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CAPITULO 11 Seccionadores Caio Fernandes Lopes Oscar Kastrup Filho Os autores agradecem a participagao no capitulo dos Srs Luz Pierry Barreiros, Manoel Cavalcante Filho, Caué Pessotta, Paulo Paiva Jiniore Alexandre Cardoso, PAD Ange Toese -BrosnerteFratec = Und 1. OBJETIVO Apresentar as caracterfsticas bésicas dos seccionadores indicando principalmente as normas técnicas, definigdes, classificagdes, tipos construtivos, ensaios e especifica Palavras-chave: seccionadores, seccionadores de aterramento, seccionadores de operacao em carga, abertura pantogréfica, comissionamento, manutengao, seguranca operacional, 2. INTRODUCAO, Umna das principais fungdes do seccionador de alta tensao ¢ garantir uma distancia segura de isolamento apés a abertura do equipamento de bloqueio da corrente principal, geralmente um disjuntor, propiciando que equipamentos ou linhas de transmissao, por exemplo, possam ser seguramente isolados. Os disjuntores, por sis6, nao sao capazes de oferecer esta garantia, devido & pequena distancia de isolamento entre os contatos apés a abertura. Do ponto de vista ainda dielétrico,o seccionador deve ainda garantir a perfeita coordenacao de isolamento para terra e entre contatos abertos (open-gap). Dessa forma, ainda que em condigdes extremas, se uma disrup¢do for inevitavel, esta deverd ocorrer para terra, e nunca no gap. Além das solicitacdes dielétricas, como tensdo suportavel & frequéncia industrial (no caso do Brasil, 60Hz), impulsos atmosféricos e de manobra, 0 equipamento também deveré ser capaz de operar normalmente sob corrente nominal ¢ suportar os esforgos dinamicos e térmicos de curto-circuito do sistema. Outros fatores que devem ser levados em conta sao esforcos de vento, de terminais e, em determinadas reas, esforgos sismicos ¢ capacidade de operagao sob acumulagao de neve ou gelo nas areas de condugao de corrente elétrica, Este capitulo destacard os seccionadores mais utilizados nas redes elétricas de alta tensdo: seccionadores (manobra em vazio) e cha- ves de aterramento. 3. NORMAS TECNICAS Antes de elencarmos as principais normas técnicas que regem o projeto, aplica- ¢40, ensaios e demais parametros eletromecanicos aplicaveis aos seccionadotes, faz- -se necessdrio abordarmos a importancia dos trabalhos de normalizacao técnica para a padronizacdo dos equipamentos elétricos, facilitando a relacdo entre clientes, consu- midotes ¢ laboratérios de ensaios, Além disso, as normas permitem otimizar a compa- tibilidade e interoperabilidade dos diversos equipamentos e dispositivos envolvidos na cadeia produtiva dos seccionadores. As diversas areas da atividade humana sao perme- adas por mais de 11 mil normas intemacionais que, de algum modo, colaboram para 0 seu bom desenvolvimento, estabelecendo especificacdes técnicas para os setores indus- 478 | triais, orientagao aos consumidores, padres para os servigos prestados, caracterfsticas dos produtos comercializados, ou seja, contribuindo para a melhor qualidade dos bens e paraa seguranga de nossas vidas ¢ do meio ambiente. Conforme apresentado na revista da ABNT - Conhega a ABNT, de 1998, os objetivos da normalizagao sao: + Simplificacao ~ Redueao da crescente variedade de procedimentos e tipos de produtos. + Comunicagao—Proporciona meios mais eficientes para a troca de informacao entre o fabricante e o cliente, methorando a confiabilidade das relagdes comer- ciais e de servicos. + Economia Visa a economia global, tanto do lado do produtor quanto do con- sumidor. ‘+ Seguranca—A protecao da vida humana e da satide é considerada um dos prin- cipais objetivos da normalizagao. + Protecao ao consumidor— A norma traz a comunidade a possibilidade de afe- tira qualidade dos produtos. + Bliminagao das barreiras comerciais~ A normalizacao evita a existéncia de re- gulamentos conflitantes sobre produtos e servicos em diferentes paises, facili tando assim o intercambio comercial. Os beneficios da normalizacao podem ser divididos em qualitativos e quantitati- vos, como seguem: Qualitativos + Utiliza adequadamente os recursos (equipamentos, materiais e mao de obra) + Disciplina a producao eas atividades, uniformizando o trabalho, + Facilita o teinamento ¢ melhora o nivel técnico da mao de obra. + Registra o conhecimento tecnolégico, + Facilita a contratacao ou venda de tecnologia. Quantitativos + Redux o consumo e 0 desperdicio (gestdo de materiais) + Especifica matérias-primas. + Padroniza componentes e equipamentos. + Reduz as variedades de produtos. + Fornece procedimentos para célculos e projetos. + Aumenta a produtividade. + Melhora a qualidade de produtos e servicos. + Controla produtos e processos. A seguir, estdo relacionadas algumas das principais normas técnicas sobre sec- adores: cateres | 479 PRD Aneel Toesa = Brasnorte = Fratec = Und ABNT - Associagao Brasileira de Normas Técnicas ABNT NBR IEC 62271-102:2006 Seccionadores e chaves de aterramento, ABNTNBR 7571:2011 Seccionadores ~ Caracteristicas técnicas e dimensionais. IEC - International Electrotechnical Commission IEC 62271-102: 2001 High- voltage switchgear and controlgear— Part 102: Alternating current disconnec- tors and earthing switches. TEC 62271-1:2007 High-voltage switchgear and controlgear — Part 1: Common specifications, IEEE - Institute of Electrical and Electronics Engineers €37.30.1-2011 IEEE standard requirements for AC high-voltage air switches rated above 1.000 V. ©3734-1994 IEEE standard test code for high-voltage air switches. €37.35-1995, IEEE guide for the application, installation, operation, and maintenance of high-vol- tage air disconnecting and interrupter switches. 4, FUNGOES DESEMPENHADAS PELOS SECCIONADORES Podemos, grosso modo, considerar os seccionadores como barramentos méveis. Na selegdo e adequada utilizacdo dos seccionadores em sistemas de alta tensdo, devem ser observadas as caracteristicas do sistema onde elas serao aplicadas ¢ a fungao que devem desempenhar, Os seccionadores podem desempenhar nas subestacdes diversas fungdes, sendo a mais comum a de seccionamento de circuitos por necessidade opera- tiva, ou por necessidade de isolar componentes do sistema (equipamentos ou linhas de ‘transmiss4o) para a realizagdo de manutencdo destes. Neste tiltimo caso, as chaves aber- tas que isolam o{s) componente(s) em manutencao devem ter uma suportabilidade en- 480 | ccupamerts de ata Testo Prospcci Heraruzaiio de vases Tecnoligces tte teminais as solicitagdes dielétricas, de forma que o pessoal de campo possa executar oservigo de manutencao em condigoes adequadas de seguranga. O seccionador nao é ‘um equipamento para interrupcao de correntes (excecdo feita aos modelos apropriados para manobra sob carga, os quais veremos adiante). Os seccionadores somente podem operar quando houver uma variagao insignificante de tensao entre seus terminais, ou nos casos de restabelecimento ou interrupeao de correntes insignificantes. Seccionadores Os seccionadores podem ser utilizados em muitas fungdes dentro de uma subes- tagdo de energia, algumas delas sao: Contornar (Bypass) Equipamentos como Disjuntores e Capacitores Série Voltado & execucao de manutencao ou operacao. Para este tipo de aplicagao nor- ‘malmente lanca-se mao de seccionadores de abertura (gap) vertical para tensdes iguais oumaiores a 145 kV. Com a tendéncia de compactagao das subestacdes, em sistemas de 72,5 KV costuma-se, em grande parte dos casos, aplicar seccionadores com gap horizon- tal montados na posicao vertical, ou na posi¢ao horizontal, instalados sobre pértico de metal ou concreto, em altura. Apesar de os fabricantes procurarem evilar alteragées na geometria dos equipamentos a serem instalados em altura (horas de engenharia, criacdo de cédigos de partes pecas etc.), este tipo de arranjo resulta em uma série de adapta- es no equipamento original. Na maioria dos casos, é necessério preparar o secciona- dor para o funcionamento em altura, o que pode resultar em adaptagao do acionamen- to para acoplar a geomettia original, adaptagao para fixar o seccionador na estrutura, adaptagao para posicionar o mecanismo de acionamento (motorizado ou manual), uso de arvores de manobra adequadas para altura, preparagao de mancais guias para aliviar o peso e centralizar a arvore de acionamento. A instalacao de mancais, além de servir de guia para centralizacao, serve também para aliviar 0 peso dos segmentos das arvores de manobra. A érvore de manobra ficaré submetida a esforgos de torcao, de qualquer forma, em menor ou maior grau, e tornando-se mais critica quanto mais alta for a instalagao. Dependendo do caso e do tipo de abertura do seccionador, para alturas superiores a 12 metros, é necessério trocar a drvore de manobra por um tubo mecanico especial prepara- do para este fim (grande resisténcia a torgao). Estes tubos mecanicos especiais possuem custo elevado e devem ser contemplados pela equipe comercial dos fabrricantes. Os sec- cionadores para sistemas de 72,5 KV comportam-se bem com acionamento por alavan- ca (manual até uma certa altura, mas, a partir de seis metros de altura, dependendo do caso, deve-se aplicar 0 comando motorizado, ou ainda, como alternativa, um coman- do manual dotado de sistema de redugao para evitar o desgaste excessivo do operador. adores | 481 PRD Aneel Toesa = Brasnorte = Fratec = Und Figura 2 - Seccionadores bypass abertura vertical, montagem vertical em altura ~ 145 kV Isolar Equipamentos (Disjuntores, Barramentos, Transformadores etc.) para Manuten¢éo Dependendo do esquema de manobra aplicado, faz-se necessério isolar compo- nentes do sistema, seja para manuteneao preventiva, seja para uma intervengao emer- gencial corretiva, Nestes casos, hé possibilidade de isolamento através da abertura dos seccionadores a montante e a jusante dos disjuntores, por exemplo. 0 projeto de coman- do e controle dos disjuntores e seccionadores deve prever o intertravamento elétrico entre esses equipamentos. Os seccionadores s6 terdo permissdo de abertura quando os contatos auniliares de posicionamento do disjuntor indicarem estado “aberto’. 482 | caupamerts de ats Testo Prospecci Heraruzasio de vastes Tecnoligcas yon Figura 3 - foi Figura 4 - Seccionadores isolande disjuntor ‘No exemplo da figura 6, os seccionadores $1, $2 e $3 sdo utilizados como bypass dos disjuntores DJ1, D]2 ¢ D3 respectivamente, enquanto os seccionadores SX-A ¢ SX-B garantem 0 correto isolamento dos equipamentos sob manutengao, Importante notar que, durante o perfodo em que o equipamento estiver sob bypass, 0 circuito estaré des- provido da protecao oferecida pelo disjuntor em caso de falhas, e medidas de conten¢ao deverdo ser tomadas durante a manutencao do equipamento. Figura ~ Seccionadores 72,5 kV isolando barramento secconatores | 483 PAD Ange Toese Brosnerte-Fratec = Und Figura 7 - Seccionadores bypass abertura vertical reversa- 145 KV (SI), Transferéncia de Barras Dentro de uma Subestagao Em sistemas com barra dupla como, por exemplo, o BD4 (barra dupla quatro cha- ves), existem dois barramentos com fontes diferentes. Um deles ¢ normalmente interli- gado as cargas (barra principal) eo outro ¢ 0 barramento de contingéncia, ou secundétio, Como sao barramentos de fontes diferentes, por maior que seja o sincronismo entre as barras, sempre existira um pequeno desvio angular ou fasorial entre eles. Esta pequena diferenca exige que os seccionadores sejam apropriados para interromper estas corren- tes durante suas manobras, principalmente na abertura, onde temos a geracao de arcos voltaicos significativos capazes de danificar os contatos principais do seccionador. Res- ttitores de arco, como sio chamados, séo acess6rios que devem ser acoplados aos seccio- 484 | nadores, permitindo que sejam capazes de manobrar sob estas condicdes. Os restritores de arco com finalidade de transferéncia de barras so conhecidos por IEC 1128, devido ‘4 antiga norma que regia a aplicagao destes componentes, hoje qualificados na ABNT NBR IEC 6271-102, anexo B (nome pelo qual sao também conhecidos estes dispositi- vos). Estes componentes, durante a operagdo de fechamento, sao os primeiros a realizar contato e, durante a abertura, s20 os ultimos a abrirem, absorvendo o arco e evitando danos aos contatos principais do seccionador. 0 valor de corrente que devem ser capa- zes de manobrar estao descritos no anexo B da ABNT NBR IEC 62271-102, e é limitado 4 80% do valor de corrente nominal do seccionador, nao devendo ultrapassar 1.600 A. Mais frente, abordaremos alguns detalhes construtivos destes importantes dispositivos. ‘Na figura 8 abaixo, os seccionadores 11-13, 21-23, 31-33 e 41-43 devem ser provi- dos de restritores de arco especiais, jé as chaves 17, 27, 37 e 47 podem ser consideradas como bypass, dispensando 0 uso de restritores especiais, dependendo da filosofia do operador da subestagao, a) a) 7) a) ee) ar, Figura 8 - Manobra de transferéncia de barras, Seccionadores de Aterramento Em muitas aplicacdes desejamos efetuar a abertura do seccionador e, logo apés, © aterramento do circuito associado. Para esta fungao utilizamos as laminas de aterra- ‘mento. Este acess6rio consiste de laminas com capacidade de curto- 31mm¥/ky, classes I, Il, le IV de poluigao. Existe também uma relagao minima entre a distancia de escoamento ea distancia de arco a seco, Esta relagao visa a proximidades entre saias, aumentando ou diminuindo o stress do campo elétrico, de tal forma a verificar se 0 isolador est como espacamento minimo entre saias para se evitar um flash-over, por exem- plo. Se as saias foram muito préximas, poderd existir um gradiente de potencial alto, o que certamente culminaré em um flash-over, caso 0 nivel de poluicdo e umidade aumentem. 492 | ipamertos de Ake Os seguintes ensaios so comumente feitos em isoladores mticleo s6lidos: Ensaios de Rotina + Visual + Mecanico - (Aplicagdo de forga em trés diregdes por cinco segundos). Ensaios de Aceitacao + Dimensional + Ciclo térmico. + Teste mecdnico e de ruptura. + Porosidade. + Galvanizagao dos flanges. Ensaios de Tipo * Dielétricos, mecAnicos e especiais, como paralelismo e excentricidade. Mecanismo de Acionamento (0 mecanismo de operagao dos seccionadores pode ser manual ou motorizado. Em casos especiticos, aplica-se um comando hibrido, ou seja, manual com redutor, para re- dugao dos esforgos mecénicos nos casos de instalagao do seccionador em altura. A ape- ragdo manual pode ser feita através de uma alavanca acoplada a arvore de manobra, Jé ‘a operacao motorizada pode ser feita por um tinico mecanismo que, através de hastes (tirantes), comanda a operagao conjunta dos trés polos (comando tripolar), ou por me- canismos independentes para cada polo do seccionador (comando monopolar). Os co- mandos monopolares sao utilizados com mais frequéncia em niveis de tensdo a partir de 362K. Os comandos motorizados sao dotados de mecanismo de operacao manual usados em caso de falta de tensdo em campo e ajuste local das laminas. PRD Aneel Toesa = Brasnorte = Fratec = Und Figura 17 ~ Mecanismos de acionamento (armério de comando e conjunto motoreduton) 0s armarios de comando, além do motor, abrigam os dispositivos de comando e controle (contatores, relés auxiliares, resistencia de aquecimento etc.). Estes armérios podem ser confeccionados em aco inox ou ago pintado. Arvore de Manobra Elemento fundamental da cadeia cinemética. Transmite a ro- tagdo do motor ou alavanca manual para os irantes com consequen- te acionamento das laminas (principais e de aterramento). Acopla-se diretamente a arvore de manobra a caixa de contatos auxiliares para indicacao de posigao (aberto, fechado etc.) Figura 18 - Anvore de manobra 6, ACESSORIOS Restritor de Arco ? Utilizado como contato de sactificio, preservando as laminas < principais. Restritor de arco 494 | caupaments eats Testo Prospeccio # Heraruzasio de acts Tecnoligcas cement Terminais de Linha Responsével pela conexao do seccionador com a rede elétrica. Pode ser apropria- do para conexdo de cabos ou tubos de aluminio, Cuidado especial deve-se tomar com a cottosao galvanica (ex: cabos de cobre acoplados a conectores nao estanhados} Conectores de Linha Quando os cabos e ou barramentos possuem terminacao incompativel com a do seccionador,utilizamos os conectores de linha para realizar a interface cabo/ barramento ~ terminal de linha. Cuidado especial deve-se tomar com a corrosao galvanica (ex: cabos de cobre acoplados a conectores nao estanhados). Dispositivos para Manobras de Transferéncia de Barras Restritores de arco (contatos de sacrificio) especiais, confeccionados em atendi- mento ao anexo B da ABNT NBR IEC 62271-102, 0 qual indica que a corrente nominal na transferéncia de barras deverd ser de 80% do valor da corrente nominal limitada a 1.6004, 0 principio de funcionamento é 0 mesmo para todos os tipos de abertura de secciona- dores, entretanto detalhes construtivos, como seu posicionamento, variam caso a caso. Figura 20- Anexo B (seccionadores DAL @ AC) Dispositivos Especiais Dispositivos especiais (contatos de sacrificio), confeccionados em atendimento ‘a0 anexo C da ABNT NBR IEC 6271-102, A fungao destes dispositivos ¢ similar ao des- crito para transferéncia de barras, porém seus valores de tensao e corrente sao bastante diferentes. Aplicados para minimizar os efeitos das correntes induzidas por linhas ener- gizadas adjacentes nas laminas de aterramento. secconatores | 495 PRD Aneel Toesa = Brasnorte = Fratec = Und Y “y Figura 21 - Circuito predorinantemente capacitivo (disjuntores das terminals A B abertos) Figura 22 - Circuito predominertemente indutivo Em muitos casos, 0 seccionador ou lamina principal ¢ operado remotamente; en- ‘quanto a lamina de terra, nao. Um operador deve se dirigit ao equipamento, confirmar a condigao da lamina principal operar, fechar ou abrir, dependendo da situacao, alé- mina de terra, Nestes casos, 0 restritor conta ainda com o recurso adicional de arco invi- sivel, Para isso é utilizado uma cdmara especial, a dleo, vacuo ou mesmo SF6 onde efeti vamente ocorre a disrupgao do arco. 496 | ccupamerts de ata Testo Prospect Herarguzasio de vasbes Tecnoligces Amina auxiliar Camara SF, ~ Pn =3,2 bar Figura 23 ~ Di osit'ves especiais Instantes antes do restritor de arco se desconectar do contato fixo da lamina de terra (0s contatos principais jé foram desconectados), hé a separacdo dos contatos na camara de disrup¢ao, interrompendo o arco dentro da camara e equalizando potencial do restritor de arco com o contato fixo. Dessa forma, nao hé arco vis{vel a0 operador do equipamento, Algumas concessionarias do sistema de transmissao de energia elétrica indicam que a motivacdo para aplicar o dispositivo de arco nao visivel seria a seguranca do ope- rador durante manobra local de abertura das chaves de aterramento, Além do flash ge- rado pela manobra (risco de danos & cénea humana), haveria a possibilidade de o ope- rador ser atingido pelo arco. Bloqueio Kirk Dispositivo para bloqueio mecanico (travamento da cadeia cinemética) e elétrico (de- senergiza 0 motor de acionamento), permitindo maior seguranca durante a manutengéo. Desacoplamento Mecanico Aplicado com o objetivo de testar 0 motor em campo sem desajustar 0 encaixe das laminas, secconatores | 497 498 | PAD Ange Toes8 -BrasnerteFratec = Und 7. TIPOS CONSTRUTIVOS Existem diversos tipos de seccionadores com varias modalidades de aberturas e infindaveis maneiras e modos de instalagbes. Sem duivida que, devido aessa quantidade de variagdes, 0s seccionadores sao um dos equipamentos mais complexos em termos de _gestao e projetos de aplicagao. Os seccionadores especificos para cada aplicacao sao es- colhidos, geralmente, em funedo do tipo de abertura, resultado na maioria das vezes do espacamento disponivel no local da instalacao. Por exemplo, se existe espaco dispont- vel horizontalmente, os tipos com abertura (gap) horizontal sio os preferidos, pois suas laminas operam no plano horizontal, j4 se 0 espaco disponivel é vertical, laminas com abertura neste plano sao as escolhidas. Os principais pontos que influenciam a escolha do tipo construtivo dos seccionadores sao: + Nivel de tensdo. + Esquema de manobra + Limitagao de area ou de afastamento elétrico. + Tradigao (tipo padrao utilizado pela empresa) Os modelos de abertura descritos abaixo podem ser providos de laminas de ater- ramento. Objetivando modelar didaticamente a classificago dos seccionadores quanto ao tipo construtivo, consideram-se dois grupos: seccionadores com gap horizontal e com gap vertical Seccionadores com Gap Horizontal Abertura Lateral seh = AL~Abertura lateral — Na figura abaixo, ve- mos um dos tipos mais simples de secciona- dor, geralmente com tensao de trabalho até 145 KY, devido ao desbalanco provocado pelo peso damina no mancal do isolador de acio- namento. Um dos isoladores, no caso abaixo GNI ca esquerda, faz 0 acionamento da lémina ABERTURALATERAL Por sua propria geometria, este modelo nao 6 recomendado para niveis de curto-circuito Figura 24-Secconador —_acima de 25 kA. abertura lateral (AL) yon Abertura Central AC—Abertura central -Na figura 25, temos a re- presentagao do seccionador com abertura cen- tral, Ambos 0s isoladores si0 montados sobre ‘maneais rotativos, cada um é responsavel por acionar uma metade da lamina principal, sen- doum contato chamado de “macho” e seu com- ABERTURACENTRAL —_piemento de “fémea’. Seccionadores de abertu- ra central acarretam espagamentos entre eixo Figura 25 ~ Seccionador de fases maiores para manter o espagamento abertura central (AC) fase-fase especificado. Este tipo de seccionador é tipicamente configurado em montagens com polos pa- ralelos, podendo ainda ser montado em linha para aplicagdes que requeiram otimizagao de espaco fisico em esquema barra principal-transferéncia, Figura 27- Figura 26 - Seccionador AC - ison Gre Seccionador AC - Detalhe lamina de aterramento Polos paralelos Figura 28 - Seccionador AC- Polos alinhacos secconatores | 499 PRD Aneel Toesa = Brasnorte = Fratec = Und Um dos pontos criticos a ser avaliado em um seccionador AC é o percurso da cor- rente elétrica através dos terminais de linha. A transmissdo da corrente ¢ otimizada atra- vés da insercao de conexdes flexiveis, constituidas por fitas aluminizadas e com suas extremidades soldadas. Os flexiveis sao acoplados aos terminais do tipo pino liso, cons- tituindo um circuito sem pontos de interrupgao além do préprio open-gap. Figura 29 - Conjunto flexivel-terminal pino liso Tecnicamente, o sistema de flexiveis possui algumas vantagens sobre o tradicional sistema de contatos deslizantes (sliding contacts): + Nao gera pontos quentes (baixissima resistencia de contato). + Nao susceptivel a oscilagées nos barramentos (efeitos cletrodinamicos das cor- rentes de curto-circuito) + Naoha ponto de descontinuidade, resultando na distribuicao uniforme da cor- rente elétrica, ndo gerando stress na parte ativa + Bvita corrosao ja que os pontos de contato sdo confeccionados a partir de um mesmo material (aluminio) Si, rt Ge Figura 30 Corjunto contata ceslzante 500 | ccupaments de ats Testo - Prospect Heraruzasio de vases Tecnoligcas Abertura Central em “V" ACV—Abertura central em “V” - Seccionador pouco usado no mercado brasileiro, Aplicado em sistemas 72,5 ¢ 145KV. Indicado para montagens em estrutura suporte ou p6rticos compactos, pois possui a parte baixa em tamanho reduzido quando comparado a0 tradicional modelo de abertura central, Possui geomettia flexivel, podendo ser mon- tado na posicdo vertical e até mesmo invertida, conforme figura 31b. Figura 31a - Seccionador ACV Figura 31b - Seccionador ACY — Montagem invertida Dupla Abertura Lateral DAL-Dupla abertura lateral —Trés colunas isolantes suportam a parte ativa. Mui- tas pessoas confundem este tipo com abertura central, Existem duas variagoes deste modelo, uma com acionamento simples, ou seja, os contatos méveis entram nos con- tatos fixos (mandibulas) sem a rota¢ao do préprio eixo da lamina, o que eleva 0 esforco de acionamento durante os momentos finais na operagao de fechamento e momentos iniciais na operagao de abertura, a outra varia¢ao, com acionamento duplo, ou seja, no in{cio da operacao de abertura e no final da operacao de fechamento, a lamina gira no seu proprio eixo cerca de 30”, possibilitando um acionamento relativamente suave e efe- tuando 0 travamento da lamina no final da operacao de fechamento, auxiliando o de- sempenho da chave em situagdes de curto-circuito por exemplo. 0 isolador central faz0 acionamento da lamina. Seccionadores de dupla abertura acima de 362 KV tém laminas principais muito longas e ficam sujeitas a deformagées, principalmente se o esquema de manobra determinar que ela opere normalmente aberta, Para estes casos, uma alter- nativa ¢ aplicarmos um seccionador com abertura semipantogréfica horizontal, o qual serd apresentado adiante, PRD Aneel Toes = Brasnorte = Fratec = Und Figura 32a - Seccionador DAL ~ Figura 32b ~ Seccionador DAL - Operaco ‘Operacdo em estégio Unico fem estégio Unico - cetalhe fechamento Figura 32¢ ~ Seccionador DAL ~ Figura 32d - Seccionadlor DAL~ Operagso Operagio em duplo estégio lum duplo estégio - detalhe fechamento Durante visita a subestacGes, pode-se identificar se, a distancia, o seccionador ‘opera em um ou dois estagios através da visualizacao da parte ativa, no trecho situado sobre o isolador rotativo central Figura 33a - Seccionador DAL uplo estago Figura 33b - Seccionador DAL = Operagao em estigio Unico een" O02 | cqupaments de ats Testo - Prospect Herargucasio de ovactes Tecnoligcas cement Abertura Vertical AV~Abertura vertical —Na figura 34 vemos a representacao de um seccionador de abertura vertical. Este equipamento possui trés colunas isoladoras, sendo que, acima de 145kY, a coluna mais da esquerda da figura tem a fun¢ao de acionamento da lamina, por- tanto, diferentemente dos outros dois isoladores restantes, sua classe de flexdo pode ser reduzida. Desta maneira, para tensdes acima de 145 KV inclusive, 0 seccionador é forma- do por dois isoladores tipo suporte e um isolador rotativo. Estes seccionadores so muito requisitados pelo mercado devido ao pouco espaco horizontal requerido para a opera- ‘¢40, Seccionadores AV de tenso nominal maior que 362 kV tém laminas principais mut to longas (atingindo comprimento superior a cinco metros em 550 kV) e ficam sujeitas a deformagoes, principalmente se o esquema de manobra determinar que ela opere nor malmente aberta, acarretando dificuldade no fechamento sob vento. Uma alternativa in- teressante ¢ o modelo de aberturta semipantogréfica horizontal (SSP-SI, visto adiante. Transmissdo para a lamina principal Isolador rotative ra 35 ~ Seccionador AV — Principio de acionamento secconatores | 503 PRD Aneel Toesa = Brasnorte = Fratec = Und Para regides geogré- ficas expostas as fortes in- tempéries (nevascas, acii- mulo de gelo), hé modelos com torque de coman- do diferenciado e opera ‘do em dois estagios para quebra do gelo acumu- lado (geralmente até 20 mm) nos contatos ena ca- deia cinematica dos equi- pamentos (mancais, ala vaneas, articulagées etc.) Figura 36 - Seccionador AV - $50 kV - Ensaio camada de gelo Abertura Semipantogréfica Horizontal SSP-H - Semipantografica horizontal-_Geralmente este tipo de seccionador é uti lizado em tenses acima de 245 kV. A parte da base do seccionador pode ou nao, depen- dendo do fabricante, ou do cliente, ser interligada fisicamente, seja com tubo de ago seja com perfis metélicos, isso ajuda a garantir a rigidez mecanica entre os contatos devido as grandes dimensdes deste modelo. Na figura 37, podemos notar que trés isoladores configuram este tipo de equipamento, sendo o mais da esquerda um isolador rotativo e responsavel pelo acionamento da lamina principal. Por possuir a parte ativa “dobravel”, possui excelente estabilidade operativa, ainda que sob condigdes extremas de vento, constituindo-se em alternativa a0 modelo AV para tenses a partir de 362 KV. Outro pon- to a favor das semipantograficas horizontais é a economia de espaco vertical (em torno de 60%), principalmente quando hé barramentos instalados em nfvel superior. Figura 37 - Seccionador SSP-H 54 | caupaments de ats Testo- Prospect Heraruzasio de ages Tecnoligces cement Seccionadores com Gap Vertical ‘Como seré observado adiante, os seccionadores dotados de gap vertical represen- tam economia de espaco quando comparados com os seccionadores de gap horizon- tal. Os seccionadores com gap vertical possuem algumas peculiaridades a comegar pelo layout de instalacao, Temos duas possibilidades, tanto sob barramento (sem isoladores invertidos), como sob pértico (com isoladores invertidos). Esta categoria de seccionador muito aplicada em entrada/safda de subestagées, em conexao de barramentos supe- riores/inferiores, além de exercer a funcao de bypass. Na especificacao destes equipa- mentos, deve-se ter cuidado com alguns detalhes de projeto + Posigao dos contatos fixos em relacao ao barramento (paralelo ou ortogonal a0 barramento) + Instalagdo sob portico (com isoladores invertidos) ou sob barramento (sem iso- adores invertidos, contatos fixos instalados ditetamente no barramento/ cabo) ‘+ Montagem dos polos alinhados (bypass) ou em diagonal (transferéncia de barras). + Conexao dos contatos fixos sob barramento (diametro do tubo) ou cabo (nti- mero, didmetto e tipo de cabo (ACSR, CAA ete.) Figura 38a~ Pencilho (contato fixo} Figura 38b - Pendiho (contate fixo) paralelo ao barramento perpendicular 20 barramento 1.Unieade de coneccor suaerior. 3 ——_2.Unidade de contato tubular fxo (com tlispositio opcional IEC 16227°-102, nex 5), 3. Cabos Fexiveis (fornecides em cobinas 4, Cabo ae ajuste 5. Grarpos para o cabo de aust Figura 39 - Pendiho- Componentes secconatores | 505 PRD Aneel Toesa = Brasnorte = Fratec = Und Abertura Vertical Reversa AVR Abertura vertical reversa ~ Na figura 40, temos um modelo de chave com abertura vertical reversa, Significa que a posi¢ao da lamina é contréria ao tipo AV, Quan- do a Lamina esté a 90° com o plano horizontal, a chave se encontra fechada, 0 contato superior pode ser instalado ditetamente em barramento ou, com auxilio de um isolador invertido, diretamente em viga de sustentacao, Também existe com contato mével no sistema de pinga, proporcionando a instalacao do conector superior diretamente em cabos. 0 isolador mais da esquerda é responsavel pelo acionamento da lamina, geral- ‘mente para tensées acima de 145 KV, inclusive, este isolador é do tipo rotativo, enquanto oisolador da direita ¢ sempre do tipo suporte. Como dito, pode haver um terceiro isola- dorna parte superior, tipo suporte invertido, somente para suportar o conector superior. Figura 40a- Ave Figura 40b~ AV - Abertura vertical Abertura vertical reverse _reversa montada sob pértico metalico Abertura Semipantogréfica Vertical SSP-V - Semipantogréfica vertical - Este modelo é bastante utilizado para trans- feréncia de barras. Existem algumas variacGes deste modelo, como o contato mével ser com pingas, possibilitando o uso do conector de alta tensdo diretamente derivando de cabos, ou com tipo pino, onde hé um dispositivo antigelo para locais de baixa tempera- ura. Existe também a possibilidade de que o conector de alta tensao fixo possa ser insta- lado sob viga ou portico, necessitando entao de um isolador suporte tipo invertido para conexdo do contato fixo. 0 acionamento da lamina ¢ feito pelo isolador da esquerda da figura, que serd do tipo rotativo, Geralmente este seccionador existe em classes de tensao acima de 145 / 245 KY, vide figura 41 abaixo. Seus polos podem ser montados de modo alinhado ou em diagonal (para transferéncia de barras) 506 | ccupaments de ats Testo - Prospect Heraruzasio de Ivacbes Tecnligces cement sm xe Figura 41 -SPV - Abertura i semipantogréfica vertical Abertura Pantogréfica ‘SP—Pantogtéfica vertical - Sao seccionadotes com altas capacidades ou suporta- bilidade a curtos-circuitos, geralmente com altas correntes nominais. Podem ser wtliza- dos em transferéncia de barras. 0 acionamento ¢ feito pelo isolador da esquerda, geral- mente, do tipo rotativo. Vide figura 42 abaixo, Utilizada em regies sujeitas ao acimulo de gelo, devido a elevada transferéncia de torque para a cadeia cinematica. Possui, em vantagem aos seccionadores semipantogréficos verticais, maior facilidade de ajuste da rea de contatos (fixo/ mével). A exemplo do TIPO SSP-V, pode ser instalada sob pértico (com auxilio de isoladores invertidos) ou diretamente sob barramento (sem isoladores invertidos). Seus polos podem ser montados de modo alinhado ou em diagonal (para transferéncia de barras) secconatores | 507 PAD Ange Toes8 -BrasnerteFratec = Und Figura 42 - SP - Avertura pantogratica ir lada sob pértico em concreto, com isoladores invertidos Chaves de Aterramento Podemos classificar o tipo de chave de aterramento quanto ao tipo de contato fisico: + Entrada direta: suporta menores niveis de curto-circuito (40 kA) dependendo do fabricante. 508 | ccupaments de ater fo Herarquzaio de nove Te cement + Entrada indireta (duplo movimento) > suporta maiores niveis de curto-circuito : (63 kA) dependendo do fabricante, ra 44 ~ Chave de aterramento- Entrada indireta 8. REQUISITOS DO OPERADOR NACIONAL DO SISTEMA - ONS Procedimento de rede - Submédulo 2.3 - revisdo 2 “75 Seccionadoras, laminas de terrae chaves de aterramento conectadas & rede bdsica. 7.5.1 As laminas de terras e chaves de aterramento das LT devem ser dimensiona- das para suportar, na abertura, os valores méximos de tensiio e de corrente induci- das pelos acoplamentos eletrostdtico ¢ eletromagnético, valores esses determinados nos estudos de manobra de chaves. 7.5.2 Para dimensionar esses equipamentos deve-se considerar a relagao X/R do onto do sistema onde serao instalados. 7.5.3. Esses equipamentos devem permitir manobras de fechamento e abertura nas condigdes mais severas de tensoes induzidas de LT em paralelo, ai inelufdas situa- ses de ressondncia e de carregamento maximo.” 9. ESPECIFICAGAO DE CARACTERISTICAS TECNICAS Conforme mencionado anteriormente, o ctitério de escolha do tipo de abertura geralmente esté associado ao layout da subestagao, limitadores como espago fisico dis- pontvel, presenca ou nao de equipamentos que restrinjam o movimento da lamina etc, Devemos também conhecer as solicitagdes dielétricas e de poténcia as quais este equi- pamento estard submetido, E necessério também conhecer as caracteristicas de servigos auxiliares do local de instalagdo. Essas informagoes serao empregadas para determinar as tenses de acionamento, de comando e demais caracteristicas dos painéis de aciona- mento motorizado do seccionador. secconatores | 509 PAD Ange Toes8 -BrasnerteFratec = Und De forma geral, estas so as informagdes mfnimas do ponto de vista dielétrico: + NBI-Ou nivel bésico de impulso atmosférico do sistema + NBM-Ountvel bésico de manobra do sistema (somente tensdes acima de 362 KV). + Nivel de escoamento ou grau de poluigao (para especificagao dos isoladores).. Também, de forma geral, estas s4o as informagGes mfnimas do ponto de vista de poténcia: + In-Oua corrente nominal do equipamento. + Ice~ Ounivel de curto-circuito do sistema + It/t— Ou valor de pico de curto-circuito com a duragao ou tempo de atuagao da protecao. utras caracteristicas importantes do ponto de vista de projeto sao o conhecimen- toda estrutura suporte a qual serd instalado 0 seccionador, se 0 seccionador tem ou nao lamina de terra, se 0 acionamento ¢ manual, com redutor ou motorizado, {interessante também saber se o equipamento seré utilizado para transferéncias de barras (anexo B), manobra de algum equipamento como transformador ou banco de capacitores ou mesmo linhas de transmissao (anexo ©), tipo de montagem, horizontal, vertical ow invertida, se o acionamento é em grupo (um comando para os trés polos) ou individual (um comando para cada polo) Em alguns casos, as especificagdes técnicas de clientes mostram valores de NBI e NBM que parecem néo estar em harmonia, por exemplo, é relativamente comum a so- licitagao de chaves com NBI de 1.550 kV, enquanto ao mesmo tempo solicitam valores de NBM de 1.175 KV. De acordo com a IEC 60273, observamos que um isolador com su- portabilidade & NBI de 1.550 kV tem uma altura total de 3.350 mm, com suportabilida- de 4 NBM de apenas 1.050 kV, Como o impulso de manobra é muito mais critico e acon- tece com muito mais frequéncia que o impulso atmosférico, precisamos atender a este quesito para garantir a perfeita coordenacao de isolamento. Portanto, um isolador com capacidade de suportar o valor de NBM de 1.175 kV deverd ter altura de 4,000 mm. Esta 6 a questo, quando elevamos a altura do isolador de 3.350 mm para 4.000 mm, € 0 va- lor suportavel de NBI também sobe, passando agora para o valor de 1.800 kV, contra os 1.550 kV solicitados, acarretando elevacao dos valores suportéveis a 60 Hz a seco e sob chuva. Vamos relembrar que todos estes valores sao relativos a terra, portanto € preciso confirmacao de que a suportabilidade de open-gap esta em concordancia com o valor para terra, ou teremos um grande problema de coordenacao de isolamento, colocando em risco uma das principais fungdes do seccionador, que ¢ garantir o isolamento quan- do em posigao aberta Tens&o Nominal (Rated Voltage) ‘Tensdo para a qual o equipamento ¢ projetado para servigo continuo. Deve ser igual & maxima tensao operativa do sistema no qual o equipamento seré instalado. Niveis de Isolamento (Insulation Level) As chaves, do ponto de vista do comportamento de seus isolamentos nos ensaios dielétricos, so constituidas por isolamento autorregenerativos (ar e porcelana), ou seja, isolamentos capazes de recuperar as suas caracteristicas dielétricas apés uma descarga (em laborat6rio) para a terra, entre terminais ou entre polos. Os niveis de isolamento ca- racterizam as suportabilidades do equipamento as solicitagdes dielétricas. Para a deter- minagao dos niveis de isolamento dos(s) equipamento(s) de uma subestagao, é neces- sdrio saber as caracterfsticas dos dispositivos de protecdo da subestacao e distancias de separacdo entre estes dispositivos e o(s) equipamento(s) em questao, ‘Normalmente nao se especifica o valor do nivel de isolamento entre polos (fase-fa- se). A pratica usual ¢ especificar uma distancia entre polos que corresponda ao nfvel de isolamento desejado ou que seja determinada por outros fatores, que podem ser predo- minantes no dimensionamento do isolamento fase-fase, tais como corona, radiointerfe- réncia, requisitos de arranjo fisico etc. Tensdo Suportével Nominal de Frequéncia industrial (Rated Power Frequency Withstand Voltage) Tensdo aplicada de frequéncia industrial que o equipamento deve suportar du- rante um intervalo de tempo especificado, sem apresentar nenhuma descarga em con- igdes a seco e/ ot sob chuva, Deverdo ser especificadas as suportabilidades a frequén- cia industrial entre as partes energizadas e a terra, e a suportabilidade entre terminais. Unidade: kV eficaz.(fase-terra ou terminal-terminal) Tenséo Suportével Nominal de Impulso Atmosférico (Rated Lightining Impulse Withstand Voltage ou Basic Lightning Insulation Level) Tensdo de impulso atmosférico para a qual o equipamento tem uma determinada probabilidade de suportar. A probabilidade de suportar especificada é de no mfnimo em 90%, isto é, quando o equipamento é submetido a aplicagao de N impulsos, no minimo ‘em 90% dos impulsos aplicados nao haverd descarga no equipamento (no méximno 10% dos impulsos acarretarao descargas no equipamento). Atensao suportavel a impulso atmosférico deve ser especificada apenas a seco, jé que a suportabilidade dos equipamentos a impulso atmosférico, de uma maneira geral, 6 pouco afetada pela chuva, Unidade: KV crista PAD Ange Toes8 -Brasnerte=Fratec = Und Tensio Suportével Nominal de Impulso de Manobra (Rated Switching Impulse Withstand Voltage ou Basic Switching Impulse Insulation Level) Tensao de impulso de manobra para a qual o equipamento tem uma determinada probabilidade de suportar. As probabilidades especificadas sao 90% pela ABNT e 97,7% pelo TEE Atensio suportavel a impulso de manobra pode ser especificada a seco e/ou sob chuva, j4 que a suportabilidade dos equipamentos a impulso de manobra tende a se en- fraquecer sob chuva de elevada precipitagao, Normalmente a condigao a seco ensaia- da para impulsos de polaridade positiva, e a condi¢ao sob chuva para impulsos de po- laridade negativa. Como os surtos de manobra séo fendmenos caracteristicos de sistemas de EAT € UAT, a tensdo suportével a impulso de manobra geralmente s6 é especificada para equi- pamentos de tensao nominal Un = 362 KV, Unidade: kV crista. Frequéncia Nominal (Rated Frequency) Frequéncia do sistema no qual o equipamento ir operar (50 ou 60Hz). Deve-se to- mar especial cuidado na configuragao de equipamentos destinados a0 mercado exterior (frequéncia de operacao do motor). Pafses como Paraguai e Angola operam sob 50Hz. Unidade: Hertz ou ciclos/ segundo. Corrente Nominal (Rated Normal Current ou Rated Continuous Current) Corrente que 0 equipamento deverd conduzir continuamente sem exceder 0s va- lores de temperatura especificados para seus diversos componentes. Os valores de elevacao de temperatura estao apresentados na tabela VIII -retira- dos da ABNT. Estes valores baseiam-se em seccionadores operando a uma temperatura ambiente maxima de 40 °C Os valores padronizados pela ABNT e IEC de corrente nominal so: 200, 400, 630, £800, 1.250, 1.600, 2.000, 2.500, 3.150, 4.000, 5.000 e 6.300. Para especificagao de corrente nominal dos equipamentos de uma subestaga necessério saber 0 carregamento dos circuitos, através do estudo de fluxo de poténcia dentro de um horizonte de planejamento, além das condigdes operativas da subestagao (manutenedo de equipamentos ou linhas). 512 | coupomentos de ater fo « Herarquzaio de nove Te yon Correntes Nominais de Curto-circuito Quando ocorre um curto-circuito em um sistema de poténcia, a corrente resultan- te é composta de duas componentes: uma componente de regime (CA) determinada pelo valor de tensao da fonte e pela impedancia (R +X) da rede, e uma componente continua (CO cujo valor inicial e taxa de decréscimo sao determinados em fun¢ao do instante de ocorréncia do curto na onda de tensao e do valor de X/R da rede. A figura 45 apresenta a corrente de curto-citcuito simétrica (quando o curto ocorrena crista da tensdo) e assimétrica (quando 0 curto ocorre nas proximidades do zero da tensi0). O valor de crista da corrente que depende do valor de X/R da rede é da ordem de 2,5.a2,6 vezes o valor eficaz da corrente simétrica. Ascorrentes suportaveis de curta-duracao dos seccionadores devem ser escolhidas entte as correntes padronizadas pelas normas, em funcao das correntes de curto-circuito projetadas para o sistema para os préximos 30 anos CORRENTE CORRENTE “orrente nominal de pico (ABNT/IEC) corrente momentinea (ANSI) = valor eficaz da componente no instante EE’ v2 I, = componente cc no instante EE" Tepioys) = Valor da corrente total (ca + ce) no instante EE" [oY wary ne =f ta Figura 45 - Corrente de curto-circuto secconatores | 513 PAD Ange Toese -BrasnerteFratec = Und Esforgos Mecanicos Sobre os Terminais A norma NBR IEC 6271-102 na tabela 3 apresenta os valores recomendados de esforgos mecanicos nominais nos terminais das chaves. Os esforcos calculados dos ter- minais do seccionador nao devem ultrapassar 50% do valor do esforgo indicado pelo fa- bricante do isolador. Os seccionadores devem ser projetados para suportar a acéo do vento e das forcas, eletromagnéticas das correntes de curto-circuito que atuam sobre ela prépria, mais os esforgos nos seus terminais provocados pela acdo do vento e das forcas eletromagnét cas das correntes de curto-circuito que atuam sobre os condutores, barramentos rigidos (tubos) ou flexiveis (cabos),ligados aos terminais das chaves. Na especificacao de uma chave, devem ser fornecidos 0s esforgos nos seuss terminais, Tensao Nominal de Alimentagao dos Dispositivos de Operagao e/ou Circuitos Auxiliares Atabela | apresenta as tens6es utilizadas, segundo a pratica brasileira, para a ali mentagio dos dispositivos de fechamento e abertura de chaves e/ou dos circuitos auxi liares. Normalmente, é estabelecida a condigdo de operacao adequada destes dispositivos dentro de uma faixa de variacao de sua tenséo nominal (p. ex. 80 a 110% para corrente continua e 90 a 110% para a corrente alternada). Tabela 1 - Tensbes rominals de dispositivos de baixa tenséo Monefasico Trifésico Série sériell Série! ‘Série 120 127/20 20/208 ae 200 1207240 220/380 DOT AS 240 440 2771480 10. ENSAIOS Os seccionadores devem ser submetidos a diversos ensaios, sejam para homolo- gagao de protétipo, rotina ou para aceitacao / recebimento no cliente final. Para os en- saios de homologacao de protétipo, ou ensaios de tipo, na maioria das vezes precisam ser feitos em laboratérios com grande capacidade de tensdo ou nfveis altos de corrente, como, por exemplo, ensaios de impulsos de manobra sob chuva para chaves de 550 kV ircuito da ordem de 63 KA/3 s. Sao ensaios de grande valor financei- ro e que merecem 0 maior cuidado e esmero durante 0 preparo da montagem do equi- ou ensaios de curto-« 514 | pamento no laboratério. Os ensaios de rotina visam a retirada de vicios ou defeitos na linha de producao, ¢ estes defeitos devem também ser evitados sempre. Jé os ensaios de aceitagao tém a finalidade de comprovar perante o cliente ou representante que todas as caracterfsticas oferecidas e construfdas estao de comum acordo com os ensaios de tipo de protstipo, ou seja, uma falha durante os ensaios de aceitagao tem implicagdes mais sérias, que podem levar & repeti¢do do ensaio em lotes maiores de amostras ou até mes- ‘mo a rejeigdo completa de todo lote. Ensaios de Rotina Estes ensaios destinam-se a verificar o bom desempenho da produgao. Eles so re- alizados ou pelo controle permanente efetuado pelo fabricante para garantir a qualidade da fabricagao, ou por exigéncia do cliente no recebimento do equipamento. Compreendem: insaios de funcionamento mecénico conforme ABNT NBR IEC 6271-102 item 7.101 + Ensaios dielétricos conforme ABNT NBR IEC60694/2006 item 7.1 ‘+ Ensaios dielétricos nos circuitos auxiliares conforme ABNT NBR IEC60694/2006 item 7.2, ‘+ Medico da resisténcia do circuito principal conforme ABNT NBR IEC60694/2005 item 73, + Verificagao visual e dimensional conforme ABNT NBR IEC60694/2006 item 7.5, + Ensaios dielétricos no circuito principal a seco. Tensdo Suportdvel a Frequéncia Industrial a Seco Aplicacao: equipamento completo ou polo do equipamento novo. Atensao de ensaio esta indicada no item 3.1 dessa apresentacao. Este ensaio pode ser omitido se a isolacdo do equipamento for obtida somente por isoladores de nticleo sélido e ar pressdo ambiente, se as dimensGes entre partes condu- toras, entre fases, entre contatos abertos do dispositivo de manobra e entre partes con- dutoras e a base forem verificadas por medigSes dimensionais. Abase das verificacGes ¢ 0 desenho dimensional que ¢ parte do relatério de ensaio de tipo ou sao nele referidos. Ensaios Dielétricos nos Circuitos Auxiliares e de Controle \Na fiagao do mecanismo de acionamento com 1.000V durante | s, PAD Ange Toese -Brasnerte=Fratec = Und Medigéo da Resisténcia do Circuito Principal + Aplicagao: em cada polo. Queda de tensdo CC ou resisténcia de cada polo do circuito principal em condigdes ‘Go prdximas quanto possfveis daquelas em que foram efetuados os ensaios de tipo. + Critério de aprovagao: Arresisténcia ndo deve exceder 20% daquela medida antes do ensaio de elevacao de temperatura, + ABNT NBRIEC 62271-102/2006 item 7.5 Verificacées visuais, Verificar se Esté de Acordo com Especificagao de Compra ou Desenhos de Projeto + ABNT NBRIEC 62271-102/2006 item 7.101 Operagao mecanica 5 FA coma minima tensio de controle. 5 FA com operacao manual, para os Seccionadores ou LTs de comando manual. Devem ser observados os tempos de opera¢ao e o funcionamento dos contatos auxiliares. + Critério de aprovagao: Os componentes do equipamento nao devem apresentar desgaste excessivo. A resisténcia do circuito principal mediada antes do ensaio nao deve ter variado mais que 20%. Ensaios de Rotina que Normalmente se Realizam, de Acordo com a lEC 6271-102 516 | + Ensaios dielétricos no circuito principal. Neste ensaio, geralmente feito no pr6- prio fabricante, um polo do seccionador é submetido a tensdo suportavel a fre- quéncia industrial a seco durante um minuto. O ensaio ¢ feito com secciona- dor na posigo fechada (para terra) e também na posi¢ao aberta (open-gap) + Ensaios dielétricos nos circuitos auniliares e de controle, neste teste, aplica-se 2kV em todos os circuitos ausiliares e de controle do seccionador durante um minuto, para se comprovar o perfeito isolamento para terra dos circuitos e componentes dentro dos armarios de comando. Também se verificam todas as fiacdes, anilha- mento e demais detalhes de acordo com projeto aprovado dos painéis, + Medigao da resisténcia no circuito principal, onde se injeta uma corrente su- ipamertos de Ake perior aS0A DC e se mede a queda de tensio no circuito principal, obtendo-se a resistencia do circuito principal do seccionador. Geralmente se realiza este teste em 100% do lote. + Ensaios de estanqueidade visam comprovar o grau de estanqueidade dos co- mandos motorizados de acionamento, normalmente IP-54 ou IP-55. Aapresen- tacao de relatérios jé executados em painéis de mesmas caracteristicas pode ser uma alternativa & realizacao deste ensaio. ‘+ Verificagao visual e de projeto serve para avaliar se todas as pecas esto em quantidades corretas e de acordo com dimensées do projeto. + Ensaios de operagGes mecinicas tentam simular o mais préximo possivel das condigdes em que o equipamento estaré definitivamente instalado. Ensaios de Aceitagao Os ensaios de aceitacao basicamente repetem os ensaios de rotina, mas uma fa- Iha neste momento implicaré repeticao do ensaio em um nimero maior de amostras. Ensaios de Tipo Os ensaios de tipo tém por finalidade comprovar que um equipamento ou material possui um determinado conjunto de caracterfsticas nominais a ele atribufdas. Eles sao cefetuados em amostras representativas devidamente identificadas. Estes ensaios sao re- alizados em aparelho novo e sao objeto de relatério que deve conter todos os requisitos ‘que permitam identificar a amostra ensaiada, Além disso, os telatérios devem identificar as normas utilizadas em sua realizacao e, por fim, que o equipamento satisfez as exigén- cias dessas normas. Em relacdo aos equipamentos de AT, as cléusulas comuns esto de- finidas na norma IEC 60694 e ABNT NBR IEC60694/2006. As exigéncias especificas para cada equipamento esto definidas nas normas de produtos. Por exemplo, a IEC 62271-102 ea ABNT NBR IEC 62271-102/2006 sao para seccionadores AT. A seguir, relacionamos os ensaios de tipo obrigatorios para seccionadores, conforme IEC/ABNT. Obrigatérios + Item 6.2 da ABNT NBR IEC 60694/2006 ensaios dielétricos, + Item 6.3 da ABNT NBR IEC 60694/2006 tiv. + Item 6.4 da ABNT NBRIEC60694/2006 medigao da resistencia do circuito principal + Item 6.5 da ABNT NBR IEC 60694/2006 ensaio de elevacao de temperatura. + Item 6.6 ABNT NBR IEC 60694/2006 ensaio de corrente suportavel de curta du- ra¢do e valor de crista da corrente suportavel. ‘+ Item 6,102 ABNT NBR IEC 62271-102/2006 ensaios mecanicos.

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