Documentos de Académico
Documentos de Profesional
Documentos de Cultura
Libro Filo Entra en Accion PDF
Libro Filo Entra en Accion PDF
solió a l a p u e r t a c o m o s a l e d e s u c a s e t a u n p e r r o e n c a d e -
n a d o , l a d r a n d o , q u e n o había n a d i e e n c a s a d e l o s T a b o r ,
q u e e l l a l o sabía m u y b i e n , q u e a q u e l l a mañana t e m p r a n o
s e habían l a r g a d o l o s t r e s y n o había v u e l t o n a d i e todavía
y q u e «si e s e m o c o s o s i g u e c o n l a t o n t e r a d e l t i m b r e —se
quedó gruñendo—, l o q u e conseguirá e s v o l v e r l o c o s a l o s
t r e s g a t o s d e l o s Tabor», p u e s l o s g a t o s , a l p a r e c e r , t i e n e n
u n oído m u y s e n s i b l e y «un b u l l i c i o d e e s a índole l e s p u e d e
c a u s a r t r a s t o r n o s psíquicos». ,„ '
100
•KH
p a s t e l e s y a g r e g ó — : ¡Tomen, c h i c o s , e s u n a lástima q u e F u e r a , e n l a t i e n d a , sonó l a c a m p a n a d e l a p u e r t a .
el m o m e n t o . m a d r e d e l S i r a p o y a d a e n l a p u e r t a d e l a t r a s t i e n d a — ; él
s e había i m a g i n a d o q u e a h o r a , e n c l a s e , t o d o s l o tenían
U n a veg que l o g r a r o n t r a g a r los pasteles y s e h u b i e -
p o r ladrón. .
r o n c h u p a d o l o s d e d o s p e g a j o s o s , secándolos l u e g o con
u n pañuelo d e p a p e l q u e l e s d i o l a a b u e l a , e l S i r a l g o p o r — j Y así e s ! — d i j o e l S i r .
f i n l a c a b e g a y preguntó: —¡Nosotros n o ! — p r o t e s t ó L i l i b e t h .
d e t e r m i n a r s u r a g o n a m i e n t o L i l i b e t h saltó: — P o r f a v o r , señora T a b o r . t i e n e u s t e d q u e i r a l c o l e -
gio y explicarle al director...
—¡Lo q u e p i e n s e n l o s o t r o s i m p o r t a u n rábano!
—Ya h e estado e n e l colegio —interrumpió l a
Y e l P i c a s gritó: •• ' ' • ^ ^' Í^; ' ¡r ; .;
madre del Sir—, m e h a n llamado o las dieg y h e ido
' —¡Son t o d o s u n a m i e r d a ! i ,.i :
inmediatamente.
i — P e r o niño, ¡qué p a l a b r a s s o n é s a s ! — d i j o l a a b u e l a
contrariada. —¿Y qué h a p a s a d o ? —preguntó L i l i b e t h .
103
102
L a p u e r t a de la t r a s t i e n d a e r a baja. El p a d r e del Sir.
asombrosamente alto, hubo de agacharse para pasar.
—¡El g a r i t o e s t á b i e n r e p l e t o ! —exclamó—; t a n t o q u e
n o p u e d o e n c o n t r a r a l l a d r o n c i t o d e m i s h u e s o s . ¿Dónde
se h a nnetido? ^
—Aquí — d i j o e l S i r , e intentó reír, p e r o l a r i s a s e r e s i s -
tió dándole s a l t i t o s n e r v i o s o s p o r l a s m e j i l l a s .
E n t r e s u m u j e r y Lilibeth, la s u e g r a y el Picas, el Filo
y l a s c a j a s d e l a n a , e l p a d r e pasó t r a b a j o s a m e n t e hasta
suhijo. ••r-i:,.o'í^n:;i;^w,,fn.O''.kv...>.KÍi^..
—¡Hola, c a r t e r i s t a d e r e l o j e s ! —exclamó, peinando
c o n los d e d o s de u n a m a n o los rigos n e g r o s del Sir.
La madre intervino;
—¡Te l o r u e g o ! ¡La c o s a e s m u y s e r i a p a r a chistes
tontos! • . .i......5 .
— L a c o s a e s m u y t o n t a p a r a tomársela e n s e r i o
—replicó e l p a d r e d e l S i r .
—Tus bromas, ahora, no lesirven d enada —conti-
nuó l a m a d r e , p e r o e l p a d r e d e l S i r d i j o ;
—Yo m e a s f i x i o e n e s t a r a t o n e r a d e l a n a . ¡No h o y
a i r e p a r a r e s p i r a r ! V a m o s a f u e r a y c e r r a m o s l a t i e n d a . ¡Si
cada tres minutos entra alguien y hay que atenderlo, no
p o d e m o s hablar!
—¡Muy b i e n ! — d i j o l a a b u e l a . Salió a l a t i e n d a , colgó
e n l a p u e r t a u n l e t r e r o c o n l a p a l a b r a c e r r a d o y bajó l a s
persianas de la p u e r t a y de los dos escaparates. Luego se
sentó e n l a única s i l l a q u e había e n l a t i e n d a , l a m a d r e s e
105
encaramó a l m o s t r a d o r y e l p a d r e d e l S i r , e l S i r , e l P i c a s ,
—¡Ya t e l o h e c o n t a d o a l mediodía! — Y , volviéndose
el Filo y Lilibeth se a c o m o d a r o n e n la b l a n d a a l f o m b r a .
h a c i a s u m a r i d o , agregó—: Y a t i y a t e l o h e d i c h o por
— T a l c o m o m e h a n c o n t a d o —comengó e l p a d r e d e l teléfono. ¡No q u i e r o r e p e t i r l o c u a r e n t a v e c e s !
Sir—, hace t i e m p o que vienen r o b a n d o e n s u clase, y h o y
E s t a b a s t a n a l o c a d a p o r teléfono q u e n o h e e n t e n -
u n p r o f e s o r h a e n c o n t r a d o e n el p u e s t o de m i hijo el reloj
d i d o n i pío — d i j o e l p a d r e d e l S i r — . ¡Vamos, cuéntalo o t r a
de oro de H a n s i D o h n a l .
v e g : también l o s c h i c o s q u i e r e n s a b e r qué pasó!
— E s t a b a e n e lp u p i t r e del S i r — d i j o L i l i b e t h — , pero
—¡Es s i e m p r e t a n espontánea, t a n p o c o diplomáti-
c u a l q u i e r a p u d o metérselo allí d u r a n t e e l d e s o r d e n que
c a ! —masculló l a a b u e l a .
hubo a n t e s e n la clase.
L a m a d r e d e l S i r subió l a s p i e r n a s a l m o s t r a d o r , l a s
—¡Bueno! ¿Y qué pasó después? —preguntó e l p a d r e .
rodeó c o n l o s b r a g o s y colocó e l mentón s o b r e l a s r o d i l l a s .
T o d o s m i r a r o n a l Sir.
S u s o j o s d e g a t a s i a m e s a l a n g a b a n r a y o s aguíes.
—El profe d e m a t e m á t i c a s m e llevó a l d i r e c t o r
—Todo ha pasado —dijo— porque no puedo sopor-
— d i j o e l S i r — y e l d i r e c t o r , l o p r i m e r o , mandó b u s c a r a l a
t a r l a e s c u e l a : s i e m p r e m e a c u e r d o d e l o q u e y o viví. N o
señora H u f n a g e l , p o r q u e e s n u e s t r a p r o f e s o r a j e f e . Pero
s e l o p u e d e n i m a g i n a r . — L a m a d r e d e l S i r s e peinó c o n
l a señora H u f n a g e l n o e s t a b a e n e l c o l e g i o , p o r q u e hoy
l a s m a n o s e l p e l o , d e u n c r e s p o m u y e s p e s o — . ¡Una niña
e r a s u día l i b r e . L u e g o v a e l d i r e c t o r y m e p r e g u n t a por
n e g r a , l a h i j a d e u n m i l i t a r ! Y o e r a e n l a e s c u e l a l o último,
qué a n d o s i e m p r e r o b a n d o c o s a s , y l e c o n t e s t é q u e y o n o
¡una b a s u r a ! —Respiró h o n d o — . Y h o y , c u a n d o llegué a
e r a . Después d i j o q u e s i mentía sólo conseguiría p o n e r l a s
l a e s c u e l a , e s t a b a él —señaló a l S i r — s e n t a d o allí, y e l
c o s a s m á s difíciles.
d i r e c t o r y e l s u j e t o e s e d e matemáticas a c t u a n d o como
—¿Y después? —preguntó e l p a d r e . s i él f u e s e 4 o último, ¡una b a s u r a ! E n t o n c e s l o h e r e c o r -
—Después llegó m a m ó — r e s p o n d i ó e l S i r . ' dado todo y no he podido controlarme. En m i vida m e he
T o d o s se volvieron hacia la m a d r e del Sir e s p e r a n d o p u e s t o t a n f u r i o s a . L e s dije q u e e r a n u n o s viejos fascis-
q u e c o n t i n u a s e , p e r o e l l a murmuró s o l a m e n t e : tas, racistas, idiotas... "' ' ' " • '
—Yo creo que m e he c o m p o r t a d o equivocadamente.
—¡Dios s a n t o ! ¡Dios s a n t o ! —suspiró e l p a d r e d e l S i r .
—¿Y p o r qué t e h a s c o m p o r t a d o m a l ? —preguntó l a
L a m a d r e d e l S i r continuó:
abuela.
— Y l u e g o tomé a m i h i j o d e l am a n o y m e f u i c o n
L a m a d r e d e l S i r respondió d e m a l a g a n a :
él. ¡Yo sé b i e n l o q u e s i g n i f i c a s e r niño y n o p o d e r s e
106
107
defender! Y, m i e n t r a s salíamos, l e s solté: «Ratas
—¡La señora H u f n a g e l n o c r e e , s e g u r o , q u e tú s e a s e l
antediluvianas».
ladrón! —exclamó L i l i b e t h .
El Sir y a se e n c o n t r a b a , a l parecer, u n p o c o mejor.
— Y H u b e r . e l d e g i m n a s i a , s e g u r o q u e t a m p o c o . Él t e
Reía c o n t i m i d e g .
a p r e c i a — d i j o el Picas.
— P e r o ¿es e s o v e r d a d ? —preguntó l a a b u e l a , q u e s e
— Y p o r l a s n o t a s —añadió e l F i l o — n o p u e d e n poner-
r a s c a b a e n e l moño c o n u n p a l i l l o d e h a c e r p u n t o — . S i d e
t e ningún r o j o .
verdad has dicho esas cosas, tienes que pedir disculpas.
— P e r o l o s d e l a c l a s e m e t i e n e n p o r ladrón —gruñó
— E s o l o d e j a r e m o s p a r a más a d e l a n t e — i n t e r v i n o e l
e l S i r . t i r a n d o a d o s m a n o s d e l p e l o d e l a a l f o m b r a — . ¡Eso
p a d r e d e l S i r — . H a y o t r a c o s a más i m p o r t a n t e : h e t e l e f o -
n o lo s o p o r t o !
n e a d o a n u e s t r o a b o g a d o y él h a h a b l a d o c o n a l g u i e n d e l a
—¿Quieres i r a o t r o c o l e g i o ? —preguntó e l p a d r e .
policía q u e l e h a d i c h o q u e l o d e l r e g i s t r o e n sí n o v a l e u n
—¡No q u i e r o i r a o t r o c o l e g i o ! —gruñó e l S i r . que
p i m i e n t o . E s o e n p r i m e r l u g a r y, e n s e g u n d o , q u e e n t r e e l
seguía dándole a l a a l f o m b r a . M o t a s d e l a n a v o l a b a n por
r o b o y e l r e g i s t r o pasó u n montón d e t i e m p o . Además, ¡mi
el aire.
hijo n o e sel p u p i t r e ! S i h u b i e s e t e n i d o el reloj e n los c a l c e -
—Pero ¡no e x i s t e o t r a p o s i b i l i d a d ! — d i j o e l p a d r e , y
t i n e s o e n l o s c a l g o n c i l l o s , sería o t r a c o s a . E n r e a l i d a d , l a s
miró a s u a l r e d e d o r b u s c a n d o aprobación.
p r u e b a s q u e h a y c o n t r a él n o t i e n e n ningún v a l o r . Así q u e
Todos c a l l a r o n y e l S i r comengó a s o l l o g a r . E l F i l o
n o p u e d e n h a c e r n a d a . — D a n d o y a el a s u n t o p o r c o n c l u i -
cerró l o s o j o s , s e metió e l p u l g a r e n l a b o c a y pensó: « E s
d o , e l p a d r e d e l S i r preguntó—: ¿Abro o t r a v e g l a t i e n d a ?
b u e n o t e n e r p r i n c i p i o s , y e l q u e más m e g u s t a b a e r a e l
L a m a d r e d e l S i r sacudió l a c a b e g a :
de n o m e t e r m e e n lo del robo, pero por u n a m i g o pueden
—¡Ninguna p r u e b a p o r a r r i b a , n i n g u n a p r u e b a por
d e j a r s e l o s p r i n c i p i o s a u n lado». Y d i j o :
abajo...!—exclamó—, p e r o ¡lo t i e n e n p o r ladrón! ; .,,
—¡Yo encontraré a l v e r d a d e r o ladrón!
, —¡Yo n o v u e l v o a l c o l e g i o ! — d i j o el Sir.
—¿Tú c r e e s q u e podrás? — L a m a d r e d e l S i r l o miró
E l p a d r e l o tomó p o r l o s h o m b r o s , l o meneó d u l c e -
c o n u n a d u d a aguí e n l o s o j o s .
m e n t e y dijo:
—No v a a s e r u n p l a c e r p r e c i s a m e n t e , p e r o sí c r e o
—¡Qué d i c e s ! ¡Y quién s i n o ! C o n f i r m a a e s a s « r a t a s
p o d e r r e s o l v e r e l e n i g m a —contestó e l F i l o .
antediluvianas» q u e tú e r e s u n b u e n cleptómano. ¡Por t i
que se v a y a n al d e m o n i o !
108
109
Capítulo 8
E l p a d r e d e l Sir ha ido hoy a ver al director Lo he v i s t o e n El Picas prueba por el lado duro. Anda gritando que s e
e l r e c r e o d e l a s 1 0 . I b a c o n u n señor m a y o r La m a d r e m e h a agarrará a combos con todo el que se atreva a meterse con
dicho por teléfono q u e era el abogado de los Tabor Ha ido a e l S i r P e r o c o n e s o a u m e n t a más e l o d i o d e l o s o t r o s . S o b r e
«cantárselas claritas» al director, c o m o h a d i c h o — t e x t u a l — la t o d o p o r q u e s a b e n q u e l e sobran fuerzas para machacarlos
madre del S i r P e r o ella m i s m a n o sabía lo que ha sucedido a todos. -' -
e x a c t a m e n t e e n la oficina entre el padre del Sir, el abogado y ahora me pongo yo a trabajar En secreto, suave y
y el d i r e c t o r D i c e q u e e l p a d r e d e l Sir la ha llamado a medio- silencioso, como si la c o s a n o fuese conmigo. Y también rápi-
día y sólo ha contado c h i s t e s m a l o s , n a d a más. P e r o e s o l o do, lo cual va m e n o s c o n m i g o todavía. No t e n e m o s mucho
h a c e p a r a q u e e l S i r y la madre no se tomen el a s u n t o t a n a t i e m p o ; e l S i r s e n i e g a a volver al colegio a n t e s d e q u e t o d o s e
pecho. ¡Estoy seguro de ellol En la escuela, cuando se dirigía a aclare y t e n g o m i e d o d e q u e e l director ¡o expulse por «ausen-
la dirección, no tenía cara de chiste ni por asomo: tenía cara cia injustificada del puesto de trabajo». Y eso podría hacerlo,
de furia y rabia. creo yo. ' ixi
El a m b i e n t e d e la clase no ha cambiado apenas. Hasta Probablemente, el caso podría solucionarse de d i s t i n t a s
e l h e c h o d e q u e e l S i r s e h a y a quedado en casa lo ven c o m o f o r m a s y atacarse desde distintos lados, pero c o m o y o soy
una prueba d e culpabilidad. H eestado d u r a n t e t o d a la así, q u e más q u e m o v e r m e prefiero estar sentado (si no puedo
mañana e s p e r a n d o q u e s e r o b a s e o t r a c o s a . H u b i e r a s i d o la e s t a r echado), voy a resolver sobre el papel hasta donde dé.
112 113
E l círculo grande de l o s s o s p e c h o s o s sería f e l «inventarío Schneider, Egon
d e alumnos» d e l S e x t o A ¡o he copiado del libro de pasar lista): Schütg, D a n i e l a
Sedlak, Robert r., ' i
A m m e r l i n g , Daniel fRIo) Tabor, M i c h a e l (Sir)
B e r g e r , Perdí Trautenstein-Ebersthal, Anna
Binder. Babsi Wehrie, Otto :
Bóck, H e i n g i ^
D a l m a r , Perdí • • - B u e n o , ésta e s l a h e r m o s a y larga lista d e t o d o s l o s
Dohnal, Hansi a l u m n o s d e la clase, déla A a la W.
Elterlein, Otii (Picasj
Fróhlich. R o s w i t a
Grifo, Wolfgang
Habersack, Regina
Hanak. Michael
Huber, Thomas v c »;
K i r c h n e r Dorís . -
Rnobíich, Andrea
!i Knopf, Andreas • •
Kratochwil, Susi < > • ' '
' Lehmann, Klaus . * • •
Mader, M a r t i n a *
Moser, Trixi
Prihoda. ¡van <" '
r Rosch, Katherina
s Schmelg. Lilibeth • •' i
S c h m i e d , Oliver • • <'
Schmitt, Achim
114 115
El día que le desapareció el m o n e d e r o a Lilibeth, en nues- K i r c h n e r . Dorís
tra clase estábamos e n la cresta de la ola de gripe. Según las Kratochwil, Susi
Binder, Bóck, Fróhlich, Hanak, Knoblich, Knopf, Moser, P r i h o d a , Iván ; \ Í V < ^<^i:>
pregunto.
L i l i b e t h d i c e q u e d e b o borrar de la lista de sospechosos P e r o e l día que voló el d i n e r o p a r a l a l e c h e y e l d e l billete
Grifo, Wolfi ' " ' • ladrón sólo p u e d e s e r u n chico. Las chicas no pueden entrar
116 117
P o r t o n t o , eliminamos de la lista de sospechosos a Klaus t a n d o a K l a u s L e h m a n n ( a u s e n t e ) , Iván P r i h o d a ( r o b a d o ) y a
d o / L a c l a s e d e g i m n a s i a e s p a r a mí e l p e o r a s u n t o d e t o d a Tabor. Michael - , .
S c h m i e d e n t o d a la naríg, y fueron a buscar unos pañuelos; e s lógico q u e e l S i r esté e n la lista cuando lo que n o s o t r o s
e n t o n c e s d i j o e l p r o f e Huber que los pañuelos tenían que estar b u s c a m o s e s d e m o s t r a r q u e e l ladrón n o e s él. ¡Vale! Pero
u n o s cuantos para mojar los pañuelos. El Picas dice tener c i e n t o p o r c i e n t o q u e n o s o y e l ladrón. Y p a r a h a c e r l o todo
p a r t e . Así q u e n o s a g u a n t a m o s c o n l o s píes e n e l s u e l o d e la r e l o j d e o r o . F u e al m a t r i m o n i o d e s u p a d r e ( q u e n o s e c a s a -
tl8 119
Del resto de sospechosos quedan, p o r tanto; Ferdi
Berger. Ferdi Dalmar, Woifi Grifo, Thomas Huber, Oliver
Schmied y Robert Sedlak.
Y ahora vamos c o n l a fiesta d e cumpleaños de ¡a
Kratochwil. Tomamos la lista de p o s i b l e s sospechosos y
m i r a m o s quién d e e l l o s e s t u v o e n la fiesta, ya q u e l a l i b r e t a
d e a h o r r o s desapareció.
Posibles ladrones:
Berger -, • ,
Dalmar i ' . - ^ . t : ;
Grifó , , . . , ,
Huber . -
Schmied ; • .:,r, ;¡;. r i ; •
Sedlak . , • Mr.;:,.;.- r
Invitados a l afiesta: • ;
(sólo l o s c h i c o s , n a t u r a l m e n t e } ,,
Dalmar , ^ ;
Grifo , ,,•.•!-
• Hanaki ,^,,,Í ,.,, , , ,; ,,
Huber v ,
Knopf ^ , í
ip; Schneider ;.> .
Sedlak .
121
'• " B e r g e r n o e s t u v o e n ía f i e s t a . a ese esclavo subordinado y supersumiso, lediese por u n a
122 123
Capítulo 9
e l p a p e l s e c a n t e . P e r o m á s q u e u n a l i v i o e r a u n a «situa- c u a n d o e l p r o f e s o r s em e t e d e n t r o d e l a m a s a d e a l u m -
126 127
—¿Qué, L i l i b e t h ? —preguntó e l F i l o — , ¿has a b a n d o n a - — P e r o a t i no te g u s t a T h o m a s Huber n a d a de nada
d o t u campaña d e mentaligación d e l a s d a m a s d e l a c l a s e ? — d i j o e l F i l o — ; tú s i e m p r e t e h a s b u r l a d o d e s u s cortas
L i l i b e t h afirmó c o n l a c a b e g a . de amor.
— N o tiene sentido, en realidad —dijo con caro tris- L i l i b e t h afirmó c o n l a c a b e g a .
te—. También e s t a v e g tenías rogón. M i e n t r a s estoy — Y a — c o m e n t ó e l l a — , p e r o qué l e v a m o s a h a c e r , l o
conversando c o n ellas h a c e n c o m o si e s t u v i e r a n de acuer- q u e h a d e s e r , ¡que s e a ! — Y l u e g o aclaró a l F i l o q u e empe-
do e n t o d o c o n m i g o , p e r o si llega o t r o y dice lo c o n t r a r i o , g a b a l a relación c o n T h o m a s H u b e r p o r q u e , según e l P i c a s ,
entonces también c o m p a r t e n plenamente s u opinión. e r a e l ladrón d e l a c l a s e — . Y s i y o m e h a g o s u a m i g a ínti-
— L i l i b e t h suspiró y s e volvió o t r a v e g h a c i a l a pequeña m a —continuó L i l i b e t h — , p u e d o o b s e r v a r l o y a v e r i g u a r l o .
tarjeta rosa. El P i c a s d i c e q u e si l oh a g o c o n a s t u c i a , d e u n a f o r m a u
E l F i l o miró e l p a p e l c o n a s o m b r o y preguntó: o t r a , T h o m a s H u b e r terminará p o r t r a i c i o n a r s e .
—¿Qué s i g n i f i c a e s o , L i l i b e t h ? — P e r o ¡Lilibeth! —gimió h o r r o r i g o d o e l F i l o , m i e n t r a s
Lilibeth, sonriendo irónicamente, l e d i o la tarjeta. s e l e ponía c a r n e d e g a l l i n a e n l o s b r a g o s y e l e s t ó m a g o — .
D e s d e e l p u p i t r e d e atrás, e l P i c a s s e inclinó h a c i a ellos ¡Esto y a e s l o último!
c o n m á s c a r a d e b u r l a todavía. —¿Tú c r e e s ? — L i l i b e t h l o m i r a b a c o n t r a r i a d a . E s t a b a
En la t a r j e t a r o s a e s t a b a escrito: casi a p u n t o de hacer pedacitos la tarjetita roso, cuando
Hoy a las 3 d e l atarde e np u n t o e nl atienda d e e l P i c a s m e t i ó l a s n a r i c e s — . ¡Lo último e s q u e a u n amigo
Braut-Müller. : le m e t a n d e c o n t r a b a n d o u n r e l o j e n s u p u p i t r e ! — d i j o — .
—¿Y quién t i e n e q u e i r h o y a l a s t r e s a l o t i e n d a d e ¡Si, y a , l o d e l a s i n c e r i d a d y l a l e a l t a d ! P e r o , q u e r i d o F i l o , ¡si
Braut-Müller? —preguntó e l F i l o . s e q u i e r e d e s t a p a r u n a m i e r d a n o s e p u e d e n u s a r méto-
—¡Confío e n q u e T h o m a s H u b e r ! —rió L i l i b e t h . L u e g o d o s d e u n a l i m p i e g a a n g e l i c a l ! ¿Oyes?
explicó a l F i l o q u e i b a a h a c e r s e a m i g a d e T h o m a s Huber —¿Ha s i d o i d e o t u y a , P i c a s ? —preguntó e l F i l o .
a partir d e ese día. Q u e estaba «botao», p o r q u e hacía —¡Claro!, y m e m a n t e n g o e n e l l a —gruñó e l Picas—
m u c h o t i e m p o q u e T h o m a s H u b e r ardía d e a m o r p o r e l l a ¿O t i e n e s tú o t r a m e j o r ? .^ :
y q u e recibía d e él u n a c o r t o a l a s e m a n a , p o r l o menos, E l F i l o n o contestó. •
c o n l a súplica d e u n a c i t a p r i v a d a . A h o r a e l l a , a l f i n , a c c e -
día a e s t e r u e g o c o m o q u i e n c o n c e d e u n a g r a c i a .
128 129
—¿Lo v e s ? —exclamó e l P i c a s c o n a i r e t r i u n f a l — . Y
d e algún m o d o h a y q u e s e g u i r a d e l a n t e , ¿no c r e e s ?
E l P i c a s h i g o a L i l i b e t h u n c l a r o ademán c o n l a c a b e -
g a . L i l i b e t h dobló d o s v e c e s l a t a r j e t a r o s a . Así n o era
m a y o r q u e u n a e s t a m p i l l a . T o m ó l u e g o e l lópig y e l s a c a -
p u n t a s y s e dirigió a l a p a p e l e r a contoneándose. A l p a s a r
p o r e l s i t i o d e H u b e r dejó q u e l a t a r j e t i t a d o b l a d a cayese
a l e t e a n d o s o b r e el p u p i t r e .
E l F i l o e s t a b a a t e n t o a l a reacción d e T h o m a s H u b e r .
V i o cómo d e s d o b l a b a l a t a r j e t a , l a leía y s e encendía e n
s u c a r a u n a s o n r i s a . También l o v i o v o l v e r s e a m i r a r , f e l i g ,
hacia l apapelera, d o n d e Lilibeth sacaba p u n t a a l lápig
c o n cora de angelito inocente.
— E s t o n o es j u g a r l i m p i o — d i j o el Filo a l Picas p o r lo
bajo. ' ^ •••• •' ••••
E l P i c a s s e pasó l a s m a n o s p o r s u s r o j o s p e l o s d e
c e p i l l o y frunció s u p e c o s a f r e n t e e n a r r u g a s g o r d a s .
— T a m p o c o él jugó l i m p i o c o n e l S i r — a f i r m ó éste.
—¡Deja y a d e u n a v e g d e a c u s a r a H u b e r ! —bufó e l
F i l o — . ¡Él n o e s m á s q u e u n s o s p e c h o s o e n t r e c u a t r o !
—Sólo h a s t a q u e n o s o t r o s h a y a m o s d e m o s t r a d o l o
c o n t r a r i o —murmuró e l P i c a s separándose d e l F i l o .
E l F i l o sintió q u e s e e s t a b a p o n i e n d o f u r i o s o .
Furioso d e verdad. Como e s oera algo que casi
nunca le pasaba y, por ello, n o e s t a b a acostumbra-
d o a e s a sensación, l e pareció u n a c o s a h o r r i b l e . C o m o
si t ea g a r r a s e d eg o l p e u n e s p a n t o s o d o l o r d e m u e l a s o
130
e m p i e g a a d a r t e p i n c h a g o s e l apéndice. E l F i l o n o s e sintió dejar claro de u n a veg por t o d a s que nadie, a b s o l u t a m e n -
capag d eresponder al Picas. Ni t a m p o c o d edecirle una t e n a d i e , e s t a b a e n s u d e r e c h o d e l l a m a r ladrón a M i c h a e l
palabra a Lilibeth, que. y a d eregreso d esacar p u n t a al Tabor. que e nmodo a l g u n o había p r u e b a s suficientes
lópig, s e sentó y d i j o s a t i s f e c h a : p a r a ello.
— H a picado. Está m á s r e l u c i e n t e q u e u n árbol d e Tras un instante de asombro y silencio comengó
N a v i d a d , ¿eh? e n l a c l a s e u n m u r m u l l o d e oposición q u e f u e creciendo
E n silencio, c o n los ojos c e r r a d o s y elpulgar e n l a hasta convertirse en protestas claras.
boca, e lFilo a g u a r d a b a a que s ec a l m a s e n en s u cuerpo — P e r o ¡mi r e l o j e s t a b a e n s u p u p i t r e , ¿no?! — e x c l a -
l o s e f e c t o s d e l s e n t i m i e n t o d e cólera. Y a s e e n c o n t r a b a mó H a n s i D o h n a l .
m u c h o mejor cuando l oprofesora H u f n a g e l entró e n l a —Y quién i b a a s e r s i n o , ¿eh? —preguntó Oliver
c l a s e . L a f u r i a había c e d i d o t a n t o q u e y a sólo e r a como Schmied.
a r d o r e s d e l a s encías o t i r o n e s d e l o m b l i g o . —¡Claro q u e f u e él! ¡Yo y a m e l o había o l i d o d e s d e e l
La señora H u f n a g e l higo, p r i m e r o , u n a anotación p r i n c i p i o ! —bramó R o b e r t Sedlak.
en e l libro d e asistencia. Todos esperaban con tensión L a señora H u f n a g e l gritó aún m á s f u e r t e :
l o q u e s e g u r a m e n t e comentaría o renglón s e g u i d o , pues —¡Silencio!, ¡silencio i n m e d i a t a m e n t e ! — Y siguió—:
era evidente que, d eu n a f o r m a u otra, la profesora jefe Pudo haber sido cualquiera. Cualquiera pudo meterle e l
había d e p r o n u n c i a r s e s o b r e e l a s u n t o d e l o s r o b o s . Pero reloj e n el p u p i t r e .
l a señora H u f n a g e l , después q u e h u b o a p u n t a d o l a f a l t a —¡Exacto! —gritó e l P i c a s , y s e p u s o a a p l a u d i r c o n
d e l S i r e n l a l i s t a , cerró e l l i b r o , f u e a l a v e n t a n a y s e puso las m a n o s en alto.
a m i r a r l a l l u v i a q u e caía. L i l i b e t h aplaudía también. E l F i l o , o c u p a d o todavía
— Q u i e r e h a c e r t i e m p o —murmuró L i l i b e t h . c o n l o s r e s t o s d e s u cólera, sólo a l g o l a s m a n o s c o n timi-
Más d e u n m i n u t o — L i l i b e t h l o comprobó c o n e l d e g . A p e s a r d e e l l o , l o s a p l a u s o s hacían t a n t o r u i d o q u e
segundero d e s u r e l o j — permaneció l a p r o f e s o r a e n la I u p a b a n l a s e x p r e s i o n e s d e d i s g u s t o d e l o s demás.
v e n t a n a . L u e g o s e volvió y d i j o q u e , c o m o p r o f e s o r a jefe Paciente, s i n protestar, la profesora H u f n a g e l a g u a r -
d e l S e x t o A , tenía q u e c o m e n t a r a l g o c o n l o s c o m p a ñ e - dó a q u e e l P i c a s y L i l i b e t h s e c a n s a s e n d e a p l a u d i r y e l
r o s d e M i c h a e l T a b o r . D i c h o e s t o , l o señora H u f n a g e l fue Filo bajase las m a n o s . L u e g o dijo q u e n o s ed e b e conde-
a l s i t i o d e l S i r . s e sentó e n e l p u p i t r e y d i j o q u e deseaba nar a nadie sin que haya pruebas seguras, que Michael
132 133
T a b o r había s i d o s i e m p r e u n b u e n c o m p a ñ e r o y q u e uno El c u a r t o r e c r e o e r a d ecinco m i n u t o s . T r e s d e ellos
debía p o n e r s e e n s u l u g a r a n t e s d e l l a m a r l o ladrón. l o s empleó e l F i l o , o j o s c e r r a d o s y p u l g a r e n l a b o c a , paro
Y también e l F i l o s e sentía y a c a p o g d e h a b l a r t r a n - q u e lo v a s a d e r r e t i r c o m o u n h e l a d o .
las diversas clases d eoraciones subordinadas con una c o n v o g a p e n a s m á s a l t a , añadió—: Señora p r o f e s o r a , ¿le
134 135
L a señora H u f n a g e l s e interesó: i - j v - • f U I : : Í Í : — N o , claro — i n t e r v i n o el Filo—, pero m e h a venido la
?. —¿Has v i s t o a l g u n a c o s a , h a s oído a l g o , t i e n e s p r u e - i d e a d e q u e u n ladrón q u e r o b e p o r c u a l q u i e r rogón d e s c o -
bas, indicios o algo? n o c i d a n o e s p e o r q u e o t r o q u e s i n rogón a l g u n a , s i n p r u e -
— N o , sólo i d e a s — d i j o e l F i l o , y miró o l a d e c e p c i o - b a s c i e r t a s , s e ensaña c o n t r a u n c o m p a ñ e r o d e c l a s e . ¿O
nada profesora Hufnagel—. Pero hasta ahora siempre es u n p idea equivocada? A d e m á s , m e gustaría s a b e r qué
m e h e p o d i d o f i a r d e m i s i d e a s —agregó—. E s e n o e s m i v a a p a s a r l e a l ladrón, qué l e espera.
p r o b l e m a . M i p r o b l e m a e s — e l F i l o s e volvió a m e t e r e l E l t i m b r e gumbó a n u n c i a n d o e l f i n a l d e l r e c r e o . Los
p u l g a r e n l ab o c a — que seguramente e l ladrón m e dará a l u m n o s a b a n d o n a r o n e l p a s i l l o y l a señora H u f n a g e l aún
p e n a , p u e s , p o r l o q u e p u e d o s a b e r h a s t a a h o r a , será u n n o había r e s p o n d i d o a l ap r e g u n t a del Filo. F i n a l m e n t e
pobre diablo, u n desgraciado. — y o c o n e l p r o f e s o r d e biología o l o v i s t a , d e l a n t e , e n l a
— P e r o e s u n ladrón — d i j o l a señora H u f n a g e l . escalera—, dijo:
—Sí, ¿y qué? — D a n i e l miró a l a p r o f e s o r a H u f n a g e l o — P e r d o n a , D a n i e l , p e r o l a s d o s p r e g u n t a s s o n difíci-
l a c a r a — . Sí, ¿y qué?—repitió. -. ' : les. D e b o r e f l e x i o n a r s o b r e ellas.
— P e r o D a n i e l . . . — L a señora H u f n a g e l e s t a b a verda- L o d e r e f l e x i o n a r e s a l g o q u e e l F i l o entendió b i e n .
deramente escandaligada—. ¡No s e d e b e r o b a r ! ¿Cómo Asintió c o n l o c a b e g a m o s t r a n d o s u c o n f o r m i d a d y entró
puedes d e c i r u n a c o s o así? A d e m á s , n a d i e e s t a n pobre
e n l a c l a s e e n compañía d e l profe-biólogo.
e n n u e s t r a c l a s e c o m o p a r a t e n e r q u e r o b a r . ¡Yo c o n o g c o
b i e n l a situación f a m i l i a r d e l o s a l u m n o s !
—Yo había p e n s a d o o t r a f o r m a d eser pobre —dijo
el Filo.
—¿Qué f o r m a ? • ''
E l F i l o s e encogió d e hombros:
— T a n t o n o sé todavía; e s sólo u n a impresión.
— E s i g u a l , D a n i e l . — L a p r o f e s o r a H u f n a g e l movió l a
cabega—. E n todo caso, n o s epuede consentir que haya
alguien e nl aclase que robe como u n l a n g a . Tú y a v e s
c ó m o e s t á e l c u r s o a h o r a y e s o n o p u e d e s e g u i r así.
136 137
Capítulo 10
. . . e n e l q u e L i l i b e t h v a d e fracaso e nfracaso c o n s u
t r a b a j o d e t e c t i v e s c o y s u m a d r e a p o r t a u n a pista decisiva,
d e l o q u e únicamente s e d o c u e n t a e l F i l o .
—Lloverá e n s e g u i d a — d i j o Thomas.
L i l i b e t h afirmó c o n l a c a b e g a i n t e n t a n d o sonreír.
T h o m a s H u b e r e s t a b a y a e n e l callejón. Sonrió d i c h o - —¿Quieres i r a l c i n e . L i l i b e t h ? A l a sc u a t r o dan
s o a l v e r l a v e n i r , y c u a n d o llegó l e preguntó c o n d e s v e l o : Astérix e n e l M e t r o p o l .
— L i l i b e t h , ¿estás r e s f r i a d a ? «Meterse e n e l c i n e n o v a b i e n c o n m i c o m e t i d o —pensó
E s q u e L i l i b e t h tenía e n r o j e c i d o s e l l a b i o s u p e r i o r y l a I i l i b e t h — . E n e l c i n e h a y q u e e s t a r c o l l a d o y así n o puedo
p u n t a de la narig: t o d o p o r q u e e r o t a n p o c o e x p e r t a para ( I I r a n e a r l e a T h o m a s n i n g u n a confesión.» w
l i m p i a r s e e l lópig l a b i a l c o m o p a r a p i n t a r s e . —La d e Astérix y a l a h e v i s t o tres veces —dijo
L i l i b e t h contestó q u e n o e s t a b a r e s f r i a d a e n abso- I I l i b o t h . ( E n r e a l i d a d , n o l a había v i s t o n i u n a s o l a y s e
l u t o y s e sintió u n t a n t o f u r i o s a . A l f i n y a l c o b o , aquélla moría d e g a n a é d e i r . )
era su primera cito y recordaba q u e n o hacía m u c h o l a - Vamos a lcentro, e n t o n c e s —propuso Thomas—.
a b u e l a l e había d i c h o a s u m a d r e : « L a p r i m e r a c i t o n o t a n l l l h o y u n montón d e c i n e s . — T h o m a s H u b e r sacó d e l
o l v i d a u n a m i e n t r a s viva», y q u e l a m a d r e había r e s p o n - bolsillo del abrigo u n a página d e l periódico d o n d e venía
d i d o : «Es u n m o m e n t o m u y e m o c i o n a n t e . ¡Es c o m o estar «il p r o g r a m a cinematográfico d e l v i e r n e s . Había marcado
e n e l cielo!». c o n r o t u l a d o r r o j o l o s c i n e s q u e tenían sesión d e tarde.
140 141
—Además, y o n o t e n g o dinero p a r a e l cine —dijo q u e t e i n v i t a s e . — Y c o n t o d a l a c a r a r e l u c i e n t e s e echó e l
Lilibeth. a b r i g o h a c i a atrás y s a c ó u n b i l l e t e d e d i e g d e l b o l s i l l o d e l
Q u e T h o m a s H u b e r a n d u v i e s e «bien d e p e s o s » e r a m o s p e r m i t i r t o d o l o q u e tú q u i e r a s !
143
3^
del escaparate. C o n la p u n t a de la narig a p l a s t a d a c o n t r a
l a v i t r i n a , añadió c o n u n q u e j i d o — : Q u i e r o u n o c o m o ése
d e s d e s i e m p r e , p e r o m a m ó n o m e l o c o m p r a . ¡Daría t o d o
p o r t e n e r l o ! E s e c o l g a n t e e s e l sueño d e m i v i d a .
— B u e n o , si t a n t o s g a n a s t i e n e s d e u n c o l g a n t e así
—dijo T h o m a s Huber titubeando—, entonces yo te rega-
l o u n o . P e r o n o s e l o t i e n e s q u e d e c i r a n a d i e , ¿eh? H a d e
quedar en secreto.
—¿Y e s e x a c t a m e n t e i g u a l q u e ése? ¿De o r o , e s m a l -
tado por delante?
T h o m a s H u b e r d i j o q u e sí c o n l a c a b e g a . L i l i b e t h s e
sintió c o m o p e r r o d e c a g a q u e está y a f r e n t e a l a g u a r i d a
del gorro.
— L o t e n g o d e s d e q u e nací — d i j o T h o m a s — , p e r o no
le h a g o n i c a s o .
«¡Ah! —pensó L i l i b e t h — . ¡Desde q u e nació! ¡Ahora y a
l o t e n g o ! E n t o n c e s n o existía Astérix. Y e s o d e q u e nadie
l o s e p a , q u e d e b e s e r u n s e c r e t o , ¡oh, c l a r o ! E l q u e regala
c o s a s r o b a d a s n o a n d a pregonándolo d e s d e l a t o r r e d e
l o iglesia.»
—Mañana t e l o l l e v o a l c o l e g i o — d i j o T h o m a s Huber
L i l i b e t h sintió u n e n o r m e h o r m i g u e o e n l a b a r r i g a .
E n t o n c e s , ¡al día s i g u i e n t e y a estaría e l c o s o resuelto!
T h o m a s , a escondidas, l e daría e l Astérix o e l l a , e l l a s e
l o enseñaría a Iván, q u e pegaría u n g r i t o d i c i e n d o que
ése e r a e l s u y o , y T h o m a s H u b e r , b l a n c o c o m o l a p a r e d ,
tendría q u e confesarlo todo. ¡Y e l l u n e s , e l S i r podría
144
v o l v e r a l c o l e g i o c o n l ac a b e g a b i e n a l t a y libre d e t o d a S u s i K r a t o c h w i l . Así, c o m o p o r d e c i r a l g o , L i l i b e t h p r e g u n -
sospecha! t ó a l p a s a r f r e n t e a l o mansión d e l o s K r a t o c h w i l :
En ese p u n t o de sus imaginarias predicciones estaba —¿Lo p a s a s t e b i e n e n l a f i e s t a d e S u s i ?
Lilibeth cuando T h o m a s Huber intervinocon vog insegura: — F e n o m e n a l — c o n t e s t ó T h o m a s — . Sólo q u e tú m e
—Sólo q u e e s a n u b e aguí c e l e s t e d e ahí. ésa n o l a h i c i s t e . p o c o c a s o . Y e l lío d e l a l i b r e t a d e a h o r r o , q u e no
t i e n e e l mío. P e r o d a l o m i s m o , ¿no? s debería h a b e r p a s a d o . v i ' ?•
¿Nube?, ¿qué n u b e ? L i l i b e t h b u s c a b a e n e l e s c a p a r a - —¡La t o n t a tenía q u e d e j a r l a s l i b r e t a s p o r ahí t i r a -
t e . «¿Qué d i c e é s t e d e u n a n u b e aguí celeste?», p e n s a b a d a s ! —comentó L i l i b e t h — . E l F i l o d i c e q u e e l l o t i e n e l a
L i l i b e t h . c u a n d o descubrió q u e j u s t o a l l a d o d e l d e Astérix m i t a d d ela culpa por l om e n o s . Las cosos d evalor hoy
había u n c o l g a n t e c o n u n ángel d e l o g u a r d a . U n a c a b e g a que guardarlos bien guardadas.
d e ángel g o r d a y m o f l e t u d a , c o n o l i t a s r o s a , f l o t a n d o e n —Pero s i e l l a l o h i g o . . . —replicó T h o m a s Huber—.
u n a n u b e aguí c i e l o . , v ••x: >c .• Después d e enseñarnos l a s l i b r e t a s volvió a m e t e r l a s e n
L i l i b e t h c a s i s e e c h a a l l o r a r p o r l a decepción. S e l a c a j a y cerró c o n l l a v e . L u e g o s a c ó l a l l a v e y l a dejó e n e l
t r a g ó l a s lágrimas c o m o p u d o y d i j o : último cajón d e l a m e s a g r a n d e d e l e s c r i t o r i o .
— T h o m a s , n o p u e d e s d a r m e t u ángel. U n ángel L i l i b e t h intentó p o n e r c a r a d e desinterés, p e r o pensó
d e l a g u a r d a d e o r o e s m u y c a r o y m i mamá n o m e deja p o r d e n t r o : «Bien, y a e s t á p i l l a d o . A h o r a está clarísimo.
que acepte esos regalos. He h a b l a d o c o n t o d o s los de la clase de la libreta robada.
— P o r e s o n o quería y o q u e n a d i e l o s u p i e s e —dijo H e r e p e t i d o m i l v e c e s q u e u n o n o d e j a p o r ahí s i n g u a r d a r
Thomas—. M i m a d r e s e pondría h e c h a u n a f u r i a s i s e cosas d et a n t o valor y nadie ha dicho nada e ncontra.
e n t e r a r a de q u e lo h e regalado. ¡Claro!, p o r q u e n a d i e sabía q u e Susi había c e r r a d o e l
— P e r o si t i e n e q u e ser u n secreto, e n t o n c e s n o m e lo cajón. N i S u s i s e a c u e r d a d e e s o . C r e e q u e dejó l a s l l a v e s
p u e d o p o n e r a l c u e l l o , y así y a n o t i e n e g r a c i a . p u e s t a s e n l o c a j a . P e r o e l ladrón, ¡ése sí q u e l o s a b e ,
! Thomas l o reconoció. E n c i e r t o m o d o , incluso s e n a t u r a l m e n t e ! ¡Para él f u e u n d e t a l l e m u y importante!».
había q u i t a d o u n p e s o d e e n c i m a . > ^ — Y o n o había p e n s a d o que elSir fuese t a n t o n t o
—¿Seguimos a d e l a n t e ? —preguntó. —continuó T h o m a s Huber-; es una verdadera idioteg
Lilibeth afirmó p e s a r o s a con lo cabega. Bajaron c r e e r q u e s e p u e d e s a c a r d i n e r o así t a n fácil d e u n a l i b r e -
despacio y t o r c i e r o n por la calle d o n d e e s t a b a la c a s a d e ta con clave.
146 147
—Tú, n a t u r a l m e n t e , habrías caído e n e l l o e n segui-
—No p u e d o i r a l c i n e . P r i m e r o , n o v o y a d e j a r oír a
d a , ¿no? .• • ,
n a d i e c o n m i s e s t o r n u d o s , y , además, a c a b o d e acordar-
E n l a V05 d e L i l i b e t h había u n t o n i l l o m a l i c i o s o y
m e d e q u e t e n g o q u e i r c o r r i e n d o a v e r a m i a b u e l a . Está
h o s t i l , p e r o T h o m a s n o pareció d a r s e cuenta.
enferma.
— j P u e s c l o r o ! — d i j o él—. E n p r i m e r l u g a r , e s o l o s a b e
> L i l i b e t h d i o m e d i a v u e l t a y s e f u e a lc r u c e , a casa
u n bebé. ¡Y e n c i m a y o ! M i p a d r e e s c a j e r o d e l a c a j a d e
d e l P i c a s . A l o a l t u r a d e l a c a s a paró; —Adiós, ¿eh? — d i j o
a h o r r o s . Y o e n t i e n d o m u c h o d e a s u n t o s b a n c a r i o s . ¡Y n o
a Thomas H u b e r , y s e quedó e s p e r a n d o a q u e éste s e
s o l a m e n t e de esas p e q u e n e c e s de cabro chico!
m a r c h a s e . T h o m a s H u b e r l a miró c o n desconfianga;
L i l i b e t h s e d i o p o r v e n c i d a . C o n e s o y a tenía b a s t a n -
—¿Vive ahí t u a b u e l o ? ¡Quien v i v e ahí e s e l C a m e l l o !
t e . ¡Era a b s u r d o ! A a l g u i e n c o n u n p a d r e c a j e r o e n l a c o j a
— B u e n o , ¿y qué? ¿Es q u e n o p u e d e v i v i r m i a b u e l a e n
de a h o r r o s n o s e l e ocurriría r o b a r l i b r e t a s c o n clave.
la m i s m a c a s o q u e el Picos?
¡Naturalmente q u e no! Era algo que e l l a debía hacer
Lilibeth hubiese preferido m e t e r s e e n la casa y dejar
comprender al Picas.
a T h o m a s p l a n t a d o s i n u n adiós, p e r o , p o r d e s g r a c i a , l a
— T h o m a s — d i j o Lilibeth—, y as e m e h a p a s a d o e l
p u e r t a de la calle e s t a b a c e r r a d o . E n el quicio de la p u e r -
tiempo. Tengo que irme corriendo. Lo siento.
t a , j u n t o a l o l t a v o g d e l p o r t e r o automático, había t r e s
— V a m o s p o r lo m e n o s o t o m a r u n h e l a d o —propuso
t i m b r e s c o n l e t r e r i t o s a l l a d o ; e n u n o salía E L T E R L E I N ,
Thomas Huber.
en el otro ALOIS STINGEL, masajista, y e n el terce-
— C r e o q u e y a h e p i l l a d o u n resfrío — d i j o L i l i b e t h — ;
ro HUMPELSTETTER. Thomas Huber miró l o s letreros.
u n h e l a d o n o m e haría b i e n .
Humpelstetter era u n pintor bastante famoso conocido
Thomas Huber estaba desencantado.
e n t o d o l o región. D e v e g e n c u a n d o salía e n l a página
-¿Y al cine?
de farándula d e l o s periódicos q u e s e había separado
Lilibeth tampoco quería i r a l c i n e . Sólo deseaba
d e u n a m u j e r y q u e vivía c o n o t r a n u e v a ; p e r o ¡seguro
b u s c a r a l P i c a s p a r a c o m u n i c a r l e q u e l a «acción Huber»
q u e la a b u e l a d eLilibeth n o e r o el n u e v o a m o r del p i n t o r
había s i d o u n p a s o e n f a l s o . E l P i c a s vivía j u s t o e n f r e n t e ,
Humpelstetter! • ; • •
e n el cruce.
—¡Estás m i n t i e n d o ! — d i j o T h o m a s H u b e r c o n gesto
L i l i b e t h dijo;
t r i s t e — , ¡Tú m i e n t e s , s e g u r o ! ¿Por qué h a s s a l i d o conmigo
148
149
s i n o m e q u i e r e s ? — T h o m a s H u b e r apretó eí botón q u e e s t a b a n l o s d o s d e v u e l t a d e l goológico. E n c a s a d e l S i r
150 151
—Resguardado como u n castillo feudal —comen-
t ó e l F i l o e n t r a n d o . L e siguió e l P i c a s c o n u n o s o n r i s a d e
satisfacción. .-. , H -.r: ^,
—¿Qué p a s a ? —preguntó L i l i b e t h e n V05 b a j a .
Tenía q u e s e r a l g o i m p o r t a n t e p o r f u e r g a . E l F i l o y e l
P i c a s n o i b a n a v e r l a a e s a s h o r a s s i n o e r a p o r u n a rogón
e s p e c i a l . L i l i b e t h l o s llevó a s u habitación. Y l a m a d r e d e
L i l i b e t h , q u e a d e m á s d e m u y m i e d o s a e r o también u n a
mujer curiosa, fue al recibidor a sacar brillo al g r a n espejo
d e p a r e d q u e había j u n t o a l a habitación d e L i l i b e t h . P e r o
l o q u e escuchó d e s d e s u p u e s t o d e e s p i o n a j e l e quitó l o s
g a n o s de seguir c o n el d i s i m u l o .
O y ó q u e s u h i j a decía c o n v o g d e a s o m b r o :
—¿Esto qué e s ? ^
Luego la vog t r i u n f a n t e del Picas:
— E l pañuelo.
Y de nuevo Lilibeth: ;
—Está t o d o s u c i o . . > ,:
A l o q u e e l P i c a s replicó:
— P o r q u e lo h e m o s u s a d o c o m o t r a p o del polvo. Dohnal. E s t a b a extendido sobre la m e s a . E n u n a esqui-
E n t o n c e s l o m a d r e d e L i l i b e t h volvió o l a s a l a d e e s t a r na d e l pañuelo había u n a s i n i c i a l e s b o r d a d o s . Éstas
d i c i e n d o p o r o sí: «¡Sólo p a r a e s c u c h a r u n a conversación eran H. T. » ,•„. •
a b u r r i d a s o b r e u n pañuelo s u c i o n o v o y a e s t a r socándole —Nada más m a r c h a r t e — d i j o e l P i c a s — , s em e
b r i l l o a u n e s p e j o q u e y a está impecable!». ocurrió q u e e l pañuelo podría s e r i m p o r t a n t e , p o r q u e e s
P e r o d e n t r o d e l a habitación d e L i l i b e t h , ésta, s e n t a - n u e s t r a único p r u e b a . ¡Nuestro único d e l i t o !
d a , c o n t e m p l a b a f i j a m e n t e e l pañuelo c u a d r i c u l a d o b l a n - — D e l i t o n o —interrumpió e l F i l o — . I n d i c i o . S i e s q u e
c o y c a f é e n e l q u e había e s t a d o e n v u e l t o e l r e l o j d e H a n s i (juieres u s a r palabras raras. , . '
152 153
—¡Vale!, p u e s entonces, i n d i c i o —siguió e l P i c a s — .
—Parece que es una prueba claro. Y o m e había
Y o quería a s e g u r a r m e o t o d a c o s t a . P r i m e r o , n o sabía
i m a g i n a d o u n a teoría c o m p l e t a m e n t e d i s t i n t a , p e r o esas
dónde podría e s t a r . H e p e n s a d o que a l g u i e n l o habría
iniciales m e la hacen polvo.
t i r a d o . P e r o l u e g o h e caído e n q u e B a b s i B i n d e r l o t o m ó
—¿Y cuál e r a t u teoría? —preguntó L i l i b e t h .
c o m o t r a p o del p o l v o . E n t o n c e s m e f u i a l c o l e g i o y l e dije
A n t e s d e q u e e l F i l o p u d i e s e c o n t e s t a r , cortó e l P i c a s :
a Stribany que necesitaba l a l l a v e d e l a s a l o , q u e había
— S u teoría n o v a l e nada. ¡Los teorías s o n rollos!
d e j a d o l a c o j o d e p a s t i l l a s p a r a e l a s m a , l a única q u e me
¡Sólo c u e n t a n l a s p r u e b a s ! — E l P i c a s t o m ó e l pañuelo, l e
quedaba...
sacudió e l p o l v o d e t i g o y l o dejó c a e r o t r a v e g s o b r e l a
—¿Pastillas p a r o e l a s m a ? ¿Tú t i e n e s a s m a ? — L i l i b e t h
mesa—. Mañana t e m p r a n o v o y a l « d i r é » y l e enseño l a s
miró a l P i c o s horrorigodo.
iniciales.
—Sólo p a r o p o d e r c o l a r s e e n l a s a l a —aclaró e l F i l o .
Lilibeth notó c o n asombro q u e sentía p e n o p o r
E l P i c o s d i j o q u e sí c o n l o c a b e g a y siguió:
Thomas Huber. L e latía e l coragón d e compasión a l
—¡Y p o r s u e r t e , e l d e l i t o e s t a b a todavía allí!
p e n s a r e n él a l a mañana s i g u i e n t e , f r e n t e a l d i r e c t o r E l
— E l i n d i c i o —corrigió e l F i l o .
m i s m o T h o m a s Huber que estaba dispuesto a regalarle
—¡Qué i m p o r t a ! — A l P i c a s l e d a b a i g u a l u n o p a l a b r a s u ángel d e l o g u a r d a .
que o t r a — . S e a c o m o sea. y a lo t e n e m o s , y las iniciales H.
—¡¿Qué, a c a s o t e d a lástima?! —exclamó e l Picas—.
T. d e m u e s t r a n que es de T h o m a s Huber.
¡Encimo!
L i l i b e t h tenía l a v i s t a c l a v a d a én e l s u c i o pañuelo. E r a
P o r l o v i s t o , o L i l i b e t h s e l e podían l e e r e n l a c a r a sus
u n pañuelo m u y g r a n d e . L o s c u a d r a d o s e s t a b a n a l g o d e s c o -
pensamientos compasivos. Justo cuando Lilibeth iba a
loridos y la tela b a s t a n t e g a s t a d a p o r el uso. L a s iniciales
contestar que no iba m u y desencaminado al pensar que
e r a n d e u n b o r d a d o f l o r i d o e n h i l o café. P e r o s e distinguían
tenía lástima d e T h o m a s , s e abrió l a p u e r t a y entró l a
c l a r a m e n t e u n a H. T. y u n a H de Huber y T de T h o m a s .
m a d r e d e L i l i b e t h . F u e p o r c u r i o s i d a d , p e r o n o l o quería
—¿Eh?, ¡¿qué l e s decía?! — e x c l a m ó e l P i c a s triun- a d m i t i r y e n t o n c e s preguntó s i a l g u i e n quería u n a c o c a -
f a n t e — . S i e m p r e p u e d o f i a r m e d e m i i n s t i n t o . ¡Si e r a t a n cola. Los t r e s dijeron que no. N o e s t a b a n e n t o n c e s pora
claro c o m o agua de fuente sin contaminar! coca-colas. P e r o l o m a d r e d e L i l i b e t h y a n o podía r e p r i m i r
Lilibeth miró a l Filo. Este algo s u s redondos l a c u r i o s i d a d . Pensó: «Si e s t o s d o s h a n v e n i d o realmente
h o m b r o s y dijo: " p o r u n pañuelo s u c i o , t i e n e q u e s e r u n pañuelo m u y espe-
154
155
cial». V i o e l pañuelo e x t e n d i d o s o b r e l a m e s a d e L i l i b e t h . t o d , n o e r a m u c h o p e d i r q u e el P i c a s a c e p t a s e s u d e s e o y
S e acercó a él y l e s preguntó r i e n d o : r e t r a s a s e d o s días l a v i s i t a a l «diré».
—¿Qué c l a s e d e m o q u e r o d e bisabuelo e s eso que —¡Y e l p o b r e S i r ! —gritó e l P i c a s — , ¿acaso t e d o
t i e n e n aquí? l o m i s m o ? S e alegrará, s e g u r o , d e p o d e r quedar limpio
C o m o n a d i e respondió, l o m a d r e d e L i l i b e t h volvió a mañana > m i s m o . ¿Por qué h a d e a g u a n t a r c o n r i o ladrón
s a l i r d e l a habitación. E l F i l o levantó l o s o j o s y l a siguió t o d o el f i n d e semana?
c o n l a m i r a d a . S e m e t i ó e l p u l g a r e n l a b o c a y murmuró: — E l S i r — d i j o e l F i l o c o n u n t o n o d e V05 a l t o , r a r o e n
— U n a mujer m u y inteligente. él— e s t á d e a c u e r d o e n t o d o l o q u e y o h a g a . — Y acentuó
L i l i b e t h pensó q u e e l Filo s e e s t a b a riendo d e s u e l y o c o n g r a n énfasis—. S i n o m e c r e e s , llámalo. P i c a s .
m a d r e y l e replicó: —¡Vale!, ¡vale! —murmuró e l P i c o s . Sabía q u e e l F i l o
—¡La t u y o t a m p o c o g a n a e l P r e m i o Nobel! n o decía m e n t i r o s - . B u e n o , e s p e r o h a s t a e llunes. Pero
E l F i l o t o m ó e l pañuelo, l o dobló y s e l o m e t i ó e n e l ¡luego a mí n o m e p a r a n a d i e !
bolsillo. —¡El l u n e s p u e d e s p o n e r t e t u m o q u e r o d e s o m b r e -
—¡Eh, déjalo ahí! —saltó e l P i c a s — . Y o l o h e e n c o n - r o ! —exclamó e l F i l o . Y , e m p u j a n d o a l P i c a s c o n u n d e d o
t r a d o y y o s e l o l l e v o a l «diré». — P u s o l o m i s m a c a r a d e e n e l p e c h o , continuó—: E l l u n e s m e darás g r a c i a s p o r n o
alguien o q u i e n t r a t a s e n de e s c a m o t e a r el p r i m e r p r e m i o h a b e r h e c h o e l «ridi» a n t e e l d i r e c t o r . — Y a L i l i b e t h — : D a
d e l a lotería— ¡Devuélveme m i d e l i t o ! ¡Rápido! a t u madre u n par d ebesitos d em i parte. Si no e s por
E l F i l o repitió q u e l a p a l a b r a a d e c u a d a en ese caso ella, c a s i m e h u b i e s e r e n d i d o y a . — Y d i c h o e s t o , e lFilo s e
había d e s e r «indicio», p e r o n o s a c ó e l pañuelo. D i j o q u e l a despidió y s e marchó o c a s a .
m a d r e d e L i l i b e t h l e había d a d o l a p i s t a b u e n a y pidió e l El P i c a s y L i l i b e t h se q u e d a r o n u n b u e n r a t o m i r a n d o
próximo f i n d e s e m a n a p a r a s e g u i r l a . l o p u e r t a p o r I p q u e e l F i l o s e había i d o .
— S i e l l u n e s p o r l o mañano t e m p r a n o n o t e n g o a l —¿Qué e s , p u e s , l o q u e h a d i c h o t u m a d r e ? — p r e g untó e l
ladrón, t e d e v u e l v o e l pañuelo y p u e d e s i r c o n él a l «diré». P i c a s c o n f u s o — . ¿Había e n e l l o a l g u n a c o s o s i g n i f i c a t i v a ?
E l F i l o siguió t e s t a r u d o y cobegón. D i j o q u e tenía —Ni media palabra —dijo L i l i b e t h . Y añadió t r a s
otras cosos mejores que hacer que e s t a r allí sentado u n a b r e v e p a u s a — : P e r o e l F i l o sabrá b i e n l o q u e hace.
discutiendo. Y que, e n n o m b r e de s u viejo y e t e r n a a m i s - S i e m p r e l o s a b e . Y o confío e n él t o t a l m e n t e .
156 157
Capítulo 11
El P i c a s y a n o tenía g a n a s d e estar e ncosa cíe
L i l i b e t h . S e despidió d e e l l o c o n b a s t a n t e f r i a l d a d .
Y c u a n d o y a e s t a b a f u e r a y L i l i b e t h había cerrado
c o n l l a v e d o s v e c e s y c o r r i d o u n c e r r o j o , murmuró:
—¡Maldición, t o d o s s o n c o m o e s c l a v o s s u y o s ! •
3 d e d i c i e m b r e , v i e r n e s (11 de la n o c h e ) .
H e lavado el pañuelo, lo he secado en la calefacción,
p l a n c h a d o y d o b l a d o c o n t o d o e s m e r o . L o t e n g o aquí, a n t e
mí, c o n l a s iniciales hacia arriba.
Además, he decidido no enojarme más con nadie de la
clase por el hecho de que hayan sospechado d e lS i r D e l o
c o n t r a r i o , e n justicia, tendría q u e e n o j a r m e también c o n e l
Picas por haber sospechado d eT h o m a s H u b e r Dice que s e
d e j a g u i a r p o r su i n s t i n t o . / I n s t i n t o / S i e l a s u n t o f u e s e consi-
derar si le cabe en el buche otro de los a c o s t u m b r a d o s s u p e r -
sóndwiches q u e s e c o m e d e colación, podría, e l t o n t o , dejarse
guiar por su i n s t i n t o ; p e r o c u a n d o s e t r a t a d e p e r s o n a s , d e b e
guardárselo. S i p o r c u l p a d e esos «sentimientos» s e ensucia
de barro a o t r o s , p r e f i e r o n o t e n e r n i n g u n o . ¡Esto no tiene pies
ni cabera! Conviene rastrear el asunto desde el principio:
158
sino o t r o s e n t i m i e n t o d e a m i s t a d p o r el Picas. E s t o m o l e s t a P i c a s . Y a l a s d i e g . e n c u a n t o t e r m i n e n l a s c l a s e s , m e pondré
a T h o m a s y , e n t o n c e s , a éste l e brota un s e n t i m i e n t o d e ira m a n o s a la obra. Le diré a L i l i b e t h q u e v e n g a c o n m i g o . E n t r e
contra el Picas y p o r e s o l o l l a m a siempre Camello. De ahí d o s n o s resultará más fácil.
q u e e n e l Picas surja un s e n t i m i e n t o d e odio hacia T h o m a s y Cuando todo haya pasado, regalaré tres rosas a la
q u e , a la mínima, t e n g a el s e n t i m i e n t o d e q u e él e s e l ladrón. madre de L i l i b e t h , S i ella no hubiera soltado lo de «moque-
Y e n v e g d e devanarse la cabera para averiguar qué pasa con r o d e bisabuelo», probablemente yo no h u b i e s e caído e n la
sus s e n t i m i e n t o s , s e d e j o c o m e r e l c o c o p o r e l l o s y sólo e s cuenta tan pronto de q u e e l pañuelo e s d e l «año-de-la-pera»
c o p a g d e ver lo que q u i e r e . D i c e e l t i p o que quiere estudiar y de que es raro que se b o r d e n p a r o l o s c h i c o s i n i c i a l e s t a n
derecho. Confiemos en que sea notario para llevar asuntos de f l o r i d a s e n pañuelos t a n g r a n d e s . Y q u e , además, e s c o r r i e n -
t e s t a m e n t o s y no jueg. D eotro modo, con sus sentimientos t e e n c a s i t o d a s las familias repartir los pañuelos a voleo.
n o hará más que salvajadas. Yo también t e n g o algunos con las inicíales A. A., porque mi
160 161
la jaula, donde l o s demás compañeros d e l a c l a s e , que J u n t o a l a estación e n l a q u e b a j a r o n e l F i l o , e l Picas
e s t a b a n cambiándose t r a n q u i l a m e n t e , s e q u e d a r o n muy y L i l i b e t h había u n s u p e r m e r c a d o g r a n d e c o n u n p a r q u e
extrañados a l v e r e l a b a n d o n o d e l o s útiles d e e s t u d i o . pequeño a l l a d o . Detrás s e veían a l g u n a s c a s a s altos,
E l F i l o había a d v e r t i d o a L i l i b e t h y a l P i c o s : nuevas, con balcones e n la fachada, y unos cuantos
—Cada minuto cuenta. Tenemos que llegar as u hileras d e casas bajos c o n j a r d i n e s d i m i n u t o s . El vien-
c a s a a n t e s q u e él. to soplaba allí m u y f u e r t e . L o s pequeños a b e d u l e s del
L i l i b e t h había c o m e n t a d o : *• • Í»Í;> .hsní,; K , ; ; . ^ ' Í p a r q u e t e m b l a b a n m á s aún q u e Lilibeth, que castañe-
— E l v ao pie. S i n o s o t r o s v a m o s e n M e t r o , l e s a c a - t e a n d o l o s d i e n t e s preguntó: , ^
m o s u n a ventaja de miedo. —¿Y p o r dónde será a h o r a ? i •.•;''^
E l P i c a s seguía c o n e l s o n : «Yo n o l o c r e o ; n o l o c r e o , El P i c a s cerró l a c r e m a l l e r a d e s u c o r t a v i e n t o , s e
sinceramente». N o o b s t a n t e , corrió h a s t a l o estación p o r encasquetó l a g o r r o y murmuró:
d e l a n t e d e l F i l o y d e L i l i b e t h h a c i e n d o g e s t o s d e súplica —De todos modos, éste v i v e e n e l f i n d e l mundo,
a l c o n d u c t o r d e l v a g ó n q u e partía e n e s e m o m e n t o . El amigos.
c o n d u c t o r e r o u n h o m b r e a m a b l e . Esperó, p r i m e r o , o q u e E l F i l o socó u n p a p e l i t o d e l b o l s i l l o . «Travesío A l o i s -
llegase el P i c a s a l galope, luego, a q u e L i l i b e t h lo h u b i e s e Ropottensteiner», leyó. E n e l p a p e l había t a m b i é n d i b u -
o l c a n g a d o , y preguntó: j a d o u n p l a n o c o m p l e t o c o n e ls u p e r m e r c a d o , los casas
—¿Y e s e g o r d i t o a p r e s u r a d o d e l a r e t a g u a r d i a , s u b e a l t a s y l a s b a j a s . S o b r e l a c o s a a l t o d e m á s a t r á s había
también? u n o c r u c e c i t a . L i l i b e t h miró e l p a p e l :
E l simpático c o n d u c t o r n o arrancó h a s t a q u e e l —¿De dónde l o h a s s a c a d o ? • . ,,
jadeante F i l o saltó a l v a g ó n e c h a n d o m a n o d e s u s últi- ^.^ E l F i l o contestó: ... i ^! ; ,
mas fuergas. — L a dirección l o saqué d e l a guía telefónica, p o r q u e
—jVaya, por l o s pelos! —suspiró e l F i l o dejándo- a y e r m e cansfe d e l l a m a r a u n o s y o t r o s y n i n g u n o d e l o
se caer sobre u n a s i e n t o libre y r e s p i r a n d o c o m o si lo c l a s e l o sabía. E l d i b u j o l o h e c o p i a d o d e l p l a n o d e l a c i u d a d .
hubiese a t a c a d o u n a serpiente d edos cabegos. H a s t a e l M a r c h a r o n l o s t r e s h a c i a l a c a s a a l t a d e m á s atrás.
m o m e n t o d e b a j a r , d o s e s t a c i o n e s después, n o f u e c a p a g L i l i b e t h preguntó:
de hacer o t r a cosa que a t r o p a r aire a empellones entre —¿Y s i s u m a d r e n o está e n c o s a ? . , ; , .: •• , -
bufidos roncos y silbantes. - f i • - M o l a s u e r t e —contestó e l P i c a s .
162 163
^ —¿Y quién v a a l l a m a r ? —volvió o p r e g u n t a r L i l i b e t h . — T u s r o g o n e s m e l a s e x p l i c a s después —farfulló e l
m o n t a r el rollo. E l P i c a s salió d e m a l a g a n o a l p a s i l l o d e l p i s o t r e c e .
traspiés. —¡Espera! — c o n t e s t ó e l F i l o — , o l o m e j o r l o c a s a e s
— D e s d e q u e n i y o m i s m o m e r e c o n o g c o —murmuró d e s u c a j o d e c r i s t a l . E l P i c o s s e asomó a l o e s c a l e r a :
a l P i c o s y l e preguntó: s u e r t e ! —comentó.
q u e t e e n t e r e s d e q u e o n d a s e q u i v o c a d o . ¿Entendido? e l s u p e r m e r c a d o —terció e l P i c o s — , Y p o r a c u a n d o e l l a
v u e l v o y a hará u n r a t o q u e estará W o l f g a n g aquí.
164 165
• «
166 167
F
—¡Ahí v i e n e ! L o r e c o n o g c o p o r s u c J i a q u e t o verde E n e s e i n s t a n t e e l P i c a s salió p o r l o p u e r t a c o n cora
rano. de arrepentido.
— T e n g o u n p o c o de m i e d o — d i j o el Filo. ^ ? — U n o a c e r o p a r o t i . F i l o — d i j o — . Jamás l o h u b i e r a
s o b r a a mí c o n u n d e d o . W o l f g a n g . además d e i n v i t a r l o o u n a c o c a - c o l a , l e había
hasta convertirse claramente, sin duda alguna, en Wolfi —Ahí t i e n e u n a m i g o —dijo el Picas—, M elo h a
W o l f g a n g G r i f o , e n e f e c t o , n o s e dirigía o c a s a . Crugó a n d a b a s i e m p r e t r i s t e y a n g u s t i a d o p o r q u e e ne l c o l e -
l l e g a r a l o división e n t r e l o m a n g a n a s e g u n d a y l a t e r c e r a , n a d i e h a b l a c o n él...
visto? • ' ^' • • >= i •:; • —Pero clesde hace unos semanas —continuó e l
t e n i s — . Y a n o siento los dedos. S e m e h a n congelado. su madre, y vive en las cosos baratas. Hoce poco tiempo
169
168
q u e e s e c h i c o v i v e aquí. W o l f i l o conoció e n e l c a m p o d e h u b i e s e p o d i d o , e n r e a l i d a d , c o r r e r t a n rápido c o m o e l
Y echó o c o r r e r . nuó e l v i e j o — , l o g e n t e c o m p r a m u e b l e s n u e v o s s i n p a r a r .
E l P i c a s , s i n d e t e n e r s u m a r c h a , gritó: el Picos.
—¡Si h a c e f a l t a l l a m o h a s t a a l o s r a t o n e s d e l sótano! —A l aderecha, abajo a l aderecha —respondió e l
E l P i c a s s e p u s o a c o r r e r m u y d e p r i s a . M u c h o más d e hombre. , j
l o q u e e l F i l o e r o c a p a g . Éste s e quedó r e g o g o d o . L i l i b e t h —¿Y s a b e e l número, p o r f a v o r ? j
— D o n d e a n t e s vivían l o s P r o w a g w i k . i
171
170
E l p e r r o gordinflón s e cansó d e h u s m e a r l o s p a n t a -
l o n e s . Siguió c o n e l c o n t o n e o h a s t a l a p u e r t a d e l jardín d e
u n a c o s a y soltó u n o s l a d r i d o s .
—¿Por qué q u i e r e s s a b e r t o d o e s t o ? —preguntó e l v i e j o .
— E s u n v i e j o a m i g o — s e l e e s c a p ó a l P i c o s , q u e llegó
t a r d e a m o r d e r s e l o l e n g u a y vio lo c o r a de desconfianga
q u e p u s o el viejo.
—¿Un a n t i g u o a m i g o ? ¿Y n o s a b e s e l n o m b r e n i l a
p i n t o q u e t i e n e ? ¡Eso s e l o c u e n t a s o t u tía! — E l v i e j o d i o
m e d i a v u e l t a y s e encaminó h a c i a l a p u e r t a d e l jardín,
d o n d e e lp e r r o g o r d o l oesperaba. E l P i c o s h i g o ademán
d e s e g u i r l o , p e r o e l v i e j o gritó—: ¡Largo, e s f ú m a t e o t e
e c h o a l p e r r o ! — E l h o m b r e s e metió e n s u c o s o t o d o l o
de prisa que pudo. El perro, con cara de m a l a s pulgas, s e
quedó l a d r a n d o e n e l jardín. >»: '
173
— Y y o o d o n d e está l o e s t a t u a d e l e n a n o —empalmó h a c e p o c o s s e m a n a s , pensó e l F i l o , n o d e b e d e t e n e r una
—Primero llamo, ofregco los boletos y luego soco no puede estar ya descascarillado.
—Yo pregunto por ese Prowagwik —dijo Lilibeth— n u e v o . Ponía i n g . H o n r a d W e i t r a recién g r a b a d o , brillan-
a l t u r a d e l número 3 0 . L u e g o , e l F i l o continuó s o l o hacia brago llevaba u n a cosa largo envuelta en u n popel blanco.
174 175
— U n a t o r t a d e N a v i d a d —respondió e l P i c a s — . L o E l F i l o giró e l p i c a p o r t e d e l a p u e r t a v e r d e . N o tenía
abuela de lo c o s o donde he e s t a d o tiene u n a cesto llena y l o l l a v e p u e s t a y s e abrió, a n t e l a s o r p r e s a d e l F i l o , q u e n o
está p r e p a r a n d o o t r o m a s a p a r a h a c e r m á s . M e h a d i c h o contaba con eso.
q u e n o t i e n e a quién regalárselos. Está a l g o c h a l a d a . P o r Detrás d e l a p u e r t a apareció u n r e c i b i d o r . E n u n o
p o c o m e e n d o s a o t r o t o r t a más. percha estaba colgado lo chaqueta verde rana de
— E l c i e l o n o s l i b r e d e u n a l a r g a v e j e g —comentó e l Wolfgang. U n o escolero d e caracol, d e modero, subía
F i l o . L u e g o suspiró y arrancó d e c i d i d o h a c i a l o p u e r t a d e l h a s t a e l p i s o d e a r r i b a . E n e l r e c i b i d o r había c u a t r o p u e r -
jardín. t a s , s i n c o n t a r l o d e l o c a l l e . T o d a s recién p i n t a d a s . S o b r e
—¿Te v a s o m e t e r así, s i n más? —preguntó L i l i b e t h . u n a d e ellos d e s t o c a b a e l c o r t e l i t o d e u n niño h a c i e n d o
E l F i l o asintió. pipí. E n o t r o , e l d i b u j o e r a d e u n o s o p e r a y d o s c u c h a r o n e s .
L o p u e r t a d e l jardín n o e s t a b a a t r o n c a d o . E l Filo, —Así n o c o n f u n d e n l a c o c i n a c o n e l baño—dijo e l
Lilibeth y el Picas, p o r e s t e o r d e n , m a r c h a r o n e n filo i n d i a P i c a s c o n ironía.
sobre u n e s t r e c h o c a m i n o de c e m e n t o hacia lo p u e r t a d e L a música, q u e y o s e oía d e s d e f u e r o d e l o c a s o ,
l o c o s o . C u a n d o l l e g a r o n allí, l a música s e oía b i e n f u e r t e . llegaba a h o r a m u y f u e r t e . Venía, c l a r a m e n t e , d e u n a
El P i c a s dijo: p u e r t a sin cortelito a l g u n o s i t u a d o j u n t o a la escalera d e
— L a vieja d e los t o r t a s h a dicho que e l m u c h a c h o caracol.
q u e h o v e n i d o aquí e s m u y a l t o y m u y g o r d o . Q u e con E l P i c o s abrió e s a p u e r t a y s e encontró c o n u n o e s c a -
m u c h o f r e c u e n c i a está e n c o s o p o r l a s mañanas. E l l o l e l e r a q u e b a j a b a a l sótano. C o n c u i d a d o , s i n h a c e r r u i d o , e l
preguntó u n d i o s i n o tenía c o l e g i o y él l e s a c ó l o l e n g u a . F i l o y L i l i b e t h d e s c e n d i e r o n detrás d e l P i c a s . L l e g a r o n a
—Y lomujer d e locoso adonde y o h eido —agre- u n o habitación e s t u c a d o , i l u m i n a d o p o r u n a a m p o l l e t a
g ó L i l i b e t h — h a d i c h o q u e aquí n o m e i b a n a i n f o r m a r sin pantalla.
m u c h o s o b r e l a señora P o r w o g w i k , l o q u e s e marchó, Allí hobíd u n o c a l d e r o d e calefacción r o j a y e l t a n q u e
p o r q u e sólo encontraría a l t o n t o d e l m u c h a c h o . E l p o d r e d e c o m b u s t i b l e e n u n o d e l o s r i n c o n e s . Olía o g a s . Había
está t r a b a j a n d o e n e l e x t r a n j e r o y l a m a d r e n o está también u n a p u e r t a metálico d e c o l o r g r i s . S o b r e ello
n u n c a e n lo cosa. D e b e de t e n e r u n bar. Llega a las doce aparecía e s c r i t o e n l e t r a s g r a n d e s c o n u n r o t u l a d o r g r u e -
de lo n o c h e c o m o p r o n t o . " ^ i »•» * s o d e c o l o r r o j o : K O N R A D W E I T R A J U N I O R . También había
los d e s t i c k e r s d ec o l o r r o s a c o n lo c a l a v e r a y los h u e s o s
176 177
crugados, como los que s e u s o n e nlos f a r m a c i a s poro c o l g a d o s d e l o s p a r e d e s e r a n l o s c u l p a b l e s d e l o música
música l l e g a b a a h o r a t o n f u e r t e q u e a l F i l o l e t e m b l a b a n W o l f g a n g G r i f o miró e s p a n t a d o h a c i a l a p u e r t a . N o
L o p u e r t a d e m e t a l n o tenía c e r r a d u r a n i p i c a p o r - E l F i l o , e l P i c a s y L i l i b e t h e n t r a r o n e n l a habitación.
F i l o l o empujó. V i o u n c u a r t o i l u m i n o d o o l o l u g d e u n a s y s e encendió u n o p o t e n t e a m p o l l e t a e n e l t e c h o . E l P i c a s
velos y u n catre. U n tipo gordo y alto estaba tumba- s e acercó o l e q u i p o d e música y l o paró.
c h i c a s d e s n u d a s . U n e q u i p o d e música y c u a t r o p a r l a n t e s habían h e c h o u n o s a g u j e r o s o l o s d o s l a d o s d e l c u e l l o y
pasado l oc a d e n a por ellos. E n e lpecho, sobre e l chale-
co d ecuero, fijado c o n p e g a m e n t o al parecer, e l c o w b o y
l l e v a b a u n m o n e d e r o de piel d ecerdo: el d eL i l i b e t h . P e r o
l o más d e m e n c i o l e r a l a c a n a n a d e l c o w b o y , hecha d e
lápices, p l u m a s y a l g u n o s c o m p a s e s . D o s d e l o s lápices
s e parecían m u c h o a l o s q u e e l P i c a s había « p e r d i d o » e n
l a s últimas s e m a n a s .
178 179
a g u j a s de coser, peines y e n v o l t o r i o s de galletas... H a s t a Los labios d e Wolfi temblaban blancos como el
s e m i l l a s había allí d e n t r o . : > , t ., p a p e l . E s t a b a n t o n pálidos c o m o s u c o r o
E l m u c h a c h o g o r d o s e incorporó e n e l c a t r e . —¡No g r i t e s , t o c i n o ! — e x c l a m ó e l P i c o s , y , a g a r r a n d o
—¿Qué h o c e n ustedes aquí? ¡Largo! — A p a g ó e l el e x t r e m o p o s t e r i o r d e l c a t r e d o n d e el m u c h a c h o gordo
c i g a r r i l l o apretándolo c o n t r a e l c e n i c e r o q u e tenía s o b r e e s t a b a e c h a d o , l o levantó—. ¡Cierra l o b o c a ! , ¿eh?
l o b a r r i g a . L u e g o s e volvió h a c i a W o l f i — . Pequeño — d i j o , —¡Yo g r i t o l o q u e m e d a l a g a n o ! E s t e e s m i c u a r t e l
i n t e n t a n d o h a c e r u n g e s t o a m p u l o s o e n dirección a l a g e n e r a l . ¡El mío! ¡Esfúmense! —gruñó e l g o r d i n f l o s .
p u e r t a — , a c o m p a ñ a a e s t o s señores, q u e q u i e r e n i r s e . E l P i c a s a l g o aún m á s e l e x t r e m o d e l c a t r e y tiró d e
—Intentó p o n e r c o r o d e « e l - q u e - m a n d o - o q u í - s o y - y o » , él h a c i a a r r i b o c o n t o d a s - s u s f u e r g a s . E l g o r d o d i o u n a
p e r o n o l e solió. C o n u n o mínima c a p a c i d a d p o r o exte-
r i o r i g o r s e n t i m i e n t o s , s u c a r a r e c h o n c h a más b i e n i n d i -
c a b a m i e d o . Y t a m p o c o logró e v i t a r u n t i m b r e d e t e m o r
e n l a V05 a l g r i t a r — : ¡Fuero! Enseña o é s o s p o r dónde
q u e d o lo solida.
W o l f i G r i f o e s t a b a m u y pálido. L o s g o f o s s e l e habían
c o r r i d o h o s t o l op u n t a d el o n o r i g y l opiel d ec o r d e r o s e
había r e s b a l a d o p o r l o s h o m b r o s . Había d e j a d o c a e r e l
c i g a r r i l l o . A h o r a p o d i o v e r s e e l botón-alfiler d e f a b r i c a -
ción c a s e r a q u e l l e v a b a e n e l p e c h o , p r e n d i d o o l c h a l e c o .
Tenía p i n t a d a u n a c a l a v e r a y . d e b a j o d e e l l o , decía: n.° 2 .
W o l f i G r i f o dijo c o n el pitido de u n t i e r n o pojorillo:
— S o n de m i clase.
—Tú, i d i o t a . — E l g o r d o s e incorporó. E n s u p e c h o l l e v a -
b a o t r o botón-alfiler, p e r o b a j o l o c a l a v e r a decía: n . " 1 —. ¡Tú,
p o b r e imbécil! —gritó—. ¿Por qué l e s h a s r e v e l a d o n u e s t r o
cuartel general? 5 •:• i?;
180 181
v o l t e r e t a h a c i a a t r á s y quedó t u m b a d o e n u n o esquina W o l f i , c o n l a s d o s m o n o s , s e desprendió l o c h a p i t a
d e l a habitación, g i m i e n d o , c o n l a c a b e g a e n t r e l a s m a n o s . d e l a c a l a v e r a y gritó:
L i l i b e t h preguntó o W o l f i G r i f o : —¡El número d o s s o y y o , K o n r o d ! ¡Yo s o y t u « v i c e » !
—¿Han r o b a d o u s t e d e s t o d o esto? ¡Yo l o h e o r g a n i g a d o t o d o contigo!
— Y o n o h e r o b a d o —suspiró W o l f i — . Sólo e r a n p r u e - —¡Tú e r e s u n estúpido! — d i j o e l g o r d i n f l o s o W o l f i
b a s , n o d o más. P r u e b a s d e valor G r i f o . L u e g o , e n o n d a d e c o n f i o n g o , s e dirigió a l Picos-:
— Y e s e s a c o c o n p a t o s — e l F i l o señaló a l m u c h a c h o ¡Este e s u n imbécil! S i e m p r e l a c a g a . T e t r a e l i b r e t a s d e
gordo, que s e iba l e v a n t a n d o del suelo trabajosamente—, a h o r r o c o n c l a v e d e a c c e s o . ¡El m u y s u b n o r m a l !
e s e g l o b o c o n o r e j a s , ¿te h o m a n d a d o a p a s a r e s o s pruebas? Entonces, e l Picos soltó a l g o r d o una cachetada
—Todos los que q u i e r a n ser d e l ob a n d a t i e n e n que sonora, d eesos que dejan los c u a t r o dedos morcados
p o s a r l a s —gimió W o l f i . e n l a m e j i l l a . E l g o r d o perdió e l e q u i l i b r i o y c a y ó , c o n e l
—¿Todos? — E l F i l o arrugó l o f r e n t e — . P e r o ¿cuántos s o n ? t r a s e r o p r i m e r o , d e n t r o d e u n o d e l a s c a j a s d e cartón
- H o s t o a h o r a sólo n o s o t r o s d o s , p e r o . . . c o n mercancía v a r i a d o . S e quedó allí, c l a v a d o entre el
E l g o r d o interrumpió o W o l f i : chocolate y los galletas, y n opudo levantarse. Wolfi
— C i e r r a e l p i c o tú. y a t i . e s o n o t e i m p o r t a . acudió e n s u a y u d o , p e r o e l g o r d o l o rechagó f u r i o s o c o n
E l P i c o s s e acercó o l g o r d o y l e preguntó s i e s q u e los pies.
tenía g a n a s d e i ro p a r a r o l o o t r o e s q u i n a del c u a r t o , L i l i b e t h había r e c u p e r a d o y a . o t i r o n e s , r a s g a n d o e l
pero esta veg con las volteretas a l oderecha. El gordo póster d e l c o w b o y , l o c a d e n a c o n e l Astérix y e l m o n e d e r o ,
p u s o c a r o d e f u r i a . D i o l a impresión, p o r u n m o m e n t o , d e í —¿Qué m á s h a y d e n u e s t r o c u r s o ? —preguntó.
q u e i b a o l o n g o r s e c o n t r a e l P i c a s , p e r o cambió, echó u n o V a c i l a n t e , W o l f i s o c ó d e l a c a r t u c h e r a a l g u n o s lápi-
risita y dijo: c e s , p l u m a s y u n compás. K
—jOkey! Ustedes pueden entrar e n el negocio, — L o derríós e s d e l s u p e r m e r c a d o — d i j o e n v o g bajo.
s o c i o s . — L u e g o sonrió a l P i c o s e n p a r t i c u l a r — . Tú p u e d e s E l g o r d o seguía a c u r r u c a d o e n l a c o j o d e cartón s i n
s e r m i «vice». h a c e r ningún i n t e n t o p o r s a l i r . W o l f i G r i f o socó d e u n o
E l P i c o s s e quedó m u d o d e a s o m b r o e indignación. c a j a d o s pañuelos d e c u e l l o , u n c a l e n d a r i o d e b o l s i l l o y u n
P e r o e l g o r d o l o entendió a l revés. cortaúñas. :•-írr-. •••^ • y , , : - ' . j •,..^.'?Í-, .,nr
— T r a e t u c h o p o p a r o acó — d i j o o W o l f i G r i f o . — E s t o e s t o d o , d e v e r d a d — d i j o — . E l d i n e r o y o n o está.
182 183
Lilibeth colocó t o d o s l o spiegos d e l botín e n u n L l e g a r o n a l r e c i b i d o r . E n t r e l a p u e r t a d e l niño h a c i e n -
— A l g u n o v e g saldrá... — d i j o e l P i c a s . i;^
184 185
A l oír e s t o , W o l f i pataleó y gritó aún m á s . N o s e L i l i b e t h abrió l o p u e r t a d e l o c a l l e . A n d a n d o p o r e l
podía e n t e n d e r l o q u e decía. Sólo s e oía c o n c l a r i d a d : estrecho sendero de cemento, dos policías s e dirigían
consiguió e s c a p a r s e p o r l a p u e r t a . Tenía e l p i c a p o r t e
e n l o m a n o c u a n d o e l P i c o s l o sujetó p o r d e t r á s . W o l f i
volvió a p a t a l e a r e intentó m o r d e r a l P i c a s , p e r o y o casi
n o tenía f u e r g a . ' : . .
El Filo dijo:
—¡No s e o s t o n t o ! ¿Adonde v a s a i r s i n o ? ¡Cálmate,
onda!
L i l i b e t h cogió d e l p e r c h e r o l o c h a q u e t a v e r d e r a n o y
se la dio o W o l f i . ^
—Hablamos con t u madre con calmo —dijo ella—,
y devolvemos las c o s a s a los otros. M i dinero y an o l o
necesito.
Wolfi Grifo s e fue tronquiligondo. N opataleaba ni
i n t e n t a b a y o m o r d e r . E l P i c o s l o soltó. S e quedó q u i e t o ,
gimiendo quedamente, y dejó q u e L i l i b e t h l o e m b u t i e s e
d e n t r o d e l o c h a q u e t a v e r d e r a n a . También l e p u s o los
g o f o s , q u e había p e r d i d o c o n e l p a t a l e o y l o s mordiscos.
E l F i l o l o tomó d e u n b r a g o y e l P i c o s d e o t r o . E l F i l o m u s i -
tó a l P i c a s :
— Q u e n o s e n o s e s c a p e . A h o r a está d e s a n i m a d o y s i
s e l a r g o a l o m e j o r h a c e u n a tontería.
E l P i c o s asintió. '
186 187
Capitulo 12
5 de diciembre, domingo. ,;
M e siento fatal.
No h e m o s c o n s e g u i d o resolver el a s u n t o t a n l i m p i a m e n -
t e c o m o y o había planeado. No conté con que la m a d r e d e
e s e gordinflos, Honrad, pudiese llamar a la policía. Pensé que
vendría p e r s o n a l m e n t e . F u e c u l p a mía p o r n o e x p l i c a r l e b i e n
las cosas cupndo hablé por teléfono. Si le hubiese dicho que
s u sótano era un almacén de cosas robadas e ne lcolegio y
e n e l s u p e r m e r c a d o y q u e s u hijo se c o n s i d e r a b a e l jefe d e l a
b a n d a d e l a calavera, seguro que deja la llamada a los polis
p o r o mejor ocasión. Pero una v e g q u e llegaron, no n o s quedó
o t r o r e m e d i o q u e contárselo t o d o . A l p r i n c i p i o d e b i e r o n d e
p e n s a r q u e nosotros tres. Lilibeth, el Picas y y o . éramos unos
ladrones y n o sé qué más.
E l g o r d o e s l o último q u e h a y , p e r o s u m a d r e e s l o r e q u e -
teúltimo. ¡Qué mujer! Hasta ahora no suponía que podía
haber m a d r e s así. Cuando llegó a la comisaría, menos mal
q u e la c o n t u v o l o a s i s t e n t a s o c i a l , s i n o l e d a a Konrad una
paliza allí m i s m o .
Y sobre todo la tipa se comportaba como si ella fuese
la víctima. N o paraba de gritar: «/Ay, cuando se entere mi
marido!» y «A éste l o m e t o y o e n un reformatorio». Y empegó
a contar a los policías y a la a s i s t e n t a s o c i a l t o d a s l a s c o s a s
q u e l e había c o m p r a d o o s u g o r d i t o d u r a n t e l a última t e m p o -
r a d a . « N o l e falta de nada, lo t i e n e todo», gruñía.
La madre de Wolfi Grifo, que también acudió, era
otra cosa. Casi no dijo nada. Yo creo que le ha c o s t a d o una
enormidad comprender l o q u e p a s a b a . Aunque del todo n o
hoy quien locomprenda. P o r qué ha hecho todo eso Wolfi,
lo puedo entender P e r o ¿cómo p u e d e u n o volverse como
Konrad? Seguramente p a r a ello tiene q u evivir u n o d e u n
m o d o que no s epuede ni imaginar
D e n t r o d e m e d i o hora nos juntaremos en c a s o d e l S i r
p a r o contarle con todo detalle lo que pasó. Ayer sólo tuvimos
t i e m p o p a r a llamarlo por teléfono, porque lo de ia policía duró
una eternidad y habíamos i n t r a n q u i l i g a d o a n u e s t r a s madres
más de la c u e n t a . Al no vernos volver a casa después del cole-
gio pensaron que nos había sucedido alguna desgracia ys e
p u s i e r o n o telefoneara todo el m u n d o . M i m a d r e , p o r l o v i s t o .
190
estaba aún más nerviosa que la de L i l i b e t h , c o s a q u e nunca
podría haber i m a g i n a d o . Y e l p a d r e d e l Picas h i g o l a p r o m e s a
d e n o v o l v e r a retar nunca más a su hijo si volvía sano y salvo,
cosa que tampoco el Picas podía e n t e n d e r
Seguramente el Sir estará s a t i s f e c h o porque el a s u n t o
s e h o y a r e s u e l t o así, con intervención d e la policía y esclare-
cimiento total, aunque de haber salido como él y yo había-
mos planeado, la cosa habría tenido u n final diferente.
192
Cuando h e explicado a mi m a d r e p o r qué Wolfi s e s o m e -
tió a l gordo K o n r a d y q u e t o d o l o había hecho por él, m e d i j o :
«Denle a e n t e n d e r q u e u s t e d e s también l e tienen aprecio».
Pero ¡ahí está e l p r o b l e m a / A n t e s n o l o apreciábamos y ahora
tampoco. Desde que sé lo que le ha pasado me da lástima,
p e r o e s o n o significa aprecio. Es un tipo aburrido, apagado y
no demasiado i n t e l i g e n t e . H a s t a h u e l e m a l , n o sé cómo.
Tendría q u e poderse aprender a querer a la gente. No
debería poder ser que se quiera sólo a unos c u a n t o s porque
t e n g a n l o s o j o s aguíes c o n u n j a s p e a d o negro encantador,
o porque huelan bien, t e n g a n una conversación divertida o
unos r a g o n o m i e n t o s s e n s a t o s . S e debería decir: «A ése hay
p o c o s q u e l o quieran, n e c e s i t a u n p o c o d e aprecio, así que ¡o
voy a querer yo».
Quigó el querer a la gente es algo que puede uno apren-
der a fuerga de paciencia y ejercicio. Puede s e r Puedo inten-
tarlo... Pero me temo que no voy a resistir mucho, que a Wolfi
no hay quien lo aguante. Es tonto y aburrido. Sólo con verlo
subirse las gafas n a r i c e s arriba, que no para de hacerlo, ya
me pongo de mal genio.
P. D. Ahora voy a casa del Sir Allí hablaré sobre esto d e
q u e r e r a la g e n t e ; d e p o s a d a , p o r a q u e n o s u e n e m u y solemne
ni muy moraligante. A lo mejor alguno de mis a m i g o s pien-
s a l o m i s m o q u e y o . Sí a Wolfi Grifo, aunque s e ou n caso,
pudiésemos q u e r e r l o u n p o c o , t o d o sería mucho más sencillo.
194
L a autora
Christine NóstUnger
Nació e n V i e n a e n 1 9 3 6 . E s u n a d e l a s m á s r e c o n o c i d a s
escritoras de l i t e r a t u r a juvenil. S u s libros h a b l a n s o b r e los
problemas familiares, relaciones e n t r e jóvenes, l a m a r g i -
nación y l o i n t o l e r a n c i a , t o d o e n u n t o n o r e a l i s t a y crítico.
H a r e c i b i d o muchísimos p r e m i o s , c o m o e l M e j o r L i b r o I n -
fantil publicado en Alemania 1972, Premio Andersen 1984
por el c o n j u n t o de s u obro. P r e m i o N a c i o n a l de L i t e r a t u r a
Infantil 1973 y 1978 en Alemania y Premio Memorial As-
trid Lindgren 2 0 0 2 , entre otros.
Indice Capítulo 7. E n e l q u e L i l i b e t h h a c e v a l e r u n o d e l o s «Derechos F u n -
d a m e n t a l e s d e l Niño» y e l F i l o v e c l a r o c o m o e l día que. s i n l a a y u d a
délos a m i g o s , e l S i r está e n u n a situación t e r r i b l e 9 3
Capítulo 1. E n e l q u e todavía n o s e p o n e e n m a r c h a l a acción, sino
que s o l a m e n t e s e p r e s e n t a a s u s p r i n c i p a l e s p r o t a g o n i s t a s 7 Capítulo 8 . E n e l q u e s e c i t a d e n u e v o e l d i a r i o d e l Filo y d o n d e ,
o fuerga d e pensar, s e v a separando e l grano d e la paja. Esto, e n
Capítulo 2. D o n d e s e familiariza al lector c o n e l r i c o y variado tra- n u e s t r o c a s o , s i g n i f i c a q u e e l F i l o v a reduciendo e l círculo d e l o s
bajo diario del Picas, e l Sír, ü/íbeth, e l F i / o y l o s demás a l u m n o s d e l sospechosos 111
c u r s o , y d o n d e aparecen las p r i m e r a s señales d e q u e e n l a c l a s e
algo huele m a l 15 Capítulo 9 . E n e l q u e L i l i b e t h y e l Picas preparan algo c o n l o q u e
e l F i l o está t o t a l m e n t e e n c o n t r a . Y e n e l q u e l a señora Hufnagel
Capítulo 3. E n e l q u e s e m u l t i p l i c a n l a s d e s a p a r i c i o n e s e n e l c u r - d e f i e n d e u n a i d e a d e l o s l a d r o n e s c o n la q u e e l F i l o e s t o t o t a l m e n t e
s o d e l S e x t o A , y s e v i e n e abajo la moral de la clase; y en donde a favor 125
g e r m i n a n s o s p e c h o s a s c o n la m i s m a r a p i d e g y a b u n d a n c i a q u e l o s
berros en m a y o 3 3 Capítulo 10. E n e l q u e L i l i b e t h v a d e f r a c a s o e n fracaso e n s u t r a -
b a j o d e t e c t i v e s c o y s u m a d r e aporta una pista decisiva, de lo que
Capítulo 4. E n e l q u e , p a r a s e r fíeles a la realidad de los h e c h o s , s e únicamente s e d a c u e n t a e l F i l o 139
r e p r o d u c e n f r a g m e n t o s del diario del Filo entre u n a explicación y
otra 5 5 Capítulo 11. E n e l q u e , p r i m e r o , s e v u e l v e a copiar del diario del Filo
y, luego, la historia toma tales d e r r o t e r o s q u e el Filo se ve o b l i g a d o
Capítulo 5. E n e l q u e e l p r o f e s o r d e matemáticas p o n e e n m a r c h a a e n t r a r e n acción. Y no sólo con la cabera, también c o n los mús-
u n a acción q u e a l c a n z a u n éxito apabullante e impresiona a la m a - culos 159
yoría d e l S e x t o A , m i e n t r a s q u e u n pequeño grupo de la clase cae
en el c a o s y l a desesperación 71 Capítulo 12. E n e l q u e n o s e l l e g a a ningún «final felig» porque una
historia «policíaca» como ésta no puede tener «fínal felis». A no ser
Capítulo 6. Que pasa e n u n s o p l o , p u e s sólo t i e n e la anotación que haya lectores tan d u r o s e i n s e n s i b l e s a q u i e n e s sólo l e s i n t e r e -
d e l d i a r i o d e l F i l o del 1 d e d i c i e m b r e ( p o r la t a r d e ) . F u e e s c r i t a c o n s e sober quién e r o e l Jodrón. Éstos p u e d e n d o r y o la narración p o r
lópig r q / o y l a l e t r a está aún más torcida y s e l e e p e o r q u e l a d e l 1 2 c o n c l u i d a y t o m a r c o m o «final felig» ta l l e g a d a d e l o s d o s policías.
de noviembre 8 7 P a r o l o s l e c t o r e s q u e t i e n e n b u e n coragón s e t r a n s c r i b e n , c o m o fi-
n a l , l a s siguientes páginas del diario del Filo 189
Otros títulos de
Planeta Rojo
Mi abuela, la loca
José I g n a c i o V a l e n g u e l a
^ El último vampiro
Willis Hall
La telaraña de Carlota
E. B . W h i t e
Gracias a Winn-Dixie
Kote DiCamillo