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Métodos Psicológicos

Problema, Hipóteses, Variáveis


Licenciatura em Psicologia
Prof. Doutora Joana Oliveira
Ano letivo 2017-2018
Problema, Hipóteses, Variáveis

₰ Definição de um Problema
₰ Passos na Definição de um Problema
₰ Revisão Bibliográfica
₰ Formulação de Hipóteses
₰ Classificação das Hipóteses
₰ Aceitação e Rejeição Estatística das Hipóteses
₰ Identificação das Variáveis
₰ Estatuto das variáveis na investigação
₰ Parâmetros de medida das variáveis
₰ Natureza de medida das variáveis
₰ Escalas de medida das variáveis
₰ As variáveis no quadro dos modelos de investigação
Problema, Hipóteses, Variáveis
1. Definição de um Problema
-prévia à construção de um modelo pretensamente explicativo.

Definição das hipóteses

Inclui
Operacionalização das variáveis a considerar
Fases da definição de um problema:
Fases Caracterização Estratégias

1. Definição do -Identificar e descrever -Conhecimento da teoria existente


problema -Estabelecer relações -Observação directa
-Apreciar pertinência -Conhecimento de investigações anteriores
-Precisar o objectivo -Conhecimento de problemas anteriores
2. Revisão - Situar o problema - Recurso a debates, a especialistas e a
Bibliográfica - Consultar bases de dados sínteses temáticas
- Precisar a metodologia

3. Formulação - Definir as hipóteses -Formular possíveis explicações para os


das Hipóteses experimental, nula e dados que se venham a obter, que serão
alternativa testadas

4. Definição das -Identificar as unidades a -Especificar relações, influências e o seu


Variáveis observar e a controlar sentido
-Definir os papéis das -Controlar
variáveis -Indicar as escalas de medida a usar por
-Precisar a medida das variável
variáveis
1.1. Passos na definição do problema:
Formula-se sob a forma de: Questão – investigação voltada para a
compreensão ou explicação de um fenómeno – ou como uma
Resposta – decisão sobre as propriedades de um tratamento ou
metodologia, ou da situação que se deseja alterar.
“É preferível de longe uma resposta aproximada à pergunta certa
que, por vezes é vaga, do que uma resposta exacta à pergunta
errada, que pode tornar-se para sempre precisa” (Tukey, 1962)

Passos na definição do problema da investigação:

Identificar Descrever Relacionar


A) Identificar, descrever e relacionar o
problema:
Teoria existente que se toma como referência – orienta, sugere relações
e previsões.
Observação directa dos comportamentos – verificação ou não da
regularidade e estabilidade

Problemas práticos que se gostariam de resolver num dado contexto –


“problem oriented research” movida pela resolução de problemas
concretos e particulares.

Propostas decorrentes de investigações anteriores – aspectos ainda não


devidamente esclarecidos e potencialmente interessantes.
B) Avaliar a qualidade e pertinência do problema:
O problema deve:

• ser concreto e real – não circunscrito a ideias vagas.

• reunir condições para ser estudado e operacionalizado através de


uma hipótese científica.
• ser relevante para a teoria e prática.

• ser formulado de forma clara e perceptível para outros investigadores.


Definição do problema através Definição do problema
de um Raciocínio Indutivo: através de um Raciocínio
(específico –geral) Dedutivo: (geral-específico)

são observados vários parte-se de ideias gerais e


fenómenos singulares e, a partir abstractas de modo a extrair
deles procura-se chegar a algo dados particulares e
que os unifique. específicos.

A investigação científica tende a ser dirigida por uma teoria, mesmo que
provisória. Teorias existentes – formulação de hipóteses – planeamento
metodológico.
1.2. Revisão Bibliográfica
Reunir e analisar o que já se conhece sobre o assunto, útil para definir o
referencial teórico da investigação em causa:

• conhecimento do estado de conhecimentos do domínio


seleccionado

• importância em se conhecerem as as teorias existentes

• conhecimento da metodologia de investigação mais


frequentemente usada

• conhecimento de questões deixadas em aberto por


outros investigadores
2. Formulação de Hipóteses
• explicação ou solução mais plausível de um
HIPÓTESE problema,
• proposição testável que pode vir a ser solução do
problema.

Princípios:
• testáveis – implica operacionalização
• enquadrar-se em hipóteses existentes na mesma área
• justificáveis
• relevantes para o problema em estudo
• obedecer a princípios de clareza lógica e parcimónia
• susceptíveis de quantificação
• reunir generalidade explicativa
Dedutivas
Processo de formulação
Indutivas

2.1. Classificação
das Hipóteses
Conceptuais

Nível de concretização Operativas Hip. Nula

Estatísticas Enunciação

Hip.
Alternativa
Cap. 2
decorrem de determinado campo teórico e
Dedutivas
procuram comprovar deduções implícitas das
Processo de formulação mesmas teorias.

quando surgem da observação ou de reflexões


Indutivas
sobre a realidade.

estabelecem uma relação entre variáveis ou


Conceptuais
entre uma ou mais teorias.

quando indicam as operações necessárias


Nível de concretização Operativas
para a sua observação.

quando expressam a relação esperada em


Estatísticas
termos quantitativos.
Hipótese Nula : os dados provenientes de diferentes condições ou
grupos não se diferenciam, não se associam ou não se
correlacionam significativamente do ponto de vista estatístico;
as diferenças ou relações não são maiores do que
aquelas que poderíamos observar devidas ao acaso.

O objectivo do investigador é o de rejeitar a verificação da


Hipótese Nula.

Hipótese Alternativa: explicação alternativa para o fenómeno.

Recusa da H. Nula  Verificação imediata da H. Experimental


Cuidados na formulação de hipóteses:

• As variáveis, relações e condições devem ser passíveis de avaliação.

• A relação estabelecida não deve aparecer imbuída de juízos de valor.

• Deve deixar em aberto ou fixar de imediato um determinado sentido


para a relação entre variáveis ou diferenças entre grupos.

(Análise unicaudal ou bicaudal na significância estatística de um


coeficiente).
22. Aceitação e Rejeição das Hipóteses:

Teste de hipóteses

confirmar ou infirmar, a partir de uma certa margem de


probabilidade de certeza, a aceitabilidade de uma hipótese
nula fixada.

A aceitação de Ho não prova que ela seja verdadeira

A recusa de Ho é determinada estatisticamente.


Erros:

Erro de tipo I – a probabilidade de rejeitar Ho quando ela é verdadeira, i.e.,


quando devia ser aceite.

A probabilidade do Erro tipo I consiste no


Nível de Significância Estatística (alfa)

Erro tipo II – probabilidade de aceitar Ho quando ela é falsa, i.e., quando


devia ser recusada.

Diminuindo a probabilidade de erro tipo I, pode-se incorrer no erro tipo II.


Nível de significância e grau de probabilidade:
À maior significância corresponde a menor grau de probabilidade e
vice-versa.

Potência: Probabilidade de recusar Ho, sendo ela falsa. É o contrário do


erro tipo II.

Sentido esperado dos valores calculados:


Quando comparamos 2 grupos e aceitamos H1, temos de nos
questionar quanto ao sentido que queremos assumir em tais
diferenças:
Unidireccional ou Unilateral – recorre-se a teste estatístico unicaudal
Bidireccional ou Bilateral - recorre-se a teste estatístico bicaudal
3. Definição das Variáveis:

Modelo experimental – variável é o factor determinante ou interveniente,


ou determinado.
Modelo correlacional – variável consiste nas dimensões do
comportamento a observar, ou nos construtos subjacentes

Variáveis e Construtos:

os construtos são entidades abstractas, as variáveis são a realidade


observável. Por este facto as variáveis podem assumir-se como os
indicadores dos construtos.
“Processo de Operacionalização das dimensões subjacentes aos
comportamentos em estudo”.

Fases:
1) enunciação da variável a considerar.

2) dedução dos aspectos que melhor descrevem a variável.

3) busca dos indicadores ou circunstâncias empíricas que


operacionalizam cada uma das dimensões identificadas.

4) construção de índices a tomar na sua medida.


3.1. Estatuto das variáveis na investigação:

1. Variável Independente Activa – efectivamente manipulável ou


(experimental ou de manipulada no estudo
tratamento)
Atributiva (ou natural)
dimensão ou característica (Em estudos correlacionais é
que o investigador manipula denominada de variável “preditora”) –
deliberadamente para quando considera apenas as
conhecer o seu impacto numa características “naturais” dos sujeitos,
outra variável – a v.d. grupos ou contextos considerados.
3.1. Estatuto das variáveis na investigação:

2. Variável Dependente característica que aparece ou muda


quando o investigador aplica,
(em estudos correlacionais,
suprime ou modifica a V.I.
“variável critério”)

3. Variáveis associadas à v-i-, alheias ao estudo,


Parasita: afectam os resultados da v.d.
Controlo das variáveis parasita:

1) Identificação – reconhecimento e individualização


2) Eliminação
3) Constância das condições da experiência
4) Balanceamento – partição equitativa das variáveis pelas
condições em estudo.
5) Contrabalanceamento dos sujeitos nas várias condições
– os sujeitos passam por todas as condições, salvaguardando o
efeito de ordem para eliminar o efeito de treino e fadiga
6) Aleatorização dos grupos de sujeitos nas várias
condições.
7) Utilização de grupo homogéneo
3.3. Natureza de medida das variáveis:
Descontínuas - mutuamente
exclusivas
Dicotómicas
Dicotomizadas ou planificadas
Qualitativas ou dicotomicamente - obtidas pela
Tipológicas divisão dos dados em 2 grupos
Politómicas

Discretas - apenas podem tomar valores inteiros

Quantitativas Contínuas - podem tomar qualquer valor


inteiro ou fraccionário dentro de um
continuum
3.4. Escalas de Medida das Variáveis:

1.nominais 2.ordinais 3.intervalares 4.proporcionais

Dificuldades de medida das Variáveis:


1. Definição de algumas variáveis
2. Construção de instrumentos precisos e seguros
3. Separação e isolamento das variáveis e menor constância no tempo
e no espaço.
Propriedades dos números usados na descrição
operacional das variáveis:
1. Identidade: um número é diferente do outro.

2. Magnitude: um número é maior do que outro.

3. Aditividade: um número mantém, em relação a outro, um intervalo


constante, o que permite a sua aditividade.

4. Proporcionalidade: um número é multiplicativo por outro, em face


da existência no sistema de um zero absoluto ou verdadeiro ponto
zero
Tipo de Escalas de Medida:
1. Escalas Nominais:

- Meramente classificativas.
- Permitem descrever variáveis, designar os sujeitos, mas sem
recurso a quantificação.
- Os números usados justificam-se pela maior facilidade da sua
compreensão, não traduzem grandezas ou quantidades, permitem
apenas identificar grupos e sujeitos com base nas suas
características de pertença.
- Geralmente são usadas para enumerar, descrever e contar sujeitos
por subgrupos dentro de uma amostra.
2. Escalas Ordinais:

- os indivíduos ou observações distribuem-se segundo uma certa


ordem (crescente ou decrescente), permitem já estabelecer
diferenciações.
- É possível comparar sujeitos, tomando a respectiva ordem. Esta
assegura uma comparação de posicionamento e nunca de unidade
de escala de medida.
- São escalas sem valores absolutos, as diferenças entre os pontos
ou níveis não são iguais (as classes e os espaços entre elas não são
quantitativamente equivalentes).
3. Escalas Intervalares:
- A diferenciação dos indivíduos ou das observações assume um
valor quantitativo constante.
- Ausência de um verdadeiro “ponto zero”
- Escalas com unidades iguais de medida, indicando quanto
determinada característica está presente ou ausente.
- Os resultados dos indivíduos são passíveis de conversões
lineares.

4. Escalas Proporcionais ou de Razão:


- Existe um verdadeiro “ponto zero”
- “Pontos zero” difíceis de fixar em Psicologia
Dificuldades na aplicação do Método
experimental
1. Definição e delimitação das variáveis a considerar:
- variáveis complexas, dinâmicas, interdependentes.
- difícil objectividade e controlo.
- natureza fenomenológica - induz modelo mais
Interpretativo-Qualitativo.
2. Reservas à medida e quantificação da Psicologia:
- ausência de “zeros absolutos”
3. Impossibilidade de replicação dos fenómenos.
Bibliografia
Almeida, L., & Freire, T. (2008).
Metodologia da investigação em
psicologia e educação (5ª Ed). Braga:
Psiquilíbrios Edições.

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