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NOTAS DE ANÁLISE

João Alves Silva Júnior


6 de novembro de 2010

Da Desigualdade Triangular, temos que

∀x, y ∈ R, |x| = |(x − y) + y| ≤ |x − y| + |y|


∴ ∀x, y ∈ R, |x| − |y| ≤ |x − y| (1)

Além disso, ∀z ∈ R, | − z| = |z|. Logo,

∀x, y ∈ R, −(|x| − |y|) = |y| − |x| ≤ |y − x| = | − (x − y)| = |x − y| (2)

De (1) e (2), segue que



|x| − |y| ≤ |x − y|
∀x, y ∈ R,
−(|x| − |y|) ≤ |x − y|
∴ ∀x, y ∈ R, max{|x| − |y|, −(|x| − |y|)} ≤ |x − y|

Mas ∀z ∈ R, |z| = max{z, −z}. Então,

∀x, y ∈ R, | |x| − |y| | ≤ |x − y| (3)

Proposição 1. Se {sn } converge, então {|sn |} converge.

Demonstração. Seja {sn } uma sequência convergente. Pelo Critério de Cauchy,

∀ > 0, ∃N ∈ N, m, n > N ⇒ |sm − sn | <  (4)

Mas, por (3), temos que, para todo m, n,

| |sm | − |sn | | ≤ |sm − sn |

de modo que

∀ > 0, ∃N ∈ N, m, n > N ⇒ | |sm | − |sn | | <  (5)

Logo, a sequência {|sn |} é de Cauchy e, portanto, convergente1 .


1 Se ainda resta dúvida, nestra proposição estamos trantando exclusivamente de sequências

de números reais. Toda sequência real de Cauchy é convergente.

1
A recı́proca da proposição anterior é falsa. Como contra-exemplo, tome
sn = (−1)n .
Exemplo 1. Considere a sequência
p
an = n2 + n − n.
√ √
Como ( n2 + n − n)( n2 + n + n) = n2 + n − n2 = n,
p n 1
an = n2 + n − n = √ = p . (6)
2
( n + n + n) ( 1 + 1/n + 1)
p
Intuitivamente, lim 1 + 1/n = 1. Se provarmos isto, decorrerá de (6), pelas
propriedades aritméticas dos limites, que

1 lim 1 1 1
n→∞
lim an = lim p = p = = .
n→∞ n→∞ 1 + 1/n + 1 lim 1 + 1/n + lim 1 1+1 2
n→∞ n→∞

Dado  > 0, provaremos que


p
∃N ∈ N, n > N ⇒ 1 + 1/n − 1 < . (7)

Podemos supor, sem perda de generalidade, que  < 1 (se (7) vale para um 
pequeno, então também vale para um  grande). Isto implica que 2 − 2 < 0.
Pela propriedade arquimediana de R, existe N ∈ N tal que
1
N> >0
2 + 2
1
∴ n>N ⇒ n> >0
2 + 2
1
⇒ 0 < < 2 + 2
n
1
⇒  − 2 < < 2 + 2
2
(pois 2 − 2 < 0)
n
1
⇒ −1 + (1 − )2 < < −1 + (1 + )2
n
1
⇒ (1 − ) < 1 + < (1 + )2
2

p n
⇒ 1 −  < 1 + 1/n < 1 +  (já que 1 −  > 0)
p
⇒ 1 + 1/n − 1 < .

Portanto, p
∀ > 0, ∃N ∈ N, n > N ⇒ 1 + 1/n − 1 < ,

A próxima proposição estabelece uma relação entre o limite superior da soma


e a soma dos limites superiores de duas sequências de números reais.

2
Proposição 2. Para quaisquer sequências reais {an }, {bn },

lim sup(an + bn ) ≤ lim sup an + lim sup bn .


n→∞ n→∞ n→∞

Demonstração. Sejam Es , Ea e Eb os conjuntos dos limites subsequenciais de


{an + bn }, {an } e {bn }, respectivamente. Precisamos mostrar que sup Es ≤
sup Ea + sup Eb . Suponhamos, por absurdo, que sup Es > sup Ea + sup Eb .
Assim, existe c ∈ R tal que sup Ea + sup Eb < c < sup Es . Sejam

x = c − (sup Ea + sup Eb ) e y = sup Es − c.

Como x > 0, sup Ea + x/2 > sup Ea e sup Eb + x/2 > sup Eb , de modo que (ver
item (a) do Teorema 3.17 de [1])

∃n1 ∈ N, n > n1 ⇒ an < sup Ea + x/2
∃n2 ∈ N, n > n2 ⇒ bn < sup Eb + x/2

an < sup Ea + x/2
∴ ∃n1 , n2 ∈ N, n > max{n1 , n2 } ⇒
bn < sup Eb + x/2

an < sup Ea + x/2
∴ ∃N ∈ N, n > N ⇒
bn < sup Eb + x/2
∴ ∃N ∈ N, n > N ⇒ an + bn < sup Ea + sup Eb + x
∴ ∃N ∈ N, n > N ⇒ an + bn < c
∴ ∃N ∈ N, n > N ⇒ an + bn − sup Es < c − sup Es = −y < 0
∴ ∃N ∈ N, n > N ⇒ |an + bn − sup Es | > y.

Provaremos que isto implica sup Es ∈/ Es . De fato, fixados um N ∈ N tal que


n > N ⇒ |an + bn − sup Es | > y e uma subsequência {ank + bnk } de {an + bn },
tome k0 ∈ N tal que nk0 > N . 2 Para todo K ∈ N, existe k = max{K, k0 } + 1
tal que k > K e k > k0 ∴ nk > nk0 > N ∴ |ank + bnk − sup Es | > y. Ou seja,
dada qualquer subsequência {ank + bnk } de {an + bn },

k>K
∀K ∈ N, ∃k ∈ N,
|ank + bnk − sup Es | > y
∴ lim (ank + bnk ) 6= sup Es .
k→∞

Portanto, sup Es ∈ / Es . Mas isto é impossı́vel (ver item (b) do Teorema 3.17 de
[1]). Por redução ao absurdo, concluı́mos que

sup Es ≤ sup Ea + sup Eb ,

ou seja,
lim sup(an + bn ) ≤ lim sup an + lim sup bn .
n→∞ n→∞ n→∞

2 k existe, pois, sendo {a


0 nk + bnk } uma subsequência de {an + bn }, {nk } é uma sequência
de números naturais estritamente crescente e, portanto, ilimitada.

3
Referências
[1] RUDIN, W. - Principles of Mathematical Analysis. McGraw-Hill Inc., 1976.
International series in pure and applied mathematics.

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