista: o vencimento ocorre na apresentação, que deverá ser feita no prazo de até 1 (um) ano após o saque. A dia certo: o vencimento ocorre na data indicada (ex. 06/04/2016). A tempo certo da data: o sacador fixa um prazo a ser contado da data de emissão (ex. 60 dias a contar desta data). A tempo certo da vista: ocorre em certo tempo contado a partir da data do aceite (ex. 60 dias do aceite). Arts. 33/37 do Anexo I da LUG. Arts. 17/19 do Decreto 2.044/1908. Arts. 901/902 do Código Civil. Marlon Tomazette: chegado o vencimento, a princípio, deve ocorrer pagamento da obrigação, isto é, deveria ser cumprida a ordem que foi dada na letra de câmbio, aqui entendida como a entrega do dinheiro. Tal ato representa a forma normal de extinção das obrigações assumidas em um título de crédito. Pagamento extintivo: é aquele feito pelo devedor principal do título. Ex. aceitante, sacador de letra não aceita ou emitente da nota promissória. Efeitos: extinção pura e simples da obrigação. Pagamento recuperatório: é o pagamento feito pelos devedores indiretos (coobrigados). Efeitos: garante o direito de regresso e não extingue o título que será utilizado para a cobrança em relação ao principal. O pagamento deverá ser efetuado contra a apresentação do título. Quem apresenta? O portador (art. 38, LUG), quem tem o nome no título ou o último endossatário. A quem apresentar? Ao sacado aceitante ou ao sacador pelo não aceite. Nos títulos à vista, a apresentação deverá ocorrer em até um ano contado da emissão do título. Nos demais vencimentos, a apresentação deverá ser no próprio dia de vencimento ou ainda nos dois dias seguintes, conforme art. 38, LUG. Obs. Divergência doutrinária: a maioria entende que vale a regra do art. 20 do Dec. 2044/1908. Pela literalidade, o pagamento deverá abranger o que estiver escrito na cártula. Qualquer outro valor, como encargos, deverá estar expressamente previsto no título. Não precisam de previsão: juros moratórios (12% ao ano), conforme art. 406, CC, c/c 161, § 1º, CTN; correção monetária (atualização do valor). Obs. Ambos são exigidos após o vencimento e não pago o título. Antecipado: o devedor pode antecipar, mas o credor não é obrigado a receber. Se aquele o fizer, é por sua conta o risco (art. 40, LUG). Serve como forma de proteger o beneficiário que perdeu o título. Parcial: o portador não pode recusar (art. 39, 2, LUG). Se recusar, ele perde o direito contra os coobrigados indiretos em relação à quantia oferecida. Transação. Compensação. Novação. Confusão. Dação. Remissão. Obs. Art. 388, CC. Ler os arts. 38/42 do Anexo I da LUG. Ler os arts. 20/27 do Decreto 2.044/1908. Ler art. 902 do Código Civil. Conceito: é o ato pelo qual se comprova que o portador apresentou o título a aceite ou a pagamento e que nem uma nem outra providência foi tomada. Função: atestar a recusa do aceite ou o não pagamento do título. Conceito legal: Lei 9492/97 - Art. 1º Protesto é o ato formal e solene pelo qual se prova a inadimplência e o descumprimento de obrigação originada em títulos e outros documentos de dívida. Fábio Ulhoa Coelho: é o ato praticado pelo credor, perante o competente cartório, para fins de incorporar ao título de crédito a prova de fato relevante para as relações cambiais. José Maria Whitaker: é o ato oficial pelo qual se prova a não realização da promessa contida na letra. Por falta ou recusa de aceite. Por falta de data de aceite. Por falta ou recusa de pagamento. Por falta de devolução do título entregue para aceite. Regras: art. 21 da Lei 9.492/97. Faz com que recaiam fundadas dúvidas sobre a saúde financeira do devedor, tratando-se de poderoso instrumento de cobrança. Tem a função de conservar o direito de regresso contra os coobrigados e garante o vencimento antecipado da letra não aceita (LUG, arts. 44 e 53) é o chamado protesto necessário ou obrigatório. Protesto por falta de aceite: cobrança antecipada dos devedores indiretos (sacador, endossantes e respectivos avalistas). Protesto por falta de pagamento: responsabilidades dos devedores indiretos, se o sacado não pagar. Interrompe o prazo prescricional para a cobrança do título (CC, art. 202, III). O protesto dentro do prazo permite alcançar a figura dos devedores indiretos. Procedimento: apresentar no cartório do local indicado para aceite ou pagamento. Pedido: precisa haver provocação do portador junto ao cartório competente (se houver um cartório, direto neste; se houver mais de um, há prévia distribuição – art. 7º, Lei 9.492/97). Intimação: dos responsáveis pelo pagamento através de forma livre (art. 14, § 1º). Lavratura: se vencido o prazo para pagamento (a lei não prevê, mas o protesto deve ser registrado em até 03 dias do protocolo) e este não for efetivado, lavra-se em livro próprio e elabora-se o documento de protesto, com entrega ao apresentante. Quando houver no título cláusula “sem protesto” ou “sem despesas”. Produz efeitos perante todos os que figurarem na letra, tais como sacador, endossante e avalista, exercendo os direitos de ação independente de protesto. Quando o título não possuir coobrigados, mas apenas o devedor principal. Ex. Nota promissória sem avalista. Regra: art. 46, LUG. Caso não seja feito o protesto por falta de aceite ou de pagamento dentro do prazo legal perde-se o direito de cobrança em relação aos coobrigados, podendo-se cobrar a dívida apenas de seu devedor principal. Assim, o protesto é uma segurança para o portador ao permitir o alcance de responsabilidade de todos os coobrigados. Lugar: o protesto deve ser tirado no lugar indicado na letra para o aceite ou para o pagamento, na ausência de indicação, considera-se o lugar indicado ao lado do nome do sacado. Prazos: primeiro dia útil seguinte à recusa do aceite, ou dia seguinte ao transcurso do chamado prazo de respiro. Medida judicial cabível para evitar os efeitos fáticos do protesto em relação ao devedor. Dentro do sistema judicial, o devedor terá que apontar a relevância do direito e o perigo fático, caso mantido o protesto. Obs. Não se admite a sustação do protesto necessário (cambial sem aceite), pois assim haveria o impedimento do credor exercer os seus direitos. Art. 19. O pagamento do título ou do documento de dívida apresentado para protesto será feito diretamente no Tabelionato competente, no valor igual ao declarado pelo apresentante, acrescido dos emolumentos e demais despesas. § 1º Não poderá ser recusado pagamento oferecido dentro do prazo legal, desde que feito no Tabelionato de Protesto competente e no horário de funcionamento dos serviços. § 2º No ato do pagamento, o Tabelionato de Protesto dará a respectiva quitação, e o valor devido será colocado à disposição do apresentante no primeiro dia útil subseqüente ao do recebimento. § 3º Quando for adotado sistema de recebimento do pagamento por meio de cheque, ainda que de emissão de estabelecimento bancário, a quitação dada pelo Tabelionato fica condicionada à efetiva quitação. § 4º Quando do pagamento no Tabelionato ainda subsistirem parcelas vincendas, será dada quitação da parcela paga em apartado, devolvendo-se o original ao apresentante. Art. 26. O cancelamento do registro do protesto será solicitado diretamente no Tabelionato de Protesto de Títulos, por qualquer interessado, mediante apresentação do documento protestado, cuja cópia ficará arquivada. § 1º Na impossibilidade de apresentação do original do título ou documento de dívida protestado, será exigida a declaração de anuência, com identificação e firma reconhecida, daquele que figurou no registro de protesto como credor, originário ou por endosso translativo. § 2º Na hipótese de protesto em que tenha figurado apresentante por endosso-mandato, será suficiente a declaração de anuência passada pelo credor endossante. § 3º O cancelamento do registro do protesto, se fundado em outro motivo que não no pagamento do título ou documento de dívida, será efetivado por determinação judicial, pagos os emolumentos devidos ao Tabelião. § 4º Quando a extinção da obrigação decorrer de processo judicial, o cancelamento do registro do protesto poderá ser solicitado com a apresentação da certidão expedida pelo Juízo processante, com menção do trânsito em julgado, que substituirá o título ou o documento de dívida protestado. § 5º O cancelamento do registro do protesto será feito pelo Tabelião titular, por seus Substitutos ou por Escrevente autorizado. § 6º Quando o protesto lavrado for registrado sob forma de microfilme ou gravação eletrônica, o termo do cancelamento será lançado em documento apartado, que será arquivado juntamente com os documentos que instruíram o pedido, e anotado no índice respectivo. Ação cambial: meio processual adequado para o recebimento do crédito. Contra o aceitante e seu avalista: 03 anos a contar do vencimento. Contra os endossantes e seus avalistas e contra o sacador: 01 ano a contar do protesto. Dos endossantes uns contra os outros e contra o sacador: 06 meses a contar do dia em que o endossante pagou a letra ou que ele próprio foi acionado.