El espacio escénico

Significación ^ medios
Ana Goutman

Universidad Nacional Autónoma de México

Facultad de Ciencias Políticas y Sociales
Universidad Nacional A u t ó n o m a de México
F a c u l t a d de Ciencias Políticas y Sociales

El Espacio Escénico
Significación y Medios

Ana Goutman

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E l E s p a c i o Escénico. Significación y M e d i o s

Derechos reservados conforme a la ley.

Copyright © Universidad Nacional Autónoma de México

Proyecto PAPUT IN 400199

Facultad de Ciencias Políticas y Sociales

Circmto Exterior Mario de la Cueva
Ciudad Universitaria
México, D. F. 04510

ISBN: 970-32-1180-1

Impreso y hecho en México.

Primera edición, octubre del 2003.

Cuidado de la edición;
Domingo Cabrera Velázquez

Esta publicación no puede ser reproducida ni en todo ni en parte, ni

registrada en, o transmitida por u n sistema de recuperación de
información, en ninguna forma ni por ningún medio, sea mecánico,
fotoquímico, electrónico, magnético, electro-óptico, por fotocopia o
cualqioier otro sin el permiso previo por escrito de la Universidad
Nacional Autónoma de México.
 índice
Prólogo 11

Semiótica de las culturas 13

Para la semiología o la s e m i ó t i c a 23

Los e s t u d i o s s e m i ó t i c o s sobre t e a t r o 47

Algunas categorías de análisis

e n la s e m i ó t i c a del e s p e c t á c u l o 53
Experiencia-cuerpo-emoción 53
Lengua, significante, inconsciente 58
S u r g e la significación 60
El discurso 64
Intersubjetividad 69
Transferencia 69
Intersección 70
¿Qué es u n momento? 73
La m ú s i c a en el espectáculo 76
¿Por q u é n o l a topología? 78
E s t a m o s en u n m u n d o de objetos 79
Ciencias y a r t e s del espacio y el color 82
Realizar m i r a d a s t r a n s v e r s a l e s 88

S a n t a J u a n a de los Mataderos 91

Epilogando 113

Bibliografía 121
Los autores del "Tratado de semiótica visual",
el Grupo Mu de Bélgica, acordaron investigar
la i m a g e n v i s u a l como u n s i s t e m a d e
significación q u e p o s e e u n a organización
interna autónoma y elaborar u n modelo de la
manera m á s explícita y general posible.
 Dedicatoria

P s i c o a n á l i s i s y a n e u n libro de Christían Metz ilustra

u n c a m i n o diferente al q u e se h a b í a recorrido h a s t a
e n t o n c e s e n los e s t u d i o s sobre cine.
El cine, la lingüística y el psicoanálisis consti-
t u y e r o n u n a a l i a n z a n o v e d o s a , q u e legalizó la
intuición q u e el espectáculo t e a t r a l p u e d e d e s e m -
b a r a z a r s e d e los c u a d r o s d e la l i t e r a t u r a y m a r c h a r
con otros aliados.
 A Francisco Javier
Instituto de Artes del Espectáculo
Universidad de Buenos Aires

A los estudiantes de la Universidad

Nacional Autónoma de México
 Prólogo

A c o m e t e r este t r a b a j o s o b r e el espacio escénico q u e

u n e s a l a y e s c e n a , d e s d e perspectivas diferentes q u e
no sólo c o n v e r g e n , r e f u e r z a n sino lo e n s a n c h a n
r e q u i e r e de la c o n s u l t a a los teóricos.
Q u i e n e s se o c u p a n d e la filosofía, las a r t e s del
espacio, la c o m u n i c a c i ó n , l a lingüística, el psico-
análisis e i n c u r s i o n a n l a t e r a l m e n t e e n el m u n d o del
teatro, permitieron elaborar u n entramado que
sostiene e s t a semiótica del espectáculo.
Los c r e a d o r e s de e s p e c t á c u l o s h a n e s c r i t o
observaciones y diarios sobre s u labor y validan a l a
vez u n a visión integradora de lo sabido y lo no sabido,
lo s e n t i d o y lo no sentido, aquí c o n s i d e r a m o s lo q u e
h a sido dicho sobre lo q u e s u c e d e y no s u c e d e e n l a
s a l a y l a e s c e n a , aquello q u e se a b r e al p r e s e n t e del
e s p e c t a d o r q u e soy yo m i s m a .
"Semiología de l a s c u l t u r a s : significación del
e s p a c i o e s c é n i c o " , el n o m b r e q u e a c u ñ ó e s t a
investigación es u n t e m a m i t a d a j e n o a los c á n o n e s
a c a d é m i c o s q u e e s t á sin e m b a r g o p r e f i g u r a d o como
semiología de las culturas, pero no como significación
del-espacio escénico.
12 Ana Goutman

El lector no debe p e n s a r que se t r a t a de u n

recetario p a r a ver teatro o de u n discurso acerca de
l a s a r t e s e s c é n i c a s y t a m p o c o e s u n a lección s o b r e
l a crítica t e a t r a l .
Se t r a t a de proyectar u n a semiótica del
e s p e c t á c u l o , del e s p e c t á c u l o t e a t r a l p e r o t a m b i é n d e
t o d o tipo d e e s p e c t á c u l o s a los q u e d a p a s o la c u l t u r a .
El l u g a r d e t r a b a j o e s l a t a r e a d o c e n t e q u e
requiere del tiempo dedicado a la reflexión, a la
presentación oportuna de algunos p u n t o s de vista y
a t i e n d e el r e c o r r i d o crítico-histórico-científico q u e
a c o m p a ñ a la iniciación d e los e s t u d i a n t e s e n l a t a r e a
d e investigación;
Los a s u n t o s s i g u e n u n o r d e n q u e r e s p o n d i ó a l a s
n e c e s i d a d e s d e la d e s c r i p c i ó n y el a n á l i s i s , n o a la
interpretación de u n espectáculo que se presentó en
México a f i n e s del año 2 0 0 1 con la o b r a del
d r a m a t u r g o a l e m á n Bertold B r e c h t " S a n t a J u a n a d e
los M a t a d e r o s " .
L a D i r e c c i ó n G e n e r a l d e A s u n t o s del P e r s o n a l
A c a d é m i c o d e l a UNAM (DGAPA) a p r o b ó y d e s d e l u e g o
a p o y o el Proyecto PAPIIT IN 400199 p a r a l a realización
d e e s t e t r a b a j o . Lo q u e s i e m p r e e s s o r p r e s a a n t e lo
esperado-inesperado y agradecimiento que
reconforta.

Ana G o u t m a n
México, a g o s t o d e l 2 0 0 2
 Semiótica d e las culturas

A p a r e c e como u n t e m a asaz complejo e n los estudios

de semiótica o de la semiosfera en la e t a p a a c t u a l de
las investigaciones sobre el arte.
¿ E s u n a disciplina o u n proyecto intelectual q u e
redefine la especificidad de las ciencias h u m a n a s y
s o c i a l e s ? ¿No s e r á u n a ciencia de l a s ciencias?,
p r e g u n t a Francois Rastier.

La cultura, las c u l t u r a s a b a r c a n la totalidad de

l o s h e c h o s h u m a n o s , la f o r m a c i ó n d e los
sujetos, lo que estimula la delimitación de las
m i s m a s y d a p o r c o n c l u i d o el d u a l i s m o
tradicional que p r o p u s o Wilhem Dilthey con las
ciencias de la naturaleza, a f i r m a en "Arts et
sciences du texte" {2001: 282).

F i n a l m e n t e m a n t i e n e u n a vocación e p i s t e m o -
lógica,

federar las ciencias de la c u l t u r a alrededor de

los conceptos del lenguaje y de la interpretación;
desplazar la oposición metafísica entre sujeto
y objeto e n u n a distinción relativa e n t r e l a
 14 Ana Goutman
interpretación y el signo, restituir la complejidad
r a d i c a l d e los t e x t o s y o t r a s p e r f o m a n c e s
semióticas sin b u s c a r unificarlas.

La s e m i ó t i c a de las c u l t u r a s no h a llegado a
término en varios a u t o r e s y no se h a constituido e n
disciplina a u t ó n o m a "lo que p u e d e ser por otra pairte
ni deseable, ni posible'*. Pero es la ú n i c a

que p u e d e d a r c u e n t a del carácter semiótico

del universo h u m a n o .

C o n t i n ú a el escritor que la rigurosidad de las

ciencias de la c u l t u r a reside en la diversidad de las
c u l t u r a s que las h a c e moverse en tiempos y espacios
diferenciados, y a d e m á s c a d a objeto cultural d a d a la
m u l t i p l i c i d a d de l o s p a r á m e t r o s , i m p i d e t o d a
e x p e r i m e n t a c i ó n , r a z ó n de s u d i s t a n c i a c o n l a s
ciencias físicas.
La u n i d a d de este proyecto semiológico sigue el
modelo de la ciencia social que a c u ñ ó D u r k h e i m y
e n c u e n t r a u n a posible confrontación e n la o b r a de
los estudiosos estoniano-ruso luri Lotman y Boris A.
Uspenski.
La Semiosfera de l u r i L o t m a n se d e d i c a a la
semiótica de las a r t e s y de la c u l t u r a p u b l i c a d a e n
español en el a ñ o 2 0 0 0 e incluye artículos de otros
a u t o r e s y "Ricerche semiotiche" cuyo subtítulo e s
"Nuove t e n d e n z e delle scienze u m a n e neirUESS"
p u b l i c a d a en italisino en 1973 con Boris U s p e n s k i
•presenta la semiótica de la c u l t u r a y las aplicaciones
del s i s t e m a sígnico. E s t a ú l t i m a e s u n a p r i m e r a
edición m u n d i a l y el f r u t o de la colaboración entre la
El E s p a d o Escénico. Significación y Medios 15

c a s a e d i t o r a Giulio E i n a u d i y u n g r u p o d e e s t u d i o s o s
soviéticos u n i d o s a la o r g a n i z a c i ó n editorial d e l a
a n t i g u a URSS.
El t e m a e s el m é t o d o semiótico, y la e x t e n s i ó n o
p r o g r e s i ó n d e u n a d e t e r m i n a d a e s f e r a c o m o objeto
de investigación s e m i ó t i c a p a r a m o s t r a r u n a
d e t e r m i n a d a lengua y los diversos m o d o s de s u
realización y d e s u f u n c i o n a m i e n t o .
Lotman y Uspenski opinan que frecuentemente
l a i n c l u s i ó n del m a t e r i a l n u e v o e n el á m b i t o d e l a
investigación científica tiene u n significado
metodológico i n m e d i a t o p o r q u e u n n u e v o objeto d e
b ú s q u e d a p u e d e llevar a u n a revisión d e los m i s m o s
métodos de b ú s q u e d a .
Por o t r a p a r t e c u m p l i d a la investigación semiótica,
n o e n la e x t e n s i ó n , sino e n la p r o f u n d i d a d , e s t o e s la
descripción i n m a n e n t e de u n concreto sistema de
signos nuclea en la esfera estudiada u n determinado
complejo d e signos, y a s e a p a r a analizar las relaciones
e n t r e ellos e n el t e x t o - s i n t a g m á t i c a - o e n el s i s t e m a -
paradigmática.
El g r u p o d e p a r t i c i p a n t e s e n el libro R i c e r c h e
semiotiche t r a b a j a s o b r e los p r o b l e m a s sígnicos
p a r t i c u l a r e s , p o r c u a n t o e s c o n c r e t o el f i n q u e
p e r s i g u e n , o r i e n t a d o s h a c i a la p r o s p e c t i v a g e n e r a l
de la construcción de u n a teoría sintética de la
c u l t u r a . C o n s i d e r a d a la c u l t u r a h u m a n a c o m o u n a
c o m p l e j a j e r a r q u í a d e l e n g u a j e s u n i f i c a d e s d e el
p u n t o de v i s t a del fin científico las v a r i a d a s
experiencias concretas. Algunos estudiosos no están
i n t e r e s a d o s e n l a t e o r í a a b s t r a c t a d e la c u l t u r a s i n o
en u n a b ú s q u e d a vuelta hacia textos realmente
m a n i f i e s t o s e n la h i s t o r i a del p e n s a m i e n t o h u m a n o .
16 Ana Goutman

Lo q u e h a c e evidente la b r e c h a entre la p r o p u e s t a de
Francois Rastier y el grupo lotmaniano
E n la Introducción a la "Ricerche..." dicen los
autores:

La a c t u a l visión e s t r u c t u r a l h a c i a la s i s t e -
matización y a la desistematización del objeto
de e s t u d i o tiene la t e n d e n c i a recíproca a la
t e n s i ó n y r e s i s t e n c i a q u e d e t e r m i n a n el
funcionamiento de los s i s t e m a s sígnicos.
En las m á s variadas c u l t u r a s surge perió-
d i c a m e n t e la consideración del m u n d o , como
texto, m i e n t r a s el conocimiento del m u n d o es
igualado al análisis filológico de este texto, a la
lectura, la comprensión e interpretación. Así
como el libro se presentó, en el barroco r u s o ,
como el modelo del m u n d o de igual m e d i d a el
alfabeto llega a ser el símbolo universal de la
e s t r u c t u r a del universo, s e g ú n la cita de S.
Mathauserova.

La idea que el científico s e a u n lector i m p o n e

n a t u r a l m e n t e la exigencia de s a b e r u n a lengua, el
conocedor de la lengua se p e n s a b a como el políglota.
La a c u m u l a c i ó n del conocimiento e n el c a m p o
concreto de las investigaciones, a s u m e la f o r m a de
la c u l t u r a de s u tiempo. Y la posibilidad de conocer
s e h a v u e l t o u n a s u n t o del m e t a l e n g u a j e y de
p r o b l e m a filosófico h a p a s a d o a s e r u n p r o b l e m a
filosófico lingüístico.
Los a u t o r e s presentan, en la o b r a citada, estudios
c o n los r e s u l t a d o s y dificultades de la s e m i ó t i c a
soviética aplicada al "teatro popular", al "compor-
tamiento h u m a n o " , al "sistema espacial de la f á b u l a
r u s a " y e n la "Semiosfera o semiótica d e las a r t e s y la
El E s p a d o Escénico. Significación y Medios 17

c u l t u r a " e s t u d i a n "el l e n g u a j e t e a t r a l y la pintura'*,

"semiótica d e la e s c e n a " , "el l u g a r del a r t e c i n e m a -
t o g r á f i c o e n el m e c a n i s m o d e l a cultura'*, " m i t o ,
n o m b r e y c u l t u r a " , "los m u ñ e c o s e n el s i s t e m a d e la
cultura" etcétera.
R a s t i e r a f i r m a q u e p a r a L o t m a n la " s e m i ó t i c a d e
l a s c u l t u r a s " deviene "culturGlogía", y a q u e r e e m p l a z ó
e n los c u r s o s d e e n s e ñ a n z a r u s o s al m a t e r i a l i s m o
dialéctico y los a n t a g o n i s m o s d e l a s c u l t u r a s r e p i t e n
lo q u e s u c e d e e n t r e las c l a s e s y c o n c l u y e :

las mentalidades están formadas por la lengua

y la nación, entonces u n no ruso no podría
c o m p r e n d e r u n texto r u s o .

Lo q u e d i c e L o t m a n e s q u e l a i n v e s t i g a c i ó n
s e m i ó t i c a e s t á e s t r e c h a m e n t e l i g a d a n o sólo a l a
c u l t u r a d e s u época, sino t a m b i é n a la c u l t u r a nacional
y a la tradición científica, existen las c u l t u r a s
nacionales y e n e s a dimensión se inscriben los e s t u d i o s
q u e p r e s e n t a e n el libro a q u e hago referencia.
La d i v i s i ó n e n e s c u e l a s e s el a r g u m e n t o q u e
j u s t i f i c a c a d a t r a d i c i ó n : l a a m e r i c a n a s e r e ú n e e n la
o b r a d e S a n d e r s Peirce, t e n d e n c i a p r ó x i m a a l a lógica
s i m b ó l i c a y a los c a m p o s científicos limítrofes y al
círculo lingüístico d e Viena.
La d i v i s i ó n d e la s e m i ó t i c a e n s e m á n t i c a ,
s i n t á c t i c a y p r a g m á t i c a e s h e r e n c i a d e los e s t u d i o s
e n i n v e s t i g a c i o n e s lógicas.
Hay otras orientaciones en las escuelas f r a n c e s a s
c o n l a o b r a d e Levi S t r a u s s y R o l a n d B a r t h e s ,
d e t e r m i n a d a s por la exploración semiótica d e las
d i v e r s a s f o r m a s sociales, la antropología, la
18 Ana Goutman

e t n o g r a f í a , l a mitología y p o r o t r a p a r t e los c a m i n o s
q u e r e c o r r e n los p r o b l e m a s de la m o d a , de la
publicidad, etcétera.
Para Lotman y Uspenski muchos problemas que
s o r p r e n d e n por su novedad y se revisten de la
m o d e r n a metodología científica o b j e t i v a n p r o b l e m a s
d e t i e m p o i n t r í n s e c o a l a c u l t u r a . Por e j e m p l o l a i d e a
f u n d a m e n t a l de la semiótica de la cultura como
sistema de lenguaje y de sus concretas manifes-
t a c i o n e s como texto, s e n t i d a a m e n u d o c o m o n o v e d a d
e s p e c í f i c a d e l a semiótica, h a sido a d e l a n t a d a m u -
c h a s v e c e s e n el c u r s o d e l a h i s t o r i a del s a b e r y
e v i d e n t e m e n t e e s i n t r í n s e c a al h o m b r e .
¿La semiótica de las culturas remite a " u n a sola
ciencia"? E s la p r e g u n t a inicial d e F r a n c o i s R a s t i e r
p o r l a a m b i g ü e d a d e n t r e disciplina y c i e n c i a d e l a s
c i e n c i a s . P o d r í a C a s s i r e r s e r el a u t o r d e e s a c i e n c i a
al c o n s t i t u i r l a a n t r o p o l o g í a p e r o e n definitiva n o e s
u n a c i e n c i a o definir u n a v a r i e d a d d e c i e n c i a s a f í n e s
q u e c o n s t i t u y a n u n a ciencia.
¿Ciencias diferentes p a r a cada cultura? ¿Por q u é
n o r e s t i t u i r l a u n i d a d d e l a s ciencias e n l a c u a l e s t a r í a
i n c l u i d a la sem i ó t i c a e n el dominio científico?
Arguye Rastier que la semiótica de las c u l t u r a s
s e i n s t a l a como u n a concepción crítica e n t r e la "falsa"
u n i d a d d e Dilthey y la "instrumentalización" m a r x i s t a .
P a r a s e g u i r los r a s t r o s d e l a s e m i ó t i c a s e i n t e r n a e n
la noción de génesis que se articula con la vía
filogenética d e lo h u m a n o .
Pero no h a y c o n s e n s o en la síntesis de la
evolución, p o r q u e s e o c u l t a r í a el c o n c e p t o d e c o n t r o l
genético en la categoría de c a u s a que genera y
m a n t i e n e c e r r a d o s los c a m b i o s o p r o c e s o s .
El E s p a d o Escénico. Significación y Medios 19

Si a s í f u e r a n o e n t e n d e r í a m o s los c a m b i o s
morfológicos, los c a m b i o s a t r i b u i d o s a u n a z a r evo-
lutivo, n e g a n d o la n e c e s i d a d d e l a s f o r m a s al o r d e n
y a l a s leyes d e l a s f o r m a s . 1
Lo c u l t u r a l , u n i d o a lo genético, e n u n a g é n e s i s
d e l a s c u l t u r a s e s la a p u e s t a d e F r a n c o i s R a s t i e r :

La d i v e r s i d a d d e l a s l e n g u a s , l a d i s t i n c i ó n d e
las formas simbólicas, la de las prácticas
sociales, la d e l a s a r t e s , t o d o s e s t o s p r o c e s o s
p e r s i g u e n la hominización p o r la h u m a n i z a c i ó n
p e r o t o m a n s u a u t o n o m í a s e g ú n el t i e m p o q u e
n e c e s i t a l a especie y la f o r m a c i ó n del t i e m p o
histórico, s i n " p o u r t a n t s e l a i s s e r r a p p o r t e r a
s e s r a p i d e s s c a n c i o n s " (2001: 284).

Lo q u e l l e v a a c o m u n i c a r el i n t e r é s p o r l a
e p i g é n e s i s e n el d i s c u r s o del p r o f e s o r R a s t i e r :

se s u e l e d i s t i n g u i r la f i l o g é n e s i s y la
ontogénesis, insistiendo en q u e la s e g u n d a re-
p r o d u c e la p r i m e r a , pero se olvida de la
e p i g é n e s i s , n o e n el s e n t i d o a n t i g u o ,
embriológico del t é r m i n o , sino e n s u s e n t i d o
r e c i e n t e q u e s e a p l i c a a la m a d u r a c i ó n p s í q u i c a
(F.R. 1 9 9 1 : 228).

Lícito e s s e ñ a l a r q u e :

la experiencia del individuo modifica cons-

t a n t e m e n t e la e s t r u c t u r a a n a t ó m i c a fina d e l

'Jean Petitot, investigador francés de la Escuela de Altos Estudios en

Ciencias Sociales desarrolla en estos años ¡as implicaciones de la noción de
forma en un artículo en la Encyclopedia Universafys.
20 Ana Goutman

cerebro. E s a constatación permite reconsiderar

a la luz de adquisiciones recientes de las
n e u r o c i e n c i a s l a s t e o r í a s i n n a t i s t a s s o b r e el
lenguaje.

Lo e s e n c i a l r e d u n d a e n q u e s e p u e d a n conciliar
l a s t e o r í a s d e Lorenz y l a s d e F r e u d y a c o r d a r c o n los
d a t o s d e la lingüística g e n e r a l a c e r c a d e l a s l e n g u a s
p a r a a c e p t a r l a s h i p ó t e s i s s o b r e el c a r á c t e r c u l t u r a l
de la percepción.
O t r o e s el m o m e n t o d e los a u t o r e s d e l a s e m i ó t i c a
r u s a e n los v o l ú m e n e s q u e c i t a m o s .
A f i r m a n q u e la t e o r í a a b s t r a c t a d e l a c u l t u r a n o
les i n t e r e s a , la e x p e r i e n c i a científica m u e s t r a q u e l a s
construcciones culturales resultan semejantes, y la
d u r a c i ó n n o e s m u y l a r g a . La investigación del texto
m a n i f i e s t o figura e n la h i s t o r i a d e l p e n s a m i e n t o
h u m a n o . Hay q u e s e ñ a l a r q u e en e s t e libro d e L o t m a n
y Uspenski no hay u n tratamiento singular de esta
modalidad de trabajo, pero está presente como u n a
i n t e n c i ó n e n t o d o s los t r a b a j o s , lo q u e c o n f i e r e s i n
d u d a u n i d a d al p l a n t e a m i e n t o .
E s c o n v e n i e n t e d e s t a c a r , d i c e n los a u t o r e s , q u e
s e r e f l e j a tal u n i d a d d e p e n s a m i e n t o e n los e s t u d i o s
a m e r i c a n o s e n c u a n t o a la r e f e r e n c i a d e los s i g n o s
i n f r a l i n g ü í s t i c o s , s i g u i e n d o la filiación Locke, Peirce
M o r r i s y d e s a r r o l l a d a p o r S e b e o k . El l e n g u a j e
h u m a n o aparece como u n o de tantos sistemas
biológicos d e c o m u n i c a c i ó n y d e significación.
L a dirección f r a n c e s a r e p r e s e n t a d a p o r A b r a h a m
Moles c u y a o b r a e s t á poco d i v u l g a d a e n t r e n o s o t r o s
y la i n f l u e n c i a d e la ex U n i ó n Soviética especiadmente
e n l a e s c u e l a d e T a r t u , s e s i t ú a n e n el d o m i n i o d e los
El Espacio Escénico. Significación y Medios 21

s i g n o s s u p r a - l i n g ü í s t i c o s y el d e s a r r o l l o d e la
semiótica de la cultura.
J e a n Marie S c h a e f f e r e n el N o u v e a u Dictionnaire
( p . l 8 5 ) r e s u m e q u e la se m i ó t i c a d e l a s c u l t u r a s o l a
c o r r e l a c i ó n f u n c i o n a l d e los d i f e r e n t e s s i s t e m a s d e
s i g n o s - q u e refleja Ivanov en 1 9 7 3 - , h a d a d o l u g a r a
e s t u d i o s comparativos. Entre ellos figuran los
t r a b a j o s s o b r e l i t e r a t u r a , el cine escrito p o r L o t m a n
o s o b r e el a r t e c u y o a u t o r es U s p e n s k i .
F i n a l m e n t e s o n d o s t e n d e n c i a s s o b r e la s e m i ó t i c a
de la cultura p a r a aquilatar u n a concepción q u e s e a
el t e s t i m o n i o d e la c u l t u r a , lo q u e s i n d u d a a l g u n a
se p r e s e n t a como u n a división con las d i v e r s a s
variaciones nacionales fijadas en u n a fecha
determinada.
E s p o s i b l e q u e n o se p u e d a ir m á s aUá. El t e m a
s e r á e n t o n c e s , u n o m á s d e los a s u n t o s p a r a e x p l o r a r
e n l a s c i e n c i a s h u m a n a s y sociales al q u e h a b r á q u e
r e f e r i r s e d e j a n d o d e lado l a s p r e t e n s i o n e s d e u n i f i c a r
"totalidades", p e r o sí e n c o n t r a r la t o t a l i d a d p r o p i a a
c a d a c o y u n t u r a , q u e e s u n a f u e n t e d e riqueza.
U n a e c u á n i m e c o n c l u s i ó n c i e r r a p o r el m o m e n t o
este discurso:

U n a b u e n a i n d a g a c i ó n s e o r i e n t a a salir del
impasse, precisando u n modo propio de
o b j e t i v i d a d c r í t i c a del o b j e t o c u l t u r a l y l a s
formas de su temporalidad. Las ciencias de la
c u l t u r a p r e s e n t a n e n definitiva, " u n a especifi-
cidad que elude la falsa c o m p l e m e n t a r i e d a d
" entre las ciencias sociales y las ciencias
h u m a n a s " (F.R. "La a c c i ó n y el sentido").
 La semiología o la semiótica
Volver a S a u s s u r e p a r a r e c o r d a r q u e l a aparición
de la semiología s e debía al deseo de d a r e s t a t u t o
científico a la lingüística q u e no p e r t e n e c e al o r d e n
d e l a s c i e n c i a s n a t u r a l e s , n i al d e l a s c i e n c i a s
históricas, sino a u n o r d e n "que si n o existe d e b i e r a
existir con el n o m b r e d e semiología", en el m o m e n t o
en que la noción d e generalidad es la p r i m e r a a p u e s t a
de pensamiento.
La a u t o n o m í a d e l a s e m i ó t i c a / s e m i o l o g í a n o
d i s c u t e el p r o b l e m a de la estabilidad o p e r m a n e n c i a
del objeto de estudio, se a p r o x i m a con el n o m b r e de
semiología a l a s teorías del signo de los estoicos, a l a
s e m e i o t i q u e del " E n s a y o s o b r e el e n t e n d i m i e n t o
h u m a n o " de Locke y a la o b r a de Ogden y R i c h a r d
q u e en 1 9 2 3 a f i r m a b a n q u e los e n u n c i a d o s literarios
son p s e u d o proposiciones que t i e n e n u n a fiinción
emotiva. E s t a explicación no se d e f i e n d e h o y . La
concepción del signo, p r ó x i m a a la del Peirce y Frege
insiste en la distinción e n t r e sentido y referente q u e
no e s t á e n S a u s s u r e . Un signo no remite directamente
a u n objeto sino ú n i c a m e n t e a través de u n significado
q u e selecciona ciertos p r e s u p u e s t o s p e r t i n e n t e s p a r a
24 Ana Goutman

la relación vista a la q u e remite, a f i r m a Oswald D u c r o t

e n el " N o u v e a u Dictionnaire" (p.217).
¿ E s m á s fácil a h o r a d e t e r m i n a r el o b j e t o d e l a
semiología?
L a v a r i e d a d d e teorizaciones, l a s n u m e r o s a s y
consistentes conceptualizaciones requieren atender
la r e l a t i v a i n c o m p a t i b i l i d a d e n t r e ellas t a n a m e n u d o
m e d i d a y c o m e n t a d a . Porque la exigencia de u n a
c i e n c i a f u n d a m e n t a l y totalizante, p o r vocación, s u s -
ceptible d e r e n d i r c u e n t a a la vez del c a m p o c u l t u r a l
se s o s t i e n e e n l a d i v e r s i d a d d e s u s a s p e c t o s , los
s i g n o s y e n la h o m o g e n e i d a d d e s u s m a n i f e s t a c i o n e s ,
l a s del signo.
El a n á l i s i s lleva a d e s m e m b r a r l a s n e r v a d u r a s d e
e s t a p r o p u e s t a y u n o t i e n d e a averigusir p a r a q u é s e
t o m a u n o tal t r a b a j o , y e s o a s u vez exige s a b e r si el
objeto p e r m i t e e s a f r a g m e n t a c i ó n . C o m o a n u n c i é , s e
t r a t a d e la semiología del e s p e c t á c u l o y p a r e c e
pertinente introducir esta m a n e r a de conocer que se
padece frente a u n espectáculo.
H a s t a la f e c h a e n la semiología del t e a t r o s e h a n
a d o p t a d o los l i n c a m i e n t o s c o n s o l i d a d o s e n l a s l i d e s
literarias y c o n el c o n d i m e n t o d e u n a l l a m a d a p a r t i t u -
r a q u e serviría p a r a p o n e r e s a l i t e r a t u r a e n e s c e n a .
P a r t i t u r a t i e n e r e s o n a n c i a m u s i c a l y el s u j e t o q u e l a
e j e c u t a p r e t e n d e u n i f i c a r los e l e m e n t o s p a r a c r e a r
u n m u n d o q u e sino n o existiría.
Pero s e g u i m o s d e u d o r e s d e la e s c r i t u r a q u e e s
j u s t a m e n t e d o n d e los e s t u d i o s o s del t e m a m a r c a n
l o s límites d e u n e s p e c t á c u l o .
Estas son las razones que m e impulsaron a traer
los s a b o r e s d e l a s semiologías c o n l a s q u e se p o d r á
c o n s t r u i r u n e n f o q u e analítico, previo c o n o c i m i e n t o
El Espacio £scén,t'co. Significación y Medios 2^

d e e s e t o d o al q u e a s i s t i m o s , e l a b o r a m o s y d i s f r u -
tamos que es u n espectáculo.
Lo q u e r e s u l t a c u r i o s o e s q u e q u i e n e s t r a b a j a n
e n e s t o s t e m a s del teatro y otros e s p e c t á c u l o s
integran de m a n e r a oculta las fuentes q u e no e s t á n
en la escritura y dedican monografías a la música,
los g e s t o s , l a a c t u a c i ó n , el actor, l a actriz, los colores,
el e s p a c i o , la visión, e n fin t o d a s u e r t e d e colabo-
r a d o r e s q u e r e s i d e n e n el e s p e c t á c u l o y d e los q u e
no se p u e d e prescindir.
Mi p r e g u n t a e s ¿ p o r q u é n o t o m a r l o s e n c u e n t a
e n u n a investigación d e s d e el inicio? ¿ H a s t a c u á n d o
s e g u i r privilegiando la d r a m a t u r g i a y codificarla c o m o
l a p r o p i a del a c t o r y d e c a d a u n o d e e s o s e l e m e n t o s
q u e i n t e g r a n el t e a t r o ? E s la vía d e u n a s e m i o l o g í a /
s e m i ó t i c a l a q u e lleva a u n i f i c a r los e l e m e n t o s c i t a d o s
a l t i e m p o q u e c e n t r a e n el s u j e t o e s p e c t a d o r l a
creación de c a d a instante de u n a representación.
Por s u p u e s t o f u e la intuición de que esto e s
p o s i b l e , lo q u e m e llevó a r e c o r r e r los " o s c u r o s "
pasillos d e la d e s c r i p c i ó n se m i ó t i c a y d e e s t o voy a
dejar constancia.

La h i s t o r i a d e l a s e m i ó t i c a / s e m i o l o g í a h a s i d o
p r e s e n t a d a a veces como u n a relación e n t r e s i g n o / s e r ,
semiología/ontología q u e cuestiona el valor de la idea
d e s e m i o l o g í a / s e m i ó t i c a p o r q u e s e g ú n L u i s Prieto,
B u y s s e n s , Algirdas Greimas, Roland B a r t h e s e s u n a
modificación de la lingüística estructural, p a r a cumplir
la m i s i ó n q u e le e s p e r a . ¿ C u á l e s ? S e r m o d e l o d e
cientificidad e n u n ideal positivo de la ciencia, s e g ú n
d o s investigadores J . - L Chiss y Christian Puech. Parece
q u e la p r o p u e s t a de S a u s s u r e e s la q u e se m a n t i e n e .
26 ^ Ana Goutman
C h i s s y P u e c h a f i r m a n q u e la s e m i ó t i c a n o e s u n a
disciplina así como se entiende la noción por la
imposibilidad de cerrar la productividad indefinida
del p r o c e s o semiótico e n u n d o m i n i o estricto y c o n -
ciliar l a exigencia d e totalización y l a d e cientificidad.
R e c í p r o c a m e n t e la i d e a d e semiología p r o p o r c i o n a
a la l i n g ü í s t i c a e s t r u c t u r a l el h o r i z o n t e e n el q u e ella
p u e d e a t e n d e r s u desarrollo. Ya s e a p o r el u s o d e
p r o c e d i m i e n t o s f o r m a l e s c o n los c u a l e s el p u n t o d e
v i s t a s e m i o l ó g i c o / s e m i ó t i c o r e c o n d u c e al l i n g ü i s t a
al signo, ú n i c a u n i d a d positiva, s e g ú n S a u s s u r e .
E n t o n c e s la s e m á n t i c a aparece como ciencia
b i s a g r a c u y o e s t a t u t o dirige l a s r e l a c i o n e s e n t r e l a
l i n g ü í s t i c a y l a semiología y r e c u e r d a la p a r a d o j a d e
lo a r b i t r a r i o del signo q u e s e refiere a la n o r e l a c i ó n
e n t r e significado y significante, s i n o e n t r e s i g n o y
referente.
El c o n c e p t o o la n o c i ó n d e s e m i o s i s lleva e n sí
u n a historia a medias implícita p u e s hay u n a
d i v e r s i d a d del p r o d u c t o semiótico q u e i n s t a u r a u n a
u n i d a d d e o p e r a c i ó n semiotizante. Pero n o s e dice si
la semiosis se puede atribuir a u n sujeto o se debe
sobretodo imputar a u n campo anónimo, u n a suerte
d e a g e n t e o p e r a d o r sin n o m b r e , n i r o s t r o , ni n i n g u n a
ó t r a m a t e r i a l i d a d q u e la d e la operatividad s i n límites
(Dicc. G r e i m a s ) .
Louis Hjelmslev l l a m a s e m i o s i s a u n a o p e r a c i ó n
de presuposición recíproca entre la f o r m a de la
e x p r e s i ó n , y l a d e l c o n t e n i d o , lo q u e a t r a e l a
c o m p l e j i d a d d e l a r e f e r e n c i a del a u t o r a la duplicación
q u e ha1 presentado c u a n d o retoma las nociones de
s i g n i f i c a n t e o e x p r e s i ó n y significado o c o n t e n i d o e n
las que reconoce u n a forma y u n contenido.
El Espacio Escénico. Significación y Medios 27

Por lo c u a l l a f o r m a d e l a e x p r e s i ó n e s la ley q u e
rige la f o r m a del c o n t e n i d o .
Hay u n a serie de paradojas o dificultades q u e
Chiss y Puech señalan para ilustrar cuestiones
i n t e r n a s y n o d e b a t i d a s q u e llevan a p r e g u n t a r si l a
i d e a de semiología no es, d e s d e la orientación
p r o p i a m e n t e lingüística, sobre todo u n p u n t o d e
c o n t r a d i c c i ó n o al m e n o s d e t e n s i ó n y d e e n c u -
brimiento de tensiones.
Por e j e m p l o : ¿ C u á l s e r á la s u e r t e del s e n t i d o ?
¿Cuáil la o r i e n t a c i ó n semiológica del m e t a - d i s c u r s o
q u e a s p i r a a r o m p e r lo q u e f u n d a ? La finalidad s e r í a
proponer u n a declaración de la a u t o n o m í a de la
s e m i ó t i c a . E s u n a h i p ó t e s i s q u e s i t ú a a l a semiología
m á s allá del p r o y e c t o y d e la e p i s t e m e semiológica a
l a q u e d e t e r m i n a el s e n t i d o .
Para acordar alguna respuesta a estas preguntas,
e s c o n v e n i e n t e d a r a l g ú n p a s o a t r á s h a c i a la h i s t o r i a .
Chiss y Puech atienden tres asuntos que preocupan
al i n v e s t i g a d o r .

¿ Q u é d i s t i n g u e , s e g ú n la h i s t o r i a , la i d e a d e
u n a ciencia g e n e r a l d e los s i g n o s a r t i c u l a d a c o n
l a c o n c e p c i ó n d e la l i n g ü í s t i c a d e l a l e n g u a d e
u n a Filosofía d e la C u l t u r a q u e e x p u s o C a s s i r e r
o m á s t a r d e Merleau Ponly c u a n d o n o p o d í a
s e r n e g a d a la e x i s t e n c i a d e u n a c i e n c i a del
lenguaje? \
¿ Q u é e s u n p r o y e c t o semiológico q u e r i c l a m a
positividad, a u t o n o m í a y cómo se p i e n s a en
relación con la lingüística y su a u t o n o m í a
disciplinaria en función de qué representación
de ciencia?
28 Ana Goutman
Finalmente;

¿qué e s la episteme semiológica y en qué medida

es u n a inauguración. Qué tipos de relaciones
m a n t i e n e con lo q u e ella p r e t e n d e o q u i e r e
r o m p e r (filosofía, lingüística, fílología)?

Siguiendo el artículo publicado en 1992, indica

q u e los t r e s a s u n t o s sugieren dos e n f o q u e s . Uno
concierne la emergencia m i s m a de la idea de u n a
ciencia general de los signos y s u contenido del q u e
la lingüística constituiría a la vez el "patrón" y el
modelo. El s e g u n d o concierne a la reorganización de
las disciplinas a n t e la aparición de u n campo semio-
lógico y el lugar ocupado por la lingüística s u f o r m a
y s u problemática, en ese campo.
A ciertas luces, e s u n a reiteración que se p r e s e n t a
siguiendo cierto e s q u e m a circuleir de b ú s q u e d a , que
se v i s l u m b r a e n el artículo citado. Por e s t a razón
consulté u n libro " P o u r u n e histoire d e la logique" de
Claude Imbert, confirmando que:

las p a r a d o j a s o dificultades son t a n t o o m á s

i n e s c r u t a b l e s que la investigación que falta por
h a c e r . Si t o d o s los s i s t e m a s t e r m i n a n e n
p a r a d o j a s , n o p r u e b a n a d a , sino q u e todos, e n
la m i s m a l e n g u a n a t u r a l e s t á n s o m e t i d o s a
presiones semánticas y sintácticas cons-
titutivas.

Las presiones de u n a totalidad o s u m a histórica,

los límites temporales que impone, p u e d e n acreditar
la hipótesis de q u e las variaciones son tolerables
d e s d e que son acumulativas. La idea de acumulación
El Espacio Escénico. Significación y Medios 29

c o n f i r m a la e x i s t e n c i a d e lo q u e p u e d e s e r v i s i t a d o o
r e v i s i t a d o y c o n d i c i o n a el c o n o c i m i e n t o a d q u i r i d o .
El p r o p ó s i t o d e analizar la m a y o r c a n t i d a d p o s i b l e
d e r a s g o s originales favorecía o d e m a n d a b a u n u s o
p u n t u a l de la transcripción formal utilizada a la
m a n e r a d e u n í e s t E s decir lo q u e p u e d e "repetirse"
en el s e n t i d o d e r e u n i r d a t o s q u e s e r e s i g n i ñ c a n .
C l a u d e I m b e r t , a p a r t i r d e l a h i s t o r i a d e la lógica
c o n c l u y e q u e u n a actividad filosófica l i b e r a d a d e l a s
o p e r a c i o n e s o s c u r a s del s e n t i d o c o m ú n , c o n s c i e n t e
d e s u s s i m b o l i s m o s , d a s e n t i d o a los c a m b i o s e n el
entendimiento, que redundan en u n a aportación
filosófica e s e n c i a l y c o n s t a n t e c o n t r a los m é t o d o s q u e
s u p o n e n regir t o d a s l a s m a n e r a s del c o n o c i m i e n t o .
Los c a m b i o s e n el e n t e n d i m i e n t o a f i r m a n el t e m a d e
l a a c t u a l lógica q u e t a m b i é n a t r a e al p s i c o a n á l i s i s .
Los conflictos filosóficos (265) c o m o la o p o s i c i ó n
i n m e m o r i a l e n t r e el e m p i r i s m o y el a p n o r i p e r d i e r o n
s u i d e a d e c o n t r a s t e t a j a n t e . Se p u e d e d i s c u t i r s o b r e
lo a d q u i r i d o y lo i n n a t o , n o s e p u e d e i m p e d i r q u e los
argumentos se ubiquen aparte, que se opongan en
dos m o d o s de desarrollo, y dos m o d o s de t r a n s -
f o r m a c i ó n , s e g ú n s e a n d e f i n i d o s e n el s e n o d e u n a
s i n t a x i s c o n c e p t u a l solidaria d e u n a l e n g u a n a t u r a l
o inmediatamente implicados por u n a sintaxis f u n -
cional. Podría s e r q u e si los p s i c o a n a l i s t a s c o n s i d e r a n
h o y q u e e s u n a t a r e a la r e f o r m a del e n t e n d i m i e n t o ,
r e n u n c i e n a investigar u n a a r q u e o l o g í a i n m a n e n t e ,
a f i r m a el a u t o r .
E s t a h i s t o r i a p a r a C l a u d e I m b e r t "se t r a m a e n
Port Royal, D' A l e m b e r t , W i t t g e n s t e i n , Cavaillés y
M e r l e a u Ponty" (texto de l a p o r t a d a ) . P o r q u e lo q u e
d a s e n t i d o a l a s r e f o r m a s del e n t e n d i m i e n t o , e s u n a
30 Ana Goutman

o p e r a c i ó n filosófica e s e n c i a l y c o n s t a n t e c o n t r a los
m é t o d o s q u e r e g í a n t o d a s l a s m a n e r a s del c o n o c e r .

Nuestros conocimientos tienen diversidad de

soportes, inscritos sobre u n pergamino d e ope-
raciones inconscientes que preceden a toda
epistemología.
La reflexión y el c o n o c i m i e n t o c o r r e n p a r e j o s
obstáculos, a u n q u e puede suponerse que u n a
a b r e el c a m i n o al otro, s u c e d e q u e se i n t e r c a l a n
y s e i n t e r p e n e t r a n , a la vez q u e s e s u c e d e n o
siguen.

E s t a s c o n c l u s i o n e s s o n el i n s t r u m e n t o p a r a
i n g r e s a r a la revisión de p r o p u e s t a s semióticas.
V a m o s a ver lo q u e s e h a dicho y lo q u e s e p i e n s a e n
t o m o a la s e m i ó t i c a y c u e s t i o n a r a l g u n a s i d e a s d e
Sebeok, Hjelmslev y Barthes. Cuestionar es u n a
m a n e r a d e leer y conñ"ontar el a n á l i s i s del objeto q u e
e s el e s p a c i o escénico.

La m á s a n t i g u a d e l a s f u e n t e s n o t a b l e s e s l a
s e m i ó t i c a m é d i c a o clínica c u y a c a b e z a visible e s
H i p ó c r a t e s ( 4 6 0 - 3 7 7 a.c.) y la m a y o r í a d e los filósofos
griegos s e h a n o c u p a d o d e la teoría m é d i c a y d e l a
h e r e n c i a d e H i p ó c r a t e s . La r a z ó n c o n s i s t e e n l a
práctica arcaica sobre la enfermedad y s u s c a u s a s
p u e s c a m b i ó la a t e n c i ó n y l a p u s o e n el h o m b r e
e n f e r m o y s u s s í n t o m a s , n o e n el f e n ó m e n o g e n e r a l ,
por ejemplo atrae la reflexión teórica sobre la
d e s c r i p c i ó n del r o s t r o d e u n p a c i e n t e .
Dice S e b e o k q u e si H i p ó c r a t e s f u e el p a d r e d e l a
s e m i ó t i c a , el p r o f e t a a seis siglos d e d i s t a n c i a f u e
G a l e n o (130 a.c.) q u e a f i r m a b a q u e "el m e j o r m é d i c o
El Espacio Escénico. Significación y Medios 31

e s filósofo". La d i s c i p l i n a m é d i c a q u e a t i e n d e l a
sintomatologia en Occidente se conoce como
s e m i ó t i c a y los d e r i v a d o s d e s e m a .
No h a y v a r i a n t e s c o n l a s o b s e r v a c i o n e s a c t u a l -
m e n t e c a n ó n i c a s , p u e s l a t e o r í a m á s a m p l i a d e la
s e m i ó t i c a d e la e n f e r m e d a d p a r t e d e u n a t e o r í a del
signo e n l a m e d i c i n a y c o n d u c e a u n a a f i r m a c i ó n
q u e l a e n f e r m e d a d m á s peligrosa e s l a q u e e s t á e n l a
c a b e z a , e s u n p r o b l e m a d e m a l a c o m u n i c a c i ó n . La
c é l u l a y s u tejido r e s p o n d e n a u n a f a l s a i n f o r m a c i ó n
o interpretan de u n modo incorrecto estímulos a m -
b i e n t a l e s a los q u e h i p e r r e a c c i o n a .
Roland Barthes refuerza esta idea porque afirma
q u e l a m e d i c i n a d e h o y e s v e r d a d e r a m e n t e semiótica,
p u e s l a s e m i ó t i c a m é d i c a e s u n o d e los hilos m á s
e s t r e c h a m e n t e t e j i d o s e n la t r a m a d e l a t e o r í a del
signo y el m á s a n t i g u o . M i e n t r a s g e n e r a c i o n e s d e
filósofos y a l g u n o s l i n g ü i s t a s e s t a b a n p r e f i g u r a n d o
u n a v a g a c i e n c i a del signo, q u e s e g ú n S a u s s u r e n o
existía, dedicando alguna atención al s i s t e m a de
s i g n o s d i f e r e n t e del específico del h o m b r e , u n diverso
grupo de estudiosos trabajaba para desarrollar o
redefinir la etología, u n c a m p o q u e S e b e o k h a descrito
como "algo m á s q u e u n c a s o p a r t i c u l a r d e la semiótica
diacrónica".
L a biología p r e c i s a la relación e n t r e u n a s i t u a c i ó n
d i n á m i c a global q u e e s el significado y l a morfología
local e n l a q u e s e m a n i f i e s t a c o m o significante, lo
q u e d e t e r m i n a u n a significación q u e e s l a p r u e b a d e
u n a p r á c t i c a semiológica.
L a s i g n i f i c a c i ó n c o n c i e r n e al p r o b l e m a d e l a
d i s t i n c i ó n e n t r e o r g a n i s m o s vivos y f o r m a s i n e r t e s ,
e n t r e h o m b r e y a n i m a l y e n t r e a n i m a l y p l a n t a y el
32 Ana Goutman

p r o b l e m a del origen del l e n g u a j e y d e l a e s t r u c t u r a

s i n t á c t i c a . T i e n e u n a n o t a d e rítualización.
A l g u n o s s o p o r t e s e m p í r i c o s s o n relativos al
d o m i n i o d e la s e m i o s i s e n el u n i v e r s o viviente, dice
Sebeok, porque u n a plena comprensión de la diná-
m i c a d e la s e m i o s i s p u d e s e r e n ú l t i m a i n s t a n c i a la
definición d e vida.
E n los e s t u d i o s s o b r e Historia d e la s e m i ó t i c a s e
e n c u e n t r a n perfiles a f i n e s a los q u e s e ñ a l a S e b e o k y
e s p o s i b l e i n t e g r a r la se m i ó t i c a m é d i c a a la t a r e a d e
la s e m i ó t i c a g e n e r a l del signo y d e los a s p e c t o s d e
e s t a d o c t r i n a e n el a p o r t e c a p i t a l d e la etología. L a s
r e l a c i o n e s e n t r e la semiótica, la etología q u e r e s e ñ a
R a s t i e r y la topología q u e a t i e n d e l a s c o n s t r u c c i o n e s
e n el e s p a c i o y a c t u a l i z a la g e o m e t r í a c o n o c i d a , s o n
l a s p o s i b i l i d a d e s d e e n c a u z a r la semiología e n c a m -
pos definidos.
H a s t a a h o r a la h i s t o r i a de la i n v e s t i g a c i ó n
s e m i ó t i c a m u e s t r a e n c o n j u n t o u n a oscilación e n t r e
dos interpretaciones aparentemente antitéticas: la
m á s e x t e n s i v a e s la s e m i ó t i c a c o n s i d e r a d a c o m o
i n t r í n s e c a a la n a t u r a l e z a del l e n g u ^ e y d e la c u l t u r a .
La i n t e r p r e t a c i ó n m á s restrictiva e s v i s t a d e m o d o
explícito o m e n o s implícito como vinculada
e s t r e c h a m e n t e al l e n g u a j e , lo q u e r e p r e s e n t a al
hombre.
Los t e m a s d e la se m i ó t i c a q u e d e s a r r o l l a S e b e o k
s e r e f i e r e n al á r e a d e e s t u d i o d e l a c o m u n i c a c i ó n
h u m a n a n o verbal, d o n d e d o s g r u p o s s e d i s p u t a n la
visión "universalista" y "relativista" : u n a q u e o b s e r v a
el r o s t r o , n o s e limita a él y r e t o m a n el t r a t a m i e n t o
clásico q u e m i r a al h o m b r e c o m o el a n i m a l s e g ú n el
a r g u m e n t o de Darwin.
El Espacio Escénico. Significación y Medios 33

L a p o s i c i ó n u n i v e r s a l i s t a a f i r m a q u e el
m o v i m i e n t o m u s c u l a r del r o s t r o e s t á a s o c i a d o p o r
vía h e r e d i t a r i a c o n la m i s m a emoción y así lo s o s t i e n e
la etología (1970) s e g ú n a l g u n o s e m i n e n t e s
psicólogos.
Los "relativistas" v e n e n la e x p r e s i ó n facial q u e
n o e s c o m p l e t a m e n t e i n n a t a , l a a f i n i d a d c o n el
l e n g u a j e q u e s e a c e r c a al interior d e c a d a c u l t u r a
( E k m a n n 1 9 7 2 y d e f e n d i d a p o r los a n t r o p ó l o g o s d e
la l i n e a d e Birdwhistell). Los e s t u d i o s p o s t e r i o r e s
a f i r m a n que h a y que a b a n d o n a r la idea de la
e x p r e s i ó n facial q u e c o n s t i t u y e u n l e n g u a j e e n q u e
los m ú s c u l o s faciales t i e n e n u n significado d i f e r e n t e
e n c a d a c u l t u r a p o r q u e e n ú l t i m o a n á l i s i s los d a t o s
p r u e b a n la e x i s t e n c i a d e e x p r e s i o n e s u n i v e r s a l e s ,
a n a l i z a b l e s c o n los m é t o d o s o r d i n a r i o s d e la c i e n c i a
natural.
Para Sebeok, quien persiste en esta línea de
exploración, la determinación de u n a expresión
p a n c u l t u r a l implica sin embargo la existencia de
diferencias c u l t u r a l e s y proporciona u n cierto n ú m e r o
d e i n d i c a c i o n e s y a s e a s o b r e el o r i g e n o s o b r e el
e s q u e m a e n el q u e e s t a m a n i f e s t a c i ó n p u e d e s e r
r e g i s t r a d a y descrita a través de los m é t o d o s
c o m p l e m e n t a r i o s d e la c i e n c i a social.
Tomás Sebeok expone las distinciones que
p r e s u p o n e n en principio u n sistema antropo-
semiótico, p r o p i o d e la especie c o m o el l e n g u a j e y
a p o r t a lo q u e U a m a los c o n s t r u c t o s m á s c o m p l e j o s
que requieren p a r a su composición u n a infraes-
t r u c t u r a v e r b a l del s i s t e m a zoosemiótico. S o n d o s
códigos q u e u b i c a e n la b a s e d e l a c o m u n i c a c i ó n
h u m a n a y animal.
34 Ana Goutman

Los s i s t e m a s coexisten, c o n t r a r i a m e n t e a la
c r e e n c i a c o m ú n , q u e "en la evolución del h o m b r e el
l e n g u a j e h a b í a s u s t i t u i d o los s i s t e m a s t o r p e s p r o p i o s
d e los a n i m a l e s . " C r e e n c i a s c u y a s r a z o n e s e x p u s o
B a t e s o n y s o n f a l s a s dice S e b e o k .
La evolución h u m a n a p r e s e n t a las dos
modalidades propias a la interacción cotidiana a ú n
c o m o r e f i n a d a s e x p r e s i o n e s del a r t e i g u a l m e n t e
complejas, independientes y diversamente fun-
c i o n a l e s s i e m p r e e n relación r e c í p r o c a d e s o s t é n y
d e i n t e g r a c i ó n . La s u s t i t u c i ó n o r e e m p l a z o e s lo q u e
no se h a comprobado, no es m á s que especulación.
La r i s a y l a s o n r i s a s e r e c o n o c e e n el h o m b r e y
h a y i m á g e n e s d e e s c u l t u r a s primitivas q u e lo reflejan,
p e r o s e g ú n a l g u n o s e s t u d i o s e s e v i d e n t e el g r a d o d e
e s t e r e o t i p o reflejo y d e a u t o m a t i s m o . A p l i c a n d o u n
m é t o d o c o m p a r a t i v o , S e b e o k , s i g u i e n d o a Hoff o p i n a
q u e (Cita d e S e b e o k , 1 9 7 1 , p a r t e II) e s t a p a r e j a d e
signos metacomunicativos se inserta perfectamente
e n l a e s c a l a filética, p o r q u e a m b o s s e ligan a l a s
m a n i f e s t a c i o n e s d e m a m í f e r o s primitivos.
La h o m o l o g a d e t e r m i n a el c a r á c t e r zoosemiótico
d e l a risay la s o n r i s a s e g ú n u n a g r a d u a l rítualización,
m o d e l i z a c i ó n y a m a l g a m a final e n t o m o a d o s p o l o s
e n u n a s e r i e q u e v a d e la r e a c c i ó n g e n é r i c a a m i s t o s a
—sonrisa- a la alegría-risa-caracterizad a e n el h o m b r e
p o r los a d o r n o s morfológicos o m i d o s .
A m b a s i n t e r p r e t a c i o n e s d e la semiosis, s e originan
e n F r a n c i a u n a d e B a r t h e s deriva d e S a u s s u r e y la
o t r a r e p r e s e n t a d a p o r R e n é T h o m d e r i v a d e Peirce.
Dice S e b e o k e n el f a s c í c u l o q u e c o m e n t a m o s q u e
l a o b s e r v a c i ó n d e T h o m "sólo a q u é l l o s q u e s a b e n
e s c u c h a r l a r e s p u e s t a d e la n a t u r a l e z a l l e g a r á n luego
El Espacio Escénico. Significación y Medios 35

a d i a l o g a r c o n ella y a m a n e j a r u n a n u e v a l e n g u a " ,
t o m a la e s e n c i a del proyecto semiótico y lo lleva a u n
nivel d o n d e n a d i e a n t e s s e h a b í a a v e n t u r a d o t a n
a u d a z m e n t e (Cita d e S e b e o k , 1973:106).
U n p e r s o n a j e d e l a investigación s e m i ó t i c a e s el
b a r ó n J a c o b v o n Uexküll q u e c o n t r i b u y ó a s e n t a r
l a s b a s e s t e ó r i c a s d e la m o d e r n a etología y f u e d e los
m á s d e s t a c a d o s cripto semióticos de la p r i m e r a m i t a d
del siglo XX, p o r q u e i n d a g ó la c a p a c i d a d s e n s o r i a l
d e l o s a n i m a l e s y el m o d o e n q u e el m u n d o s e
c o n f i g u r a e n s u m e n t e . S e g ú n Uexküll, el a n i m a l sólo
p u e d e r e s p o n d e r a u n a p e q u e ñ a p a r t e del e s p e c t r o
d e la p e r c e p c i ó n p o r q u e s u o r g a n i s m o s e n s o r i a l ope-
r a como u n a especie d e filtro d e los vehículos sígnicos.
Y sólo e s significante p a r a u n a n i m a l el objeto q u e
t i e n e significación p a r a s u vida.
Adquirido el significado, el vehículo s e t r a n s f o r m a
e n p o r t a d o r d e s e n t i d o p a r a el i n t é r p r e t e q u e , s e g ú n
Peirce, e s t á a u t o r i z a d o a p r o p o r c i o n a r u n a p a r t e del
significado.
Sebeok h a estudiado este campo de trabajo
semiótico y s i n d u d a h a e s t i m u l a d o u n a c o r r i e n t e d e
zoosem ió tico s q u e c o n t i n ú a n s u s p a s o s . La o b r a d e
T h o m a s Sebeok sienta bases para quienes creen que
la s e m i ó t i c a e s t á lejos d e o c u p a r sólo u n l u g a r e n l a
c u l t u r a y s e i n s c r i b e e n la p r e o c u p a c i ó n d e p e r c i b i r
lo q u e u n a s u s t a n c i a significa, f a t a l m e n t e r e c u r r e al
r e c o r t e d e la l e n g u a , el m u n d o d e los s i g n i f i c a d o s n o
e s otro q u e el del l e n g u a j e . C o n lo c u a l r e c o r r e la
n a t u r a l e z a , l a s f o r m a s y la vida.
. D e s c u b r e el p r o c e s o d e elaboración d e disciplinas
c o n e x a s q u e d e s d o b l a n el c a m p o lingüístico e n el
etnosemiótico p o r el análisis d e rituales y c e r e m o n i a s .
36 Ana Goutman

el p s i c o s e m i ó t i c o p o r e l e s t u d i o d e H j e l m s l e v y
t a m b i é n l a socio s e m i ó t i c a d e l a s c o n n o t a c i o n e s
sociales.
A partir del p o s t u l a d o f u n d a m e n t a l de t o d a
s e m i ó t i c a , la p r e s u p o s i c i ó n r e c í p r o c a d e s i g n i f i c a n t e
y significado, la e m p r e s a t o t a l i z a d o r a n o s a b e fijarse
límites apriori que residen en la teoría general de l a
narratividad y de la discursividad, de la inter-
s u b j e t i v i d a d , del s u j e t o , del m u n d o y d e l a t r a n s -
f o r m a c i ó n d e l m u n d o . La s e m i ó t i c a , c o n c l u y e el
i n v e s t i g a d o r , c o n f i g u r a t o d o s los f e n ó m e n o s q u e
t r a t a n l a s c i e n c i a s h u m a n a s y sociales.

O t r a de las concepciones de la semiótica q u e

c o n s u l t é y q u e a t r a v i e s a n la h i s t o r i a d e l a s i d e a s e s
o b r a d e Louis Hjelmslev, c u y a p r o x i m i d a d a l a s e m i ó -
tica e s d e t e r m i n a n t e , dedicó s u o b r a a u n a d e l a s
m á s precisas y proyectivas investigaciones, y s u
n o v e d a d epistemológica i n t e r e s a al c o n j u n t o d e l a s
c i e n c i a s sociales.
A p a r t i r d e la p r o p u e s t a s a u s s u r e a n a a b r e los
caminos que estaban dibujados y avanza hacia la
finalidad d e a b a n d o n a r el privilegio d a d o el signo.
¿ C ó m o lo l o g r a ? R e c u r r e al origen fonológico q u e
s e ñ a l a r o n los m i e m b r o s d e la E s c u e l a d e P r a g a d o n d e
r e s i d e la matriz de la l e n g u a . Las u n i d a d e s
fonológicas m á s p e q u e ñ a s q u e el signo, los f o n e m a s ,
r e e m p l a z a n al signo y c o m i e n z a n a f u n c i o n a r l a s leyes
c o m b i n a t o r i a s . El m i s m o m é t o d o a p l i c a d o al
contenido o significado permite distinguir tres
e l e m e n t o s p o r lo m e n o s : s e m á n t i c a o s e m a s , u n i -
d a d e s semánticas y fónicas.
C o n v i e n e r e c o n o c e r q u e l a s leyes c o m b i n a t o r i a s
 El Espacio Escénico. Significación y Medios 37

d e los f o n e m a s d e u n a l e n g u a y la d e los s e m a s n o s e
corresponden. Ambos planos no se confirman o no
e s t á n d e a c u e r d o . Pero n o s e n i e g a el i s o m o r f i s m o y a
q u e s e t o m a n e n c u e n t a los d o s l a d o s con el m i s m o
tipo d e r e l a c i o n e s c o m b i n a t o r i a s .
Hjelmslev dice e n 1 9 3 9 q u e " a p o y á n d o s e e n el
p r i n c i p i o a r b i t r a r i o del signo l a f o r m a l i n g ü í s t i c a e s
i n d e p e n d i e n t e d e la s u s t a n c i a e n l a c u a l e l l a s e
m a n i f i e s t a y q u e la f o r m a n o p u e d e s e r r e c o n o c i d a y
d e f i n i d a s i n o h a c i e n d o a b s t r a c c i ó n d e la s u s t a n c i a y
u b i c á n d o s e e n el t e r r e n o d e la f u n c i ó n " (p.67).
Se t r a t a de u n a descripción y clasificación
p u r a m e n t e f u n c i o n a l d e los e l e m e n t o s q u e d e b e
o p e r a r s e d e m a n e r a d e d u c t i v a (p. 68). El l u g a r q u e
o c u p a el principio arbitrario del signo e s lo q u e o r i e n t a
la independencia y reconoce la función.
Las leyes d e c o n m u t a c i ó n s o n la p r u e b a q u e utilizó
l a fonología y s e r e p i t e la i d e a d e q u e e s f u n c i o n a l e
i n d e p e n d i e n t e d e la s u s t a n c i a p a r t i c u l a r , p o r q u e l a s
u n i d a d e s d e l a e x p r e s i ó n n o s e d e f i n e n p o r criterios
fonológicos, a s í c o m o l a s u n i d a d e s del c o n t e n i d o n o
s e d e f i n e n p o r criterios d e la s e m á n t i c a .
E s u n m é t o d o empírico q u e se opone al apriorismo
de la f o n é t i c a clásica y de l a filosofía d e p r o c e d i m i e n t o
inductivo y debe ser reemplazado por u n proce-
dimiento e s t r i c t a m e n t e deductivo. Porque la s u s t a n c i a
se reconoce a t r a v é s d e la forma, n o t i e n e otro m o d o
de existencia, s i n ella e s u n a m a s a a m o r f a . Partir d e
u n i d a d e s d e s m e m b r a d a s , e s e r r ó n e o , n o h a y ele-
m e n t o s s e p a r a d o s o solitarios q u e articulen u n a idea.
Materia, s u s t a n c i a y forma se aplican a la
e x p r e s i ó n y al c o n t e n i d o , lo q u e S a u s s u r e l l a m a b a
significante y significado, q u e s e ñ a l a los niveles
38 Ana Goutman
lingüísticos f u n d a m e n t a l e s .
C u a n d o Hjelmslev dice "forma de contenido" es
poco inteligible, pero observamos que distingue lo
formal p o r q u e al atender la p r o p u e s t a del formalismo
que n o implica u n rechazo a considerar el sentido,
tiene la voluntad de h a c e r u n a descripción formal de
los h e c h o s de significación.
Hjelmslev a p r u e b a la intención que guía la
oposición s a u s s u r e a n a de la s u s t a n c i a y utiliza el
m é t o d o fonológico de la conmutación al que somete
a la m i s m a crítica q u e h a c e al p r i n c i p i o de
opositividad p u e s considera que la conmutación sirve
solamente p a r a distinguir los elementos lingüísticos
inferiores al signo, pero no permite decir lo que son
(O. Ducrot. Nouveau Dictionnaire).
Mientras el fonólogo define c a d a f o n e m a s e g ú n el
principio de opositividad por lo q u e lo distingue de
los otros fonemas, Hjelmslev no define los elemen-
tos m á s que por s u s relaciones combinatorias. P a r a
m a r c a r bien e s a diferencia con la fonología h a creado
u n a terminología propia.
Cuando se refiere a las u n i d a d e s lingüísticas, n o
fonológicas, introduce u n recorte o división o desglose
al perfil original "en el m u n d o del sonido y de la signi-
ficación. Pero e s necesario que las u n i d a d e s s e a n algo
diferentes que ese recorte, diferentes a las regiones
de sentido y de sonoridad, p a r a que p u e d a proyectarse
e n la realidad es necesario que existan independien-
temente de é s t a y entonces n u e s t r a incursión por la
semiología adquiere rasgos de u n propósito abarcador,
inclusivo, pero penetrado por el propósito de e n s a n -
c h a r ese campo (O. Ducrot. Nouveau Dictionnaire).
¿Cómo define el lingüista las u n i d a d e s si se le
 El Espacio Escénico. Significación y Medios 39

impone h a c e r abstracción de s u relación tanto

intelectual como sensible? Con seguridad no
r e c u r r i e n d o al principio d e opositividad, r e c u r s o q u e
Ducrot llama la primera concepción de S a u s s u r e ,
porque este principio conduce finalmente a
c a r a c t e r i z a r l a u n i d a d d e m a n e r a positiva, e i n t e r e s a
que se la reduzca a la diferencia con otras.
L a a p u e s t a d e Hjelmslev e s d e s a r r o l l a r al e x t r e m o
o t r a c o n c e p c i ó n s a u s s u r e a n a , la s e g u n d a , s e g ú n la
cual la u n i d a d p u r a m e n t e negativa y relacional no
p u e d e d e f i n i r s e e n sí m i s m a . Lo i m p o r t a n t e e s el
h e c h o q u e sea diferente de otras pero solamente por
l a s r e l a c i o n e s q u e ligan u n a s u n i d a d e s a o t r a s d e la
l e n g u a y a sí m i s m a .
E n d e f i n i t i v a n o se p i d e a los s í m b o l o s d e u n
s i s t e m a f o r m a l m á s c[ue s e a n d i s t i n t o s los u n o s d e
los otros y ligados e n t r e ellos por leyes de
f u n c i o n a m i e n t o explícitas. Se h a c e a b s t r a c c i ó n p u e s
a la vez d e s u significación y d e s u m a n i f e s t a c i ó n
p e r c e p t i b l e . L a r e l a c i ó n e s el m o d o d e c o n o c e r lo
d i f e r e n t e , d e lo q u e se t r a t a n o sólo e n la l e n g u a s i n o
e n t o d o tipo d e r e l a c i o n e s e n la ciencia. Lo q u e d e -
fine lo, formal, e s lo q u e p u e d e s e r conocido.
C o m o d e c í a y a S a u s s u r e la l e n g u a e s f o r m a n o
s u s t a n c i a , n o h a y r e f e r e n c i a ontológica y e s t o e s a s í
porque s u s u n i d a d e s deben definirse por las reglas
s e g ú n l a s c u a l e s s e l a s p u e d e c o m b i n a r p o r el j u e g o
que autorizan.
Lo dice la i d e a q u e u n a l e n g u a p u e d e p e r m a n e c e r
f u n d a m e n t a l m e n t e idéntica á ' s í m i s m a c u a n d o se
m o d i f i c a n l a s significaciones q u e ella e x p r e s a y los
m e d i o s m a t e r i a l e s d e los q u e s e sirve, c u a n d o s e
transforma u n a lengua hablada en lengua escrita.
40 Ana Goutman

g e s t u a l , d i b u j a d a e n u n s i s t e m a de signos como
b a n d e r a o pabellón (Ducrot. Nouveau Dictionnaire:
p.37).
S a u s s u r e indicó e n la l e n g u a dos niveles, la
sustancia s a u s s u r e a n a e s decir la realidad semántica
o f ó n i c a i n d e p e n d i e n t e de todo u s o l i n g ü í s t i c o .
Hjelmslev la llama materia y en la traducción f r a n c e s a
se h a b l a de sentido. La f o r m a que se d e s t a c a en la
p r i m e r a c o n c e p c i ó n de S a u s s u r e con l a i d e a d e
configuración o recorte Hjelmslev la llama s u s t a n c i a
y reserva el término de f o r m a p a r a la red relacional
que define las u n i d a d e s , lo que es igual a "forme" e n
p a l a b r a s de S a u s s u r e .
La novedad del vocabulario que autoriza Louis
Hjelmslev d e s t a c a el concepto de glosemática que
sirve al a u t o r p a r a d a r u n rol f u n d a m e n t a l a la f o r m a
desprovista de toda realidad s e m á n t i c a o fónica y
relega a s e g u n d o plano la función, especialmente el
rol de la l e n g u a en la comunicación, y a que ese rol
e s p a r e j a de la noción de s u s t a n c i a . P a r a ligar los
t r e s niveles de la glosemática'utiliza la noción de
manifestación: la s u s t a n c i a es la manifestación de la
f o r m a en la materia.
Si se c o n d u c e de m a n e r a a b s t r a c t a el estudio de
las l e n g u a s llega como e s p e r a b a S a u s s u r e a u n
estudio general de los lenguajes lo q u e en el "Curso"
d e n o m i n a semiología.
Este esfuerzo de abstracción e s finalmente u n
m o d e l o p a r a los l i n g ü i s t a s q u e p o n e n al o r d e n
lingüístico como irreductible y admiten u n p r i m a d o
de l a l e n g u a e n el sentido e n que Merleau Ponty
h a b l a b a de u n primado de la percepción. No h a b í a
n a d a a n t e s . P a r a describir la l e n g u a h a y q u e t e n e r
El Espado Escénico. Significación y Medios

e n c u e n t a l a s r e l a c i o n e s i n t e r l i n g ü í s t i c a s e n t r e los
t é r m i n o s q u e s e d e f i n e n a sí m i s m o s sólo p o r l a s rela-
c i o n e s q u e los u n e n (Ducrot. N o u v e a u D i c t i o n n a i r e :
p.40).
E n definitiva l a lingüística n o e s m á s q u e u n a
región d e la teoría del l e n g u a j e q u e realiza u n proyecto
s a u s s u r e a n o d e u n a se m i ó t i c a g e n e r a l q u e Bogalyrev
h a b í a iniciado e n l a e t n o g r a f í a y M u k a r o v s k y e n l a
estética.
El c o n c e p t o d e s u s t a n c i a y el d e f o r m a y l a
oposición e n t r e ellos e s u n a p r e s e n c i a c o n s t a n t e e n
la o b r a d e H j e l m s l e v y d i s t i n g u e l a s u s t a n c i a n o
f o r m a d a semióticamente o materia, de la s u s t a n c i a
semióticamente formada que puede y debe pertenecer
a los o b j e t o s y la r e e n v í a a la ontología. E s p r e c i s a -
m e n t e la s u s t a n c i a s e m i ó t i c a m e n t e f o r m a d a l a q u e
c o n s t i t u y e el p u n t o d e c o n t a c t o e n t r e l a l i n g ü í s t i c a y
las otras disciplinas.
J e a n Laplanche afirma que la u n i d a d , según
S a u s s u r e , c o r r e s p o n d e a los c u a t r o t é r m i n o s de
Hjelmslev, e n los q u e i n t e r v i e n e la f o r m a . S o n los
ú n i c o s q u e p u e d e n c o n s t i t u i r el o b j e t o d e l a
l i n g ü í s t i c a e s t r u c t u r a l s e g ú n el e n u n c i a d o d e
S a u s s u r e q u e la l e n g u a n o e s s u s t a n c i a s i n o f o r m a .
R e s u m i e n d o p a r a d e s p e j a r c o n f u s i o n e s , sólo
p u e d e estudiarse la forma, y se p u e d e poner en
r e l a c i ó n la f o r m a d e u n significante q u e e s p e c i f i c a el
valor c o n la f o r m a d e u n significado q u e S a u s s u r e
l l a m a b a el c o n c e p t o o i m a g e n m e n t a l .
La lingüística n o p u e d e o c u p a r s e d e los f e n ó m e n o s
m a t e r i a l e s p u r a m e n t e físicos q u e c o n s t i t u y e n l a
s u s t a n c i a d e l a e x p r e s i ó n . Un m i s m o l e n g u a j e p u e d e
ser estudiado tanto en la transcripción oral c u y a
42 Ana Goutman

m a t e r i a s e a s o n o r a o e s c r i t a o e n los s i s t e m a s d e
oposición, la "forma" d e la e x p r e s i ó n p e r m a n e c e la
misma.
P o r o t r a p a r t e la d i r e c c i ó n i n t e n c i o n a l a l u d e
c o r r i e n t e m e n t e al r e f e r e n t e (no s e p u e d e t o m a r e n
consideración).
Lo q u e L a c a n l l a m a p r i m a d o del s i g n i f i c a n t e e s
finalmente d e s p u é s d e S a u s s u r e el p r i m a d o d e la
f o r m a (Lacan p . l 3 2 ) .
Hjelmslev p r o p o n e u n a f u n d a c i ó n f o r m a l d e la
lingüística que pueda abarcar otras ciencias
h u m a n a s . La t e o r í a del l e n g u a j e p a s a d e l a s l e t r a s a
l a s m a t e m á t i c a s p o r la lingüística, p o r ello la t e o r í a
del l e n g u a j e e s la u n i f i c a d o r a d e l a s c i e n c i a s .
La n o c i ó n d e i n t e r p r e t a c i ó n h e r m e n é u t i c a q u e
e s t u d i a F r a n c o i s R a s t i e r n o le e s útil a H j e l m s l e v
p o r q u e lo q u e decide si h a y signo n o e s el h e c h o d e
ser interpretado (1971 p.40). E s t a posición de
Hjelmslev p a r e c e ligada al e s t a t u t o i n e s c e n c i a l d e l a
semántica.
La distinción c i t a d a e n t r e f o r m a y s u s t a n c i a r a d i c a
e n el a n á l i s i s y la i n t e r p r e t a c i ó n e s p r o d u c t o d e la
s í n t e s i s . E n los e s t u d i o s d e lógica n o s e h a b l a d e i n -
t e r p r e t a c i ó n p o r q u e e s t á e x c l u i d a del s i s t e m a .

T a m b i é n Roland B a r t h e s t r a b a j a p o r e s a s f e c h a s
c o n la i d e a d e u n a semiología q u e n o c o n s i d e r a u n a
c a u s a p a r a d e f e n d e r , n i u n a ciencia, n i u n a disci-
p l i n a , n i u n a e s c u e l a , e s u n m o v i m i e n t o c o n el c u a l
s e i d e n t i f i c a al q u e s e le p u e d e d a r el n o m b r e d e
significante.
Considera q u e siendo u n a aventura personal ser
semiólogo él e s t á e n t r e los semiólogos p o r solidaridad,
El Espacio Escénico. Significación y Medios 43

p e r o n o s u b j e t i v a p o r q u e el s u j e t o s e d e s p l a z a e n
t r e s m o m e n t o s . El p r i m e r o p a r t e d e la a d m i r a c i ó n ,
c u a n d o p u e d e u b i c a r s u s e s t u d i o s d e los m i t o s
pequeño burgueses, que fueron solamente u n a
p r o c l a m a e n el á r e a d e los e s t u d i o s científicos o s e a
el á r e a del a n á l i s i s fino de los p r o c e s o s d e s e n t i d o .
Los m i t o s le m o s t r a r o n q u e la b u r g u e s í a convirtió s u
c u l t u r a h i s t ó r i c a de clase e n n a t u r a l e z a u n i v e r s a l , y
la semiología a p a r e c í a c o m o el m é t o d o f u n d a m e n t a l
d e l a c r i t i c a i d e o l ó g i c a ( 1 9 8 5 : p . 11). E l a b o r ó B a r t h e s
u n i n s t r u m e n t o d e a n á l i s i s y el e s t u d i o del s e n t i d o
a d q u i r í a u n a l c a n c e político.
U n s e g u n d o m o m e n t o f u e el d e l a c i e n c i a o al
m e n o s el d e la cientificidad. B a r t h e s t r a b a j ó d e s d e
1 9 5 7 a 1 9 6 3 p a r a c o n d u c i r el a n á l i s i s semiológico
de u n objeto a l t a m e n t e significante "la r o p a d e m o d a " .
La f i n a l i d a d f u e r e s t i t u i r m i n u c i o s a m e n t e l a
gramática de u n a lengua conocida pero que a ú n no
h a b í a sido a n a l i z a d a .
A c o n t i n u a c i ó n la r e d a c c i ó n d e los E l e m e n t o s d e
semiología le sirvió p a r a r e c u p e r a r el m o m e n t o d e
s u s a m i g o s G r e i m a s y Eco y l a s c o n f l u e n c i a s c o n
J a k o b s o n y Benveniste y los investigadores m á s
j ó v e n e s B r e m o n d y Metz.
Barthes quería f u n d a r u n a sistemática, m á s que
u n a s e m i o l o g í a , q u e r í a e n t r a r p o r el p l a c e r d e l
s i g n i f i c a n t e e n el texto (1985: p . l 2 ) .
El texto r e p r e s e n t a u n t e r c e r m o m e n t o , e n el q u e
los d i s c u r s o s se e n t r e t e j í a n a l r e d e d o r d e él y
d e s p l a z a b a n los prejuicios, i n q u i e t a b a n las evidencias
y proponían nuevos conceptos.
L a i m p o r t a n c i a q u e d a al texto, lo d i s t i n g u e d e l a
o b r a literaria, p o r q u e n o e s u n p r o d u c t o estético, sino
44 Ana Goutman

u n a p r á c t i c a significante. No e s u n a e s t r u c t u r a s i n o
u n a e s t r u c t u r a c i ó n , n o es u n objeto s i n o u n t r a b a j o ,
u n juego, no es u n conjunto cerrado de signos dotado
de u n sentido que trataría de reencontrar, es u n
volumen de m a r c a s q u e se van desplazando.
B a r t h e s insiste q u e el texto n o e s u n a significación
sino u n significante en la acepción semiótica y
psicoanalítica de este término.
La semiología " c u e s t i o n a s u propio d i s c u r s o " , p o r
e s o n o e s u n a c i e n c i a y el p r o b l e m a q u e s e p l a n t e a
e s a l c a n z a r a n o r e d u c i r el texto a u n significado q u e
s e a histórico, económico, folklórico, p e r o m a n t e n e r
s u significación a b i e r t a .
B a r t h e s s e a p r o x i m a a la vía del psicoanálisis p a r a
p r e g u n t a r a c e r c a del l u g a r d e s d e el q u e s e h a b l a ,
p r e g u n t a sin la cual t o d a ciencia y t o d a crítica
ideológica s o n i r r i s o r i a s . P a r a l a semiología n o existe
u n a e x t r a t e r r i t o r i a l i d a d del s u j e t o , a u n q u e f u e r a
s a b i o . No h a y m o d o d e olvidarse del s u j e t o e n l a
semiótica.
C u a n d o B a r t h e s s e ñ a l a al significante, q u e d e
m a n e r a c o r r i e n t e s e l l a m a signo, el t e m a d e l a s
c u l t u r a s s e r e f u e r z a con u n a s i n g u l a r i d a d irrepetible.
Pero h a y q u e v e r f u n c i o n a r e s a s c u l t u r a s a p a r t i r d e
lo q u e c a d a u n o d e n o s o t r o s t r a d u c e .
L a s i d e a s d e B a r t h e s , p o r la vía d e la d i s c u s i ó n
ideológica c o m p l e m e n t a n l a s c o n c l u s i o n e s d e Louis
Hjelmslev q u e p a r t e d e l a s exigencias d e l a l e n g u a y
lo llevan s i n d u d a a p e n s a r e n u n l e n g u a j e . Leyes,
normas, modelos están entre las novedades que
p r e s e n t a n al s u j e t o u n a n u e v a r e a l i d a d d e a n á l i s i s .
No e s u n a i n t e r p r e t a c i ó n p o r q u e lo q u e t e n e m o s
e s u n c o n j u n t o d e significerntes, e s d e c i r lo q u e
El E s p a d o Escénico. Significadón y Medios 45

l l a m a m o s t e x t o , y e s e t e x t o n o s llega, s e t r a d u c e
c u a n d o s e e n c u e n t r a con el texto i n c o n s c i e n t e del
sujeto y adquiere sentido.
 Los estudios semióticos sobre teatro

P a r t e n e n s u mayoría de la p r o p u e s t a d e la l i t e r a t u r a
d r a m á t i c a y c u r i o s a m e n t e s e le v a n a g r e g a n d o
a d i t a m e n t o s o e t a p a s q u e el e s t u d i o s o del h e c h o
teatral considera componentes estimables que com-
p l e m e n t a n l a conocida semiótica de los signos.
Quiero decir q u e incluyen los textos q u e y a n o
son el del a u t o r d r a m á t i c o sino el q u e confecciona el
director, el actor, la actriz, el escenógrafo y q u e s o n
relevos de la e s c r í t u r a en l a e s c e n a .
Algirdas G r e i m a s h a d i s e ñ a d o u n c u a d r o de los
a c t a n t e s o p e r s o n a j e s que configursin y c o n s t r u y e n
la d r a m a t u r g i a q u e existe en t a n t o c a d a u n o de e s o s
e l e m e n t o s se interrelacionan.
E n la revista Degrés especializada e n t e m a s de
e s t u d i o s t e a t r a l e s d e s d e los m á s a p e g a d o s a la letra
del teatro clásico a los que son d e u d o r e s de l a psicolo-
gía, la antropología la educación Eugenio B a r b a h a
d i f u n d i d o s u s reflexiones sobre la antropología
teatral. D e s d e los a ñ o s s e t e n t a a los n o v e n t a f u e el
g u r ú d e los g r u p o s de t e a t r o l a t i n o a m e r i c a n o y
e u r o p e o p o r distintos medios.
48 Ana Goutman

L a s e n s e ñ a n z a s d e B a r b a figuran e n l i b r o s q u e
leídos h o y a la l u z d e la crítica t e a t r a l d e n u n c i a n los
s í n t o m a s d e u n a visión r e d u c i d a del e s p e c t á c u l o y l a
creación.

La emoción c o n t r a r i a m e n t e a la opinión i n g e n u a
q u e la d e f i n e c o m o u n a fiierza q u e s e a p o d e r a
d e u n a p e r s o n a y lo s u b y u g a , la e m o c i ó n e s e n
realidad u n c o n j u n t o de r e a c c i o n e s a u n
e s t í m u l o (p.a.6).

Los e s t u d i o s a c t u a l e s h a n a b a n d o n a d o e s t a n u e v a
ingenuidad de estímulo y respuesta en c a d e n a que
B a r b a c o n s i d e r a u n a a c t u a l i z a c i ó n del t r a b a j o del
a c t o r . E s t u d i a r al actor d e n t r o d e l a s c i e n c i a s
p a r t i c u l a r e s , lo s e p a r a d e s u á m b i t o n a t u r a l . La
generalización de las ciencias n o es la e s c e n a d o n d e
q u e d a librado a s u s emociones.

La acción fija del actor e s la m á s p e q u e ñ a acción

p e r c e p t i b l e y q u e s e r e c o n o c e p o r el h e c h o q u e
a ú n si t ú c u m p l e s u n a acción m i c r o s c ó p i c a la
t o n i c i d a d e n t e r a del c u e r p o s e m o d i f i c a .
Creo e n u n m é t o d o negativo p a r a h a c e r s u r g i r
la d i m e n s i ó n interior, no impedir que la
i n t e r i o r i d a d se d e s a r r o l l e y el s e c r e t o e s u n a
cosa que se p u e d e aprender a condición de
a c t u a r c o m o sino s e p u d i e r a a p r e n d e r .

E s t a s i n d i c a c i o n e s al a c t o r f u e r a del á r e a d e l a
creación resultan u n tanto esotéricas p a r a la
e n s e ñ a n z a . Q u e p o r o t r a p a r t e el a c t o r realiza e n s u
p r á c t i c a c o t i d i a n a d e ejercicios, i m p r o v i s a c i o n e s y
r e p e t i c i o n e s lejos del i n t e n t o d e u n a r e c e t a .
El Espacio jEscémco. Significación y Medios 49

Otros estudios realizados por m a e s t r o s univer-

sitarios f r a n c e s e s como Tadeusz Kowzan, Anne
Ü b e r s f e l d , M i c h e l Corvin, P a t r i c e P a v i s , l o s m á s
c o n o c i d o s e n t r e n o s o t r o s e s t á n dirigidos a l a " p u e s t a
e n e s c e n a " m o d e r n a o " p o s m o d e m a " , a los a c t o s d e
h a b l a y a l a s p o s i b l e s d r a m a t u r g i a s del a c t o r y la
actriz.
Estos breves señalamientos no soslayan la
c o n t i n u i d a d d e los e s t u d i o s semióticos, m i p r o p ó s i t o
e s s o l a m e n t e i n d i c a r q u e h a c í a f a l t a d a r u n giro e n
la a c t i t u d d e c o n o c i m i e n t o .
La v a r i e d a d de m i r a d a s s o b r e la e s c e n a no
m u e s t r a n u n e n f o q u e totalizador d e s d e lo teórico sino
u n tenaz reconocimiento de cargas semánticas.
El á m b i t o d e l a d r a m a t u r g i a , u n a d e los m á s
e x t e n s o s e n t r e las investigaciones d e teatro, f u n c i o n a
d e m a n e r a s i s t e m á t i c a y d e s i n t e g r a el f e n ó m e n o
t e a t r a l q u e e s el e s p e c t á c u l o , p o r s u a f á n d e fidelidad
al e s c e n a r i o .
La d i s t a n c i a q u e existe d e los e s t u d i o s s o b r e l a s
d r a m a t u r g i a s a l a n á l i s i s d e l e s p e c t á c u l o q u e el
e s p e c t a d o r c o m p a r t e y e n el q u e p a r t i c i p a e s l a q u e
existe entre las investigaciones conocidas de la
s e m i ó t i c a t r a d i c i o n a l y la q u e tiene q u e ver c o n e s t e
p r o y e c t o d e a n á l i s i s d e la significación del e s p a c i o
escénico.
Los d r a m a t u r g o s h a n escrito s o b r e s u s c r e a c i o n e s
como Daniel Veronese, Peter Broook, Sanchís
S i n i s t e r r a , J u l i a Varley, J e a n Lecoq y o t r o s m á s
t r a b a j a n con los f a n t a s m a s d e s u s p r o p i a s h i s t o r i a s ,
no en lugares ideales porque son desconocidos, sino
i d e a l e s p o r q u e s e p r e t e n d e n realizar.
Los f e n ó m e n o s a r t í s t i c o s c o n e s t r u c t u r a d a d a e n
50 Ana Goutman

l o s q u e el e s p e c t a d o r p a r t i c i p a y m i m e t i z a u n
significado s e d i s t i n g u e n d e a q u e l l o s e n los q u e l a s
e x p e c t a t i v a s del e s p e c t a d o r e s t á n f r u s t r a d a s p o r q u e
renuncia a toda representación realista y se permite
la a v e n t u r a d e c r e e r e n la f u n c i ó n y el v a l o r q u e
c u m p l e n el teatro, la d a n z a , l a ó p e r a , l a s a r t e s del
espacio.
¿ C u á l e s e s a f u n c i ó n ? No al m e n s a j e , n o a l a
m o r a l e j a . Si n o s e s a l e a decir algo ¿ p a r a q u é ?
Pero ¿ c u á n d o ? E n el a b s o l u t o p r e s e n t e .
E n el t e a t r o d e A n t o n i n A r t a u d c o m o t e a t r o d e la
crueldad no se p u e d e a p r e h e n d e r u n ruego, o la
f e l i c i d a d o el d o l o r o el a m o r p o r q u e t o d o e s t á
d e s p r o v i s t o d e lo q u e c o n o c e m o s y t e m b l a m o s a n t e
lo d e s c o n o c i d o .

E s t a s n o t a s d e s c r i b e n la e x p e r i e n c i a del
e s p e c t a d o r q u e n o e s t á p r e v e n i d o y q u e a t i e n d e los
a s u n t o s d e la emoción, el i n c o n s c i e n t e , l a h i s t o r i a
personal. En ese momento no h a y que b u s c a r la
c o n t i n u i d a d , n i el m e s t i z a j e y s e invierte la m i r a d a
q u e a c o s t u m b r a m o s a dirigir. D e s c e n t r a l i z a r la
m i r a d a , la a c t i t u d d e la m i r a d a , n o la i d e a física d e
mirar. Porque aparece u n a vibración o u n a
palpitación que s u p o n e u n momento de tensión de
l a a c c i ó n y a v i v a el i n t e r é s . E s el p e r m a n e n t e
d e s c u b r i m i e n t o d e la s u b j e t i v i d a d q u e t i e n e q u e v e r
c o n l a c o n s t r u c c i ó n d e s e n t i d o c o m o e n el p l a n o d e
los p r o c e d i m i e n t o s .
N u e s t r a p e r c e p c i ó n e s l i m i t a d a y sin e m b a r g o n o
b a s t a u n a idea p a r a que sirva de sostén, porque
l l e g a m o s a los límites d e lo q u e s e h a d i c h o y e n e s e
l u g a r el e s p e c t a d o r s e e n c u e n t r a c o n lo o b s c e n o , lo
El Espacio Escémco. Significación y Medios 51

t o r p e . C o n lo q u e d e b e s e r d e s p l a z a d o f u e r a d e la
e s c e n a q u e n o d e b e s e r r e p r e s e n t a d o a la v i s t a del
e s p e c t a d o r p o r q u e s i g u e s i e n d o lo íntimo, lo violento,
lo g u a r d a d o , lo p r o p i o , lo q u e n a c i ó p a r a n o s e r
m o s t r a d o p o r q u e h a c a m b i a d o la r u t i n a .
S u c e d e la p r i m e r a vez, e s como u n a s o r p r e s a . E s a
p r i m e r a vez n o s d e s l u m h r a y d e s p i e r t a los s e n t i d o s .
S i e m p r e o c u r r e a n t e u n e s p e c t á c u l o p o r q u e e s lo
i n e s p e r a d o , o m á s b i e n c u a n d o e s lo i n e s p e r a d o como
l a c u a l i d a d d e t e r m i n a n t e d e u n a c t o creativo.
D a n i e l V e r o n e s e s e refiere a " e s t a r f u e r a d e " l a
c u l t u r a l a q u e y a n o s e e x p r e s a m á s q u e e n el t e a t r o ,
p o r q u e e s s u l u g a r . El d e s t i n o d e l a rebelión n o e s t á
e n u n l u g a r conocido, d e s a f i a .
La " e x p e r i e n c i a del goce estético" y la c o n c i e n c i a
d e t e a t r a l i d a d , m u l t i p l i c i d a d de p o é t i c a s d r a m á t i c a s
e x p r e s a n u n a c o n t e c i m i e n t o q u e e s t á e n el l e n g u a j e
q u e d e n u n c i a t o d o efecto d e r e a l i d a d .
 Algunas c a t e g o ñ a s d e análisis
en la semiótica del espectáculo

expenencia-cuerpo-emoción

E s l a f u n c i ó n del e s p e c t a d o r q u e r e s u l t a lo m á s
cercano a u n p u n t o de partida irrenunciable. No creía
posible continuar con los estudios que se h a c e n desde
d i s t i n t o s p u n t o s d e vista, e n t o n c e s m e i n t e r e s ó
s e ñ a l a r l a e x p e r i e n c i a d e u n a r e a l i d a d artístico-,
e s t é t i c a q u e se p r e s e n t a en el espacio escénico y q u e
de m a n e r a i m p r e c i s a invade al e s p e c t a d o r q u e n o
r e p a r a e n ella h a s t a el m o m e n t o e n q u e s e s i e n t e
afectado, violentado, sin s e r objeto a p a r e n t e d e ese
proceso.
Percibir, t e n e r l a experiencia, concluir q u e algo
h a llegado a i n t e r r u m p i r el ritmo d e l a r e s p i r a c i ó n y
n o s i m p u l s a a sentir euforia, emoción, alegría y do-
lor, e s u n a p a r t e d e la creación q u e e s t á s i e m p r e e n
el espectáculo.
Nadie d u d a q u e el s u j e t o e s p e c t a d o r e s u n c u e r p o
en u n m u n d o en el q u e t r a n s i t a n emociones q u e lo
p e n e t r a n y lo e n a j e n a n , lo niegan y lo i n v a d e n al
m i s m o tiempo. Hablar de la experiencia es referirse
t a m b i é n a l a realidad q u e s e vive y se r e c u e r d a .
54 Ana Goutman

La e x p e r i e n c i a a q u e m e refiero d a p a s o a l a m e -
m o r i a , la e x p e r i e n c i a d e la m e m o r i a e s otro m o d o d e
r e c u p e r a c i ó n d e la h i s t o r i a p e r s o n a l .
Philippe J u l i e n e s t u d i o s o d e l a o b r a d e J a c q u e s
L a c a n ( p . l 5 ) a f i r m a q u e e s el i n c o n s c i e n t e el q u e
e n t r e v e e lo r e a l a t r a v é s del " m a l e n t e n d i d o " . T i e n e el
i n c o n s c i e n t e u n i n g r e d i e n t e q u e e s la m e m o r i a ,
" f i n a l m e n t e el i n c o n s c i e n t e n o olvida" p o r q u e n o h a y
a d e n t r o p s í q u i c o sin relación con u n a f u e r a c u l t u r a l
y político.
La i d e a d e e x p e r i e n c i a p r i v a d a e s i n d i s c u t i b l e
s e g ú n la c u a l t e n e m o s u n c o n o c i m i e n t o i n m e d i a t o
infalible i n t r í n s e c a m e n t e subjetivo d e c o n t e n i d o a
través de las representaciones e ideas que p r o d u c e
u n espectáculo.
E s t a i d e a de experiencia algunos la l l a m a n
"lenguaje privado" se limita a n o m b r e s d e s e n s a c i o n e s
o d e e x p e r i e n c i a s - dolor-rojo- c u y a significación s e r á
fijada e x c l u s i v a m e n t e p o r e x p e r i e n c i a s p r i v a d a s , dice
Wittgenstein.
Todo l e n g u a j e s u p o n e v e r d a d e r o s criterios y reglas
p ú b l i c a s d e u s o d e e x p r e s i o n e s y la c o n s e c u e n c i a e s
previsible y a q u e t o d a c o n c e p c i ó n q u e d e f i n e lo m e n -
tal por s u carácter privado es incoherente.
Las e x p e r i e n c i a s , a g r e g a Wittgenstein, c o m o o t r o s
e s t a d o s psicológicos definen " n u e s t r o s j u e g o s d e
l e n g u a j e " c o n ciertos criterios objetivos y p ú b l i c o s ,
¿Está necesariamente inñuido por juicios o
i n f e r e n c i a s el c o n t e n i d o d e n u e s t r a e x p e r i e n c i a ? Sólo
h a s t a cierto-punto. : 1> •
A l g u n o s filósofos i n s i s t e n e n el h e c h o q u e l a
p e r c e p c i ó n n o e s u n a r e c e p c i ó n p a s i v a d e lo d a d o
c o m o l a s i l u s i o n e s v i s u a l e s o la p e r c e p c i ó n d e figuras
 El Espacio Escénico. Significación y Medios 55

implican cambios de forma.

U n a m a t r i z c o n c e p t u a l se r e q u i e r e p a r a q u e u n
s u j e t o p u e d a a p r e h e n d e r el c o n t e n i d o d e u n a
e x p e r i e n c i a . R. G r e g o r y (1970) e n t i e n d e q u e l a
percepción es comparable a u n hipótesis, pero no
a l c a n z a a a p r e h e n d e r q u e el c o n t e n i d o d e u n a
e x p e r i e n c i a visual, p o r ejemplo, s e i d e n t i f i q u e c o n
j u i c i o s f u n d a d o s e n e s a experiencia.
H a y q u e d i s t i n g u i r el c o n t e n i d o r e p r e s e n t a c i o n a l
d e la e x p e r i e n c i a q u e v e h i c u l a u n a i n f o r m a c i ó n n o
c o n c e p t u a l i z a d a . Si n o s e h a c e e s a d i s t i n c i ó n n o s e
c o m p r e n d e r í a p o r q u é e n u n a ilusión v i s u a l la i l u s i ó n
p e r m a n e c e a ú n d e s p u é s q u e s e h a t o m a d o conciencia
d e s u n a t u r a l e z a ilusoria.
¿ P o r q u é lo e s p a c i a l y n o lo t e m p o r a l e s i n t r í n s e c o
a los c o n t e n i d o s p e r c e p t i v o s ? El m i s m o c o n t e n i d o
perceptivo puede ser alcanzado en m o m e n t o s
diferentes y por procesos perceptivos distintos,
m i e n t r a s q u e u n a t r a s l a c i ó n e s p a c i a l m o d i f i c a los
c o n t e n i d o s p e r c e p t i v o s p e r o n o los p r o c e s o s .
R e c í p r o c a m e n t e u n a t r a s l a c i ó n n o c o n s e r v a la
i d e n t i d a d d e la o c u r r e n c i a del a c o n t e c i m i e n t o s e n -
s o r i a l a u n q u e c o n s e r v e a m e n u d o el c o n t e n i d o
perceptivo.
P a r a C h r i s t o p h e r P e a c o c k e (1992) e s a d i s i m e t r í a
e n t r e l a s p r o p i e d a d e s t e m p o r a l e s y e s p a c i a l e s e n la
e x p e r i e n c i a p r o p o r c i o n a el e m b r i ó n d e u n a t e o r í a d e
la r e a l i d a d , y a q u e p e r m i t e disociar l a s p r e s i o n e s
p r o p i a s al a c o n t e c i m i e n t o s e n s o r i a l d e l a s q u e s o n
propias a su contenido. Es u n a ocurrencia que
d i f e r e n c i a u n a visión e n g l o b a n t e d e l a p e r c e p c i ó n :
e n los i n g r e d i e n t e s s e n s o r i a l e s y el c o n t e n i d o q u e
implica.
56 Ana Goutman
C a d a fenómeno perceptivo tiene u n a referencia a
la realidad y g u a r d a p e r m a n e n t e m e n t e el trazo de
acciones e f e c t u a d a s a fin de extraer la información
espacial propia a lo referencial objetivo y a ú n en el
espacio egocéntrico.
Los procesos perceptivos afirma Pascal Engler, el
a u t o r del artículo sobre la "Experiencia" al q u e m e
refiero p u b l i c a d o e n la Encyclopédie Universalis
p o n e n e n juego acciones tales como el enfoque del
ojo, la orientación de los ojos e n las órbitas y la cabeza
y u n comportamiento m á s global de orientación.
Como se v e r á la codificación de la acción e s
p r o b a b l e m e n t e o p e r a d a a nivel de las intenciones n o
de los comportamientos propiamente dichos.
Hay dos aspectos de los procesos perceptivos q u e
s u c e d e n al espectador c u y a atención e s t á alerta e n
la t a r e a que lo compromete el espacio escénico: el
a s p e c t o temporal de u n proceso que lo i n s e r t a o
i n c l u y e e n u n a serie o r d e n a d a y la i n f o r m a c i ó n
espacial p u e s t a por el proceso, condición inicial que
el s i s t e m a introduce p a r a calcular las c o n s t a n t e s de
dirección y posición visuales.
La i n f o r m a c i ó n espacial es t í p i c a m e n t e
r e d u n d a n t e e n el caso de u n a experiencia local, es
e n ese sentido que ella está p r e s e n t e en c a d a señal
s e n s o r i a l p u e s e s g a r a n t í a de equilocalidad q u e
p r o p o r c i o n a u n a condición n e c e s a r i a del c a r á c t e r
objetivo de la experiencia, considera Joelle P r o u s t
(p-13).
La m a y o r í a de los psicólogos contemiporáneos
a d m i t e n q u e los s i s t e m a s de t r a t a m i e n t o de la
información sensorial son autónomos e n relación con
los procesos superiores de p e n s a m i e n t o y juicio. Y
El Espado Escénico. Significadón y Medios 57

c o m o i n f o r m a el artículo a q u e h a g o r e f e r e n c i a m á s
arriba, s e g ú n Fodor (1981) vehiculan u n a información
"modular" que tiene carácter rápido, automático,
aislado, e n relación con los contenidos d e los p r o c e s o s
centrales.
La i d e a d e lo " m o d u l a r " de F o d o r t i e n e o t r o s
o r í g e n e s lo q u e c o n f i r m a q u e s e r í a u n a c a r a c t e r í s t i c a
de d e t e r m i n a d o , c u a s i a u t o m á t i c o .
¿ P o d r í a s e r e l i m i n a d o el c o n t e n i d o s u b j e t i v o d e
la experiencia?
E s d u d o s o , p o r q u e s i e m p r e lo s e ñ a l a m o s c o m o
ú l t i m o r e c u r s o , q u i e r e decir q u e n u n c a e s t á a u s e n t e .
Este t e m a está desarrollado en p r o p u e s t a s
científicas.
La i m a g e n científica del m u n d o n o e s l a ú n i c a
r e a l y l a visión s u b j e t i v a q u e n o s d a l a e x p e r i e n c i a e s
irreductible.
Lo q u e s e l l a m a la e x p e r i e n c i a e s m u y diverso e n
u n mismo sujeto. Tiende a mostrarse como uni-
ficadora, c o m o s o s t é n d e u n s u j e t o . Pero t a m b i é n s e
d i s t a n c i a del s u j e t o p a r a a b r i r s e a o t r a e x p e r i e n c i a
al i n s t a n t e s i g u i e n t e a c a u s a del objeto q u e p r o v o c a
e s a movilidad de l a experiencia.
E n el s u j e t o el conocimiento de la experiencia tiene
q u e ver con el m u n d o de la c u l t u r a , d e la significación
y r e s u l t a el meollo del a n á l i s i s del e s p a c i o e s c é n i c o .
H a y u n a d i m e n s i ó n significativa q u e a l i m e n t a y
c o m p a r t e el e s p a c i o escénico c o n la n e c e d a d . ¿ P o r
q u é la n e c e d a d ? El d i s c u r s o analítico dice L a c a n n o s
a c e r c a a lo c o m p a c t o , a lo t e n a z c o m o a l o - q u e
l l a m a m o s n e c e d a d q u e t i e n e la c a r a c t e r í s t i c a d e u n
e s p a c i o e s t r u c t u r a d o y q u e p o r ello r e ú n e c o n j u n t o s
q u e p e r c i b i m o s e n el e s p a c i o escénico.
58 • Ana Goutman
Elijo el d i s c u r s o analítico p o r q u e e s afín a la
t e n d e n c i a que reconoce elementos en u n espacio. No
e s lo contrario de sintético p o r q u e no se refíera a
u n a totalidad, sino q u e e s t a b l e c e c o n j u n t o s q u e
significan. El discurso analítico es el que e n u n c i a el
psicoanalista cuando habla y escucha. Tiene
características que relacionan el h a b l a y la e s c u c h a
p o r q u e e s t á n e n relación con la significación.
Los elementos del espacio mental, escénico, físico
parecen aperturas, espacios abiertos que vamos
integrando no son homogéneos, h a y intersecciones^
es u n secreto de la significación.

lengua, significante, inconsciente

-La referencia al inconsciente es u n a posibilidad p a r a

salir de la teoría de las interpretaciones y a q u e el
significante r e p r e s e n t a al sujeto y el signo e s algo
p a r a alguien.
Un ejemplo próximo y no por eso b a n a l es el del
f u e g o q u e t i e n e u n significado, m i e n t r a s q u e el
significante p e r m a n e c e abierto a t o d a s l a s signi-
ficaciones h a s t a que otro significante se relacione con
él. Esto p r o d u c e u n a significación inesperada.
C u a n d o Lacan dice q u e "el i n c o n s c i e n t e e s t á
e s t r u c t u r a d o como u n l e n g u a j e " no dice de q u é
lenguaje se trata, p u e s vamos del m á s e s t r u c t u r a d o
al e s t r u c t u r a d o y de lo m á s a lo m e n o s forzado.
El análisis del trabajo escénico es u n a práctica
11 . • ' ' -
e n l a c r e a c i ó n d e l e s p e c t á c u l o q u e a p l i c a el
p s i c o a n á l i s i s a l a f u n c i ó n d e l e s p e c t a d o r , el
inconsciente del sujeto t r a d u c e u n a significación que
El Espacio Escénico. Significación y Medios 59

le o c u r r e . D e signo e n signo, c o m o a f i r m a b a Peirce

r e c o n o c e m o s la s e m i o s i s .
No h a y signo f u e r a d e la s e m i o s i s , é s t a c i r c u l a
con el r i t m o d e los significantes, y a q u e a Peirce n o
le i n t e r e s a n los significados, n o h a b l a d e l i n g ü í s t i c a ,
q u e e s el a s u n t o d e S a u s s u r e .
V i m o s q u e poco s e o c u p ó S a u s s u r e d e la semiótic a
y e s H j e l m s l e v q u i e n n o s a c l a r a l a f u n c i ó n d e la
s e m i ó t i c a , n o " n e c e s i t a " d e los s i g n o s s i n o d e l a s
figuras. ¿Por qué este reemplazo? Porque e r a la
p o s i b i l i d a d d e d e s p l a z a r al signo, s e g ú n Hjelmslev.
Algunas observaciones de M u s t a p h a S a f o u a n m e
permiten asociar u n a expresión que F r e u d utiliza
" c o n d i c i o n e s d e figurabilidad" - c a m b i a el s e n t i d o d e
u n a frase c u a n d o se cambia de lugar u n a c o m a - con
l a n o c i ó n d e figura q u e u s a H j e l m s l e v . (Ejemplo;
¿ c ó m o e s t á s ? ¿Como, e s t á s ? Y a s í d e continuo).
Cuajido h a b l a m o s del inconsciente e s t a m o s
inevitablemente enredándonos en problemas de
lengua.
¿ Q u é h a y e n el i n c o n s c i e n t e ? Lo q u e e s t á a u s e n t e
o no e s t á consciente que es otro texto que no
c o n o c e m o s y e s t á b a j o el texto q u e e n u n c i a m o s . Dice
Lacan.

El s a b e r e s u n e n i g m a q u e e s t á p r e s e n t e e n el
i n c o n s c i e n t e c o m o s e r e v e l a e n el d i s c u r s o
analítico

Por lo g e n e r a l s e e n u n c i a q u e el l e n g u a j e sirve
p a r a la c o m u n i c a c i ó n .
 60 Ana Goutman
La c o m u n i c a c i ó n i m p l i c a la r e f e r e n c i a .
Sólo u n a c o s a e s t á c l a r a : el l e n g u a j e n o e s m á s
q u e lo q u e el d i s c u r s o científico e l a b o r a p a r a
d a r c u e n t a d e lo q u e yo llamo la l e n g u a .
La l e n g u a sirve p a r a o t r a s c o s a s d i f e r e n t e s d e
l a c o m u n i c a c i ó n n o s lo h a m o s t r a d o l a
e x p e r i e n c i a del i n c o n s c i e n t e , e n c u a n t o e s t á
h e c h o d e l a l e n g u a , e s t a la l e n g u a q u e escribo,
en u n a sola palabra, como s a b e n p a r a designar
lo q u e e s el a s u n t o d e c a d a q u i e n .
L a l e n g u a l l a m a d a y n o e n b a l d e m a t e r n a (Tomo
2 0 : p . 166).

El a s u n t o d e c a d a q u i e n e s lo q u e a p a r e c e c o n el
i n c o n s c i e n t e , q u e n o s i n t r o d u c e e n el t e m a de. l a
significación.

surge la significación
C u a n d o el i n c o n s c i e n t e s e l i b e r a d e la r e p r e s i ó n e n
q u e vive e s e n definitiva u n r e s u l t a d o d e l a r e l a c i ó n
del s u j e t o c o n los significantes.
Por ello n o s referimos al s u e ñ o , al chiste, al l a p s u s ,
y a l s í n t o m a e n el s u j e t o q u e c o n s t i t u y e f o r m a s
d i f e r e n t e s p o r l a i n c i d e n c i a del significante. El s u j e t o
e s el m i s m o s u j e t o q u e c o m p o n e c u l t u r a s .
P e t e r B r o o k utiliza l a noción d e significación y n o
s o s l a y a la r e l a c i ó n q u e e s t a b l e c e l a l i n g ü í s t i c a e n t r e
significado y significante c u y o p r o d u c t o e s el signo,
q u e e s u n valor clasificatorio p e r o no del o r d e n
fenomenológico, p o r q u e n o a g o t a el a c t o s e m á n t i c o .
El signo vale e n u n e n t o r n o , n u n c a e s t á a i s l a d o .
S a u s s u r e utiliza e n s u o b r a p i o n e r a u n a i m a g e n q u e
s i g u e s i e n d o válida: l a d e u n a h o j a d e p a p e l q u e s e
El E s p a d o Escénico. Significación y Medios 61

r e c o r t a e n v a r i a s p a r t e s y c a d a u n a t i e n e u n valor e n
relación con las otras, pero también c a d a p a r t e tiene
u n d e r e c h o y u n e n v é s q u e h a n sido r e c o r t a d o s d e l a
lengua.
R o l a n d B a r t h e s dice q u e e s t a s a s i m i l a c i o n e s q u e
se señalan entre las dos caras de u n a hoja o de u n
r e c o r t e s o n l a s a r t i c u l a c i o n e s e n el d o m i n i o d e l a
l e n g u a y el s e n t i d o e s t á a n t e s q u e t o d o r e c o r t e .
La t a r e a d e la s e m i o l o g í a / s e m i ó t i c a e s m u c h o
m e n o s e s t a b l e c e r u n léxico de o b j e t o s q u e l a s
articulaciones q u e los h o m b r e s h a c e n s u f r i r a lo real.
Un s a u s s u r e a n o agregaría u n dato peyorativo, p u e s
a s í c o m o l a s p r o p i e d a d e s d e los o b j e t o s n o e s t á n
i n c l u i d a s e n el signiñcado, n o intervienen e n l a s clasi-
ficaciones i n h e r e n t e s a la lengua, Aristóteles dixit; el
significado h o m b r e no incluye el r a s g o p l u m a s .
La s i g n i f i c a c i ó n n o u n e s e r e s u n i l a t e r a l e s , n o
aproxima dos términos, porque significante y
significado s o n c a d a u n o t é r m i n o a r e l a c i ó n . El s i g n o
que Peirce alude en la semiosis tiene e s a s
c a r a c t e r í s t i c a s , sd n o e x i s t i r a i s l a d o n o h a y o t r a
posibilidad que encontrarlo en s u articulación con
otro signo.
El a s u n t o d e l a significación q u e e s t á e n el título
del libro s e e x t i e n d e h a c i a la posibilidad d e "conocer"
l a e s c e n a c u y o texto s e r e p r o d u c e .
No s e t r a t a d e i n t e r p r e t a r u n s u e ñ o , L a p l a n c h e
r e t o m a e s t a afirmación e n u ñ a " c o n t r a h e r m e n é u t i c a " ,
s i n o d e a p r e h e n d e r s u significación c u a n d o Uega el
m o m e n t o . E s t e m o m e n t o e s t á al final e n f u n c i ó n del
fin q u e e s t á al comienzo e n el s u e ñ o o l a m e t á f o r a ,
cuyo significante se sustituye y tenemos q u e esperar
p a r a esclarecer la metonimia.
62 Ana Goutman

El significante t i e n e a u t o n o m í a lo d e s c u b r i m o s
a s í a p a r e c e la e x p e r i e n c i a del e s p e c t á c u l o p o r q u e el
s i g n i f i c a n t e aislado n o tiene significación a l g u n a .
C u a n d o S t e n d h a l u s a u n v o c a b l o i t a l i a n o , el
s i g n i f i c a n t e , n o e s sólo el t é r m i n o utilizado, s i n o el
h e c h o d e h a b e r utilizado tal vocablo p a r a e x p r e s a r
u n a c i e r t a i d e a del a u t o r q u e h a decidido r e c u r r i r al
i t a l i a n o y e s e r e c u r s o t i e n e p o r significado u n a c i e r t a
i d e a d e l i b e r t a d l i g a d a a Italia.
E n fin si el p l a n o d e l a e x p r e s i ó n o s i g n i f i c a n t e
c o m o lo l l a m a S a u s s u r e e s y a u n l e n g u a j e s e t r a t a
d e u n a l e n g u a cormotativa, p o r q u e c o n n o t a c i ó n existe
c u a n d o el e l e m e n t o significante e s el h e c h o m i s m o
d e e m p l e a r tal o tal o t r a l e n g u a y e s t a n o c i ó n s e h a
e x t e n d i d o a los c a s o s e n q u e el significante e s n o
s o l a m e n t e l e n g u a j e , s i n o ilusión d e u n d i s c u r s o y a
m a n t e n i d o o el q u e e s t a r á p o r r e a l i z a r s e . E n e s t e
c a s o l a s l e n g u a s n a t u r a l e s e n el u s o literario y a ú n
m á s allá de ese u s o proporcionan u n ejemplo
c o n s t a n t e d e l e n g u a j e connotativo, a m e n u d o lo q u e
e s el s i g n i f i c a n t e es m e n o s el vocablo escogido q u e el
h e c h o d e h a b e r l o escogido. El e s f u e r z o d e a b s t r a c c i ó n
que i m p o n e Hjelmslev, finalmente, tiene así por
c o n t r a p a r t e u n a c o n s i d e r a b l e e x p a n s i ó n e n el c a m p o
lingüístico q u e aprovechó t o d a la semiología m o d e r n a .
E n t o n c e s el significante n o s e limita, n o p u e d e
limitarse a ser u n soporte fonemático, porque c a d a
e l e m e n t o d e e s e significante c a r g a c o n u n s e n t i d o .
D e e s a c a r g a se c o n s t i t u y e l a s e m i ó t i c a .
L a c a n d i c e q u e s e p u e d e colectivizar el signi-
ficante, q u i e r e decir q u e h a y colección d e significantes
q u e p a r e c e n m o s t r a r s e e n u n a t o t a l i d a d p e r o "no h a y
p r e d i c a d o q u e lo p e r m i t a " .
El Espacio Escémco. Significación y Medios 63

J a k o b s o n dice del significante q u e no e s u n a

p a l a b r a l a q u e p u e d e f u n d a m e n t a r el significante.
¿Y e n t o n c e s ?
A c o n s e j a e c h a r m a n o a u n a u n i d a d c o m o el
p r o v e r b i o q u e e s a s u n t o d e los l i n g ü i s t a s y s e a b r e a
la l o c u c i ó n q u e e s u n a significación.
La variedad de proverbios p e n e t r a n en u n a
v a r i e d a d d e s i g n i f i c a n c i a s e s e s e r í a el l u g a r del sig-
n i f i c a n t e q u e b u s c a m o s : lo q u e p r o d u c e efecto d e
significado.
A c l a r a B e n v e n i s t e q u e la relación d e a r b i t r a r i e d a d
e n t r e los m o m e n t o s del signo p a r e c e n o t e n e r n a d a
q u e v e r c o n lo q u e lo c a u s a , con el r e f e r e n t e y "si n o
t i e n e n a d a q u e v e r c o n lo q u e lo c a u s a e s p o r q u e s e
e s p e r a q u e t e n g a c i e r t a relación c o n lo real" ( T 2 0 /
29).
P a r a Lacan ese referente es u n a m u e s t r a de u n
"yerro". La r e l a c i ó n del significado c o n lo q u e allí e s t á
c o m o t e r c e r o i n d i s p e n s a b l e , el r e f e r e n t e , e s
p r o p i a m e n t e q u e el significado lo y e r r a . P o r q u e s i el
significante lograra la imagen que necesitamos p a r a
s e r felices "todo e s t a r í a m u y bien, p e r o n o e s el caso".
¿ H a y a c u e r d o con el r e f e r e n t e o c o n u n r e f e r e n t e ?
P a r a Peirce e s t a p r e g u n t a n o tiene s e n t i d o .
V o l v e m o s a l a p r e g u n t a ¿ c ó m o c a r a c t e r i z a r el
s i g n i f i c a n t e ? S e r í a u n a v a r i e d a d , u n colectivo, n o e s
u n a c a t e g o r í a s e m á n t i c a sino u n m o d o d e "colecti-
vizar" d e lo q u e s e p u e d e c o n c l u i r q u e n o e s p o r t a d o r
de mensaje.
Por q u é dice L a c a n a c e n t u a m o s l a f u n c i ó n del
significante, p o r q u e es el f u n d a m e n t o d e l a d i m e n s i ó n
d e lo simbólico. Valga la relación con la c u l t u r a .
Lo s i m b ó l i c o , l a c u l t u r a , lo q u e q u e d a e n el
64 Ana Goutman

e s p e c t a d o r luego del e s p e c t á c u l o e s el m u n d o d e
s i g n i f i c a n t e s q u e n o c o n f i g u r a n m e n s a j e c o m o los
significados. La relación e q u í v o c a c o n el e s p e c t á c u l o
se i n s t a l a c u a n d o alguien p r e g u n t a : "¿a ver q u é q u i e r e
decir?" No q u i e r e decir n a d a .
F r a n c o i s e Dolto, e m i n e n t e p s i c o a n a E s t a de n i ñ o s
a f i r m a q u e el n i ñ o h a b l a d e s d e d o n d e e s t á , c u a n d o
d i b u j a o p i n t a s e u b i c a a n t e el p a p e l d e o t r a m a n e r a ,
n o t i e n e n a d a q u e decir o n o q u i e r e decir n a d a . E s la
d i m e n s i ó n q u e los a d u l t o s h a n p e r d i d o d e vista, h a n
e x t r a v i a d o el l u g a r , s u l u g a r d e s d e el q u e h a b l a n y le
p r e g u n t a n a l otro: s e a p a p e l o libro o a m i g o .
Considero esclarecedora esta observación de
F r a n c o i s e Dolto c o m o s u c e d e e n l a t e o r í a p s i c o -
a n a l í t i c a h a y q u e p a r t i r del s u j e t o y esto lo c o n f i r m a n
l o s semióticos.
Resumiendo: saber dónde estoy abre la posi-
bilidad de hablar. Frente a e s t a situación que es
p r i m i g e n i a el a d u l t o h u y e , s e c o n s i d e r a "al d e s n u d o "
y n o r e g r e s a a ella. La o b s e r v a c o m o l i m i t a n t e , e s
d e c i r " s u b j e t i v a " . Lo s u b j e t i v o e s t á e n el e s p a c i o
e s t r u c t u r a d o del c o n o c i m i e n t o del s u j e t o .
E s t e t e m o r o r e t r a i m i e n t o a n t e lo "subjetivo" e s
lo q u e h a g e n e r a d o t a n t a s p á g i n a s q u e s o n p r e s -
cindibles en u n discurso que cuestionamos.

el discurso
q u e s e oye a c e r c a del e s p e c t á c u l o o lo q u e s e oye e n
el e s p e c t á c u l o n o t i e n e relación c o n lo q u e significa
p o r q u e s e i n s t i t u y e e n u n d i s c u r s o científico. Q u i e r o
d e c i r q u e n o t i e n e n a d a q u e ver c o n el significado.
Lo q u e S a u s s u r e l l a m a a r b i t r a r i o c u a n d o o b s e r v a
El Bspado Escénico. Significación y Medios 65

al signo, e s lo q u e le s u c e d e al e s p e c t a d o r .
L a c a n cita al Cratilo d e P l a t ó n q u e r e a f i r m a q u e
el s i g n i f i c a n t e n o t i e n e n i n g u n a r e l a c i ó n c o n el
significado ( T . 2 0 / 4 1 ) , y q u e lo l l a m a d o a r b i t r a r i o e n
l a relación q u e reconoce S a u s s u r e e n r e a l i d a d s e t r a t a
d e otro d i s c u r s o q u e se desliza al d i s c u r s o del otro.
E n t o n c e s a r b i t r a r i o n o e s lo q u e c u a d r a . H a y q u e
salir del d i s c u r s o p o r q u e lo a r b i t r a r i o i n d i c a q u e
p u e d e acudir a otra referencia.
Dicho d e o t r a m a n e r a , si el significante f u e r a
a r b i t r a r i o n o e s lo m i s m o q u e decir s i m p l e m e n t e q u e
n o t i e n e relación c o n s u efecto d e significado s i n o
que es a p u n t a r a otra referencia.
C u a n d o L a c a n dice " r e f e r e n c i a " ( T 2 0 / 4 1 ) sólo
p u e d e s i t u a r s e a p a r t i r d e lo q u e el d i s c u r s o
c o n s t i t u y e c o m o u n vínculo y a g r e g a :

el significante c o m o tal n o se refiere a n a d a q u e

no sea u n discurso, u n modo de funciona-
miento, u n a utilización del l e n g u a j e como
vínculo. E n definitiva el u s o .
Vínculo e s el vínculo e n t r e los q u e h a b l a n , los
q u e t i e n e n v i d a (p.42).

V i d a t i e n e q u e ver c o n m u e r t e , r e s u l t a e n t o n c e s
u n a a m b i g ü e d a d significante, p o r q u e p a r a definir l a
v i d a n o h a y m á s q u e a c u d i r a la r e p r o d u c c i ó n del
c u e r p o . Pero e s t a dirección es, n o s e define, c o m o l a
e x i s t e n c i a del m u n d o , la c ó p u l a e s el l e n g u a j e .
El d i s c u r s o c o r r i e n t e d a u n a l e c t u r a d i f e r e n t e al
s i g n i f i c a n t e del e s p e c t á c u l o q u e r e s u l t a m á s p r ó x i m a
d e l a e x p e r i e n c i a del " l a p s u s " o del c h i s t e .
E s l a evidencia q u e h a y algo dicho q u e "no s e h a
q u e r i d o decir".
66 Ana Goutman

L a c a n s e p r e g u n t a y f o r m a p a r t e del r e c o r r i d o d e
este trabajo:

¿ C ó m o p u d o o m i t i r s e el p a p e l f u n d a m e n t a l d e
la e s t r u c t u r a del significante? E v i d e n t e m e n t e ,
c o m p r e n d e m o s p o r q u é . Lo q u e e x p r e s a e n el
s e n o d e l a p a r a t o y del j u e g o del s i g n i f i c a n t e e s
algo q u e s a l e del f o n d o del s u j e t o , algo q u e
p u e d e llamarse su deseo.
A p a r t i r del m o m e n t o e n q u e el d e s e o e s t á
c a p t u r a d o p o r el s i g n i f i c a n t e , e s u n d e s e o
significado. Y todos estamos entonces
f a s c i n a d o s p o r l a significación d e e s e d e s e o . Y
olvidamos, a p e s a r d e q u e F r e u d lo r e c u e r d a ,
el a p a r a t o del significante..." ( T . 3 / 3 4 2 ) .

El significante, e s e d a t o q u e a p a r e c e e n el s u e ñ o
e s el d a t o o " s í n t o m a " d e u n a h i s t o r i a q u e h e m o s
olvidado. Ese s í n t o m a b a s t a p a r a d e m o s t r a r la
i m p o r t a n c i a e s e n c i a l del significante.
Algo q u e "no s e h a q u e r i d o decir" e s l a e v i d e n c i a
del i n c o n s c i e n t e . La a p a r i c i ó n del i n c o n s c i e n t e "se
dice'* y n a d i e s e h a c e r e s p o n s a b l e d e e s a n u e v a f r a s e
q u e n a d i e explica a u n q u e t o d o s p a r e c e n r e s u e l t o s a
explicar.
Un comentario de Lacan ilustra esta experiencia.
Se refiere a J o y c e el escritor c u y o l e n g u a j e p a r e c i ó
siempre intraducibie:

El significante viene a r e l l e n a r c o m o picadillo

el significado. Los s i g n i f i c a n t e s e n c a j a n u n o s
e n otros, se c o m b i n a n , se aglomeran, se
e n t r e c h o c a n y s e p r o d u c e algo que' c o m o
significado p u e d e a p a r e c e r e n i g m á t i c o , p e r o e s
lo m á s c e r c a n o a lo q u e n o s o t r o s los a n a l i s t a s
 El Espacio Escénico. Significación y Medios 67
g r a c i a s al d i s c u r s o analítico t e n e m o s q u e leer:
el l a p s u s (p.49).

El l a p s u s p u e d e leerse d e d i v e r s a s m a n e r a s y s e
p a r e c e a lo q u e s u c e d e al e s p e c t a d o r q u e r e c i b e el
texto q u e oye y q u e ve. P o r q u e leer y oír e s t á lejos del
d i s c u r s o q u e e s t á escrito.
C a d a u n o tiene s u p a r t i c u l a r l e c t u r a . La a b e j a ,
dice L a c a n h a c e s u l e c t u r a del e n t o r n o c u a n d o tiene
q u e c a m b i a r d e r u t a o c a m b i a r d e decisión.
Leer algo d i s t i n t o a lo q u e e s t á escrito e s u n a
f a t a l i d a d q u e le c o n f e r i m o s al i n c o n s c i e n t e , a s u
" c a p a c i d a d " d e leer y p o r q u é n o a s u c a p a c i d a d d e
" a p r e n d e r " a leer.
Leer algo d i s t i n t o a lo q u e e s t á e s c r i t o n o e s
"equivocarse" p o r q u e e n s e ñ a r a leer:

n o tiene n a d a a b s o l u t a m e n t e n a d a q u e ver y
e n n i n g ú n c a s o c o n lo q u e u s t e d e s p u e d e n
escribir. Ipso facto son espacios diferentes
(p.49).

A l g u n a s observaciones d e J e a n L a p l a n c h e a c l a r a n
e s t e delicado t e m a :

¿ H a y e n el i n c o n s c i e n t e a l g ú n significado, u n
m e n s ^ ' e a comunicar y a liberar? P u e s bien h a y
que tener en c u é n t a l o siguiente que cuestiona
n u e s t r a t e n t a t i v a d e definición del l e n g u a j e : el
i n c o n s c i e n t e e s u n f e n ó m e n o d e sentido, p e r o
s i n finalidad d e c o m u n i c a c i ó n .

Y a g r e g a q u e el i n c o n s c i e n t e h a b l a si s e p u e d e
decir así, p e r o n o v e h i c u l a u n m e n s a j e . E n el s u e ñ o ,
e n los s í n t o m a s del l e n g u a j e como el l a p s u s , p o r ejení-
68 Ana Goutman

pío h a y q u e i n s i s t i r q u e s o n l a s f o r m a c i o n e s d e l
i n c o n s c i e n t e c e r r a d a s s o b r e ellas m i s m a s y n o e s t á n
destinadas a la comunicación.
La r a z ó n q u e e s g r i m e L a p l a n c h e e s q u e la
c o m u n i c a c i ó n n o existe s i n u n m í n i m o d e e s t r u c t u r a ,
n o s e p u e d e h a c e r p a s a r u n m e n s a j e s i n código
(p.123).
La a s p i r a c i ó n e s a p l i c a r u n a n á l i s i s semiótico a
u n espectáculo teatral cuyo espacio escénico es
a b s t r a í d o p o r el e s p e c t a d o r e n s u t a r e a d e e s p e c t a d o r .
Quiero decir que e s t á abierto y cerrado. Abierto
p o r q u e se p r o p o n e ensanchsir la percepción del
e s p e c t á c u l o n o sólo p a r a él sino p a r a el c o n o c i m i e n t o
d e los e s t u d i o s sociales y h u m a n í s t i c o s . Y c e r r a d o
p o r q u e e n s u s e s p a c i o s m e n t a l e s r e s u e n a la n o v e d a d
q u e lo a f e c t a .
La i n s i s t e n c i a d e la c o m p l e m e n t a r i e d a d d e l a s
d i v e r s a s m i r a d a s o e n f o q u e s e n el ejercicio semiótico
es irreversible, como en cualquier exploración
científica. E n l a l e n g u a , u t i l i z a m o s e x p r e s i o n e s q u e
completan y complementan y de esa m a n e r a aclaran
l a i d e a p r i m e r a s o b r e u n objeto, l a e n r i q u e c e n o l a
rechazan.
El objetivo o p u n t o de vista o propósito del
p r e s e n t e trabajo es introducir los e l e m e n t o s q u e
surgen de u n a experiencia novedosa y personal q u e
p u e d e interesar a otros sujetos espectadores. Porque
c a d a u n o vive " i n t e m a m e n t e ' , u n m o d o d e c o n o c e r y
c o n o c e r s e q u e e s t i m u l a la e x p e r i e n c i a d e l a e s c e n a ,
s i e m p r e q u e d e s i s t a d e la "maravilla" q u e r e p r e s e n t a n
l a s i d e a s fijas del e s p e c t a d o r o del crítico q u e b u s c a n
"sin piedad" u n mensaje, u n a idea, u n a f u n c i ó n
l l e g a d a d e s d e f u e r a d e sí m i s m o .
El E s p a d o Escénico. Significación y Medios 69

intersubjetiifidad
En e s t a s variaciones de c o m p l e m e n t a r i e d a d la
i n t e r s u b j e t i v i d a d e s inevitable e i n s o s l a y a b l e p u e s
e s g e n e r a l m e n t e r e c o n o c i d a e n los e s t u d i o s s o b r e l a
l e n g u a p o r la r e l a c i ó n dialogal q u e e n u n c i a el "yo" al
i n s t a l a r s i n d u d a al "tú".
E s a d e m á s r e c u r r e n t e en los e s t u d i o s s o b r e la
estética, p e r o el i n t e r é s d e e s t a p e r s p e c t i v a r e s i d e e n
el e s p e c t a d o r y p o r ello r e c u r r o a la noción d e t r a n s f e -
r e n c i a . E x p r e s i ó n p r o p i a d e l a relación e n t r e p a c i e n t e
y p s i c o a n a l i s t a . La e x t e n s i ó n del significado c o n v i e n e
p a r a l a s e m i ó t i c a del e s p e c t á c u l o q u e p r o p o n g o .

transferencia
La t r a n s f e r e n c i a t i e n e q u e ver p a r t i c u l a r m e n t e c o n
la e m o c i ó n q u e n o s b r i n d a u n a i m a g e n o "la
e n c a m a c i ó n d e lo simbólico vivido e n lo imaginario".
Simbólico, c o m o e s t a dicho c o n a n t e r i o r i d a d e s t á
ligado a lo c u l t u r a l y a t r a e i n f i n i d a d d e i m á g e n e s q u e
m o d e l a n lo vivido p o r el a d u l t o q u e a d q u i e r e el
c o m p r o m i s o i m a g i n a r i o d e la a c e p t a c i ó n originaria,
primera o primigenia.
C u a n d o s e dice e m o c i ó n s e refiere a u n hilo c o n -
d u c t o r q u e r e c o r r e el e s p e c t á c u l o q u e e s o b j e t o d e
n u e s t r a experiencia. Pero t a m b i é n s e a b r e a l a signifi-
c a c i ó n , y a q u e u n a significación d e e s a e m o c i ó n
r e m i t e a o t r a significación q u e e s s u d e s t i n o o s u
"salida".
Si s e b u s c s i n " o t r a s s a l i d a s " c o m o l a explicación
q u e p r o p o r c i o n a el " e n t o r n o social" o l a s r a z o n e s
l i t e r a r i a s del texto d r a m a t ú r g i c o o la c o n f l u e n c i a d e
70 Ana Goutman

intereses que representa u n autor notable o la

r e c u r r e n c i a a la s i e m p r e vigente f u e r z a d e l a p u e s t a
en e s c e n a como elementos coadjruvantes de u n
espectáculo q u e d a m o s instalados en la a n t i g u a
semiótica.
La t r a n s f e r e n c i a s e p r o d u c e a n t e el valor d e la
palabra, no por su ambigüedad sino porque la
p a l a b r a e s f u n c i ó n d e lo simbólico, del p a c t o q u e u n e
al s u j e t o e n u n a acción.

La a c c i ó n h u m a n a e s t á f u n d a d a o r i g i n a -
r i a m e n t e e n la existencia del m u n d o del símbolo
a s a b e r e n leyes y c o n t r a t o s (Lacan 1 / 3 3 5 ) .

El d i s c u r s o del e s p e c t a d o r se f u n d a e n la
t r a n s f e r e n c i a q u e o c u r r e e n el p l a n o simbólico d u -
r a n t e el e s p e c t á c u l o , p o r e s a r e l a c i ó n q u e n o e s
s o l a m e n t e a d q u i r i r u n boleto, s e n t a r s e e n la s a l a ,
d i s p o n e r s e a "estar", s i n o q u e el p l a n o simbólico e s
el ú n i c o lugar del discurso a p a r e n t e q u e e s el d i s c u r s o
del i n c o n s c i e n t e , q u e a p a r e c e e n m a s c a r a d o . S u e l e
s u c e d e r q u e t o d o s los d i s c u r s o s p a r e c e n e n m a s -
c a r a d o s o a p a r e n t e s por su calidad retórica.
L a s viejas figuras d e la r e t ó r i c a o a r t e del o r a d o r
f u e r o n ejercicios que cautivaron d u r a n t e m u c h o
t i e m p o a la h u m a n i d a d y s e g ú n L a c a n e s a s figuras
r e t ó r i c a s e s t á n e n el f o n d o d e l o s m e c a n i s m o s
freudianos.
Freud -dice Lacan- encontró en su práctica
m é d i c a q u e los m e c a n i s m o s del l e n g u a j e d o m i n a b a n
y o r g a n i z a b a n s i n q u e lo s u p i e r a el s u j e t o f u e r a d e
s u yo consciente, la construcción de ciertos t r a s t o r n o s
que se llaman neuróticos.
El Espacio Escénico. Significación y Medios 71

E n el s u e ñ o e s c u c h a m o s a q u i e n n o s h a b l a
{I. p . 358)

y a s í a p a r e c e el Otro q u e e s t a b l e c e u n diálogo y s e
i n s t a l a la i n t e r s u b j e t i v i d a d q u e e s l a p r u e b a d e l a
v a r i e d a d d e los s e n t i d o s . Diálogo q u e s e r e a l i z a e n -
tre s u j e t o s que p a r t i c i p a n del e s p e c t á c u l o p e r o
t a m b i é n e n t r e c a d a e s p e c t a d o r y el m i s m o
espectáculo.

intersección

L a s d o s s u s t a n c i a s q u e r e c o n o c e H j e l m s l e v e n el
s i g n i f i c a n t e y el s i g n i f i c a d o c o n d u c e n a o t r a s
p r e g u n t a s , v i s t o d e s d e el p s i c o a n á l i s i s n o e n l a
lingüística.
El s i g n i f i c a n t e s e r e m o n t a a los estoicos, a S a n
Agustín y d e b e e s t r u c t u r a r s e en t é r m i n o s topológicos,
e n el d e s a r r o l l o q u e h a c e L a c á n (p.27).
El significante e s p r i m e r o p o r q u e p r o d u c e e f e c t o s
d e significado y e s i m p o r t a n t e n o e l u d i r q u e e n t r e
a m b o s h a y u n a b a r r e r a q u e f r a n q u e a r , es j u s t a m e n t e
la i n t e r s e c c i ó n .
J u r i L o t m a n t a m b i é n a p u n t a a la i n t e r s e c c i ó n q u e
h a y q u e f r a n q u e a r como f r o n t e r a e n t r e lo conocido y
el r e s t o , la c u l t u r a a j e n a . Algo q u e p u e d e e n t e n d e r s e
c o m o l a sepairación e n t r e la seda y la e s c e n a e n u n
e s p a c i o e n t é r m i n o s topológicos, p o r q u e s i g n i f i c a n .
L a c a n n o cita a Hjelmslev p e r o dice q u e la i n a n e r a
d e topologizar, d e h a c e r l u g a r e n lo t o c a n t e al l e n g u a j e
e s t á i l u s t r a d o d e m a n e r a a d m i r a b l e p o r la fonología
e n c u a n t o e n c a m a el d i l e m a del f o n e m a q u e t i e n e
72 Ana Goutman
r a s g o s d e t e r m i n a n t e s , p e r m a n e n t e s y variables.
La fonología es el signo del lenguaje c o n t r a s t a con
la fonética que es sonido del habla así lo distinguieron
los m i e m b r o s de la Escuela de Praga. Pero el signi-
ficante n o s e limita, n o p u e d e limitarse al soporte
fonemático, c a d a elemento de tal significante c a r g a
con s e n t i d o y n o e s aislable. Lacan i n t r o d u c e l a
p r o p u e s t a de S a u s s u r e que s i t ú a al significante, la
p u r a corriente del discurso, la sucesión de p a l a b r a s
d o n d e n a d a es aislable (T3/373).
Peter Brook r e f r e n d a esta p r o p u e s t a . E s u n o de
los teóricos y d r a m a t u r g o s de origen alemán, c u y a
o b r a e s la h u e l l a m á s definitiva h a s t a la fecha, p a r a
p e n s a r y e s t u d i a r las a r t e s escénicas.
Autor de El espacio vacío y varios t r a b a j o s q u e
r e s p o n d e n a los intereses y s e ñ a l a m i e n t o s propios
al d i r e c t o r - d r a m a t u r g o a f i r m a a p r o p ó s i t o de l a
relación e n t r e significado y significante (p. 102).

Q u e el t e a t r o e s s i e m p r e u n a b ú s q u e d a de
"significado" como u n modo de h a c e r que ese
significado diga algo a los d e m á s . Admitir ese
misterio es no perder la capacidad de asombro,
y a q u e sin él l a vida p i e r d e s u significado.
Siempre h a b r á u n a escalera que c o n d u c e de
u n nivel a otro. Los peldaños son detalles, los
m á s m i n ú s c u l o s , m o m e n t o a m o m e n t o . Los
detalles son el arte que conduce al corazón del
misterio (p.l02).

Confiesa Peter Brook,

c a d a vez q u e h a b l o e n p ú b l i c o r e a l i z o u n
experimento, intento a t r a e r la atención h a c i a
El E s p a d o Escénico. Significación y Medios 73
el h e c h o d e q u e n o s h a l l a m o s e n e s e m o m e n t o
e n u n a s i t u a c i ó n t e a t r a l . Visto a s í o b s e r v a m o s
c o n d e t a l l e el p r o c e s o e n el q u e e s t a m o s ,
p o d r e m o s c o n s i d e r a r el significado del t e a t r o
d e u n m o d o m e n o s teórico ( p . l 0 3 ) .

La e s e n c i a d e l t e a t r o s e h a l l a e n u n m i s t e r i o
l l a m a d o "el m o m e n t o p r e s e n t e " .

¿qué es un momento?
Si p u d i é r a m o s p e n e t r a r e n el c o r a z ó n m i s m o
de u n momento, descubriríamos que no hay
m o v i m i e n t o , q u e c a d a m o m e n t o e s el c o n j u n t o
d e t o d o s los m o m e n t o s p o s i b l e s y q u e lo q u e
llamamos tiempo h a desaparecido (p.l07).

Lo dicho no acaece en n u e s t r a relación con el m u n d o

e x t e r i o r . Así p u e s e n u n e s p e c t á c u l o t e a t r a l n o s
h a l l a m o s a n t e la presencia d e u n a ley inevitable c u y a
t e n d e n c i a e s h a c i a el m o m e n t o de m a y o r significación.
Necesitamos u n a c a d e n a de m o m e n t o s q u e empiezan
e n u n nivel m u y simple, q u e n o s c o n d u z c a n h a c i a la
i n t e n s i d a d y luego n o s aleje de n u e v o . Son l a s
reflexiones del estudioso q u e a f i r m a (p.108).

P u e s si e n e s e m o m e n t o s e l i b e r a r a el p o d e r
o c u l t o colectivo d e p e n s a m i e n t o s , i m á g e n e s ,
sentimientos, mitos, t r a u m a s serían tan
p o d e r o s o s y p o d í a r e s u l t a r peligroso. P a r e c e r í a
u n a explosión n u c l e a r y el caótico torbellino d e
impresiones sería demasiado intenso p a r a que
alguno de nosotros pudiera absorberlo.
74 Ana Goutman

¿ C ó m o c a p t a r u n m o m e n t o e n q u e a c t o r , direc-
tor, a u t o r y e s c e n ó g r a f o s e u n e n e n u n g r a n e s f u e r z o
c o m ú n ? p u e s n i n g u n o d e ellos p u e d e h a c e r l o solo
lo q u e c o n t r i b u y e a la u n i ó n e n t r e u n nivel c o t i d i a n o
y u n o oculto del mito. E n e s e e s p a c i o e s c é n i c o h a y
u n a experiencia compartida o pretendidamente
c o m p a r t i d a p u e s el a c t o r p r o v o c a u n a r e a c c i ó n e n
c a d a e s p e c t a d o r q u e e s u n a s p e c t o d e la r e a l i d a d
q u e evoca el a c t o r . Se p u e d e s u p o n e r q u e e s el m a t e -
rial b á s i c o : la h i s t o r i a , el t e m a q u e e s t á a h í p o r enci-
m a de todo y proporciona u n terreno c o m ú n .
El t e a t r o n o e s u n a d i s c u s i ó n e n t r e p e r s o n a s
c u l t a s , a f i r m a Peter Brook, la m a y o r de las
a m b i c i o n e s e s " a t r a p a r u n pez d o r a d o " q u e v e n d r á
de a l g ú n inconsciente. Gracias a la energía del sonido,
el color y el m o v i m i e n t o p u l s a u n a t e c l a e m o c i o n a l
q u e a s u vez e s t r e m e c e el intelecto ( p . l 0 9 ) .
El s e c r e t o p a r a a t r a p a r "ese pez" e s t á e n la r e d .

La r e d d e b e s e r c o m o c o n s t r u i r u n p u e n t e e n -
t r e lo q u e s o m o s h a b i t u a l m e n t e b a j o
c o n d i c i o n e s n o r m a l e s llevando n u e s t r o m u n d o
d e c a d a d í a c o n n o s o t r o s y u n m u n d o invisible
q u e s ó l o s e n o s r e v e l a c u a n d o la h a b i t u a l
incapacidad perceptiva es sustituida por u n a
conciencia iníinitamente m á s aguda.

P e t e r B r o o k n o h a b l a d e la v e r d a d p o r q u e e s c a p a
a t o d a definición y c o m p r e n s i ó n e n e s t a s r e g i o n e s
d e l s e n t i m i e n t o , y a q u e el t e a t r o e s u n a m á q u i n a
que permite a todos s u s participantes saborear por
u n m o m e n t o u n a s p e c t o d e l a v e r d a d . El t e a t r o e s
u n a m á q u i n a p a r a trepar y descender por las escalas
d e l a significación ( p . l l l ) .
El Espacio Escénico. Significación y Medios 75

El e s p e c t a d o r s e acoge al m i e d o q u e e s s i n ó n i m o
d e e m o c i ó n a n t e lo d e s c o n o c i d o . P u e d e o c u r r i r la
r e p e t i c i ó n d e algo conocido c u a n d o s e a v e n t u r a a l
j u e g o d e la i m a g i n a c i ó n y a q u e la v e r d a d e r a f o r m a ,
dice P e t e r Brook, llega a ú l t i m o m o m e n t o . E s c o m o
u n n a c i m i e n t o , luego d e q u e l a s v e r s i o n e s d e c a d a
e s p e c t a d o r p a r e c e n p a d e c i m i e n t o s d e l o s q u e el
e s p e c t a d o r tiene q u e t o m a r conciencia.
U n a g r a n e m o c i ó n q u e a t r a v i e s a al e s p e c t a d o r
t r a n s f ó r m a l a c u a l i d a d e n c a l i d a d del silencio.
U n m o m e n t o d e s p u é s s e p u e d e e s t a r e n silencio,
u n silencio completamente diferente y así de
continuo.
Por e s t a r a z ó n la i d e a d e c o n s t r u c c i ó n - d e m o l i c i ó n
s e p r e s e n t a e n c a d a c r e a d o r y e s t á ligada al m i e d o
que se siente cuando no hay muletas ni apoyos
e x t e r n o s c u a n d o t e r m i n a el a c t o m e c á n i c o o
c o n v e n c i o n a l d e la creación, s e a c a b a n l a s f o r m a s
rígidas, e s p e r a d a s , c o n o c i d a s .
P e t e r B r o o k inmortalizó la e x p r e s i ó n "El e s p a c i o
vacío" q u e e s el título de u n o d e s u s libros, p a r a u b i c a r
e s e l u g a r sin d e c o r a d o s q u e n o t i e n e h i s t o r i a y s e
e n c u e n t r a e n el s u j e t o . El s u j e t o c r e a u n e s p a c i o i n -
terior, u n vacío interior, e n el q u e n a c e u n a n u e v a
t e n s i ó n , u n a n u e v a significación.
H u m b e r t o Eco e x p o n e q u e la e m e r g e n c i a d e la
significación s e p o d r í a evocar e n t é r m i n o s d u a l i s t a s
e n la p r o b l e m á t i c a general h u m a n a , c u a n d o p r e g u n t a
¿ C ó m o s e p a s a d e u n a r e a l i d a d q u e n o e s física
a u n continuo materíal?

¿ C ó m o v e h i c u l a el s e n t i d o l a c o n s t r u c c i ó n
e s p e c í f i c a d e u n a actividad m e n t a l q u e existe m á s
76 Ana Goutman

allá d e la e p i d e r m i s a t r a v é s d e los e l e m e n t o s d e tipo

m a t e r i a l heterogéneo, e x t e m o , c o m p o n i e n d o diversos
lenguajes y poseyendo u n a dinámica estructural
propia? (1978/182).
Invertimos la pregunta: ¿cómo p a s a r de u n con-
t i n u u m m a t e r i a l a u n a r e a l i d a d n o física? ¿ Q u i e r e
decir lo m i s m o ? E s u n a c u e r d o , u n a convención, d i r í a
la l i n g ü í s t i c a verbal, e s t a b l e c i d a o p r e s t a b l e c i d a e n -
t r e los s e r e s h u m a n o s .
La s e m á n t i c a q u e r e s i d e e n la lexis o lexicalista
n o s e p l a n t e a m á s q u e como el fín d e u n a s e m á n t i c a
y o c u p a l a s e t a p a s q u e s e refieren a la c o n v e n c i ó n .
No explica c ó m o s e h a e l a b o r a d o el s e n t i d o , c u á l e s
s o n l a s e s t r u c t u r a s p r o p i a s , lo q u e p a s a e n el nivel
d e l a e x p r e s i ó n a n t e s d e q u e el c o n s e n s o s e
establezca.
El nivel d e la expresión recorre el espacio escénico
c u a n d o la e x p e r í e n c i a c o n o c i d a s e c o n c r e t a e n el
t e a t r o c o n lo d e s c o n o c i d o d e n u e s t r a s u b j e t i v i d a d .
Objeto c e r c a n o y a l a vez distinto.

la música en el espectáculo
Ni m o d a l i d a d , n i t o n a l i d a d , ni c r o m a t i s m o , n i r u i d o ,
p a r e c e q u e n e c e s i t a m o s u n a g u í a p a r a e x p l o r a r el
l a b e r i n t o d e l a s m ú s i c a s . No s o l a m e n t e los r u i d o s s e
t r a n s f o r m a n e n m ú s i c a , sino la m ú s i c a se t r a n s f o r m a
e n ruidos', e s decir e n o t r a m ú s i c a .
P o r q u e lo q u e s e e s c u c h a e s u n a s o n o r i d a d q u e
a b a r c a toda problemática de pulsiones y de impulsos
r á p i d o s y l e n t o s c o m o "si f u e r a u n a topología r í t m i c a
y refinada".
El E s p a d o Escémco. Significadón y Medios 77

La p r o x i m i d a d del análisis m u s i c a l con la

p r o p u e s t a d e Hjelmslev s e r e f u e r z a c u a n d o A n n e
Claire D é s e s q u e l l e s dice q u e la f o r m a e s u n a f u e n t e
de s e n t i m i e n t o s y participa p l e n a m e n t e de la
e x p r e s i ó n , el o y e n t e t o m a d o p o r la o b r a n o p u e d e
e l u d i r el c a m i n o patético (p. 749).
La forma produce tensiones y distenciones a gran
e s c a l a q u e i n t e g r a n los e l a n e s y r e c a í d a s m á s r á p i d o s
d e l a m e l o d í a . De m o d o q u e a m b o s c o n c u r r e n a l a
e x p r e s i ó n d e u n m i s m o s e n t i d o . La e n e r g í a n o p o d r í a
existir s i n l a f o r m a . Una" f o r m a d e s p r o v i s t a c u y a s
p a r t e s s o n e x t e m a s u n a s a o t r a s i n d i f e r e n t e s al d e s a -
rrollo m u s i c a l q u e las o c u p a .
E n el artículo q u e c o m e n t a m o s m á s a r r i b a h a y
u n s e ñ a l a m i e n t o q u e la m ú s i c a e s el

a r t e m á s c e r c a n o d e la a r q u i t e c t u r a p o r s u s
simetrías, s u s regularidades, s u s composi-
ciones, p e r o t a m b i é n la m á s a l e j a d a e n razón d e
la fluidez y de la m a n e r a t e n u e de s u s vibraciones
s o n o r a s q u e se o p o n e n a la p e r m a n e n c i a d e las
m a s a s arquitectónicas (p. 728).

Dice Joelle P r o u s t q u e las c u a l i d a d e s de la

s e n s a c i ó n t i e n e n u n a i n f o r m a c i ó n e s p a c i a l lo q u e
p u e d e llevar a s e p a r a r el velo d e l a p e r c e p c i ó n y
t r a n s g r e d i r l a s p r e s i o n e s d e la objeción f e n o m e n i s t a .
¿ P e r o d ó n d e r e s i d e la objetividad? El i n v e s t i g a d o r
y es opinión generalizada opina que reside la
objetividad del lado d e l a e x p e r i e n c i a del s u j e t o , e n
la c a p a c i d a d d e d i s c r i m i n a r u n c o n t e n i d o p e r c e p t i v o
complejo, c o h e r e n t e . El e s t u d i o s o d e l a p e r c e p c i ó n
explica q u e e s u n a teoría c a u s a l l a q u e p u e d e d a r
r a z o n e s c a t e g ó r i c a s del l a d o del objeto.
78 Ana Goutman

El f e n ó m e n o , lo m u s i c a l , d a u n a i n f o r m a c i ó n
e s p a c i a l r e d u n d a n t e q u e fija l a s c o n d i c i o n e s d e la
u n i d a d y d e l a repetibilidad d e l a e x p e r i e n c i a .
Al e s p e c t a d o r le s u c e d e q u e p u e d e llegar a s e n t i r
con el f e n ó m e n o m u s i c a l lo q u e p a s a e n el e s p e c t á c u l o
y lo d e j a p a s a r . O t r a s v e c e s lo a m a r r a t o d o e n el
p r e s e n t e del e s p e c t á c u l o y e s e p r e s e n t e s e s i e n t e e n
la s a l a d e d i f e r e n t e s m a n e r a s .

¿por qué no la topología?

H a b l a r d e u n l u g a r e n el e s p a c i o e s c é n i c o e s c i t a r l a
topología.
E l e s p a c i o e s c é n i c o , el l u g a r d e s d e el q u e
h a b l a m o s i n s t a l a la topología q u e o c u p a o t r a s
d i m e n s i o n e s e n l a s ciencias h u m a n a s y sociales. H a y
u n a d i m e n s i ó n i m a g i n a t i v a q u e el s u j e t o r e c o n o c e
e n el e s p a c i o e s c é n i c o , e s p a c i o e s t r u c t u r a d o ,
compacto y tenaz porque está presente con
f r a g m e n t a c i o n e s o sin ellas.
La i d e a d e e s p a c i o e s t r u c t u r a d o e s afín a la i d e a
de c o n j u n t o s en u n espacio homogéneo, son
conjuntos abiertos que se cierran p a r a la ocasión.
E s t o s c o n j u n t o s abiertos q u e e s t á n t a m b i é n p r ó x i m o s
a los m á r g e n e s d e l a c u l t u r a m u e s t r a n q u e el e s p a c i o
n o e s h o m o g é n e o . Quiere decir q u e h a y i n t e r s e c c i o n e s
que s e p a r a n . Lotman c u a n d o se refiere a la
s e m i o s f e r a , a l u d e al e s p a c i o y l a s i n t e r s e c c i o n e s y
las fronteras.
La topología d a l u g a r al e s p a c i o geométrico q u e
d e f i n e d e m a n e r a d i f e r e n t e al e s p a c i o conocido c o m o
s a l a y e s c e n a y e s a d i f e r e n c i a r e s i d e e n el c a m b i o
El Espacio Escénico. Significación y Medios 79

q u e s o p o r t a el e s p a c i o . L a s n u e v a s f o r m a s d e u n a
topología r e p e r c u t e n e n la escenificación q u e n o e s
u n h e c h o g r a t u i t o d e u n director.
Allí e s t á n t a m b i é n los o b j e t o s q u e a c t ú a n a n t e s
de t e n e r u n n o m b r e propio en la escenificación,
porque tienen también su propia historia.

estamos en u n mundo de objetos

La topología y los o b j e t o s h a b l a n y el e s p e c t a d o r
escucha, comparte o rechaza porque la experiencia
del s u j e t o s e e n s a n c h a p o r s u p a r t i c i p a c i ó n e n el
espectáculo.
E n p a l a b r a s d e V e r o n e s e : el texto e s d e s b o r d a d o
p o r la p l á s t i c a , el objeto p o r lo coreográfico q u e h a y
e n él, el gesto p o r la p a l a b r a i n a d e c u a d a , i n e s p e r a d a
p a r a el propio gesto.
Lo q u e s u c e d e es el c a m b i o d e la foarma ú n i c a ,
a m b i v a l e n t e , p l u r i v a l e n t e q u e i n c e n t i v a y f o m e n t a el
encuentro con signos dramatúrgicos no reconocibles
e n l a s z o n a s d e o s c u r i d a d y d e misterio, p o r q u e :

h a y u n encadenamiento entre teatro de objetos

y teatro de actores.

M u t u a m e n t e se van d e s c u b r i e n d o . Se v a n
d e s c u b r i e n d o sin s e r lo q u e e s p e r a m o s . El t e a t r o s e
r e s u e l v e e n u n a poética d e t r e s e l e m e n t o s : la síntesis,
la r e p e t i c i ó n o b s e s i v a del e l e m e n t o s s i n t e t i z a d o y l a
o b s c e n i d a d , a g r e g a V e r o n e s e e n los M a n d a m i e n t o s
q u e figuran e n L a deriva.
Teatro es u n infinito depósito de objetos
80 Ana Goutman

t r a n s f o r m a b l e s y según algunos a u t o r e s la identidad

y significación del objeto se distingue del m u n d o
f e n o m e n a l o sensorial del que extraemos los índices
p a r a inferir u n a identidad. Esto se t r a d u c e e n la
distinción entre fenómenos perceptivos.
Los p s i c ó l o g o s G i b s o n c o m o a n t e r i o r m e n t e
Titchener (1916) citados por J . S. B r u n e r insisten e n
la distinción entre el campo visual y el m u d o visual.
El primero e s t u d i a el dominio de las i m p r e s i o n e s
sensoriales atributivas y el segundo el de los objetos,
las cosas, los acontecimientos.
Pratt, t a m b i é n citado por Bruner, insiste e n el
h e c h o que la motivación, la actitud y la experiencia
anterior, p u e d e n afectar los elementos del m u n d o
visual, el de lo objetos pero no los datos del c a m p o
visual (p.4). Los objetos están actuando a n t e s de tener
u n n o m b r e , son formas.
E n u n estudio sobre Semántica del objeto Roland
B a r t h e s a n o t a que si bien h a s t a a h o r a la lingüística
h a e s t u d i a d o cómo los h o m b r e s d a n sentido a los
sonidos articulados, h a y que investigar cómo d a n
sentido a las c o s a s que n o son los sonidos (p.249).
Lo q u e se h a h e c h o h a s t a a h o r a es rudimentario,
como el código de rutas, y el resto, todo lo que significa
e s t á siempre mezclado con el lenguaje

n o h a y j a m á s sistemas significantes de objetos

en e s t a d o p u r o .

Y el objeto, como el signo e s t á en el cruce de dos

c o o r d e n a d a s o dos definiciones: la simbólica y la de
las clases o significación.
El Espacio Escémco. Significación y Medios 81

Por c[ué n i n g ú n objeto e s c a p a al s e n t i d o ¿ c u á n d o

s e p r o d u c e la s e m a n t i z a c i ó n ? : d e s d e q u e el objeto e s
producido y consumido por u n a sociedad de
hombres, desde q u e es fabricado.
B r e c h t s e ñ a l a e n u n texto s o b r e u n cierto n ú m e r o
d e p u e s t a s e n e s c e n a q u e h a y u n largo y c o m p l i c a d o
desarrollo q u e h a c e r s u f r i r a los objetos p a r a h a c e r l o s
s i g n i ñ c a r tal c o n c e p t o . P u e s la ley del t e a t r o dice q u e

n o b a s t a q u e el objeto r e p r e s e n t a d o s e a real,
e s n e c e s a r i o q u e el s e n t i d o s e d é d e a l g u n a
m a n e r a s e p a r a d a de la realidad, no b a s t a
p r e s e n t a r al público u n vestido d e c a n t i n e r a
r e a l m e n t e u s a d o por alguien que significa
u s u r a , sino que hace falta inventar nosotros,
directores d e e s c e n a los signos d e l a u s u r a (R.B.
p . 254).

F i n a l m e n t e t o d o s los g r a d o s d e c u l t u r a , d e s a b e r
s o n s i t u a c i o n e s p o s i b l e s d e l a n t e d e u n objeto o d e
u n a colección d e objetos, p o r q u e c a d a objeto p u e d e
e v o c a r n u e s t r a l e c t u r a e n el nivel q u e s e a q u e
podamos relacionar.
H a y o b j e t o s f u e r a d e sentido, como s e n t i d o s q u e
t r a n s i t a n de cierta m a n e r a , porque su característica
f u n d a m e n t a l la t r a n s i t i v i d a d e s t a r e a del i m a g i n a r i o
humano.
Para Barthes este hecho de cultura es sin cesar
naturalizado, reconvertido en naturaleza por la
palabra que nos hace creer en u n a situación
p u r a m e n t e t r a n s i t i v a del objeto.
E s t a m o s en u n m u n d o de objetos, nosotros
e s t a m o s allí c o m o u n o d e ellos, m u n d o d e f u n c i o n e s ,
d e d o m e s t i c a c i ó n total, q u e p u e d e r e s u l t a r u n a
82 Ana Goutman
reconversión d e la c u l t u r a e n p s e u d o n a t u r a l e z a
y d e f i n e la ideología d e n u e s t r a s o c i e d a d (p.
280).

ciencias y artes del espacio y el color

L a s e m i ó t i c a d e l e s p a c i o e s c é n i c o r a d i c a e n el
d e s c u b r i m i e n t o d e u n a m a n e r a d e v e r el e s p a c i o y a
m e d i d a que se a c u m u l a n o s u c e d e n visiones,
p e r c e p c i o n e s y n u e v a s e x p e r i e n c i a s la i d e a original
d e e s e e s p a c i o del e s p e c t á c u l o s e e n s a n c h a p a r a d a r
lugar a otras m a n e r a s de participar.
H a q u e d a d o a t r á s l a p a r t i c i p a c i ó n e n el t e a t r o
c o m o u n i n g r e s o del e s p e c t a d o r a l a e s c e n a , a h o r a
s e t r a t a d e la complicidad q u e s e e s t a b l e c e e n t r e m i
v i d a y el e s p e c t á c u l o . S i e m p r e q u e la d i f e r e n c i a e n la
participación en ese espacio e n t r a ñ a u n a signi-
ficación. La c u l t u r a del m u n d o m o d e r n o t i e n e e s p e -
cificidades q u e se m a n i f i e s t a n en los r e c o r t e s y
m a r c a c i o n e s del espacio, e n la a r q u i t e c t u r a c o m o e n
la p i n t u r a d e los p a i s a j e s , e n l a s o b r a s d e a r t e o d e
d i s e ñ o e n el p l a n u r b a n o y e n los m o n u m e n t o s .
Las figuras, i n t e r i o r i z a d a s e n la p e r c e p c i ó n d e la
aglomeración u r b a n a d e t e r m i n a n f u n c i o n a l m e n t e los
u s o s del h a b i t a t . La a g l o m e r a c i ó n c o m o p r o c e s o d e
a g r e g a c i ó n , figura d e c o m p o s i c i ó n y d e i n t e g r a c i ó n
d e s u h i s t o r i a l e n t a , la a g l o m e r a c i ó n c o m o territorio,
figura d e la e m p r e s a u r b a n a d e l a e s c a l a y d e la orien-
tación d e u n a geografía social s o n m a t e r i a l e s d e arqui-
t e c t u r a , p e r o t a m b i é n a p a r e c e n e n el e s p e c t á c u l o .
L a s f o r m a s d e significación e n t r a n e n relación c o n
la e x p r e s i ó n a r q u i t e c t u r a l , f o r m a s d e s c o m p o n i b l e s
en elementos cuya combinación es susceptible de
 El Espacio Escémco. Significación y Medios 83

conmutación y de sentido.
El j u e g o d e f o r m a s c o n t e n i d a s y d e s u s figuras
m u e s t r a l a i m p o r t a n c i a del contexto, s e g ú n el c u a l
u n espacio proyectado es u n conjunto que tiene
u n i d a d d e principio y m e d i d a .
La i d e a d e u n a f o r m a a r q u i t e c t ó n i c a llega al t e a t r o
con la certidumbre que entre u n a frase y otra no hay
u n a relación c o m o e n la vida, se t r a t a d e u n a r e l a c i ó n
a r q u i t e c t ó n i c a e n t r e u n a t e n s i ó n y o t r a . Por e s t a vía
Felipe Leal, arquitecto mexicano, s e ñ a l a lo q u e s u c e d e
e n los edificios d e u n a c i u d a d . La visión d e u n t e a t r o
e s t r u c t u r a d o t i e n e q u e v e r c o n l a e n e r g í a q u e lo
a l i m e n t a y la t e n s i ó n q u e lo s o s t i e n e : u n a m a n e r a d e
c o n o c e r el e s p a c i o e s c é n i c o a s i m i l a n d o l a s
e x p e r i e n c i a s d e la c i u d a d .
P a r a e s t u d i a r l a s c i e n c i a s del e s p a c i o s e r e q u i e r e
t e n e r e n c u e n t a el e s p a c i o n a t u r a l y el e s p a c i o vivido
y l a s r e p r e s e n t a c i o n e s del espacio, c o m o el e n c a n t o
d e los p e q u e ñ o s l u g a r e s . P i e n s o e n l a s f a c h a d a s , l a s
calles peatonales, que determinan modos de
a p r e h e n s i ó n y e s t r u c t u r a c i ó n del e s p a c i o .
U n a invención r e c o r r e el e s p a c i o e n c a d a proyecto
e n el q u e i n t e r v i e n e el s u j e t o c o m o f o r m a d o r d e
s e n t i d o , allí e s t á n los e s p a c i o s l l a m a d o s r o m á n t i c o s
p a r a a f i r m a r al s u j e t o q u e interviene.
El e s p e c t á c u l o p r e s e n t a e s t a s c a r a c t e r í s t i c a s y
t a m b i é n proyecta la deformación del espacio vivido e n
el espacio r e p r e s e n t a d o p o r q u e se repiten los conflictos
q u e conocen los cartógrafos e n t r e los textos y las c a r t a s
d e representación. Se lo llama conflicto ideológico.
Las referencias q u e c o n c u r r e n a los espacios
v i e n e n d e l a s i m á g e n e s d e las c o s a s q u e i n t e r v i e n e n
y de las cosas que no estando presentes se imaginan,
84 Ana Goutman

c o m o u n e s t u d i o sociosemiótico d e l a s e x p e r i e n c i a s
d e c o n s u m o . Se p u e d e n r e l a c i o n a r , p e r o n o s o n
r e i t e r a c i o n e s s i n o c o m o c u e r p o s móviles q u e s e d e s -
p l a z a n a m e d i d a q u e s u r g e el i n t e r é s p o r u n o u otro
d e los c a m p o s .
E n el e s p e c t á c u l o el e s p a c i o a c t u a l o r e a l , o
p r e s e n t e , el e s p a c i o virtual, la s e m i o s i s y la r e l a c i ó n
c o n el m u n d o r e q u i e r e n o e x p l i c a n u n a t r a n s -
f o r m a c i ó n i n c e s a n t e . T a n posible e s h a b l a r d e u n o
c o m o d e otro, d e i n m e d i a t o h a y q u e r e f e r i r s e al q u e
viene, al s i g u i e n t e , e s t e f e n ó m e n o e s irreversible p o r
ello p a r e c e q u e p u d i é r a m o s evitarlo o n e g a r l o o
hacerlo desaparecer.
H a b r í a u n d e s p l a z a m i e n t o del c o n c e p t o d e l u g a r
q u e e s t á e n el l e n g u a j e escolar a t r a v é s del d i s c u r s o
d e l o s n i ñ o s , c o m o e n el e s p e c t á c u l o e n q u e l o s
a c t o r e s s e p o s e s i o n a n del l u g a r y q u e d a a s e n t a d o
c o m o u n a e n e r g í a q u e a f e c t a a los e s p e c t a d o r e s . P e r o
t a m b i é n a los objetos.
Las c i e n c i a s del e s p a c i o p u e d e n a c u m u l a r t a n t a s
e x p e r i e n c i a s d e los u s o s del espacio como u s o s p u e d e
h a b e r e n l a s c o n s t r u c c i o n e s d e la c i u d a d , d e l a c a s a ,
d e l e s p a c i o i n t e r i o r . T o d a s i m á g e n e s q u e e n el
e s p e c t á c u l o s o n factibles y p u e d e n i n t e g r a r s e a l a
semiosis o caracterización de sentido cultural.
LrOS e s t u d i o s d e r e t ó r i c a y o t r o s e s t u d i o s q u e s e
r e f i e r e n a l a s a r t e s r e c o n o c e n q u e el e s p a c i o t i e n e
u n a c a r a c t e r í s t i c a q u e r e s u l t a a p a r e n t e , tal e s l a
i n m o v i l i d a d . Lo q u e n o h a i m p e d i d o j a m á s a l o s
p l á s t i c o s m u l t i p l i c a r l a s t é c n i c a s p a r a s u g e r i r el
movimiento.
La e s c u l t u r a g a n a en u n o u otro c a s o s o b r e l a
p i n t u r a y la a r q u i t e c t u r a y e s l a q u e n o h a s u s c i t a d o
El Espado Escénico. Significación y Medios 85

e s t u d i o s s o b r e s e m i o s i s q u e e n c a m b i o si e s t á n e n l a
arquitectura.
El a r t e d e c o n s t r u i r c o n s t i t u y e u n s i s t e m a d e
s i g n o s y c o n ellos h a y c a n t i d a d d e m e n s a j e s v i s u a l e s
q u e m o d i f i c a n la r e a l i d a d y q u e c u m p l e n f u n c i o n e s
colectivas. C o m o e n la l e n g u a e s t o s m e n s a j e s d e lo
c o n s t r u i d o s e a r t i c u l a n y e s t á n ligados al t o d o q u e
los o r g a n i z a . El a s u n t o d e la a r t i c u l a c i ó n del signo
s e a e n c u a l q u i e r a r t e del e s p a c i o d e s e m b o c a e n l a
r e l a c i ó n c o n el contexto, c o n s u e n t o r n o .
El m o d e l o m á s c e r c a n o e s l a a r q u i t e c t u r a y e n
e l l a el u r b a n i s m o d o n d e l a s a r t i c u l a c i o n e s s e
m u l t i p l i c a n d e s d e d e n t r o d e la c o n s t r u c c i ó n a l a s
relaciones e n t r e los edificios y con el espacio o p a i s a j e .
Así s e p u e d e a b o r d a r el d o m i n i o d e l a c o m u -
n i c a c i ó n q u e c o m o e n las a r t e s d e l a m ú s i c a , d e la
p i n t u r a , la a r q u i t e c t u r a y l a s d e m á s c i e n c i a s del
espacio se establecen sistemas de comunicación que
e s d e lo q u e e s t a m o s h a b l a n d o c u a n d o n o s r e f e r i m o s
a articulaciones que delatan relaciones.
Las relaciones que las ciencias del espacio
d e s c u b r e n e n el e s p e c t á c u l o t o d a s t i e n e n q u e v e r
c o n los l e n g u a j e s d e la acción, con el l e n g u a j e d e los
g e s t o s q u e p r o d u c e el a r t e .
Estos lenguajes p u e d e n ser estudiados en á r e a s
d e f i n i d a s p o r la acción, c u a l e s q u i e r a s e a n , y los g e s t o s
d e s d e l a p e r s p e c t i v a q u e el e s t u d i o s o e sc oga .
Lo q u e h a c e f a l t a e s j u s t a m e n t e u n i f i c a r l o s
d o m i n i o s e n los q u e el e s p e c t á c u l o c o n t r i b u y e a
esclarecer u n modo de relacionarse.
Otras referencias que son posibles y d e s c u b r e n
m o d a l i d a d e s ' del "espacio e s c é n i c o c o n c i e r n e n a la
i s o t o p í a q u e p u e d e s e r violada e n t o d o s los niveles
85 Ana Goutman

de las articulaciones desde los elementos m á s simples

c o m o los o b j e t o s a i s l a d o s colocados p a r a el u s o
f r e c u e n t e de la acción escénica h a s t a los niveles de
t r a n s m i s i ó n de sentimientos y emociones.
El G r u p o Mu al que m e refiero ilustra con las
indicaciones expuestas la semiótica de la arquitectura
en el Tratado del signo visual. Discuten a H u m b e r t o
Eco p o r q u e opone la a r q u i t e c t u r a a otras f o r m a s de
expresión c u y a finalidad es la contemplación de las
o b r a s de a r t e o de los espectáculos (p.407). Eco y el
G r u p o Mu admiten que los objetos arquitectónicos y
el e n t o r n o c o n s t r u i d o , c o m u n i c a n n o sólo s u s
f u n c i o n e s constructivas de abrigo como significados
de sentimientos o de a t m ó s f e r a s e x a c t a m e n t e como
la m ú s i c a y la p i n t u r a a b s t r a c t a .
E s fácil y n a t u r a l proyectar diversas significa-
ciones sobre u n a habitación y se p u e d e h a c e r lo q u e
p r o p o n e B a c h e l a r d c o n n o t a r diversos objetos los
l u g a r e s de la infancia, las cuevas del Vaticano, los
b a l c o n e s . D e s d e e s t e p u n t o d e v i s t a el s i g n o
arquitectónico p u e d e ser asimilado al signo plástico
y p l a n t e a los m i s m o s problemas que él.
Igualmente se p u e d e n relacionar m u c h a s familias
de signos motivados estudiados por la semiótica como
el índice de s u función, pero también índice de s u
confección, de s u enunciación; etcétera.
E n t a n t o q u e s i g n o s p l á s t i c o s los e l e m e n t o s
arquitectónicos tienen formas, colores, texturas. Todo
lo q u e s e c o n o c e d e l f u n c i o n a m i e n t o y d e l a
organización de este signo p u e d e ser retomado aquí.
Sugieren los a u t o r e s del Grupo Mu u n a clasificación
e n t r e f o r m e m a s , c r o m e m a s y t e x t u r e m a s . Pero dos
n o t a s son propias de la arquitectura, teniendo a m b a s
El Espacio Escénico. Significación y Medios 87

s u c a r á c t e r f u n c i o n a l . La p r i m e r a e s s u m o d o d e arti-
c u l a c i ó n . Sin q u e la d e m a r c a c i ó n e n t r e las d i f e r e n t e s
u n i d a d e s a i s l a d a s s e a s i e m p r e e st ri c t a , el b a l c ó n , el
kiosko, n o d e l i m i t a n e n espacio, lo i n d i c a n .
Este señalamiento es particularmente sugerente
p a r a el e s p a c i o escénico. H a y u n m o d o d e integración
que j u e g a relaciones de subordinación, de super-
ordenamiento, de coordinación.
La s e g u n d a a n o t a r e s t á ligada a l a o r g a n i z a c i ó n .
Las d i v e r s a s m o d a l i d a d e s d e realización de la f u n c i ó n
a c a r r e a n la e x i s t e n c i a d e o t r o s t a n t o s tipos s e a u n a
c a s a p a r t i c u l a r , u n a estación, u n complejo deportivo
etcétera.
El a s u n t o d e la a r t i c u l a c i ó n del signo e s t r u c t u r a l
a l e r t a l a r e l a c i ó n e n t r e la a r q u i t e c t u r a y lo q u e la
engloba, q u e e s s u e n t o r n o . Los a u t o r e s e n f a t i z a n
q u e e s t a r e n la a r q u i t e c t u r a es e s t a r e n el e s p a c i o
interno no es estar en u n a estatua.
Ese espacio interno sugiere la p r e s e n c i a del
e s c é n i c o . C u a n d o los a r q u i t e c t o s h a b l a n d e a l t u r a ,
p a r e c e i m p r o c e d e n t e p a r a el teatro. Pero el c o n c e p t o
de gótico, como espacio significativo, p u e d e
d e s e n c a d e n a r u n a n u e v a p e r s p e c t i v a e n el e s p a c i o
escénico.
Las d i m e n s i o n e s n o s e a c t u a l i z a n s i n o e n c a d a
e s p e c t á c u l o p o r lo c u a l n o e s lícito a f i r m a r e s t a
dimensión en cualquier circunstancia. Pero me
i n t e r e s a d e s c u b r i r cómo l a s exigencias d e la f u n c i ó n
a r q u i t e c t ó n i c a t r a e n o t r o s s i g n i f i c a d o s al e s p a c i o
escénico. '
Los a u t o r e s del G r u p o Mu r e c o r r e n el t e m a d e l a
s e m i ó t i c a d e la a r q u i t e c t u r a p a r a i n c u r s i o n a r e n la
r e t ó r i c a e n el m i s m o dominio. T a n t o l a d i s c i p l i n a d e
88 Ana Goutman

e s t u d i o s d e la a r q u i t e c t u r a , c o m o la m ú s i c a d e b e n
establecer antes s u s objetos respectivos, como
s i s t e m a s de comunicación p a r a poder validar las
variaciones isotópicas o transformaciones secun-
d a r i a s q u e c o n s t i t u y e n l a s figuras d e la r e t ó r i c a .
E s p a c i o y objetos, i m á g e n e s y r e p r e s e n t a c i o n e s
s e e n t r e c r u z a n e n l a e x p e r i e n c i a del e s p e c t a d o r e
i l u m i n a n u n a se m i ó t i c a q u e e s inclusiva.
E s decir q u e c u á n t o s m á s m u n d o s s e d e s c u b r a n
e n el e s p e c t á c u l o m á s i n t e g r a c i ó n e x i s t e c o n l a
c r e a c i ó n del s u j e t o e s p e c t a d o r .
Estas dimensiones que me interesa destacar en
la s e m i ó t i c a d e l a significación del e s p a c i o e s c é n i c o ,
a l e j a n l a s e s p e c u l a c i o n e s "localistas".
Los a s p e c t o s q u e s e ñ a l a m o s : e s p a c i o e s c é n i c o ,
m ú s i c a , significación, transferencia, subjetividad, n o
e s t á n escindidos, se concatenan y se alertan, se
a u t o r i z a n y s e disuelven. Producen l a catástrofe d e u n
espectáculo y p o n e n e n d u d a los principios del arte,
c o n s i d e r á d o s d e s d e siempre los divos de la creación.

realizar miradas transversales

Lo q u e s e r í a c o m o p e r d e r el s e n t i d o d e u n a totsdidad.

R e a l i z a r m i r a d a s t r a n s v e r s a l e s d e lo y a
conocido. E s como a p r e n d e r a m i r a r sin la
n o r m a d e " m í r a m e a los ojos".

E s t a es la particularidad de teatro actual de

V e r o n e s e q u e él l l a m a el T e a t r o Óptico y le r e c o n o c e
q u e h a y q u e d e s c e n t r a l i z a r la m i r a d a . E s u n a
c u r i o s i d a d p e n s a r q u e n o s o t r o s n o m o v e m o s los ojos
El Espacio Escénico. Significación y Medios 89

p a r a v e r lo d i f e r e n t e d e c a d a i m a g e n fija. S e r í a c o m o
p e r d e r el s e n t i d o d e la f r o n t a l i d a d .
S i e m p r e s e dijo q u e el c u e r p o t e n í a l a movilidad
q u e n o s o t r o s le i m p u s i é r a m o s y c u a n d o n o e s así, l a
v o l u n t a d h a s i d o t a m b i é n a d o c t r i n a d a . C o n ello
q u e r e m o s dar por tierra las teorías de la voluntad
como m o d i f i c a d o r a s d e n u e s t r a visión del significado.
Sin e m b a r g o p u e d o hablair d e m i m o d o d e v e r y
m i r a r q u e recibe u n á n g u l o e n p e r s p e c t i v a d e e s e
espectáculo y recorta distintos m o m e n t o s de u n
p a i s a j e . Pero e s a m i r a d a q u e v a a l a e s c e n a r e g r e s a
al i n t e r i o r del yo a t o c a r lo q u e r e c o n o c e . E s e ir y
volver d e la a c c i ó n d e la e s c e n a a m i yo q u e n o s a b e
n a d a d e lo q u e o c u r r e c u a n d o l l e g a l a i m a g e n
i m p r e g n a m i m o d o de ver. P u e d o "recibir" u n a i m a g e n
o " n e g a r m e " a recibirla.
¿ H a s t a c u á n d o ? H a s t a el m o m e n t o e n q u e u n
a c o r d e r e s u e n a e n m i h i s t o r i a , e n m i m a n e r a d e ser,
s e r vivido y logra a f e c t a r .
P u e d o h a b l a r d e la r u p t u r a d e e s a r e l a c i ó n q u e
creo, p a r a q u e s e p u e d a c o n o c e r el r e g r e s o a u n a
s i t u a c i ó n inicial. S i e m p r e s e r e c i b e lo q u e p u e d e
afectar. Pero n o e s lo conocido lo q u e t i e n e el privilegio
d e a f e c t a r , e s lo q u e se desvía, lo q u e s a l t a p o r e n c i m a
d e lo e s p e r a d o y logra i n s t a l a r s e e n u n m o m e n t o d e
estruendo.
Puedo h a b l a r de ese espacio escénico, de ese
mismo espacio no transfigurado sino recubierto de
o t r a m á s c a r a . E n u n a u o t r a p r e s e n c i a , el e s p a c i o
p u e d e d e s a p a r e c e r p o r q u e la a f e c t a c i ó n s e r e p l i e g a
al e s p a c i o interior, a la m e n t e , al c u e r p o . A la l e n g u a
del i n c o n s c i e n t e q u e n o e s p r e m e d i t a d a , s i n o q u e s e
h a c e c o n t o d o lo q u e el e s p e c t a d o r r e p r e s e n t a .
90 Ana Goutman

Por e s t e e s p a c i o t r a n s c u r r e el e s p e c t á c u l o , u n
t i e m p o d e la vida d e la e s c e n a , d e los a c t o r e s y d e los
espectadores.
¿Cuáles son las unidades que se pueden rescatar,
d e s t a c a r ? E s t a s s e refieren a c a d a invocación, a e s a
l l a m a d a i n t e r n a del yo q u e c r e a e n la e s c e n a y la
s a l a . C a d a s u j e t o o c u a d r o es la u n i d a d d e a c c i ó n
q u e a b a r c a el e s p a c i o íntegro.
¿ D e q u é o t r a m a n e r a p o d e m o s h a b l a r , si sólo s o y
u n sujeto en ese espacio?

Las reflexiones que se expusieron tienen por

finalidad f o r m u l a r l a s i g u i e n t e p r e g u n t a :
¿ P o r q u é p r i v a r al a n á l i s i s del e s p e c t á c u l o d e e s t a
variedad de evidencias?

U n a e s c e n a o c u a d r o es lo q u e a t r a p a r e m o s p a r a
el a n á l i s i s d e la o b r a d e B r e c h t .
 S a n t a J u a n a d e los Mataderos
S a n i a J u a n a d e los Mataderos que dirigió Luis de
Tavira c o n n o t a d o creador f u e u n espectáculo q u e
p r e s e n t ó el Instituto Nacional de Bellas Artes. La
d r a m a t u r g i a corresponde a la o b r a de Bertold Brecht
actualizada por el equipo de "La c a s a del Teatro" y
contó con la colaboración de varios artistas: músicos,
c o r e ó g r a f o s , e s c e n ó g r a f o s , director de o r q u e s t a ,
v e s t u a r i s t a s , maquinistas, y el equipo técnico del
Teatro "Julio Castillo".
El p r o g r a m a de m a n o a n o t a que e s

u n a pieza n o aristotélica que d e m a n d a u n a

aproximación específica de parte del espectador
q u e debe e s t a r e n posición de a d o p t a r u n a
actitud definida p a r a el aprendizaje, i n t e r e s á n -
d o s e e n l o s e v e n t o s s o b r e el e s c e n a r i o y
captándolos en s u s múltiples interrelaciones y
s u progresión. Esto señala la intención de u n a
revisión radical de s u propia c o n d u c t a .
No le e s t á permitido identificarse e s p o n t á n e a -
m e n t e c o n p e r s o n a j e s sólo c o n el f i n d e
compartir s u s experiencias. De modo q u e n o
s e a p a r t e de s u i n t u i t i v a a p r o p i a c i ó n , sino
u s a n d o s u s acciones y e n u n c i a d o s p a r a p o n e r
e n o r d e n el p r o c e s o t o t a l . (No s i e m p r e el
e s p e c t a d o r es llevado sugestivamente a e s t a
92 Ana Goutman

aproximación por la obra de arte m i s m a , p u e d e

o b t e n e r l a por algún otro camino, por
experiencia propia o por el estudio o a l g u n a
otra forma). Editada por J o h n Willet y Ralph
M a n h e i m ed. Methuen.

E s t a s observaciones son u n a lección de estética

b r e c h t i a n a , p a r a que el espectador a s u m a el lugar
q u e le corresponde, revisar s u propia c o n d u c t a , e r a
la tónica de la época. Diríamos a h o r a , revisar s u
h i s t o r i a . P o r q u e h a c e u n viaje de ida y v u e l t a a
n u e s t r a memoria. E s como el viaje de lo vacío a lo
lleno que se perfila en lo "visible"del espectáculo, pero
a partir de la intuición que le h a c e ver lo q u e n o
p u e d e conocerse de otra m a n e r a y o r d e n a r s e g ú n la
p r o p u e s t a p e r s o n a l las razones de la obviedad que
e s t á n ocultas.
E n definitiva el espectáculo s e atreve a m o s t r a r
lo q u e n o s atrevemos a "ver".
Decir "ver" y a encierra u n a imagen i n t e r n a q u e
n o s p e r t e n e c e . P o d e m o s t r a d u c i r l a , c a d a u n o de
nosotros p u e d e llegar a traducir e s a imagen, pero
solamente si e s t á notificado de que existe "algo" q u e
no es lo que se ve, sino que "se ve". Dos niveles q u e
e s t á n a c o m p a ñ a d o s p o r la m e m o r i a de lo q u e
s u p i m o s y olvidamos.
E i n g r e s a m o s con la libertad de recorrer tierras
a n t i g u a s o lejanas, los t a b ú e s , los m u t i s , el m u n d o
escolar, a nosotros mismos, a n u e s t r o inconsciente.
S a n t a J u a n a d e los Mataderos, f u e la e s c e n i -
ficación de u n a historia que habla de Pierpont Mauler,
r e y d e los e m p a c a d o r e s de c a r n e q u e f i r m a u n
contrato p a r a comprar a s u s competidores t o d a la
El Espacio Escénico. Significación y Medios 93

p r o d u c c i ó n , a c a p a r a r el m e r c a d o y orillarlos a l a
q u i e b r a . E s t a a c c i ó n p r o v o c a el cierre d e l a s f á b r i c a s
d o n d e l a b o r a n cientos de obreros y u n a g u d o
p r o b l e m a d e d e s e m p l e o . El e m p r e s a r i o a s e g u r a s u
negocio p e r o los e m p l e a d o s le i n c r i m i n a n l a s i t u a c i ó n
de h a m b r e .
E s u n a cairrera p o r la s u p e r v i v e n c i a y n o t i e n e
límites. U n "Ejército de salvación" c o m p l e t a la i m a g e n
e x p l o t a n d o l a s b u e n a s c o n c i e n c i a s y la i g n o r a n c i a
d e l a s r a z o n e s q u e llevan a e s a s i t u a c i ó n límite.
La p u e s t a o m o n t a j e c o m i e n z a e n la g r a n b o c a
del e s c e n a r i o dividido e n d o s p l a n t a s p a r a l e l a s al piso.
E n l a p a r t e s u p e r i o r el dispositivo d e u n m a t a d e r o al
q u e v a e n t r a n d o u n cerdo q u e m u e v e s u c a b e z a d e
derecha a izquierda como no aprobando su f u t u r o
d e s t i n o . E n l a p a r t e inferior e s t á n los e s p a c i o s p a r a
la e s c e n i f i c a c i ó n d e la a n é c d o t a , allí e n t r a n y s a l e n
p e r s o n a j e s q u e gritan, p r o t e s t a n , g i m e n . Nadie oye.
Voces, objetos, m ú s i c a , t r a n s g r e s i ó n . Lo q u e s u c e d e
avasalla, t r a s t o c a , revierte, d i s g u s t a y a p e s a r d e todo,
el m u n d o n o se h u n d e , el t e a t r o sigue e n pie. S u c e d e
u n contraste entre escena y sala que podría resu-
m i r s e e n q u e t o d o s g r i t á r a m o s al u n í s o n o , p a r a q u e
a l g u i e n oiga.
E s t a b a r a ú n d a infernal podría ser también la
e s c e n a final, si e n a l g ú n r i n c ó n Bertold B r e c h t r i e r a
c o m o c o n f i r m a n d o q u e h a logrado i n t e r c e p t a r l a n o r -
m a l c o r r i e n t e d e l a vida d e e s a s o c i e d a d .
T a m b i é n n o s o t r o s los e s p e c t a d o r e s p o d r í a m o s reír
p o r q u e el e s p e c t á c u l o e s t á a b i e r t o a u n a n u e v a
r e s o l u c i ó n o disolución q u e s e revive e n el s u j e t o .
H a y u n a invocación m a r c a d a p o r la t u r b a d e g e n -
t e s q u e s e a t r e p e l l a y n o e n t i e n d e lo q u e vive. No e s
94 Ana Goutman

u n m e n s a j e e s lo q u e s e ve o s e d e j a d e v e r e n a l g ú n
m o m e n t o privilegiado
D e s d e el c o m i e n z o los d a d o s e s t á e c h a d o s . El
e s p e c t a d o r e s el q u e g u a r d a la m e m o r i a y s e s o m e t e
a d e m á s a l a t o r m e n t a q u e e v o c a el e s p e c t á c u l o ,
porque la memoria es u n a ' f o r m a y hay diferentes
f o r m a s d e m e m o r i a e n e s e t i e m p o corto o largo
El a c o n t e c i m i e n t o d e u n a p i e z a e s la p u e s t a e n
f o r m a q u e n o s e i n v e n t a felizmente, n o e s u n logro
del d i r e c t o r d e e s c e n a o del m ú s i c o , e s u n m a l e n -
t e n d i d o así como lo e n t i e n d e Peter Brook. E s t á abierto
a u n a n u e v a r e s o l u c i ó n o disolución.
R e n d i r c u e n t a s d e lo q u e p a s a e n e s c e n a tiene
p o r objetivo desmitificar, r o m p e r la m a g i a p a r a volver
a c r e a r e s t a d o s d e credibilidad.
El s u j e t o e s p e c t a d o r p r a c t i c a v a r i a c i o n e s c o n l a
r e f e r e n c i a l i d a d d e los o b j e t o s a los q u e c e d e d e s e o s ,
t e m o r e s y r e n u n c i a s : los propios. H a y t a m b i é n
q u i e n e s a c e p t a n e s t a escenificación c o m o la f a r s a d e
l a h i s t o r i a del Capital d e Marx.

Teatro de lo inevitable
E s t a o b r a q u e t r a t a d e lo "obvio" e n los m a t a d e r o s ,
d e s a r t i c u l a lo q u e e s t á a r t i c u l a d o e n los h e c h o s . Lo
q u e s a b e m o s y lo q u e n o s a b e m o s , p o r q u e p a r e c e
u n a f o t o g r a f í a c o n o c i d a . Lo q u e d e b e s e r d e s p l a z a d o
f u e r a de la escena, que no es representado a la vista
del e s p e c t a d o r , p o r q u e s i g u e s i e n d o lo í n t i m o , lo
g u a r d a d o , lo propio.
Lo q u e n o e s t á e n la c u l t u r a sino e n el t e a t r o
p o r q u e e s u n a revolución. La rebelión n o e s t á e n el
l u g a r conocido, d e s a f í a , lo d e s a f í a .
El E s p a d o Escénico. Significación y Medios 95

Dice V e r o n e s e q u e el a c o n t e c i m i e n t o e s t á e n el
l e n g u a j e q u e d e n u n c i a t o d o efecto d e r e a l i d a d (p.24).
"No s o n s i g n o s p a r a i n t e r p r e t a r , s i n o s u p e r f i c i e s
p a r a describir", a f i r m a B a s t i e n Gallet q u e a n t i c i p a
e s t a i n s e r c i ó n d e l a m ú s i c a , s e a ella c o n v e n c i o n a l o
e l e c t r ó n i c a (p. 812).
La p r o x i m i d a d con el t e a t r o u r d e u n a p o s i b i l i d a d
de análisis de la estructura musical sugestiva y
c o h e r e n t e q u e p r o p u s o Luis Rivero, m ú s i c o m e x i -
cano.
N u e v a m e n t e la e n e r g í a e s la q u e h a c e v a r i a r l a s
e s t r u c t u r a s existentes. E s t a interacción q u e f u n c i o n a
e n el d e s a r r o l l o melódico e n u n t i e m p o d a r a z o n e s
p a r a v e r a p a r e c e r la c o n m u t a c i ó n y l a p r e e m i n e n c i a
d e la f o r m a c o m o el s e n t i d o d e la o b r a .
La m ú s i c a d e l c o m p o s i t o r R i v e r o a s i m i l a l a
tradición a l e m a n a y reitera e n el e s p e c t a d o r m e x i c a n o
u n a c r e a c i ó n q u e i n g r e s a a la s a l a c o m o a u n l u g a r
c o n o c i d o q u e a la vez t o c a la f r o n t e r a q u e h a b í a
s e ñ á l a d o la a c t u a c i ó n .
M ú s i c a y continuidad melódicas no se e n c u a d r a n
e n la p e r c e p c i ó n . El s o n i d o s e c a p t a e n el i n s t a n t e
p u e s el p r e s e n t e es s u f o r m a . La i d e a d e c i r c u l a c i ó n
d e los s o n i d o s i n d u c e a u n a c i e r t a c o n c e p c i ó n m u s i -
cal. P o r q u e el e s p e c t a d o r r e c i b e u n e s t a l l i d o d e
s o n i d o s q u e s e a c o m p a ñ a c o n el b a l a n c e o del direc-
t o r d e o r q u e s t a . La o r e j a se c o n f r o n t a c o n la
dispersión y las estructuras convencionales que
e s p e r a m o s q u e a p a r e z c a n n o r e s i s t e n lo aleatorio d e
c a d a i n s t a n t e . Lo aleatorio s u b s t i t u y e el d e s p l i e g u e
p s e u d o o r g á n i c o d e la f o r m a .
La t r a d i c i ó n m u s i c a l p u e d e d a r n o s la i m p r e s i ó n
de m a n t e n e r s e aparte de este ensanchamiento de
96 Ana Goutman

n u e s t r o u n i v e r s o s o n o r o . P e t e r B r o o k dice q u e d e
e s t a m a n e r a s e eleva el nivel d e e n e r g í a e n l a s f o r m a s
teatrales.
La e x p e r i e n c i a del e s p e c t a d o r r e s u e l v e e n u n i d a d
l a a p a r i c i ó n d e la m ú s i c a y d e los i n t e g r a n t e s y s i g u e
u n a p i s t a q u e o r g a n i z a la c u a l i d a d s e n s o r i s d d e l
espectáculo.
E n la s a l a la m ú s i c a e s u n a c o m p a c t a m i g r a c i ó n
de ruidos, sonidos, que salen expulsados y p r o d u c e n
u n a t r a n s f o r m a c i ó n p e r m a n e n t e e n los oídos. P a r e c e
a veces u n a deformación de la m ú s i c a , no u n a
repetición. D a m o s lugar a la exploración o intromisión
q u e r o m p e el t e x t o q u e s e oye. E s t a i n t r o m i s i ó n
p a r e c e i r r u m p i r e n el e n t o r n o c o n u n a c a n c i ó n q u e
a r r a s t r a t e m a s m u y c o n o c i d o s y revive c l i m a s y s e
a c o m p a ñ a de las p o s t u r a s de los m ú s i c o s de la
O r q u e s t a d e la M a r i n a Nacional.
R e s u l t a u n hallazgo la o r q u e s t a e n el e s p e c t á c u l o .
C a d a i n s t r u m e n t o , p a r t i c u l a r m e n t e el b o m b o t i e n e
u n a d i m e n s i ó n i n v a s o r a q u e a c o m p a ñ a a los c a n t o s ,
gritos, aullidos, d e s p l a z a m i e n t o s físicos, r u p t u r a o
q u i e b r a del silencio.
E n c a d a m o m e n t o de la o b r a a p a r e c e u n colorido
r e n o v a d o y alguien p u e d e hallar los t e x t o s q u e
necesita p a r a completar ese andamiaje musical que
r e f u e r z a a la c u l t u r a q u e se d e c l a r a c o m o a r g u m e n t o
del siglo.
P i e n s o e n la g u e r r a y l a p a z q u e a t r a v i e s a el
e s p e c t á c u l o d e s d e el inicio h a s t a el final.
S i e n d o a s í la p r o p u e s t a m u s i c a l r e s u l t a s e r u n a
e s t r u c t u r a del e s p e c t á c u l o p e n s a d a e i n s t a l a d a sin
c o n t i n u i d a d y s i n r u p t u r a , p o r q u e tiene u n a m a n e r a
d e a p a r e c e r y d a r s e a c o n o c e r q u e el e s p e c t a d o r
El Espacio Escénico. Significación y Medios 97

p u e d e i n v o c a r y a la vez t r a n s g r e d i r si s e lo p r o p o n e .
S e ñ a l o "con i n s i s t e n c i a q u e c o m o e s p e c t a d o r a n o
se p u e d e describir u n a situación ideal p o r q u e e n c a d a
m o m e n t o u n o s e s i e n t e a f e c t a d o . El e s p e c t á c u l o s e
r e p a r t e , s e p a r t e y se c o m p a r t e e n t o d a s l a s p a r t e s
del e s p a c i o escénico.
No s e t r a t a d e s e p a r a r l o q u e s e d i s t i n g u e . Lo q u e
se ve y s e oye o s e cree ver y oir, e n t r e lo q u e "aparece"
y lo q u e "debe a p a r e c e r ^ q u e f u e r o n n e c e s i d a d e s , o
b a l u a r t e s d e la s e m i ó t i c a t r a d i c i o n a l e n s u a f á n p o r
d a r r e s p u e s t a a u n a n á l i s i s q u e d e s m e m b r a b a al
espectáculo.
"No s e t r a t a d e resolver, sino d e disolver" dice
V e r o n e s e , los e s p a c i o s q u e c o n o c e m o s , p o r q u e los
espectadores ambicionan j u s t a m e n t e d e s t r u i r la
p o b r e imagen de u n ser singular recorriendo los
e s p a c i o s a s i g n a d o s p o r la i m a g i n a c i ó n d e u n e s c e -
nógrafo.
Se solicita ver el e n t r a m a d o d e u n a s e m i ó t i c a del
e s p a c i o e s c é n i c o a s o m a n d o en los e s p e c t a d o r e s .

P a r a lo c u a l h a c e f a l t a t r o c a r l a f o r m a ú n i c a
ambivalente, plurivalente, p a r a f o m e n t a r e i n c e n t i v a r
el e n c u e n t r o c o n s i g n o s d r a m a t ú r g i c o s n o r e c o n o -
cibles e n l a s z o n a s d e o s c u r i d a d o m i s t e r i o p o r q u e
lo q u e t i e n e p r i m a c í a e s el e n c a d e n a m i e n t o e n t r e los
o b j e t o s y los a c t o r e s .
A v e c e s el e s p e c t a d o r n o s e d e t i e n e a s e n t i r q u e
o b j e t o s y a c t o r e s se v a n d e s c u b r i e n d o m u t u a m e n t e .
D e s c u b r i r q u e algo c o n o c i d o h a d e j a d o d e s e r l o
p o r q u e t i e n e u n a f u n c i ó n p r o p i a e n el e s p e c t á c u l o
c o m o s u c e d e c o n l a s r e s e s del P i e r p o n t M a u l e r , c o n
l a s f r a s e s h e c h a s del e s t a f a d o r , los corrillos d e los
98 Ana Goutman
obreros que claman por no tener trabajo m i e n t r a s
sostienen u n plato de sopa vacío y son estos objetos
lo que orquesta o a b r u m a al espectador. Que a la vez
salta por encima de tales significados p a r a producir
e s a síntesis que reclama s u historia personal. Ya que
c a d a u n o de esos elementos no están en el destino de
la o b r a sino e n la propuesta de trabajo del director
p a r a provocar u n a significación que cada espectador
repite u d e s e n t r a ñ a según su modo de ver.
C u a n d o Peter Brook se refiere al "teatro mortal"
e n el Espacio vacio e s p e r a ese salto del espectador
q u e le autoriza u n a versión diferente p a r a c a d a u n o .
El espectador actual es diferente al espectador
t r a d i c i o n a l q u e e s t a b a fijado a l a silla s i n m á s
horizonte que t r a s l a d a r lo que "sucedía" a s u vida
personal.
Sucede, y es la experiencia con S a n t a J u a n a d e
los Mataderos, que el espectador tuvo el sentimiento
de lo esperado y también de lo rechazado.
La participación del espectador lo salva del "teatro
mortal" del aburrimiento que sabotea la expectativa
privada.
Dejemos entrar la noción de tiempo. Sabemos algo
de todo pero lo que p a s a hoy h a y que averiguarlo,
p o r q u e lo ignoramos. Es u n saber que no se sabe, lo
l l a m a n el s a b e r del inconsciente.
Pero así como i n g r e s a m o s o i n g r e s a e s t a
d i m e n s i ó n significativa al s u j e t o , con el m i s m o
impulso choca y se estrella con u n a concepción y a
a d q u i r i d a que tiene s u dinámica. Esto quiere decir
r o m p e r . E n todo m o m e n t o del t r a b a j o creativo el
sujeto, sea actor, director, espectador, está
traicionando lo aceptado en virtud de la s o r p r e s a q u e
El Espacio Escénico. Significación y Medios 99

le p r o v o c a tal experiencia.
El p r o p ó s i t o d e d e s a r r o l l a r l a s s u g e r e n c i a s d e u n
e s p e c t á c u l o s o b r e el c u a l e s t a b l e c e r l í n e a s d e t r a b a j o
q u e sirvan p a r a p e n s a r en u n a semiótica del
espectáculo requiere presentar u n "momento" de u n o
d e e l l o s q u e h e m o s s e l e c c i o n a d o e n t r e los d e l a
c a r t e l e r a d e l a c i u d a d d e México a f i n a l e s del a ñ o
2 0 0 0 , c o n el q u e s e e l a b o r a e s t a investigación.
L a s c a r a c t e r í s t i c a s del e s p e c t á c u l o , y a s e ñ a l a d o
v a n a m o s t r a r s e e n u n a e s c e n a q u e e s "significativa"
d e l s e n t i d o g e n e r a l d e l a o b r a . No e s n e c e s a r i o
e l a b o r a r o p r e t e n d e r a n a l i z a r u n e s p e c t á c u l o íntegr o.
E s j u s t a m e n t e la selección d e u n m o m e n t o o u n a
e s c e n a lo q u e p u e d e c u m p l i r c o n el objetivo de e s t e
libro.
Lo q u e a la vez i n d i c a u n a m a r c a metodológica.
El d i s c u r s o íntegro n o es el material, sino la selección
lo q u e a p o r t a l a s d o s v e r t i e n t e s . U n a el p o r q u é d e
tal selección y o t r a , la d e s c r i p c i ó n d e lo elegido c o m o
i m p a c t o e n el e s p e c t a d o r .
S e g u r a m e n t e n o es u n consejo p a r a los críticos
d e e s p e c t á c u l o s , p e r o sería u n a condición "higiénica"
p a r a c o n t r i b u i r a la elucidación y p r o d u c c i ó n d e l a s
p r o p u e s t a s semióticas.
La e s c e n a q u e s e r e p r o d u c e figura e n el g u i ó n d e
la o b r a , e s d e c i r q u e es u n texto d e la d r a m a t u r g i a
d e a u t o r al c u a l s e a ñ a d e n las a c o t a c i o n e s del d i r e c -
tor.
La selección tiene e n c u e n t a el m o m e n t o m e d i o
del d e s a r r o l l o del e s p e c t á c u l o que, m á s q u e n i n g ú n
otro, r e p r e s e n t a l a u n i d a d t e m á t i c a y c r í t i c a q u e
i n t e r e s a p a r a u n a n á l i s i s d e u n t o d o . No e s u n a
s í n t e s i s , sino lo significativo del relato b r e c h t i a n o q u e
100 Ana Goutman
se ocupó de destacar u n m o m e n t o de emergencia.
P a r a analizar h a y que e s c u c h a r a las p a r t e s y é s t a s
e s t á n r e p r e s e n t a d a s en u n a c o y u n t u r a q u e emerge
sin ánimo de conciliación.
No e s u n final feliz, ni u n a reiteración de los
p r i n c i p i o s de s o l i d a r i d a d social, ni de r e s u m e n
anecdótico. H a sido necesaria u n a e t a p a de reflexión
p a r a poder elegir lo que y a no era la o b r a del a u t o r
sino lo que p a r a quien h a c e el estudio configura lo
q u e p u e d e d e s t a c a r s e de u n a historia.
La dirección del espectáculo enfatizó en ocasiones
c i r c u n s t a n c i a s que en este análisis no se consideran.
C a d a sujeto recoge las m a r c a s que reconoce ligadas
a la historia personal y por ello figura la diferencia.
E s u n a señal de transparencia a t e n d e r tales m a r c a s ,
no d e s d e ñ a r l a s , n o soslayarlas p a r a no r e c a e r e n
reiteraciones, olvidos y negaciones.
El análisis semiótico es selectivo e n varios niveles
del análisis. No se trata de hacer u n ejercicio didáctico
e i n t e n t a r m á s clasificaciones porque en c a d a ocasión
el análisis se desplegará según s u s necesidades.
La e s c e n a e s c o g i d a e s u n a b r e v e u n i d a d de
análisis.
Las m u j e r e s que son víctimas de atropello y q u e
n o lo s a b e n se repiten en la obra de Bertold Brecht.
Es conocida la h i s t o r i a de M a d r e Coraje q u e
t r a n s p o r t a u n carromato con s u s hijos e n época de
g u e rra .
E n S a n t a J u a n a d e los Mataderos se t r a t a de la
s e ñ o r a Niddle, esposa de Lucas que propongo como
eje del conflicto

"SLIFT (asistente de Mauler) (dice) Hace cuatro

El Espado Escénico. Significación y Medios 101
d í a s el viejo L u c a s q u e c o n t r o l a b a la p a l a n c a
d e a c c e s o d e l a c a r n e e n la g r a n b o c a d e l a
t r i t u r a d o r a , s e distrajo p o r u n p e n s a m i e n t o q u e
y a n o p u d o c o n t a r l e a nadie..." (Libreto p á g i n a
43).

Las n o t a s del libreto i n f o r m a n q u e : L u c a s r e m a ,

d e j a el r e m o , j a l a la p a l a n c a , p a r a la m á q u i n a , r e m a
j a l a la p a l a n c a . D e p r o n t o e n u n intervalo de s u m e c á -
n i c a (jala la p a l a n c a , p a r a la m á q u i n a , r e m a , j a l a l a
p a l a n c a ) s a c a u n p a p e l d e s u bolsillo, s e d e s c o o r d i n a ,
s e le c a e el p a p e l d e n t r o del e m b u d o , al ir p o r él,
e m p u j a l a p a l a n c a c o n s u c u e r p o , al i n t e n t a r
d e t e n e r l a , se r e s b a l a y c a e d e n t r o d a n d o u n h o r r i b l e
alarido".
La e s c e n a s i g u i e n t e a p a r e c e u n j o v e n d e s i g n a d o
p o r SLIFT p a r a r e e m p l a z a r a L u c a s . El j o v e n cantan

P o b r e L u c a s Niddle
Regresó al m u n d o
Hecho tocino
El tío tocino vestido d e l a t a

SLIFT ( e s c u c h a la c a n c i ó n y dice al joven)

A la h o r a del a l m u e r z o v a s a ir al c o m e d o r 7,
b u s c a s a l a s e ñ o r a Niddle, la e s p o s a d e L u c a s ,
que estará ahí preguntando alguna razón sobre
el p a r a d e r o d e s u m a r i d o . Te le p a r a s e n f r e n t e
y sin m á s le dices de d ó n d e s a c a s t e la c h a m a r r a
y l a g o r r a (que p e r t e n e c í a n a L u c a s Niddle).

(El j o v e n contesta)
-No licenciado, p o r favor, n o p u e d o h a c e r e s o
- ¿Por q u é ?
102 Ana Goutman

- Está m u y cabrón.
- B u e n o si u n poco, si n o t u v i e r a s t a n t a
necesidad.
- E s t á b i e n , como u s t e d diga. P u e d e c o n f i a r e n
m í Hcenciado.

Se c i e r r a e s t e diálogo d e t e r m i n a n t e d e la s i t u a c i ó n
grotesca.
A c o n t i n u a c i ó n e s la s e ñ o r a Niddle q u e a p a r e c e a
la p u e r t a d e l a f á b r i c a y golpea, c u a n d o s e a b r e u n a
p e q u e ñ a v e n t a n a , l a s e ñ o r a Niddle grita:

- Soy yo o t r a vez y n o m e voy a ir h a s t a q u e m e

d i g a n q u é hicieron con m i m a r i d o allá a d e n t r o . Llevo
c u a t r o d í a s a q u í p a r a d a y m i m a r i d o n o sale. P r e g u n t o
y p r e g u n t o . Nadie m e dice n a d a . Pero yo sí les digo
q u e a q u í m e voy a e s t a r , a u n q u e m e p u d r a d e frío
h a s t a que salga
¡Ay d e u s t e d e s si le hicieron algo!
SLIFT. - s u m a r i d o e s t á d e viaje s e ñ o r a Niddle.
NIDDLE. - ¿ Q u é q u e dice? ¿ Q u é viaje?
SLIFT - A s í e s s e ñ o r a , d e v i a j e . Y s e p a . . . q u e
también para esta empresa resulta muy incon-
veniente que permanezca usted aquí diciendo
t o n t e r í a s . Así q u e p a r a b i e n d e todos, m e voy a atrever
a h a c e r l e u n a o f e r t a g e n e r o s a . Si u s t e d r e n u n c i a a
s u s molestas pesquisas, podrá comer gratis en
nuestro comedor tres semanas.
NIDDLE- ¿ C o m e r g r a t i s ? P r i m e r o d í g a m e q u é le
pasó a mi marido.
SLIFT- Ya le dije, e s t á d e viaje. U n viaje a Los
Angeles.
NIDDLE- ¿A Los Angeles?
El Espacio Escénico. Significación y Medios 103

SLIFT- Si a Los Angeles.

NIDDLE - Eso n o es cierto. No m i e n t a , ¿ Q u é p a s ó ?
¿ P o r q u é lo e s c o n d e ?
SLIFT- Si i n s i s t e s e ñ o r a . . . Si lo p r e f i e r e c o n t r a t e
a u n a b o g a d o e inicie u n litigio. Pero yo q u e u s t e d lo
p e n s a b a d o s veces... La e s p e r o en el c o m e d o r 7 a l a
h o r a del a l m u e r z o . . . Con p e r m i s o (cierra la p u e r t a ) .

NIDDLE.- E s p e r e . No. T i e n e q u e o í r m e . A b r a .
Necesito a m i m a r i d o .
T i e n e q u e oírme. No tengo a n a d i e m á s .

El viento e m p i e z a a s o p l a r d e n u e v o y a r r a s t r a
p a p e l e s y b a s u r a . La a n c i a n a a b a t i d a d e j a d e golpe a r
l a p u e r t a . Mira h a c i a l a calle p o r d o n d e c r e c e
a m e n a z a n t e el viento.

NIDDLE. Q u é v a a s e r d e m í . Dios mío.

C o n e s t a e s c e n a s e c i e r r a la p r o p u e s t a d e e s t e
a n á l i s i s , c u a n d o el r o s t r o d e la s e ñ o r a NIDDLE e s t á
oculto.

El a s u n t o d e la significación q u e e s t á e n el título
del libro se refiere a la posibilidad d e e n t e n d e r q u e
esta escena, párrafo o segmento está entrecruzada
e n l a c o n s t r u c c i ó n q u e e s a la vez u n a demolición,
p o r q u e e s el e s p e c t a d o r el q u e s i e n t e el m i e d o , q u e
e s l a e m o c i ó n a n t e lo d e s c o n o c i d o , c o m o u n a
demolición d e lo q u e e s t á a n t e s e n la e s c e n a .
E n e s t e m o m e n t o el e n c u e n t r o d e los p e r s o n a j e s
d e t e r m i n a u n a crisis de sentimientos que propicia
r u p t u r a s p o r q u e p o r u n a p a r t e los d u e ñ o s del t r a b a j o
104 Ana Goutman

n o s a b e n q u e L u c a s e s u n s e r h u m a n o , e s d e c i r algo
d i f e r e n t e a lo q u e p r o d u c e e n el l u g a r al q u e lo
d e s t i n a r o n . A d e m á s L u c a s tiene u n a m u j e r q u e lo
r e c l a m a q u e r e c l a m a a s u m a r i d o . El e n c u e n t r o d e
a m b a s s i t u a c i o n e s e s t á c e r r a d o e n la c a r a c t e r i z a c i ó n
fija o d e t e r m i n a d a q u e los d u e ñ o s d e la f á b r i c a n o
conocen.
El c a p a t a z y L u c a s o c u p a n el m i s m o espacio, q u e
e s la fábrica. S u s f u n c i o n e s difieren y n i n g u n o conoce
al otro. Sin e m b a r g o h a y u n a d e p e n d e n c i a q u e l o s
a n i q u i l a c o m o s u j e t o s . Y los d e s t r u y e a s í m i s m o s
porque son miembros de u n a maquinaria de la que
n o p o s e e n el control.
Las c a n c i o n e s q u e al estilo d e B r e c h t , c o m o e n el
c o r o griego r e l a t a n lo q u e le h a o c u r r i d o a L u c a s
e n l a z a n l a e s c e n a al nivel d e u n a g u e r r a d e s p i a d a d a
s i n v e n c e d o r e s ni vencidos.
Las m a r c a s q u e c o n o c e m o s d e a m b o s c o n t e n d i e n -
t e s r e f l e j a n u n a e s t r u c t u r a social q u e los c o n d e n a a
c o n t i n u a r e n u n a dirección sin salida. Pero los o b j e t o s
s e ñ a l a n o t r a s líneas de acción y de emoción: las r o p a s
d e L u c a s , d e j a d a s a n t e s d e c o m e n z a r el t r a b a j o
i n v o c a n l a s voces d e s u m u j e r y la d e los c o m p a ñ e r o s
q u e ridiculizan el d e s t i n o d e L u c a s p e r o q u e a la vez
se e r i g e n c o m o el propio d e s t i n o , el q u e los e s p e r a a
p e s a r d e q u e s i g u e n vivos.

" L u c a s e s a h o r a tocino e n lata".

P e t e r B r o o k utiliza u n a f r a s e p a r a d e s p e j a r l a s
c o n f u s i o n e s significativas s o b r e l a v e r o s i m i l i t u d del
p e r s o n a j e d e B r e c h t "Madre Coraje",
El Espacio Escénico. Significación y Medios 105
"Hay q u e i n v e n t a r los signos d e l a u s u r a "

¿ C u á l e s el signo o los s i g n o s d e la S r a . Niddle?

No s o n s u c u e r p o encorvado, ni s u c a b e z a c u b i e r t a
p o r u n c h a i , n i s u voz o s u grito. ¿ Q u é e s e n t o n c e s ?
La p r e g u n t a y la i n s i s t e n c i a t o z u d a q u e n a d i e c o n t e s -
t a , p o r q u e l a r e s p u e s t a q u e r e c i b e n o le llega al
c e r e b r o , sino a la a l t u r a del s e n t i m i e n t o d e dolor.
C u a n d o el r e e m p l a z a n t e d e L u c a s a m a g a s o b r e
la c r u e l d a d d e lo q u e le p r o p o n e el c a p a t a z , t a l e s
a n u n c i a r a l a S r a . Niddle l a m u e r t e d e L u c a s , p o r q u e
él e s t á u s a n d o s u s r o p a s , la t r a m a e n t r a e n otro c l i m a
q u e p a r e c e la p s e u d o r e a l i d a d d e la f á b r i c a .
U s a r los o b j e t o s d e L u c a s , e s la m u e r t e , a c e p t a r
la m u e r t e e n el l u g a r del t r a b a j o . Pero a ú n m á s c e d e
a la S r a . Niddle q u e o c u p a el l u g a r d e o t r a m u e r t e
q u e e s l a d e ella y l a d e t o d o s .
El l u g a r d e l a c o m i d a h a sido e n el t r a n s c u r s o d e
la o b r a la s e ñ a l d e la d e s t r u c c i ó n . E s u n a c o m i d a
"que n o s e m e r e c e n " , e s u n a c o m i d a " q u e e n m i e n d a
la h o r f a n d a d d e la S r a Niddle. E s finalmente u n a
p o b r e c o m i d a q u e n o c u m p l e la f u n c i ó n d e s a c i a r el
h a m b r e . Los o b j e t o s p a r a l a c o m i d a p e r m i t e n a l
e s p e c t a d o r la f a n t a s í a d e u n a s a l i d a a i r o s a d e e s e
m a c a b r o m u n d o d e v e n g a n z a . C o m e r e s vivir y e s a
la vez t e n e r u n l u g a r q u e los d e m á s r e c o n o c e n . Pero
lo q u e p o d r í a llevar a u n d e s e n l a c e r e ñ i d o y d e s a f i a n t e
q u e d a n n u e v a m e n t e e n la p e n u m b r a p o r la a p a r i c i ó n
del "Ejército d e Salvación". -- .
El r e c u r s o al "Ejército d e Salvación" el " d a d o r " d e
la c o m i d a con la finalidad d e g u i a r a los o b r e r o s a la
s a l v a c i ó n r e a f i r m a el clima d e e n t r e g a q u e p a d e c e n
105 Ana Goutman

estos hombres y mujeres que claman por tener su

l u g a r e n la s o c i e d a d .
Los e s p a c i o s d e la o b r a s e r e d u c e n a l a s a c c i o n e s
d e los o b r e r o s q u e c o n f r o n t a n la g r a n d i o s i d a d d e la
fábrica en relación con su lugar inexistente.
C a d a objeto, c a d a h o m b r e , c a d a silencio p e r t e n e c e
a l a f á b r i c a . Ellos y a s a b e n c ó m o e n t r a r y salir d e
c a d a r i n c ó n c u a n d o s o n l l a m a d o s p o r l a voz d e l
dueño.
La a d v e r t e n c i a d e Slift"... inicie u n litigio. Pero yo
q u e Usted lo p e n s a b a d o s veces' , , i n d i c a n n u e v a m e n t e
el e s p a c i o exterior al q u e a ella, la s e ñ o r a Niddle, le
está prohibido entrar.
C u a n d o los o b j e t o s c o b r a n r e l e v a n c i a los s u j e t o s
p a r e c e n d e s a p a r e c e r p o r q u e s u c e d e u n diálogo e n el
q u e u n o s d o m i n a n a otros.
Los i c o n e s del "Ejército d e salvación", los p l a t o s
vacíos, l a s r o p a s , l a s p u e r t a s c e r r a d a s y l a s v e n t a n a s
a p e n a s e n t r e a b i e r t a s , l a s voces a l t i s o n a n t e s p a r a q u e
r o m p a n el a i r e y e n t u m e z c a n los c u e r p o s y a d e p o r
sí h e l a d o s s o n a l g u n a s d e las s e ñ a l e s q u e s e r e p a r t e n
en la escena.
El d e r e c h o s o b r e c a d a lugar es el d e r e c h o d e m a t a r
q u e la s o c i e d a d a n u n c i a e n e s t e m o m e n t o d e l a o b r a .
E s t a objetividad es al m i s m o t i e m p o el g r a d o d e l a
subjetividad q u e no se h a desarrollado sino que h a
sido d e t e r m i n a d a p o r l a s a c c i o n e s d e los o t r o s . Los
obreros está determinados.
L a s i d a s y v u e l t a s a l a s q u e s e ve s o m e t i d a la S r a .
Niddle q u e d e s c o n o c e el d e s t i n o d e s u m a r i d o d e f i n e n
u n a circularidad o repetición p a r a demostrar la
inutilidad de c a d a acción que se e n c a d e n a a la
s i g u i e n t e , sin posibilidad d e modificación.
El Espacio Escénico. Significación y Medios 107

La c a r a c t e r í s t i c a d e l a s a c c i o n e s p o n e a e s t e
m o m e n t o e n t r e los m á s álgidos p o r q u e n o se
e n c a m i n a n a n i n g ú n lado y t a m p o c o d e d e s p l a z a n ,
sino q u e los v e m o s d e t e n i d o s , p o r lo c u a l e n t o d o
m o m e n t o s e e x p e r i m e n t a l a emoción d e la m u e r t e ,
a u n q u e los p e r s o n a j e s n o p a r e c e n s a b e r l o .
Los e s p e c t a d o r e s n o p o d e m o s e s p e r a r n a d a , salvo
s a l t a r p o r e n c i m a d e l a s n e g a t i v a s y d e la m u e r t e
p a r a a n u n c i a r q u e h a y otro m o d o d e vivir.
Lo q u e s i g n i f i c a q u e h a y o t r a c u l t u r a q u e e s
p o s i b l e d e s c u b r i r c u a n d o s e a g o t a el m o v i m i e n t o d e
u n a repetición imposible de detectar.
D e s d e f u e r a del círculo e s posible v e r al círculo.
La e s p e r a n z a de salir d e tal círculo e s t á c e ñ i d a a
la r e s i s t e n c i a d e la S e ñ o r a Niddle q u e s a b e lo q u e
q u i e r e y lo dice "Necesito a m i m a r i d o ' ' "Tiene q u e
oirme" "No tengo a n a d i e m á s " .
No p a r e c e q u e ella h a cedido a l a s m e n t i r a s . S a b e
d e q u é s e t r a t a . P o r q u e h a sido el t e m o r c o n el q u e
vivían y c o n el q u e viven, t a l e s q u e u n a m í n i m a
d i s t r a c c i ó n a r r a s t r a al o b r e r o a s e g u i r la s u e r t e d e
los c e r d o s .
Pero a s í m i s m o e s u n s a b e r q u e n o s e s a b e . La
m u e r t e e s t á p r e s e n t e p e r o e s t á s i e m p r e m á s lejos,
e n los d e m á s , e s lo q u e la S r a . Niddle d e f i e n d e . No e s
L u c a s el q u e h a m u e r t o .
" ¿ P o r q u é lo e s c o n d e ? " A p a r e c e el j u e g o d e l a v i d a
c o t i d i a n a . No t e n e m o s n a d a p o r q u e a l g u i e n q u e lo
t i e n e lo oculta. Pero u n día lo t e n d r e m o s t o d o s p a r e c e
d e c i r l á p r e g u n t a d e la S r a . Niddle. v ; i"::
E s t e j u e g o d e v e r d a d y m e n t i r a c o m o r e l a t a n los
p r i s i o n e r o s d e los c a m p o s d e c o n c e n t r a c i ó n es el á r e a
q u e los q u e e s t á n f u e r a del c a m p o d e s c o n o c e n .
108 Ana Goutman

La S r a . Niddle crece e n la m e d i d a e n q u e p e n e t r a
e n los silencios y r e c l a m a , y a c e p t a la c o m i d a c o m o
p e r s o n a j e del j u e g o q u e le h a c e n j u g a r . Ella s e g u i r á
viviendo p o r q u e tiene el l u g a r d e s u voz.
La explicación d e u n viaje a Los Angeles sirve al
e s p e c t a d o r c o m o u n a l u z q u e d e s c u b r e lo g r o t e s c o
p e r o a l a v e z lo i m p o s i b l e p o r q u e p u e d e s e r el
i n s t r u m e n t o p a r a c u b r i r la m e n t i r a y h a c e r l a visi-
ble. La h a c e t a n visible q u e p r o d u c e t a n t o dolor c o m o
los o b j e t o s q u e s e m a n i p u l a n d u r a n t e la e s c e n a del
i n g r e s o del r e e m p l a z a n t e .
La S r a . Niddle t i e n e m á s a p a r i c i o n e s d u r a n t e la
o b r a , ella e s t á del l a d o d e los c o m p a ñ e r o s d e s u
m a r i d o y c o m p a r t e llanto y r i s a s c o m o le s u c e d í a a
La M a d r e de Gorki. S u ingreso a la l u c h a p o r el t r a b a j o
f o r t a l e c e el l u g a r q u e e l l a h a b í a g a n a d o e n s u
reclamación.
" C a r n e q u e e m p a c a c a r n e " es la p a r á b o l a d e l a
explotación q u e se r e s u e l v e e n a u t o e x p l o t a c i ó n q u e
s e d e s c o n o c e p o r q u e l a d i s t r a c c i ó n q u e lleva a L u c a s
a c a e r a la t r i t u r a d o r a c a r g a con la i m a g e n d e " u n
p e n s a m i e n t o que ya no p u d o contarle a nadie".
C o m o la c a í d a del p a p e l q u e i n t e n t ó d e t e n e r e s lo
q u e provocó q u e él r e s b a l a r a , el p a p e l e r a p r o b a -
b l e m e n t e a l g ú n d i s c u r s o político q u e t e m í a q u e
a l g u i e n e n c o n t r a r a . F u e e n t o n c e s el d i s c u r s o e n
p r i m e r l u g a r el q u e g a n a el l u g a r d e d e t o n a d o r p a r a
q u e s e d i s p a r e la c o n t r a d i c c i ó n .
L a s p a l a b r a s : p a p e l , t r i t u r a d o r a y la p r o p i a v i d a
d i c e n al e s p e c t a d o r r e l a c i o n e s q u e t a m b i é n e s t á n
a r t i c u l a d a s s i n d i f i c u l t a d e n c u a l q u i e r otro t e x t o d e
la vida c o t i d i a n a .
Asimismo "Carne q u e e m p a c a c a r n e " c i r c u n s c r i b e
El Espacio Escénico. Significación y Medios 109

la i d e n t i d a d del s u j e t o - c a m e q u e t r a b a j a y p u e d e el
e s p e c t a d o r c o n m u t a r los n o m b r e s p a r a c e r t i f i c a r
o t r a s r e l a c i o n e s válidas y p e r t i n e n t e s . "Dolor q u e t r a e
dolor".
"El tío tocino vestido d e lata". P a r a d e s c o d i f i c a r
e s t a i m a g e n del c u e r p o n o c o m o u n a i n t e r v e n c i ó n
explicativa sino c o m o u n a p a l a b r a i n t r o d u c i d a e n el
código d e la i m a g e n i n c o n s c i e n t e del c u e r p o . V e s t i d o
d e l a t a i n d i c a el e s t u c h e n u e v o , a d q u i r i d o s i n t r á -
mite, c o m o h e c h o a p r o p ó s i t o y c o n b u e n r e s u l t a d o .
La imagen reproduce la m o n s t r u o s i d a d de los
m ú l t i p l e s genocidios q u e r e d u c e n el c u e r p o a u n a
imagen inconsciente.
E n t o n c e s n o s e t r a t a d e leer e n el s e n t i d o d e l a
i n t e r p r e t a c i ó n , sino d e h a b l a r i n c o n s c i e n t e m e n t e a
t r a v é s d e m i i m a g e n del c u e r p o el m i s m o código
implícito e n el c u e r p o .
A s i m i s m o la i n t e r v e n c i ó n del c a p a t a z p a r a q u e el
o b r e r o o c u p e el l u g a r d e L u c a s d e s t a c a el m o m e n t o
d e a s i m i l a c i ó n d e a m b o s : el c a p a t a z y el o b r e r o
c u a n d o dice

"si n o t u v i e r a s t a n t a n e c e s i d a d "

P a l a b r a s q u e e s t á i n d i c a d a s e n el gesto del o b r e r o
que se acerca y se separa de la r o p a de Lucas. La
" n e c e s i d a d " d e él n o e s la " n e c e s i d a d " del c a p a t a z .
Por lo c u a l h a y allí u n t r a s l a p e d e s i g n i f i c a d o s
q u e r e d u n d a en u n a confusión de intenciones.
No s e s a b e c u á l e s la n e c e s i d a d del c a p a t a z p e r o
sí h a y u n o r d e n c o m o finalidad sin r e p a r a r e n los
medios.
Los m o v i m i e n t o s e s c é n i c o s m a n t i e n e n la u n i d a d
110 Ana Goutman

c o n l u c e s y colores y s o n i d o s q u e e s t á n i m p r e g n a d o s
d e la m a t e r i a del espectáculo. El e s p e c t a d o r n o distin-
g u e la p a l a b r a d e los s o n i d o s s e a n ellos m u s i c a l e s o
vocalizados p o r q u e n o s e t r a t a d e la n a r r a c i ó n , n i del
d i s c u r s o , s i n o d e s u s e n t i r s e a f e c t a d o p o r el t o d o e n
el q u e participó. Quiero decir, q u e distinguir isotopías,
m u s i c a l e s o v e r b a l e s c o n t i n u a s i e n d o o c i o s o . El
e s p e c t a d o r , c a d a e s p e c t a d o r dirá, si s e atreve, algo
p a r t i c u l a r q u e c o r r e s p o n d e a s u m a n e r a d e r e c i b i r el
i m p a c t o d e u n m u n d o q u e lo h a d e s p e r t a d o a otro
m u n d o q u e t e n í a g u a r d a d o u olvidado.
Si n o h a y n a r r a c i ó n p a r a c o n t a r , n o h a y
argumentación p a r a discernir, actores y objetos se
modifican, se envuelven y p e n e t r a n con las a r m a s
q u e el s u j e t o e s p e c t a d o r p u e d e e s g r i m i r .
Por o t r a p a r t e la o b r a n o e s p e r a al e s p e c t a d o r , n o
h a y d u p l i c a c i ó n d e niveles, o e s t a d o s o m o d o s d e
a p a r e c e r . El s u j e t o e s p e c t a d o r es el m ú l t i p l e acertijo
q u e c a d a u n o a s p i r a o p u e d e m a n i p u l a r . Lo q u e s e
r e q u i e r e p a r a e n t r a r a u n a n u e v a m i r a d a del
e s p e c t á c u l o e s p r e c i s a m e n t e la n o s e p a r a c i ó n , n o
q u i e r e d e c i r la n o disgresión, p o r q u e t o d o s u c e d e e n
el c u e r p o del e s p e c t a d o r . R e c o n o c e r la d i m e n s i ó n d e
e s t e n u e v o e s p e c t a d o r e s lo q u e s e p r o p o n e l a
s e m i ó t i c a d e la significación.
La s e p a r a c i ó n p r o p o n e u n i r , y la u n i ó n e s
confiictiva ¿ P a r a q u é u n a p r o p u e s t a q u e d e b e s e r
c o r r e g i d a a poco d e s e r f o r m u l a d a ? La visión u n i t a r i a
es la del s u j e t o e s p e c t a d o r , no se t r a t a de u n a
postulación estética, moral o espiritual sino de
r e e n c o n t r a r s e c o m o s u j e t o e n el l u g a r e n el q u e s e
está.
L a s d u p l i c a c i o n e s q u e g e n e r a n la v a r i e d a d d e los
El Espacio Escénico. Significación y Medios 111

e s p e c t á c u l o s e n t r e "ellos" y n o s o t r o s " , c o n c u r r e n a
la t r a d i c i o n a l visión del a r t e c o m o exógeno, exterior,
rescatable.
Es verdad que hay espectáculos que nos
"rechazan", n o s "evitan" y es la p r u e b a de la
d i v e r s i d a d de n u e s t r a í n t i m a p r o b l e m á t i c a , r e f e r i r s e
a l a s e x p e r i e n c i a s q u e n o s e s t r e m e c e n e s el objetivo
d e u n a significación q u e g e n e r a n u e v a s f o r m a s d e
v i d a e n el l u g a r q u e n o s c o r r e s p o n d e .
 Epilogando
A d v i e r t o q u e el objetivo q u e persigue este t r a b a j o
es r e u n i r las vertientes q u e a r t i c u l a u n e s p e c t á c u l o
teatral, vertientes q u e se s u c e d e n y se intercalan p a r a
d a r r a z ó n del a c o n t e c i m i e n t o , l a c a t á s t r o f e q u e
r e p r e s e n t a la significación en el espacio escénico. Las
vertientes p r o c u r a n la aproximación a la semiótica
d e l e s p a c i o e s c é n i c o q u e e s el o b j e t o d e l a
investigación en el a f á n de abrir los c a m i n o s c e r r a d o s
en la semiótica tradicional e m p e c i n a d o s en
p e r m a n e c e r en el á r e a de la p u e s t a en e s c e n a y el
a c o p l a m i e n t o de l a s d r a m a t u r g i a s q u e e n r o l a n al
a c t o r , l a a c t r i z , el s o n i d o , l a e s c e n o g r a f í a , e t c .
Revisitadas por las n u e v a s tecnologías y las
p r o p u e s t a s "alternativas".
C a d a espectáculo tiene u n a lógica de combinación
irreductible a los códigos q u e se convierten e n m e r o
material que debe ser reagrupado según las va-
riaciones perceptivas y p u e d e n albergar s i s t e m a s d e
r e l a c i o n e s a b s t r a c t a s y formales. Si l a i m a g e n e s
c o n c r e t a , las relaciones de m o n t a j e f o r m a n r e d e s
inteligibles.
La experiencia d e la participación del e s p e c t a d o r
c o n f i g u r a u n l u g a r en el espacio escénico q u e se t r a -
d u c e e n la significación del espectáculo. P a r a llegar
114 Ana Goutman

a ella se r e q u i e r e a t e n d e r las o b s e r v a c i o n e s ,
reflexiones e invocaciones q u e el s u j e t o e s p e c t a d o r
r e c l a m a c o m o c e n t r o d e la s e m i ó t i c a q u e s e r e n u e v a .
No h a y u n t é r m i n o o p u n t o final e n l a significación
lograda, porque cada espectáculo y c a d a espectador
tienen recursos, historias que deben ser atendidas.
No h a y u n c u a d r o d e s i g n o s q u e s e a lo s u f i c i e n -
t e m e n t e e x h a u s t i v o , p o r q u e el l e n g u a j e , el e s p a c i o ,
l a geometría, el i n c o n s c i e n t e j u e g a n o p a r t i c i p a n d e
m a n e r a s i n g u l a r c o n c a d a n u e v o objeto.
Así como u n a investigación r e q u i e r e de u n m é t o d o
a f í n al objeto p a r a n o c a e r e n la l l a m a d a " i l u s t r a c i ó n "
del m é t o d o , d e la m i s m a m a n e r a el e s t u d i o d e u n
espectáculo requiere la asistencia de las fuerzas q u e
c o n m u e v e n y t r a s t o c a n la m i r a d a c o n v e n c i o n a l del
espectador.
Sin d u d a es u n a p u e s t a a la i n s e r c i ó n del
e s p e c t á c u l o t e a t r a l al á r e a d e l a s c i e n c i a s h u m a n a s
y sociales, así c o m o S a u s s u r e d e s a f í ó a los l i n g ü i s t a s
proponiendo u n a ciencia que a ú n n o desarrollada
i n t r o d u c í a a la lingüística e n u n a c a m p o d e f i n i d o p o r
el sello d e l a investigación científico-social y l a l l a m ó
semiología.
Los c o n t i n u a d o r e s d i e r o n v a r i a d a s s e ñ a l e s d e l
desarrollo de la semiología/semiótica pero con-
s i d e r a r o n q u e o b s e r v a r l a s s e ñ a l e s d e t r á n s i t o e r a el
p u n t o final d e e s a a v e n t u r a y d e c l a r a r o n el a c t a d e
d e f u n c i ó n d e l a ciencia c i t a d a .
Q u e f r a c a s e la m e m o r i a , d o n d e la m e m o r i a n o
h a b í a f r a c a s a d o p a r a n o volver a v e r lo m i s m o s i n o
reveer que es la m a n e r a de mirar q u e c o m p l e m e n t a
l a f r o n t a l i d a d a la q u e e s t a m o s h a b i t u a d o s .
Q u i e r o decir q u e h a y q u e a t e n d e r lo c a m b i a n t e .
El E s p a d o Escénico. Significación y Medios 115

lo q u e n o c o r r e s p o n d e a lo conocido lo q u e n o n o s d a
la r a z ó n . Por ello se t r a t a d e reveer.
C a d a nivel d e m u t a c i ó n d e los o b j e t o s e n v u e l v e
al a n t e r i o r y e s u n n u e v o s i s t e m a d e c o m u n i c a c i ó n .
H a y d o s lectores u n o q u e c o n s u m e l a a n é c d o t a
d e p á g i n a e n p á g i n a y otro q u e e s el lector simbólico
q u e s e p r e g u n t a a sí m i s m o , e s la n o t a del i n g r e s o al
i n c o n s c i e n t e , el t i e m p o n o e s u n a n t e s n i u n d e s p u é s
e s reversible.
La significación p e r m i t e u ofrece u n a c o n d i c i ó n
que es la crítica p a r a descifrar, t r a d u c i r , no
interpretar.
C o n v e n g a m o s q u e se t r a t a d e o t r a m a n e r a d e
p e n s a r - r e f o r m a s del e n t e n d i m i e n t o - q u e n o sólo el
espectáculo teatral está proponiendo, sino q u e se d a
en la investigación científica de la biología, la
m e d i c i n a , l a s m a t e m á t i c a s , el cine, e n u n s i n f i n d e
a c t i v i d a d e s q u e el s u j e t o e m p r e n d e c u a n d o n o s e
s i e n t e r e c o n o c i d o e n los d i s c u r s o s a t e m p o r a l e s e
h i s t ó r i c o s , m o r a l i z a n t e s o artísticos.
El E s p a c i o Escénico. Significación y Medios 117

La fotografías que reproducimos pertenecen a J o s é

Jorge Carreón y fueron t o m a d a s del programa de m a n o
editado por CONACULTA/INBA
118 Ana Goutman

A.4-,
El Espacio Escénico. Significación y Medios 119
120 Ana Goutman
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 El Espacio Escénico. Significadón y Medios,
editado por la Facultad de Ciencias Políticas y
Sociales, UNAM, se terminó de imprimir en
octubre del 2003. La composición se hizo en
Bookman Oíd Style 10.5/14.5. La impresión se
realizó en papel lustrolito semimate de 100 grs.
La edición estuvo a cargo de Comercial de
Impresos MB, Petróleos Mexicanos 11, Coyoacán.
El tiraje consta de 1,000 ejemplares
 E l Espacio Escénico. Significación y Med/os
Es una propuesta para multimedia pues reúne las vertientes que
articula un espectáculo teatral que da razón del acontecimiento, la
catástrofe que representa la significación en el espacio escénico de sala
yescena.
No hay un término o punto final en la significación lograda porque
cada espectáculo y cada espectador tienen recursos, historias que
reclaman. Quiero decir que hay que atender lo cambiante, Ío que no
corresponde a lo conocido, lo que no nos da la razón.
Es sin duda la Inserción del espectáculo teatral en el área de las
Ciencias Humanas y Sociales.

Ana Goutman e s doctora en Filosofía por la Facultad de Letras de

París, profesora-investigadora en la Facultad de Ciencias Políticas y
Sociales y en la Facultad de Filosofía y Letras de la Universidad Nacional
Autónoma de México.

Ha publicado:
Método y métodos. No teoría de los métodos, edición del autor,
1985.
Teatro y liberación. Instituto Nacional de Bellas Artes, 1992.
Premio Rodolfo Usigli.
Aventuras del sonido, Almagesto, Buenos Aires (A), 1994.
Hacia una teoría de la tragedia, realidad y ficción latinoamericana,
CECYDEL. UNAM11994.
Estudios para una semiótica del espectáculo, UNAM, 1995.
Artesanías lingüisticas- Notaciones sin clave. Siglo XXI, 2000.
Lenguaje y comunicación. Dirección General de Publicaciones y
Fomento Editorial, UNAM, 2000.

Qvsgyoa 211807
ISBN 9 7 0 - 3 2 - 1 1 8 0 - 1