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OirtîGf. 3 COî'ûi
S i i J3T V S C f l ï V J A ' .

MADRID-
l'or Pantaleon A z n a r
ANO I79T
\>m I ItRtt
A L E X C E L E N T Ì S I M O S E N O R

P R I N C I P E D E LA P A Z ,

&c, &c. &c.

FONDO EMETERK)
VALVEfiDEYTELLEZ

EXOEEENTISIMO SE.VOR:

El incienso de las dedicatoria* sue le oler,


por lo comun , . & lisonja , y no à sinee-
ridad , porque sus autores las anticipati al
premio que esperàa del Mecenas à quieti
intere sadament e las dirigen. Està mia à
V. E. està esenta , por fortuna , de st-
mejante nota , pues sahe V. E. y el su-
premo Consejo de Castilla. , que quando la
IC A P I L L A A L F O N S I N A mstoria de PARLO y VIRGINIA se pre-
BIBLIOTECA UNIVESTSTTASIA sentò ante el trono en demanda de justi-
cia , iba desnuda de todos aquellos acci-
U . A . N . L :
dente s y exterioridades que indircc fa-
mente contribuyen à obteneria , a lo pie-
nos mas prontamente. Obtuvola en efgcto

A L
G 1 Q 6 7 S
Esta benigna acogida que las cien-
por medio tic V. E. con aquella facilidad
cias naturales" han hallado siempre en el
y expedición con que el menor vasallo
ánimo de V. E. para los adelantamientos
del Rey , quexoso de agravio , ha sido
de la nación , exige de sus profesores el
reintegrado siempre en sus derechos ,
mayor reconoaimínfo. To por mi parte,
por la via de Estado , del cargo de V. E.
obrando en consecuencia de los inaltera-
sin otra recomendación que la verdad de
bles principios de gnililud de que hago
los hechos.
la mas constante profesión , se la mani-
To, . por lo menos , estoy y estaré
fiesto á V. E . con este público y desinte-
s i e m p r e obligado o confesarlo así , no so-
resado testimonio de ella.
lo por este hecho- de PABLO y VIRGINIA,
En los tres favores , que con tanta
sino por otro anterior , también de jus-
honradez y franqueza me ha dispensatlo
ticia , en que V. E. nte la administró sin
V. E. no han intervenido las razones ,
conocerme.
demasiado comunes por desgracia nues-
Agrégase á estos motivos de recono-
tra , ni de paysanage, ni de rteommeda-
cimiento la consideración de que prestán-
cion poderosa , ni de servicios personales ,
dose l'. E. á mis deseos de servir al Rey
ni de espíritu de partido , ú otra prejít-
y i ta patria , acaba de inclinar el Real
rencia qualauiera. En los dos primeros,
ánimo de S. A I . en ¡a comisión para que
me consideró V. E. como vasallo d:l Rey,
se ha servido nombrarme de pasar & los
acreedor á la j i u l i c i a , y como Ministro
reynos extr.mgeros al importante estadio
de ella , me la impetró del trono en el es-
de la I c t l l i o l ú g i a , cuyo ramo de historia
pacio de veinte y quatro horas solamen-
natural ofrece á nuestra nación el aumento
te. En el tercero , haciéndome V. E. el ho-
y mantenimento de una mita i de ju po-
nor de juzgarme capaz del desempeño tic
blacion j d fin di qae, como se expresa
una comisión, tan ventajosa á la Monar-
en la Real orden, " despucs de bien i n s -
quía , ha manifestado su patriotismo y
,,truido en ate útilísimo ramo , pueda de-
celo del mayor bien de ella.
9,dicarme en España á su enseñanza , eri-
He aquí, Excelentísimo Señor , las
„giéndose á este intento una cátedra de él
consideraciones que dando un mérito sin-
j t c u el Real GabineH di Historia <¡,¡¡u-
gular á la conducta pública de V. E.
,,ral."
para cmimigo, crigcn de m i , corno E j -
pitiioi , la mcjor correspondencia en ci
A D V E R T E N C I A .
dcsempénù d; mi comision , y la mas pro-
fittala gratinili coreo un parlicutar , que
por principios se preda ile estit no'uili- H a b i é n d o s e a n u n c i a d o al públi-
sima virtua , corno la primeva dei forn-
c o e s t a o b r a á principios del a ñ o
ire de caràctcr , y consccumle.
pasado de 1 7 9 6 , fué detenida por
Rcciba , pu:s , V. E. ci sincèro ho-
orden del Supremo Consejo d e
MieiUlge '¡uc ie ivibuttt nii reconocimicn-
lo , consacrando à su n o t n ò r e est a histo-
Castilla , a n t e quien reclamo me-
ria monti de PABXO y V I R G I N I A ; y con- j o r d e r e c h o o t r o t r a d u c t o r , al
tando con toda la extension de mi afecto, q u e el a ñ o a n t e r i o r h a b í a n e g a d o
disponga V. E. de la obcdicncia de el m i s m o C o n s e j o l a l i c e n c i a p a -
r a su p u b l i c a c i ó n . E n v i r t u d d e
MO e s t a c o m p e t e n c i a pidió el R e y
n u e s t r o S e ñ o r i n f o r m e á su C o n -
Exc. SESOR, s e j o p o r la v í a r e s e r v a d a d e E s -
t a d o . E x e c u t ó l o así e s t e s u p r e m o
su mas o b l i g a d o servidor T r i b u n a l , p r e c e d i d o el c o t é j o f o r -
m a l de aquella y d e esta t r a d u c -
c i ó n , la c e n s u r a d e las p e r s o n a s
de m a y o r nota á quienes c o m i -
s i o n ó á este fin , y el i n f o r m e j u -
rídico de sus Fiscales ; y con vis-
t a d e t o d o lo o b r a d o d i r i g i ó c o n -
s u l t a 3 S. M . p o r la m i s m a v í a
reservada de E s t a d o , en virtud
José Miguel Alia. d e la q u a l el R e y n u e s t r o S e ñ o r ,
A
por su R e a l Resolución , publica-
d a e n el m i s m o C o n s e j o e n p r i -
H a b r á como cosa de tres años q u e
m e r o d e Julio del presente a ñ o ,
hallándome e n u n a c i u d a d de P r o v i n -
se h a s e r v i d o c o n c e d e r a l t r a d u c -
cia me regaló u n viagero inglés esta
t o r privilegio absoluto y exclusi-
obrita , a c o m p a ñ a d a de u n c o m p e n -
v o para la publicación y r e i m -
dio del ú l t i m o viage del capitón Coofc
p r e s i ó n d e esta h i s t o r i a d e PABLO
impreso e n L o n d r e s de o r d e n dei R e y
y VIRGINIA.
con láminas de un buril m u y d e l i c a -
do. E s t a adquisición f u é p a r a m i
m u y a p r e c í a b l e , por los vivos d e -
seos que t e n i a de leerla , excitados
e n g r a n p a r t e por los encarecidos elo-
gios que m e había hecho de ella u n
3migo m í o , recien llegado entonces
de I n g l a t e r r a , donde la h a b í a visto.
Inmediatamente que la acabé de leer,
concebí la utilidad q u e podria r e s u l -
t a r d e su traducción á toda clase de
personas ; y e u efecto , me dediqué
desde luego á este t r a b a j o , sin e m b a r -
go de q u e el exemplar q u e me h a -
bía dado el v i a g e r o , era u n a t r a -
ducción bastante literal del original
francés, hecha por u n a dama de L o n -
dres. N o obstante , como la o b r a e r a
A4
n rn
f r a n c e s a , no me d e t e r m i n é á p u b l i - [ivas , así en materias de botánica y
c a r mi p r i m e r a traducción del i n - física , como de geografía y mitolo-
glés hasta no cotejarla c o n su o r i g i - g í a , q u e he creído necesarias p a r a
n a l ; á c u y o fin hice las mas exquisi- u n crecido n ú m e r o d e mis lectores;
tas diligencias p a r a a d q u i r i r un e x e m - y estas notas las hallarán al fin de la
p l a r en francés , como en electo lo o b r a , p a r a no embarazar su a t e n -
logré posteriormente. ción e n la lectura seguida de ella.
Hecho , pues , el cotejo con t o d a C o m o el caso de Pablo y V i r g i -
reflexión , hallé que la traducción in- nia no es i m a g i n a d o , sino real y v e r -
glesa estaba b a s t a n t e m e n t e c o n f o r m e d a d e r a m e n t e sucedido , sería s u p e r -
y a r r e g l a d a al o r i g i n a l , á excepción fluo hacer aquí u n a disertación pro-
d e algunos pasages particulares que lija , sobre la utilidad ó inutilidad de
M r . Saint P i e r r e habia corregido e n los cuentos ó novelas , refiriendo las
las ediciones posteriores al a ñ o en razones que p o r o n a y otra p a r t e
q u e se publicó en L o n d r e s la e x p r e - h a n alegado y alegan los que las de-
sada traducción. Por consiguiente, fienden ó condenan. E l autor e n su
tuve doble complacencia e n h a b e r discurso preliminar á la ultima i m -
a n d a d o remiso en su p u b l i c a c i ó n , lo- presión de 1 7 8 9 , que me h a servido
g r a n d o con esto perfeccionar mi p r i - d e exemplar , con motivo de h a b e r -
m e r trabajo y hacerlo mas d i g n o le p r e g u n t a d o algunos paysanos s u -
del p u b l i c o , q u e es el objeto q u e yos si el asunto d e su libro e r a fin-
debe p r o p o n e r s e todo escritor. Y p a - gido ó verdadero , dice a s í : " Estoy
r a complemento de mis deseos e n ciertamente persuadido de que esta
esta p a r t e , di la ultima m a n o á la p r e g u n t a me la h a n hecho algunos,
obra , castigándola e n varios lugares, mas bien por u n movimiento de com-
y p o m e n d o í e a l g u n a s notas i n s t r u c - pasión que de curiosidad , sintiendo
q u e d o s a l m a s t a n u n i d a s y felices, mir y derramar lágrimas sin po-
n o h u b i e s e n t e n i d o m e j o r s u e r t e . ¡Plu- derme contener. La persona , cuyo
g u i e r a al cielo hubiese e s t a d o e n m i desastrado fin habéis pintado con
m a n o t r a z a r á la v i r t u d d e P a b l o y tanta verdad en el naufragio del
Virginia , una carrera mas completa S. Geramlo , era parienta mía ; yo
d e f e l i c i d a d s o b r e la t i e r r a ! P e r o , soy criolla de la isla de Borbon.
lo r e p i t o , y o h e d e s c r i t o s i t u a c i o - L u e g o m e a s e g u r ó el m i s m o M r .
n e s r e a l e s , c o s t u m b r e s d e las q u a - T h o v i n , q u e la tal s e ñ o r a e s t a b a
les q u i z á se e n c o n t r a r í a n a c t u a l m e n t e casada con M r . de B o n n e u i l , primer
m o d e l o s en a l g u n o s p a r a g e s s o l i t a - a y u d a d e c á m a r a del C o n d e d e A r -
rios d e la isla d e F r a n c i a , ó d e la tois. E s t a d a m a t u v o la b o n d a d d e p e r -
d e B o r b o n q u e está allí i n m e d i a t a , m i t i r m e despues p u b l i c a r a q u í s u
y una catástrofe m u y cierta de q u e t e s t i m o n i o sobre la v e r d a d d e e s t a
puedo producir testimonios i r r e c u s a - c a t á s t r o f e , a c e r c a d e la q u a l m e h a
bles e n P a r i s m i s m o . " referido varias circunstancias capaces
d e a u m e n t a r m u c h o m a s el i n t e r é s
» Hallándome (continúa SantPier-
q u e i n s p i r a la m u e r t e d e a q u e l l a s u -
r e ) e s t e v e r a n o p a s a d o e n el j a r d i n
b l i m e v i c t i m a del p u d o r , y la d e s u
b o t á n i c o d e l R e y , se a c e r c ó á m í
infeliz amante."
u n a d a m a , d e figura m u y g a l l a r d a ,
a c o m p a ñ a d a d e su m a r i d o , la q u a j Si los asuntos d e las b u e n a s n o -
h a b i e n d o sabido p o r M r . T h o v i n , i n - velas i n v e n t a d a s p o r la i m a g i n a c i ó n
tendente de dicho jardin , que yo era d e sus a u t o r e s , c o m o el T e l e m a c o
el a u t o r d e P a b l o y V i r g i n i a , m e p o r exeinplo , tienen tanto poder p a -
d i x o : ¡ Ah, Mons. Saint Pier- r a m o v e r el c o r a z o n de los lectores,
re , qué noche tan cruel me habéis é i n s p i r a r l e s el deseo de l l e g a r á la
hecho pasar ! No he cesado de ge- c u m b r e d e la v i r t u d ; ¡ q u a n g r a n -
de no será el que t e n g a la historia
verdadera de Pablo y Virginia , m a - la providencia divina , su amor al
nejada por u n a p l u m a t a n feliz co- trabajo , su caridad p a r a con los p o -
m o la de Saint Pierre! b r e s ; e n s u m a , todas las partes y cali-
dades propias de u n buen hijo , de u n
; Q u i é n no se enternecerá al leer
buen ciudadano , de un hombre de
las ultimas páginas de esta historia?
b i e n , y sobre iodo de u n buen chris-
¿ Q u i e n no elevará su c o r a z o n a l
t i a n o . ¿ Qué desprecio 110 inspira de
E n t e S u p r e m o , a d o r a n d o la p r o f u n -
las vanas grandezas de la t i e r r a , délos
didad de sus inescrutables decretos
pomposos títulos á q u e aspira la a m b i -
acerca de sus c r i a t u r a s ? y Quién p o n -
ción , de los placeres insípidos y de—
d r á ciegamente su confianza en las
voradores en que se ceban los a m a -
prosperidades terrenas, m a s inconstan-
dores del m u n d o sin que su corazon
tes que el v i e n t o , mas fugaces q u e
llegue á satisfacerse nunca ? Por el
las h o r a s , menos reales y palpables
c o n t r a r i o , ¿ con qué dulce persuasi-
q u e la sombra ?
v a , c o n qué sencillez digna de un
P e r o , p a r a conocer el mérito d e Virgilio , de u n Fenelón , no r e c o -
esta o b r a , es necesario observar la m i e n d a las virtudes de la vida del
e n e r g í a c o n que el autor excita a! c a m p o , la tranquilidad del corazon,
lector con sus reflexiones filosóficas la i n o c e n c i a , la veracidad , el c a n -
á la práctica de todas las virtudes d o r , la templanza . la frugalidad, el
morales y c h r i s t i a n a s , al paso que trabajo y demás dotes del ánimo ?
p i n t a con los coloridos mas vivos de
a n a noble y sencilla elocuencia , las Esto es mirada la obra por la
acciones de la vida de Pablo y V i r - p a r t e m o r a l , pues si se mira por la
ginia ; q u i e r o d e c i r , su obediencia l i t e r a r i a , reluce e n ella un singular
ciega á sus m a d r e s , su confianza en mériio. E l ciudadano Saint Pierre e s -
tuvo e n la isla de Francia , donde
VIII
le c o n t a r o n el lance d e P a b l o y V i r - l a historia n a t u r a l , s e g ú n que lo t e s t i -
g i n i a , q u e él p o n e e n boca d e u n fican sus d e m á s o b r a s , ( a ) sin d u d a
anciano , p a r a enlazar con mas p r o - q u e el e s p e c t á c u l o d e la n a t u r a l e z a ,
p i e d a d la n a r r a c i ó n d e l h e c h o , a d o r - q u e se p r e s e n t a t a n risueña y m a -
n a d a c o n t o d o s los auxilios d e la e l o - g e s t u o s a á u n m i s m o t i e m p o en la
c u e n c i a y los p r i m o r e s d e la p o e - isla d e F r a n c i a , e x a l t ó su a l m a s e n -
sía lírica. L l a m o p r i m o r e s l í r i c o s , 6 sible , su i m a g i n a c i ó n a r d i e n t e y s u
m a s b i e n l í r i c o - b u c ó l í c o s á las i m á - p l u m a f e c u n d a , p a r a d e s c r i b i r , co-
genes , o r a grandiosas , o r a s e n - m o d e s c r i b e , a q u e l l a colonia f r a n c e s a ,
cillas y f a m i l i a r e s d e q u e usa e n p a t r i a feliz d e los m a l o g r a d o s jóve-
sus d e s c r i p c i o n e s , s e g ú n lo r e q u i e - nes Pablo y Virginia. Los episo-
r e n los a s u n t o s ; y e n esta p a r t e , si dios d e que está s e m b r a d a toda e l l a ,
n o s u p e r a , i g u a l a al m e n o s á los m o - son , á m i m o d o d e e n t e n d e r , d e u n
d e l o s d e la a n t i g ü e d a d . N o e s c r i b e g é n e r o n u e v o , y los mas' enérgicos
e n v e r s o c o m o V i r g i l i o , p e r o su p r o - y n a t u r a l e s , q u e p u e d e n desearse
s a es t a n n u m e r o s a , t a n h a r m ó n i c a e n su clase. ¿ D ó n d e h a y u n a esce-
y t a n m e l o d i o s a , q u e n o se e c h a n a t a n i n t e r e s a n t e y t i e r n a para la
m e n o s , n i la c a d e n c i a , ni la s u a v i d a d h u m a n i d a d , c o m o el episodio de la
n a t u r a l d e l m e t r o . A i m i t a c i ó n del n e g r a esclava ? Yo n o hallo u n a c o -
dulcísimo Arzobispo d e C a m b r a y , sa c o m p a r a b l e á la p i n t u r a que h a -
p i n t a y r e t r a t a t o d o lo q u e q u i e r e ce d e los t r a b a j o s d e V i r g i n i a , d e las
con facilidad de expresión , n a t u r a -
lidad d e l e n g u a g e , v i v e z a d e i m a -
g i n a c i ó n , v e r d a d e n los p e n s a m i e n -
(n) Estudios de la naturaleza. El a u -
t o s y v i g o r e n la p e r s u a s i ó n . C o m o tor es actualmente intendente del jardín
su p r i n c i p a l e s t u d i o h a sido s i e m p r e botánico de P a r í s , c individuo del ins-
tituto nacional.
i n q u i e t u d e s d e P a b l o , d e la p r i m e - p e d e r u i d o ó d e d i a m a n t e . Y así , u n
r a visita del G o b e r n a d o r , s e g u i d a d e e s c r i t o r célebre , (a) h a b l a n d o d e P a -
las ilusiones d e la f o r t u n a , q u e a h u - blo y V i r g i n i a , se explica e n estos
y e n t a r o n p a r a s i e m p r e el r e p o s o y la t é r m i n o s q u e h a c e n t a n t o h o n o r á la
t r a n q u i l i d a d d e a q u e l l a s dichosas c a - e l o c u e n c i a d e Saint P i e r r e : " S u t a -
b a n a s . N o p u e d o o l v i d a r la ú l t i m a l e u t o s u p r e m o de p i n t a r ia n a t u r a l e -
d e s p e d i d a , y el desconsuelo d e P a - z a , d e b e b a s t a r á su g l o r i a , p u e s
blo , quando ; volviendo de m a d r u - n o h a y o t r o que le iguale. E s t a l
g a d a á su c a b a n a , h a l l ó á la n e - el a r t e c o n q u e sabe c o m u n i c a r á los
g r a M a r í a m i r a n d o 3I m a r y l l o r a n - l e c t o r e s las emociones d e su a l m a ,
d o ; sus t i e r n a s q u e x a s á la m a d r e y hacerlos participantes de ellas, q u e
d e V i e g i n i a y á la s u y a ; su r e g r e - e x e r c e s o b r e sus ánimos u n a e s p e c i e
s o á la casa d e l c o l o n o , y el c o n - d e i m p e r i o , y como q u e los asocia
s u e l o q u e . s i n t i ó al p i e del p a p a y o d e a l g ú n m o d o á su d e s t i n o . "
q u e su a m i g a h a b í a p l a n t a d o , i n t e r - E s t a o b r a ha sido m u y c e l e b r a -
r u m p i d o á la e n t r a d a d e la n o c h e , por d a e n t o d a la E u r o p a , y t r a d u c i -
el r u i d o i e x a e n o d e c a ñ o n a z o s ; e n s u m a , d a á v a r i o s idiomas. T a m b i é n se h a n
el sobresalto d e P a b l o , la t e m p e s t a d , hecho dos ó tres tragedias sobre el
el n a u f r a g i o „ l a m u e r t e d e los a m a n - m i s m o a s u n t o , que se h a n r e p r e s e n -
t e s . Sunt lachryma rerum , et men- t a d o e n los teatros públicos , c o n
tón mortalia tangunt 1 (a) E s f o r - a c l a m a c i ó n y lágrimas d e los e x p e e -
z o s o l l o r a r , S a i n t P i e r r e , en l a n - t a d o r e s . F i n a l m e n t e , el a u t o r c o n -
ces tales , á n o t e n e r u n c o r a z o n e m - c l u y e el d i s c u r s o p r e l i m i n a r á La u l -

(a) M e r c u r i o de Francia.
(a) Virgilio. B
t i m a edición e n estos t é r m i n o s : " T e n -
d a s , de esta variedad de incidentes
g o el consuelo de haber interesado
y descripciones episódicas t a n a c o -
a los corazones sensibles en la s u e r - modadas al a s u n t o , pediría u n t r a -
te de dos infelices j ó v e n e s , c u y a s d u c t o r , t a n dulce , tan fecundo y t a n
desgracias h a n hecho d e r r a m a r l á g r i - amaestrado e n el manejo de la l e n -
m a s de la otra parte del m a r . U n a g u a castellana c o m o nuestro F r . L u i s
señorita Inglesa , t o m ó de aquí a s u n - d e L e ó n , entonces se vería bien p a -
to p a r a u n a novela que se h a i m - t e n t e m e n t e la riqueza y p r o p i e d a d
preso en Londres. Otra del mismo de nuestra habla nativa p a r a s e m e -
r e y n o , pasando por París p a r a e l j a n t e s a s u n t o s , y su excelencia s o -
L a n g u e d o c , tuvo la bondad de m a - bre la francesa é inglesa. A u n q u e
n i f e s t a r m e u n a traducción d e esta his- no soy t a n deslumhrado que p r e s u -
toria , que está en á n i m o d e d a r á m a de mí lo q u e con t a n t a r a z ó n
luz d e u n dia á o t r o ; p e r o yo i g - pudiera presumirse de F r . Luis d e
n o r o el idioma I n g l é s , cuyos" c é l e - L e ó n , V otros aurores nuestros que
hubieran e m p r e h e n d i d o este trabajo;
bres escritores a d m i r o p o r o t r a p a r -
me lisonjéo sin e m b a r g o de h a b e r
te en nuestras traducciones. A lo m e -
puesto aigun esmero e n la elección
nos he tenido la satisfacción de e x -
d e voces y modismos castellanos, p a -
p e r i m e n t a r que la lengua d e la n a t u -
r a v e r t e r convenientemente los p e n -
raleza siempre es e n t e n d i d a , a u n e n samientos del original.
¡as naciones rivales , y que ella p u e -
d e hacerlas m u c h o mas a m i g a s q u e Se m u y bien, según que lo h e i n -
los tratados diplomáticos." sinuado e n o t r a p a r t e , (a) q u e cada
U n a obra de este estilo sencillo
y natural , d e esta a b u n d a n c i a d e e x - (o) Vida del Conde de Bufioa , na-
presiones é imágenes vivas y a u i m a - ta primera , página 137.
B s
i d i ò m a t i e n e su indole c a r a t t e r i s t i c i ,
y que h a y frases y expresiones intra- n i m i e d a d las a n t i q u a d a s , y u s a n d o d e
d u c i b i e s a la letra d e u n a l e n g u a e n p r o p ó s i t o d e rancios a r c a í s m o s , a u n -
O t r a , sin d e s t r u c c i ó n y r u i n a d e l v e r d a - q u e 110 s e a n a d e q u a d o s á la m a t e r i a ,
d e r o sentido á q u e se d e b e a s p i r a r . D e n i c o n v e n i e n t e s á la fluidez y f a c i -
a q u í el o r i g e n d e t a n p o c a s t r a d u c - l i d a d q u e han a d q u i r i d o las l e n -
ciones buenas , coino de tantos t r a - g u a s e u r o p e a s con los nuevos c o n o -
ductores malos. Pero en obsequio de c i m i e n t o s literarios. O t r o s p o r el c o n -
la v e r d a d y d e los p r o g r e s o s d e n u e s - t r a r i o , i g n o r a n t e s d e su l e n g u a n a -
tra lengua , no puedo disimular, que t i v a y sin h a b e r h e c h o m i n e a u n
c i e r t a s g e n t e s estén t a n ciegas d e p a - e s t ú d i o reflexivo y filosófico d e sn
s i ó n p o r el estilo a n t i g u o , q u e l l e - c a r á c t e r , n o solo p r e f i e r e n las v o c e s
v a n d o su v e n e r a c i ó n h a s t a el e x t r e - e x t r a n g e r a s á las p r o p i a s , a u n q u e
m o d e la i d o l a t r í a , i n f a m e n c o n la éstas s e a n t a n t o ó q u i z á mas e x p r e -
n o t a d e p o c o castizas las p a l a b r a s q u e sivas q u e aquellas , s i n o q u e t r a s t o r -
el u s o , la v a r i e d a d d e los t i e m p o s , n a n h a s t a el o r d e n d e la s i n t a x i s , y
los d e s c u b r i m i e n t o s p o s t e r i o r e s , la a u n se e m p e ñ a n en t r a s l a d a r l i t e r a l -
n e c e s i d a d , y n o el c a p r i c h o , h a n i n - m e n t e los i d i o t i s m o s , f o r m a n d o c o n
t r o d u c i d o en n u e s t r o i d i o m a . E n t o - esto u n g u i r i g a y ú g e r i g o ; i z a i n i n t e l i -
d o se d e b e n e v i t a r los e x t r e m o s : me- gible. H é aquí los d o s escollos q u e
dio tutissimui ibis ; y e n estas m a - d e b e e v i t a r t o d o escritor e n el d i a .
t e r i a s , c o m o en t o d a s , la d i f i c u l t a d
L a m á x i m a s e g u r a será n o t r a s -
consiste e n a t i n a r c o n e s t e m e d i o .
t o r n a r j a m á s la c o n s t r u c c i ó n ó s i n t a -
A l g u n o s h a y e n el d i a q u e a f e c t a n
xis d e u n a lengua , n i i n t r o d u c i r e n
u n a s e v e r i d a d inflexible e n r e p u d i a r
e l l a voces e x t r a ñ a s , q u a n d o las t e n -
las voces m o d e r n a s , b u s c a n d o eoo
ga equivalentes y a c o m o d a d a s ; p e r o
n i t a m p o c o oponerse r i d i c u l a v t e -
B3
n a z m e n t e á la admisión de aquellos d e q u a l q u i e r idioma que s e a n , s i e m -
que el uso , la necesidad y a u n la p r e que c o n t r i b u y a n á facilitar la a d -
m o d a c a l i f i c a n , e n delecto de las n a - quisición de los conocimientos c i e n -
turales. L a s lenguas tienen su e s t a - tíficos, D e ahí h a resultado que los
do de infancia , de j u v e n t u d , de v i - I n g l e s e s , no menos ambiciosos y ex-
clusivos e n el comercio mercantil q u e
rilidad , de vejez y d e decrepitud
en el de las l e t r a s , h a n extendido,
como el h o m b r e : p a r t i c i p a n d e n u e s -
c o n preferencia á las demás n a c i o -
tras pasiones , de nuestros c o n o c i -
n e s , los límites de su imperio p o l í -
mientos , y a u n de los caprichos q u e
tico y literario.
a l t e r n a t i v a m e n t e r e y n a n d e siglo á
siglo, y de dominación á d o m i n a c i ó n . P e r o dexando á parte este a s u n -
L a l e n g u a del t i e m p o de A u g u s t o to , c u y a discusión me distraería de
es m u y d i f e r e n t e de la q u e se h a - m i objeto en el presente d i s c u r s o , d i -
blaba á los principios de la f u n d a - g o , que h e p r o c u r a d o huir de los
ción de R o m a . Este cotejo se v e r i - dos extremos igualmente v i t u p e r a -
fica i g u a l m e n t e con las actuales d e bles : esto e s , de u n a pasión ciega al
Europa. estilo y voces antiquadas, (para no p a -
r e c e r m e á aquel retratista m a n i á t i -
Algunos filósofos h a n notado que
c o p o r la a n t i g ü e d a d , que ridiculiza
n o h a y p r e o c u p a c i ó n mas perjudicial
el d i f u n t o D . T o m á s I r i a r t e e n u n a
á los progresos de las ciencias , que
d e sus,mejores fábulas literarias )(<J)
la de 110 a d m i t i r voces y e x p r e s i o -
i g u a l m e n t e que del prurito , demasia-
n e s e x t r a n g e r a s , q u a n d o faltan n a c i o -
d o c o m ú n en el dia e n t r e los i g n o -
nales. E l sabio Fenelón en su c a r -
ta á la Academia Francesa , le acon-
seja q u e imite á la n a c i ó n Inglesa (¡i) Como esta fábula intitulada, el
e n la introducción d e los t é r m i n o s retralo de golilla, reprehende con tanta
B4 sen-
XVIII
r a n t e s d e las bellezas d e n u e s t r a l e n - que debieran ser castellanos, y tie-

gua, de i n t r o d u c i r la s i n t a x i s é i d i o - nen poco ó nada de tales. H e usa-

tismos de las f o r a s t e r a s e n los libros d o d e los participios activos c o n bas-

s e n c i l l e z y n a t u r a l i d a d el vicio d e q u e Con añejas galas su cuerpo vestido,


a q u í se t r a t a , véase á l a l e t r a c o p i a d a : Maguer que le p l u g o la faz abastanza-.
Empero una traza le vino i las mienta
D e [i-ase extranjera el mal pegadizo Con que al retraíame dar su galardón.
Hoy á miestro idioma gravemer.es aqvcxa', Guardaba heredadas de sus ascendierais
Pero habrá quien piense que no habla castizo Antiguas monedas en un vi-jo arcw.
Si por lo antiquaéo lo usado 110 tlcxa. Del quinto F e m a n d o muchas de ellas son
Voy d entrctenelle con una conseja; Allende de algunas de Carlos primero,
T porque le trayga mas contentamiento D e entrambos Filipos segundo y tercero:
En su mismo estilo referilla intento, T henchido de todas le endonó un toisón.
Mezclando dos hablas , ¡a nueva y la vieja. Con e i t a i monedas ó si quier medallas,
No sin hartos zeíos un Pintor de ogaño ( El Pintor le dice ) si voy al mercado,
Via como agora gran loa y valia Quando me cumpliese mercar vituallas,
Alcanzan algunos retratos de antaño; Tornaré á m i casa con muy buen recado.
Y el no remedallos á mengua tenia: -, Pardiez ! ( dixo el otro ) ¡ n o rae habéis
Por ende queriendo retratar un dia pintado
A cierto Rico-home , Señor de gran cuenta, En trage que un tiempo fué m u y ¡ e f i o r ü ,
Juzgo que lo antiguo de la vestimenta X agora le viste solo un Alguacil í
Estima de rancio al quadro daría. g u a i me r e t r a t t i l e » lai os be pagado.
Segundo Velazquez creyó ser con esto: Llevaos la tabla ; y el mi corbatín
T ansí qne del rostro toda la semblanza Pintaznie al proviso en vez de golilla:
H a va trasladado , golilla le ha puesto C o m b ù r a n e esa espada en el mi e s p a d í n ,
'1 otros atavíos ií la antigua usanza. r en la mi casaca trocad ¡a ropilla:
La tabla á su dueño lleva sin tardanza, Ca non habrá naide en toda la Villa,
El <¡"¡11 espantado fincó , desque vido Que alvirm en tal guisa conozca mi g e s t o ,
Pues-
Coa
t a n t e f r e c u e n c i a , p o r q u e h a c e n la e l o -
c u c i ó n m a s fluida y r á p i d a , q u e los m a , es p o é t i c o p o r l a m a y o r p a r t e ,
relativos, c o m o los l l a m a n los g r a m á - y la versión d e b e p a r t i c i p a r d e la
t i c o s , los q u a l e s d e b i l i t a n s u v i g o r m i s m a índole y c a r á c t e r .
y f u e r z a de enlace. A s í q u e , digo á H a v cosas q u e t r a d u c i d a s d e u n a
c a d a páso interesante , renaciente, l e n g u a á o t r a se m e j o r a n , y o t r a s
bramante , y o t r o s p a r t i c i p i o s á este q u e p o r el c o n t r a r i o se e m p e o r a n .
t e n o r , sin recelo d e p a s a r e n t r e los E s t o n o d e p e n d e m u c h a s veces d e
verdaderos inteligentes p o r i n n o v a - la p e r i c i a ó i m p e r i c i a d e l t r a d u c t o r ,
d o r , n i t e m o r á la c e n s u r a d e a q u e - s i n o d e la n a t u r a l e z a d e los i d i o m a s
llos P u r i s t a s , p o r m a l n o m b r e , q u e c o m p a r a d o s e n t r e sí. A p e n a s h a y t r a -
t i e n e n las c a b e z a s h a r t o d e s o c u p a d a s , d u c c i ó n d e las r e g u l a r e s en q u e n o
p a r a e n t r e t e n e r s e e n a n d a r á c a z a de se o b s e r v e este efecto. E l q u e c o n o z -
v o c a b l o s . E l e s t i l o d e esta Pastoral, c a á f o n d o las leyes d e la v e r s i ó n , s a -
c o m o el m i s m o S a i n t P i e r r e la 11a- b e q u e u n t r a d u c t o r n o d e b e ser n i
d é s p o t a , n i esclavo del o r i g i n a l . H a y
u n iusto m e d i o e n t r e las d o s cosas,
q u e guardado con escrupulosidad por
Vuestra p a g a enton-e contaros-be presto u n t r a d u c t o r , p r o p o r c i o n a á la r e p ú -
En buena moneda corriente en Castilla. blica l i t e r a r i a , á sus c o n c i u d a d a n o s
Ora, pues , si á risa provoca la idea, y á la p a t r i a , las r i q u e z a s y t e s o r o s
Que tuvo aquel sandio moderno Pintor, d e los c o n o c i m i e n t o s útiles , q u e los
¡ No hemos de reírnos siempre que chochea s a b i o s de todos t i e m p o s y n a c i o n e s ,
Con ancianas frases un novel autor? h a n poseído y poseen a c t u a l m e n t e .
Lo que es afectado juzga que es primor-.
Habla puro ,1 costa di la claridad-, C o m o el a u t o r usa e n sus d e s -
1 no halla voz b.ixa para nuestra edad, c r i p c i o n e s d e la n a t u r a l e z a d e t a n -
Sifué noble en tiempo del Cid Campeador. tos n o m b r e s d e á r b o l e s , a r b u s t o s y
x x m
plantas indígenas de la isla de F r a n -
c i a , , q u e n o son bastante conocidos P R Ó L O G O D E L A U T O R

del c o m ú n de las g e n t e s , he expli-


cado sus propiedades y caracteres
e n las notas que v a n puestas al fin, ] V X e he propuesto grandes designios
siguiendo el sistema de clasificación e n esta o b r i t a , e n la qual h e p r o -
de Linéo. curado pintar un suelo , y p r o d u c -
ciones diferentes de las d e n u e s t r a E u -
r o p a . H a r t o tiempo h a n estado e n
posesion nuestros poetas de poner a
reposar sus amantes á las orillas de
los arroyuelos , e n las praderías , y
á la sombra de las hayas. Y o he
q u e r i d o sentarlos e n las riberas del
m a r , al pie de los p e ñ a s c o s , a la
s o m b r a d e los cocoteros , de los p l á -
tanos y limoneros en flor. N o fal-
tan á la otra p a r t e del m u n d o sino
T h e ó c r i t o s y Virgilios p a r a que t e n -
gamos descripciones t a n interesantes,
á lo m e n o s , c o m o las de nuestro país.
Sé que algunos viageros de gusto
nos han hecho pinturas encantado-:
ras de muchas islas del m a r del Sur;
p e r o las costumbres de los h a b i t a -
t e s , y aun ipas la« de los c u í o - i ,
X X I V
péos q u e a p o r t e n á ellas , a f e a n y
u n d i s e ñ o m u y i m p e r f e c t o d e esta
d e s f i g u r a n p o r lo r e g u l a r estos q u a -
e s p e c i e d e p a s t o r a l , p r o c u r é leérsela
d r o s . Yo lie d e s e a d o r e u n i r á la be-
á u n a d a m a q u e f r e c u e n t a b a lo q u e
lleza d e la n a t u r a l e z a , e n t r e los t r ó p i -
se l l a m a el g r a n m u n d o , y á p e r -
cos , la belleza m o r a l d e u n a sociedad sonas graves q u e vivian m u y a p a r -
p o c o n u m e r o s a , p r o p o n i é n d o m e al t a d a s d e e l , á fin d e p r e v e r el e f e c -
mismo tiempo demostrar grandes ver- t o q u e p r o d u c i r í a su l e c t u r a e n g e n -
dades , entre otras : " que nuestra tes d e c a r a c t é r e s t a n d i v e r s o s , y t u -
f e l i c i d a d consiste e n vivir s e g ú n las v e la s a t i s f a c c i ó n d e verlos á t o d o s
l e y e s d e la n a t u r a l e z a , y d e la v i r - d e r r a m a r l á g r i m a s . E s t e f u é el ú n i c o
t u d , d i r i g i d a p o r las infalibles v e r - j u i c i o q u e p u d e f o r m a r d e la o b r a , y
d a d e s del E v a n g e l i o . " e s t o e r a c a b a l m e n t e lo q u e y o d e -
P a r a p i n t a r f a m i l i a s felices , n o seaba ver c o m p r o b a d o .
h e necesitado i n v e n t a r u n a n o v e l a - M a s c o m o , p o r l o c o m ú n , la
P u e d o a s e g u r a r q u e las d e q u e v o y p r e s u n c i ó n e s u n vicio c o m p a ñ e r o
á h a b l a r , h a n existido r e a l m e n t e , d e la c o r t e d a d del t a l e n t o , caí e n
q u e s u h i s t o r i a es v e r d a d e r a en sus la v a n i d a d , c o n t a n b u e n suceso , d e
principales acontecimientos, certifica- i n t i t u l a r m i o b r a : Pintura de la
dos eu mi presencia por muchos c o - naturaleza. P e r o habiendo reflexio-
l o n o s , á q u i e n e s h e c o n o c i d o en la nado despues , por dicha mia , quan
isla d e F r a n c i a . N o h e h e c h o m a s d i s t a n t e e s t o y d e c o n o c e r el c l i m a
q u e añadir algunas circunstancias i n - e n q u e nací , q u a n r i c a , v a r i a d a ,
diferentes , que siendome p o r otra a m a b l e , m a g n i f i c a y misteriosa se
parte personales , tienen , hasta en p r e s e n t a la n a t u r a l e z a e n a q u e l l o s
esto , cierta especie d e realidad. países, d o n d e n o h e v i s t o sus p r o d u c -
c i o n e s , sino d e p a s o ; y p o r ú l t i m o ,
Q u a n d o f o r m é , algunos años liá,
XXVI
q u a n ageno me hallo de poseer a q u e -
lla s a g a c i d a d , e x p r e s i ó n y g u s t o q u e
se r e q u i e r e n p a r a c o n o c e r l a y r e t r a -
t a r l a ; volví e n m í , y a g r e g u é e s t e
d é b i l e n s a y o á m i s Eltudiot de ¡a na-
turaleza , q u e el p ú b l i c o lia a c o g i d o
c o n t a n t a b e n i g n i d a d , á fin d e q u e
r e c o r d á n d o l e e s t e título mi i n c a p a c i -
d a d , m e r e z c a c o m o h a s t a a q u í la c o n -
tinuación de su indulgencia.

•<• - . - !. .

T S» <"
PABLO Y VIRGINIA.

la ladera oriental del monte que


se eleva á espaldas del PUERTO-LUIS,
en la isla de Francia ( i ) , se ven , en
un terreno antiguamente cultivado,
las ruinas de dos pequeñas chozas,
situadas casi en el centro de «na
ensenada , rodeada de escarpadas ro-
cas , y con sola una entrada al nor-
te. A la parte izquierda de este si-
tio , se descubre la montaña llamada
el M O R R O DE LA DESCUBIERTA , que
es la atalaya desde donde se señalan
las naos que aportan á la isla, y al pie
de ella , la ciudad nombrada PUERTO-
LUIS ; sobre la derecha el camino,
que va de Puerto-Luis al arrabal d e
las PAMPLEMUSAS ( 2 ) ; en seguida,
la Iglesia de este nombre , que se ele-
I n f a n c i a <lc P a b l o y Virginia. va , con sus avenidas de bambúes ( 3 )
C
6 cañas en medio de una espaciosa de árboles donde se detienen las n u -
l l a n u r a ; y mas allá un bosque que bes. Las lluvias atraídas por sus pi-
se estiende hasta las extremidades c o s , retratan muy amenudo en l a s
de la isla. E n f r e n t e se distingue la verdipardas lómas del monte los co-
bahía DEL SEPULCRO en la playa del lores del i r i s , y proveen de a g u a las
mar ; un poco mas sobre la derecha fuentes de que se f o r n a en la fal-
el cabo DESGRACIADO ; y despues del d a el pequeño rio nombrado de los
cabo , el anchuroso occéano , donde LATANKROS (4).
aparecen , á flor de a g u a , varios is- E n su circunferencia , reyna un
lotes i n h a b i t a d o s , e n t r e otros el lla- profundo silencio, y todo es a p a c i -
mado MIRA , que parece un b a l u a r - ble , el ayre , la luz y las aguas. E l
te e n medio de las olas. eco apenas repite allí el murmullo d e
A la entrada de esta especie d a las palmeras ( 5 ) , que crecen en la
ensenada , desde donde se descubre eminencia , cuyas largas h o j a s . r e m a -
tanta variedad de objetos , los ecos tando en forma de flecha , se ven c o n -
del monte repiten sin cesar el zum- tinuamente agitadas por los vientos.
bido de los vientos que agitan los Una apacible claridad ilumina el fon-
bosques i n m e d i a t o s , y el susurro de do de este r e c i n t o , i donde no p e -
las olas que se estrellan á lo lejos netra el sol hasta el medio día ; p e -
en los arenales y peñascos. M a s a l ro desde que apunta la aurora , b a -
pie de las chozas , no se siente nin- ñan sus rayos toda la c u m b r e , c u -
g ú n r u i d o , ni se descubren en todo yos elevados picos - sobrepujando á
su contorno mas que enormes riscos, las sombras del m o n t e , parecen d e
escarpados á manera de m u r a l l a s , á oro y p ú r p u r a sobre el azul de los
raiz de los q u a l e s , en sus g r i e t a s , y cielos.
hasta e n sus cimas , crecen grupos Gustaba yo de frecuentar esto
4 PABLO
r PIROINIA. 5
sitio , donde se goza i u n tiempo la
bian encontrado aquí la felicidad. Sn
vista de un inmenso horizonte , y la
historia es de las mas t i e r n a s : pero
soledad üias profunda. Estando , pues,
en esta isla , que está al tránsito pa-
sentado un día al pie de estas cho-
ra las Indias O r i e n t a l e s , ¿ qué e u -
zas , examinando sus ruinas , pasó no
r o p i o puede interesarse en la suer-
lejas de mí un- hombre de a l a n z a d a
t e de algunos partlcular.'s obscuros?
edad - descalzo , con calzón largo y
¿ Quién querría vivir aquí feliz , pe-
chaqueta , según la costumbre de ios
ro ignorado y pobre ? Los hombres
antiguos habitantes del p a í s , y un
solo desean saber las historias de los
cayado de ¿baño en la mano en q u e
grandes y poderosos de la tierra , que
s-j apoyaba. E r a n sus cabellos blan-
acaso no son de tanto provecho. "
cos como la nieve , y su fisonomía
« Y a conozco , amigo , le con-
magestuosa y noble. Saludéle con
testé , en vuestro semblante y mo-
respeto , y él me correspondió con
do de e x p r e s a r o s , que poseéis gran
el mismo ; y habiéndose parado á
caudal de razón y de experiencia;
mirarme con atención un breve ra-
y así , si no estáis de prisa , os rue-
to , se dirigió adonde yo estaba , y
go me digáis todo lo que sabéis acer-
se sentó á mi lado. Animado y o
ca de los antiguos moradores de es-
con esta demostración de confianza, le
ta serranía : y creed que el hom-
dirigí la palabra en esros términos:
bre , aun el mas d e p r a v a d o con las
¿ N o ine diréis , buen amigo, preocupaciones del m u n d o , se c o m -
í quién han pertenecido estas cho- place en oír hablar de la felicidad
z a s ? " Y él me respondió Estos que proporcionan la naturaleza y la
escombros, Señor , y este terreno i n - virtud . dirigidas por la religión."
culto , fueron habitados , ahora vein- Entonces el anciano , después de
te a ñ o s , por dos familias que ba- haber tenido aplicada breve rato la
C 3
6 Pablo t VlSOjSlA.
„os n e g r o s , y volverse p r o n a m e n t e
m a n o á !a f r e n t e , como en a d e m a n
i h a c e r a q u í un establecimiento, m
d e q u i e n p r o c u r a t r a e r á la memo-
e f e c t o . desembarcó en M a d a g t ó c á r a
r i a diversas c i r c u n s t a n c i a s d e a l g ú n
m e d i a d o de o c t u b r e , q u e es a " i "a
h e c h o , me refirió !o s i g u i e n t e :
estación mas peligrosa ; y a P ° c o s
E n el a ñ o de 1 7 1 6 , u n j ó ven
dias de h a b e r -desembarcado. m u ñ ó
natural de Normandía llamado M r .
d e las fiebres pútridas , q u e r e y n a n
de la T o a r , d e s p u e s de h a b e r solicita-
en a q u e l l a isla casi los seis mases d e l
d o , a u n q u e i n ú t i l m e n t e , e n t r a r en el
a ñ o , y q u e i m p e d i r á n siempre a l a s
servicio del R e y d e F r a n c i a . y los au-
naciones e u r o p é a s f o r m a r en ella e s -
xilios necesarios d e su familia p a r a es-
tablecimientos lixos.
te fin . d e t e r m i n ó p a s a r á esta isla
con el objeto de m e j o r a r su s u e r t e . T o d o s sus efectos f u e r o n disipa-
T r a í a en su c o m p a ñ í a u n a h e r m o s a dos , despues d e su fallecimiento , c o -
j o v e n , á quien a m a b a con t e r n u r a , m o o r d i n a r i a m e n t e sucede á los q u e
y era igualmente correspondido de m u e r e n lejos de su p a t r i a . Su m u g e r
ella , con la q u a l se h a b i a casado en se h a l l ó sola en P u e r t o - L u i s , v i u d a ,
secreto y sin n i n g u n a d o t e ; p o r q u e en cinta , y sin mas bienes propios q u e
siendo ella de una rica y a n t i g u a c a - u n a n e g r a , en un país extraño , sin
sa v familia de su provincia , se ha- c r é d i t o , ni recomendación a l g u n a .
bían opuesto al c a s a m i e n t o los p a - D e c i d i d a e n t a n triste situación , á
r i e n t e s , con el pretexto d e q u e M r . n o m e n d i g a r f a v o r e s de ningún h o m -
de la T o u r , no e r a d e noble linage b r e . despues d e la m u e r t e del ú n i -
y c a b a l l e r o . D e x ó l a en P u e r t o - L u i s á c o á q u i e n t i e r n a m e n t e había a m a d o ,
pocos dias de su llegada , y se e m b a r - é i n s p i r á n d o l e v a l o r su misma d e s -
c ó p a r a M a d a g a s c á r , con la e s p e r a n - g r a c i a , d e t e r m i n ó c u l t i v a r con s u e s -
za d e c o m p r a r eri a q u e l l a isla a l g u - clava , u n a c o r t a porción de t e r r e n o .
á fin de adquirirse su subsistencia coa poder y las riquezas. ¿ Y qual era es-
el sudor de su f r e n t e . te bien ? Una amiga.
E n una isla , casi desierta , cuyo U n a ñ o habia que habitaba en
suelo estaba i discreción del prime- aqueste mismo sitio una buena niu-
ro que llegaba , no quiso esta pobre ger , activa y sensible , llamada MAR-
viuda elegir los parages mas feraces, GARITA. Era natural de la BRF.TA-
ni ios mas proporcionados para el co- S A , hila de unos pobres labradores,
mercio , sino que buscando alguna que la ' amaban como á las niñas de
quebrada de monte , algún asilo en- sus o j o s , y la hubieran hecho feliz,
cubierto donde poder vivir descono- si ella incauta no hubiera tenido la
cida y sola , se encaminó á estas bre- flaqueza de dar crédito á las insi-
ñas , para guarecerse en ellas como nuaciones amorosas de un caballero
en un nido. de su v e c i n d a d , aseguradas con la
E s como una especie de instinto, promesa de futuro matrimonio. M a s
común á todos los seres sensibles y este inhumano , habiendo saciado su
afligidos , el refugiarse á los sitios mas lividinosa pasión . la abandonó con
ásperos y desiertos; como si los pc- c r u e l d a d , y a u n se negó á asegu-
fiascos fuesen baluartes contra el in- rarle una .subsistencia para el fruto
f o r t u n i o , ó como si la tranquilidad q u e y a llevaba en sus entrañas. Ella
de la naturaleza pudiese calmar la entonces , persuadida de su desgra-
inquietud y zozobras del ánimo con- cia , se resolvió á dexar para siem-
t u r b a d o . Pero la Providencia , q u e pre el lugar de su nacimiento , y ve-
viene en nuestro auxilio quando so- nir á ocultar su fragilidad á las co-
lo buscamos los bienes necesarios , te- lonias , lejos de su patria , donde h a -
nia reservado una á M a d a m a de la b i a perdido la única dote de una don-
T o u r , que no dan ni pueden d a r el cella honrada y pobre , la r e p u t a -
Y VIXBINIA.
cion. U n n e g r o , y a de edad , que gratitud a l ver tan tierna y generosa
M a r g a r i t a habia adquirido con algun acogida , le dixo estrechándola entre
dinero prestado . cultivaba con ella sus brazos ¡ « M A y buena a m i g a . Sin
u n a rinconada de este t e r r e n o , j vi- duda quiere el cielo poner término
vían felices. í mis crueles p e n a s , pues os inspira
M a d a m a de la T o u r , seguida da mucha mas compasion acia m í , sien-
su negra , talló en este sitio á Marga- do como soy para vos una persona
rita , q u e estaba dando de mamar á su e x t r a ñ a , q u e la que he hallado h a s -
h i j o ; y alegrándose extraordinaria- ta ahora en mis deudos mas cerca-
mente de encontrar una muger en si- nos!" , .
tuación tan parecida á la suya , le
Yo conocia á Margarita , y la v i -
significó en pocas palabras su estado
sitaba como amiga , pues aunque v i -
antiguo y sus necesidades actuales.
v o legua y media de aquí en el bos-
Inmediatamente que oyó M a r g a r i t a
que que está de la otra parte de la
la relación de M a d a m a de la T o u r ,
MONTARA-I.AROA , me consideraba
quedó p e n e t r a d a de compasion ácia
como vecino suyo. E n las ciudades
ella ; y queriendo merecer su confian-
de E u r o p a , una calle , un simple m u -
za , mas bien que su estimación , le
ro impiden á los miembros de una
confesó , sin disimularle nada , la im-
misma familia juntarse y comunicar-
prudencia que habia cometido , aña-
se años e n t e r o s ; pero en las nuevas
diendo : Yo sí que he merecido la
colonias se miran como vecinos aque-
suerte que me cabe ; pero vos , se-
llos que solo viven separados por a l -
ñora. . . . sin culpa y desgraciada ! "
guna montaña ó bosque. E n aquel
Y despues de ¡esto le ofreció con lá-
tiempo con particularidad , en q u e
grimas su choza y amistad.
esta isla apenas tenia comercio con las
Madama de la T o u r penetrada de I n d i a s , la simple vecindad era un ti-
y VITEMIA. ' 3

fulo para la a m i s t a d , y la hospitali- llamada la CURESA , poique efecti-


dad con los extranjeros una obliga- vamente se semeja á una cureña de
ción y un placer. cafion. E l fondo de este suelo es un
Quando supe que mi vecina te- p u r o p e d r e g á l , por el qual apenas se
nia compañera , vine á visitarla para puede caminar ; pero no o b s t a n t e ,
ofrecerle mis servicios y ser de algu- produce frondosos á r b o l e s , y esta
na utilidad á entrambas. H a l l é en .Ma- manando en fuentes y arroyuelos.
dama de la T o u r una muger de una E n la otra porcion entraba toda
fisonomía atractiva llena de dignidad la parte i n f e r i o r , que se extiende á
y melancolía , y en dias de parir. Yo lo largo de las márgenes del n o de
les dixe q u e convenia ( p o r el inte- los LATANEROS hasta esta garganta
rés d_- sus hijos, y particularmente donde nosotros e s t a m o s , desde la qual
por evitar que otro colono se a p o - comienza á correr el rio entre dos co-
derara del terreno ) partiesen entre linas hasta el mar. Ya alcanzáis a
sí el fondo de este valle , cuya ex- ver desde aquí aquellos listones ó fa-
tensión es de cerca de veinte y u g a - xas de p r a d o s , y un terreno bastan-
das (6). te igual y llano ; pero ni por eso es
mejor que el otro , porque en llo-
E l l a ; se pusieron en mis manos
viendo se vuelve pantanoso , y en
para esta división, y yo formé dos '
tiempo de sequedad duro como un
porciones casi iguales. L a una c o n -
guijarro.
tenía la parte superior de este recin-
to , desde la extremidad de esos pe- Verificadas estas divisiones, per-
ñascos cubiertos de n u b e s , donde t i e - suadí á las d o s , echaran suertes sobre
ne su nacimiento el rio de los LATA- su propiedad. Cupo en suerte la p a r -
SEROS hasta aquella abertura escar- te superior á M a d a m a de la T o u r , y
pada que veis e n lo alto del monte, J a inferior á Margarita , quedando una

|B1'.»1!M YÜVK« J
14 PABLO Y VIRGINIA. ' 5
y otra contentas con su p a r t e ; peta I m p e r i o s , parece que respeta en es-
me pidieron que no me alejara de te lugar solitario los de la amistad,
estas inmediaciones , con el fin de que para perpetuar mí dolor hasta el fin
pudiéramos vernos á menudo , a y u - de mis dias!
darnos y valemos mutuamente en Apenas habia yo concluido la se-
nuestras cuitas. gunda c h o z a , q u a n d o Madama de la
P e r o todavía se necesitaba u n í T o u r dió á luz una n i ñ a ; y como
habitación particular para cada una. yo habia sido padrino del hijo de M a r -
L a de Margarita estaba situada en garita , que se llamaba PABLO , m e
medio del l l a n o , precisamente en los rogó Madama de la T o u r , lo fuese
confines de su terreno. Determiné, también de su h i j a , juntamente con
pues - construir otra i g u a l , allí in- su amiga. Esta puso por nombre a
j n e d i a t o , en los lindes del de M a d a - la recien nacida , VIRCINIA , y dixo:
m a de la T o u r para su habitación; <v Ella será virtuosa y feliz : yo no
p o r manera que estas dos amigas vi- conocí la desgracia hasta que me ex-
vían vecinas una de o t r a , y en la pro- travié del camino de la virtud! "
piedad respectiva de sus familias. Yo Luego que Madama de la T o u r
mismo corté las maderas en el mon- h u b o convalecido de su p a r t o , empe-
te , y conduxe de la rivera del mar zaron á tomar incremento estas dos
las hojas de los l a t a n e r o s , para levan- pequeñas posesiones, con el auxilio
t a r esas dos chozas que teneis á la vis- que yo de tiempo en tiempo les pres-
ta sin puertas ni tejado. Ay de mí t a b a , y principalmente con el t r a b a -
t r i s t e ! demasiados vestigios existen to- jo continuo de sus esclavos. E l de
davía para tormento de mi memorial Margarita , llamado DOMINGO , era
E l tiempo que con tanta rapidéz re- un negro todavía robusto , bien q u e
duce á polvo los monumentos de los y a de d i a s , lleno de experiencia , y
dotado de un entendimiento bastante
despejado. Cultivaba indiferentemen- ñas amas. Iba al monte á cortar le-
t e los dos t e r r e n o s , según le pare- ña p a r a la lumbre , componía y alla-
cían mas ó menos f e r a c e s , sembran- naba los caminos fragosos con las pie-
do en ellos las simientes para que dras que arrancaba de ésta y de la
eran mas proporcionados. E n las tier- otra parte ; y executaba todas estas
ras medianas sembraba mijo y maÍ2; obras con inteligencia y actividad,
a l g o de trigo en las b u e n a s ; arroz en porque los hacía con celo.
las pantanosas; y á raiz de las pe- Quería mucho á Margarita , y
fias , pepinos , calabazas y cohom- no menos á Madama de la T o u r , con
bros , que tienen la propiedad de tre- cuya negra se casó quando nació Vir-
p a r , serpeando, hasta lo mas encum- ginia. Amaba apasionadamente á su
b r a d o de ellas. E n los terrenos se- m u g e r , que se llamaba MARÍA , y
cos plantaba batatas , donde se dan era nativa de M a d a g a s c á r , de donde
dulces como la miel ; el árbol del traxo alguna industria como la de ha-
algodón en las e m i n e n c i a s ; cañas de cer canastillos de junco y telas d e
a z ú c a r en las tierras r e c i a s ; el café yervas silvestres. E r a M a r í a hacen-
en las colinas , cuyo grano sale muy dosa , l i m p i a , sumamente fiel , m a -
menudo , pero de excelente calidad; ñosa para hacer de c o m e r , criar g a -
en las márgenes del rio , y al rede- l l i n a s , y ir á vende? de tiempo e n
dor de la habitación banános ( 7 ) , que tiempo i P u e r t o - L u i s el sobrante d e
dan varias veces al año abundante las dos familias , que ya ves q u a a
f r u t a y deliciosa sombra ; y final- poco seria. Si á esto agregais dos c a -
mente , algunos pies de la planta del bras criadas para dar leche á los h i -
tabaco para divertir con la pipa sus j o s , y un mastin que guardaba d e
propios cuidados y los de sus bue- noche las posesiones , tendréis una
idea cabal de toda la r i q u e z a , y m e -
D
18 PABLO
nage de estas dos pequeñas caserías. ra de su c a s a , encontraban en ella
Ocupábanse las dos amigas en hi- i la vuelta tanta mas satisfacción y
lar algodón . desde por la mañana consuelo. Apenas las alcanzaban á
hasta la noche , de cuyo trabajo sa- ver Domingo y María desde esta a l -
c a b a n lo mas preciso para sustentar- tura , por el camino de las Pample-
se í sí y á sus f a m i l i a s ; pero por otra musas , baxaban al p u n t o muy ale-
p a r t e carecían de las demás comodi- gres hasta la f a l d a , para ayudarles i
dades de la v i d a , siendo tal su po- subir ; y leyendo ellas en los ojos de
breza , que solo se ponían zapatos sus esclavos el gozo que tenían en
los dias festivos para ir á oír misa, verlas volver , hallaban en sus casas
muy de madrugada , á la Iglesia de el aséo , la franqueza , y los bienes
las P a m p l e m u s a s , que veis allá aba- que únicamente debían á sus propias
xo. V e r d a d es que h a y mucha mas f a t i g a s , y á las de unos criados como
distancia desde a q u í á la citada Igle- los suyos penetrados de verdadero ce-
sia , que i P u e r t o - L u i s ; pero ellas lo y cariño. Ellas m i s m a s , unidas por
iban muy r a r a vez á este último pue- las mismas necesidades í infortunios,
blo , por e v i t a r el desprecio de las dándose mutuamente los dulces nom-
gentes , viéndolas vestidas de tosco bres de a m i g a , hermana y compañe-
coton azul de Bengala , que es la te- ra , no tenian mas que una v o l u n -
la ordinaria de que aquí se visten tad . un interés y una m e s a , siendo
los esclavos. todo común entre las dos. Una r e -
P e r o , en buenos términos : j la ligión pura acompañada de costum-
opinión y estimación de las gentes bres castas é irreprehensibles, dirigía
pueden equivaler jamas á la felicidad su espíritu ácia la vida futura , co-
doméstica ? Si estas buenas mugeras mo la llama que vuela ácia el cielo,
pasaban un poco de mortificación fue- D a
SO PABLO r VinaimA. 21
quando le falta pábulo sobre la tierra. varse sobre su estado , y ésta por
E l desempéño de las obligacio- haber baxado de él. P e r o en medio
nes de la naturaleza aumentaba la de estas consideraciones, se consola-
felicidad de su sociedad , y su amis- ban con la dulce idea d s que sus hi-
t a d mutua se redoblaba á la vista de jos , mas felices que e l l a s , gozarían
sus h i j o s , fruto de unos amores igual- algún dia de los puros y sabrosos pla-
mente malogrados. Se complacían en ceres del amor conyugal , y la ven-
labarlos en un mismo baño , en acos- turosa paz que resulta de la igualdad
tarlos en una misma cuna , y en cam- e n los matrimonios.
biarles á veces de pecho ; y en seme- E n e f e c t o , nada era comparable
j a n t e s acasiones solía decir M a d a m í al amor que los dos niños empezaban
de la T o u r , á Margarita : "" Amiga, á tenerse. Si P a b l o se quejaba le p r e -
cada una de nosotras tendrá dos hi- sentaban á V i r g i n i a , y al punto q u e
jos , y cada uno de nuestros hijos la veía , se sonreía y callaba. Si Vir-
dos madres. " O t r a s reclinadas sobre ginia se hallaba en algún a p u r o , i n -
las cunas de sus hijos hablaban de su mediatamente se advertía por los gri-
casamiento ; y esta perspectiva de fe- tos de P a b l o ; pero esta amable ni-
licidad c o n y u g a l , con que ellas enga- ñ a disimulaba al instante qualquiera
ñaban sus propias penas , remataba desazón , porque él no participára
comunmente por hacerlas l l o r a r , acor- de ella. N u n c a llegaba yo á estas
dándose la una de que sus males le chozas que no los encontrase abraza-
habían sobrevenido por haber mira- dos en medio del c a m p o , sostenién-
do con descuido el himenéo, y la dose uno á otro por debaxo de los
otra por haberse sometido á sus le- brazos , q u a n d o apenas podian tener-
yes : aquella por haber querido elí- se de pie , bien así como suele repre-
sentarse en el c i e l o , la constelación
0 3
v VmointA.
de Géminls ( 8 ) . j Quantas vece» me estuviera en la cima de un á r b o l , t r e -
he deleytado en verlos tendidos en el paba í él para cogerle y llevárselo
suelo , profundamente dormidos y á su hermana.
s o ñ a n d o , hasta tener que despertar- Q u a n d o se le encontraba á el uno
los para libertarlos de la pesadilla de en algún p a r a g e , era seguro que e l
los sueños, que regularmente pertur- otro no estaba lejos. U n dia que y o
ban la imaginación de los muchachos! b a s a b a de la cumbre de ese monte,
_J»uego que empezaron á hablar, divisé á Virginia al extremo de la
los primeros nombres que aprehendie- h u e r t a , que corría ácia casa con el
ron á d a r s e , fueron los de hermano zagalejo por encima de la cabeza,
y hermana , que son los mas dulces p a r a defenderse del agua de una n u -
que conoce la infancia. .Su educación be pasagera. D e lejos la creí sola;
no hizo mas que redoblar su amis- pero habiéndome acercado para con-
tad , dirigiéndola ácia sus necesidades ducirla de la mano y ayudarla á c a -
recíprocas. Virginia se halló m u y tem- m i n a r , vi que llevaba del brazo á
prano en estado de gobernar la ca- P a b l o , casi todo tapado con el z a g a -
sa , cuidar de su aseo y disponer lejo , y muy ufanos los dos de verse
una comida c a m p e s t r e , siendo elo- á ' c u b i e r t o del a g u a c e r o , debaxo de
giada siempre por «u hermano en to- aquel para-aguas de su invención. Los
do lo que hacia. P a b l o todo el dia dos graciosos n i ñ o s , cobijados con el
en continuo movimiento cababa en el ahuecado z a g a l e j o , me hicieron acor-
jardín con Domingo , ó le seguia dar entonces de los hijos de Leda ( 9 ) ,
al monte con u n a hachuela en ía encerrados en una misma concha.
m a n o ; y si por el camino avistaba Todo su estudio lo ponian en
una hermosa flor, alguna f r u t a rara, complacerse uno á o t r o , y ayudarse
ó un nido de p a j a r i t o s , aun quando mutuamente. N o sabían leer ni es-
34 PABLO r VIRGINIA. 25
c r i b l r , eran ignorantes como los crio- t r a d o del amor de sus madres.
l í o s , y no vivían inquietos por averi- Así se pasó su primera infancia,
g u a r lo que había pasado en tiempos como una bella aurora , que a n u n -
remotos ó lejos de ellos, ni se exten- cia un día mucho mas hermoso y
día su curiosidadad mas allá de este apacible. Ya llegó el tiempo do ali-
monte. Creían que el mundo no pa- viar á sus madres en el cuidado d e
saba de las extremidades de su isla, los negocios domésticas. Inmediata-
y no se figuraban que hubiese cosa mente que el canto del gallo a n u n -
buena ni apetecible donde ellos no es- ciaba la venida de la a u r o r a , se le-
taban. Su afecto mutuo y el de sus vantaba V i r g i n i a , iba por a g u a á la
madres ocupaban toda la actividad vecina fuente , y volvía con ella á
de sus almas. Ignoraban lo que era casa para disponer el desayuno. D e
robo , p o r q u e todo e r a común entre a l l í á p o c o , luego que el sol d o r a -
ellos ; n o conocían la mentira , por- ba con sus rayos de fuego las ci-
que no tenían verdades q u e disi- mas de este recinto , se pasaban M a r -
mular ; n! menos la gula y la in- g a r i t a y su hijo á la choza de M a -
t e m p e r a n c i a , p o r q u e tenian á su dis- dama de la T o u r , donde daban g r a -
creción manjares simples é inocentes. cias á Dios todos juntos antes de po-
Sus religiosas madres les habían en- nerse á almorzar. Comunmente se des-
señado á temer y amar á D i o s , ins- a y u n a b a n á la puerta de casa , sen-
pirándoles una sublime idea de sus tados sobre la verde alfombra de f r a -
atributos ; y veneraban á la Divini- gante y e r v a , debaxo de ios f r o n d o -
dad en la Iglesia , en su c a s a , en sos habanos , que á un mismo tiempo
los campos y en los b o s q u e s , l e v a n - les suministraban manjar preparado en
tando i todas horas al cielo sus m a - su sabrosa f r u t a , y delicado mental
nos inocentes , y uu corazon pene- en sus anchas y lustrosas hojas.
I6 PABLO
U n alimento abundante y saluda- si las largas p e s t a ñ a s , qoe á mane-
ble contribuía á q u e medraran rápi- ra de pinceles brillaban en contorno
damente los dos j ó v e n e s . y una edu- de e l l o s , no les hubieran comunicado
cación dulce pintaba en su fisonomfi la mayor apacibilidad y dulzura. Aun-
la pobreza y contento de sus almas. que todo el dia estalla en continuo
Virginia no tenia mas que doce años, movimiento, se sosegaba al instante
y su estatura era ya mas que me- que veía á su hermana , y iba á sentar-
diana. Sus largos y rubios cabellos se á su lado. E n la mesa apenas se de-
l e sombreaban la frente . y sus ojos cían una palabra ; y en su silencio,
azules y labios de coral brillaban en la naturalidad de sus p o s t u r a s , co-
con apacible esplendor sobre la blan- mo en la hermosura de sus pies des-
ca y fresca tez de su semblante. J.as calzos , me parecía estar viendo va-
niiías de sus ojos se sonreían de con- rias veces uno de aquellos grupos a n .
cierto siempre q u e hablaba ; mas quan- tiguos de marmol b l a n c o , que repre-
do estaba callada , su obliquidad na- senta algunos de los hijos de Nio-
tural ácia el c i e l o , les daba toda h be ( 1 0 ) .
e x p r e s i ó n de una sensibilidad extrema-
Aunque Madama de la T o u r ob-
d a , y a u n de una ligera melancolía.
servaba con complacencia el aumen-
E n P a b l o se descubrían y a todos to de las gracias y atractivos de su
los caracte'res de un hombre en me- hija , sentía sin embargo cierta in-
dio de las gracias de la adolescencia. quietud secreta , igual á su ternura,
S u estatura era mayor que la de Vir- que le hacía decirme algunas v e c e s :
ginia , el color de su rostro mas ate- " ¿ Q u é sería de la pobre Virginia,
z a d o , su nariz mas aguileña , y sus si yo faltáse ? " .•"
o j o s , que eran negros como el aceba- Tenia en Francia Madama de ,1«
c h e , tendrían algún tanto de altivez. T o u r una tía , de disdngiudo.flaci- -¡> ^

j / c \ . ¿ i 3J -
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S8 PABLO Y VLKM NI A. SY

miento , rica , vieja y soltera , la algunos años sin recibir de ella la me-
q u a l se habia negado cruelmente i nor señal de reconciliación.
socorrerla , q u a n d o se casó en secre- Ultimamente el 1 7 3 8 , á los tres
t o , y á quien desde entonces habia años de haber llegado á esta isla su
j u r a d o no recurrir en su v i d a , a u n - gobernador M r . de la B o u r d o n a i s ,
que se viese reducida a' la última m i - supo Madama de la T o u r que este
seria. P e r o desde que f u é m a d r e , ya señor tenia para ella una c a r t a de su
no temió el sonrojo de ser desatendida. tia. Corrió al instante á P u e r t o - L u í s ,
Escribióle á su tia la inespera- sin reparar en aquella ocasión en p r e -
da muerte d e su marido , el nacimien- sentarse mai vestida , haciéndola su-
to de su hija , y la triste situación perior á todos los respetos mundanos
e n que se hallaba en un país tan dis- la alegría maternal que la alentaba.
tante del s u y o , sin amigos ni pa- E l contenido de la c a r t a de la
r i e n t e s , y con la nueva carga de una tia se reducía á decir á la sobrina :
n i ñ a ; pero no tuvo respuesta. A pe- (••• q u a era merecedora de la suerte q u a
sar de este desayre /y de ser M a d a - tenia , por haberse casado con un
ma de la T o u r de un carácter fie- aventurero l i b e r t i n o ; que las pasio-
me y elevado , no temió humillarse nes llevaban en pos de sí el casti-
y exponerse á las injurias de su tia, go ; que la muerte prematura de su
que nunca le habia perdonado el h a - marido era uno de los mas justos d e l
berse casado con un h o m b r e , q u e cíelo ; que habia hecho m u y bien en
aunque honrado , era de nacimiento pasar á las i s l a s , antes que deshon-
inferior al s u y o ; y así continuó es- r a r á su familia en F r a n c i a ; final-
cribiéndole , siempre que hallaba oca- mente que estaba en buena tierra,
sion , á fin de excitar su compasion donde todo el mundo h a f í a fortuna
á favor de Virginia. Pero se pasaron menos los holgazanes."
3O PABLO
Despues de haberla vituperado con q u e habia tratado á su sobrina,
de este modo , concluía alabándose á la habia calumniado , aparentando
sí misma , y diciendo : n " que ella pa- compadecerse de ella.
ra evitar las consecuencias, casi siem- Madama de la Tour , á quien
pre funestas del matrimonio - no ha- qualquiera otro hombre indiferente
bía querido casarse j a m á s . " P e r o la no hubiera podido mirar sin interés
verdad del hecho es , que como tenia y respeto , f u e recibida con mucha
una ambición desordenada , no habia f r i a l d a d de M r . de la B o u r d o n a i s ,
intentado casarse , sino con un hom- prevenido de antemano contra ella;
bre de muchas circunstancias; mas á y solo contextó á la pate'tica expo-
pesar de sus grandes riquezas, y de sición que le hizo de su triste situa-
que en la Corte todo se mira con in- ción y de la de su h i j a , con estas
diferencia , menos el d i n e r o , no hu- enfáticas y duras expresiones , pro-
bo quien quisiera tomar por esposa paladas interrumpidamente : " Yo ve-
á una muger tan fea y de entrañas, ré. . . . d i s c u r r i r é m o s . . . . con el tiem-
tan crueles. po ¡ son muchos los necesita-
E n post-data añadía , " que sin d o s ! . . . 5 por qué disgustar á una
embargo de todo lo dicho la habia t i a respetable % . . . • vos sois la q u e
recomendado eficazmente á M r . de teneis toda la c u l p a . "
la Bourdonais. " Y en efecto lo h a - Volvióse Madama de la T o u r á
bia hecho a s í , pero según la cos- su choza , con el corazon anegado
tumbre , demasiado recibida hoy día, en sentimiento, y traspasado de amar-
que hace á un protector mas temi- gura. Inmediatamente q u e entró en
ble , que un amante declarado. E l casa se sentó , arrojó la carta de su
caso es , que í fin de Justificarse p a - tia sobre la m e s a , y exclamó á su
r a con el gobernador de la crueldad amiga : " ¡ H e aquí el fruto de once
¿A PABLO
años de paciencia ! " P e r o como nin- i quién a t r i b u i r l a culpa de lo que
guno sabia leer sino e l l a , volvió á pasaba. Acudieron á las voces Do-
tomar la caria , y se la leyó á M a r - mingo y M a r í a , y no se oía en to-
garita i presencia de sus hijos. da la casa mas que estos acentos da
Apenas hubo a c a b a d o , quando dolor : " A y , señora I . . . a y , ama
M a r g a r i t a le dixo con desenfado! de mi v i d a ! . . . madre mia. . . . no
r
-' ¿ Q u é necesidad tenemos nosotras de lloréis."
vuestros parientes ? ¿ N o s lia abando- Estas demostraciones tan tiernas d e
nado Dios por ventura ? E l solo es afecto , mitigaron lo pesadumbre de
nuestro padre. ¿ N o hemos vivido fe- Madama de la T o u r , la q u a l , toman-
lices hasta el dia de hoy ? Pues j por do en sus brazos á P a b l o y Virgi-
q u é os angustiáis ? ¡ v a y a . que no te- nia , les dixo con semblante placente-
neis valor 1 " Y viendo que lloraba r o : n " Hijos m i o s , vosotros sois la cau-
M a d a m a de la T o u r , se arrojó á su sa de mí aflicción , pero también lo
cuello , y extrechandola entre sus sois de mi alegría. ¡ O amados hijos
brazos , exclamó : ¡ Querida amiga m i o s ! la desgracia no me ha venido
mia ! ¡ querida amiga ! " P e r o sus pro- de c e r c a , sino de l e j o s ; la felicidad
pios sollozos no le permitieron arti- la tengo al rededor de mí/ r t
c u l a r otra palabra. P a b l o y Virginia no la compre-
Al ver esto Virginia , derraman- hendieron , pero así que la vieron
do copiosas lágrimas , apretaba alter- contenta y sosegada , empezaron á
nativamente las manos de su madre sonreírse y hacerle caricias. Así con-
y de Margarita contra su boca y tinuaron todos siendo felices, 110 ha-
corazon ; y P a b l o , con los ojos in- biendo sido aquel accidente , sino co-
flamados de cólera , gritaba , apreta- mo un turbión en un dia sereno y
ba los puños y pateaba , sin saber despejado de primavera.
E
3 4 PABLO y VIRGINIA. 3 5
Cada dia manifestaban mas y mas cicatrices y costurones, efecto de los
estos dos jóvenes la bondad natural fuertes latigazos que habia recibido
de sus corazones. Un Domingo , al d e su amo.
r a y a r el alba , habiendo ido sus m a - Virginia , toda condolida y pene-
dres á la primera misa á la Iglesia trada de lástima , exclamó: Aní-
d e las Pamplemusas , se presentó mate , pobrecita negra ! c o m e , co-
u n a negra marrona ( n ) debaxo de me. " Y le dió el almuerzo que te-
los banános que circundaban la ca- n i a dispuesto para los de casa. La
sa , la qual parecía un esqueleto de esclava lo devoró todo en breves ins-
p u r o flaca, y no llevaba mas r o p l tantes ; y viéndola Virginia harta y
sobre su c u e r p o , que un pedazo de satisfecha , volvió á exclamar:
arpillera al rededor de la cintura. Se w
¡ Pobrecita , pobrecita esclava!
echó la negra á los pies de Virgi- impulsos me dan de i r á pedir á
nia , que estaba disponiendo de al- t u amo que te perdone , pues en
m o r z a r para la f a m i l i a , y le dixo: . v i é n d o t e , no es posible que dexe
""Caritativa señorita m i a , compa- d e moverse á compasion. ¿ Quieres
deceos de una p o b r e esclava fugitiva, guiarme á donde él tiene su mo-
q u e hace un mes anda errante y rada?"
IV
quasi muerta de hambre por estas A n g e l del c i e l o , replicó la ne-
sierras , y i veces perseguida de los gra , por lo que á mí toca estoy m u y
cazadores y de sus perros. Vengo h u - pronta á seguiros á donde queráis;
y e n d o de mi a m o , que es un colo- pero la posesion de mi amo está dis-
no rico de las riberas de RIO-XEC.RO, tante de a q u í . "
el qual me h a tratado como veis. 71 " N o i m p o r t a , no importa " res-
Y al mismo tiempo le mostró su pondió V i r g i n i a , «on una viveza h i -
c u e r p o , surcado d e arriba abaxo de ja de la ternura de sus entrañas. Y
Es
en esto llamó á P a b l o , y le rog<5 te v e s t i d o s ; pero habiendo observa-
que la acompañara. do despues el delicado talle de V i r -
L a esclava los f u é conduciendo ginia , y sus hermosos cabellos rubios
p o r sendas muy fragosas, atravesan- que le salian por debaxo del pañuelo
do selvas y escarpados m o n t e s , qua azul que llevaba al rededor de la ca-
treparon con mucha dificultad , y va- beza , y oído el metal de su dulce voz
deando rios p r o f u n d o s , hasta que fi- que le t e m b l a b a , como todo su cuer-
nalmente llegaron , cerca da medio po , al tiempo de pedirle p a r la escla-
dia , á la c o l i n a , que está sobre la va ; se quitó la pipa de la b o c a , y le-
ribera de RIO-NEGRO, desde donde vantando el látigo en alto y prorrum-
descubrieron una casa bien construi- piendo en una execrable maldición,
d a , grandes plantíos , y una cater- prometió p e r d o n a r l a , no por el amor
v a de esclavos ocupados en todo gé- de D i o s , sino por Virginia. F u e r a d e
nero de trabajos. Su señor , que an- sí la muchacha con esta g r a c i a , hizo
daba paseándose por medio de ellos, seña á la esclava para que se acer-
con una gran pipa en la boca y un cára á su a m o ; y en esto echó á cor-
látigo e n la mano , era un hombre rer a c e l e r a d a m e n t e , siguiéndola P a -
a l t o , seco , amulatado , de ojos h u n - blo.
didos y cejijunto. Volvieron á subir el monte por
Virginia toda inmutada y asida donde habían baxado , y llegando á
al brazo de P a b l o , se acercó al co- la c u m b r e , se sentaron al pie de un
lono , y le suplicó que por amor de á r b o l , muertos de cansancio, de ham-
Dios perdonára á su esclava, que que- bre y de s e d , despues de haber an-
daba un poco mas atrás. Al pronto dado en ayunas al pie de cinco le-
no hizo mucho caso el colono de los guas. Hallándose de aquella mane-
dos muchachos viéndolos pobremen- ra fatigados, dixo Pablo á Virginia!
E3
38 Piolo
" " H e r m a n a m i a , y a son mas de una fuente , que caía de lo alto de
las d o c e , y tú tienes hambre y sed. un peñasco inmediato. Corrieron allá,
Aquí es imposible que hallemos de y despues de haber apagado la sed
c o m e r ; y así mejor será que volva- en sus aguas mas puras que el cristal,
mos á baxar á la r i b e r a , y pidamos cogieron un manojo de berros de los
a! amo de la esclava nos de" alguna que crecían en sus b o r d e s , y comie-
cosa para desayunarnos. 1 1 ron de ellos.
A y ! eso n o , P a b l o , respondió E n esto , como anduviesen de u n a
V i r g i n i a : todavía estoy temblando parte á otra , por ver si encontraban
con el susto q u e he pasado al ha- mas sustancioso alimento, descubrió
blarle ! Acuérdate sino d e su figura, Virginia , entre la espesura de los
y de aquello q u e suele decir mamá: árboles , una palmera nueva. E l co-
EL. P A N DEL MALO , LLENA LA BOCA gollo ó cebolleta que arroja este á r -
DE ARENA. b o l junto á los arranques de las ra-
"" Pues que hemos de hacer ? re- mas , es de muy buen c o m e r : pero
plicó P a b l o : estos árboles no pro- aunque el tronco apenas era mas
ducen ninguna fruta b u e n a , y por grueso que un muslo , tenia mas d a
a q u í ni siquiera se descubre un ta- sesenta pies de elevación. P o r otra
marindo ( 1 2 ) 0 un naranjo , para parte , bien que la madera de este
poder refrescar la boca." árbol sea un texido de filamentos ó
hebras d e l i c a d a s , su núcleo ó c o r a -
""Dios se compadecerá de noso-
zon es tan d u r o , que rechaza y e m -
tros , contextó Virginia , pues oye
bota las mejores h a c h a s , y P a b l o ni
el p i a r de los pajarillos , que le pi-
siquiera llevaba una mala n a v a j a .
den de comer.
Occurrióle , pues , pegarle fuego a l
Apenas hubo dicho estas pala-
pie , pero se halló con la nueva d i -
b r a s , quando sintieron el ruido de
40 PABLO
ficultad de que le fallaba eslabón : y E l fuego le sirvió también para
p o r otro lado no creo que en esta isla, despojar la cebolleta de las largas h o -
que es toda ella un puro peñascal,. jas leñosas y picantes en que está
se encuentre un solo pedernal. envuelta ; y habiendo comido él y
I<a necesidad es madre de la i n - Virginia parte de la cebolleta cruda,
dustria , y por lo común , las inven- y parte asada en el rescoldo, f u é pa-
ciones mas útiles se lian debido a' los ra su paladar el manjar mas sabro-
hombres mas miserables. Resolvió so y delicado. Hicieron aquella co-
P a b l o sacar lumbre al modo de los mida frugal con la mayor alegría,
negros ; y á este fin hizo un agu- acordándose de su buena a c d o n que
gerito con la punta de una piedra en hablan practicado por la m a ñ a n a ; pe-
u n a rama muy seca , y aguzando des- ro les turbaba su a l e g r í a , el recuer-
p u e s , con el corte de la misma pie- do de la pena que tendrian sus ma^
dra , un palito igualmente seco , pe- dres por su larga ausencia de casa,
ro de árbol de especie d i f e r e n t e , su- y Virginia hablaba de esto á cada
jetó la rama entre las rodillas. H e - instante. P e r o P a b l o , sintiéndose mas
cho esto , ¡ntroduxo el palito en aquel r e f o r z a d o , le aseguró que no tarda-
a g u g e r o ; y dándole vueltas entre rían en sacarlas de aquel cuidado.
las m a n o s , como quien bate choco-
Despues de haber comido, se rie-
l a t e , no tardó en ver salir chispas
ron de nuevo embarazados , pues les * JJ.
y humo del punto de contacto. J u n - :
faltaba quien Ies enseñára el camino i , ;
tando entonces yervas y ramas' se-
para volverse á su casa. M a s Pablo, " p
cas de á r b o l e s , encendió una hogue-
á quien nada de este mundo acó- j.- i
r a al pie de la palmera , la qual en
breve tiempo dió consigo en tierra b a r d a b a , dixo á Virginia : ft" Núes--,
con grande estrépito. tra posesion cae al sol de medio diaf . i;
nosotros debemos a t r a v e s a r , como eí- ,5 «
4A PABLO r VisomiA. 43
ta mañana , la cumbre de aquella " " N o tengas que t e m e r , Virgi-
sierra q u e ves allá abaxo con sus tres nía ( le decia ) , que no me pesas n a -
picos. Vamos , p u e s , V i r g i n i a , eche- da , antes me siento mas animoso c o n -
mos á a n d a r . " tigo á cuestas. Si el colono de RIO-
Positivamente , la sierra ó mon- NEGRO te hubiera negado el perdón
taña que decia P a b l o , era la de los d e la e s c l a v a , las hubiera habido
T R E S PECHOS ( 1 3 ) , asi n o m b r a d a por conmigo esta m a ñ a n a . "
los tres picos que sobresalen en ella, r
' C ó m o ! exclamó V i r g i n i a : ¿ con
en figura de pechos. Baxaron por aquel hombre tan aitón y de genio
consiguiente al morro ó collado de tan m a l o ? J e s ú s ! á lo que te ex-
RIO-NEGRO de la parte del n o r t e , y puse. Valgame Dios ! ¡ q u a n difícil
llegaron , d e allí á una h o r a , á la ori- es hacer b i e n , y quan fácil lo con-
lla de un rio que Ies cortaba el paso. trario ! "
E s t a gran parte de la i s l a , cu- Q u a n d o Pablo llegó á la orilla
bierta d e selvas y malezas , e s , aira opuesta , quiso continuar el camino
en el d í a , tan poco conocida , que cargado con su hermana , Iisongeán-
muchos de sus montes y rios care- dose de que podría subir así la mon-
cen de nombre propio. E l que ellos taña de los TRES PECHOS , que veía
encontraron corre despeñado entre ro- enfrente , como á media legua d e
cas , y el ruido de su c o r r i e n t e , asus- distancia. P e r o faltándole las fuerzas
tó de tal modo á Virginia , que no á poco rato, se vi ó precisado á ba-
se atrevió á vadearlo. P e r o P a b l o , xarla de sus hombros y sentarse i
tomándola en sus h o m b r o s , pasó así descansar á su lado.
cargado por los resvaladizos guijarros Virginia le dixo e n t o n c e s : i r H e r -
del r i o , á pesar del ímpetu de sus mano , el dia comienza ya á decli-
aguas. nar : tú todavía tienes fuerzas para
44 Pablo
caminar , y á mí mé faltan. Déxame Así iban caminando paso entre pa-
a q u í , y vete tú solo á casa , para so por medio de las selvas , quando la
tranquilizar á nuestras madres. v ' altura de los árboles y la espesura
"" Irme y o solo I exclamó Pablo s de sus hojas , les hicieron perder d e
no , no m : a p a r t a r é de t í , hermana. vista la montaña de los TRES PECHOS,
Si nos coge la noche en esta serranía, que e r a el punto de su dirección , y
encenderé l u m b r e , derribaré en ella aun el sol que iba y a á tocar al térmi-
otra p a l m e r a , tú comerás el cogollo, y no de su carrera. D e allí á poco rato
y o t e haré con las hojas un a j u p a ( i 4 ) se e x t r a v i a r o n , sin advertirlo , de la
p a r a que duermas al abrigo.* 1 senda trillada que hasta entonces h a -
E n t r e t a n t o Virginia , habiendo bian s e g u i d o , y se encontraron m e -
descansado un poco , cogió algunas tidos en un laberinto sin salida de á r -
hojas de escolopendra ( 1 4 ) de una boles , de breñas y matorrales. E n t a n
rama de este árbol , que pendía so- gran conflicto , dixo P a b l o á su her-
b r e el r i o , y se las ajustó á las pier- m a n a que se sentára , y él empezó á
nas , á manera de borceguíes, por- correr de una parte á otra , como fue-
q u e las piedras del camino de tal ra de s í , buscando arbitrio cómo sa-
modo le habian lastimado los p i e s , que lir de aquella espesura ; pero se f a -
l e corrían s a n g r e ; pues con la pre- tigó en valdp- Subióse á lo último
cipitación y deséo de ser ú t i l , s e . l e de un á r b m m u y alto p a r a descubrir
habia olvidado calzarse. Y sintiéndo- á lo menos la montaña de los TRES
se mas consolada con la frescura de PECHOS; pero no vio a l rededor d e
las h o j a s , arrancó u n a caña de bam- sí mas que las cimas de otros árbo-
b n , y se puso e n camino , apoyada les mas elevados, algunos de los q u a -
u n a mano á la c a ñ a , y otra al hom- les estaban iluminados por los últi-
b r o d e su hermano. mos rayos del sol casi traspuesto.
46 PABLO r VIRGINIA. 47
A este tiempo la sombra de los Virginia le d i x o : N o llores, P a -
montes cubría y a los bosques y arbo- b l o , si no quieres afligirme mas : y o
ledas de los valles ; el a y r e iba cal- soy la que tengo la culpa de todas
m a n d o poco á p o c o , c o m o suele acón- t u s p e n a s , y de la que á estas h r r a s
tecer al ponerse el s o l ; un profun- estarán sintiendo nuestras m a d r e s ; na-
do silencio reynaba en aquellos pá- d a se debe h a c e r , ni aun el b i e n , sin
r a m o s , y solo se oían los bramidos consultar á los p a d r e s : ¡ qué impru-
de los cierbos , que i b a n á buscar sus dencia la mia I " Y en esto echó t a m -
madrigueras nocturnas entre la espe- bién á llorar.
sura de aquellos tan yermos lugares. M a s de allí i poco r a t o , dixo
P a b l o con la esperanza de que algan í Pablo : "" encomendémonos á Dios,
c a z a d o r pudiese oírle , gritó enton- h e r m a n o , y se c o m p a ^ : e r á - de n o -
ces con todo su v i g o r : I T V e n i d , ve- s o t r o s . " Y apenas habían acabado su
nid al socorro de Virginia ! " P e r o oración , q u a n d o oyeron ladrar un
los ecos del monte f u e r o n los únicos perro.
que respondieron á su voz , repitien- ""Sin duda , dixo P a b l o , esté es
do otras tantas v e c e s : n Virginia. . . . p e r r o de algún c a z a d o r , q u e viene
Virginia." por la noche á matar cierbos al ace-
Baxóse en esto d e f e á r b o l muy cho. Los ladridos se aumentaron de
a c o n g o x a d o , y comenzó a ñ u s c a r me- allí á poco. ""Me p a r e c e , dixo V i r -
dios de pasar la noche en aquel si- ginia, que es LEAL, el mastín de nues-
tio ; pero no había fuente , ni pal- tra casa. . . . sí. . . . le conozco en ek
mera , ni aun leña seca con que ha- l a d r a r . . . . si estarémos ya en nues-
cer lumbre. Entonces conoció por tra posesion."
propia experiencia la debilidad de sus En ewo se presentó á sus pies
recursos, y se puso á llorar. LEAL , ladrando , ahullando y c o -
48 PABLO Y rmoi.viA, 49
miéndoselos í caricias. Ellos estaban do sin cesar á la cola , hasta RIO-NE-
f u e r a de sí viendo á su mastín , y GRO , donde me dixo un colono que
las fiestas que les bacía , sin acertar le habíais llevado una negra , á quien
á salir de aquel sobresalto. E n este in- por vuestros ruegos habia concedido
termedio avistaron á Domingo , que el perdón. P e r o , ¡ qué p e r d ó n ! Allí
corría ácia ellos; y á la llegada de me la mostró atada á un m a d e r o , con
e s t a buen n e g r o , que lloraba de go. una cadena al pie, y un collarde y e r -
zo , echaron á llorar ellos también ro á la garganta con tres escarpias.
sin podarle decir una palabra. Desde allí se dirigióLEAi. , r a s t r e a n -
L u e g o que Domingo tomó lia do s i e m p r e , á la montana de RIO-NE-
poco de a l i e n t o , exclamó : n" ¡ Ah hi- GRO donde so detuvo algún tiem-
jos mios 1 f f u é sentimiento tienen po , ladrando con la imfyor fuerza en
vuestras m a d r e s ! j cómo se quedaron el borde de una fuente , junto ¿ u n a
sorprehendidas, quando al volver de palmera recien c a í d a , y cerca de
la Iglesia á donde y o las habia acom- una hoguera que todavía humeaba.
p a ñ a d o , n o os encontraron en casa! F i n a l m e n t e , acaba de traerme aquí,
M a r í a no les supo decir i dónde que es la falda de la montaña de los
Tiabiais i d o , porque estaba trabajan- TRES PECHOS , y todavía faltan qua-
do en un rincón de casa. Yo andaba tro leguas largas hasta nuestra pose-
d e a q u í para allí sin saber donde bus- sión. V a y a , v a y i : comed ahora , y
caros ,"hasta que últimamente tomé tomad ánimo."
»vuestra ropa vieja , y se la di á oler Y diciendo esto sacó una torta
¿•LEAL ( 1 , 5 ) ; y e l pobre animali- de p a n , varias f r u t a s , y una gntn
t o , como si me hubiese entendido, calabaza llena de un licor compuesto
inmediatamente empezó á rastrear I de agua , v i n o , zumo de c i d r a , a z ú -
vuestras pisadas, y me c o n d e s o , dan: c a r y nuez moscada , que sus ma-
P
JO PABLO r rinoixiA. 51
dres habían preparado para darles re- Estando así perplexo , se a p a r e - •
frigerio y conforiarlos. ció una quadrilla de negros m a r r o -
Virginia s u s p i r a b a , acordándo- nes á corta distancia de ellos, y acer-
se de la pobre esclava y de la in- cándose el caudillo á Pablo y Vir-
quietud de sus madres , y repetía ginia , les dixo : '"'" N o os asustéis,
muchas v e c e s , "" ¡ qué difícil es hacer mis buenos niños blancos : esta m a ñ a -
bien ! " n a os vimos pasar con una esclava de
Mientras los dos tomaban alimen- RIO-NEGRO , y sabemos que habéis
to sacó lumbre D o m i n g o , y habien- ido á pedir perdón para ella á su mal
do buscado una especie de madera amo ; y así en reconocimiento de tan
tortuosa , llamada de a r d e r , hizo un generosa acción , nosotros os conduci-
h a c h ó n , y l o ' n c e n d i ó , porque era ya remos á vuestra posesión en nuestros
noche. P e r o se halló sumamente em- propios hombros." Y á una señal s u -
barazado , q u a n d o se trató de poner- ya , quatro negros de los mas robustos
se los tres en camino. •formaron al instante una especie de
P a b l o y Virginia no podían dar andas de rama de á r b o l e s , enlrete-
un p a s o , porque tenían los pies muy xidas con lianas ( 1 6 ) ó enredaderas;
hinchados y de color de sangre. E l colocaron en ellas á los dos mucha-
pobre Domingo no sabía si volverse chos . y precediéndoles Domingo con
á casa á buscar auxilio para los niños, su hacha de v i e n t o , partieron de allí;
ó pasar allí la noche con e l l o s ; y en en medio de repetidos gritos de j ú -
aquel conflicto exclamaba : "" ¡Adónde bilo de toda la q u a d r i l l a , que les col-
se ha ido aquel tiempo en que ya os maba de bendiciones. V i r g i n i a , en-
llevaba á los dos juntitos en mis bra- ternecida , dixo á Pablo : " ¡ O l ^ r -
z o s ! P e r o a h o r a vosotros ya sois gran- manfl m i ó ! nunca dexa Dios sin g a -
des , y yo viejo."' lardón una acción b u e n a . "
P a
g j PABLO v VIRGINIA. 53
Llegaron á media noche al pie indemnizáis con exceso , madre m i a ,
de su montaña , cuya cumbre esta- de los trabajos que hoy he pasado."
ba iluminada con varias h o g u e r a s ; y Margarita cnagenada de g o z o , es-
al tiempo de subir oyeron que les trechaba á Pablo entre sus brazos,
gritaban y decían : r> ¿ Sois vosotros y le decia : * ¿ Y tó t a m b i é n , hijo
hijos m i o s ? " Y ellos respondieron m i ó , has hecho una buena a c c i ó n ? "
a u n a con los n e g r o s : «Sí señoras: no- L u e g o que llegaron con sus hijos
sotros s o m o s , nosotros somos!" á casa , dieron bien de comer á los
Acercáronse mas , y vieron á sus n e g r o s , los quales se volvieron á las
madres y á M a r í a , que les sallan al s e l v a s , deseándoles toda suerte d e
e n c u e n t r o con teas encendidas, » ¿T)e prosperidades.
dónde v e n í s , hijos cuitados, excla- Todos los días eran para estas fa-
mó M a d a m a de la Tour? m i l i a s , dias de dicha y de paz inalte-
« V e n i m o s . , respondió Virginia, rable. La envidia ni la ambición no
d e RIO-NEGRO , de pedir el perdón las atormentaban. No deseaban una
p a r a una esclava , á quien he dado vana reputación exterior que da la
esta mañana todo el desayuno de la íntigra , y quita la calumnia ; bastá-
familia , porque la pObrecita estaba bales ser ellas mismas los testigos y
cayéndose muerta de h a m b r e ; y estos jueces de sus acciones. E n esta isla,
n e g r o s reconocidos, nos han traído donde ( como en todas las colonias
en hombros hasta a q u í . " europeas ) solo se desea saber anéc-
M a d a m a de la T o u r abrazó á su dotas malignas ; sus virtudes , y a u n
hija sin poder articular palabra; y Vir- sus nombres , eran ignorados y des-
ginia que sentía humedecerse sus me- conocidos. Solamente quando algún
sillas con las lágrimas que cor.-iaif por pasagero preguntaba , desde el cami-
las de la madre , le dixo : r ' Vos me no de las Pamplemusas, á los habitan-
F3
r PIROIUIA. 55
54 PARLO
tes del llano : I T ¡Quién vive en aque- nos una volantad constante de h a -
llas dos chozas que están allá en el cer bien , que Ies inspiraba una b e n e -
alto ? " Estos respondían sin conocer- volencia dispuesta siempre á exten-
las : r r son unas buenas gentes." A es- derse á todos. P o r consiguiente , v i -
te modo las violetas ocultas e n t r e ' z a r - viendo en la soledad , lejos de ser fe-
zas y espinos exálan á lo lejos aro- roces e' i n t r a t a b l e s , se hicieron mas
mas suaves. compasivas y humanas.
Ellas habían desterrado de sus Si la historia escandalosa de la
conversaciones la maledicencia y la sociedad no suministraba materia á
murmuración que , socolor de justi- su conversación , la de la naturaleza
cia , dispone necesariamente el cora- arrobaba sus almas en dulces éxta-
zon á la simulación ó al aborrecimien- sis. E n este reducido espacio admi-
to ; porque es poco menos tfu impo- raban con respeto y reconocimien-
sible dexar de aborrecer á los hom- to el poder de una Providencia q u e ,
bres. si se piensa mal de ellos, y vivir por sus m a n o s , había derramado , e n
con los malos , si no se les oculta el medio de la aridez de estos peñascos,
odio con falsas apariencias de benevo- la abundancia , las gracias y los pla-
lencia. De aquí es que la maledicencia ceres siempre p u r o s , y siempre r e -
nos obliga á estar mal con nuestros nacientes.
* J
s e m e j a n t e s , 6 con nosotros mismos. P a b l o á la edad de doce años ¿
mas robusto y mas inteligente q u e -,-J ¿j
P e r o M a d a m a de la T o u r y su
los européos á la de quince , hermew . ; ^ J¡
compañera , sin j u z g a r á los hombres
seaba por sus manos lo que D o m i r g p

#
en particular , solo se ocupaban en
go no hacía mas que cultivar. Iba cóñ £ - g
buscar los medios de hacer bien á
e'l á los vecinos montes á desarray- -T
todos en general ; y aunque esto no
gar el tierno l i m o n e r o , el n a r a n -
estaba ejj su mano , tenían á lo me-
P4
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S6 PABLO ir VIRGINIA. 57
jo , el tamarindo , cuya coronilla es ros ( 2 5 ) , de los quales la irayor
de un verde muy hermoso, y el ate- parte daban ya sombra y f r u t a á su
ro ( 17) , cuya fruta , llena de una joven amo , "cuyas laboriosas manos
sustancia azucarada . despide de sí la derramaron la fertilidad hasta en los
fragancia del azahar. Trasplantaba parages menos fecundos de esta q u e -
estos a'rboles, ya c r e c i d o s , al re- brada. Diversas especies de aloes ( 2 6 ) ,
dedor de este r e c i n t o , y sembra- la raqueta ( 2 7 ) cargada de llores
ba las simientes de otros que , al se- amarillas matizadas de e n c a r n a d o , los
gundo afio llevan flores 6 frutos, cirios espinosos ( 2 8 ) , se elevaban so-
como el agatío ( 1 8 ) , al rededor del bre las negras cimas de los peñas-
qual penden en figura c i r c u l a r , á cos , y parecía que querían compe-
manera de colgantes de a r a ñ a de tir y enlazarse con las largas lianas
c r i s t a l , largos racimos de flores blan- de flores azules y escarlata d a s , que
cas ; el lila de Persia ( 1 9 ) , que pendían acá y allá por todo el re-
eleva verticalmente sus girándulas pecho de la montaña.
de color morado ; el papayo (20), Habia distribuido y colocado con
cuyo tronco sin ramas , en forma de tal órden aquellos vegetales , que se
coluna claveteada toda de melones podia gozar de su vista á la pri-
v e r d e s , remata en un capitél de mer ojeada ; porque en el centro es-
m u y anchas h o j a s , parecidas á las de taban" las plantas que se elevan poco,
la higuera. después los a r b u s t o s , luego los á r -
También había sembrado varias boles medianos , y últimamente los
pepitas y huesos de árboles , como grandes en toda la circunferencia.
mangles ( 2 1 ) , guayavos ( 2 2 ) , pal- P o r manera que este vasto circuito,
I0S ( 2 j ) 1 jaceros ( 2 4 ) y jambe- miipdo desde el centro , presentaba
í la vista un anfiteatro de verdor,
58 PABLO v yinamiA. 59
de f r u t a s y de flores , que contenia hamos con nuestros consejos y t r a -
a l mismo tiempo hortalizas , prade- bajo , para llevar al cabo sus em-
rías , y campiña de arroz y trigo. presas. E l practicó una senda , t o -
P e r o P a b l o sujetando los vege- do ea rededor de este recinto, de
tales á su plan , no se apartaba del la qual muchos ramales llegaban y a
de la naturaleza , antes por el con- de la circunferencia al centro ; y
t r a r i o siguiendo sus lecciones , plan- por otra parte supo sacar partido de
taba en las eminencias a q u e l l o s , cu- los parages mas fragosos , y conci-
yas semillas son volátiles, y á la liar , con la mas feliz armonía , la
orilla del agua los que las tienen pro- comodidad del p a s é o , con la aspe-
pias p a r a sobrenadar. D e esta mane- r e z a del suelo , y los árboles domés-
ra cada vegetal crecía en su sitio pro- ticos, con los silvestres. De la enorme
porcionado , y cada sitio recibía del cantidad de piedras movedizas q u e
vegetal su adorno natural. Las aguas embarazan estos caminos , como la
q u e baxan de la cumbre de estos mon- mayor parte del terreno de esta is-
tes , formaban en el fondo del valle, la formó acá y allá p i r á m i d e s , e n
a q u í f u e n t e s , a l l í e s t a n q u e s , que á cuyas bases , llenas de guijo y tier-
m a n e r a de e s p e j o s , en medio de la ra , plantó rosales , poinciana ( 2 9 )
frondosidad , duplicaban en el cristal y otros arbustos , que se crian bien
de su corriente , los árboles en flor, entre peñas ; y á poco tiempo estas
las rocas y el azul de los cielos. pirámides informes y de sombrío as-
A pesar de la enorme desigual- pecto , se cubrieron de verdor y del
d a d del terreno , todos aquellos plan- esmalte de las flores mas bellas.
t í o s eran , p o r la mayor parte , tan Las hondonadas y barrancos, g u a r -
accesibles al tacto , como á la vista. necidos de árboles antiguos, cuyas r a -
Bien es que todos nosotros le ayudá- mas inclinadas sobre los bordes , f o r -
6o PABLO R VIRGINIA. 61

maban como bóvedas subterráneas, cura del a y r e , de la fragancia de las


impenetrables al c a l o r , eran lugares flores , del murmullo de las fuentes,
de asilo contra los rayos del s o l , don- y de las últimas armonías de la l u í
de tomaban el fresco por el dia las y de las sombras.
dos familias. Una vereda conducia á Hasta los nombres de la mayor
un soto de árboles silvestres, en cu- parte de los encantadores sitios de
yo centro crecía, al abrigo de los vien- este laberinto , eran los mas agrada-
tos , un árbol doméstico cargado de bles y expresivos. E l peñasco de q u e
f r u t a . Aquí había una m i e s , allá un acabo de h a b l a r o s , desde donde á
vergél : por esta calle se descubrían larga distancia me veían v e n i r , te
las cabanas ; p o r aquella las cimas llamaba la A T A L A Y A D E LA AMISTAD.
inaccesibles de la montaña. Había un P a b l o y V i r g i n i a , en uno de sus ino-
bosquecito tan espeso de tacama- centes entretenimientos, discurrie-
cos ( 3 0 ) entretexidos con lianas 6 ron plantar allí un bambú , en cu-
enredaderas , que no se distinguía en y a cima enarbolaban un pañuelito
él ningún objeto eo la mayor fuerza blanco para anunciar mi llegada lue-
de la luz del dia. go que me avistaban , á la manera
Desde la extremidad de ese gran q u e en la montaña inmediata se c n a r -
peñasco , que sale del monte , se des- * bola una bandera quando se divisa
cubrían todos los objetos de este re- alguna nave en el mar.
cinto , con el mar á lo lejos , donde Vínome 1111 dia á la idea g r a b a r
aparecía de quando en quando algu- una inscripción en la corteza de aquel
n a nave que venía de ÍJuropa ó re- bambú , pues siempre han sido tan
gresaba á ella ; y ahí era donde se de mi gusto las inscripciones, que por
juntaban las dos familias al caer el mucho placer que haya tenido en mis
1 y gozaban en reposo de la fres- viages, al ver una estatua ó monunien-
62 PABJJ) Y VJRGIÜ1A. 6 .3
to de la antigüedad , os aseguro que tros brillantes como vosotros, y el pa-
no es comparable con el que me dre de los vientos, dirijan vuestros pa-
causa el leer una inscripción bien sos , y no permitan os sople otro que
«I zéfiro blando."
h e c h a . Entonces me parece que una
mano humana sale de la piedra , w E n la corteza de un tacamaco , á
hace oír por entre los siglos , y di- c u y a sombra solia sentarse Pablo p a - • ''•
i '

rigiéndose al hombre que habita en r a contemplar desde lejos el mar agi-


los desiertos , le dice que no es él so- t a d o , grabé este verso de Virgilio:
lo , y que otros semejantes suyos han

1
s e n t i d o , pensado y padecido como Fortunatus et Ule déos qui novlt agrestes!
él en aquellos mismos lugares. Y si
„Dichoso tú , hijo m i ó , en no co-
la inscripción es de alguna nación an- . nocer mas que las divinidades campes-
tigua , que ya no existe, hace que sa t r e s 1"
dilate nuestra alma por los campos Y este otro encima de la puerta
de lo infinito, y le comunica el sen- d e la cabaila de Madama de la T o u r :
timiento de su i n m o r t a l i d a d , mos-
At secura qules, et ncscla fallere vita.
trándole que un pensamiento ha so-
brevivido á la ruina de todo un im- „Aqui habita una buena conciencia,
perio. y una vida que no sabe engañar."
E s c r i b í , pues , en el bambú de P e r o Virginia , que 110 aprobaba
P a b l o y Virginia estos versos de Ho- mi latin , decía que el que yo h a -
racio : bía puesto en el bambú 6 veleta de
Fratres fíelente: lucida sitiera, señales , era demasiado largo y e r u -
Vtntorumque regat pater, dito. Yo hubiera p r e f e r i d o , añadió
Obstricth aliis , prxter japiga.
la muchacha.
„Que los hermanos de He-lena , as- Siempre agitada 9 pero constante»
«4 PABLO r VIRGINIA. 65
Y habiéndole contcxtado vo " esa Cian los juncos de que hacian los c a -
divisa convendría mas bien á la vir- nastillos, y donde habian sembrado
t u d " se puso sonrosada con mi re- un calabazar. Así q u e , con la vista
flexión. de las producciones de sus climas res-
Estas venturosas familias , exten- pectivos , conservaban estas familias
diendo h sensibilidad de sus almas í expatriadas las dulces ilusiones de su
quanto las rodeaba , habian dudo los p a i s , y suavizaban en cierto modo
nombres mas demos á los objetos que la pena de vivir en una tierra ex-
parecían mas indiferentes. Un va- traña. ¡Ay do mi triste ! yo he vis-
llado de n a r a n j o s , de bananos y t o animarse • con mil denominaciones
do jamberos , plantados entorno de encantadoras los árboles , las fuentes
una explanada de c é s p e d e s , donde y las rocas de este recinto delicioso,
solían b a y l a r Pablo y Virginia , se en o t r o tiempo quando Dios queria,
llamaba la CONCORDIA. E l árbol an- y actualmente tan desfigurado y des-
tiguo , á cuya sombra se contaron truido que , semejante á un campo
mutuamente sus desgracias Madama de la G r e c i a , no ofrece mas que
de la T o u r y M a r g a r i t a , tenia por nombres tiernos, escombros y tristes
nombre LAS LAGRIMAS ENJCOADAS. ruinas.
Llamábanse BRETAÑA y NORMAN- P e r o de quantas situaciones d e -
DIA dos rinconadas sembradas de tri- liciosas ofrecía este circuito , ninguna
g o . fresas y guisantes ; y á imitación igualaba á lo que se llamaba el RE-
de sus amas , Domingo y María , de- CREO DE V I R G I N I A . Al pie del pe-
seando t r a e r á la memoria los luga- ñ a s c o d e la ATALAYA DE LA AMISTAD
res de su nacimiento en Africa, dieron h a y una concavidad de donde sale
los nombres de ANGOLA y FOULLF.- u n a fuente , que á pocos pasos de
POINTE , á dos terrenos que produ- su nacimiento , forma una especie de
66 P.IBLO Y VlBOIHlA. 67
l a g u n a e n medio d e un p r a d o de r o s , todo l o demás de la c a v e r n a
y e r v a fina. Q u a n d o M a r g a r i t a dió á c o n s e r v a b a el mismo a d o r n o q u e le
l u z i P a b l o , le regalé u n coco de h a b l a d a d o la n a t u r a l e z a , b r i l l a n d o
I n d i a s q u e me h a b i a n d a d o , y ella en sus dos lados húmedos y p a r d í -
s e m b r ó sus p e p i t a s á la orilla de las oscuros , anchos culantrillos con v e r d i -
a g u a s , con el fin de que el árbol negra flor en figura d e estrellas. E s -
q u e p r o d u j e r a n , sirviese de época pesas m a t a s d e escolopendra fluctua-
a l g ú n d i a al n a c i m i e n t o de su hijo; b a n en unas partes , á merced d e los
y M a d a m a d e la T o u r , siguiendo v i e n t o s , s u s p e n d i d a s en el a y r e á ma-
el e x e m p l o de M a r g a r i t a - , p l a n t ó allí n e r a d e listones de c o l o r v e r d e - p u r -
o t r o c o n el mismo i n t e n t o , quan- p u r a ; y en o t r a s c r e c í a en a b u n d a n -
d o p a r i ó á V i r g i n i a . N a c i e r o n , en cia la p e r v i n e a ( 3 3 ) ó y e r v a d o n c e l l a ,
e f e c t o , dos cocoteros ( 3 1 ) q u e com- c u y a flor es m u y p a r e c i d a á la del
p o n í a n los únicos a r c h i v o s d e la fa- c l a v o , ó á la de los pimientos d e c o r -
milia , y se l l a m a b a el u n o cocotero t e z a color de sangre , y mas b r i l l a n -
d e P a b l o , y el o t r o d e Virginia. t e q u e el coral. E n su c i r c u n f e r e n c i a
C r e c i e r o n u n o y otro casi en la mis- l a y e r v a balsamina ( 3 3 ) , c u y a s h o -
m a p r o p o r c i o n q u e sus inocentes due- jas vienen en figura de c o r a z o n , y
ñ o s , y a u n q u e n o perfectamente los basiliscos ( 3 4 ) del o l o r d e la p i -
i g u a l e s en la a l t u r a , excedían ya i m i e n t a , e x á l a b a n la mas d u l c e f r a -
los d o c e a ñ o s á la d e las cabanas g a n c i a . D e l r e p e c h o d e la montaña
d e sus m a d r e s ; y e n t r e t e x i e n d o mú- p e n d í a n las l i a n a s ó e n r e d a d e r a s , á
t u a m e n t e sus p a l m a s , d e x a b a n col- m a n e r a d e undosos t e n d e d e r o s d e ro-
g a r sus t e m p r a n o s racimos de cocos p a , y f o r m a b a n en lo e s c a r p a d o da
s o b r e la misma t a z a d e la f u e n t e . l a s rocas d i l a t a d a s cortinas d e verdor.
•I/as aves de m a r , a t r a í d a s d e la a p a -
A excepción d e los dos cocote*
G a
R VIRGINIA. 69
oibilidad de aquella c a v e r n a , iban i a l l í del bosque inmediato, nidos d e
pasar la noche en e l l a ; y al poner toda especie de p á j a r o s , cuyos p a -
del sol se veían volar ácia allí á lo dres atraídos del amor de sus h i -
largo de la ribera el cuervo y la juelos , fueron al instante á estable-
cogujada marinos , y en lo alio de los cerse en aquella n u e v a colonia , don-
a y r e s la negra fragata ( 3 5 ) y el de Virginia les echaba , á ciertas ho-
pájaro blanco ( 3 6 ) del trópico que, r a s , granos de a r r o z , de maíz y
como el astro del día , abandonaban mijo. D e m o d o , que luego que ella
las soledades del océano indiano. se presentaba , los mirlos silvadores,
Tenia Virginia sumo deleyte en los bengalíes ( 3 7 ) , cuyo goijeo es
i r á reposar en la margen de aque- tan delicioso , los c a r d e n a l e s ( 3 8 ) d e
lla fuente , decorada con una pom- plumage color de fuego , d e s a b a n
p a magnífica y silvestre á un mismo los zarzales ; los papagayos verdes
tiempo. M u c h a s veces lavaba en ella como esmeraldas , basaban de los la-
la ropa de la familia á la sombra de taneros inmediatos ; las perdices c o r -
los dos c o c o t e r o s , y otras llevaba i rían por entre la yerva , y m e z c l a -
p a c e r allí las' cabras , y se entretenía dos unos con otros llegaban , como
mientras preparaba los quesos con su si fuesen gallinas, hasta sus mismas
leche , en verlas levantarse en dos plantas. Ella y P a b l o se entretenían,
pies para rozar las hojas del culantri- por lo r e g u l a r , en observar sus j u e -
llo , y sostenerse, como en el ayre, gos , sus inclinaciones y sus amores. -
e n las cornisas d e las p e ñ a s , hacien- ¡Amables niños! vosotros p a s a - ^
d o hinca-pie e n ellas como sobre un bais así los primeros dias en la i n o - 2 íj
pedestal. c e n c í a , esercitandoos en hacer bien. jJ
Viendo P a b l o que aquel sitio era ¡ Quantas veces vuestras madres e?¡-
el privilegiado de Virginia , llevó trechandoos tiernamente en sus bíft- >

- / /
JO PABLO
según é l , las sendas no son cómo-
zas en aqueste mismo sitio , bende-
das : allá los asientos no están del
cían al cielo por el consuelo que pre-
todo b l a n d o s ; estos nuevos e m p a r r a -
parabais á su v e j e z . viéndoos entrar
dos no dan la sombra n e c e s a r i a ; V i r -
en la v i d a , báxo de tan felices aus-
ginia estará mejor alli-'1'1 Y otras r e -
picios I f Q u a n t a s , á la sombra de
flexiones á este tenor.
estos peñascos , he participado con
ellas de vuestras comidas campestres, E n tiempo de lluvias pasaban el
que á ningún animal habian costa- dia todos juntos en c a s a , ocupados
do la vida ! Calabazas llenas de le- amos y c r i a d o s , en hacer esteras de
che , huevos f r e s c o s , tortas de arroz y e r v a s , y canastillos de hojas de bam-
en hojas de banáno , cestos colmados bú. E n las paredes se veían coloca-
de b a t a t a s , de ambas ( 3 9 ) , de na- dos con el mejor órden , r a s t r i l l o s , ha-
ranjas , de granadas, de bananas (40), chas , hazadones ; y al lado de estos
de a n a n á s ( 4 1 ) y de atas ( 4 1 ) , nos instrumentos de a g r i c u l t u r a , las p r o -
ofrecían á un misino tiempo los man- ducciones correspondientes á cada uno
jares mas saludables , los colores mas de e l l a s , como sacos de a r r o z , g a -
a l e g r e s , y los jugos mas sustancioso» villas de trigo y cuelgas de banánas,
L a conversación que tenian era tan delicado todo , como a b u n d a n t e .
tan inocente y agradable como los Virginia enseñada por su madre y
mismos manjares de que usaban en por M a r g a r i t a , aprovechaba estas
estos festines. P o r lo común Pablo no temporadas en hacer c o m p ó t a s , lico-
hablaba en e l l o s , sino de lo que ha- res y bebidas cordiales con el jugo
bía trabajado aquel dia , y de lo que de las cañas de azúcar , de limón y
tenia que trabajar el siguiente; y con- de acimboyas ( 4 3 ) .
tinuamente estaba pensando en algún Por la' noche cenaban á la l u z de
tabajo útil para la comunidad. ""Aquí, una lamparilla , y después de c e n a r
G 4
72 PABLO
solia contar Madama de la T o u r ¿ M a r - to se consideraban mas distantes del
garita la historia de varios caminantes peligro.
extraviados en los bosques européos, D e quando en quando leía M a -
infestados por la mayor parte de la- dama de la T o u r en comunidad al-
d r o n e s , ó el naufragio de alguna nave gún pasage tierno de la historia del
arrojada por la tempestad contra las antiguo ó nuevo Testamento , y se
rocas de una isla desierta: y con aque- enardecían sus almas con la contem-
llas relaciones se inflamaban mas y plación de las cosas celestiales. Su
mas las almas sensibles de sus hijos, moral no era especulativa. sino prác-
y rogaban al cielo les otorgase la tica como la del evangelio; no ha-
gracia de poder exercitar algún dia la bia entre ellos dias destinados p a -
hospitalidad con semejantes desgracia- ra la alegría , ni para la tristeza,
dos. A cierta hora se despedían las sino que todos eran igualmente lle-
dos familias , para ir á r e p o s a r , iras nos y festivos para sus corazones.
siempre con la impaciencia de vol- L a naturaleza entera era para ellos
v e r á verse al dia siguiente. Algu- un templo augusto donde a d m i -
nas veces se quedaban dormidos al raban sin cesar una inteligencia
r u i d o de la lluvia q e e se degajaba á infinita , omnipotente y amiga d e
mares sobre el techo de s u s c a b a f í a s . ó los hombres ; y este sentimiento d e
de los vientos impetuosos que les traían confianza en el poder supremo los
desde lejos el murmullo de las olas llenaba de consuelo respecto de lo
estrelladas contra los peñascos de la p a s a d o , de valor para lo presente,
ribera ; y en tales casos bendecían. y de una dulce esperanza para lo
al autor de la naturaleza por la se- venidero. Así es que estas mugeres,
guridad de sus personas, siendo tan- precisadas por los infortunios á seguir
to mayor su r e c o n o c i m i e n t o , q u a n - el ¿rden de la naturaleza , hallaron
H PABLO Y riKsmiá. 7S
en sí mismas - y excitaron en sus h i - E n tiempo sereno iban á misa
jos estos sentimientos que inspira en todos los dias festivos á la Iglesia de
todos la misma naturaleza para pre- las Pamplemusas , cuya torre veis
servarnos de que seamos desgracia- allá abaxo en el l l a n o , á donde con-
dos. currían colonos muy poderosos, con-
P e r o , como muchas veces en las ducidos en hombros de esclavos , al-
almas mas bien acondicionadas y de gunos de los quales se empeñaron
mejor temple suelen levantarse nubes varias veces en tener conocimiento y
que p e r t u r b a n su serenidad , quan- trato con aquellas familias tan unidas,
do a l g u n o de la familia se mostra- convidándolas á diversiones y p a r t i -
ba t r i s t e , se reunían todos á fin de das de campo. P e r o ellas desecharon
distraer su a n i m o , y no paraban has- siempre sus ofrecimientos con c o r t e -
ta conseguirlo, mas bien con obras, sanía y r e s p e t o , persuadidas de q u e
que con reflexiones, empleando ca- los ricos solo buscan á los pobres
da q u a l en esto su carácter particu- para tener complacientes , y que es
l a r : Margarita , su alegria y viveza imposible ser complaciente sino a d u -
n a t u r a l : Madama de la T o u r , una lando las pasiones de otro , buenas 6
moral dulce : Virginia , tiernas cari- malas. Por otra parte evitaron con
c í a s : P a b l o , franqueza y cordialidad; no menor cuidado la familiaridad con
y hasta Domingo y María contri- los colonos medianamente acomoda-
buían por su p a r t e contristándose con dos , por lo común , envidiosos, mur-
el que veían llorar. A este mismo muradores y groseros. Al principio
modo las plantas débiles entretexen pasaron pot tímidas en el concepto
unas con otras sus ramas , para opo- de los p r i m e r o s , y por altaneras en
n e r mas resistencia al ímpetu de los el de los s e g a n d o s ; pero su conduc-
uracanes. ta reservada , estaba acompañada de
y 6 PABLO
talos demonstraciones de urbanidad y los pacientes, les p a r e c í a que la te-
atención , particularmente para con nían allí presente. Virginia volvía co-
los m i s e r a b l e s , que insensiblemente munmente de aquellas visitas , con los
se concillaron el respeto de los ricos, ojos arrasados de lágrimas , pero con
y la confianza de los pobres. el corazon penetrado de a l e g r í a , por-
que habia tenido ocasion de hacer
Comunmente al salir de misa
bien. Ella era la q u e disponía de an-
iban á buscarlas las gentes desvali-
t e mano los remedios necesarios p a r a
d a s para que cxcrcieran con ellas al-
los e n f e r m o s , á los quales se los a d -
gún oficio de c a r i d a d ; y ya se presen-
ministraba con indecible afabilidad y
taba un afligido pidiéndoles consejo,
buen afecto.
y a un niño que les rogaba con lá-
grimas pasasen á visitar á su madre Después de estas visitas de cari-
enferma en alguna de las aldeas de dad , alargaban á veces su camino por
l a comarca. A este fin llevaban siem- el valle de la MONTAKA-LAHGA hasta
p r e consigo varias recetas de reme- mi posesíon, donde y o las esperaba
dios caseros , los mas acomodado« ¿ comer á las orillas del riachuelo que
p a r a la curación de las enfermeda- pasa por las inmediaciones ; y p a r a
des del p a í s , y las distribuían con aquellos casos procuraba tener reserva-
a q u e l agrado que da tanto precio á da alguna botella de v i n o a ñ e j o , á
los menores servicios. Sobre t o d o , te- fin de aumentar la alegría de nues-
nían particular talento para disipar las tras comidas Indianas, con estas dul-
penas é inquietudes del á n i m o , tan ces y pectorales producciones de la
insoportables en la soledad y en un Europa. Otras veces nos citábamos
c u e r p o enfermo. M a d a m a de la Tour para la playa del m a r , en la desem-
hablaba con tanta confianza de la Di- bocadura de algún rio de los que en
vinidad , que oyéndola discurrir así esta isla solo merecen el nombre d e
•>8 PABLO Y YIBBLSLA. 79
g r a n d e s a r r o y o s , adonde llevábamos A nuestras comidas se sucédian
de nuestra casa provisiones vegetales los cánticos y danzas de los dos j ó -
q u e juntábamos á las que el mar nos venes. Virginia cantaba la felicidad
suministraba en abundancia ; en cu- de la vida c a m p e s t r e , y las desgra-
y a s riberas pescábamos b a r b o s , salmo- cias de los m a r i n e r o s , á quienes in-
netes , pulpos , langostas , esquines, cita la codicia á navegar sobre el fu-
cangrejos, ostras y mariscos de toda es- rioso elemento , en lugar de dedicar-
pecie. Muchas veces los sitios mas ter- se a l cultivo de la tierra que da a p a -
ribles por su n a t u r a l e z a , nos propor- ciblemente tantos bienes. A veces e j e -
cionaban los placeres mas tranquilos. cutaba con Pablo alguna pantomima
Sentados por lo común sobre un pe- al modo de los negros. L a pantomi-
ñasco , á la sombra de un s a u c e , veía- m a es el primer lenguage del hom-
mos venir desde muy lejos las olas del bre , conocida de todos los p u e b l o s , y
mar á estrellarse á nuestros pies con t a n natural y e x p r e s i v a , que los hijos
horrible estrépito. Pablo , que por de los blancos suelen aprehenderla, á
otra parte nadaba como un p e z , se poco que la vean practicar á los d a
internaba á veces en la playa , sa- los negros. Virginia , trayendo á la
liendo al encuentro á las o l a s ; y quan- memoria las historias leídas por su m a -
do estas se acercaban huía ácia no- dre que mas impresión le habian h e -
sotros , delante de sus grandes vo- cho , representaba con mucha n a t u -
l i t a s ( 4 4 ) 6 roléos espumosos y bra- ralidad los principales sucesos de ellas.
m a n t e s , que le perseguían g r a n tre- U n a s veces al son del tambor de D o -
cho tierra adentro. P e r o Virginia toda mingo , se presentaba en la era de
inmutada al ver a q u e l l o , daba agudísi- su casa con un cántaro vacío en la
mos chillidos, y decia que semejantes cabeza , y se acercaba con timidez í
juegos le causaban mucho sobresalto. la fuente inmediata , en ademan de
y fisemiA. 81
i r á coger agua. Domingo y M a r / a n a - p r e g u n t a s , á que ella respondía como
ciendo el papel de los pastores de Ma- temblando de miedo. Movido al fin
dian , se oponian á su paso , y asién- de compasion concedía asilo á la ino-
dola del brazo , aparentaban que la cencia , y hospitalidad al infortunio:
echaban de allí. Llegaba en esto Pa- llenaba el delantal de Virginia d i
blo de repente á su d e f e n s a , con- toda suerte de provisiones, y la con-
tenia á los pastores , llenaba el cán- ducía á nuestra presencia, como a n -
t a r o d e V i r g i n i a , y poniéndoselo en la te los ancianos del pueblo , declaran-
cabeza , ceñía su frente con una co- do que la elejía por esposa á pesar
rona de pervitica á yerva doncella, de su indigencia.
que daba nuevo realce á la blancura Madama de la T o u r , represen-
de su rostro. Entonces prestándome tándosele vivamente con esta escena
yo á sus j u e g o s , me encargaba de el abandóno de sus mismos padres,
hacer el personage de R a q u e l , y su viudez , y el buen recibimiento
concedía á Pablo mi hija Séphora en que habia tenido de M a r g a r i t a , acom-
matrimonio. pañado á la sazón de la esperanza d e
E n otras ocasiones representaba i un dichoso himenéo e n t r e sus hijos,
la infeliz R u t h , quando volvió viu- no podía dexar de l l o r a r ; y este con-
da y pobre á su p a í s , donde después fuso recuerdo de males y de bienes,
de una larga ausencia se vid trata- nos hacía derramar á todos lágrimas
d a como forastera. Domingo y Ma- mezcladas de gozo y d e sentimiento.
ría representaban los segadores: Vir- Se representaban estos dramas
ginia figuraba que iba recogiendo de- con tanta propiedad , que y o m e
trás de ellos las espigas dexadas aquí creía transportado á los campos de
y a l l í ; y Pablo imitando la grave- la Syria ó de la Palestina. N i falta-
dad de un P a t r i a r c a , le hacía varias ba la decoración , iluminación y o r -
H
8s PABLO Y VIRGINIA. 83
q ü e s t r a c o n v e n i e n t e á s e m e j a n t e es- sar allí la n o c h e , s o r p r e h e n d i d a s d e
p e c t á c u l o ; pues el l u g a r de la esce- Aolver á v e r una segunda a u r o r a , s a -
na e r a , p o r lo común , en el centro l u d a b a n todas a u n a al a s t r o d e l dia
de un b o s q u e c i t o , c u y a s e n t r a d a s for- con mil y mil c a n t a r e s d i f e r e n t e s .
m a b a n al r e d e d o r d e n o s o t r o s , mu- L a noche nos s o r p r e h c n d í a m u y
chas g a l e r í a s d e frondosidad y de fo- á m e n u d o en estas fiestas campestres;
l l a g e , donde p a s á b a m o s la m a y o r par- p e r o la p u r e z a del a y r e y l o t e m -
te del dia r e s g u a r d a d o s d e l calor. p l a d o del clima nos permitía d o r m i r
M a s q u a n d o el sol se a p r o x i m a b a al en m e d i o del c a m p o , d e b a x o de u n
o r i z o n t e , sus r a y o s r e f r a c t a d o s en á r b o l , sin el m e n o r recelo d e l a d r o n e s ,
los t r o n c o s d e los á r b o l e s , se hacian n i a l l í , ni en nuestras c a s a s , á d o n d e
d i v e r g e n t e s ( 4 5 ) e n t r e las s o m b r a s de v o l v i e n d o cada u n o el dia s i g u i e n -
l a floresta , en l a r g o s manojitos lumi- te , l a h a l l a b a como la h a b í a d e x a d o .
n o s o s q u e p r o d u c í a n el e f e c t o mas T a l e r a en a q u e l t i e m p o la buena f é
a p a c i b l e y m a g e s t u o s o . A l g u n a s ve- q u e r e y n a b a en esta isla sin comer-
ces p r e s e n t á n d o s e su disco e n t e r o al cio , q u e las p u e r t a s de la m a y o r p a r -
e x t r e m o d e una c a l l e , la hacía pa- te d e las casas no se c e r r a b a n con
r e c e r toda ella como d e f u e g o . Las l l a v e , y una c e r r a d u r a e r a u n o b -
hojas de los á r b o l e s iluminadas por j e t o d e curiosidad p a r a muchos crio-
la p a r t e i n f e r i o r con sus rayos aza- llos.
f r a n a d o s , b r i l l a b a n á m a n e r a del topa-
P e r o en el discurso del alio ha-
cio y la esmeralda ; y sus p a r d o s y mo-
bia dias p a r a P a b l o y Virginia del
hosos troncos p a r e c í a n como converti-
m a y o r r e g o c i j o , q u e e r a n los del
dos en colunas d e u n b r o n c e antiguo.
cumple-afios d e sus madres. V i r g i -
L a s avecitas r e t i r a d a s e n s i l e n c i o , de-
n i a n o dexaba d e a m a s a r , y c o c e r
b a x o d e l a f r o n d o s a hoja , p a r a p a -
la víspera tortas de flor de harina p a r a
H 2
84 PABLO
las pobres familias de aquellos blan- via ciertos refrescos , c u y a b o n d a d
cos nacidos en la isla , que no habien- realzaba ella por alguna circunstancia
do probado jamás pan e u r o p i o , des- particular , que en su c o n c e p t o , a c r e -
tituidos de todo auxilio por parte de centaba su valor , d i c i é n d o l e s : " Esta
los n e g r o s , y reducidos á alimentar- licor lo ha hecho Margarita : este
se de la yuca ( 4 6 ) en medio de las otro mi madre : mi hermano ha co-
s e l v a s , no tenían para sobrellevar la gido por su misma mano esta f r u t a
miseria , ni la estupidez compañera en la cima de un árbol. " Y otras
de la esclavitud , ni el valor que ins- cosas á este modo.
pira la educación. Estas tortas eran Despues incitaba á P a b l o á q u e
el único regalo que la situación de les hiciera b a y l a r , y no se a p a r t a b a
su familia le permítia hacer á Vir- de su lado mientras no los veía s a -
ginia ; pero las repartía con tal agra- tisfechos y contentos. T o d o su e m p é -
do , que les añadia un precio y con- ño era que estuvieran alegres con la
dimiento extraordinario. Pablo era el alegría de su familia , y decia : " ' N o
que se encargaba de llevárselas á sus es posible hacer la felicidad propia.,
mismas habitaciones ; y las pobres sin ocuparse en la de los d e m á s . "
familias reconocidas • prometían , al Y a s í , q u a n d o se habían de volver
tiempo de r e c i b i r l a s , ir á pasar todu á sus h a b i t a c i o n e s , les ofrecía aquel
el dia siguiente en casa de Madama mueble ó muebles á que los habia
de la T o u r y Margarita. Allí era visto inclinados desde el principio,
v e r llegar una madre con dos ó tres cubriendo la necesidad de que agra-
hijos amarillentos , descarnados , y decieran sus d á d i v a s , con el p r e t e x -
tan tímidos que apenas osaban levan- t o de su singularidad ó e x t r a ñeza.
t a r los ojos. P e r o Virginia al punto Si los veía muy andrajosos, es cogia
lus colocaba cómodamente . y les ser- algunas de sus ropas viejas . y m a n -
» 3
86 PAULO y VIRGINIA. 87
daba á P a b l o las fuese á ponerse» imágenes hacían muy delicioso su mo-
crctamente á la puerta de sus casas* do de expresarse: "" Y a es hora de
con el permiso de su madre. D e es- c o m e r , decía Virginia á los s u y o s ,
t e modo hacía el bien , á esemplo pues á los banános les da la sombra
de la divinidad , mostrando el benefi- á los píes : se acerca la noche por-
c i o , yocultando la mano bienhechora. que los tamarindos cierran sus hojas.
Vosotros los e u r o p e o s , cuya al- ¡ Quando vendrás á v e r n o s , le p r e -
m a se llena desde la infancia de tan- guntaban algunas amigas de las in-
tas preocupaciones contrarias á la fe- mediaciones ? Para las cañas del a z ú -
licidad , no podéis concebir que la car , respondía Virginia. T u v i s t a ,
naturaleza sea capaz de proporcionar contextaban las m u c h a c h a s , será p a r a
t a m a s luces y placeres. Vuestro es- nosotras tanto mas gustosa y a p r e -
píritu ceñido á una extrecha esfera ciable.,,
de conocimientos, toca bien pronto Q u a n d o le preguntaban su edad
a l término de sus gustos artificiales; y la d e P a b l o , respondía : " Mi
p e r o la naturaleza y el corazon son hermano tiene los mismos años que
inagotables. P a b l o y Virginia no te- el cocotéro a l t o , y y o que el mas
nían reloxes, ni a l m a n a q u e s , ni libros báxo : los mangles han dado d o -
de cronología , de historia ni de fi- ce veces su fruto , y los naranjos
losofi!. Los _ periodos de su vida se veinte y quatro veces 13 flor des-
arreglaban por los de la naturaleza: de que- estoy en este m u n d o . r ' D e
conocían las horas del dia por la s u e r t e , q u e ' s u vida parecía que es-
sombra de los árboles : las estaciones taba identificada con la de los árbo-
por el tiempo en que dan sus llo- les , como la de las Driadas y F a u -
res 6 frutos ; y los años por el nú- nos ( 4 7 ) . N o conocian mas épocas
m e r o de sus cosechas. E s t a s dulces históricas, que las d e las vidas de
88 Pablo Y VTRCIHIA. 89
sus m a d r e s , otra cronología que ta Virginia á experimentar sucesivamen-
de sus v e r g e l e s , ni mas filosofía que te una especie de melancolía. L a edad
el hacer bien i t o d o s , y resignarse d e las pasiones produce en el hom-
i la voluntad de Dios. bre u n a metamorfosis ó transforma-
P e r o , de buena f é ¿ qué nece- ción extraña , que causa tantos bie-
sidad tenían estos itiíios de ser sabios nes ó tantos m a l e s ; según el impulso
y ricos al modo que nosotros lo so- y direceion de las circunstancias. V i r -
mos ? Sus mismas necesidades é ig- ginia era victima de sí misma , sin co-
norancia aumentaban en cierto mo- nocerlo ; y en aquel estado ni sabía
do su felicidad , y no habia dia pa- ¡1 qué atribuir la inquietud interior
r a ellos en que no se prestasen uno que experimentaba , ni sentía aquella
á o t r o oficios de la mas tierna amis- alegría , que desde la niñez la habia
t a d . E l l o s crecian en edad y expe- acompañado. Sus ojos se marchitaron
riencia , siguiendo fielmente las leyes insensiblemente , la palidéz f u é cu-
de la naturaleza y de la religión , sin briendo su r o s t r o , y una languidez
que ningún cuidado arrugára su fren- y desmadejamiento universal aca-
te , ninguna intemperancia corrom- baron de apoderarse de todo su
piera su sangre , ninguna pasión fu- cuerpo.
nesta depravara su corazon. E l can-
Bien penetraba la madre la csusa
dor , la inocencia , la piedad y el
del mal de su h i j a , pero como pruden-
a m o r , desplegaban de dia en día la
te y experimentada , le decia : Di-
belleza de sus almas en gracias ine-
ríiete á Dios , hija mia , que es quien
fables , expresadas en todas sus ac-
dispone i su arbitrio , de la salud
ciones , actitudes y movimientos.
y de la vida de los mortales , y quie-
E n medio de esta felicidad que re experimentar hoy tn constancia
gozaban los dos jóvenes , empizé p a r a premiarte m a ñ a n a : acuérdate,-
y VIRCINTA. 9>
de que no hemos venido á este mun- torrentes de agua , como si de p a r
do , sino para e j e r c i t a r la v i r t u d . " en par se hubiesen abierto las catara-
E n este intermedio los excesivo« tas del cielo. Los arroyos espumo-
calores que de tiempo en tiempo de- sos baxaban precipitados por las q u e -
suelan las tierras situadas entre los bradas de este monte , formando un
trópicos , vinieron á exercer aquí sus mar de todo el valle , una isleta de
estragos. Q u a n d o el sol toca al sig- esta esplanada donde están las c a b a -
no de Capricornio á fines de diciem- nas , y de este valle una esclusa por
bre , sus ardientes rayos cayendo donde salían mezclados indistintamen-
verticalmente sobre la isla de Fran- te con las tumultuosas aguas , los a r -
cia , la abrasan por espacio de tres boles , las tierras y los peñascos.
semanas consecutivas , causando en Toda la familia intimidada se e n -
toda ella un calor extraordinario. comendaba á Dios en la cabana de
Los vapores del océano elevados por M a d a m a de la T o u r , cuyo techo
la intensión de los rayos s o l a r e s , cu- crugía horriblemente con la violen-
brieron un dia toda la isla como un cia de los a y r e s ; siendo tan fuertes
vasto p a r a - s o l , de resultas de haber y repetidos los rela'mpagos que e n -
calmado el viento sudeste , que es el t r a b a n por las rendijas , que sin e m -
que reynando aquí casi la mayor par- b a r g o de que todas las puertas y v e n -
te del a ñ o , disipa las tempestad«. tanas estaban bien c e r r a d a s , se dis-
Las cimas de los montes cubiertas tinguía con el resplandor quanto ha-
de estos negros vapores despedían de bía dentro de ella. Pablo intrépido
sí globos de fuego ; y los bosques, como él mismo andaba con Domin-
el llano y los valles resonaban con go de cabafia en cabana , á pesar del
los horribles truenos de las nubes agi- furor de la tempestad , apuntalando
tadas. Bien p r o n t o comenzaron i caer a q u í una v i g a , y fixaudo allí u n a
estaca ; y si alguna vez entraba en sus alrededores , ni céspedes, ni em-
la de Madama de la T o u r , solo era parrados , ni p á j a r o s , á excepción d a
con el fin d e consolar á la familia algunos bengalíes que en las extremi-
con la esperanza próxima de la se- dades de las vecinas peñas lloraban la
renidad deseada. E n efecto , á la tar- pérdida de sus hijítos con acento la-
decita cesó la l l u v i a , y tomó su cur- mentable.
so ordinario el ligero viento del sud- A vista de tanta desolación , d i -
este ; los nubarrones tempestuoso» xo Virginia á P a b l o : "" Ya ves co-
corrieron acia el nordeste , y apareció mo el uracan ha quitado la vida á
e n el orizonte el sol poniente. los pajaritos que tú traxiste á este
E l primer deséo de" Virginia fué sitio , y como h a destruido el jardin
ir á ver el lugar de su RECREO. Pablo hecho por t u mano. E n esta vida no
se acercó á ella con cierto ayre de ti- hay cosa q u e no sea perecedera , y
midez , y le presentó el brazo para soio son inmutables las del cielo. *
ayudarla á caminar. E l a y r e y a era ""Que no tuviera yo para podérte-
fresco y sonóro , y en las cimas del la ofrecer , le eontextó Pablo , alguna
monte surcado en varias partes de la cosa del cielo ! pero es tanta mi po-
espuma de los t o r r e n t e s , que sensi- breza , q u e ni siquiera poséo la me-
blemente iban menguando , se ele- nor prenda de valor sobre la tier-
vaban blancos v a p o r e s , anuncios de ra.''' " Bien lo sé , replicó ella , me-
la serenidad. Todo el jardin estaba dio sonrosada , pero tú tienes la efi-
trastornado , desarraygados la mayor gie de San P a b l o . " N o bien oyó
parte de los á r b o l e s , y los prados aquello Pablo , quando echó á correr
cubiertos de a r e n a . Solamente los dos en busca del retrato que tenia en casa
cocotéros se conservaban verdes é de su madre.
intactos , sin que hubiesen quedada en E l retrato era una especie de m i -
94 PABLO R VIRBINIA. 95
n i a t u r a , q u e representaba á San P a - «ion á la pasión con q u e se miraban,
blo primer hermitaño , á quien Mar- y á la edad que ya tenían propor-
garita profesaba p a r n c u l a r devocion; cionada para el efecto , evitando de
y despues de haberlo llevado mucho» esta manera los riesgos comunes i
afios al cuello . siendo soltera , se le que estaban expuestos. P e r o M a d a -
puso al h i j o , luego que fuá madre. ma de la T o u r , le respondió : w T o -
Sucedió también que estando ella en davía son demasiado jóvenes y p o -
cinta de P a b l o , y viéndose desampara- bres para eso. i Q u é sentimiento no
da de todos , ( á fuerza de contem- tendríamos en v e r á Virginia carga-
p l a r en la imagen del Santo Anaco- da de hijos , que tal v e z no podría
reta ) se le parecía en alguna ma- criar por falta de f u e r z a s ! Vuestro
nera su hijo P a b l o ; cuya circuns- negro Domingo y a está bastante cas-
tancia la había decidido á ponerle ta cado , y M a r í a enferma : por otra
nombre , y darle por patrón un San- parte , amiga mia , y o me siento muy
t o q u e pasó su vida apartado del débil y deteriorada , a l cabo de q u i n -
mundo y lejos de los h o m b r e s , los ce años que vivo en un clima ardien-
q u a l e s , despues de haberle seducido, te , como éste , donde se envejece
pérfidamente le abandonaron. Virgi- mas pronto que en los fríos , y mu-
nia al recibir aquella efigie de mano cho mas con los quebrantes y pesa-
de P a b l o , le prometió no quitársela res. P a b l o es nuestra única esperan-
del cuello , mientras viviera , ni ol- za , y debemos a g u a r d a r por lo mis-
vidar que P a b l o le había dado la úni- mo á que medre y adquiera el v i -
ca prenda que poseía sobre la tierra. gor necesario para que sea capaz de
sostener nuestra vejez. E n el dia bien
E n este intermedio instaba M a r -
sabéis que solo tenemos lo necesa-
garita á Madama de la T o u r á que
rio para vivir ; dentro de poco dis-
tratáran de casar á sus h i j o s , en aten-
96 PABIA r VIRGINIA. 97

pondremos que P a b l o pase á las I n . que se usa para la l u m b r e , y a l g u -


dias por c i e n o tiempo , donde ad- nas resinas , que se pierden en nues-
quiera con el comercio la suficiente tros bosques ; todo esto lo vendería
cantidad de dinero para comprar un en las Indias á un precio mas que mo-
esclavo ; y á la vuelta le casaremos derado. M e encargué' al mismo tiem-
con Virginia , pues considero que es po de pedir á M r . de la Bourdonais
el único hombre que puede hacer fe- el pasaporte para el v i a j e , y antes de
liz á mi amada hija. M a s esto lo con- todo quise t r a t a r con Pablo este p e n -
sultaremos despues con nuestro ve- samiento.
cino.'" P e r o me quedé absorto de admi-
E n efecto , habiéndolo hecho ellas ración q u a n d o este jóven me dixo,
a s í , fui de su mismo dictamen . y les con una madurez muy superior a sus
dixe que los mares de la India eran años : " ¿ Por qué queréis que yo de-
muy bonancibles, particularmente sa- xe á mi f a m i l i a , por no sé qué pro-
biendo elegir la estación proporcio- yecto de f o r t u n a ? ¿ H a y por v e n -
nada para el e m b a r c o , en cuya nave- t u r a en el mundo un comercio mas
gación se tardaba seis s e m a n a s , quan- lucrativo que el cultivo de la tierra
do m a s , á la ida , y casi lo mism» q u e da cincuenta , y aun ciento por
á la vuelta : que yo buscaría per- u n o ? Si queremos comerciar ¿ no po-
sona que habilitáse á Pablo , pues dremos hacerlo llevando á vender á
era estimado de quantos le conocian; P u e r t o - L u i s lo que nos sobre , sin
y que a u n quando no le diésemos necesidad de que yo vaya á correr
mas que algodon en rama , del qual las Indias? Nuestras madres dicen
110 se hace en esta isla ningún uso que Domingo está viejo y cascado;
por falta de máquinas para limpiar- pero y o soy muchacho , y cada dia
lo ; palo de é b a n o , tan común aquí me siento ;nas robusto. Y ¿ s i , d u r a n -
l
98 P/TM,0 r VIRGINIA. 99

t e mi ausencia, les sucediese alguna rando en estenuacion , sa hacía i n -


desgracia , particularmente á Virginia, curable por lo abanzado de su e d s d .
que de algún tiempo á esta parte E l objeto de su c a r t a se reducía en
anda tan triste y desazonada? Ah 1 eso sustancia á decir á su sobrina : " que
n o , eso no : no lo p e n s e i s ; es im- se volviese á F r a n c i a , 6 que en el
posible que me resuelva i ausentar- caso de no permitirle su salud e m -
me de su vista." prender un viage tan d i l a t a d o , le
E s t a respuesta de P a b l o me pn«0 enviara á V i r g i n i a , á quien pensa-
en la mayor p e r p l e j i d a d , porque Ma- ba d a r una buena educación y das-
dama de la T o u r no me habia ocul- tino decente en la c o r t e , con la p o -
tado la situación de V i r g i n i a , y sus sesión de todos sus bienes; y aun a n a -
deseos de g a n a r algunos años mas so- dia , que en el cumplimiento de aque-
bre los que ellos tenian , separando llas sus ó r d e n e s , consistía la continua-
al uno del otro ; cuyos motivos no ción de sus favores.1®
me atrevía yo á descubrir á Pablo, N o bien habia acabado de leer
ni e r a conveniente que a u n los llega- Madama de la T o u r la referida carta
r a i sospechar. i la familia , qilando todos se q u e -
E11 estas circunstancias , recibió daron suspensos y e n la mayor cons-
M a d a m a de la T o « r una carta de su (ernacion. Domingo y María comen-
t i a , por una embarcación q u e acababa zaron á llorar : P a b l o , ínmóbil sin
de llegar de Francia. E l temor de la saber lo q u s pasaba , parecía co-
muerte , sin el qual serian siempre fno dispuesto á enfurecerse : Virginia
insensibles los corazones d u r o s , se ha- con los ojos fixos en su madre no se
bia apoderado del de aquella vieja, atrevia á proferir una palabra. E n
Ue resultas de h a b e r salido de una este estado dixo Margarita á M a d a -
grave enfermedad , la q u a l , degeos? ma de la T o u r , ""Será posible que
I 2
loo PAM.A r VinerniA. 101
nos dexeis al c a b o de tanto« años ! m á , y nada os faltará en nuestra
" N o , a m i g a m i a , n o , hijos mios, 1
compañía.'' P e r o la q u e m a n i f e s t ó
exclamó M a d a m a d e la T o u r , no os menos alegria que los demás , sin e m -
a l u n d o n a r é jamás ! Yo h e v i v i d o con b a r g o de q u e era la q u e la habia s e n -
v o s o t r o s , y con vosotros quiero mo- tido mas viva , f u é V i r g i n i a , la q u a l
r i r ; p o r q u e n o h e conocidq la dicha, se conservó lo restante del día c o n
sino en vuestra c o m p a ñ í a . Si mi sa- la misma serenidad , colmándose con
lud está d e t e r i o r a d a , tienen la culpa esto la satisfacción d e todos.
d e ello los a n t i g u o s disgustos. La A la m a ñ a n a siguiente , a l salir
c r u e l d a d d e mis parientes y la pérdi- el s o l , a c a b a n d o d a e n c o m e n d a r s e á
d a d e mi a m a d o esposo , me penetra- D i o s en c o m u n i d a d , a n t e s de ponei»
ron h a s t a lo mas intimo del alma ; se á a l m o r z a r , según lo t e n i a n d e cos-
pero despues acá he experimentado t u m b r e , les avisó D o m i n g o qu& u n
mas satisfacción y consuelo con voso- s e ñ o r d e á caballo , s e g u i d o d e dos
tros d e b a x o d e estas humildes cho- e s c l a v o s , se a c e r c a b a á la posesion.
zas , q u e q u a n t o s bienes y felicida- E n e f e c t o , el tal c a b a l l e r o e r a M r .
d e s pudieran , ni pueden prometer- d e la B n u r d o n a i s , el q u a l h a b i é n d o -
m e en mí p a t r i a las riquezas de mi se e n t r a d o d e improviso en la c a b a n a ,
familia.'" e n c o n t r ó á toda la familia a l m o r z a n -
A c a b a n d o d e d e c i r estas palabras d o al r e d e d o r de una mesa , donde
e m p e z a r o n todos á v e r t e r lágrimas Virginia 1 acababa de s e r v i r c a f é , a r -
d e gozo. P a b l o arrojándose en los roz cocido en a g u a , b a t a t a s a s a d a s
b r a z o s de M a d a m a d e la T o u r , le y Intnánas frescas. L a única vaxilla
decía. : " N o me s e p a r a r é jamás de d e q u e se servian , e r a n cascos d e
vos , ni iré á las Indias : todos tra- c a l a b a z a , y por mantel hojas d e b a -
b a j a r e m o s a q u í p a r a v o s , a m a d a s>a- nano.
V VUTEIMA. «03
IOS P/TBW
M a n i f e s t ó el g o b e r n a d o r por el Cesario. M a s como y o no las exerffl»
p r o n t o su sorpresa viendo la pobre- sino para h a c e r felices á los h a b i t a n -
za d e a q u e l l a f a m i l i a , y dirigiéndo- tes de esta isla , e s p e r o d e v u e s t r a
se despues á M a d a m a d e la T o u r , le voluntad solo un sacrificio de a l g u -
insinuó q u e los negocios generales de nos a ñ o » , del qual d e p e n d e n el e s -
su e m p l é o le h a b i a n e s t o r v a d o algu- tablecimiento de vuestra h i j a , y vues-
n a s veces de p e n s a r en los particula- tro bien e s t a r para toda la v i d a . ¿ A
r e s ; p e r o q u e ella e r a acreedora í que' se viene á las i s l a s ? ¡¡no es p a r a
toda su atención. l,(* V o s t e n e i s - Ma- enriqneserse en ellas? P u s j n o se-
d a m a , a ñ a d i ó , u n a t i a m u y rica rá m e j o r y mucho mas gustoso el i r
y distinguida en P a r í s , q u e os dexa í e n c o n t r a r l a s en Su p a t r i a ? " D i -
p o r h e r e d e r a de todos sus b i e n e s , y ciendo estas p a l a b r a s y m a n d a n d o á
os espera q u a n t o antes á su l a d o . " u n o d e sus «ogros d e x a r sobre la m e -
sa un g r a n talego d e pesos q u e l l e -
Contextóle M a d a m a de la T o u r ,
v a b a , a ñ a d i ó : " A q u í teneis ese d i -
q u e su salud a c h a c o s a no le permitía
nero q u e vuestra tia ha d e s t i n a d o p a -
e m p r e h e n d e r u n v i a g e t a n expuesto
ra los preparativos del v i a g e d e l a
como largo.
r chica. "
'' P e r o á lo m e n o s , r e p l i c ó el go-
b e r n a d o r , n o podréis p r i v a r , sin in- D e s p u e s comenzó á r e c o n v e n i r
justicia , d e una herencia t a n crecida, con cortesanía y a t e n c i ó n á M a d a m a
á u n a hija tan joven y a m a b l e , como de la T o u r , porque 110 h a b i a r e c u r -
os ha concedido el cielo. Y o no de- rido á él en sus necesidades , a u n q u e
b o ocultaros q u e v u e s t r a tia se ha elogiando al mismo t i e m p o su vaio»
v a l i d o de la a u t o r i d a d p a r a llevarse- noble y coastante.
l a , y que i este fin me escribe , use T o m ó á esto P a b l o l a p a l a b r a , y
d e todas mis facultades en caso ne- dixo á M r . de la Bonfdonais : n ' S e -
14
104 PABLO Y VlRGimA. 10S
•fior gobernador . mi ni:ni;a ha recur- «nion edificante de las dos familias,
rido á v o s , y la habéis recibido malí" y hasta del celo de sus ancianos cria-
" ' ¿ Teneis otro hijo? preguntó d o s , que dixo : " " A q u í no h a y si- .
prontamente el gobernador á Mada- no muebles de madera , pero se ven
ma d e la Tour. rostros serenos, y corazones de o r o . "
N o , s e ñ o r , contestó e l l a ; este P a b l o prendado de la popularidad
es el hijo de mi amiga Margarita , y y llaneza del g o b e r n a d o r , le dixo,
á ól y á Virginia los amamos igual- q u e deseaba ser su a m i g o , porque e r a
mente , y son para nosotros hijos co- hombre de b i e n ; y M r . de la B o u r -
munes. donais recibiendo con gusto aquella
« N i ñ o . dixo el g o b e r n a d o r , en- señal de sinceridad i s i e ñ a , le diri un
carándose á Pablo , qtiando llegues abrazo , y apretándole la m a n o , le
á t e n e r experiencia del m u n d o , co- aseguró que podía contar con su amis-
nocerás la desgracia de los que man- tad.
dan , y la facilidad con que son en- Acabado el almuerzo , llamó á
g a ñ a d o s , dando al vicio intrigante é parte á Madama de la T o u r . y T e
imprudente , lo que solo pertenece al dixo que habia ocasión en el dia d e
mérito que se oculta. * enviar á su hija á F r a n c i a , en un navio
Convidó entonces Madama de la que estaba pronto á hacerse á la ve-
T o u r á M r . de la Bourdonais á al- la : que la recomendaría á una p a -
m o r z a r , cuyo convite aceptó el go- rienla s u y a , que iba de pasagera e n
bernador sentándose á su lado , y ro- el mismo b u q u e : y que no era cosa
snando cafd mezclado con arroz co- de abandonar una herencia inmensa
cido en a g u a , á b manera de ios crio- por una satisfacción de algunos años.
llos, E l qual quedó tan encantado del " ' V u e s t r a tia , añadió a l . tiempo de
órden y a s í o de la eebaña , de la p a r t i r , no podrá vivir mas de dos
IOÍ PABI.9 r VIRGINIA.
afir» , según me escriban sus amigos; otra persona que te ayudase , vién-
miradlo b i e n . y consultadlo allá para dote precisada á trabajar c o n t i n u a -
con vos , pues no todos los dias se mente la tierra , como una muger mer-
muestra risueña la fortuna. N o ha- cenaria , para ganar el sustento dia-
brá persona de juicio q u e no piense rio ? Ah ! esta reflexión , Virginia
como yo.'" mia , me traspasa las entrañas de do-
M a d a m a de la T o u r le respondió, lor!" , f
""que no deseando en este mundo Al oír esto Virginia , le replicó:
mas felicidad que la de su h i j a , de- " Dios nos lia condenado á todos al
j a r í a absolutamente al arbitrio del se- t r a b a j o , y v o s , madre m í a , me h a -
ñor gobernador su partida para Fran- béis enseñado á t r a b a j a r , y á b e n -
cia." decirle cada día. Hasta a q u í no nos
Como á Madama de la T o u r no ha abandonado , ni nos abandonará
la disgustaba encontrar ocasión de se- en adelante , pues su providencia
p a r a r por algún tiempo á Pablo y vela particularmente sobre los infe-
Virginia , p a r a proporcionarles en lo lices , según millares de veces me
sucesivo su felicidad m u t u a . llamó lo habéis insinuado. N o es posible
á parte á su hija de allí á pocos dias, que yo me determine á dexaros!
y l e habló en estos t é r m i n o s : Madama de la T o u r conmovida
" H i j a mia , ya ves que nuestros crti semejantes razones, le contextó
criados son a n c i a n o s , que Pablo es sin d e t e n e r s e : " N o c r e a s , hija mia,
muy joven , que su madre va siendo sea otro mi intento (jue hacerte fe-
v i e j a , y q u e y o estoy muy achaco- liz , y casarte algún día con P a b l o ,
sa de males : ¿ qué sería de tí entre q u e no es hermano t u y o : considera
estas b r e ñ a s . si yo llegáse a morir? ahora que tienes en tu mano su feli-
j p o d r í a s resistir s o l a , y sin ninguna cidad y la t u y a . "
i- VincixiA. 109
108 Pablo
la p u e r t a el confesor de M a d a m a d e
C o n semejante confianza d e una
la T o u r , enviado p o r el g o b e r n a d o r
m a d r e amorosa y compasiva , no tu-
para acabar de persuadirla y hacer-
v o d i f i c u l t a d Virginia en abrirla de
le f u e r z a con sus razones , las qua-
p a r en p a r su c o r a z ó n , declarándo-
l e j se r e d u j e r o n á q u e e r a forzo-
le sin d i s f r a z ni r e b o z o , la inclina-
so someterse á las órdenes d e la p r o -
ción , hasta entonces secreta de su al-
videncia q u e t e n i a dispuesta h a c e r f e -
m a ; y v i e n d o q u e su m a d r e la apro-
l i z á Virginia por a q u e l c a m i n o ; y
b a b a , y dirijia á un fin honesto con
q u e s u p u e s t o q u e M a d a m a d e la T o u r
sus consejos . le ofreció nuevamente
no podia e m p r e n d e r el vinge p o r el
n o a p a r t a r s e j a m á s d e su l a d o , y vi-
mal estado d e su salud , debia h a -
v i r en su c o m p a ñ í a sin agitación en
cerlo sin mas dilación su h i j a V i r g i -
q u a n t o á lo p r e s e n t e , ni temor res-
nia , á fin d e complacer á s u t i a , y
pecto de lo futuro.
m e j o r a r al mismo tiempo s u propia
V i e n d o M a d a m a d e la T o u r que
suerte.
su c o n f i a n z a h a b í a producido un efec-
H a b i e n d o oído semejantes razones
t o c o n t r a r i o al q u e e l l a se esperaba,
la obediente V i r g i n i a , b a x ó los ojos,
a s e g u r ó l e q u e no q u e r í a violentar su
y con voz desmayada y t r é m u l a res-
i n c l i n a c i ó n , sino que d e l i b e r a r a ma-
p o n d i ó al confesor : * Si así lo dis-
d u r a m e n t e y á su s a l v o ; p e r o le en-
pone el cielo , á nada rae opongo:
c a r g ó q u e ocultase siempre su amor
hágase la voluntad del S e ñ o r , a ñ a -
P a b l o , p o r q u e , c o m o ella decía,
dió , exalando un profundísimo sus-
" • q u a n d o el c o r a z o n d e una doncella
piro.'1
está c a u t i v a d o , ya no le queda al
a m a n t e o t r o sacrificio q u e exigir de E n a q u e l estado , me envió á de-
ella.''' cir M a d a m a de la T o u r con D o m i n -
g o , le hjeiese el f a v o r de pasar á su
A este t i e m p o se d e x ó e n t r a r por
i i o PABLO F VIRGINIA. I I I
c a b a n a , pues tenia que consultarme para su hijo de la fortuna d e V i r -
«cerca del viage de Virginia. En efec- ginia , se habia opuesto m n y seria-
to , habiendo tratado los dos el asun- mente á su partida , dexó d e insistir
t o , fui de opinioa que no empren- sobre ello. P a b l o , ignorando el p a r -
diera semejante viaje. Porque , ha- tido que Sus madres t o m a r í a n , estaha
béis de saber que yo tengo por un admirado de las conversaciones secre-
principio cierto de la felicidad huma- tas de M a d a m a de la T o u r con su h i -
na , que son preferibles los bienes de ja , y entregado á los impulsos de la
n a t u r a l e z a á los de fortuna , y que t r i s t e z a , decia : Algo sa trama con-
no debemos ir á buscar lejos de no- tra m í , q u a n d o tanto se recatan d e
sotros lo que tenemos dentro de no- que yo las o y g a . "
sotros mismos ; y esta máxima la ex- Al punto q u ; sa extendió la voz
tiendo yo á todas las cosas de este por toda la isla de que la fortuna ha-
m u n d o , sin excepción ni diferencia. bía visitado estas b r e í a s , treparon á
P e r o ¿ qué eficacia podían tener ellas mercaderes do todos géneros, que
mis consejos contra las fundadas es- desplegaron delante de estas misera-
peranzas de una fortuna tan brillante bles chozas las estofas mas preciosas
y halagüeña ? Consiguientemente Mí- de la India ; magníficas cotonías de
danla de la T o u r solo me consulté G o u d e l o u r , pañuelos de P a l í a t a t e y
por puro cumplimiento, y y a no fué M a z u ü p a t á n , muselinas de D a c a , b o r -
mas dueña de deliberar por s í , des- d a d a s , l i s a s , rayadas y trasparente»
de el instante que oyó el dictamen como la luz , camisas de S u r a t a m u y
de los dos personages q u e acabo de blancas , indianas de todos colores y
nombraros. las mas raras , de fondo obscuro con
L a misma M a r g a r i t a , q u i e n , á p?- ramos verdes , magníficas telas de s e -
*ar de las £-J¡cídades que esperaba d a de China ; en s u m a , todas las p r o -
¡12 PABLO
R VIRGINIA. 113
ducciones mas exquisitas del a r t e , que se presentó de allí á pocos días e n
el luxo y la industria han inventado mi c a s a , y me dixo con tono desma-
en las q u a t r o partes del mundo. yado y lastimero: , T M i h e r m a n a , s i n
Quiso M a d a m a de la í ' o u r que duda va á p a r t i r , pues la veo hacer
Virginia comprase á su arbitrio lo que los preparativos para el viage. R u e -
mas le agradara , y solo se encar- goos paséis á nuestra posesion, y em-
gó ella de que no la engañasen en pleéis todo el ascendiente que teneis
el precio ni en la calidad del géne- sobre el ánimo de su madre y de la
ro. E n efecto Virginia comenzó i mia , para que no se vaya. * Movido
elegir todo aquello que le parecía yo de las instancias del pobre m u c h a -
era del gusto de su madre , de Mar- cho , me prestó al punto á sus deseos,
garita y de su hijo , destinándolo aunque bien persuadido de que to-
tpdo para e l l o s , y nada para s í , y das mis representaciones serian com-
diciendo siempre , ""esto es muy pletamente inútiles y desaprobadas.
bueno p a r a m u e b l e s , aquello para Os confieso que si Virginia me
el uso de M a r í a y de Domingo." habia encantado hasta e n t o n c e s , con
P o r manera que ya se habia emplea- el vestido de cotón azul de Benga-
do todo el talego de p e s o s , y na- la y el pañuelo encarnado al rede-
d a habia comprado de lo que nece- dor de la c a b e z a , me pareció mu-
sitaba para s í , habiendo sido pre- cho mas hechicera quando la vi en-
ciso sacar la parte que á ella le to- galanada al modo de las demás de e s .
caba de los regalos distribuidos en- te país. Llevaba un vestido de museli-
t r e los de casa. na blanca, forrado de tafetán color de
P a b l o penetrado de dolor al ver r o s a , y sus rubios cabellos trenzados?
aquellos dones de la fortuna que le en dos órdenes á la espalda, haciau
presagiaban la partida de Virginia, la mas perfeta armonía con su v ] j .
114 P.1BL1 rVinniNiA. n j
ginal cabeza. Sus hermosos ojos azo- t a , por parte de m a d r e , de una se-
les rebosaban melancolía , y su co- ñora rica y de alto l i n a g e ; y tú no
razon a g i t a d o de u n a pasión reprimi- eres mas que el hijo de una pobre
da , comunicaba á su rostro un co- aldeana , á quien el amor hizo co-
lor a n i m a d o , y á su voz dulces y meter una flaqueza, de que tú has
penetrantes sonidos. Hasta el contras- sido triste f r u t o , privándote mi cul-
te de su vistosa gala , que ella lle- p a , ¡ f a t a l memorial de tu familia
vaba contra todo su gusto , hacía tan p a t e r n a , y mi arrepentimiento de la
interesante su languidez y desmade- materna. Ay infeliz I por mi desven-
j a m i e n t o , que nadie podia verla ni tura y la tuya , no tienes mas pa-
oírla sin que se sintiera enternecido rientes que yo en este m u n d o ! " Y
y encantado. al llegar a q u í comenzó á derramar co-
Acrecentóse con esto la tristeza piosas lágrimas.
de P a b l o ; y afligida cada vez mas P a b l o , abrazando estrechamente
M a r g a r i t a de ver la situación de su á su m a d r e , procuraba consolarla d i -
h i j o , determinó , por último reme- ciéndole que no llorase , y que pues
dio , descubrirle el secreto que has- no tenia mas parientes que ella e n es-
ta entonces le h a b l a ocultado. Llamó- te m u n d o , por lo mismo la amaría
le , pues , á parte un día , y le diio: mucho mas en adelante. n " P e r o ¡ qué
" j A qué fin, hijo m i ó , alimen- s e c r e t o , affadió , el que acabais de
t a r t e por mas tiempo de Tanas es- revelarme ! Ahora entiendo por q u é
peranzas , que no habiendo de rea- hace dos meses que Virginia anda
lizarse nunca , te serán despues tanto huyendo de m í , y en el dia está r e -
mas amargas? Ya ha llegado el tiem- suelta á d e s a r m e ! A h ! sin duda me
po de que t ; revele el arcáno de tu desprecia la ingrata ! "
vida y de la mia. Virginia e6 parien- Llegó entretanto la hora de ce-
Ka
N$ PABLO Y VIRGINIA. I 17
n a r , y agitados todos de pasiones di- regocijadas con la claridad de la no-
f e r e n t e s , comieron p o c o , y no habla- che y la apacibilidad del ayre , se
ron palabra durante la cena. Virgi- arrullaban en sus nidos ó nocturnas
nia f u é la primera que se levantó moradas. Todos , hasta los insectos,
de la m e s a , y se encaminó á este mis- susurraban debaxo de la yerva. Las
mo sitio en que estamos, donde se estrellas centelleaban en el cielo y
sentó. Siguióla Pablo prontamente y reverberaban en el hondo del m a r ,
fué á sentarse junto á ella , guar- el qual reflexaba sus imágenes t r e -
dando uno y otro un profundo silen- mulantes.
cio por largo rato. Recorría Virginia c o n ojos dis-
E r a esto en una de aquellas de- traídos todo, el orizonte q u a n d o avis-
liciosas noches, tan comunes entre los tó , á la entrada del P u e r t o , una luz
trópicos , cuya belleza no es dado y una sombra , que eran el fanal y
retratar al pincel mas diestro y amaes- el casco del navio en que había de
trado. La luna parecia que ocúpala embarcarse para Europa , y que dis-
el centro del firmamento, rodeada de puesto á hacerse á la vela se mante-
nubes y celages que sus rayos iban nía al ancla , hasta que cesaran las
disipando por g r a d o s , dexándose caer calmas. A vista de esto se le conmo-
insensiblemente su luz sobre los pi- vieron las entrañas : y volvió la ca-
cos de los montes de la isla, que bri- beza á otro lado , porque no la viera
llaban con un verde plateado. Los llorar Pablo.
vientos retenían su aliento , y sola- Madama de la T o u r . Margarita
mente se oían en los bosques, en el y yo , • nos habíamos sentado á p o -
hondo de los valles, y en las pun- cos pasos de ellos , debaxo de los ba-
tas de los peñascos , las piadas y el dános; y con el silencio de la noche,
dulce murmullar de las avecillas, que oímos tan claramente su conversación,
t i 8 PABLO r VIRGINIA. 119
que desde entonces nunca la he ol- zas es lo que te mueve. N o dudo
vidado. q u e lograrás en F r a n c i a un himenéo
" H e o í d o , Virginia - comenzó Pa- correspondiente á tu nacimiento, y con
blo , que t e vas dentro de tres dias; todas las demás circunstancias que yo
5 no temes exponerte á los riesgos 110 puedo o f r e c e r t e ; pero jadonde
de la m a r . . . . de la mar que tanto irás tú que seas mas feliz ? ¿ á qué
horror te causa ? tierra aportarás que te sea mas ama-
v> E s f o r z o s o . respondió ella , que da que Ja en que has nacido? ¿ dón-
obedezca a mi m a d r e . y cumpla con de encontrarás gentes mas amables
lo que le d e b o . " que las que a q u í te idolatran ? ¿ có-
,v
P e r o ¿ será posible que nos de- mo podrás vivir sin las caricias de tu
x e s . replicó P a b l o . por una parien- m a d r e , á que estás t a n acostumbra-
ta á quien no has visto jamás? da ? ¿ qué será de la pobre vieja,
»Ay de mí I exclamó Virginia: q u a n d o no te vea á su lado . ni en
yo quería quedarme a q u í toda mi vi- la m e s a , ni en casa , ni en el paséo
d a , pero mi madre no lo ha tenido donde iba apoyada siempre á tu b r a -
8 bien. P o r otra parte , me ha di- zo ? ¡ y qué será de la m í a , que te
cho mi confesor , que es voluntad de ama tanto como ella? 5 q u é les di-
Dios el que yo parta , y que la vi- ré yo quando las vea llorar por tu
da no es mas que una continua prue- ausencia ? Ah c r u e l ! no quiero ha-
ba A h ! sin duda que es una blarte de m í : pero ¿qué haré q u a n -
do yo no t e vea á la m a ñ a n a , ni á
prueba muy dolorosa !
la noche en nuestra compañía ? Ay
» Q u é ! repuso P a b l o ; hallas tan-
Virginia 1 permíteme á lo menos p a r -
tas razones para partir , y ninguna
tir contigo en el mismo navio , ya
para q u e d a r t e ? Ah! otra hay que
que buscas una nueva suerte e n un
me reservas : el atractivo de las rique-
K 4
12O PABLO Y VIRGINIA. I 2 *
país extrangero para l í , y otros bie- otro que á t i ? ¡ A y P a b l o , Pablo 1
nes que los q u é te produce mí tra- cree á tu hermana que te habla con
bajo. A lo menos te animaré en las el corazon en las manos, y te ase-
borrascas que temes t a n t o , y te con- gura que si p a r t e , es precisamente
solaré en medio de las desgracias; y por obedecer á su m a d r e , y hacerte
q u a n d o yo te vea en Francia servi- á tí feliz."
d a y adorada de todo el m u n d o , te T o iré contigo , Virginia , iré
haré el último sacrificio de morir á c o n t i g o , y no habrá quien pueda sepa-
t u s plantas." rarme de t í , exclamé entonces P a b l o
Al llegar aquí le embargaron la con gritos muy desaforados." C o r -
voz los sollozos, y de allí á poco oí- rimos todos á él viéndole como f u e -
mos la de Virginia que le decia es- ra de s í , y Madama de la T o u r le
tas p a l a b r a s , interrumpidas con sus- dixo : " j Qué será de nosotras, hijo
piros : m i ó , si tú nos desamparas?"
""Tú eres precisamente la causa Al oír aquello Pablo, r e p i t i ó , co-
de mi partida. . . . tú , á quien he mo h o r r o r i z a d o , estas palabras :"hijo
visto diariamente encorvado báxo del mió I . . hijo mío ! . . y volviéndose
peso del trabajo para sustentar á dos repentinamente á Madama de la T o u r ,
familias enfermas y necesitadas. Si yo le dixo : ""¿Ves madre mía , siendo
he abrazado esta ocasion de ser rica, tan inhumana que separais al hermano
no es sino para pagarte mil veces los de la h e r m a n a ? Los dos hemos mama-
beneficios que hemos recibido de tu do vuestra l e c h e , nos liemos criado en
mano : j hay fortuna comparable á la vuestro r e g a z o , ¿ y queréis ahora se-
de tu amistad ? j A q u e viene hablar- pararla de mí? ¿quereis enviarla á ese
me de tu nacimiento? A h ! ¿si me país bárbaro que os ha negado u n
diesen í elegir un h e r m a n o , elegiría asilo en vuestros infortunios , y en-
l i a PABLO y Vreama. I 5
3
tre unos parientes que con crueldad algún dia para ser tuya. Sedme tes-
inaudita os han abandonado ? No: tigos todos los que habéis dirijído los
Virginia no saldrá de aquí sin raí. primeros pasos de mi infancia , que
¿ Q u i é n me podrá estorvar que yo disponéis de mi vida , y veis mis lá-
la siga ? ¿ Acaso el gobernador ? pero grimas. Así lo j u r o por el cíelo que
no podrá impedirme el que me ar- me oye , por ese mar que voy a
roje al m a r , y la siga á nado. Para atravesar , por el ayre que r e s p i r o ,
mí no será mas funesto el mar que y q u e nunca he manchado con la m e -
la tierra. ¡ Q u é crueldad de madre! nor m e n t i r a . "
el cielo permita que el océano á que A la manera que el sol deshace
la exponéis. . . . y precipita una montaña de nieve de
Y sin acabar de proferir lo que la cumbre del Apenino , así ni mas
habia c o m e n z a d o , le tomó una espe- ni menos se disipó la furia de P a -
cie de arrebato : y o le cogí en mis blo , inmediatamente que oyó la voz
brazos y le vi enteramente enajena- del objeto de su amor. Su cabeza
do de cólera. S u s ojos arrojaban lla- antes e r g u i d a , se inclinó sobre el p e -
mas » y un sudor f r i ó y m u y copioso cho , y un torrente de lágrimas cor-
corria por todo su rostro inflamado; ria de sus ojos. Su madre mezclan-
temblábanle las rodillas, y en su pe- do las suyas con las del h i j o , le a b r a -
cho abultado se l e sentía latir el co- zaba tiernamente sin poder h a b l a r ,
razon con palpitaciones duplicadas. y Madama de la T o u r , sin saber lo
Asustada Virginia con aquel ex- que le p a s a b a , me decia : " Ya no
p e c t á c u l o , le dixo : O amado Pa- puedo sufrir mas. . . el corazon se
b l o ! yo te prometo por tus males me parte de dolor. . . este viage de
y los mios , de no vivir sino para tí, mis pecados nt> se verificará ; vecino,
si me q u e d o ; y si parto , de volver procurad llevares á mi hijo. . . ocho
124 PABLO y ViminiA. 12 5
dias há q u e n a d i e duerme en esta O s suplico , buen amigo , le con-
casa."'"' texté , me continuéis la relación del
Yo entonces le dixe á P a b l o que se caso q u e habéis e m p e z a d o á c o n t a r -
sosegase , pues á la m a ñ a n a siguien- me de u n a m a n e r a tan tierna é inte-
t e iríamos á ver al g o b e r n a d o r , y ha- resante. L a s imágenes de la felici-
r í a m o s que V i r g i n i a se q u e d a r a : que dad nos a g r a d a n , pero las d e la des-
dexase reposar á l a familia , y fuese gracia nos i n s t r u y e n . C o n t a d m e , pues,
á pasar la noche á mi c a b a ñ a , pues el p a r a d e r o del infelíce P a b l o .
e r a n ya mas de las doce. Con lo qual E l p r i m e r objeto , c o n t i n u ó el
se d e x ó l l e v a r sin la m e n o r repug- a n c i a n o , que se presentó á los ojos
n a n c i a , y despues de una noche muy de P a b l o al volver de mi c a s a , f u é
a g i t a d a , se l e v a n t ó al r a y a r el día la n e g r a M a r í a , que estaba sobre u n
y se volvió á su c a b a ñ a . peñasco m i r a n d o al mar alto : al p u n -
P e r o , ¿ que'necesidad h a y de con- t o q u e la descubrió c o m e n z ó á gritar-
t i n u a r por mas t i e m p o ( me dixo al le d e lejos: " " M a r í a , M a r í a ! ¿ d ó n d e
Jlegar a q u í el a n c i a n o ) la relación Je está Virginia?
este caso ? E n la vida h u m a n a solo La pobre M a r í a volvió la c a b e -
h a y u n lado a g r a d a b l e que conocer, za ácia su jóven a m o , y se p u s o á llo-
p u e s el otro se presenta obscuro y rar. Inmediatamente que notó P a b l o
tenebroso como la parte d e la tier- las lágrimas d e M a r í a , volvió a t r á s
ra que no está iluminada por el sol todo d e s a f o r a d o , y se e n c a m i n ó a l
d u r a n t e la noche. Asíque , el curso p u e r t o apresuradamente , donde l e
r á p i d o de nuestra vida no es mas que dixeron q u e Virginia se liabia em-
u n dia , y u n a p a r t e d e este dia está barcado antes del a l b a , y no se divi-
e n v u e l t a p a r a nosotros en obscurida- saba ya la n a v e J e s d e la b a h í a . C o n
des. tan inesperada noticia se volvió á la
IAÍ PABLO Y VIRGINIA. I 27
posesion - y la atravesó toda sin ha- lus collados dominados de varios pi-
blar á nadie. cachos, entre otros PÍTERBOTII y los
Aunque esta cordillera de ris- TRES-PECHOS con todos sos bosques
cos parece , de la parte de a l l á , que y valles, y enfrente el vasto océa-
está casi perpendicular , esas explana- no y la isla de BORDOS , distante
das verdes que dividen su altura , son como quarenta leguas al ocaso.
como otros tantos pisos ó gradas por Allí f u é á donde Pablo dirijió
donde se sube . á favor de algunas los primeros pasos , desde cuya emi-
sendas f r a g o s a s , hasta el pie de aquel nencia divisó en alta mar la nao con-
cono inclinado é inacesible llamado ductora de V i r g i n i a , como un p u n -
el PÓLICE. E n la basa de este co- to negro en medio del océano. Así
n o ó pirámide , hay un llano cu- se estuvo la mayor parte del dia sin
b i e r t o de espesos árboles , y tan ele- dexar de mirarla , figurándosele q u e
v a d o , que parece como un gran bos- la veía , aun quando había desapare-
que suspendido en los a y r e s , y está cido , hasta que habiéndose ocultado
rodeado por todas partes de precipi- del todo entre los vapores del orizon-
cios espantosos. L a s nubes que la te , tomó el partido de sentarse e n
cima del PÓLICE a t r a e continuamen- aquel sitio agreste y s o l i t a r i o , c o m b a -
te al rededor de s í , forman allí tido siempre de los v i e n t o s , que agi-
mnchos arroyos que se despeñan i tan sin cesar las cimas de las palmeras
tal profundidad en el hondo del va- y t a c a m a c o s , cuyo susurro s o r d o , p e -
lle , situado á espaldas de esta mon- ro armonioso , se semeja al ruido de
taña , que no se percibe desde la los órganos tocados á lo lejos, é ins-
eminencia el ruido que hacen al caer pira una profunda melancolía. Allí
sus aguas. Desde este llano se des- f u é donde yo le hallé con la cabe--
cubre una gran p a r t e de la isla co« za reclinada en un peñasco y lo;
128 PABLO
ojos clavados en la tierra , después A lo m e n o s , le contestó P a b l a ,
de haber andado buscándole desde la estaria yo ahora mas t r a n q u i l o , si
salida del sol. Al principio ine costd me hubiese despedido de ella. Y o
mucho trabajo el persuadirle que le hubiera dicho : "Virginia , si en el
tornára á. su cabana ; pero al fin pu- tiempo que hemos vivido j u n t o s , se
-de conseguirlo á fuerza de instancias. me h a escapado alguna palabra q u e
Llegamos á la posesion de su madre, h a y a podido ofenderte , dime que me
y lo primero que hizo , al ver á Ma- la perdonas antes de dexarme pa-
dama de la T o u r , fué quejarse muy ra siempre. Le hubiera dicho : Ya
amargamente de que ella le habia en- que estoy condenado i no volver í
gañado. v e r t e , á D i o s , amada V i r g i n i a ! í
Madama de la T o u r muy con- D i o s ! vive contenta y feliz lejos J a
tristada , nos refirió entonces que ha- mil'1
bie'ndose levantado un viento favora- Y como en esto viese que su m a -
ble entre dos á tres de la mañana, dre y M a d a m a de la T o u r lloraban
el gobernador de la isla, acompaña- hilo á hilo : " Buscad ahora , le d i -
do de varios oficiales y del confe- xo , otro que yo que enjugue vues-
sor de quien se habló a n t e s , habia tras l á g r i m a s ! " Y al misma tiempT,
ido á buscar á Virginia en litera; y prorrumpiendo en tristes lamentos,
que á pesar de sus lágrimas y ra- se ausentó de su vista , y comenzó á
zones y de las de M a r g a r i t a , se ha- vagar de una parte á otra por la p o -
bían llevado á su hija mas muerta sesion , recorriendo todos los parages
que v i v a , pretextando el goberna- que hablan sido mas queridos de Vir-
dor y los de su comitiva que aque- ginia , y diciendo á los corderos y
llo lo hacían por el bien de toda la eabritillos que le seguían b a l a n d o :
familia. " Q u é quereis de mí? y a no veréis
L
IJO PABLO Y VIRGINIA. 131
mas conmigo á la que os daba de «odas partes sin perderle nunca de vis-
comer en sus palmas ! t a . Su madre y M a d a m a de la T o u r
Se encaminó despues al sitio lla- se valian de las expresiones mas tier-
mado el RECREO DE VLRGINIA , y nas y a f e c t u o s a s , para que su dolor
viendo á las pajaritos que revolotea- no degenerase en desesperación ; y
ban al rededor de é l , les decia: " P o - al fin logró esta última tranquilizar-
bres a v e c i t a s ! y a no volvereis á po- le un poco , dándole los nombres mas
neros á las plantas de la que os echa- propios para animar sus esperanzas,
b a migas de pan y granos de trigo, llamándole á boca llena su hijo , su
p a r a que no os faltase de comer." amado hijo , su y e r n o , para quien
Y viendo á LEAL que iba delante de tenia destinada su hija.
él meneando la cola y olfateando Por aquel medio logró Madama
p o r todas partes , dió un suspiro y de la T o u r hacerle entrar en c a s a , y
dixo : " A h ! no te canses , pobre ani- q u e tomase algún alimento. E n efec-
malito , que y a no volverás á encon- to , se sentó coa nosotros á la mesa,
trarla j a m á s . " inmediato al sitio que ocupaba antes
P o r último , f u é á sentarse en la la compañera de su niSéz ; y corno
p e ñ a donde le habia hablado la no- si todavía lo ocupára Virginia , le
che precedente ; y á vista del mar, dirijia la palabra y le presentaba los
en que acababa de ver desaparecer el manjares que sabía le eran mas g r a -
navio conductor de la prenda de sus tos ; pero inmediatamente que reco-
e s t r a ñ a s , lloró amargamente su des- nocía su ilusión , echaba á llorar muy
gracia. desconsolado.
E n este estado , temiendo noso- E n los dias siguientes anduvo j u n -
tros alguna funesta resulta de la agi- tando todo lo que habia servido al
tación de su alma , le seguíamos i uso particular ¡le V i r g i n i a , como 1 o s
L 2.
r Pinomi*. i,^
últimos ramilletes de flores qne se pa- al a f e c t o d e dos amantes a u s e n t e s , 6
so , u n a t a z a de coco en que solía imposibilitados de comunicarse m ù -
b e b e r , y o t r o s dijes á este t e n o r ; y t u a m e n t e sus i d e a s , p o r a l g u n a difi-
como si aquellas reliquias de su ami- cultad insuperable.
ga , fuesen las a l h a j a s de mas precio E l estúdio de l a g e o g r a f í a n o
de la tierra , las besaba y las metia a g r a d ó m u c h o á P a b l o , p o r q u e en
en el seno. F i n a l m e n t e , conociendo l u g a r d e describir la n a t u r a l e a a d e
q u e su p i n a a u m e n t a b a la de su ma- c a d a país , solo trata d e e x p l i c a r n o s
dre y d e M a d a m a de la T o u r , y que sus p a r t e s y d i v i s i o n e s , según su res-
las necesidades d e la familia pediao p e c t i v o estado político. L a historia,
ua t r a b a j o c o n t i n u a d o , se puso á en especial la m o d e r n a , t a m p o c o le
a y u d a r á D o m i n g o en los reparos y p a r e c i ó m a s útil , no h a l l a n d o en
c u l t i v o del j a r d i n . ella mas q u e desgracias g e n e r a l e s y
A poco t i e m p o , este jóven in- p e r i ó d i c a s , c u y a s causas n o l l e g a b a
d i f e r e n t e h a s t a entonces , como crio- á p e n e t r a r . Y a s í , como n o e n c o n -
llo , á todo lo q u e pasa en el mun- t r a b a en su lectura mas q u e g u e r r a s
ido , me suplicó le enseñase i leer y sin motivo ni objeto , intrigas s e -
e s c r i b i r , p a r a poder corresponderse c r e t a s , y naciones sin c a r á c t e r , p r e -
p o r escrito con V i r g i n i a ; y después feria á los libros h i s t ó r i c o s , los d e n o -
q u i s o instruirse en la g e o g r a f í a , pa- velas y aventuras : porque tratando
ra f o r m a r una idea del pais adonde con p a r t i c u l a r i d a d d e los s e n t i m i e n -
i b a á d e s e m b a r c a r : y en la historia, t o s é intereses d e los h o m b r e s , le o f r e -
p a r a conocer las costumbres de la so- cían a l g u n a s veces lances y situacio-
ciedad en q u e h a b i a de vivir. Sin n e s parecidas á la s u y a . P o r este m o -
d u d a que el origen del maravilloso ar- t i v o n i n g ú n libro le a g r a d a b a t a n t o
l e d e leer y escribir , se ha debido como el T e l e m a c o , p o r sus descrip-
k 3
134 PABLO
d o u e í y pinturas de la vida campes- sabia que Virginia había llegado feliz-
tre , y de las pasiones hijas del cora- mente á Francia. U l t i m a m e n t e , por
zon humano. M u c h a s veces leía á su una embarcación que pasaba á las In-
madre y á M a d a m a de la Tour , los dias, recibió una carta escrita de pro-
pasages del Telémaco que le hacían pio p u ñ o de Virginia , por la qual
mas impresiones; y entonces , agitado conoció desde luego que vivía i n f e -
de dulces memorias , se le turbaba la liz , sin embargo de la circunspección
voz y lloraba amargamente. Se le fi- y disimulo con que su amable é i n -
guraba . que hallaba reunidas en Vir- dulgente hija se explicaba en ella.
ginia la dignidad y virtud de Antio- T e n g o t a n presentes casi todas las
p e , con las desgracias y la ternura p a l a b r a s de esta carta , por lo bien
de E u c h a r i s . q u e pintaba en ella su situación y
P e r o por otra parte , quedó en- c a r á c t e r , que voy á referírosla al pie
teramente escandalizado , leyendo las de la letra.
novelas del dia , llenas de máximas
perjudiciales y l i b e r t i n a s ; y quando ,, Mi mas querida y estimada mamá".
supo que las tales novelas contenian
una pintura fiel de los usos y cos- " D e s p u é s de mi llegada os es-
tumbres de las naciones de Europa, cribí varias cartas de mi p u ñ o , y co-
temió , no sin alguna apariencia de m o á ninguna me habéis contextado,
razón , que el corazon de Virginia me t e m o no h a y a n llegado i vuestras
se corrompiera y olvidara su cariíío. manos. Con la presente tengo mejo-
E n efecto . se pasó mas de año res esperanzas , en v i r t u d de las p r e -
y medio sin que M a d a m a de la Tour cauciones que he tomaiío para daros
tuviese noticias de su tia ni de su hi- noticia de mi persona , y recibirla
ja , y solo por un medio extraño se igualmente de la vuesü a .
L 4
136 PIULO Y VlRGlSíá. IS7
T 1 Q u i n t a s lágrimas h e d e r r a m a - tísimos a l c a n c e s , como ellos suelen de-
d o , amada m a d r e mia , despues de cir ; sin e m b a r g o de esto , mi tia no
vuestra separación , j o que a p e n a s lo lleva á m a l , antes bien me asist»
h a b i a llorado sino p o r los males de con todo l o n e c e s a r i o , enviándome
otros ! M i lia se q u e d ó m u y admi- trages d i f e r e n t e s para cada estación,
r a d a á mi llegada , q u a n d o p r e g u n - y m a n t e n i e n d o dos doncellas d e s t i n a -
t á n d o m e las habilidades que tenia , le d a s á servirme , que están t a n bien
r e s p o n d í que n o sabía leer ni escri- vestidas como las señoras d e mas a l t o
bir : y replicándome ella , q u é era lo copete. M e ha hecho t o m a r el t í t u -
q u e h a b i a a p r e h e n d i d o desde que ha- lo d e Condesa , y dexar el apellido d e
bia v e n i d o i este m u n d o ? le con- LA TOCR , p a r a mí d e t a n t o a p r e -
t e s t é que solo sabía g o b e r n a r una cio como p a r a v o s , p o r la relación
casa , y hacer vuestra voluntad : á lo q u e me h a b é i s heclio d e los d i s g u s -
q u e me d i s o , q u e me habian d a d o tos q u e mi d i f u n t o p a d r e s u f r i ó por
tina educación d e c r i a d a . casarse con vos ; y en l u g a r de a q u e l
y Al dia siguiente d e mi llegada a p e l l i d o , me h a m a n d a d o u s a r d e l
me puso en un g r a n colegio cerca de vuestra familia , que también a p r e -
d e P a r í s , donde t e n g o maestros de c i o m u c h o , p o r ser el q u e vos u s a -
t o d a s clases , que me enseflan , e n t r e bais q u a n d o soltera. V i é n d o m e e n
o t r a s cosas , la historia , la g e o g r a - u n a situación tan brillante , le h e su-
lia , la g r a m á t i c a , las matemáticas y plicado v a r i a s veces q u e os envie a l -
á m o n t a r á c a b a l l o ; p e r o tengo tan g ú n socorro ; mas ¿ cómo h a r é y o
p o c a disposición p a r a t o d a s estas cien- para significaros su respuesta ? P e r o
c i a s , q u e no me p r o m e t o h a c e r pro- v o s me h a b é i s e n c a r g a d o que os d i -
gresos con estos c a b a l l e r o s . Conozco ga siempre la verdad : m e r e s p o n d i ó ,
q u e s o y una p o b r e m u g e r d e cor- q u e un socorro m o d e r a d o , p a r a n a -
138 PABLO Y VIRGINIA. 139

da os alcanzaría , y que uno grande visita que la suya y la de un caba-


n o haría mas que serviros de estorvo llero anciano amigo de la tia - el q u a l ,
• n el estado sencillo de vida que ha- según ella se explica , me profesa
béis elegido."" mucha afición ; pero , á decir la v e r -
IV
Bien procuré al principio daros dad , y o no le profeso i él ninguna,
noticia de mi persona - valiéndome aun q u a n d o yo fuese capaz de te-
d e agena mano para escribiros : pero nerla á alguno.
como n o tenia aquí sugeto de quien " A u n q u e vivo en medio de la
poder fiarme , me he aplicado noche opulencia , no puedo disponer de u n
y día á aprehender á leer y escribir; maravedí. Dicen que el tener yo á
y Dios ha querido hacerme la gra- mi disposición oro y pinta , me p o -
cia de conseguirlo en cortísimo tiem- dría acarrear graves consecuencias ; y
p o . M i s primeras cartas se las con- así en el centro de las r i q u e z a s , es-
fié á las criadas que me asisten - para toy mucho mas pobre , que quando
q u e os las dirijicran , y tengo sobra- vivía en vuestra c o m p a ñ í a , p o r q u e
dos fundamentos para sospechar que nada tengo para poder d a r á otros.
»e las han remitido ¡í mi tia. Esta Mis mismos vestidos son mas de mis
v e z me he valido de una colegiala, doncellas , que m i o s , pues se los dis-
amiga mía , y os suplico me respon- putan antes q u e yo los dexe. L u e -
dáis , dirijiendo á ella la carta , báxo go que vi que las grandes habilida-
del adjunto sobrescrito ; pues mi tia des que me enseñaban , no me p r o -
ine ha prohibido toda corresponden- porcionaban Ja satisfacción de hacer
cia fuera de casa , con el pretexto el menor bien , me apliqué á la a g u -
d e que esto p e i j u d i c a r í a . según ella ja , cuyo uso ine habéis enseñado por
dice , á los altos pensamientos que dicha mia.
tiene acerca de mí. N o tengo mas «Ahí os envió varios pares de
14.0 PAULO
medias hechas por mi mano . para los banános, y á las hayas entrete-
vos y para mamá Margarita , un j e r sus rama» con las de los cocote'ros.
gorro p a r a Domingo , y uno de mis Así os parecerá que estáis en la N o r -
pañuelos encarnados para Maria ; y mandía , que tanto amais.
en el mismo paquete , van algunas 11 M e encargasteis al partir os es-
semillas y pepitas de las frutas de cribiera mis satisfacciones y mis p e -
mis c o l a c i o n e s , con la simiente de sares. P a r a mí no puede haber satis-
toda suerte de á r b o l e s , que en mis ra- facción ni c o n t e n t o , ausente de vos;
tos de recreación he podido reco- y por lo que toca á mis p e n a s , pro-
ger en el jardin y bosque de este curo dulcificarlas acordándome q u e
colegio : y al mismo tiempo , la gra- estoy donde vos me habéis puesto por
na de violetas , m a r g a r i t a s , azucenas, disposición de la providencia. Pero lo
coquilicós y escabiosas , que he co- que aquí mas me atormenta es q u e
gido en los campos. En los prados de no oygo hablar de v o s , ni puedo h a -
esta tierra h a y flores mas bellas que blar con nadie de cosa vuestra : por-
en los nuestros , pero a q u í no se ha- que quando procuro sacar la conver-
ce ningún aprecio de ellas. sación , sobre unos objetos que me
son tan preciosos, me dicen mis don-
» E s t o y segura de que así v o s , co-
cellas , ó por mejor d e c i r , las de mi
mo mamá Margarita , recibiréis mas
tia , pues son mas suyas que m i a s :
gusto con ese saquito de simientes,
"'Señorita , acordaos de que sois f r a n -
que con aquel grande de pesos , que
cesa , y que debeis olvidar el país
ha sido la causa de nuestra separación
de los sal vagos.» Ah I antes me ol-
y de mis lágrimas. Será para mí de
vidaré de mí m i s m a , que olvidar la
la m a y o r satisfacción , el que tengáis
tierra en que n a c í , y donde vos v i -
mañana ú otro dia la complacencia de
vís! Este sí que es verdaderamen-
v e r á los manzanos , crecer al lado de
142 PABLO Y VlRGIKU. 143
te para mí país d e s a l v a g e s , porque P a b l o , y le recomendaba p a r t i c u l a r -
vivo tan s o l a , q u e ni a u n t e n g o una mente las semillas d e l a escabiosa y
persona á quien p o d e r manifestar el de la violeta , e x p l i c á n d o l e sus pro-
amor que i n v a r i a b l e m e n t e o s conser- piedades , y donde d e b í a n sembrarse.
v a r a h a s t a l a s e p u l t u r a , mi mas q u e - Acerca de l o qual hacía unas com-
r i d a y adorada m a m á , paraciones muy a n á l o g a s á la situa-
ción de entrambos , con respeto á
V u e s t r a mas sumisa y amante hija los c a r a c t e r e s y propiedades de estas
dos p l a n t a s . Q u e r í a que sembrase la
VIRGINIA DE L A TOUR. violeta e n l o s bordes de la f u e n t ; , al
pie d e su c o c o t e r o , porque requie-
P. D. " Recomiendo á la b o n d a d de re h u m e d a d ; y la e s c a b i o s a , que c r e -
vuestro corazon á María y Domin- ce s i e m p r e e n p a r a g e s ásperos y com-
g o , que se h a n e s m e r a d o tanto en batidos de los vientos , en la peña
cuidar de mi n i n é z ; y h a c e d por mí donde se habían hablado la última
quatro caricias á LEAL , q u e me en- vez, mandándole , que en memoria
c o n t r ó en e l bosque. 7 * s u y a le pusiese el nombre de PLSASCO
BE LA DESPEDIDA.
Quedó Pablo muy admirado de
ver que V i r g i n i a , acordándose has- La carta d e esta sensible y vir-
t a del p e r r o , no hiciese mención de tuosa j ó v e n , hizo derramar muchas
él e n toda la c a r t a ; p e r o sin duda lágrimas á toda l a f a m i l i a . S u m a d r e
n o sabía q u e por l a r g a que sea la les respondió en nombre de t o d o s , q u e
carta de una m u g e r , j a m á s p o n e la permaneciera en F r a n c i a , ó volviera
cosa q u e mas t i e n e en la ¡dea sino á esta i s l a , á su arbitrio , asegurán-
al fin. En e f e c t o , d e s p u e s de l a pri- dole que todos habian perdido la
mera p o s t - d a t a , h a b l a b a á parte d; mejor parte de su f e l i c i d a d con su
144 Paul» y VIRBWIA. 14.5
partida , y que ella particularmente sa desvirtuasen en la travesía de B u -
estaba inconsolable. ropa á a q u í , ó mas bien que el cli-
P a b l o le escribió una carta muy ma de esta parte del Africa no fuese
l a r g a , en que le prometía hacer to- favorable á su vegetación , salieron
do lo q u e le prevenía ; y al mismo muy pocas , y aun éstas no llegaron
tiempo le enviaba cocos do su fuente, Ií punto de madurez.
bien sazonados y maduros. L e ofre- E n este mismo t i e m p o , la envi-
cía hermosear el j a r d í n , y entreve- dia , ( l a qual hasta se anticipa á las
rar las plantas de la E u r o p a con las dichas de los hombres , sobre todo en
del Africa , , v agregándoles, decía él, las colonias francesas ) difundió en la
alguna otra semilla de esta isla , pa- isla ciertos rumores q u e daban mucha
ra que el deséo de v o l v e r á ver sus inquietud á Pablo. E a tripulación
f r u t o s , te estimule á dar prontamen- del buque que traxo l a carta de V i r -
te la v u e l t a . " Finalmente , concluía ginia , aseguraba que quedaba para
la carta suplicándole condescendiese casarse , y aun nombraban el sefior
quanto antes con los ardientes deseos de la corte que había de ser su es-
de su f a m i l i a , y los suyos en par- poso , propasándose algunos á decir,
ticular , pues él no podría tener en que la cosa era y a h e c h a , y que ellos
adelante ningún gusto ausente de su mismos habían asistido al desposorio.
vista. P a b l o despreció al principio las
Sembró P a b l o con el mayor es- noticias traídas por una embarcación
mero las simientes e u r o p e a s , y par- de c o m e r c i o , que regularmente las es-
ticularmente las de la escabiosa y parce falsas en todos los lugares de su
violeta , cuyas flores parecian tener tránsito ; pero como muchoi colonos
alguna analogía con el carácter y si- de la isla se apresurasen á lamentarse
tuación de Virginia ; pero fuese qut d e semejante c a s o , por una compa-
146 PABLO
Y VlRBISli. 147 1
sion m a l e n t e n d i d a , comenzó á dar da de la MONTAÑA-LARGA , donde
a l g ú n crédito i la especio. P o r otro paso mi v i d a , solo , sin m u g e r , sin
J a d o , como e n a l g u n a s d e l a s nove- hijos y sin e s c l a v o s .
las que h a b i a leído , veía la tray- Despues de l a rara felididad de
cion tratada de juguete y pasatiem- encontrar una compaiiera q u e sea bien
po; y sabiendo q u e en semejantes l i - a c o m o d a d a al genio p r o p i o , el estado
bros se p i n t a n fielmente las costum- menos d e s g r a c i a d o d e la v i d a , es en
bres europe'as , t e m i ó q u e l a bija de mi o p i n i o n , e l de v i v i r solo. Todo
Madama de la T o u r , pervertida en hombre que ha tenido muchos mo-
F r a n c i a c o n el e x e m p l o , o l v i d a s e sus t i v o s p a r a quejarse de las i n j u s t i c i a s d e
promesas a n t i g u a s . L a s ideas que ha- los otros h o m b r e s , busca la soledad:
bía adquirido, le h a d a n y a infeliz. y es cosa m u y digna de n o t a r s e , que
Pero lo que acrecentó en extre- l a s n a c i o n e s desgraciadas por sus o p i -
m o sus t e m o r e s , fué que d e quantas niones , p o r sus costumbres ó por sus
embarcaciones llegaron á este Puer- l e y e s , han producido clases n u m e r o -
to en el discurso d e seis m e s e s , nin- sas d e c i u d a d a n o s absolutamente c o n -
g u n a traxese noticia de V i r g i n i a . En sagrados á la soledad y a l c e l i b a t o ,
t a n d o l o r o s a situación , e l infeliz Pa- c o m o e n otro t i e m p o los E g i p c i o s e n
blo , entregado i las a g i t a c i o n e s de su d e c a d e n c i a , los G r i e g o s del b á x o
su c o r a z o n , i b a í verme í menudo Imperio , y e n nuestros d i a s l o s I n -
para c o n f i r m a r 6 d e s e c h a r sus rece- dios 4 l o s C h i n o s , los G r i e g o s mo-
Jos , por la e x p e r i e n c i a q u e t e n g o del dernos , y la m a y o r parte d e los p u e -
mundo. blos orientales. La soledad restituye
Y o v i v o , c o m o os h e d i c h o , le- a l hombre á l a felicidad n a t u r a l , ale-
g u a y media de a q u í , á las orillas jándole de l o s males d ; la sociedad.
<ie un r i a c h u e l o , que corre ¡í la fai- E n m e d i o d e tantos errores y preo-
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T48 PABLO Y VlRr.IVLA. 149
c u r a c i o n e s , como dividen í los mor- p í o , los B r a c m a n e s de la India. E n
tales , el a l m a está en perpetua a g i - suma , y o la considero tan necesaria
tación , v o l v i e n d o y r e v o l v i e n d o c o n - para la f e l i c i d a d , aun en m e d i o del
tinuamente dentro de sí misma m i l mundo , q u e me p a r e c e imposible lo-
opiniones turbulentas y contradicto- g r a r en él ningún p l a c e r d u r a b l e , de
rias , con que procuran sojuzgarse qualquiera clase que sea , ni que el
unos á otros los miembros de una so- hombre a r r é g l e su c o n d u c t a , c o n f o r -
ciedad ambiciosa y miserable. P e r o e n m e á a l g ú n principio e s t a b l e , si n o se
la soledad se desnuda de estas ilusio- f o r m a dentro de si mismo un r e t i r o ,
nes e x t r a ñ a s q u e la perturban, y v u e l - del qual n o salga sino m u y rara v e z
v e á a d q u i r i r e l sentimiento íntimo su opinion , y donde la de otro tenga
de sí misma , de la naturaleza y de m u y poca e n t r a d a .
su a u t o r : bien así como el a g u a c e - N o quiero d e c i r con esto q u e e l
nagosa de un torrente q u e inunda los hombre h a y a de v i v i r absolutamente
campos , derramándose en a l g u n a ho- áislado y solo : está u n i d o con t o d o
y a a p a r t a d a de s u c u r s o , depone allí e l g é n e r o humano p o r sus n e c e s i d a -
e n e l fondo sus i m p u r e z a s , recupera d e s , y por c o n s i g u i e n t e debe sus t r a -
su primera claridad , y volviéndose b a j o s á los h o m b r e s : y se debe t a m -
transparente , reílexa sus propias már- bién él mismo á l o restante de la na-
g e n e s , el verdor de los campos y la t u r a l e z a . Q u i e r o dar á entender úni-
Juz de los cielos. c a m e n t e , q u e habiéndonos dado D i o s
A d e m a s la soledad restablece la á c a d a uno , órganos p e r f e c t a m e n t e
harmonía del c u e r p o , igualmente q u e proporcionados á los elementos del
la del alma. E n t r e los solitarios de g l o b o q u e h a b i t a m o s , pies para la
todos tiempos se encuentran hombres t i e r r a , pulmones p a r a e l a y r e y ojos
de edad m u y a b a n z a d a , p o r exem- para la l u z , ( sin q u e podamos noso-
Igo PABLO y VIRGINIA. 1 J 1

Iros invertir el uso de estos sentidos) miserablemente á sus h a b i t a n t e s ; y


se ha reservado para sí s o l o , como por el cotejo que hago de su suerte
autor de la vida , el corazon , que con la mia , me proporcionan el d e -
es el principal órgano de ella. leyte de g o z a r de una felicidad n c -
Pa'so, pues mis dias lejos de los I gativa. C o m o un hombre que se ha
h o m b r e s , á los quales he querido ser- salvado en un peñasco de los p e l i g r o s
v i r , y me han perseguido. Despues de un naufragio , contemplo d e s d e
de haber corrido una gran parte de mi soledad las borrascas que b r a m a n
la Europa , y algunas Provincias del en l o restante de la t i e r r a ; y aun se
Africa y América . me he fixado en aumenta mi serenidad en razón d e
esta isla poco h a b i t a d a , seducido de la distancia de sus bramidos. Desde
la benignidad del clima y de sus so- que n o trato á los h o m b r e s , ni sus
ledades. U n a cabana que y o mismo intereses se cruzan con los m i o s , los
lie levantado al pie de un á r b o l , un compadezco , en lugar de aborrecer-
huertecito desmontado y cultivado los ; y si encuentro algún desgracia-
por mis m a n o s , y un rio que pasa do , procuro ayudarle con mis conse-
por delante de mi puerta , es todo jos , bien como aquel que pasando
l o que me basta para mis placeres y por l a s orillas de un rio , y viendo
mis necesidades. ahogarse en él á otro infeliz , le tien-
de la mano para que se salve.
Agrégase á estas satisfacciones la
de tener algunos buenos libros que P e r o y o no he encontrado sino
me enseñan á ser cada dia m e j o r , ha- á la inocencia atenta á mi v o z . B n
ciendo por otra parré contribuir i v a l d e llama la naturaleza á todos los
mi felicidad el mundo mismo que he hombres á la inocencia : cada u n o
d o r a d o , con las pinturas que me pre- se forma una imagen de ella , y la
sentan de las pasiones que tiranizan reviste con sus propias pasiones : per-
IJA PABLO
Y VlKlflA. T J3
sigue toda la vida i esta fantasma periencia para servirme de lección en
de su imaginación que le extravia, y el estado en que me hallo. Repaso
se complace despues en el cielo de en la tranquilidad presente las agi-
las ilusiones que él mismo se ha for- taciones pasadas de mi propia vida,
jado. Entre un mímero considerable á que he dado tanta estima , las pro-
de desgraciados i quienes algunas tecciones , la fortuna, la reputación,
veces lie intentado reducir al cami- los placeres y las opiniones que se
no de la naturaleza , ni uno solo he hacen la guerra por toda la tierra.
encontrado que no estuviera embria- Comparo tantos hombres como he
gado con sus propias miserias. Me visto disputarse con furor estas qui-
escuchaban al principio con atención, meras , y que ya no e x i s t e n , * á las
esperando sin duda que mis leccio- olas de mi rio que se estrellan es-
nes les ayudarían á adquirir gloria 6 pumando contra las peñas de su ca-
riquezas ; pero viendo que mi único nal , y desaparecen para no volver
fin era enseñarles á saber pasar sin es- jamás. P o r lo que á mí toca , me de-
tas dos cosas, me tenian á mí mismo xo llevar mansamente de la corriente
por un miserable , porque no corría del rio del tiempo, ácia el océano de
en pos de sus dichas cuitadas : vitu- la eternidad que no conoce p l a y a s ; y
peraban mi vida solitaria : pretendían con el cxpectácnlo de las harmonías
persuadirme que solo ellos eran úti- actuales de la naturaleza , me elevo
les á los hombres , y se afanaban por á su autor , y espero mas venturosa
arrastrarme al torbellino de sus pro- suerte en la vida perdurable que nos
yectos vanos. aguarda.
P e r o , aunque me comunico á to- Aunque desde mi cabafia , situa-
d o el mundo , no me entrego á na- da en el centro de tin bosque, no se
die , poique me basta la propia ex- descubre tanta multitud de .objetos
iS4 PABLO X VIRGINIA. 15S
como nos proporciona ver la eleva- joso el olor aromático que exálan.que
ción del sitio donde nos hallamos, hay el hombre que atraviesa la floresta,
sin embargo situaciones deliciosas, despide de sí un perfume agradable,
particularmente para el hombre , que algunas horas despues de haber sali-
como y o , prefiere reconcentrarse en do de ella. En la estación en que se
sí mismo , i disiparse acia fuera. E l visten de flor, dirías que estaban me-
rio que corre por delante de mi puer- dio cubiertos de nieve. A l fin del es-
ta pasa en linea recta por medio del tío , varias especies de pájaros extran-
b a s q u e , y presenta á la vista nn lar- geros vienen, por un instinto incom-
go canal sombreado de árboles de ro- prehensible , de regiones desconocidas
da suerte de hojas. A l l í hay tacama- de la otra parte de los vastos mares,
c a s , olivos , ébanos, manzanos silves- á recoger las simientes de Jos vege-
tres y árboles de la c a n e l a ; sotos da tales de esta isla , y oponen el brillo
palmeras elevan acá y allá sus tron- de sus c o l o r e s , al verdor de los ár-
cos pelados , y de mas de cien pies boles, que comienza á pardear con la
de elevación , que rematan en un ra- fuerza del sol. D e este género son,
millete de p a l m a s , y figuran , por en- entre otros , varias especies de pa-
cima de los otros árboles, como una pagayos y las palomas azules, lla-
floresta plantada sobre otra floresta. madas aquí palomas olandesas. Los
A esto se juntan las lianas ó enreda- monos habitadores domiciliados de es-
deras de diferentes géneros de follage, tas florestas, triscan y juguetéan en
que enlazándose de un árbol en otro, sus sombrias ramas, de las quales solo
forman aquí galerías de llores , y mas se distinguen por su piel verde-gris
allá largos cortinages de verdor. E s y su cara enteramente negra : unos
tal la fragrancia que sale de la mayor se suspenden de ellas por la cola, y
parte de estos á r b o l e s , y tan pega- se columpian en el ayre 5 otros brin-
IJÍ PASLO y VIRGINIA. >57

can de rama en rama con sus hiji- las campanas de una Catedral. E l a y -
ros en los brazos. re continuamente renovado con el m o -
E a escopeta matadora nunca ha vimiento de las aguas , conserva e n
amedrentado con su estruendo á estos las orillas de este rio , á pesar de los
apacibles hijos de la n a t u r a l e z a ; ni se ardores del estío , una frondosidad
oyen mas que chillidos de alegría, y frescura que rara vez se encuentra
trinos y g o r j e o s desconocidos de al- en esta i s l a , aun en la cumbre de las
g u n o s pájaros de las tierras australes, montañas.
que repiten á lo lejos los ecos de es- A cierta distancia de a l l í , hay
tos bosques. E l rio que corre borbo- una roca bastante distante de la cas-
tando sobre una madre de r o c a , por cada para que el ruido de sus aguas
medio de los árboles , reflexa acá y no aturda los o í d o s , y bastante in-
allá en las cristalinas a g u a s , sus ve- mediata para deleytarse con su vista,
nerables masas de verdor y sombra, con su frescura y su murmullo. A la
igualmente que los retozos y jugue- sombra de este peñasco solíamos ir
tes de sus dichosos moradores ; y pre- á comer alguna vez , en tiempo d e
cipitándose á mil pasos,de a l l í , por los calores e x c e s i v o s , Madama de la
las diferentes alturas de un peñasco, T o u r , M a r g a r i t a , Virginia , P a b l o
forma una cascada 6 tabla de agua y y o ; y como Virginia dirijia siem-
tersa como el cristal que se divide al pre sus acciones, aun las m a s comu-
caer en quajarones de espuma. M i l nes , al bien de o t r o , jamás coniia
ruidos confusos salen de estas aguas una fruta en el campo , que no sem-
tumultuosas , que dispersados por los brara en la tierra su hueso 6 su p e p i -
vientos en la floresta , ora se alejan, ta , diciendo : " D e aquí nacerán árbo-
ora se acercan todos á un tiempo y les que darán sus frutas i algún cami-
aturden los o í d o s , como el sonido de nante , ó á lo menos á un pajarito.' 1
,S8 PABLO y VtROlKlA. 159
Un dia , pues, que comió una insensible ; p e r o l o s que v e m o s de re-
papaya al pie d e a q u e l l a r o c a , en- pente despues d e a l g u n o s a ñ o s de a u -
terró, según costumbre , sus pepi- sencia , nos a d v i e r t e n á p r i m e r a vista
tas , de las quales salieron de allí la v e l o c i d a d c o n q u e c o r r e e l rio de
á poco muchos p a p a y o s , entre ellos nuestros dias. L a vista d e l p a p a y o c a r -
una hembra , q u e son l a s q u e l l e v a n g a d o d e fruta , c a u s ó en P a b l o a q u e -
fruto. L a altura de este á r b o l no ex- lla s o r p r e h e s a , q u e p o r l o c o m ú n e x -
c e d í a de la rodilla de V i r g i n i a , quan- perimenta un v i a g e r o , quando vol-
do se v e r i f i c ó su partida ; mas como viendo á su p a t r i a despues de mu-
crece mucho en c o r t o t i e m p o , tenia chos a ñ o s , n o e n c u e n t r a v i v o s - á sus
y a veinte pies de a l t o a l c a b o d e dos contemporáneos , y ve á l o s hijos d e
años , y su t r o n c o estaba c o r o n a d o en estos, que él habia dexado maman-
la p a r t e s u p e r i o r con v a r i o s órdenes do , h e c h o s padres. Sfa l e d a b a n im-
de papayas , perfectamente sazona- pulsos de cortarle por el p i e , por-
das. A c e r c ó s e P a b l o un dia por ca- que su vista le hacía d e m a s i a d o sen-
sualidad á aquel sitio , y se llenó de sible el l a r g o tiempo que h a b i a pa-
g o z o a l v e r un á r b o l tan c r e c i d o , pro- s a d o desde la partida d e V i r g i n i a ; y
ducido p o r una pepita que él habia y a c o n s i d e r á n d o l e c o m o un m o n u m e n -
visto sembrar á Virginia ; y a l mis- t o d e su beneficencia , b e s a b a su tron-
mo tiempo l e e n t r ó una tristeza pro- co y le dirijia palabras dictadas por
f u n d a con este testimonio d e su lar- el a m o r y l a tristeza.
g a ausencia. ¡ O árbol, cuya p o s t e r i d a d sub-
Los objetos q u e vemos habitual- siste todavía e n mi floresta , y o mis-
mente n o nos dan l u g a r á medir la mo te h e m i r a d o c o n m a s interés y
rapidez de nuestra v i d a , p o r q u e en- respeto que á los a r c o s t r i u n f a l e s d e
vejecen con nosotros con una vejéz la antigua R o m a 1 ¡Permita el autot
IFIO PABLO R VIRGINIA. 161
de la naturaleza , que destruye cada "La Europa , hijo m í o , le con-
dia los monumentos de la ambición texté, esta abismada en los vicios mas
m u n d a n a , se multipliquen en nues- contrarios á su felicidad, y á tí te
tras florestas los de la beneficencia de falta dinero y protección, para poder
una doncella pobre y malhadada! hacer figura en ella : eres pobre y no
Estaba y o seguro de encontrar á tienes ningún arrimo.' 1
Pablo al pie de este p a p a y o , quando n' Es verdad , me replicó , pe-
venía por mi posesion; y habie'ndole ro quizá hallaré algún poderoso que
visto un dia penetrado de melanco- quiera protexenne y darme la mano.''
lía , tuve con él una conversación, ' ' P a r a lograr la protección del
que v o y á referiros, si no os son de- poderoso , le respondí, es necesario
masiado enojosas mis largas digresio- contribuir á su ambición ó á sus c a -
nes , perdonables í mi edad y á mis prichos; y tú á ninguna de estas dos
últimas amistades. cosas te avendrías."
"Estoy muy pesaroso, me dixo «Teneis razón, me dixo ; pero
luego que me senté á su l a d o , por- portándome y o como debo , siend j
que ahora dos años y dos meses que fiel á mis palabras, exacto en mis
se marchó V i r g i n i a , y se han pasado obligaciones y constante en la amis-
ocho meses y medio sin que nos ha- tad , me haré acreedor á que alguno
y a escrito : como es rica y y o pobre, de ellos me adopte por hijo , como
sin duda me ha olvidado. Deséo em- he visto se usaba antiguamente en
barcarme y pasar á Europa , por ver las historias de otros tiempos que me
si allí hago fortuna por algún cami- habéis dado á leer."'
no , para pedírsela á su tia en ma- '"'No tiene duda, r e s p o n d í , que
trimonio y vivir felia en su compa- así se usaba entre los Griegos y R o -
ñía." manos; pero .ya no estamos en aque-
N
J6Ü PABLO r VIRGINIA. I 63
lias edades , en que el mérito mere- díó un suspiro m u y profundo.
cía el respeto de los poderosos." ""Sea Dios tu único protector,
" ' P u e s bien , me replicó ; en de- hijo mió , y el género humano tu
fecto de un poderoso procurare agre- c u e r p o , le contexté coa prontitud :
garme á algún cuerpo científico , c u - ama á los dos constantemente , y des-
yas opiniones adoptaré en un t o d o , precia la protección de los particu-
y me liaré estimar de sus individuos.'" lares. L a s f a m i l i a s , los cuerpos y los
""En lugar de adquirirte estima- pueblos , tienen sus pasiones y sus
c i ó n , le d i x e , te grangearás ó d i o y preocupaciones , que exigen vicios en
envidia , á no ser que sufoques los quien las haya de contemplar. Dios
gritos de tu conciencia por trepar á y el género humono no nos piden si'
l a cumbre de la fortuna. P o r otra no virtudes.
parte , los cuerpos se interesan muy w P e r o jpor qué quieres , prose-
fríamente en el descubrimiento de la g u í , distinguirte del común de los
verdad. P a r a los ambiciosos toda opi- Sombres ? E s e deséo no es natural,
nion es indiferente , con tal que á pues si lo f u e s e , cada hombre esta-
ellos les t r a y g a utilidad y ventajas." ría en estado de guerra con su seme-
r " E s o no l o haré y o jamás I ex- jante. Conténtate con cumplir con
clamó entonces : todo mi conato se- tus obligaciones en el estado en que
rá buscar siempre la verdad. S o y te ha colocado la providencia : ben-
m u y d e s g r a c i a d o , continuó , pues se dice tu s u e r t e , que te permite obrar
me cierran todos los caminos para lle- conforme á tu conciencia , y que no
g a r á l a posesion de lo que mas es- te p r e c i s a , como á los g r a n d e s , á po-
timo , y me Veo condenado á pasar ner su felicidad en la opinión de los
mi vida en un trabajo obscuro , au- inferiores , y como á los inferiores á
sente de V i r g i n i a . " Y al decir esto. cometer baxezas y adular á los araa-
N 2
364 PABIA r Virsi KTA. ' "5
des para tener que comer. T u es- pondré á estudiar para ser sabio y
tás en un país y en una condición adquirir crédito : con el estúdio y la
en que no necesitas para subsistir, ni sabiduría serviré últimente í mi pa-
engañar , ni a d u l a r , ni envilecerte, tria , sin perjuicio de otro : me haré
como lo hacen la mayor parte de los célebre por este camino, no depen-
que en Europa aspiran á la fortuna; deré de nadie, y me deberé á mí so-
en que no te ves precisado por ra- lo esta gloria."
zón de tu estado á ocultar la ver- " " A y ! hijo mió , le respondí: los
dad ; en que puedes ser impunemente talentos todavía son mas raros que
b u e n o , v e r a z , sincero, instruido , su- las riquezas ; y no tiene duda que
frido , moderado , casto , indulgente son de una naturaleza superior , por
y piadoso , sin que tu v i r t u d , que quanto nadie nos los puede r o b a r , y
todavía comienza á florecer , se mar- porque nos grangean ademas la esti-
chite con alguna flaqueza que te ha- mación pública en toda la redondez
g a ridículo á los ojos del mundo y de la tierra ; pero cuestan muy ca-
de la posteridad. E l cielo te ha con- ros. E s necesario privarse del sosiego
cedido libertad , salud , una buena y del reposo para adquirirlos , pade-
conciencia y amigos verdaderos : har- cer las persecuciones de la e n v i d i a , y
t o menos felices son los grandes de la vivir en cierto modo fuera del mun-
tierra , cuyo favor deseas! '*' do. Por otra p a r t e , la celebridad de
w Ali ¡' exclamó , todo me impor- las letras es demasiado tempestuosa
ta poco faltándome Virginia ! Pero y difícil de adquirir. Acuérdate de
¿ qué haré y o para lograr la posesión la suerte q u e ' han tenido la mayor
de lo que mas amo ? Supuesto que parte de los filósofos de la antigüe-
su tia la quiere casar con un hom- dad. Homero , cuyos versos son tan
bre de mérito y circunstancias , me divinos , anduvo pidiendo limosna ds
y VIROIHIA. 167
166 Piulo
puerta en puerta. Sócrates , que con estos e x e m p l a r e s , ¿ quién se lisonjea-
sus palabras y exemplo predicaba la rá de Ser útil á los hombres ¡lustrán-
moral á los Atenienses , f u é envene- doles ? ¿ quién se prometerá tener to-
nado jurídicamente por ellos. Su dis- das las calidades , todas las virtudes
cípulo Platón se vió reducido á la cla- que son necesarias en la carrera de
se de esclavo por órdcn del mismo las letras , hasta estar dispuesto á sa-
Príncipe que le protegía , y anterior- crificar los bienes de la fortuna y aun
mente á ellos, el célebre Pitágoras fué la propia vida I "
quemado v i v o por sus pavsanos los " P e r o bien , me interrumpió, vos
Crotonienscs. Q u é digo y o l la ma- que teneis tanta sabiduría y expe-
y o r parte de estos nombres ilustres riencia de las cosas , ¿ no me diréis si
han llegado desfigurados hasta noso- V i r g i n i a y y o nos casarémos algún
tros por los mordaces tiros de la sá- dia ? Quisiera ser sabio para conocer
tira con que la ingratitud humana se l o venidero.*
complace en caracterizarlos ; y si en- " ¿ Q u i é n querría v i v i r , hijo mió,
tre tantos como ha habido , la gloria le contexté , si conociera l o que está
de algunos ha llegado pura y sin por v e n i r ? Si una sola desgracia pre-
mancilla hasta nosotros, es porque v i - vista nos causa tantas inquietudes va-
vieron lejos de sus contemporáneos n a s , la vista de una cierta emponzo-
en la abstracción y retiro de los ne- ñaría todos los dias que la precediesen.
gocios públicos , pareciéndose en esto N o conviene profundizar demasiado
á aquellas estatuas desenterradas en lo que nos r o d e a ; y aun por eso el cie-
los campos de la Grecia y de la Italia, lo que nos da la reflexión para pre-
que por haber estado sepultadas e n v e e r nuestras necesidades, nos ha dado
el seno de la tierra , se han libertado l a s mismas necesidades para que pon-
del furor de los bárbaros. A vista de gamos coto á nuettra reflexión. 1 '
I68 PABLO Y VIMNIA. I6R)
T i l e s ¿ q u é haré y o , me pre- ""¡Qué país tan perverso la E u -
guntó i para obtener r i q u e z a s , y con r o p a ! e x c l a m ó : ¿qué necesidad te-
ellas las dignidades y distinciones que nia Virginia de ir s buscar una pa-
puedan hacerme acreedor a' la mano rienta rica ? A q u í vivia feliz y con-
de Virginia , según las ideas de su tenta , y allá sabe Dios si será des-
parienta ? Iré á enriquecerme á Ben- g r a c i a d a . " Y diciendo e s t o , comenzó
gala , y despues pasaré á París , á á llorar con la mayor amargura.
pedirla en matrimonio á su misma Volviendo en sí al cabo de un
tia. buen rato , exclamaba como si la t u -
" C ó m o i exclamé y o : ¿tendrías viera presente : * Torna , torna V i r -
entrañas para abandonar á tu madre ginia , al país donde has nacido, aban-
y á la s u y a ? " dona tus palacios , tu fausto y tu
""Vos m i s m o , me replicó , me g r a n d e z a : vuelve á estas breñas á la
aconsejasteis q u e me e m b a r c á r a p 3 r a sombra de estas florestas y de nues-
la I n d i a . " tros cocotéros : dexa esos trages de
"'Entonces estaba aquí Virginio, señora , y vuelve á estas cabañas en-
le contexté; pero en el dia eres el galanada con tu vestido de c o t ó n , tu
único a p o y o de su madre y de la pañuelo encarnado al rededor de la
tuya." cabeza , y tus flores bellas cogidas
"'"Virginia , me replicó , las so- por mi mano en estas p r a d e r a s . "
correrá por medio de su parienta
Despues de estas exclamaciones,
rica."
quedó como enagenailo y en una es-
T L o s r i c o s , Pablo , le d i x e , so- pecie de abatimiento de ánimo que
lamente reconocen por parientes á á mí mismo me hizo enternecer : y
Jos que les dan honor y timbre en saliendo de él repentinamente como
el m u n d o . "
quien despierta de nn sueño inquie-
170 PABL O Y VIRGINIA. 17 r
t o y t u r b u l e n t o , se e n c a r ó á mí y y consecuencia forzosa de la d e p r a v a -
me p r e g u n t ó con a y r e de sorpresa. ción del hombre civil. E s fácil f o r m a r
n ' ¡ Q u é necesidad h a y de ser ri- una ¡dea e x a c t a del órden , m a s n o
c o , para c a s a r s e ? ¿ n o bastaba q u e del desórden : la belleza , la virtud
h u b i e r a unión de voluntades , con- y la felicidad tienen p r o p o r c i o n e s ; la
formidad de genios y disposición en fealdad , el vicio y la i n f e l i c i d a d n o
el hombre para g a n a r de comer con tienen n i n g u n a . "
é l t r a b a j o de sus manos ? ¿ en q u é
" " S e g ú n e s o , me i n t e r r u m p i ó , s e -
se o c u p a n los ricos?"
rán m u y felices los ricos , no e n c o n -
''"En v i v i r en la opulencia , le trando ningún obstáculo para el l ó -
r e s p o n d í , sin que hagan nada la ma- g r o de sus c a p r i c h o s , y pudiendo c o l -
y o r p a r t e de los q u e poseen muchos m a r de gustos y satisfacciones al o b -
bienes de f o r t u n a . E l trabajo de ma- j e t o de su cariño ? "
n o s n o tiene en E u r o p a todo el a p r e -
"No por c i e r t o , l e r e s p o n d í : b i e n
c i o q u e m e r e c e , y que el mismo Dios
lejos de eso la m a y o r parte de los
l e d i ó q u a n d o condenó al hombre á
ricos no g o z a n de ningún p l a c e r , por
v i v i r d e l s u d o r de su r o s t r o : y aun
lo mismo que no Ies cuestan la m e n o r
se l e da e l nombre de t r a b a j o me-
d i l i g e n c i a . ¿ N o has e x p e r i m e n t a d o
cánico. C o n f o r m e á este modo de
que e l p l a c e r del descanso se c o m p r a
p e n s a r , los européos suelen apreciar
con la f a t i g a , el de comer con e l ham-
m a s á un artista que á un labrador,
bre , y el de b e b e r con la sed ? pues
sin e m b a r g o de que la a g r i c u l t u r a es
así sucede en el de a m a r y ser a m a d o ,
e l a r t e que sustenta á los hombres.
q u e solo se adquiere á costa de mil
N o es posible q u e comprehcndas ta-
privaciones y sacrificios. L a s r i q u e z a s
maña contradicion , q u e r i d o P a b l o ,
privan á los ricos de todos estos p l a c e -
opuesta á los principios de la razan,
res , porque se anticipan á sus necesi-
r VIRGINIA. 173
172 PABLO
pobres. P e r o los hombres con dificul-
dades. A l disgusto, compañero de sa
tad pueden soportar estos extremos;
ahito y saciedad - se agrega el orgu-
y asi la felicidad consiste en un es-
l l o que nace de su o p u l e n c i a , y que
tado de medianía y de virtud ; el tu-
la menor privación i n c o m ó d a , al mis-
yo es de esta c l a s e , pues mantienes
mo tiempo que no los m u e v e n , ni
á' tus padres con el trabajo de tus ma-
lisonjean las mayores satisfacciones. I*a
nos , por agradar á D i o s únicamen-
fragrancia de mil flores no agrada mas
te."
que un instante; pero el dolor que
Con estas ideas quedaba -tan com-
causa una de sus espinas, dura mucho
placido y sosegado, que ya daba por
tiempo despues de la picadura. Un
hecho el regreso de V i r g i n i a , y dis-
mal en medio de las delicias , es para
culpaba su dilación en escribir , su-
los ricos una espina entre las flores;
poniéndola ya en camino para la isla.
y por el contra r i o , un bien en me-
L a vuelta le parecía que podría v e r i -
dio de los m a l e s , es para los pobres
ficarse en poco tiempo con un viento
una flor entre las espinas , que ellos
f r e s c o , y contaba las naves que h a -
gozan con grande ansia y deleyte. La
bían hecho la travesía de tres mil y
naturaleza todo lo ha contrapesado en
quinientas leguas de E u r o p a á aquí,
este m u n d o , y los efectos de una cau-
en menos de tres meses : ponderaba
sa se aumentan en proporción de su
lo adelantado que estaba en este siglo
contraste. ¿ Q u é e s t a d o , habiendo de
el arte de la navegación , y la destre-
e s c o g e r , t e parece preferible , el de
za de los marineros : hablaba de las
temer todos los males y no tener casi
disposciones que iba á tomar para re-
ningún bien que esperar, ó el de no
cibirla, y de la nueva cabaña que pen-
temer casi ningún mal y esperar to-
saba construir para habitación de los
dos los bienes? Pues el primero es el
dos : me decia que en llegando V i r -
de los r i c o s , y el segundo el de los
174 PABLO r VIRGINIA 175
g i n i a , rica y poderosa , ya podía y o amor de las riquezas la ha perdido
v i v i r descansado y sin trabajar , sino á ella , c o i n o á otras muchas. E n estos
para mi r e c r í o , pues con su dinero l i b r o s , que pintan tan al v i v o a las
compraría muchos negros que culti- mugeres europe'as , la virtud no es
varían la tierra para todos nosotros, mas que un asunto de novela. Si V i r -
y viviriamos j u n t o s , sin tener y o otra ginia hubiera sido virtuosa , no hubie-
cosa en que pensar , mas que en d i - ra abandonado á su propia madre y á
vertirme y recrearme á mi gusto. Y todos nosotros. Mientras y o pa'so la v i -
fuera de sí de contento con estas es- da pensando en su venida , y me afli-
peranzas , iba á comunicar á su fa- j o por su ausencia , ella se divierte
milia la alegría de que estaba pene- y me olvida. A y de mí I este pen-
trado su corazon. samiento me trastorna el j u i c i o ! T o -
E n esta v i d a , los grandes temore» do trabajo me fastidia, y la c o n v e r -
se suceden de un instante á otro á sación y trato con las gentes me es
las grandes e s p e r a n z a s , y las pasiones enojoso. Ojalá se declarase la guerra
violentas ponen siempre á el alma en en la India , para ir á exponer mi
extremos opuestos. Regularmente vol- vida en ella!"™
v í a P a b l o al dia'siguiente i mi caba- " H i j o mió , le contexto y o , el
íia , sumamente triste y pensativo, y valor que nos lleva á Ja muerte , no
me decia : n " V i r g i n i a no me escribe: es mas que el valor de un instante,
si se hubiera embarcado para esta is- comunmente excitado por los v a n o s
l a , me hubiera avisado de antemano aplausos de los hombres. O t r o h a y
el dia de su partida de Europa. Ah ! mas raro y n e c e s a r i o , que nos h a c e
demasiado fundadas son las noticias sobrellevar sin testigos ni aplausos
q u e han corrido I Sin duda la ha ca- los males ordinarios de la v i d a : la p a -
sado su tia con un gran s e ñ o r , y el ciencia , quiero decir. Esta se funda.
'7® PABLO r VIRGINIA. I 77
no en la opinion de otros 6 en el fre- g o b i e r n a - e l universo .-'semejantes á
ne'tico furor de nuestras pasiones, si- los rayos del s o l , i l u m i n a n , alegran
no en la conformidad con la volun- y calientan , á manera de un f u e g o
tad de Dios. L a paciencia , querido d i v i n o ; y á imitación del f u e g o ha-
P a b l o , es el valor de la virtud.'' cen servir toda la naturaleza para
A y de m i ! exclamó á e s t o : " con nuestros usos. P o r ellas reunimos al
que tampoco tengo virtud ! todo con- rededor de nosotros las c o s a s , los l u -
tribuye á afligirme y llenarme de gares , los hombres y los tiempos :
desesperación.. . . ellas son las que nos enseñan á con-
' v L a v i r t u d , le i n t e r r u m p í , siem- formarnos á las reglas de la vida h u -
pre i g u a l , siempre constante é inva- mana, las que calman las pasiones, r e -
riable , no es el patrimonio del hom- primen los vicios y excitan á las v i r -
bre despues de l a caída original. E n tudes- por medio de los augustos e x e m -
medio de tantas pasiones como nos plos de los h é r o e s , c u y a s acciones c e -
a g i t a n , nuestra razón se perturba y lebran , presentándonos la imagen y
obscurece muchas v e c e s ; pero hay memoria de sus v i r t u d e s , siempre en
dos fanales donde podemos encender veneración y acatamiento. E n suma
su antorcha : la religión y las letras. son las hijas del c i e l o , que baxan á
L a r e l i g i ó n , hijo m i ó , nos ensena á la tierra , para dulcificar los males
dirigirnos á Dios en nuestras aflic- del género humano : y en los tiem-
ciones , y esperar de su mano el re- pos de la mayor barbárie y d e p r a -
medio , por medio de la conformidad vación , siempre han aparecido g r a n -
y paciencia cristianas, qué el mismo des escritores inspirados por ellas pa-
nos recomienda en su evangelio. Las ra consuelo de sus semejantes. L a s l e -
letras son un don del cielo , y como tras han consolado á una infinidad de
un destello Ue aquella sabiduría que hombres mas desgraciados que tú 1 i
O
I ? 8 PABLO Y VIRGINIA. 179

X e i i o p h o n t e , destarrado de su p a t r i a , quando considero que sus obras irán


despues de haber conducido á ella de siglo en siglo y de nación en na-
diez mil griegos victoriosos : á S c i - ción para servir de barrera al error
p i o n , el africano , cansado de las c a - y la corrupción de los mortales ; y que
lumnias de los R o m a n o s ; á Lueúlo, del seno mismo de la obscuridad e n
de sus partidos é intrigas ; á C a t i - que ha vivido , resaltará una gloria
n a t , de la ingratitud de su corte. que borrará la de la m a y o r parte de
L e e , p u e s , hijo mió. L o s sabios los poderosos de la t i e r r a , cuyos mo-
q u e han escrito antes de nosotros, son numentos perecen en el o l v i d o , á pe-
como viageros , que habiéndonos pre- sar de los aduladores q u e los elevan
cedido en las sendas del i n f o r t u n i o , nos y ponderan ? "
a l a r g a n la m a n o , y nos convidan i M e o y ó Pablo con toda la aten-
q u e nos unamos á e l l o s , quando to- ción que y o deseaba , aunque da-
d o nos abandóne. Un buen libro es ba de quando en quando tristes y
un buen amigo , c u y a función au- profundos suspiros ; y conociendo y o ,
gusta de hacer que resplandezca la que e l continuar hablando seriamen-
v i r t u d escondida , de consolar á los te de semejante asunto sería inhabi-
desgraciados , ¡luminar al m u n d o , y litarle cada vez mas para que se de-
decir la verdad á todos sin distin- dicára al c u l t i v o del c a m p o , le dis-
c i ó n , es siempre digna de su celes- traxe todo lo p o s i b l e , diciéndole, que
tial origen , y el destino mas subli- quando volviese Virginia extrañaría
me con que el cielo puede honrar mucho no hallar el jardín bien cui-
á un mortal sobre l a tierra, j Qué dado , siendo así que ella no había
hombre habrá que no se consuele de pensado mas que en hermosearlo, á
la injusticia ó desprecio de los que pesar de las persecuciones de su pa-
disponen á su arbitri o de Ja fortuna, rienta y á tan larga distancia de su
O s
180 PABLO Y ViRBINlA. l8t
familia. Este ardid y la idea del pró- quatro leguas mar adentro • y no fon-
ximo regreso de V i r g i n i a , renovaron dearía en PUERTO-LUIS hasta el dia
el valor de P a b l o , y le estimularon siguiente por la t a r d e , si el viento so-
á entregarse á sus ocupaciones cam- plaba favorable • pues á la sazón rey-
pestres , las quales divertían sus pe- naba una profunda calma. Entregó el
nas representándole el objeto de su práctico al gobernador las cartas que
p a s i ó n , como el término inmediato traía de Francia el S . G e r a n d o , en-
de sus f a t i g a s ; y mientras conservaba tre las quales habia una con el sobre
esta i l u s i ó n , era feliz trabajando. para Madama de la T o u r , de letra
Levantándose , pues , una ma- de Virginia. Apoderóse Pablo de ella
ñana al rayar al alba , que era el al instante , besóla con una especie de
2 4 de diciembre de 1 7 4 4 , vió tre- enagenamiento, metióla en el seno,
molar una bandera blanca sobre la y corrió á la posesion sin detenerse
MONTÍSA DE J.A ATALAYA; lo qual un minuto; y desde lo mas lejos que
era señal de que se descubría una pudo avistar á los s u y o s , que le es-
embarcación en el mar , é inmedia- taban esperando sobre el peñasco de
tamente que la avistó , corrió al la DESPEDIDA , levantó la carta en
puerto para saber si traía alguna no- alto sin poder articular palabra.
ticia de Virginia. E l p r á c t i c o , que Virginia decía en resumen á su
según costumbre , habia ido á re- m a d r e , e n dicha carta, " q u e habia ex-
conocer el buque , no volvió hasta perimentado muy malos tratamientos
por la tarde , y habiéndole espera- de parte de su tia , la q u a l , después
do Pablo , supo que el navio señala- de haberla querido casar contra su v o -
do era el San Gerando , de porte de luntad , la habia desheredado por úl-
700 toneladas, mandado por un capi- timo , echándola de casa en un tiem-
tán llamado M r . Aubin : que 'estaba po en que no se podia aportar á la isla,
03
i8i Pablo Y VlP.CLXI.4. 183
d e Francia , sino en la estación de loi d o s , dispuso M a d a m a de la T o u r ,
iiracanes; que ella había p r o c u r a d o , que fuera P a b l o á darme parte sin
aunque en v a l d e , ablandar su d u r e - tardanza de la venida de su hija. K a
z a , representándole lo que debia á efecto , encendió D o m i n g o una h a -
su madre , v á los dulces recuerdos cha de v i e n t o , y se encaminaron loa
de la niñéz ; pero que la tia la h a - dos á mi posesion.
bía tratado de loca y mentecata , aña- Serian como las diez de la no-
diendo que tenia la cabeza p e r v e r t i - c h e quando l l e g a r o n , á tiempo que
da con las novelas. Finalmente , con- y o a c a b a b a de a p a g a r la l u z y acos-
cluía l a carta diciendo , que á la sa- tarme ; pero al punto percibí á lo le-
zón nada le interesaba t a n t o como la ¡os el resplandor del hacha por entre
dicha de v o l v e r á v e r y a b r a z a r á las rendijas de mi cabana , y de allí
su amada familia , c u y o ardiente d e - á poco o í la v o z de P a b l o que m e
Séo hubiera satisfecho a q u e l mismo l l a m a b a . A p e n a s m e habia levantado
dia , si el capitan la hubiera permiti- y v e s t i d o , quando P a b l o , sin alien-
d o transbordarse á la lancha del prác- to y fuera de s í , se me e c h ó a l c u e -
t i c o ; pero que se habia opuesto á llo , diciendo : " V a m o s , vamos q u e
e l l o , á causa de la distancia de la ha l l e g a d o V i r g i n i a : vamos á prisa
tierra y de la marejada , que no obs- al p u e r t o , donde fondeará la e m b a r -
tante la calma , comenzaba i correr cación al apuntar el d í a . "
e n alta m a r . " Inmediatamente nos pusimos en
L e í d a que fui esta carta , toda c a m i n o ; y como atravesásemos el bos-
l a familia cnagenada de g o z o , comen- que de la MONTAÑA-LARRA para to-
z ó á g r i t a r : " C o n que ha llegado mar en el camino que v a de las P A M -
V i r g i n i a ! ha llegado V i r g i n i a ! " Y PI.F.MUSAS al puerto , sentí pasos d e -
dándose mótuos abrazos amos y cria- trás de m í , y v o l v i e n d o la c a b e z a ,
O4
184 PJKIO Y VIÉSISH. ' 85
TÍ que era un negro que venía ácia se distinguían largas hileras de nubar-
nosotros en mucha diligencia. H a - rones espesos , negros y poco e l e v a -
biéndole preguntado adonde iba con d o s , que se apiñaban ácia el cen-
aquella apresuracion , nos r e s p o n d i ó , tro de la isla , y venían de la parte
que le enviaban desde la punta de del mar con extraña velocidad , aun-
la isla , llamada los POLVOS DE ORO, que no se sentia en la tierra el menor
S
á dar parte al gobernador de que un a y r e . Y e n d o nosotros caminando , nos
n a v i o francés habia anclado en la en- pareció que oíamos tronar de q u a n -
senada de la isla del AMBAR , y t i - do en quando ; pero habiendo aplica-
raba cañonazos pidiendo s o c o r r o , por- do con mas atención el o í d o , conoci-
que el mar estaba bastante alterado. mos que eran cañonazos repetidos por
Y sin detenerse mas , prosiguió su los ecos. Estos cañonazos i lo lejos, ^
camino con la misma celeridad. y al aspecto de un cielo tempestuo- *
Y o entonces mudé de dirección, s o , me llenaron de horror , no q u e -
y d ¡ \ - á Pablo que nos encaminare- dándome ya duda de que eran seña-
mos á l a punta de los POLVOS DE ORO, Jes de socorro de alguna embarcación
distante de allí poco mas de tres le- que naufragaba. D e allí á media hora
g u a s , para salir al encuentro á V i r g i - y a no oímos mas cañonazos; y aquel
nia ; y en e f e c t o , echamos á andar los silencio me pareció mucho mas e s p a n -
tres acia la parte del norte de la isla. toso , q u e el lítgubre estruendo que l e
H a c í a un c a l o r bochornoso é in- habia precedido.
aguantable , y la luna que a c a b a b a Nosotros acelerabamos el páso sin
<Jc salir , tenia en rededor tres cer- hablar palabra ni atrevernos á com u -
cos negros. E l cielo presentaba un nicarnos mútuamente nuestra z o z o -
aspecto triste y h o r r o r o s o ; y al con- b r a ; y á las doce de la n o c h e , p o -
tinuo resplandor de los relámpagos. c o mas ó m e n o s , llegamos m u y su-
186 PABLO Y VIRGINIA. 187

dados á la ribera del m a r , donde es- s o c o r r o ; pero que estaba el mar tan
t á la puma de los POLVOS DE ORO. alborotado , que ninguna lancha h a -
L a s olas se estrellaban en la p l a y a bia podido salir del puerto ; que de
con horroroso estrépito , cubriendo allí á poco le pareció que habia vis-
las rocas y arrecifes de una espuma to encendidos los faroles de la n a v e ,
tan blanca que deslumhraba la vista, en c u y o caso me temo ( decia é l ) q u e
y despidiendo de si chispas de f u e g o ; atraída por la corriente sobre la cos-
de modo que en medio de las tinie- ta , se haya metido entre la tierra y
blas , distinguimos, á f a v o r de tan- l a isleta del AMBAR , equivocando
tos fuegos fosfóricos, las piraguas d e ésta con la punta de MIRA , por
los pescadores retiradas por ellos tier- donde pasan las embarcaciones que
ra adentro. arriban á PUERTO-LUIS ; y que si sus
sospechas eran f u n d a d a s , lo que sin
A poca distancia , vimos una ho-
embargo 110 podia a s e g u r a r , el b u q u e
guera en el b o s q u e , al rededor de
corría el mayor riesgo.
l a qual se habia juntado mucha g e n -
t e , y nosotros fuimos á descansar T o m ó otro la palabra , y dixo
a l l í mientras llegaba el dia. E s t a n - que habia atravesado muchas veces
do sentados cerca de la l u m b r e , nos el canal que separa la isleta del AM-
contó uno de los concurrentes , que BAR de la costa , y aun lo habia son-
despues de medio dia habia visto en deado ; y que teniendo un a n c l a g e
alta mar una embarcación , arrostrada e x c e l e n t e , estaba libre el buque d e
por las corrientes ácia la i s l a , y que peligro , y tan seguro como en el
l a obscuridad de la noche se la h a - mejor p u e r t o : " Y o depositaría en
bia ocultado por algún tiempo ; que él , añadió , todo qnanto tengo , y
dos horas despues de puesto el sol dormiría á bordo con tanto sosiego
habia oído cañonazos en demanda de como e n tierra."'1
RVLBUTNIA. 189
|88 Pablo
mentafías de l a i s l a , los quales se d e -
E l t e r c e r o d i x o que era imposi-
xjban v e r d e q u a n d o en q u a n d o por
ble que aquel buque hubiese entra-
entre las n u b e s que giraban sin ce-
do e n e l c a n a l , donde a p e n a s p o d i a n
sar en torno d e ellos.
navegar las chalupas ; y aseguró que
A eso d e las siete de l a m a ñ a -
l e h a b i a visto d a r f o n d o de l a parte
na , oímos en el bosque ruido de t a m -
d e a l l á d e la isleta del AMBAR , de
bores , y d e a l l í á poco v i m o s v e n i r
suerte q u e si se l e v a n t a b a v i e n t o p o r
á caballo a l gobernador M r . de la
l a m a ñ a n a , p o d r í a hacerse á la mar,
B o u r d o n a i s , c o n un destacamento d e
ó t o m a r p u e r t o c o m o quisiese. Otros
tropa armada , y seguido d e un g r a n
de la c o m i t i v a fueron de diferentes
número d e criollos y negros; y co-
dictámenes ; y mientras que alterca-
locando á los soldados en l a playa,
b a n e n t r e sí - s e g ú n la costumbre de
l e s m a n d ó h a c e r una descarga gene-
l o s c r i o l l o s ociosos . g u a r d á b a m o s Pa-
ral de fusilería. Apenas se hizo la
blo y y o un p r o f u n d o silencio.
descarga , quando advertimos en el
P e r m a n e c i m o s a l l í hasta la punta
mar una llamarada , seguida inme-
del dia , pero el c i e l o estaba tan obs-
diatamente d e un c a ñ o n a z o ; l o q u e
curo y el m a r tan n e b u l o s o , que no
nos h i z o j u z g a r que el b u q u e estaba
p u d i m o s d e s c u b r i r en til n i n g ú n ob-
á corta d i s t a n c i a de nosotros. Cor-
jeto , y solo c o l u m b r a m o s á lo l a r g o
rimos todos v e l o z m e n t e á c i a e l para-
como una nube o p á c a . que nos di-
ge donde se habia o í d o el cañonazo,
x e r o n e r a l a isleta del A M B A R , s i t u a -
y descubrimos, por entre la niebla,
da á un quarto d e l e g u a d e la cos-
el casco y a r b o l a d u r a de un g r a n na-
ta. E n suma , el d i a . e r a tan t e n e b r o -
v i o , del q u a l estábamos tan cerca-
so , que no se p e r c i b í a mas q u e el e x -
nos , q u e sin embargo del r u i d o de
t r e m o d e l a p l a y a , d o n d e nosotros es-
l a s o l a s , oímos e l pito del c o n t r a m a e s -
tábamos , y algunos picachos de las
Y FUEN A. 191
190 PABLO
o í d a un ruido sordo en las montañas:
t r e , que mandaba la maniobra y las
las hojas de los árboles se menean e n
voces de la tripulación , que gritó
los bosques , sin que se sienta nin-
por tres v e c e s : VIVA EL R E Y , p o r -
gún viento ; las aves marítimas se re-
que éste es el grito de los F r a n c e -
fugian á la tierra : sin duda que to-
ces en los mayores apuros , igual-
das estas señales anuncian un uracán."
mente que en los grandes regocijos.
" C ó m o ha de s e r ! respondió el g o -
Desde el punto que el navio S.
bernador : venga lo que Dios quiera,
G e r a n d o nos v i ó en situación de po-
que a todo estamos dispuestos, y
derle socorrer , no cesó de dispa-
los del navio también lo estarán por
r a r cañonazos de tres en tres minu-
su parte."
tos. M r . de la Bourdonois h i z o en-
cender grandes hogueras de trecho e n E n efecto, todo presagiaba la p r ó -
trecho por toda la playa , y envió á xima explosion de un uracáo. Las n u -
buscar á casa de todos los colonos de bes que se distinguían en el z e n i i h ,
l a s inmediaciones , v í v e r e s , tablones, eran en su centro de un negro hor-
cables y toneles vacíos. B i e n pronto r i b l e , y de color de cobre en la c i r -
vimos llegar una multitud de e l l o s , cunferencia , y el a y r e resonaba con
acompañados de sus negros , con pro- los graznidos de los c u e r v o s , de las
visiones , - x a r c i a , y otros utensilios de f r a g a t a s , de los patos y de una i n -
esta naturaleza , que venian de las finidad de aves marítimas, que í p e -
habitaciones de los POLVOS DE ORO, sar de la obscuridad de la atmósfera,
del arrabal del FRASCO y del rio l l e g a b a n , de todos los puntos del ori-
del BALUARTE. zonte , á buscar asilo en la isla.

Acercóse en esto uno de los mas an- Cerca de las nueve de la m a ñ a -


cianos al g o b e r n a d o r , y le d i x o : " ' S e - da se o y ó en la ribera del mar un
ñor gobernador , toda la noche se ha ruido formidable , como si torrentes
ÍYI PABLO v VIRGINIA. 193

de agua acompañados de truenos , se como si hubiera sido sumerjida en las


despeñasen de la cima de las monta- aguas. E n esta posicion en que el vien-
ñas. Todos gritaron á una v o z : El to y la mar le arrojaban sobre la cos-
uracán , el uracán 1 " é inmediata- t a , era igualmente imposible volver
mente un torbellino impetuoso de á salir por donde habia entrado , 6
v i e n t o disipó la niebla que cubria la barar , picando c a b l e s , en la playa,
isleta del AMBAR y su canal. de la qual estaba separado por gran-
Descubrióse entonces claramente des arrecifes. Cada ola que venia á
el San G e r a n d o con toda su t r i p u l a - estrellarse contra la costa , se adelan-
ción encima de cubierta , baxadas las taba bramando hasta las rias y ense-
vergas y masteleros de las g a v i a s , nadas de las inmediaciones , llevando
su pavellon ondeante y hecho giras, los guijarros mas de cincuenta pies
con quatro cables por la proa y uno tierra a d e n t r o ; y retirándose despues,
de reserva á la popa , entre la isleta dexaba descubierta una gran parte de
del AMBAR y la tierra , de la parte la ribera, á c u y a s piedras hacía rodar
de a c á de la cadena de rocas que cir- con un ruido bronco y espantoso. E l
cundan la isla de Francia , por c u y o mar sublevado por el v i e n t o , se em-
p a r a g e ningún otro navio habia pasa- bravecía por instantes, y todo el c a -
do hasta entonces. Presentaba la proa nal comprehendido entre la isleta del
á las olas que venían de mar aden- AMBAR y esta isla , no era mas que
t r o , y á cada montaña de agua q u o un vasto campo de espumas blancas,
entraba en el canal , se levantaba su surcado de negras y profundas olas;
proa de tal forma , que se descubría cuyas espumas se apiñaban en los re-
toda la q u i l l a ; y zabulléndose con codos de las ensenadas hasta la altu-
este movimiento la popa , desapare- ra de mas de seis pies , y el viento,
cía á nuestra vista hasta las galerías, que barría su superficie , las llevaba,
P
1 P A B L O r VmGiNiA. 195
por encima del repecho de la playa, y a . N o se oyó entonces mas que un
á las tierras apartadas mas de media grito general de dolor entre nosotros.
legua de ella. A l ver sus blancos é A este tiempo iba Pablo á arrojar-
¡numerables copos, arrojados orizon- se al m a r , quando le detuve por el
talmente hasta la falda de los mon- b r a z o , y le d i x e : Hijo mió , ¿quie-
tes , qualquiera diria que era una ne- res ir á perecer? " A lo que excla-
vada que salia del mar. E l orizon- mó : " Muera y o mil veces antes que
te ofrecía todas las señales de una dexar de ir á socorrerla !
tempestad duradera , y el mar pare- Como el sentimiento le privaba
cía que estaba confundido con el cie- la r a z ó n , discurrimos Domingo y yo,
lo. Continuamente se veían despren- para evitar su muerte , atarle á la
derse del orizonte nubes de un as- cintura una soga larga , y tenerla no-
pecto horrible , que atravesaban el sotros cogida por el otro cabo. E n -
zenith con la velocidad de las aves, caminóse entonces Pablo ácia el San
mientras que otras permanecían in- G e r a n d o , nadando unas veces, y yen-
móbiles en é l , á manera de enor- do otras á gatas por los peñascos, has-
mes peñascos. Por ningún lado sa ta tener en varias acasiones valor pa-
descubría el azul del firmamento, y ra llegar á su bordo ; pues el mar
solo iluminaba los objetos de la tier- en aquellos movimientos irregulares,
ra , del mar y de los cielos, una l u z dexaba el navio casi en s e c o , de modo
fúnebre y parda. que se podía andar á pie todo al rede-
Con los terribles balances del na- dor de él. Pero volviendo inmediata-
vio sucedió lo que se temia. F a l t á - mente con nueva furia sobre la pía*
ronle los cables de proa; y como que- y a , la cubría de enormes rollos de
dó á una sola ancla, fué arrojado con- agua , que levantando hasta las nu-
tra las peñas i medio cable de la pla- bes la proa del buque , arrojaban mu-
Pa
, 96 PABLO y VIRGINIA. ' 9 7

c h o mas a c á de la ribera al infclice bó de consternar í todos los e s p e c -


P a b l o , con l a s piernas todas ensan- t a d o r a « particularmente quando a d -
grentadas , m a g u l l a d o el p e c h o y c a - vertimos q u e nos hacía señal con la
si sin aliento. mano , aunque con cierto a y r e de
A p e n a s recobrada el miserable j o - nobleza y tranquilidad , como d i c i e n -
v e n e l uso de los sentidos , q u a n d o donos , á D i o s para siempre. T o -
se l e v a n t a b a y v o l v i a con n u e v a intre- dos los marineros se habían echado
pídéz ácia e l n a v i o , q u e los golpes de al a g u a , menos uno que se conocía
m a r iban abriendo por instantes con intentaba persuadirla á q u e se desnu-
horribles crugidos. T o d a la tripula- dára y s a l v á r a la vida por este m e -
c i ó n d e s a u c i a d a y a de poder s a l v a r la d i o , arrojándose con él al mar ; mas
v i d a en el b u q u e , se precipitaba en ella resistiéndolo con dignidad , l e -
t r o p é l a l m a r , los unos en los g a l l i - v a n t ó los ojos al cielo y h u y ó de
n e r o s , los otros en las v e r g i s , y la a l l í . G r i t a r o n entonces todos los c o n -
m a y o r p a r t e en toneles y tablones. currentes : " sálvala , sálvala : no la
V i ó s e entonces el objeto mas dig- d e s a m p a r e s ! " P e r o en a q u e l mismo
n o de eterna compasion , que f u é instante , una montaña de a g u a se in-
presentarse en la galería de popa del t r o d u x o entre la isleta del AMBAR
S a n G e r a n d o , una j ó v e n con los bra- y la costa , y se abalanzó b r a m a n -
zos tendidos ácia a q u e l q u e hacía t a n - do ácia el n a v i o , á el qual a m e n a -
tos esfuerzos p o r llegar á ella. E s t a z a b a con sus flancos negros , y sus
j ó v e n era la i n f e l i z V i r g i n i a , q u i e n cimas espumosas y encrespadas. A
desde luego conoció á P a b l o por su tan terrible a s p e c t o , el marinero se
i n t r e p i d e z y denuedo. a r r o j ó solo al mar ; y V i r g i n i a , v i e n -
do la muerte inevitable , se c i ñ ó con
L a vista de esta amable criatura,
una m a n o los zagalejos , puso l a otra
e x p u e s t a á tan inminente peligro aca-
P 3
r VwetviA. ")9
198 PABLO
sobre el corazon , y levantando at «oda la playa el cuerpo de V i r g i -
cielo sus ojos serenos, se mostró co- nia. Pero cambiándose repentinamen-
mo un ángel que remonta su vuelo te el viento , como sucede d^ ordi-
ácia el empíreo. nario en los uracanes, tuvimos el do-
lor de creer que ni aun podríamos
O dia espantoso 1 ay de mí! to-
tributar á esta malograda joven los
do fué sumergido. L a ola hizo r e -
últimos honores de la sepultura. Con
tirar muy tierra adentro á una par-
esta zozobra nos alejamos de aquel
te de los espectadores, que por un
sitio llenos de la mayor consterna-
sentimiento de humanidad se habian
ción y pena , no solo nosotros, sino
acercado á socorrer á V i r g i n i a , igual-
todos los que fueron testigos de un
mente que al marinero que la quiso
naufragio tan lastimoso , en que pere-
salvar á nado. Aquel hombre cari-
cieron muchas personas , y particu-
tativo , viéndose libertado de una
larmente una muchacha como V i r g i -
muerte casi cierta , se arrodilló en
nia , digna de mejor suerte por sus
Ja arena , y exclamó i " " O Dios mío!
virtudes. Pero los decretos ocultos de
vos me habéis salvado la vida ; pe-
la providencia son siempre adorables
ro la hubiera dado muy contento por
para el hombre religioso.
esta modesta y virtuosa doncella que
jamas ha querido desnudarse como E n este intermedio fuimos á ver
yo." á Pablo que ya empezaba á reco-
Domingo y y o retiramos de las brar el uso de los sentidos en una
aguas al desgraciado P a b l o , privado habitación inmediata, donde le depo-
de s e n t i d o , y arrojando sangre por sitaron mientras volvía en sí y se
boca y oídos. E l gobernador man- ponia en estado de ser conducido á
dó entregarle á los cirujanos; y en- la de su madre. Pero yo tuve que
tretanto nos pusimos á buscar por volverme desde allí con D o m i n g a , á
P4

• v w
seo PAULO r VmantA. 201
fin de preparar á la madre de Vir- fué mi sorpresa quando v i que era
ginia y á su a m i g a , á recibir la pri- el retrato de Pablo , á quien habia
mera noticia de un fracaso tan ines- prometido no desprenderse de él has-
perado como infausto. ta la muerte! Con este último tes-
Quando llegamos á la entrada del timonio de la constancia y amor de
valle del rio de los LATAXEROS , nos la infeliz V i r g i n i a , lloré amargamen-
dixeron unos negros que el mar ar- te ; y Domingo golpeándose el pe-
rojaba muchos despojos del S. Geran. c h o , penetraba el ayre con doloro-
do en la playa de enfrente. Basamos sos ayes. Llevamos el cadáver á una
al instante á ella , y uno de los pri- choza de pescadores , y se lo dimos á
meros objetos que descubrí en la ri- guardar entretanto á unas pobres mu-
bera , f u é el cuerpo de Virginia , me- geres de la costa de M a l a v a r , que
dio enterrado en la arena , y en la cuidaron de lavarle.
misma actitud en que acababamos de Mientras ellas se ocupaban en tan
verla perecer. Sus facciones no esta triste ministerio , subimos nosotros
ban sensiblemente alteradas : ios ojos temblando á la cabaiía de Madama
los tenia cerrados, aunque resaltaba de la Tour , á quien encontramos
todavia en su frente la serenidad, y rezando con Margarita , y esperando
solamente se veían confundidas en sus noticias del S. Gerando. Luego que
mexillas las pálidas violetas de la me avistó Madama de la Tour , ex-
muerte , con las rosas del pudor. T e - clamó : v ¿ Dónde está mi hija , la hi-
nia una mano sobre su ropa y la otra ja querida de mis entrañas ? ¿dónde
sobre el corazon , pero tan fuerte- está mi V i r g i n i a ? " Y no pudiendo
mente apretados los dedos , que me dudar de su desgracia , por mi silen-
costó mucho trabajo quitarle una ca- cio y mis lágrimas , le asaltó repen-
sita que tenia en ella. Mas ¡ qual tinamente una mortal congoja , que
soí" PABLO r VIRGINIA. 203

embargándole lo v o z . no le permi- su pecho oprimido sordos gemidos.


tía mas que sollozar. M a r g a r i t a e x - Por la mañana fué conducido P a -
clamó al mismo tiempo : " ¿ Dónde blo á la habitación de su m a d r e , r e -
está mi hijo ? y o no veo á mi hi- cuperados ya sus sentidos, aunque sin
jo ! " y en esto se acongojó. C o r r i - poder proferir una palabra. L a p r i -
mos á socorrerla , y habiendo contri- mera vista con su madre y M a d a m a
buido por nuestra parte á que v o l - de la T o u r , que tanto temiSf y o al
v i e r a en s í , le aseguré que P a b l o principio , produxo mejor efecto q u e
v i v i a . y quedaba al cuidado del go- todas las precauciones tomadas p o r
bernador ; con c u y a noticia recu- mí hasta entonce«. Un r a y o de con-
peró sus sentidos , y solo se ocupó suelo se dexó ver en los semblantes de
en la asistencia de «u amiga , á aquellas infelices m a d r e s , las quales
quien asaltaban largas congojas. P o r arrimándose á él , le besaron y dieron
fin, Madama de la T o u r pasó toda muchos a b r a z o s , comenzando i correr
l a noche en aquellas crueles agonías, abundantemente sus lágrimas, que e l
que por su mucha duración me aca- exceso del dolor habia tenido e m -
baron de confirmar que no hay d o - bargadas hasta aquel momento. N o
lor igual al dolor materno. Quando tardó P a b l o en mezclar las suyas con
recobraba el conocimiento , fixaba sus las de ellas ; y habiéndose desaho-
ojos turbios y desconsolados en el gado así la naturaleza en aquellas
c i e l o ; y por mas que su amiga y tres víctimas de la desgracia , un l a r -
yo la apretábamos las manos entre las g o sopor se sucedió al estado c o n -
n u e s t r a s , dándole los nombres mas vulsivo de su p e n a , que les p r o p o r -
cariñosos y t i e r n o s , se mostraba in- cionó una especie de reposo letárgi-
sensible á estos testimonios de nues- c o , semejante , en cierto modo , a l
tra antigua amistad , y solo salían de de la muerte.
y VIRGINIA. 205
PABLO
de blanco y con palmas en las ma-
Mr. de la Bourdonais me envlS
nos , llevaban el cuerpo de su vir-
i decir reservadamente , que el cuer-
tuosa compañera cubierto de llores,
po de Virginia habia sido conduci-
Seguíalas un coro de niños que en-
do por órden suya á PUERTO-LUIS,
tonaban himnos y ca'nticos de alaban-
desde donde pensaba trasladarlo á la
zas ; y en pos de ellos iban las gen-
Iglesia de las PAMPLEMUSAS. Baxé al
tes mas distinguidas de la p f a , y el
instant» al puerto , donde hallé con-
estado mayor de la p l a z a , presidido
gregados colonos de todos los pun-
por el gobernador , que cerraba el
tos de la isla para asistir al entierro,
acompañamiento , y una infinidad de
como si todo si país hubiera perdi-
personas del pueblo.
do la prenda de mas subido precio.
Esto fué lo que el gobernador
Las naves de la bahía con las ver-
dispuso para tributar los debidos ho-
gas cruzadas , y los pavellones tremo-
nores á la virtud de Virginia ; pero
lantes disparaban cañonazos de tiem-
quando llegaron con el cuerpo al pie
po en tiempo; los granaderos abrían
de esta montaña y á la vista de es-
el camino del acompañamiento lúgu-
tas cabañas (que tanto tiempo habia
bre con los fusiles á la funerala : sus
hecho felices con su presencia, y aho-
tambores cubiertos de arriba abaxo
' ra después de su muerte causan mi
de crespón negro sonaban sorda y
mayor tormento ) , toda la pompa
melancólicamente, y se veía retra-
fúnebre se desordenó : los himnos y
tada la imagen de la tristeza en los
cánticos cesaron repentinamente , y
semblantes de aquellos guerreros,
no se oía mas que los gritos y lamen-
que tantas veces habían arrostrado
tos de todos los concurrentes. Las
la muerte en la pelea , sin inmutár-
madres pedían á Dios una hija como
seles el color. Ocho doncellas de las
ella : las hijas una modestia y obe-
mas principales de la isla , vestidas
loS PABLO y VIRGINIA 207

diencia igual á la suya : los pobres un grupo de bambúes , donde g u s -


una amiga tan tierna : los esclavos taba d e s c a n s a r , sentada al lado de
uua aína tan bondadosa y benéfica: a q u e l , que ella llamaba hermano,
finalmente todos , todos , jóvenes y quando iba í misa con su madre y
ajicianos - padres y h i j o s , ricos y po- Margarita.
bres , grandes y p e q u e ñ o s , lloraban Acabada la pompa fúnebre , M r .
sobre 48' f é r e t r o la suerte de Virginia. de la Bourdonais subió á jsr&s c a -
Quando llegó al lugar de su se- b a ñ a l , acompañado de una flarte de
pultura , las negras de Madagascár y su numerosa comitiva , y ofreció á
las cafres de M o z a m b i q u e , presen- Madama de la Tour y á su amiga
taron en su entierro canastillos de todos los auxilios que estuviesen de
frutas , y colgaron de los árboles cer- tu parte , expresándoles en b r e v e s ,
canos , telas y estofas de diferentes pero enérgicas p a l a b r a s , la indigna-
géneros , según la costumbre de su ción que le habia causado el proce-
p a í s : y las Indias de Bengala y de der de su inhumana tia. Despues se
l a costa de M a l a v a r , llevaron j a u - dirijió á Pablo , y le dixo quanto j u z -
l a s con muchos y diversos pajarillos, g ó mas oportuno para consolarle e a
á los quales dieron libertad sobre la t
tan lastimosa situación. Y animándo-
misma tumba de V i r g i n i a . ] Quan le í que se embarcára quanto antes
cierto es que todas las naciones se para Francia , donde le prometía to-
interesan en rendir homenage á la da su protección en la c o r t e , y cui-
virtud desgraciada , reuniéndose d e dar entretanto de su madre , como
común acuerdo al rededor de su se- de la suya misma , le alargó la ma -
pulcro ! no de a m i g o ; mas Pablo retiró la
s u y a , y v o l v i ó la cara á otro lado p o r
F u é enterrada cerca de la Igle-
no mirarle.
sia de Jas P A H P L S J U U S A S , al pie de
ÍO8 PABLO R FISMMA. 209

Y o , pues , en semejantes cir- con el mayor esmero le habia asisti-


cunstancias determiné quedarme pa- do , nos dixo un d i a , que para q u i -
ra hacer compañía á mis desgracia- tarle la negra melancolía que le ator-
das a m i g a s , y darles, igualmente que mentaba , era necesario dexarle h a -
i P a b l o , todos los consuelos que me cer todo lo que quisiera sin contra-
fuesen posibles. Pasadas tres semanas decirle en nada ; y que éste era el
se halló P a b l o en estado de poder tínico medio que habia de vencer el
a n d a r ; pero parecia que se aumen- silencio en que se obstinaba : c u y o
taba su tristeza á medida de que sil consejo resolví seguir en lo sucesivo.
cuerpo iba adquiriendo vigor. Mos- E n e f e c t o , luego q u e Pablo se
trábase insensible á todo ; sus ojos sintió mas restablecido , lo primero
estaban amortiguados, y no respon- que hizo fué alejarse de la posesion;
día á nada de lo que se le pregun- mas como y o no le perdía de vista,
taba. Madama de la T o u r , mas muer- le f u i s i g u i e n d o , y dixe á Domingo,
ta que v i v a , le decia muchas v e - que nos acompañara y Uevára pro-
ces : " H i j o m i ó , jamás te v e o , que visiones para algunos dias. A medi-
no me parezca ver á mi amada V i r - da de que P a b l o baxaba esta mon-
ginia. " AI oír Pablo el nombre de taña , parecia que renacían sus fuer-
Virginia se estremecia y se alejaba z a s y alegría. T o m ó desde luego e l
d e e l l a . á pesar de las voces é ins- camino d é l a s PAMPLEIVIUSAS, y q u a n -
tancias de su madre para que no se do llegamos cerca de la Iglesia y
apartára d e a l l í ; y encaminándose al del grupo de bambúes , se fué e n
jardín se sentaba al pie del cocoté- derechura al parage donde v i ó la tier-
ro de Virginia , y finaba los ojos en ra recientemente movida : arrodilló-
su fuente. se a l l í , y levantando los ojos al cielo,
hizo una larga oracion.
E l cirujano del g o b e r n a d o r , que
Q
A IO PABLO r VIRGINIA. 2II
Este paso me pareció de muy ría volverse á casa. E n e f e c t o , lue-
buen agüero para el recóbro de su go que amaneció , estuvo mirando
r a z ó n , pues semejante señal de con- bastante tiempo ácia la llanura de la
fianza en el ser s u p r e m o , manifesta- Iglesia de las PAMPLEMUSAS, y aun
ba que su alma comenzaba á r e c u - hizo algunos movimientos como pa-
perar el exercicio de sus funciones ra retroceder ; pero de allí á un ins-
naturales. D o m i n g o y y o nos arro- tante se internó repentinamente e n
dillamos , á exemplo s u y o , y ora- el bosque , dirigiendo siempre sus pa-
mos con ¿1 : después se l e v a n t ó , y sos ácia el norte. Conociendo y o su
se encaminó ácia la parte del norte intención , procuré distraerle de e l l a ,
de l a isla , sin hacer mucho caso d e pero fueron inútiles mis esfuerzos.
nosotros. Como y o estaba cierto d e Llegamos finalmente cerca de medio
que ignoraba donde se había depo- día á la punta de los POLVOS DK
sitado el cadáver de V i r g i n i a , y aun ORO , y baxó precipitadamente á la
si le habían sacado del m a r , le pre- p l a y a del mar , enfrente del p a r a g e
gunté por q u é había ¡ij?-á rezar al donde n a u f r a g ó e l San Gerando ; y
píe de ios bambúes , y me respon- á vista de la ísleta d e l AMBAR y d e
dió s u s p i r a n d o : " H e m o s estado allí su c a n a l , entonces terso y apacible
tantas veces Virginia y y o 1 como un c r i s t a l , exclamó : *'' Virgi-
Continuó caminando hasta la en- nia ! amada Virginia 1 " y en esto
trada del bosque , donde nos cogió se desmayó.
la noche. A l l í le excité con mi e x e m - Domingo y y o le conduximos en
plo á tomar un poco de alimento , y hombros á lo interior del b o s q u e ,
después nos recostamos sobre la y e r - donde nos vimos m u y apurados para
va al pie de un árbol , persuadido hacerle v o l v e r en s í ; y habiéndolo
j o de que al día siguiente resolve- c o n s e g u i d o , se empeñó de nuevo e n

2 1 J PABLO r VIRGINIA. 213
volver á las orillas del m a r , hasta cieron derramar sucesivamente lágri-
que habiéndole suplicado que no re- mas de aflicción; y los mismos ecos
novara nuestro dolor y el suyo con que tantas veces habian resonado con
tan crueles memorias, tomó otra di- los gritos comunes de su mutua ale-
rección. Finalmente , por espacio de gría , no repetían entonces mas que
ocho dias , no cesó de andar de una estos acentos doloridos : " Virginia ! . .
parte i o t r a , recorriendo uno por amada V i r g i n i a ! "
uno los lugares donde habia estado C o n aquella vida errante y sal-
con la compañera de su infancia; la vage , se le hundieron los o j o s , cu-
senda por donde habia ido á pedir brió su rostro una mortal palidez, y
el perdón para la esclava de R i o - su salud se deterioró considerablemen-
KEGRO -, las márgenes del rio de los te. Persuadido y o de que el senti-
TRES PECHOS , donde Virginia se sen- miento de los males presentes se du-
tó por no poder a n d a r , y la parte plica con el recuerdo de los place-
del bosque donde los dos se extravia- res p a s a d o s , y que las pasiones cre-
ron. Todos los sitios que le recorda- cen y se fortifican con la soledad ,
b a n las inquietudes , los entreteni- resolví apartar á mi infeliz amigo de
mientos , los banquetes, la benefi- los luga fes que renovaban la memo-
cencia de su querida Virginia ; el rio ria de la pérdida de la prenda de
de la MONTAXA-LARQA , mi c a b a ñ a , su a m o r , y trasladarle á otro para-
la cascada inmediata , el apoyo plan- ge de la isla donde encontrase mas
tado por su mano , los cruzerns de distracción y variedad de objetos.
la floresta donde ella se complacía en A este efecto le llevé á las al-
c a n t a r , la era ó explanada inmedia- turas habitadas del distrito llama-
ta á su casa donde gustaba de cor- do de WILLIAMS , donde no habia
r e r ; todos estos sitios. repito , le hi- estado nunca , y en cuya parte do
Q3
r VIRGINIA. AIJ
a 14 PABLO
deadas de grandes bosques , no se
la isla , la agricultura y el comercio
descubre ni el mar , ni PUERTO-LUIS,
estaban á la sazón en su m a y o r a u -
ni la Iglesia de las PAMPLEMUSAS , ni
ge y actividad , pues por todas par-
otro objeto que pudiera excitar en
tes habia cuadrillas de carpinteros,
P a b l o la memoria de V i r g i n i a . L a s
que cortaban mulleras, y otros q u e
mismas montañas que se presentan
las serraban en t a b l o n e s ; carretas q u e
á la vista en diferentes graduaciones
iban y venían de una parte á o t r a ,
por el lado de PUF.RTO-LUIS , no o f r e -
por todos sus c a m i n o s ; grandes m a -
cen , miradas desde las llanuras de
nadas de bueyes y de caballos , que
WILLIAMS , mas que un promonto-
pastaban en su fértil campiña , y una
rio en linea recta y p e r p e n d i c u l a r ,
infinidad de casas distribuidas por los
en el qual sobresalen varios picachos
campos. Por otro lado la elevación
m u y e l e v a d o s , donde se apiñan las
del suelo permite plantar a l l í en m u -
nubes.
chos parages diversas especies de v c -
A aquellas llanuras , pues , c o n -
jetales de la e u r o p a , y se veían a q u í
d u x e y o á P a b l o , tray¿nd<de en con-
y allí mieses doradas en la llanura,
tinuo movimiento de una parte a
verdes tapetes de fresales en los des-
otra , de noche y de dia , al a g u a y
campados de los b o s q u e s , y a lo lar-
al sol , y aun extravíándole de p r o -
go de los caminos setos de rosales.
pósito en los bosques , prados y c a m -
Ademas de esto , la frescura del a y r e
pos , con el fin de distraer su áni-
que a l l í se respira , dando tensión á
mo con la fatiga del c u e r p o , y de
los n e r v i o s , e s . por consiguiente , f a -
hacerle mudar de reflexiones con la
vorable á la salud , aun de los mis-
ignorancia del lugar donde nos ha-
mos blancos.
llábamos , y del camino que h a -
Desde aquellas alturas , situadas
bíamos perdido. Pero el alma de un
casi en el centro de la isla , y ro-
Q 4
216 PABLO r VIRGINIA. 517
amante encuentra en todas partes los l a fuente de los cocotéros, y que ella
vestigios del objeto amado : la noche conservó hasta el último instante de
y el dia - el bullicio y la soledad , el su v i d a . " Al punto que Pablo v i ó
tiempo m i s m o , que se lleva tras sf el retrato , me lo arrancó de las ma-
tantas memorias, nada puede apartar- nos con una especie de furia - co-
le de é l , bien así como la aguja m a g - menzó á t e m b l a r , y se le inflama-
netizada , que por muchas agitaciones ron los o j o s , detenidas en ellos las
que padezca , se v u e l v e acia el po- l á g r i m a s , sin poder correr. Y o e n -
l o que la atrae , inmediatamente q u e tonces viéndole tan inmutado , le lu-
l a dexan en reposo. Y a s í , quan- c e las reflexiones siguientes:
do y o le preguntaba á Pablo , e x - " ' E s c u c h a mis razones , querido
traviado en medio de un b o s q u e : P a b l o , que soy tu a m i g o , y lo h e
f l ' ¿ Adonde iremos ahora ? se v o l - sido igualmente de Virginia , y no
v í a a'cia el norte , y me decía Allí ignoras que h e procurado s i e m p r e ,
están nuestras montañas , volvámo- en medio de vuestras e s p e r a n z a s , f o r -
nos á e l l a s . " tificar vuestra razón contra los acci-
Eien pronto conocí que todos los dentes imprevistos de la vida. ¿ D e
medios , discurridos por mí para dis- q u é te lamentas con tanta amargu-
traerle , eran i n ú t i l e s , y que no me ra ? de tu desgracia , ó de la de Vir-
quedaba otro recurso que combatir su ginia ?
pasión con sus mismas a r m a s , valién- » T e lamentas de tu desgracia?
dome para esto de todas las fuerzas sin duda que es m u y grande , pues
de mi débil razón ; y así le respon- has perdido l a mayor de las m u g e -
dí : ° ' S í ; aquellas son las montañas res , que habiendo sacrificado sus in-
donde vivía tu querida Virginia , y tereses á los t u y o s , te prefirió á los
éste el retrato que l e diste junto á bienes de la f o r t u n a , como el único
218 PABLO Y VlRBlHJA. ~'9
premio digno de su virtud. Pero hombre d e malas costumbres , y peor
¿qué sabes t ú si el o b j e t o de quien m o d o d e pensar? Y e n este c a s o , 6
p o d í a s e s p e r a r una f e l i c i d a d tan pu- v i v i r í a s p o b r e toda tu v i d a , 6 te e x -
ra - tal v e z sería p a r a tí la causa d e pondrías á las a s e c h a n z a s d e su c o r -
una infinidad d e males ? V i r g i n i a e r a rupción por c o n s e r v a r tu honor y e l
pobre y estaba desheredada ; y tú d e t u esposa , siendo perseguido p o r
únicamente la podías mantener con aquellos mismos de quienes espera-
el trabajo de tus m a n o s . Habiéndo- bas protección y amparo.
se c r i a d o c o n m a s delicadeza que tú, y Me podrás d e c i r que á lo me-
y a d q u i r i d o mas v a l o r c o n su misma nos g o z a r í a s d e l a f e l i c i d a d i n d e p e n -
desgracia , la hubieras v i s t o desmejo- diente de l a fortuna , esto e s , d e p r o -
rarse d e dia e n d í a , esforzándose e n t e x e r a l o b j e t o a m a d o , q u e se e x t r e -
p a r t i r c o n t i g o el p e s o de tus f a t i g a s . cha con nosotros e n proporcion de
¡ Q u a n t o no se a c r e c e n t a r í a n tus p e - su misma debilidad ; de consolarle
nas y las s u y a s , si teniendo hijos ma- con tus p r o p i a s i n q u i e t u d e s ; d e ale-
ñana ú otro dia , os v i e r a i s precisa- grarle con tu misma tristeza , y de
d o s á m a n t e n e r . con solo tu t r a b a j o , a u m e n t a r el a m o r con vuestras pe-
á vuestras ancianas madres, y una nas m ú t u a s . N o h a y duda que la v i r -
dilatada familia! tud y el a m o r , e n los matrimonios
5'Tú me dirás q u e e l goberna- bien a v e n i d o s , gozan de estos pla-
d o r os a y u d a r í a , p e r o ¿ quién sabe ceres amargos. Pero Virginia ya no
si en una colonia , donde se m u d a n existe, y te q u e d a n los dos objetos,
tan amenudo los g o b e r n a d o r e s , ha- que despues de tí ha a m a d o mas e n
llaríais otro como M r . d e la Bour- este m u n d o , q u e son su madre y la
donais ? ¿ q u i é n te a s e g u r a á t í q u e t u y a , á q u i e n e s tu dolor inconsola-
el que v e n g a despues d e é l , n o sea b l e h a r á d e s c e n d f r al sepulcro. Pon,
*AO PABLO
r ViRC.IH¡A. 221
p u e s , tu dicha en a y u d a r l a s , como rnos tan afanados en estas llanuras,
la tenia puesta ella misma. L a be- de tantos como van á buscar f o r t u -
neficencia , hijo m i ó , es la felicidad n a á las I n d i a s , ó que sin salir de
de la v i r t u d , y n o h a y o t r a m a y o r su casa disfrutan tranquilamente en
ni mas segura q u e ella sobre la tier- e u r o p a de los sudores de estos , ni
ra. L a s proyectos de placeres , de u n o solo h a y q u e no esté destinado i
tranquilidad , de delicias , de a b u n - p e r d e r un dia lo q u e m a s estima,
dancia y de g l o r i a , n o están hechos g r a n d e z a , fortuna , m u g e r , hijos y
para e l hombre débil p o r n a t u r a l e - a m i g o s . L a m a y o r parte tendrán q u e
z a , y pasagero en esta vida. O b s e r - a ñ a d i r á esta pérdida la memoria de
v a c o m o un paso d a d o á c i a la for- su propia imprudencia ; mas tú , en-
t u n a , nos ha p r e c i p i t a d o á todos de trando dentro de tí mismo , nada t i e -
abismo en abismo. V e r d a d es q u e ti't nes de que reprenderte , pues siem-
te opusiste al v i a g e de V i r g i n i a ; pe- p r e has tratado á V i r g i n i a con l a s
r o ¿ q u i é n diria q u e n o habia de ser miras mas legítimas , m a s puras y
para su m a y o r bien y t u y o ? L a s ins- mas desinteresadas. l i s verdad q u e
tancias de una parienta anciana y ri- la has p e r d i d o ; pero n o h a sido por
ca , los consejos de un gobernador i m p r u d e n c i a , a v a r i c i a ú o t r a falta tu-
prudente , los a p l a u s o s de una colo- y a , sino porque D i o s h a q u e r i d o
nia , las exórtaciones y autoridad de valerse de l a s pasiones de otros para
un ministro de D i o s , han d e c i d i d o quitarte el objeto de tu a m o r : D i o s ,
de la suerte de V i r g i n i a . Asi r e g u - d i g o , de quien tienes t o d o lo q u e
larmente corremos á nuestra p e r d i - e r e s , que v e todo lo q u e te c o n -
ción , deslumhrados con las esperan- viene , y c u y a sabiduría n o te dexa
zas de un mundo e n g a ñ a d o r . P e r o ningún l u g a r á la desesperación y al
a l c a b o , de tantos hombres c o m o v e - a r r e p e n t i m i e n t o , compañeros i a s e p a -
»22 PABLO v VIRGINIA. 223

rabies de los males de que nosotros y verás quan caramente han c o m p r a -


hemos sido los autores. do su pretendida felicidad ; la opinion
pública á costa de mil males domésti-
«Lamentaste de la desgracia de
cos ; las riquezas á costa de la pér-
Virginia , de su triste fin y de su
dida de la salud ; el placer tan ra-
estado presente ? y por q u e ' ! E l l a
ro de ser amado á costa de conti-
ha padecido la suerte reservada á la
nuos sacrificios ; y regularmente a i
g r a n d e z a , á la hermosura y á los
fin de una vida sacrificada á los in-
imperios mismos. L a vida del hom-
tereses de otro , no v e n al rededor
b r e , con todos sus proyectos ~ se ele-
de s í , mas que amigos falsos y pa-
v a como una torre, c u y o coronamien-
rientes ingratos. P e r o Virginia ha si-
t o ó remate . es la muerte. Estaba
do feliz hasta el último momento:
condenada á morir desde el instante
l o fué e n nuestra compañía con los
d e su nacimiento. ¡ Dichosa ella en
bienes de la naturaleza , y lejos de
haberse desatado de los lazos de la
nosotros con los de la virtud ; y 31M
v i d a , antes que su madre, que la tu-
en el instante terrible en que la v i -
y a y que tú mismo : quiero d e c i r ,
mos perecer fué igualmente f e l i z ;
en no haber muerto muchas veces
porque ya echase los ojos sobre to-
antes de la última!
da una colonia , en c u y o s habitantes
w L a muerte , hijo mió , es un
causaba una desolación u n i v e r s a l , y a
bien para el hombre justo ; es la no-
los echáse sobre t í , que con tanta
che de este dia inquieto que se lla-
intrepidez volabas á su socorro , tu-
ma v i d a , y el término de las enfer-
v o el consuelo de v e r quan amada
medades , pesares, aflicciones y te-
era de todos. Fortificada en aquel
mores que continuamente agitan á
momento con el testimonio de la ino-
los míseros mortales. Fondéa á los
cencia de su v i d a , recibió entonces
hombres que parecen mas dichosos,
y VIRGINIA. 22 3
224 PARLO
el p r e c i o QUE el c i e l o r e s e r v a b a á SH á quien toda la naturaleza anuncia,
v i r t u d , un v a l o r s u p e r i o r á los ries- y c u y a existencia te dicta tu mismo
g o s : e n una p a l a b r a , p r e s e n t ó á la corazon, penetrado de la grandeza
muerte un rostro sereno. d e sus o b r a s , que están í la vista
d e todos. El es el q u e premia las
» D i o s , h i j o m i ó , da e n q u e m e -
virtudes , ó castiga s e v e r a m e n t e los
recer á la virtud en l o s v a r i o s l a n -
vicios, sin q u e n i n g ú n mortal p u e d a
c e s d e l a vida , para manifestar q u e
frustrar los decretos d e su justicia.
ella sola es l a q u e puede hallar fe-
La religión te lo enseña , y no ne-
licidad y g l o r i a en los acontecimien-
cesito detenerme ahora en probarte
tos mas t e r r i b l e s . Quando le reser-
una verdad de que estás bien con-
va una reputación ilustre , la eleva
vencido. A h I si V i r g i n i a ha sido f e -
sobre e l g r a n t e a t r o del m u n d o y la
l i z c o n nosotros , lo será actualmen-
pone e n c o m b a t e c o n la m u e r t e ; e n -
te mucho mas con l a posesion de s u
tonces su valor sirve de e x e m p l o , y
criador. A s í es d e esperar de l a i n -
la m e m o r i a d e sus d e s g r a c i a s recibe
finita bondad d e D i o s , y de la j u s -
p a r a siempre un t r i b u t o de lágrimas
ticia c o n que j u z g a á sus criaturas.
d e la posteridad. V e aquí el monu-
Vuelvo á repetir: V i r g i n i a es feliz
mento inmortal que está reservado
on e l c i e l o ; y si desde l a morada d e
p a r a la v i r t u d , en u n a t i e r r a en q u e
los angeles pudiera comunicarse á t í ,
todo pasa, y hasta l a memoria de
te diría como por última despedida:
l a m a y o r p a r t e de l o s g r a n d e s , es se-
P a b l o 1 l a vida no es mas que
pultada en eterno olvido.
una continua prueba. Yo atravesé
» P e r o V i r g i n i a v i v e todavía. E l
los mares por o b e d e c e r á mis p a d r e s :
mismo D i o s q u e la c r i ó l a h a c e f e l í z i
renuncié Jas riquezas por conservar
premiando sus ' v i r t u d e s . Ya sabes,
n i f á , y p r e f e r í la m u e r t e i la vw-
h i j o mió , q u e h a y u n ente s u p r e m o ,
126 PABLO r VmaiNtA. 227
lacion del pudor. E l cielo me ha li- dixo : " Y a 'que la muerte es un
bertado , en premio , de la pobreza, b i e n , y Virginia feliz , quiero mo-
de la calumnia y de todos los males, rir quanto antes para juntarme con
que afligen al ünage humano en ese e l l a . " D e modo que las mismas ra-
globo de miserias, donde la- vida es- zones con que y o procuraba conso-
tá en continua lucha con la muerte, larle , solo sirvieron para fomentar,
y la inocencia con la injusticia ; y mas su pena ; y me v i entonces en
l" tú me lamentas! Aquí gozo de una él mismo caso de un hombre, que
dicha eterna é inefable, sin mezcla intenta salvar á su amigo , que se
de disgustos ni zozobras que la per- sumerge en un r i o , sin querer na-
turben. Sufre , p u e s , el estado de dar. E l dolor tenia sumergido á P a -
prueba , en que te ha puesto la pro- blo. A y de m í ! las -desgracias de la
videncia en ese mnndo , para ser fe- primera edad disponen ál hombre pa-
liz conmigo en éste por toda una ra la entrada de la vida ; y Pablo
eternidad. Aquí tendrán fin tus pe- no habia experimentado ninguna.
n a s , y -se enjugarán tus lágrimas, Volvimos, por fin , i su cabana,
O Pablo ! Pablo I eleva tu alma í donde encontré á su madre y á M a -
lo infinito, para soportar las traba- dama de la T o u r en peor estado que
jos de un instante." antes de nuestra salida 5 pero parti-
A l llegar á a q u í , mi propio aca- cularmente Margarita era", la que se
loramiento puso fin á mi discurso. hallaba mas abatida de ánimo. Los
Pero Pablo mirándome de hito en hi- genios v i v o s , en los quales, hacen po-
to , exclamó : " P e r o ella no vive! ca mella las penas ligeras , son los

m
ella no vive ! " y una larga congo- que menos resisten á las grandes pe-
ja se siguió i estas ¿olorosas expre- sadumbres.
siones. Despues , volviendo en sí , me Consolélas del modo posible, y
Jt R i
2J8 PABLO
Margarita me contó lo siguiente: * VinuniA. I 29
" Sabed , vecino , como esta noche como quiera , lo cierto es que el de
me pareció v e r á Virginia vestida de estas infelices mugeres , tardó bien
blanco en medio de florestas y j a r - poco en realizarse. Pablo murió dos
dines deliciosos, que me d e c í a : Y o meses despues de su amada Virgi-
COZO DE OSA FELICIDAD DIGNA D9
nia , cuyo nombre no cesaba de pro-
nunciar. Margarita v i ó acercarse su
ENVIDIA. Despues se acercó S Pa-
fin ocho dias despues d<i la de su hi-
blo con semblante muy risueño , y
jo , con una alegría , que sola la vir-
se le llevó consigo; y como y o hi-
tud es capaz de experimentar , des-
ciese esfuerzos para detener á mi hi-
pidiéndose con la mayor ternura <fe
jo , experimenté que y o misma de-
Madama de la Tour , con la epe-
xaba la tierra , y le seguía con un
r a n z a , como ella decia , de una dul-
gusto indecible. Quise entonces des-
ce y eterna reunión en l a otra vida.
pedirme de mi amiga , mas vi que
nos seguia con Domingo y María. E l gobernador se encargó de la
Pero lo que me parece mas extraño subsistencia de Domingo y M a r í a ,
( continuó ) es que Madama de la que ya no se hallaban en estado de
T o u r ha tenido uri sueño esta no- servir , y no sobrevivieron mucho
che , acompañado de las mismas cir- tiempo á sus amas. E l pobre LEAL
cunstancias." también murió de pura vejéz , casi
Como ellas no eran supersticio- al mismo tiempo que su amo.
sas , me persuadí desde luego , que L a que se s o s t u » , en medio de
el sueño podria tener alguna analo- tantas desgracias , con increible gran-
gía con otros de que nos hablan las deza de alma , fué Madama de la
historias, que han sido mirados co- T o u r . á quien y o llevé á mi com-
ma inspiraciones del ciilo. Pero sea pañía. Esta valerosa m u g e r , despues
de haber consolado á Pablo y M a r -
R3
y VIRGINIA. 13'
230 PAULO
vista i dos infelices que por su b á -
garita , como si ella no tuviese otro»
x o modo de p e n s a r , como ella d e c í a ,
males que llorar mas que los de es-
babian deshonrado su casa y fami-
tos , me hablaba todos los dias de
lia. A veces volviéndose furiosa á
ellas - como de unos amigos estimados
vista de tantos pobres como hay en
que vivían en las inmediaciones. P e r o
París : " ¿ P o r qué no los envían , e x -
tampoco les sobrevivió sino un mesi
clamaba , á estos haraganes á perecer
I'or lo que mira á la fia de P a -
en nuestras colonias ? " A tempora-
rís , lejos de atribuirle Madama de
das daba en ser d e v o t a , y otras por
la Tour sus males , . pedia á Dios
el extremo opuesto ; sin acertar jamás
la perdonara , y libertara su espírtu
lí guardar el justo medio de una v i r -
de las horribles inquietudes, que se-
tud sincéra y constantemente segui-
gnn supimos después , la agitaron
da. E n suma , lo q u e mas aceleró
desde que tuvo la inhumanidad de
el término de su miserable vida , fué
despedir de su casa á Virginia. P e -
el remordimiento q u e la devoraba de
ro está tia desapiadada , no tardó en
haber sacrificado los sentimientos na-
experimentar el castigo de su dureza,
turales de la s a n g r e , á la a v a r i c i a
pues por varias embarcaciones que
d e su corazón y á la vanidad de su
posteriormente llegaron .'í esta i s l a , se
familia : y aun t u v o el desconsuelo
supo que estaba poseída de una espe-
d e ver pasar su bienes á unos p a -
cie de.melancolía , que le hacía i g u a l -
rientes que aborrecía. Y habiendo in-
mente insoportables la muerte y la
tentado , en v e n g a n z a , enagenar l o
vida. Tan pronto se achacaba á sí
mas pingüe de so patrimonio , por-
misma el fin prematúro de su sobri-
que no recayera todo en ellos , los
n i t a . y la muerte de su m a d r e , que
mismos parientes , aprovechándose de
á ella se habia seguido ; tan pronto
la especie de manía á que estaba su-
se aplaudía de haber desterrado de su
23 2 PABLO Y VIRGINIA. 533

eta , la lucieron encerrar como lo- qne huyeron quando v i v í a n : prefie-


ca , y pusieron sus bienes en adminis- ren al contrario , andar errantes d e -
tración. Asíque sus mismas riqueza! baxo del pajizo techo de las humildes
fueron la causa de su perdición ; y c h o z a s , donde habita la virtud labo-
como ellas habían empedernido el riosa, consolando á la pobreza no con-
corazon de la que las p o s e í a , por la tenta con su s u e r t e , é inspirandoá t o -
misma razón endurecieron el de los dos el gusto de los bienes naturales,
que las deseaban. E n suma , para el amor al trabajo y el temor de las
colmo de su desgracia , murió con riquezas.
bastante conocimiento para verse des- J.a v o z del pueblo , que calla
pojada y ultrajada por aquellos que sobre los monumentos elevados á la
la habían dirijido durante su vida. gloria de los potentados y conquis-
C e r c a del sepulcro de V i r g i n i a , tadores de la tierra , ha dado nom-
al pie del g r u p o de bambiíes ó c a - bres á algunos parages de esta isla,
ñas , fue enterrado su a m i g o P a b l o ; que eternizarán la pérdida de V i r -
y al rededor de ellos sus tiernas m a - ginia. S e v e cerca de l a isleta del
dres , y los fieles criados Domingo y •AMBAR , en medio de los arrecifes,
M a r í a . Sobre sus humildes sepultu- un sitio llamado EL PASO DEL SAN
ras no se elevaron mármoles-, ni se GERANDO , del nombre del navio en
grabaron inscripciones en loór de sus q u e naufragó V i r g i n i a . La extremi-
virtudes ; pero en recompensa de es- dad de aquella larga punta de tier-
tos vanos aparatos , ha quedado i n - ra que veis , á tres leguas de aquí,
deleble su memoria eft los corazones medio cubierta con las olas del mar,
de a q u e l l o s , á quienes tenían obliga- y que el S. G e r a n d o no pudo doblar,
dos con beneficios. S u s sombras no la víspera del uracán , para entrar en
tienen necesidad de] e x p l e n d o r , de el p u e r t o , se llama EL CABO DESGRA-
«34 PABLO r ViRcrxu. 233
CIADO ; y v e d allí en frente de no« desde que no os v e o , soy como un
soíros. en los confines de ese v a l l e , a m i g o que ya no tiene amigos , co-
LA BAHÍA DEL SEPULCRO , d o n d e se m o un padre que ha perdido á sus
encontró entre la arena el cadáver d e hijos , bomo un viagero que anda
V i r g i n i a , como si el mar hubiese q u e - errante sobre la tierra , donde ha que-
rido restituirle á su familia , y tribu- dado solo, triste y a f l i g i d o . "
tar los últimos homenages á su p u - A l a c a b a r estas p a l a b r a s , e c h ó
dor , en las mismas playas que ella á andar el buen anciano derraman-
habia honrado con la inocencia d« do abundantes l á g r i m a s ; y > las mias
su vida. habían corrido mas de una v e z , du-
Jóvenes tan tiernamente unidosl rante esta funesta relación.
madres desgraciadas I amadas fami-
lias! estos bosques que os dabaH su
sombra , estas fuentes que manaban
para vosotros , estos oteros donde F I N.
reposabais todos juntos , lloran toda-
vía el haberos perdido. N a d i e , des-
pués a c á , se ha atrevido á cultivar
esta tierra d e s o l a d a , ni á reedificar es-
tas humildes cabañas. Vuestras c a -
bras se han hecho montaraces; vues-
tros vergeles están destruidos; vues-
tros pájaros han huido , y solo se
o y e n los silvos de los gavilanes y
aves de rapiña que vuelan en tor-
no de este recinto de peñascos. Y o ,
No T A S. 43?
brío , cabras , puercos , toros , bacas y
caballos silvestres : hay muchos perros,
infinidad de pájaros, y aves de toda»
especies , murciélagos gordísimos mayo-
NOTAS. res que pichones, que tienen la cabe-
za como la de los monos: abundancia
de pesca, así de rio como de mar : hay
(i) La isla de Francia vista en el
unas tortugas 6 galápagos muy gran-
mapa parece un punió imperceptible en des , y un.pe* llamado raya , tan gor-
medio de la inmensidad del'océano. En d o , que con uno solo se puede mante-
ella hace» escala las embarcaciones que ner un dia. toda la tripulación de u n
navegan á las Indias orientales, y des- navio : se hallan también bacas, y bue-
de que M n de la Bonrdonais entró á yes marinos de á d i e z , y doce pies de
gobernarla, se puede dccir que está en largos , y gruesos á proporcion. El go-
estado de llegar á ser otra Bata v í a , pues bierno reside en un consejo supremo,
en su tiempo fué construido el arsenal cuyo presidente es gobernador general
mas cómodo y seguro para los navios de la isla. Hay un hospital construido
de la compañía Francesa de la India. La por M r . de la Bourdonais, capaz de
descubrkron los Portugueses j pero ha- contener de 400 á $00 camas : un ca-
biéndose apoderado de ella los Holan- nal de 366 loesxí de l a r g o , que coa-
deses el año de 15 98 , la llamaron isla duce las aguas al puerto y al hospital:
Mauricio en honor de Mauricio , Prín- muchos arsenales, fortificaciones, aloja-
cipe de Orange , que los comandaba. E l mientos ó quarteles para los oficiales,
año de 1712 la abandonaron estos , y l o n j a s , oficinas , y molinos de arucar
habiendo pasado á los Franceses, se lla- construidos por el ex presado gobernador,
ma desde entonces is!a de Francia: Tie- el primero que ha formado los plantíos
ne montes muy espesos , y producen de ella ha establecido fábricas de cotóo
tanta multitud de ébanos , que proveen y de añil, y ha enseñado á los habitantes
de esta madera á casi toda la Europa. de la isla , no solamente á calafatear
En sus pasto6 se cria mucho ganado, -loí nayios 4 «¿no um!uc¿a ¿ construirlos.
especialmente ciervos , machos de ca-
»3,® N O T A S , N o t a s . 239
(2) P,iM¡>lsm(jj«¡ : nombre propio del 4e cebolleta, de no muy grato sabor.
a r r a b a l , por la especie de árboles que (5) Palmera : compréndese báxo d t
en él crecen , los qnales producen unas este nombre, 6 del de fahha el á r b o l
como naranjas , del tatoaño de l a cabe- q u e da las palmas , de que hay muchas
za , de cxceleate sabor , semejante en especies cu las ludias. En América se
á c r i o inodu al de la fresa. E s fruta m u y llama palmito el fruio que producen las
comuir asi en las l u d i a s , como en l a palmas reales. E n latín palma.
China. (6) Tugadas : la voz francesa or-
• (3) Bambú , planta de Indias , es- pfni equivale á lo que en castellano se
pecie de caña que arroja desde la r a í l llama yugada ó aranzada, corno dicen
multitud de pies ramosos llenos de liú- oíros. Cada yugada viene ser el tra-
dos huecos , separados de trccbo en tre- bajo de un día de bueyes.
cho , y mucho mas notables que ios ta- (7) Domino : á r b o l ' de las Indias
llos de las cañas comunes j el hueco de srieutales y occidentales. E s una espe-
estos nudos contiene uu j u g o dulcc y cie de plaianu , muy diverso del de E u -
a g r a d a b l e , de que se saca el azúcar* las ropa , que por otro doinbre se dicet
hojas salen de los nudos acompañadas higuera de Adán ; tiene de alto como
de espinas , y tienen quatro ú ciuco pul- de u á 15 p i e s , y sus hojas son de
gadas de l a r g o , un dedo de ancho : son • á 8 pies de largo, y de j f á 18 pul-
puntiagudas y acaneladas , las flores en gadas de ancho , de modo que pueden
espiga , y .al modo de las del t r i g a Llá- servir de mámeles , servilletas, y aun
m a s e t a m b i é n caña de azúcar ó caña dul- de colchones para dormir blandamente
ce , y hay tres especies de ellas. En l a - y á placer : son de un color verdegay
t í n arando tabaxifera spinosa. hermoso , y tan tersas y consistente;, c o .
(4) Lauiura : especie de palmera ino el pafiel.El fruto que produce,y que
que sube mucho , y tiene el tronco del- los indios llaman banána , es d modo de
g a d o , pero de madera lan dura en la* racimo ó ramillete, y del grueso de un
parle extcriwr, que parece hierro , aun- b r a z o , y de u á 15 pulgadas de largo.
que interiormente se compone de una E s apropósito para asarse debaxo del
sustancia blanda. Produce una especie- rescoldo, o para cocerla como la carne.
240 N o t a s .
N o t a s . 241
Hay muchas especies, y en varias par-
tiene una pulpa agria y agradable al
tes llaman á este árbol Manzano del Pa-
gusto , entre la qual se halla una se-
raíso. En l a t i n Musa orbor.
milla semejante á los alverjines. En l a -
(8) Constelación de Géminis : termi-
tin tamarindus.
no de astronomía , para significar uno
(13) Montuna de los tres pechos : h a y
de los doce signos del zodiaco, que re-
muchas montañas , cuyas cimas tornea-
presenta dos mellizos ó gemelos.
das en figura de pechos de muger , tie-
(9) Hijos de Léda : termino de la
nen este mismo nombre en todas las
mitología ó historia fabulosa , que sig-
lenguas. Llámanse asi con toda propie-
nifica la hija de Thiestes y muger de
dad , porque son efectivamente como
T y n d a r o , Rey de Laconia. Fue ama-
verdaderos pechos,de donde dimanan los
da de Júpiter , que l a seduxo transfor-
principales ríos que fertilizan la tierra,
mado en cisne* y supone la gentilidad
siendo ellas las que constantemente les
que parió dos h u e v o s , el primero de
suministran las aguas , atrayendo con-
J ú p i t e r , que contenia á Polux y He-
tinuamente las nubes al rededor del p i -
lena , y el segundo de Tyndaro , que
co , que se eleva en su centro á mane-
contenia á Castor y Clytemnestra.
ra de pezón. En nuestros estudios de la
(10) Nioiw : término mitológico, que
naturaleza hemos indicado mas de una
«ignifica la hija de T a n t a l o , y muger
vez estas previsiones admirables de la
de Amphion Rey de Thebas.
naturaleza ( Nota del autor ).
(1 I) Negra marrona : en las colo-
(14) Ajupa : especie de choza , á que
nias se llaman así los esclavos que hu-
los Indios dan este nombre.
yen á los bosques, para.vivir en li-
( 1 4 ) Escolopendra : se llama también
bertad.
lengua de ciervo ó doradilla : sus hojas
(13) Tamarindo : árbol de las Indias
son hendidas como las del polipodio, ve-
orientales del tamaño del nogal : sus
llosas y algo rubias por la parte infe-
hojas son parecidas á las del helecho
rior , y verdes por la superior. Aspte-
hembra , las flores blancas semejantes á
nium, scolopendrium de Lineo.
las del naranjo , y su fruta de un dedo
(15) Se las di »i oler á leal : este
de largo y una pulgada de grueso, coa-
rasgo de sagacidad del negra Domingo
242 N o t a s . N o t a s . 243
y d e su perro leal, es m u y p a r e c i d o a l ( 1 8 ) Agatio : el tronco del a g a t i o
del Indio Tbewznisa y su mastín. Oniab, tiene 24 pies de alto , y 6 de grueso,
q u e refiere M r . de C r c v c c c e u r e n su p o r lo r e g u l a r . Se e l e v a hasta u n á a l -
o b r a llena de sensibilidad, t i t u l a d a : C a r - t u r a considerable , y crece en los ter-
t a * ík un cultivador americana (el autor). renos a r e n i s c o s : la madera es b l a n d a ,
( 1 6 ) Liana : especie de planta ame- las ramas las e c h a e n el medio y en
r i c a n a , y de a l g u n a s i s l a s , m u y p a r e - l a cima , y se c u b r e de flor en los tiem-
c i d a á l a y e d r a por su p r o p i e d a d de p o s lluviosos tres ó q u a t r o veces a l año.
a b r a z a r y enroscarse á los á r b o l e s , p e r o P r o d u c e una especie de habas , q u e sir-
c o n mucha mas f u e r z a y tallos mas g r u e - v e n p a r a comerse.
sos que l o s de l a y e d r a c o m ú n , d e m o - (19) Lila de Persia : otros 1? lla-
d o que á veces los h a c e secarse. S u s m a n Lilac , y t a m b i é n avellano de la In-
r a m a s no solo suben p c r p e n d i c u l a r m e n - dia : a r b u s t o , c u y o t r o n c o es d e l g a d o ,
t c hasta l a cima del á r b o l á q u e se a r - recto y ramoso , q u é da por fruto unas
r i m a n , sino que v o l v i e n d o á baxar e n n u e c e s , á l a s q u a l e s llaman los boticarios
l a misma dirección , se p r e n d e n en l a Ben , de que hacen el a c c y t e de este
t i e r r a , y tomando r a í z se e l e v a n n u e - nombre. Syringa pérsica de Linéo.
v a m e n t e : por manera , que enlazándose
(20) Papayo : á r b o l alto , como d e
d e un árbol e n o t r o : figuran á veces
2 0 pies d e grueso á proporcion , l a s ho-
l a x a r c i a de u n navio. L o s indios hacen
j a s d i v i d i d a s en t r e s puntas , así c o m o
d e ellas diversos usos de mucha u t i l i d a d .
l a s de la higuera : su fruta es á modo
L a t i n Ulaqucabilis de Linéo.
de melón, q u e refresca , conforta el es-
( 1 7 ) ¿Jtero: árbol m u y hermoso , pa- t ó m a g o y a y u d a á l a digestión. Cari-
recido a l g ú n tanto al ananas , a u n q u e ca papaya de Linéo.
mucho mas alto. Su f r u t a se c o m p o -
(21) Mangle : y 110 mango como al-
ne de u n a carne muy blanda , d e un
g u n o s dicen , á r b o l báxó , por lo c o -
g u s t o azucarado : el hollejo ó corteza
m ú n , aunque los hay como nuestros cas-
es muy grueso. Es á r b o l propio del r e y -
taños , de hojas parecidas á las del pe-^
110 de Si a m , y de a l g u n a s viras p a r t e s
r a l , peto mas g r u e s a s y largas : se crian"
d e Ja lndia_ oriental,
fc-las orillas de los ríos y e n Sitios p a n -
N O T A S . 245
244 N o t a s .
jactras , estando bien maduros , despi-
lanosos : los hay tí» todas las islas d e
den una f r a g r a n c i a q u e se percibe á
A m é r i c a , y también en la tierra firme:
mas de cien pasos, y contienen varia?
destilan c i e r t a resina m u y s a l u d a b l e y
celditas llenas de u n a especie de casta-
lUil p a r a l l a g a s , q u e b r a d u r a s , & c : las
ñas , que son de muy buen sabor a s a -
flores son blanca«,, la f r u t a como me-
das.
d i o pie de l a r g o , con u n a carne seme-
(2$) Jamberos : estos árboles c o n -
jante á l a de l a medula de los huesos,
s e r v a n todo el año la hoja y la flor,
y a u n q u e a m a r g a , es muy medicinal, y
y su f r u t a llamada jairt/)os,eS muy es-
provechosa.
t i m a d a j l a de mejor c a l i d a d e s la q u e
(22) G u a y a c o : á r b o l de 20 pies de
t i e n e olor de rosa : h a y dos especies de
a l t o , y g r u e s o á p r o p o r c i ó n : el tron-
j a m b o s , unos con hueso , y otros sin él.
c o es d e r e c h o , d u r o y f r o n d o s o , y l a
L o s p o r t u g u e s e s llaman á este á r b o l
flor como l a tlel membrillo , b l a n c a y
jambtyrd.
olorosa : echa después de la flor u n a es-
(2 6) Aloes ó Aloe: b a x o de este nom-
p e c i e de p e r a s , de color a m a r i l l o q u a n -
bre comprenden los botánicos l a zabi-
d o están e n toda su sazón : desde l o s
l a , l a pita y demás especies de plan-
3 años hasta los 30 da flores y g u a -
tas q u e echan l a flor parecida á l a del
yavas.
lirio. E l á r b o l del aloe se cria e n d i -
(23) Palto : á r b o l a l t o , c u y a f r u t a
versas partes de las Indias orientales , y
l l a m a d a palta , es de corteza v e r d e , de
p a r t i c u l a r m e n t e en la Cochinchina • es
u n a c a r n e mantecosa , y de figura de
semejante a l olivo , aunque mas c o r p u -
pera : el hueso es. mas g r a n d e que el
lento ; y su madera nudosa v de co-
d e l niclocoton;, se c r i a u de mejor c a -
lor o b s c u r o , da m u c h a f r a g a n c i a , si
lidad cu los terrenos ardientes q u e c u
se quema. L a t i n Agailocum.
l o s frios.
(27) Raqueta : planta , c u y a s flores
(24) Jaczrps; árboles altos de l a f p -
d e color p a g i z o , despiden un olor m u y
dia , c u y a f r u t a de tamaño de u n a ca-
delicioso.
l a b a z a , suele pesar á,. veces hasta cien
(38) Cirio espinoso: es una especie
libras. Estos arbok.s se crian á las o r i -
de c a r d o g r a n d e á q u •• los caribes lia- •
lla« del a g u a -'503.muy f r u i ^ d f l ^ ; la*
S3
t\6 N o t a s . N O T A S , 247

man Akoulerou : por lo regular se hace fluxiones y dolores de muelas. Llámase


también yerva doncella, y es m u y co-
una mata grande , tupida y cercada por
todas partes de agudas y delicadas es- mún entre las breñas , en los bosques
pinas i los rallos ticuen la figura de ci- y otros siuus húmedos y sombríos : ar-
r i o , las fiores son pagjzas ó inoradas: roja desde la raíz muchos tallos verdes,
la fruta es á manera de un higo grande leones, nudosos y largos , que serpean-
y agradable al paladar. Cereal ¡.ereoiu- do por la t i e r r a , se agarran á quanto
HÜÍ de Lineo. encuentran. E11 latín vinca pervitica,
clematida.
(29) Poinciana ó Ponciano : arbusto
de la América que también se cultiva en (33) Tcrva balsamina : planta , cu-
algunos jardines de europa : tiene las yos botones se parecen á i a cabeza, de
hojas encarnadas , y la c o n c i a lisa y de la grulla con su pico , por c u y a razón
coiur de púrpura: crece sin cultivo has- se le da el nombre de garmuum , toma-
ta la altura de 6 ó 7 pies , y sus flores do del griego , que quiere decir g r u l l a :
son tan hermosas , que suelen llamarse hay hasta ocho especies de esta planta.
de patio real. E n laiiu Adcnanthera pa- (34) Basiliscos : es una planta in-
vonina de Lineo. diana de agradable color y de mucha
(30) Tacamaca : el taeamaco es un fragrancia.
árbol alto v hermoso , m u y conocido en (35) Negra fragata : es u n pájaro

nueva España : la goma ó resina del la- del iropíco que remonta mucho su vue-
cainaco es medicinal : la hay fina y or- lo , y el que se mamicüc inas tiempo
dinaria. Tacamaca. «ni el a y r c : llamase fragata por razón
(31) Cocol ¿ra i el árbol que da los de su volar . fácil y ligero ; y también
cocol , y es muy parecido á la palme- rabihorcailo , porque su cola forma la fi-
ra : tiene las hojas tan anchas , que sue- g u r a de una horquilla. E s del tamaño de
l e n cubrirse los techos con e l l a s , y los uua g a l l i n a , pero tiene las a l a s i a n lar-
indios las usan á veces para velas de g a s , q 11c casi son de nueve pies: se
las canoas. alimenta de peces, y persigue á las
otras aves marítimas , hasta que sueltan
(33) Pervmca : planta de que habla
los que llevan cu el pico.
f l | m o , c u y o j u g o sirve pata aliviar las
S4
N O T A S . 24$
248 N O T A ft.
Jos españoles llaman comunmente pinas!
(36) Pájaro blanco del trópico : es del
es tan grande como un melón ordina-
tamaño de una paloma , y tiene en l a
rio , y parece que multiplica los s a b o -
cola d e 15 a 20 plumas , entre las q u a -
res cerno si f u e r a manS. E n las A n t i l l í s
les sobresalen mucho las dos del medio:
las h a y de tres especies. E n latin nux
llámase también por esta razón rabo de
f tv.ca indica.
junco : se e l e v a extraordinariamente , y
se somormuja e n el a g u a . (42) Atas : fruta del á r b o l llamado
otero.
(37) Bengalí : el b e n g a l í es u n a
(43) Acimboyas : fruta q u e otros l l a -
especie de gorrion de q u e hay m u c h a
man cimbógos , y es de l a • especie del
a b u n d a n c i a en las islas fiüpihas.
cidro. Se conocen en los reynos de M u r -
(38) Cardenales : el pájaro l l a m a -
cia y de V a l e n c i a .
d o cardenal , es del t a m a ñ o de un m i r -
(44) Volutas ó roleos : voluta , en
lo i pero su canto es m u y delicioso , y
l a a r q u i t e c t u r a , se llama l a linea en-
e l p l u m a g e en extremo v i s t o s o , y mu-
t o rl i j a d a ' e s p i r a l mente, que constituye e l
cho mas q u a n d o v i v e libre en los bos-
adorno p r i n c i p a l de. los capiteles jóni-
q u e s , q u e encerrado e n las j a u l a s y
cos y compuestos. Saint Pierre a p l i c a
pajareras.
este término con propiedad á l a figura
(35.) Ambas : f r u t a del árbol l l a m a -
que hacen las olas antes de romperse e n
d o Magna : es de un v e r d e semejante
las p e n a s , arrecifes ó arenales ; de l o
a l de l a primera corteza de nuestras
q u a l solo puede formar idea el que ha-
nueces , y mayor que un melocotón : l a
y a visto el mar embravecido.
corteza, q u a n d o están maduros, es amar-
(45) Se hacían divergentes : térmi-
g a , a m a r i l l a y lustrosa , pero l a c a r n e
es d u l c e como la miel. no de l a ó p t i c a , el qual se dice de los
r a y o s de l a l u z , que habiendo sufrido
(40) Bananas : l a banana es la f r u -
l a rcfracion ó la reflexión, se v a n a p a r -
ta q u e da el banáno , y las hay l a r g a s
tando los unos de los otros , a l mudar
como el b r a z o , q u e los indios l l a m a n
d e medio , como sucede c o n los vidrios
outsiv h a y l a s también m u y p e q u e ñ a s ,
cóncavos de ambos lados.
q u e se l l a m a n acoudres.
(4.1) Anánas : planta indiana , q u e (46) Tuca : raíz que los indios l i a -
«50 N 0 T A i.
man manioc : se parece al rábano, aun- Esta obra se bailará , en- la li-
que mas parda y gruesa de corteza, de brería de D . M a n u e l B a r c o , car-
que se hace en la America el pan co rera de S. Gerónimo, con Jas si-
rann , reducida á granitos como anises. guientes.
Dicen que comida cruda es como ve-
nenosa , pero preparada y amasada le
harina q u e - s e hace de ella , es sabro- Pamela Andreuts , ó la virtud
sa ; y algunos europeos la prefieren a l recompensada , escrita en inglés
trigo. por Richardson , y traducida al
(+7) Dríadas y Faunos : los genti- c a s t e l l a n o : 4 t o m o s eti o c t a v o :
les llamaban Dríadas A las ninfas que Esta obra , tan celebrada en la
presidian en los bosques j y f a u n o s í
E u r o p a por su b u e n a m o r a l , y
unas animales que el Paganismo fingía
ser dioses de los campos y de las sel- p o r los p a s a g e s t i e r n o s y s u b l i -
v a s , engendrados de la tierra, y de uiuy m e s c o n q u e su a u t o r la h a h e -
larga vida. c h o i n t e r e s a n t e , e s la m a s p r o -
p i a p a r a la i n s t r u c c i ó n y d i v e r -
t i m i e n t o d e la j u v e n t u d d e a m -
b o s sexos.
F r a DE LAS N O T A S .
El Cristiano en el templo : o b r a
p ó s t h u m a d e l M a r q u e s de C a r a c -
c i o l o , l l e n a de s e n t i m i e n t o s s u -
b l i m e s y d e v o t o s para t o d a c l a -
I se d e p e r s o u a s . U11 t o m i t o e n oc-
tavo.
y ida del célebre naturalista el
Conde de liuff'uu , p a r a s e r v i r d e
i n t r o d u c c i ó n a l e s t u d i o d e su bis-
tòrio natural. V a a c o m p a ñ a d a d e
ufi elogio fúnebre á la m u e r t e del d i c a n á aprender el i d i o m a fran-
r e f e r i d o C o n d e de Buffon , por su cés. U n t o m o en o c t a v o .
discípulo y c o n t i n u a d o r el C o i i d c Ciencia del foro ó reglas para
d e la G e p é d e , y del discurso q u e formar un Abogado , con v a r i a s
sobre el estilo pronunció B u f f o n c a r t a s s o b r e l a elocuencia foren-
al t i e m p o de su recepción en la se. E s o b r a elemental para t o d o s
A c a d e m i a francesa. T r a d u c i o n del l o s q u e se d e d i c a n í l a a b o g a c í a .
francés por D . J. M . A . U n to- Un tomo en octavo.
m o en q u a r t o d e l m i s m o t a m a ñ o Espíritu de la Biblia, ó Mo-
q u e los d e la t r a d u c i o n de la ral universal , sacada del antiguo
historia natural, p a r a que h a g a y nuevo testamento : obra escrita
j u e g o c o n ellos. e n toscano por el célebre t r a d u c -
' t o r de la Biblia el A b a d M a r t i -
Ekmántos del arte de pensar
n i , y t r a d u c i d a por u n C l é r i g o
6 ¡a lógica reducida à lo que es
R e g l a r de la C o n g r e g a c i ó n de S.
meramente útil. O b r a ú t i l í s i m a p a -
C a y e t a n o . E s el l i b r o mas útil q u e
ra la j u v e n t u d , escrita en f r a n -
, se -puede d a r á l a j u v e n t u d , pa-
cés para el uso del C o l e g i o de
ra su a p r o v e c h a m i e n t o y edifica-
N o b l e s de Berlin por M . B o r r e -
cien. U n t o m o en o c t a v o .
" y , y t r a d u c i d a al c a s t e l l a n o por
D . Josef María Magallón y A r -
m e n d a r i z , M a r q u e s de S a n t i a g o .
U n t o m o en o c t a v o .
Catecismo del Abad Fleuri,
puesto en francés v en c a s t e l l a -
n o , p a r a el uso de los q u e se d e -
1067 S 9 D D - N D k C L A S -

AuTanSaint Piana, -Jací^ií^Henri

"ALFONSO BEYES" s *49p


S a i n t P i e r r e , J a c q u e s Henri Bernandin
d e , 1737-1814
Pablo y V i r g i n i a .

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