c o m u n i d a d c u a n d o sev i v e e n u n a sociedad d e masas, m u c h o

más s i e l E s t a d o y a n o p r o m e t e , e n n i n g u n a p a r t e d e l p l a n e -
ta, p l e n o e m p l e o .
Q u e l a s películas, e n l o s c o m i e n z o s d e l cinematógrafo,
h a y a n i n c o r p o r a d o e l acompañamiento m u s i c a l p a r a c a l l a r
a l o s e s p e c t a d o r e s y q u e , u n s i g l o después, e l s o n i d o e n esté-
r e o n o l o g r e e n m u d e c e r , a u n q u e s e a d e a s o m b r o , a l público
de u n a sala d e s h o p p i n g , d e m u e s t r a q u el a m a s i v i d a d n u n c a
Epílogo:
dependió d e l número d e e n t r a d a s v e n d i d a s , s i n o d e l a p r o -
m e s a a l a q u e e s e número e s t u v o a s o c i a d a .
Los círculos concéntricos
L a m a s i v i d a d d e l a s a l a d e c i n e , c o m o l u g a r d e reunión, E n e l c u r s o d e l s i g l o X X e l público s e e s p e c i a l i z a . C a d a p e r -
partía d e l a i d e a d e q u e l o s e s p e c t a d o r e s , p o r l o m i s m o q u e s o n a e n c u e n t r a c a d a v e z más rápido e l e n t r e t e n i m i e n t o q u e
no necesitaban saber nada q u e estuviera e n los libros oe n l e está a s i g n a d o . Y e s t a r a p i d e z n o está p r e v i s t a , n i s i q u i e r a
l o s m u s e o s p a r a v e r películas, podían h a c e r , s i n n e c e s i d a d d e c o m o u n plus, e ne ltrabajo d el ai n d u s t r i acultural. M i e n t r a s
q u e e l l a s s e l o enseñaran, u n a revolución. L o m a s i v o d e l c i n e , s e l a n o m b r a e n s i n g u l a r ( e l s i n g u l a r d e industrias c u l t u r a l e s ] ,
en aquel m o m e n t o , era u n a promesa d eigualdad: t a n t o para m i e n t r a s s e l a c o n c i b e c o m o u n s o l o y único s i s t e m a , c a p a z
q u i e n e s l a temían c o m o p a r a q u i e n e s l a d e s e a b a n . de planificarle a todas las personas ocupadas, p o rigual, s u s
t i e m p o s libres, ella se l i m i t a a d i v i d i r . L oq u e d i v i d e , p a r a r e i -

. . 1 1 ,*b , f *'* í ' , í nar, ese larte serio del ligero. Y l o d i v i d e s i n culpa, d i v i d i e n -
d o l o s públicos e n d o s , p a r a q u e b a y a dialéctica e n t r e e l l o s ( l a

, i / ' - H.'t ' ' V i ' ,iJí:í:.tíí,£/ c u l p a está d e más, c u a n d o l a s o c i e d a d p r o m e t e , además d e

ti «< í i . ' b t * > < ' '' / - i&|:V'v>V< V'Q:«,. dialéctica e n t r e l o a l t o y l o b a j o , p l e n o e m p l e o ) .

A l c l a s i f i c a r l o s públicos d e l a s o c i e d a d d e m a s a s , l a i n -
• I i , \' • d u s t r i a c u l t u r a l y a b a h e c h o , prácticamente, t o d o s u t r a b a j o :
' Ay4:%:\^:. l a c u l t u r a , c o m o t o t a l i d a d , está d i v i d i d a y e s a d m i n i s t r a b l e .
•i' . ' í ' - ' / . ' A V ^ i f ' ^ ' v »';:f.í.T P e r o e neste trabajo h a yu n excedente i m p r e v i s t o , q u ee l ca-
f ' w V"'V>'^:iJ:;;:^f;^•;pt* p i t a l i s m o d eE s t a d o n o es capaz d er e d i s t r i b u i r l o y sel o a p r o -
^ . \ ';:r'ii:;¿,Vt;(;f;:' p i a n a s u favor, entonces, los c o n s u m i d o r e s d ealta c u l t u r a : e l
saber d e l at o t a l i d a d o l at o t a l i d a d devenida autoconsciente.

346 347
 Q u i e n v aa l museo, a l abiblioteca o a l centro cultural,
aprovechando que son gratuitos, tiene l am i s m a totalidad
i n t e r n a l i z a d a , d e v e n i d a saber, q u e q u i e n n o va. P e r o q u i e n
n o va se a u t o e x c l u y e y q u i e n va, se a u t o e s t i m a o se sobreva-
l o r a . L o q u e a u n público l o h u n d e [ p o r q u e a s o c i a l a d i v e r -
sión e x c l u s i v a m e n t e c o n l a l i g e r e z a ) , a l o t r o l o e l e v a ( p o r q u e
n o asocia la seriedad con el a b u r r i m i e n t o ) . ' -V '
La i n d u s t r i a cultural, basta l asegunda posguerra, n o l e
negó a n a d i e s u s a b e r . S o l o q u e e s e s a b e r , q u e c a d a c o n s u m i -
d o r c u l t u r a l poseía, o r g u U o s a m e n t e , c o m o autoconsciencia,
e r a u n s a b e r c r u e l : a l o s q u e habían a s c e n d i d o s o c i a l m e n t e
l e s servía p a r a s o b r e v a l o r a r s e ( p a r a c o m p a r a r s e c o n q u i e -
n e s y a tenían d e n a c i m i e n t o u n c a p i t a l i n t e l e c t u a l ) y a t o -
d o s l o s o t r o s , q u e habían t e n i d o q u e a b a n d o n a r l a educación
gratuita para vender a precio v i l s u fuerza d etrabajo, para
distenderse.
C o n este saber c r u e l c o n t a r o n a s ufavor los artistas m o -
d e r n o s . G r a c i a s a él p u d i e r o n n e g a t i v i z a r l o s l e n g u a j e s artís-
t i c o s s i n t e n e r q u e p r e o c u p a r s e p o r l a reacción d e l público.
E l público d e l a r t e m o d e r n o f u e e l único público p o r e l q u e
los artistas n o necesitaron preocuparse, p u d i e n d o hacer d e
cuenta, directamente, c o m o s in oexistiera. A l n oentrar e n
dialéctica c o n e l público, e l a r t e m o d e r n o p u d o s e r , e n e l s i -
glo X X , la c u m b r e del arte serio.
S i n este s a b e r (y s i n s u c o r r e s p o n d i e n t e c r u e l d a d ) , q u e les
permitió a l o s a r t i s t a s d e s e n t e n d e r s e d e l público, e l p l a c e r
estético n o podría h a b e r s i d o e l m o m e n t o extra-estético d e l a
o b r a d e a r t e q u e , e n s u Teoría estética, A d o r n o d i c e q u e e s . P a r a
desentenderse d e l p r o b l e m a d e l a recepción e n e l m i s m o
348
grado e nque pudo hacerlo e larte m o d e r n o . A d o r n o exclu-
y e d e s u c a n o n ( y así, l o i n c l u y e c o m o s u b o r d e ) a W a g n e r y
a l a s v a n g u a r d i a s . W a g n e r , i g u a l q u e l a s v a n g u a r d i a s , está
p r e o c u p a d o p o r t e n e r público. Q u i e n q u i e r e t r a n s f o r m a r a l
público está p r e o c u p a d o , p r i m e r o , p o r t e n e r l o .
L a estética w a g n e r i a n a e s u n a estética p a r a wagnerianos
y w a ^ n e r i a n a s , s o b r e t o d o p a r a wagnerianas, d i c e Nietzscbe,
c u a n d o d e j a d e s e r u n w a g n e r i a n o . L a vocación d e t e n e r
seguidores, d e f a n a t i z a r a l a s masas, es l o w a g n e r i a n o d e
W a g n e r . L o s a r t i s t a s q u e e n t r a n e n dialéctica c o n e l público,
c o m o W a g n e r y las v a n g u a r d i a s , h a c e n u n a r t e serio p a r a ser
c o n s u m i d o con ligereza c o m o a r t e serio, es decir, h a c e n d e n t r o
d e l s i s t e m a d e l a r t e l o q u e hará m e j o r e l c i n e f u e r a d e él ( y e l
c i n e l o hará d e u n m o d o , además, q u e revolucionará e l c o n -
cepto de arte).
P a r a e x c l u i r a W a g n e r y a las v a n g u a r d i a s d e s u c a n o n
d e l a r t e m o d e r n o . A d o r n o d e b e i n c l u i r e n él, además d e l a
dialéctica d e l a liberación d e l a d i s o n a n c i a ( c o n Scbónberg,
W e b e r n y B e r g ) , l a dialéctica d e l a negativización d e l l e n g u a -
je literario, que empieza con Baudelaire y Flaubert, sigue
c o n Mallarmé, v o n H o f f m a n n s t b a l y G e o r g e , y s e r a d i c a l i -
za e ntres m o m e n t o s d el anegatividad b i e n diferenciados:
Valéry y P r o u s t , K a f k a y J o y c e , C e l a n y B e c k e t t . L o s a r t i s t a s
d e l c a n o n a d o r n i a n o ( u n c a n o n q u e p r i v i l e g i a l a música y
l a l i t e r a t u r a p o r s o b r e e l r e s t o d e l a s a r t e s ) m u e s t r a n cuál
e s e l g r a d o máximo d e l i b e r t a d q u e p u e d e t e n e r u n a o b r a
c u a n d o s e d e s e n t i e n d e d e l público: e l h e r m e t i s m o . E l h e r -
m e t i s m o esu n estado d e l l e n g u a j e d e la o b r a , n o u n a i n t e r -
pelación a l público. S i e l l e n g u a j e e s n e g a t i v o , n o c o m u n i c a :
 Q u i e n v aal m u s e o , a l a biblioteca o al centro cultural,
aprovechando que son gratuitos, tiene l am i s m a totalidad
i n t e r n a l i z a d a , d e v e n i d a saber, q u e q u i e n n o va. Pero q u i e n
n o v a se a u t o e x c l u y e y q u i e n v a , se a u t o e s t i m a o s e s o b r e v a -
l o r a . L o q u e a u n público l o h u n d e ( p o r q u e a s o c i a l a d i v e r -
sión e x c l u s i v a m e n t e c o n l a l i g e r e z a ] , a l o t r o l o e l e v a ( p o r q u e
n o asocia la seriedad con el a b u r r i m i e n t o ] . ' • * y ^agnzñaxws, s o b r e t o d o p a r a veagnznmos, d i c e N i e t z s c h e ,
La i n d u s t r i a cultural, hasta la segunda posguerra, n o l e
negó a n a d i e s u s a b e r . S o l o q u e e s e s a b e r , q u e c a d a c o n s u m i -
d o r c u l t u r a l poseía, o r g u U o s a m e n t e , c o m o autoconsciencia,
e r a u n s a b e r c r u e l : a l o s q u e habían a s c e n d i d o s o c i a l m e n t e
l e s servía p a r a s o b r e v a l o r a r s e ( p a r a c o m p a r a r s e c o n q u i e -
n e s y a tenían d e n a c i m i e n t o u n c a p i t a l i n t e l e c t u a l ] y a t o -
d o s l o s o t r o s , q u e habían t e n i d o q u e a b a n d o n a r l a educación
gratuita para vender a precio v i l su fuerza d etrabajo, para
distenderse.
C o n este saber c r u e l c o n t a r o n a s u favor los artistas m o -
d e r n o s . G r a c i a s a él p u d i e r o n n e g a t i v i z a r l o s l e n g u a j e s artís-
t i c o s s i n t e n e r q u e p r e o c u p a r s e p o r l a reacción d e l público.
E l público d e l a r t e m o d e r n o f u e e l único público p o r e l q u e
los artistas n o necesitaron preocuparse, p u d i e n d o hacer d e
cuenta, directamente, c o m o si n o existiera. A l n o entrar e n
dialéctica c o n e l público, e l a r t e m o d e r n o p u d o s e r , e n e l s i -
glo X X , la c u m b r e del arte serio.
S i n este saber (y s i n s u c o r r e s p o n d i e n t e c r u e l d a d ] , q u e les
permitió a l o s a r t i s t a s d e s e n t e n d e r s e d e l público, e l p l a c e r
estético n o podría h a b e r s i d o e l m o m e n t o extra-estético d e l a
o b r a d e a r t e q u e , e n s u Teoría estética. A d o r n o d i c e q u e e s . P a r a
d e s e n t e n d e r s e d e l p r o b l e m a d e l a recepción e n e l m i s m o
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grado en que pudo hacerlo el arte m o d e r n o . A d o r n o exclu-
y e d e s u c a n o n ( y así, l o i n c l u y e c o m o s u b o r d e ] a W a g n e r y
a l a s v a n g u a r d i a s . W a g n e r , i g u a l q u e l a s v a n g u a r d i a s , está
p r e o c u p a d o p o r t e n e r público. Q u i e n q u i e r e t r a n s f o r m a r a l
público está p r e o c u p a d o , p r i m e r o , p o r t e n e r l o .
L a estética w a g n e r i a n a e s u n a estética p a r a w a g n e r i a n o s
c u a n d o d e j a d e s e r u n w a g n e r i a n o . L a vocación d e t e n e r
seguidores, d e f a n a t i z a r a las masas, es l o w a g n e r i a n o d e
W a g n e r . L o s a r t i s t a s q u e e n t r a n e n dialéctica c o n e l público,
c o m o W a g n e r y las v a n g u a r d i a s , h a c e n u n a r t e serio p a r a ser
c o n s u m i d o c o n l i g e r e z a c o m o a r t e s e r i o , es d e c i r , h a c e n d e n t r o
d e l s i s t e m a d e l a r t e l o q u e hará m e j o r e l c i n e f u e r a d e él ( y e l
c i n e l o hará d e u n m o d o , además, q u e revolucionará e l c o n -
cepto de arte).
P a r a e x c l u i r a W a g n e r y a las v a n g u a r d i a s d e s u c a n o n
d e l a r t e m o d e r n o . A d o r n o d e b e i n c l u i r e n él, además d e l a
dialéctica d e l a liberación d e l a d i s o n a n c i a ( c o n Schónberg,
W e b e r n y B e r g ] , l a dialéctica d e l a negativización d e l l e n g u a -
je literario, que empieza con Baudelaire y Flaubert, sigue
c o n Mallarmé, v o n H o f f m a n n s t b a l y G e o r g e , y s e r a d i c a l i -
za e n tres m o m e n t o s d ela negatividad b i e n diferenciados:
Valéry y P r o u s t , K a f k a y J o y c e , C e l a n y B e c k e t t . L o s a r t i s t a s
d e l c a n o n a d o r n i a n o ( u n c a n o n q u e p r i v i l e g i a l a música y
l a l i t e r a t u r a p o r s o b r e e l r e s t o d e l a s a r t e s ] m u e s t r a n cuál
es e l g r a d o máximo d e l i b e r t a d q u e p u e d e t e n e r u n a o b r a
c u a n d o s e d e s e n t i e n d e d e l público: e l h e r m e t i s m o . E l h e r -
m e t i s m o esu n estado del lenguaje de la obra, n o u n a i n t e r -
pelación a l público. S i e l l e n g u a j e es n e g a t i v o , n o c o m u n i c a :
m
 sus obras, s o n p l e n a m e n t e conscientes de s u l u g a r preciso e n
e s u n jeroglífico. R e q u i e r e s e r i n t e r p r e t a d o s i n n e c e s i d a d d e
el sistema institucional del arte. La c u l t u r a audiovisual expan-
que, p r e v i a m e n t e , q u i e n lo i n t e r p r e t a h a y a h e c h o catarsis.
d i d a , a l a q u e s e i n t e g r a también e l c i n e a p a r t i r d e l a década d e
E l l l a m a d o a i n t e r p r e t a r , que hace l ao b r a m o d e r n a , es
1960, h a c a m b i a d o l a a c t i t u d d e l público f r e n t e a l a n o v e d a d
c o m p l e t a m e n t e d i s t i n t o d e l a provocación. L a provocación
( f r e n t e a l a n o v e d a d artística y a l a n o artística]. i - •
s u p o n e l a c a t a r s i s ( l a dialéctica c o n e l público) y l a s u p o n e
c o n u n público q u e e s difícil d e c o n m o v e r . P e r o q u i e n p r o - C u a n d o a p a r e c e e l p o p , l a dialéctica e n t r e e l a r t e s e r i o

v o c a a u n público frío, s i t i e n e éxito, o b t i e n e a c a m b i o l a y el arte ligero ya es o t r a q u e la que estuvo vigente para el

participación, n o l a c a t a r s i s . E l público frío n o r e a c c i o n a a r t e m o d e r n o . L o s a r t i s t a s contemporáneos n o p u e d e n s a c a r

catárticamente, transformándose o mejorándose, s i n o p a r - más b e n e f i c i o s ( n i d i r e c t o s n i i n d i r e c t o s ] d e l a e s p e c i a l i z a -

ticipando. A l llamado a interpretar d ela obra m o d e r n a , e n ción d e l público. L a b u e n a predisposición h a c i a l o n u e v o q u e

c a m b i o , n u n c a podría habérsele r e s p o n d i d o c o n p a r t i c i p a - d e m u e s t r a n t o d o s l o s r e c e p t o r e s ( n o s o l o l o s más a v a n z a d o s ]

ción, es d e c i r , c o n e l b o r r a m i e n t o d e l a línea i m a g i n a r i a q u e o b l i g a a l o s a r t i s t a s , u n a v e z más y s i e m p r e d e m a n e r a d i s -

s e p a r a a l público d e l o s a r t i s t a s . ' 'H'*»' 'á ^ma-^mi asm^-m hh t i n t a , a s u b i r a l público a l e s c e n a r i o . H ¿

P e r o e l público q u e d e b e s u b i r a l escenario e l a r t e c o n t e m -
Q u i e n se p r o p o n e i n t e r p r e t a r u n a o b r a m o d e r n a s a b e d e
poráneo e s más frío aún q u e e l público s u b i d o a l escenario p o r
a n t e m a n o q u e es i g n o r a d o p o r e l l a . P o r e s o m i s m o , s a b e q u e s u
H i t c b c o c k . L a p r e g u n t a d e l o s a r t i s t a s contemporáneos p o r e l
interpretación, i g u a l q u e t o d a s l a s a n t e r i o r e s , n o p u e d e s e r l a
público e s más h i t c h c o c k i a n a q u e l a d e H i t c b c o c k : ¿qué d e b e
última. L a s o b r a s m o d e r n a s n u n c a s e q u e d a n s i n intérpre-
h a c e r u n a o b r a p a r a i n t e r p e l a r a u n público q u e actúa, c o n s -
t e s : a u n c o n l a c r i s i s d e l a m o d e r n i d a d estética, e l l a s s i g u e n
c i e n t e m e n t e , c o m o público y q u e s e r e c o n o c e a sí m i s m o c o m o
allí, e n e l m i s m o l u g a r ( e n e l m u s e o , e n l a b i b l i o t e c a , e n l a
c o n s u m i d o r de cultura?
a c a d e m i a ] , c o n v e r t i d a s e n p a r t e d e l a h i s t o r i a d e l a r t e ( q u e es
la historia del arte serio], esperando nuevas interpretaciones. E l n u e v o público n o s o l o s e c o m p o r t a c o m o público p o r -
q u e s e e n c u e n t r a psicológicamente b i e n p r e d i s p u e s t o a q u e
E l público d e l p o p , l o s h a p p e n i n g s , l a p e r f o r m a n c e , e l a r t e
l o s a r t i s t a s l o s o r p r e n d a n ( e s o y a sucedía d e s d e Dadá], s i n o
d e l o s m e d i o s , e l c o n c e p t u a l i s m o y e l s i t u a c i o n i s m o , e n l a dé-
p o r q u e concurre a los espacios del arte e n busca del t i p o d e
c a d a d e 1960, n o e s e l m i s m o público q u e acompañó a l a r t e
estímulos a l q u e l a c u l t u r a a u d i o v i s u a l l o t i e n e h a b i t u a d o ,
m o d e r n o u n o s años a n t e s . E s u n público e n t e r a m e n t e n u e v o ,
c o n la esperanza de recibirlos e n u n a dosis m a y o r .
q u e s e f o r m a c u a n d o e l a r t e m o d e r n o ( q u e s e p e n s a b a a sí m i s -
m o c o m o l a negación d e l a s o c i e d a d d e n t r o d e l a s o c i e d a d , n o L o s m e d i o s m a s i v o s d e comunicación, a l h a b e r s e v u e l t o

c o m o l a negación d e l s i s t e m a d e l a r t e d e n t r o d e l s i s t e m a d e l omnipresentes, a u n para quien pretenda ignorarlos, gene-

arte] ya se h a a c a d e m i z a d o y c u a n d o los artistas, a l i g u a l q u e r a n a d i a r i o l a e x p e c t a t i v a d e q u e e n e l l o s aparecerá l o n u e v o ,

3S1
350
e n t e n d i d o c o m o l o i n e s p e r a d o , l o insólito, l o m a r a v i l l o s o ,
l o catastrófico, l o r a r o , l o a b e r r a n t e , o l o b i z a r r o . E l i m p a c t o
d e l o n u e v o , a s u v e z , d e s a p a r e c e rápidamente, s i g u i e n d o e l
principio d eque n o h a y nada m e n o s interesante que lo que
acaba d e (dejar de) ser a c t u a l . '• '
' Consciente d eq u e e l efecto d el o n u e v o se e s f u m a cada
v e z más rápido, e l público s a l e a b u s c a r p o r sí m i s m o , d e n t r o
y fuera d elos espacios del arte, a c o n t e c i m i e n t o s e x t r a o r d i -
n a r i o s q u e s e a n e x t r a o r d i n a r i o s p o r las m i s m a s r a z o n e s q u e
podrían s e r l o p a r a l o s m e d i o s d e comunicación: p o r i n e s p e -
r a d o s , insólitos, m a r a v i l l o s o s , catastróficos, r a r o s , a b e r r a n -
tes o b i z a r r o s . P e r o c u a n d o los b u s c a d e n t r o d e l espacio d e l
a r t e , e s p e r a , paradójicamente, q u e s e a n más auténticos q u e
c u a n d o l o s b u s c a m i r a n d o televisión o n a v e g a n d o e n l a w e b .
E l r e c e p t o r contemporáneo y a n o es apático, c o m o l o f u e -
r o n l a s m a s a s a p r i n c i p i o s d e l s i g l o X X , s i n o frío: n o e s d i -
fícil d e s h o c k e a r p o r e s t a r p e r m a n e n t e m e n t e e n s h o c k ( p o r
l a s máquinas, e n e l t r a b a j o ; p o r l o s a u t o s , e n l a s c a l l e s d e l a s
g r a n d e s c i u d a d e s ; p o r e l m o n t a j e d e l a s películas, e n l a s a l a
d e c i n e : así f u e h a s t a l a década d e 1 ^ 6 0 ] , s i n o difícil d e e n -
t r e t e n e r p o r s a b e r s e a sí m i s m o u n a p i e z a c l a v e d e l a i n d u s -
t r i a d e l e n t r e t e n i m i e n t o y p o r ser capaz de descifrar, c o n u n a
r a p i d e z i n a u d i t a , l o s p r o d u c t o s q u e e l l a l e diseña, s a b i e n d o
b i e n q u e está s u b i d o a l e s c e n a r i o , p a r a l l e n a r s u a b u r r i m i e n t o ,
n o s u t i e m p o l i b r e ( e l t i e m p o l i b r e e s u n a categoría d e o t r a
época, d e l a época d e l a p r o m e s a d e l p l e n o e m p l e o ] .
La frialdad del receptor lo convierte en la m e d i d a d e l a
obra d earte. S u saber sobre su lugar e n e l sistema i n s t i t u -
cional del arte l o hace u n a parte constitutiva d e l a obra
352
contemporánea: e l b r e c h t i s m o d e H i t c h c o c k s e c o n v i e r t e e n
u n estándar p a r a l o s a r t i s t a s contemporáneos, q u e s e v e n
o b l i g a d o s a s u b i r e l público a l escenario de u n a m a n e r a q u e y a
no puede repetir l a hitchcockiana, aunque deba suponer-
l a , p o r q u e l a f r i a l d a d d e e s t e público h a a u m e n t a d o p o r l a
internalización d e l a cámara. Y a e l público d e l o s happe-
n i n g s e s t a b a ávido n o s o l o d e s e r s o r p r e n d i d o , s i n o d e p o -
d e r p a r t i c i p a r d e l a r t e c o m o s i se t r a t a r a d e u n a f i e s t a , n o d e
u n espectáculo. N o e s t a b a d i s p u e s t o a g u a r d a r d i s t a n c i a n i
c o m p o s t u r a d e n t r o del recinto del arte: n i siquiera necesi-
t a b a q u e l o s a r t i s t a s s e l o h i c i e r a n d e s c u b r i r , c o m o sucedió
e n e l C a b a r e t V o l t a i r e c o n Dadá. F r e n t e a u n d e s e o d e p a r -
ticipación t a n explícito, t o d o s l o s a r t i s t a s contemporáneos
d e b i e r o n r e f i n a r s u s a d i s m o , i g u a l q u e l o s c i n e a s t a s después
de Hitchcock.
A p a r t i r d e l a década d e 1960, l a p r o p u e s t a d e i n t e n s i f i c a r
l a provocación s e l a h a c e e l público a l o s a r t i s t a s , e n l u g a r
d e l o s a r t i s t a s a l público ( c o m o e n e l c a s o d e l o s dadaístas].
A l i g u a l que e n el s a d o m a s o q u i s m o , c u a nd o setrata de u n a
relación p a c t a d a ( y s o b r e t o d o s i e s p a c t a d a p o r d i n e r o ] , e l
p o d e r l o t i e n e e l e s c l a v o . S i e l público s i e n t e l o s estímulos p o r
l o s q u e pagó l a e n t r a d a ( e n l u g a r d e p e r m a n e c e r i n d i f e r e n -
t e a e l l o s ] , i n v i t a a l o s a r t i s t a s , c o n s u aprobación, a q u e l a
próxima v e z s e a n más d u r o s .
E l c o n s u m i d o r d e a r t e s e c o m p o r t a c o m o público, p r e -
cisamente, p o r q u e selo hace participar. D e hecho, e n todos
l o s e s p a c i o s contemporáneos ( r e a l e s o v i r t u a l e s ] s e l o i n s t a
a s e r p a r t e d e u n a w o r k in p r o g r e s s : d e s d e l o s b l o g s y l a s r e d e s
s o c i a l e s ( q u e se d e f i n e n p o r l a i n t e r a c t i v i d a d ] h a s t a l a s c l a s e s
353
primarias, secundarias y universitarias (donde levantar l a
m a n o , c o n ánimo d e d e b a t i r , será b i e n v i s t o p o r e l p r o f e s o r ) .
E l índice d e participación e s i n t e r p r e t a d o , e n c u a l q u i e r a c -
t i v i d a d h u m a n a contemporánea, c o m o e l i n d i c i o d e q u e l o
q u e s e h a c e está s i e n d o b i e n h e c h o , i n c l u s o c u a n d o l a r e a c -
ción s e a a d v e r s a ; d e l o c o n t r a r i o , n a d i e habría r e a c c i o n a d o .
P e r o e l público n o es u n c o l e c t i v o . E s u n c o m p o r t a m i e n -
to i n d i v i d u a l que toda persona adopta e n ciertas ocasiones.
S e r público i m p l i c a e l d e v e n i r anónimo d e u n s u j e t o q u e , e n
o t r o c o n t e x t o , e s u n i n d i v i d u o . L o q u e e n l a estética s e h a l l a -
m a d o recepción ( l a e x p e r i e n c i a s u b j e t i v a d e u n a o b r a d e a r t e ]
n o i n c l u y e del t o d o este m a t i z de a n o n i m a t o q u e i n a u g u r a el
cine, al r e u n i r e n u n m i s m o espacio a c o n s u m i d o r e s c u l t u r a -
l e s s i n n a d a e n común.
E l d e s p r e c i o d e l o s a r t i s t a s p o r l a p a s i v i d a d d e l público
( d e Dadá h a s t a e l s i t u a c i o n i s m o ] h a c e q u e l o i n v i t e n a u n
t i p o d e participación q u e n o t a r d a e n r e v e l a r s e c o m o p a r t e
d e l o q u e querían c a m b i a r : p a r t i c i p a n d o , e l público s e e d u c a
e n s u f r i a l d a d . L a pérdida d e l límite e n t r e e l a r t i s t a y e l n o
a r t i s t a , l e j o s d e c u m p l i r u n a utopía l i b e r t a r i a e n e l e s p a c i o
a c o t a d o d e l a r t e , m u e s t r a cómo s e r e p r o d u c e n a sí m i s m o s
l o s círculos concéntricos d e l círculo d e l a r t e .
A l b o r r a r s e s o l o d e m a n e r a i m a g i n a r i a l o s límites d e l e s -
c e n a r i o , l o q u e e l público a p r e n d e , e n última i n s t a n c i a , e s
q u e él n o e s u n a r t i s t a y q u e l o q u e l e f a l t a p a r a s e r l o e s e s a
o b r a (difusa e i n c o m p l e t a ] que a h o r a lo requiere y que n o le
p e r t e n e c e , p o r q u e o t r o l a h a pergeñado p a r a él. P e r o s i n o
h u b i e r a o b r a - d e s c u b r e e l público a p a r t i r d e l s i t u a c i o n i s -
m o - e l círculo d e l a r t e , a u n así, seguiría e x i s t i e n d o .
354
L a primacía d e l a p r a x i s q u e p r e c e d e a l M a y o Francés e x i -
m e a los situacionistas, t e m p o r a r i a m e n t e , d e p r e g u n t a r s e
p o r e l s u j e t o d e s u s j u e g o s : l a s m i s t e r i o s a s situaciones n o d i -
c e n a quién v a n d i r i g i d a s . Presentándolas c o m o j u e g o s , l o s
s i t u a c i o n i s t a s se c o n v i e r t e n e n a r t i s t a s s i n o b r a : p a r a n o v e n -
der, p r i m e r o h a y q u e n o p r o d u c i r .
La j u v e n t u d , c o m o e lsujeto p o r e lque los situacionis-
t a s n o n e c e s i t a n p r e g u n t a r s e , está a p r i o r i o r i e n t a d a a l a r e -
vuelta, dispuesta a darle la espalda, n i b i e n los artistas se lo
p i d a n , a l círculo d e l a r t e . Está c l a r o , p a r a l a I n t e r n a c i o n a l
S i t u a c i o n i s t a , q u e n o v a n a ser los o b r e r o s q u i e n e s j u e g u e n
s u s j u e g o s . Y q u e l o s jóvenes v a n a j u g a r l o s s i n q u e e s o l e s g e -
n e r e c u l p a : s a b e n b i e n q u e n o están e n e l l u g a r de l o s o b r e r o s .
N i l a r e v u e l t a e s u n sucedáneo d e l a revolución n i l o s o b r e r o s
l l e g a n a s e r r e a l m e n t e jóvenes. C u a n d o están e n l a e d a d d e
s e r l o , se v u e l v e n p r o l e t a r i o s : j e f e s y j e f a s d e f a m i l i a . L a d i v e r -
sión, p a r a e l l o s , r e p r e s e n t a s u d e s c a n s o . S i l o s o b r e r o s s o l o s e
divierten para poder volver a trabajar y solo trabajan para
p o d e r v o l v e r a d i v e r t i r s e , l a i n d u s t r i a c u l t u r a l l o s interpelará
s i e m p r e c o m o niños, n o c o m o jóvenes, -i • \
E l sujeto de la n o - o b r a situacionista (la j u v e n t u d ] n o es
el m i s m o d e l aobra d e arte m o d e r n a . E l sujeto d e l a obra
d e a r t e m o d e r n a es u n s u j e t o i n e x i s t e n t e e n l a s o c i e d a d ( u n
sujeto emancipado] que solo puede existir e ne l lenguaje
n e g a t i v o d e l a o b r a ( y q u e n o es, e n t o n c e s , n i e l a r t i s t a n i e l
público]. E l s u j e t o q u e s e s i e n t e i n t e r p e l a d o p o r e l s i t u a c i o -
n i s m o s i n q u e e l s i t u a c i o n i s m o s e p r e g u n t e p o r él, p o r e l
c o n t r a r i o , e x i s t e e n l a s o c i e d a d ( l a j u v e n t u d e u r o p e a es, a n -
t e s y después d e M a y o d e l '6&, el s u j e t o d e l a r e v u e l t a ] , n o e n
355
e l l e n g u a j e de l a o b r a de a r t e . P o r eso l a o b r a n o es necesaria diferencias de clase p o r q u e solo c o n v i v e n e n ellas e s t u d i a n -
n i o b l i g a t o r i a p a r a q u e s i g a n e x i s t i e n d o e l a r t e y e l círculo tes u n i v e r s i t a r i o s y a s p i r a n t e s a a r t i s t a s p r o f e s i o n a l e s . L o
d e l a r t e . H a c i a 1^70 e l s i s t e m a i n s t i t u c i o n a l d e l a r t e está t a n que sirve para resistir al capitalismo n o puede extenderse,
b u r o c r a t i z a d o q u e y a n o n e c e s i t a o b r a s : es s u f i c i e n t e c o n q u e c o m o f o r m a de vida, a toda la sociedad, sobre todo si la m a -
h a y a a r t i s t a s y público. yoría d e l a s p e r s o n a s n e c e s i t a v i v i r d e algún t r a b a j o a l i e n a -
L a época d e l a I n t e r n a c i o n a l S i t u a c i o n i s t a ( 1 9 5 7 a 1 9 7 2 ) e s , d o q u e , además, n o l e e x i j a e l n i v e l d e e s c o l a r i d a d q u e n o h a
e n t r e o t r a s c o s a s , l a época e n q u e e l círculo d e l a r t e e m p i e z a p o d i d o c o m p l e t a r . L o s límites d e l a r t e l o s p o n e s i e m p r e l a
a r e e m p l a z a r a l a b o h e m i a . E l e x c l u s i v i s m o d e l g r u p o - s u ca- s o c i e d a d . E l último a r t e q u e salió fuera de sí nació también
rácter d e sociedad s e c r e t a - es p r o p o r c i o n a l a l d e s e o d e l público c o m o u n a r t e / u e r a de sí: e l c i n e .
d e n o s e r t r a t a d o más c o m o público ( s o b r e t o d o s i l o s a r t i s t a s
y a n o t i e n e n o b r a ] y d e e n t r a r él también, p o r s u s o l a a f i l i a -
ción a u n i s m o , a l o s círculos c a d a v e z más concéntricos d e l
círculo d e l a r t e . C u a n d o t o d o s podrían h a c e r a r t e , p e r o n o
t o d o s l o h a c e n , l a d i f e r e n c i a e n t r e a r t i s t a s y público r e s u l t a ,
c o n c i e r t a o b v i e d a d , u n a ficción útil p a r a l o s a r t i s t a s , n o p a r a
e l público. Q u i e n l a s o s t i e n e e n s u n o m b r e , c o n u n f i n o espí-
r i t u c o r p o r a t i v o , es e l s i s t e m a i n s t i t u c i o n a l d e l a r t e .
P o r e s o n o es fácil, p a r a e l a r t e contemporáneo, s a l i r / u e r a
de sí. E n e l m u n d o p o s t 1 1 - S , c u a n d o c u a l q u i e r a p u e d e s e r
s o s p e c h o s o d e t e r r o r i s m o , a l a r t i s t a , paradójicamente, l e r e -
s u l t a c a d a v e z más difícil s e r t o m a d o e n s e r i o c u a n d o s e c o m -
p o r t a c o m o u n t e r r o r i s t a ( p a r a b i e n d e s u i n t e g r i d a d física y
m e n t a l , d e s d e y a ] . E l a r t e d e s m a t e r i a l i z a d o es, m u y o s t e n s i -
b l e m e n t e , u n arte de artistas profesionales.
L a d i f i c u l t a d d e l a r t e contemporáneo p a r a s a l i r / u e r a de
sí e s l a m i s m a d e l a política p a r a t r a s c e n d e r l a b u r o c r a c i a :
n i n g u n a a c t i v i d a d p r o f e s i o n a l i z a d a s a l e d e s u círculo d e
círculos concéntricos n i c o n e l a c t i v i s m o anarco-esteticista
de las redes n i c o n esa clase d ec o m u n a s e n las q u e n o h a y

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