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territorium 18, 2011, 99-107

journal homepage: http://www.nicif.pt/riscos/Territorium/numeros_publicados

AVALIAÇÃO DO RISCO DE INCÊNDIO EM CENTROS URBANOS ANTIGOS PARTE I – APLICAÇÃO DO MÉTODO DE ARICA AO 99
CENTRO HISTÓRICO DO FUNCHAL*

Rui Figueira
Serviço de Protecção Civil da Câmara Municipal do Funchal,
ra.figueira@gmail.com
João Paulo C Rodrigues
Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra,
jpaulocr@dec.uc.pt
António Leça Coelho
Laboratório Nacional de Engenharia Civil,
alcoelho@lnec.pt
RESUMO

Avaliação do risco de incêndio em centros urbanos antigos parte I – Aplicação do método de ARICA ao centro histórico
do Funchal - A diferente concepção e materiais usados nas construções antigas fazem com que estas apresentem um
risco de incêndio agravado. Tendo como objectivo avaliar o risco de incêndio do centro histórico do Funchal aplicaram-
se os métodos de Gretener e ARICA a alguns edifícios característicos. A aplicação dos métodos permitiu não só verificar
o risco de incêndio como detectar as diferenças entre os métodos.
Palavras-chave: risco, incêndio, método, centro, urbano, antigo.

RESUMEN

Evaluación del riesgo de incendio en centros urbanos antiguos parte I – Aplicación del método de ARICA en el centro
histórico de Funchal - El diseño y los materiales utilizados en los edificios antiguos hace que estés presentan un riesgo
de incendio agravado. Con el objetivo de evaluar el riesgo de incendio en el centro histórico de Funchal se aplicaron
los métodos de Gretener y ARICA a algunos edificios característicos. La aplicación de los métodos no solo permitió
comprobar el riesgo de incendio como detectar las diferencias entre los métodos.
Palabras-clave: riesgo, incendio, método, centro, urbano, antiguo.

RESUMÈ

Evaluation d’el risque de incendie de centres urbaines antique parte I – Application d’el méthode de ARICA al centre
historique de Funchal - La conception et les matériaux utilisés dans les bâtiments anciens les amène à avoir une risque
d’incendie aggravé. Dans le but d’évaluer le risque d’incendie du centre urbain antique de la ville de Funchal ont été
appliquées des méthodes de Gretener et ARICA à certains bâtiments caractéristiques. L’application des méthodes a
permis non seulement vérifier les risques d’incendie comme détecter les différences entre les méthodes.
Mot-clé: risque, le feu, la méthode, au centre-ville, en milieu urbain.

ABSTRACT

Fire Risk Assessment in Old Urban Areas part I – Application of the method of ARICA to the Historic Center of Funchal
- The different design and materials used in old buildings aggravated their fire risk. This situation introduces problems
of difficult solution to the old urban centers. With the aim of assessing the fire risk of the historic center of Funchal the
methods of Gretener and ARICA were applied to some characteristic buildings. The application of the methods allowed
not only to check the fire risk but also to detect the differences between the methods.
Keywords: risk, fire, method, center, urban, old.

* O texto deste artigo corresponde à comunicação apresentada ao II Congresso Internacional de Riscos e VI Encontro Na-
cional, tendo sido submetido para revisão em 08-06-2010, tendo sido aceite para publicação em 23-09-2010.
Este artigo é parte integrante da Revista Territorium, n.º 18, 2011, ® RISCOS, ISBN: 0872- 8941.
RISCOS - Associação Portuguesa de Riscos, Prevenção e Segurança

Introdução A fórmula de base deste método é dada pela seguinte


equação:
Os centros urbanos antigos das cidades Portuguesas podem P
B=
ser definidos como locais constituídos por edificações M
que apresentam algum interesse histórico-cultural e onde:
também por edificações de menor interesse ou mesmo
B – factor de exposição ao perigo de incêndio
100 construções mais recentes. Os centros urbanos antigos
podem ser caracterizados por ruas estreitas, sinuosas P – factores de perigo potencial
e / ou com grande declive, edificações contíguas, com
M – factores de protecção
aberturas muito próximas e coberturas à mesma altura,
edificações essencialmente de cariz residencial com Com base em critérios adoptados por este método, a
pequenos comércios familiares em geral no R/C, presença fórmula anterior passa a figurar o seguinte aspecto:
de edifícios devolutos e deteriorados, divisórias verticais q.c.r.k. i.e.g. P
B= =
e horizontais em materiais combustíveis, existência N.S.F. N.S.F.
de caves e sótãos de acesso restrito ou dificultado, Tendo os factores o significado indicado no QUADRO I:
aberturas grandes em relação ao pé-direito, ligações de QUADRO I – significado dos factores do perigo potencial e de
energia eléctrica e de gás antigas e sem manutenção, protecção

hidrantes e bocas-de-incêndio insuficientes, inexistentes Factor Designação dos perigos Atribuição


ou com pouca pressão de água, ausência de sistemas de q Carga de incêndio mobiliária Perigos
detecção de incêndio e alarme, parcela considerável da c Combustibilidade inerentes
população residente idosa e destreinada para tomar as r Formação de fumo ao
decisões acertadas em situação de sinistro, edificações k Perigo de corrosão/toxicidade conteúdo
abandonadas, estacionamento indiscriminado de I Carga de incêndio imobiliária Perigos
carros particulares ao longo das vias, coexistência de E Nível do andar ou altura do local inerentes
edificações construídas em diferentes épocas históricas g Amplidão dos compartimentos ao
e falta de consciencialização da população quanto ao de incêndio e sua relação edifício
risco de armazenagem de materiais combustíveis em comprimento/largura
locais de pouco acesso e limpeza.

Nesta primeira parte do artigo, sobre o risco de incêndio O risco de incêndio efectivo R resulta do valor de
em centros urbanos antigos, faz-se a aplicação dos exposição ao perigo B multiplicado pelo factor de perigo
métodos de Gretener e ARICA ao centro urbano antigo de activação A, ilustrado da seguinte forma:
P
da cidade do Funchal. Para além da avaliação do risco R = B.A = .A
de incêndio, fez-se a comparação entre os métodos N.S.F.
detectando as suas potencialidades e debilidades. Para definir o risco de incêndio admissível o método
propõe partir de um “risco normal” e introduzir um
factor de correcção tendo em conta o perigo para as
Métodos de Gretener e ARICA pessoas.

Ru = Rn . PHE
Breve descrição do Método Gretener onde:

O objectivo deste método é a avaliação quantitativa Ru - risco de incêndio admissível


do risco de incêndio. Este método pressupõe que Rn = 1,3 – risco de incêndio normal
sejam “observadas as regras gerais de segurança, tais
como distâncias de segurança entre edifícios vizinhos e PHE - factor de correcção do risco normal em função
sobretudo as medidas de protecção das pessoas como do número de pessoas e do nível do andar
saídas de evacuação, iluminação de segurança, etc., em que:
bem como as prescrições correspondentes às instalações
técnicas. Tais medidas não podem ser substituídas por PHE <1 para perigo de pessoas acrescido
quaisquer outras.” (LEMOS e NEVES, 1987). PHE = 1 para perigo de pessoas normal
Este método, face aos parâmetros considerados, faz PHE > 1 para perigo de pessoas reduzido
a distinção entre perigos potenciais e medidas de
protecção, sendo que os factores que constituem A verificação da segurança contra incêndio é feita
o primeiro favorecem, e do segundo dificultam o comparando-se o risco de incêndio efectivo R com o
desenvolvimento dos incêndios. risco de incêndio admissível Ru, sendo suficiente quando
o primeiro não é superior ao segundo, ou seja:
territorium 18

Ru ≥ R Instalações de gás (FIG);

Esta condição exprime-se através do conceito de • Natureza das cargas de incêndio mobiliárias (FNCI).
“segurança contra incêndio γ”:
Do FGDPI fazem parte os seguintes factores parciais:
γ = Ru ≥ 1
• Conteúdo do edifício – Cargas de incêndio mobiliárias (FCI);
R 101
• Compartimentação corta-fogo (FCCF);
Se γ<1, significa que o edifício ou o compartimento de
• Detecção, alarme e alerta de incêndio (FDI);
incêndio está insuficientemente protegido contra incêndio.
• Equipas de segurança (FES);

Breve descrição do Método de ARICA • Propagação pelo exterior – Afastamento entre vãos
sobrepostos (FAV).
Sendo o método ARICA, comparativamente ao Gretener,
Quanto ao terceiro factor global, o FGEE, é constituído
muito menos conhecido das pessoas em geral, efectua-se
pelos seguintes parciais:
uma breve descrição do mesmo (FERNANDES, 2006).
• Largura dos diversos elementos dos caminhos de
O método assenta no princípio que os edifícios situados
evacuação (FL);
nos centros urbanos antigos não podem possuir um grau
de risco superior ao dos edifícios recentes. Esse princípio • Distância a percorrer nas vias de evacuação (FDVE);
assenta nos seguintes fundamentos:
• Número de saída dos locais (FNSL);
• Por viverem num centro urbano antigo, as pessoas não
• Inclinação das vias verticais de evacuação (FIVE);
podem ser sujeitas a riscos superiores, do ponto de
vista da segurança ao incêndio; e • Protecção das vias de evacuação (FPV);

• Os centros urbanos antigos representam para o • Controlo de fumo das vias de evacuação (FCF);
imaginário colectivo uma importância que excede,
• Sinalização e iluminação de emergência (FSI);
muitas vezes, a dos edifícios novos, pelo que devem
ser criadas condições de os preservar. • Detecção, alarme e alerta de incêndio (FDI);

Assumindo estes princípios, as exigências consideradas • Equipas de segurança (FES);


para os novos edifícios serviram para definir o limiar de
• Realização de exercícios de evacuação (FEE).
risco admissível para os edifícios existentes (Factor de
Risco de Incêndio – FRI). Este limiar de risco é comparado Quando ao Factor Global de eficácia, o FGCI é constituído
com um Factor de Risco de Referencia (FRR), o qual é pelos seguintes factores parciais:
determinado a partir de três factores globais de risco e
• Acessibilidade ao edifício (FAE);
de um factor global de eficácia.
• Hidrantes exteriores (FHE);
Os factores globais de risco e o factor global de eficácia
são os seguintes: • Fiabilidade da rede de alimentação de água (FF);

• Factor Global de Risco associado ao início de incêndio • Extintores (FEXT);


(FGII);
• Redes de incêndio armadas (FRIA);
• Factor Global de Risco associado ao desenvolvimento e
• Colunas secas ou húmidas (FCS/H);
propagação do incêndio no edifício (FGDPI);
• Sistemas automáticos de extinção (FSAE);
• Factor Global de Risco associado à evacuação do
edifício (FGEE); Destes quatro factores globais resulta o FRI, através da
seguinte expressão:
• Factor Global de Eficácia associado ao combate ao
incêndio (FGCI). FRI = (1,2xFGII) x (1,1xFGDPI) x FGEE x FGCI

Por sua vez, cada factor global é constituído por diversos Comparando-se o FRI com o FRR obtém-se o risco de
factores parciais. No caso do FGII, é constituído pelos incêndio:
seguintes factores parciais: FRI
Risco de Incêndio =
FRR
• Estado de conservação da construção (FEC);
O FRR é tabelado, tomando o valor 1,3 para os edifícios
• Instalações eléctricas (FIEL); correntes e 1,95 para os edifícios industriais, armazéns,
bibliotecas e arquivos.
RISCOS - Associação Portuguesa de Riscos, Prevenção e Segurança

Se o risco de incêndio for inferior ou igual a 1 significa tipo dos edifícios do centro histórico do Funchal. Com esta
que o edifício não apresenta problemas assinaláveis em escolha, será mais fácil iniciar-se uma caracterização do
termos da segurança ao incêndio. risco de incêndio de forma mais genérica do restante
edificado com base na sua ocupação, volumetria e
Se o risco for superior a 1, terão que ser adoptadas
utilização.
medidas para melhorar a segurança ao incêndio no
102 edifício. O centro histórico do Funchal é conhecido como uma
zona comercial e de serviços com poucos edifícios de
habitação, com uma grande ocupação diurna e quase
Potencialidades e diferenças dos Métodos de Gretener
desertificado à noite. No quarteirão em análise não é
e de ARICA
conhecida a habitação de pessoas de forma permanente.

O método ARICA é mais abrangente que o de Gretener As lojas, escritórios, restaurantes e bares, existentes
embora este último seja de mais fácil aplicação. O neste “centro comercial e de serviços” da cidade,
método de Gretener supõe à partida que o edifício a são predominantemente de pequenas dimensões. O
ser analisado garante as regras gerais de segurança, tais quarteirão da zona em análise possui acesso automóvel
como as medidas de protecção das pessoas, as saídas de condicionado, com a possibilidade de circulação de
evacuação, a iluminação de emergência ou até mesmo que viaturas ao início da manhã para cargas e descargas.
são verificadas as prescrições das instalações técnicas. Os bombeiros possuem chaves dos pontos de acesso
condicionados pela existência de pinos amovíveis.
Sabendo-se de antemão que a realidade dos centros
urbanos antigos, quanto ao risco de incêndio associado, • Loja de pronto-a-vestir
resulta da não verificação das medidas de segurança
Esta loja trata-se de um estabelecimento comercial típico
contra incêndios, a aplicação do método de Gretener
no centro do Funchal, de reduzidas dimensões, ocupando
impõe que algumas medidas sejam verificadas ou, em
o piso do rés-do-chão de um edifício de 3 pisos, estando
último caso adaptadas, embora a realidade existente
os restantes pisos devolutos ou desocupados (fig. 1).
não o permita, pelos mais variados motivos. O método de
Gretener pode ser considerado como mais permissivo na
escolha dos parâmetros a considerar para as diferentes
situações do que o ARICA.

O método ARICA tende a abranger a totalidade das regras


gerais de segurança. Por esse facto torna mais complexa
a sua aplicação, obrigando a conhecer uma realidade
profunda das condições do edifício. Desde as condições
de manutenção geral do edificado até às medidas de
auto-protecção que este método pretende verificar.

Casos de Estudo
Fig. 1 – Loja de pronto-a-vestir.

O Decreto Legislativo Regional nº 21/86/M, de 2 de Este estabelecimento está inserido num edifício que se
Outubro, classificou a zona antiga da cidade do Funchal caracteriza por uma construção com paredes em alvenaria
como conjunto arquitectónico de valor regional e impôs de pedra, as quais também servem de separação para
os seus limites. Os edifícios analisados situam-se no os edificios vizinhos, com os pavimentos de separação
Núcleo Histórico da Sé (FIGUEIRA, 2008). entre os diversos pisos em soalho tradicional de madeira
assente em vigas de madeira. Possui um tecto falso em
Os quatro edifícios analisados, e que se identificam de placas de gesso cartonado pintado, em toda a sua área.
imediato, podem ser considerados como típicos dos As paredes entre os edifícios vizinhos são rebocadas e
núcleos históricos do Funchal: pintadas enquanto as paredes divisórias são em alvenaria
• Loja de pronto-a-vestir à Rua da Queimada de Cima; de betão, rebocadas e pintadas. As caixilharias de janelas
e portas são em alumínio. A cobertura é revestida a telha
• Tipografia à Rua da Queimada de Cima; cerâmica assente em estrutura de madeira.
• Ourivesaria à Rua da Queimada de Cima; As medidas activas existentes caracterizam-se por um
• Edifício de escritórios à Rua do Bispo. sistema automático de detecção de incêndio, sem linha
telefónica dedicada, extintores portáteis e iluminação e
A escolha destes edifícios recaiu no facto de serem sinalização de emergência.
representativos da tipologia, volumetria e utilizações-
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• Tipografia de madeira. As paredes de separação com os edificios


vizinhos são em alvenaria de pedra interiormente
Trata-se de um estabelecimento antigo, com paredes
rebocadas e pintadas. O estabelecimento comercial do
exteriores em alvenaria de pedra, as quais são
R/C possui um tecto falso em placas de gesso cartonado
interiormente rebocadas e pintadas e servem de
pintado.
separação para os edificios vizinhos. O edifício não possui
quaisquer paredes divisórias interiores (figs. 2 e 3). Todos
103
os pavimentos são em madeira e as portas e caixilharia
das janelas da fachada são em alumínio. A cobertura
é revestida a telha cerâmica apoiada em estrutura de
madeira. A escada que liga os três pisos é de estrutura
metálica de reduzidas dimensões.

Fig. 4 – Vista do alçado frontal da ourivesaria.

Os pavimentos de separação da ourivesaria são em


Fig. 2 – Alçado (esquerda) e zona de laboração no Piso 0 (direi-
ta) da Tipografia Comercial. madeira, sem qualquer tipo de tecto falso. As paredes
interiores divisórias são em tabique pintadas enquanto a
estrutura do telhado é em madeira. O revestimento do
telhado é em telha cerâmica.

A loja não possuía quaisquer medidas normais ou


especiais, tais como sistema de detecção, extintores ou
outros.

• Edifício de escritórios

Este edifício de escritórios é classificado de interesse


público e constitui um dos ex-líbris do Funchal (fig.
5). O edifício é composto por dois corpos, um inferior
de três pisos com grande desenvolvimento em planta,
e um superior de reduzidas dimensões em planta com
três pisos. Este edifício é um dos mais altos do núcleo
Fig. 3 – Piso 2, onde se situam os arrumos (esquerda) e o seu histórico da Sé.
acesso (direita).
Este edifício é representativo de algumas pequenas
indústrias que existem há décadas no núcleo histórico.
Quanto ao tipo de carga de incêndio foi possível definir
três zonas distintas, definidas como armazém de
imprensa, oficina tipográfica de imprensa e zona de
embalagem.

Este estabelecimento possui um sistema automático de


detecção de incêndio, sem linha telefónica dedicada,
extintores portáteis e iluminação e sinalização de
emergência.

• Ourivesaria

Este estabelecimento, uma ourivesaria de pequenas


dimensões, ocupa os pisos 1, 2 e 3 de um edifício, que
apresenta uma ocupação distinta no piso 0 (fig. 4). O Fig. 5 – Vista exterior do edifício de escritórios (Palácio dos
Ornelas).
acesso é feito através de escada de tiro. Os pavimentos
do edifício são em soalho tradicional apoiados em vigas
RISCOS - Associação Portuguesa de Riscos, Prevenção e Segurança

O piso 0 é independente dos restantes pisos. A este nível pressão e caudal, que segundo a mesma fonte, apresenta
existem duas lojas, não consideradas neste estudo. uma pressão de 10 Bar.

Em 1992, o edifício foi totalmente remodelado, com a Face ao facto da fiabilidade não poder ser comprovada
demolição da cobertura e pavimentos, ficando somente com acesso a valores estatísticos, o valor assumido para
as paredes exteriores. As obras realizadas promoveram a o factor n3 foi 0,9.
construção de lajes e escadas em betão armado, amarradas
104 Para a determinação do valor do factor s3 considerou-
às paredes exteriores em alvenaria de pedra. Os pavimentos
se a existência de um corpo de bombeiros da categoria
são revestidos a madeira ou mosaico cerâmico.
7, definindo-se o seu valor como 1,60. O Funchal
Todos os tectos das zonas comuns e escritórios são possui duas corporações distintas e relativamente
rebocados e pintados. próximas, os Bombeiros Municipais do Funchal (BMF) e
os Bombeiros Voluntários Madeirenses (BVM). Os BMF
As paredes divisórias interiores são em alvenaria de
são uma corporação que conta com 124 elementos,
betão, rebocadas e pintadas.
todos profissionais, e os BVM uma corporação mista,
A cobertura encontra-se revestida a telha cerâmica, com um número semelhante de bombeiros, dos quais
assente sobre sub-telha em fibrocimento, apoiada numa sensivelmente 50% são profissionais. Os meios existentes
estrutura em perfis de aço. nos BMF e BVM foram considerandos suficientes para
considerá-los na categoria 7.
As caixilharias exteriores, portas e janelas, são em
madeira pintada, incluindo os aros e as forras. Face à proximidade das corporações, o tempo estimado
de chegada à zona é inferior a 15 minutos, adoptando-se
Os escritórios em todos os pisos são de área inferior a
assim o factor s4 com um valor de 1,0.
100 m2, separados por paredes de alvenaria de betão.
A escada interior é não enclausurada encerrando no seu A distância dos vários edifícios em análise às bocas-de-
interior o elevador. Este edifício não possui quaisquer incêndio ou marcos de incêndio mais próximos é variável
medidas normais ou especiais de segurança contra mas nunca superior a 100m, sendo adoptado o valor 0,95
incêndio importantes. ou 1,00 para o factor n4.

Em todos os casos verificou-se a inexistência de formação


Parâmetros considerados em cada método do pessoal, sendo adoptado o valor 0,80 no factor n5.

Sempre que na descrição dos cálculos referentes


Método de Gretener
aos vários edifícios se faz referência a medidas
normais, especiais e de construção, elas
Parâmetros comuns aos vários casos de estudo
correspondem às consideradas pelo método de
Gretener.
Neste ponto são apresentados os valores dos parâmetros
comuns aos vários casos sendo os valores dos parâmetros
específicos apresentados nos pontos seguintes. Parâmetros específicos dos vários casos de estudo

Nas medidas normais, o factor n3, referente à fiabilidade


Os QuadroS II a XIV apresentam os valores dos factores dos
do sistema de abastecimento de água, foi considerado
perigos potenciais e os restantes factores das medidas de
igual a 0,9. A rede de distribuição pública de água
protecção ainda não definidos para cada um dos edifícios
que abastece os três núcleos históricos foi totalmente
estudados.
remodelada nos últimos 2 anos, sendo as condutas
novas em ferro fundido. O abastecimento desta rede • Loja de pronto-a-vestir
é feito por gravidade, através de um reservatório de
8000 m3. Segundo fonte do Departamento de Água e
QUADRO II – factores dos perigos potenciais da loja de
Saneamento Básico da Câmara Municipal do Funchal
pronto-a-vestir
(CMF), são garantidas pressões na ordem dos 7 Bar
Carga de incêndio Mobiliária ( q ) 1,30
(0,7 kPa) na zona de análise e condições de caudal
Combustibilidade ( c ) 1,20
elevadas. Segundo a mesma fonte, o caudal extraído
Perigo de fumo ( r ) 1,00
dos marcos de incêndio é condicionado pelas suas Perigos
Perigo de corrosão ( k ) 1,00
características e não pela rede de distribuição pública. potenciais
Carga de incêndio imobiliária ( i ) 1,10
O reservatório não possui qualquer reserva exclusiva Nível do piso ( e ) 1,00
para incêndios. Amplidão de superfície ( g ) 0,40
Além desta rede, existe uma outra denominada “rede de
alta pressão”, com melhores características a nível de
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QUADRO III – resumo dos restantes factores da loja de QUADRO VII – resumo dos restantes factores da ourivesaria.
pronto-a-vestir.
Variantes
Variantes 1 2
1 2 Extintores Portáteis (n1) 0,90 1,00
Medidas Bocas-de-incêndio (n2) 0,80 --------
Extintores Portáteis (n1) 1,00 0,90
Normais Formação dos funcionários
----- 0,80 1,00
Medidas 0,80 (n5)
Bocas-de-incêndio (n2) --- 105
Normais Detecção de incêndio (s1) 1,00 1,45
----- Medidas de Medidas Transmissão de alarme (s2) 1,00 1,20
0,80
Formação funcionários (n5) --- Protecção especiais Extinção automática (s5) 1,00 --------
Detecção de incêndio (s1) 1,45 1,00 Desenfumagem (s6) 1,00 --------
----- Resistência da estrutura (f1) 1,00 --------
1,00
Medidas de Transmissão de alarme (s2) --- Medidas de Resistência da fachada (f2) 1,10 --------
Medidas
Protecção ----- construção Separação entre pisos (f3) 1,00 --------
especiais 1,00 Células corta-fogo (f4) 1,00 --------
Extinção automática (s5) ---
-----
1,00
Desenfumagem (s6) --- • Edifício de escritórios
Resistência da estrutura (f1) 1,20 1,00
QUADRO VIII – factores dos perigos potenciais do edifício de
Medidas de Resistência da fachada (f2) 1,10 1,00 escritórios.
construção Separação entre pisos (f3) 1,15 1,00
Carga de incêndio Mobiliária (q) 1,60
Células corta-fogo (f4) 1,20 1,00
Combustibilidade (c) 1,20
Perigo de fumo (r) 1,00
• Tipografia Perigos potenciais Perigo de corrosão (k) 1,00
Carga de incêndio imobiliária (i) 1,10
QUADRO IV – factores dos perigos potenciais da tipografia.
Nível do piso (e) 1,95
Carga de incêndio Mobiliária (q) 1,90 Amplidão de superfície (g) 0,40
Combustibilidade (c) 1,60 QUADRO IX – resumo dos restantes factores do edifício de
Perigo de fumo (r) 1,20 escritórios.

Perigos potenciais Perigo de corrosão (k) 1,00 Variantes


Carga de incêndio imobiliária (i) 1,20 1 2
Nível do piso (e) 1,30 Extintores Portáteis (n1) 0,90 1,00
Amplidão de superfície (g) 0,40 Medidas Bocas-de-incêndio (n2) 0,80 1,00
Normais Formação dos funcionários
0,80 1,00
QUADRO V – resumo dos restantes factores da tipografia. (n5)
Variantes Detecção de incêndio (s1) 1,00 1,45
1 2 Medidas Medidas Transmissão de alarme (s2) 1,00 1,20
Extintores Portáteis (n1) 1,00 0,90 de Protec- especiais Extinção automática (s5) 1,00 --------
Medidas
Bocas-de-incêndio (n2) 0,80 -------- ção Desenfumagem (s6) 1,00 --------
Normais
Formação dos funcionários (n5) 0,80 -------- Resistência da estrutura
Detecção de incêndio (s1) 1,45 1,00 1,20 --------
(f1)
Medidas Transmissão de alarme (s2) 1,00 -------- Medidas de
Medidas de Resistência da fachada (f2) 1,10 --------
especiais Extinção automática (s5) 1,00 -------- construção
Protecção Separação entre pisos (f3) 1,15 --------
Desenfumagem (s6) 1,00 --------
Células corta-fogo (f4) 1,20 --------
Resistência da estrutura (f1) 1,20 1,00
Medidas de Resistência da fachada (f2) 1,10 1,00
construção Separação entre pisos (f3) 1,15 1,00 Método de ARICA
Células corta-fogo (f4) 1,20 1,00

Parâmetros comuns aos vários casos de estudo


• Ourivesaria
QUADRO VI – factores dos perigos potenciais da ourivesaria. Na aplicação do método de ARICA, alguns factores
parciais revelaram valores idênticos em todos os casos
Carga de incêndio Mobiliária ( q ) 1,40
analisados, nomeadamente FIG, FES, FNSL, FAE, FHE e FF.
Combustibilidade ( c ) 1,20
O factor parcial das instalações de gás (FIG) apresenta
Perigo de fumo ( r ) 1,00
P e r i g o s um valor 1,0 visto que nenhuma das edificações possui
Perigo de corrosão ( k ) 1,00
potenciais qualquer instalação deste tipo.
Carga de incêndio imobiliária ( i ) 1,20
Nível do piso ( e ) 1,65 No caso do factor parcial das equipas de segurança, FES,
Amplidão de superfície ( g ) 0,40 como nenhum dos edifícios possui equipas de segurança,
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ou qualquer funcionário com formação adequada de • Tipografia


combate a incêndios, o valor é igual a 2,0. QUADRO XI – valores dos restantes factores da tipografia.

Os factores parciais relacionados com a localização e as Variantes Variantes Variantes


vias de acesso, casos FAE, FHE e FF possuem igualmente 1 2 1 2 1 2
valores iguais em todos os casos analisados. O factor FAV 1 1 FDVE 1,49 1,49 FL 1,05 1,05
parcial referente à acessibilidade ao edifício (FAE), face FC 1,1 1,1 FEC 1,1 1,1 FNCI 1,83 1,83
106
FCCF 1,33 1,33 FEE 2 1 FNSL 1 1
à localização do quarteirão em análise e às dificuldades
FCF 1 1 FES 2 1 FPV 1 1
impostas pelos arruamentos que os servem, foi considerado
FCI 0,42 0,42 FEXT 1 1 FRIA 1,3 1
igual a 1,5. Quanto aos hidrantes exteriores (FHE), em
FCS/H 1,5 1,5 FIEL 1 1 FSAE 2 1
nenhum dos casos estão a distâncias regulamentares, mas
FDI 1 1 FIVE 1 1 FSI 2 1
sim entre os 70 e 100m, considerando-se para este factor
parcial o valor de 1,2. Tal como já adiantado na aplicação
A segunda variante apresenta cinco factores parciais
do Método de Gretener, não existem dados da fiabilidade
distintos da situação existente (QUADRO XI). A previsão
da rede de abastecimento de água (FF), sendo adoptado
de equipas de segurança e a realização de exercícios
nestes casos para o ARICA o valor 1,0.
de evacuação garante aos factores FEE e FES o valor 1,0.
Quanto ao factor referente ao número de saídas dos locais Os restantes factores dizem respeito à montagem de
(FNSL), embora os edifícios apresentem características sinalização e iluminação de emergência (FSI), instalação uma
distintas e, em alguns casos, as distâncias a percorrer até rede de incêndio armada (FRIA) e dum sistema automático de
alcançar uma via de evacuação segura ou o exterior são extinção a água (FSAE). Estes 3 factores passam a ter o valor
superiores ao regulamentar, para o efectivo calculado 1,0, porque não existem os meios no edifício actualmente.
nos vários casos o número de saídas dos locais nunca foi
• Ourivesaria
condicionante, obtendo-se o valor 1,0.
QUADRO XII – valores dos restantes factores da ourivesaria.

Variantes Variantes Variantes


Parâmetros específicos dos vários casos de estudo
1 2 1 2 1 2
FAV 1 1 FDVE 1 1 FL 1 1
Nos pontos seguintes apresentam-se todos os
FC 1,1 1 FEC 1,1 1,1 FNCI 1 1
restantes factores parciais do método, os quais são
FCCF 1,5 1,5 FEE 1 0,5 FNSL 1 1
apresentados sob a forma de Quadros, sendo possível
FCF 1 1 FES 2 1 FPV 1 1
visualizar igualmente as diferenças entre as duas
FCI 1,19 1,19 FEXT 1,2 1 FRIA 1 0,8
variantes.
FCS/H 1 1 FIEL 1,5 1 FSAE 1 1
• Loja de pronto-a-vestir FDI 1,2 0,5 FIVE 1 1 FSI 2 1

QUADRO X – valores dos restantes factores da loja de


pronto-a-vestir. Das alterações evidenciadas, prevê-se a instalação de
Variantes Variantes Variantes extintores portáteis (FEXT), que na situação existente são
inexistentes, e a adequação das instalações eléctricas (FIEL)
1 2 1 2 1 2
que se encontram em mau estado de conservação, como
FAV 1 1 FDVE 1 1 FL 1 1
exigências regulamentares (QUADRO XII). Os factores FDI,
FC 1 1 FEC 1 1 FNCI 1 1
FEE e FRIA, obtiveram valores inferiores a 1 porque apesar
FCCF 1,5 1,5 FEE 1 1 FNSL 1 1
de serem previstos o regulamento não o exige. O factor
FCF 1 1 FES 2 1 FPV 1 1
de correcção (FC) é alterado, porque passamos duma
FCI 1 1 FEXT 1 1 FRIA 1 1
situação em que não estão garantidas todas as exigências
FCS/H 1 1 FIEL 1 1 FSAE 1 1
regulamentares para uma situação regulamentar.
FDI 1 0,5 FIVE 1 1 FSI 1 1
• Edifício de escritórios
As diferenças, entre as duas variantes resumem-se aos QUADRO XIII – valores dos restantes factores do edifício de
escritórios.
factores FDI e FES (QUADRO X). O primeiro diz respeito
à detecção de incêndio, que não sendo exigível Variantes Variantes Variantes
regulamentarmente, na variante 1 o valor é 1,0, pelo que 1 2 1 2 1 2
FAV 1,05 1,05 FDVE 2 2 FL 1 1
ao prever-se a instalação de um SADI, o método prevê o
FC 1,2 1,2 FEC 1 1 FNCI 1 1
valor de 0,5. Quanto ao factor parcial FES ao prever-se
FCCF 1 1 FEE 2 1 FNSL 1 1
uma equipa de segurança o seu valor passa a 1,0.
FCF 2 2 FES 2 1 FPV 1,67 1,67
FCI 1,19 1,19 FEXT 1,2 1 FRIA 1,3 1
FCS/H 1 1 FIEL 1 1 FSAE 1 1
FDI 2 1 FIVE 1,05 1,05 FSI 2 1
territorium 18

Este edifício, apesar de encerrar inúmeras situações não Conclusões


regulamentares, não permite uma fácil implementação
de medidas correctivas de segurança contra incêndio. O método de Gretener, apesar das suas potencialidades,
Os factores alterados resumem-se à previsão de um SADI tem limitações que não podem ser ignoradas e que são
(FDI), realização de exercícios de evacuação (FEE), criar mais evidentes quando aplicado aos centros urbanos
equipa de segurança (FES), instalar extintores portáteis antigos, pois foi pensado para edifícios industriais. As suas
(FEXT), montagem de rede de incêndios armada (FRIA) e limitações, quando aplicado aos edifícios situados nestes 107
colocação de sinalização e iluminação de emergência centros, decorrem da ausência de diversos factores
(FSI) (QUADRO XIII). Todas as restantes medidas com influência decisiva no risco. Nota-se a ausência
regulamentares exigíveis são inexequíveis devido às dum factor que faça intervir o estado de conservação
condicionantes arquitectónicas do edifício. do edifício, o estado das instalações, a possibilidade de
propagação do incêndio entre os edifícios, etc.

Análise dos valores de risco de incêndio obtidos No que concerne ao método ARICA a sua principal
insuficiência reside na não consideração da possibilidade
de propagação do incêndio entre edifícios vizinhos e nos
Valores de risco de incêndio valores adoptados para alguns dos factores.

A aplicação do método de Gretener à tipografia e a


Os valores de riso de incêndio obtidos pelos métodos de
ourivesaria, levou a que tivesse que ser instalado nestes
Gretener e de ARICA constam da QUADRO XIV:
estabelecimentos, extintores portáteis e sistemas
QUADRO XIV – factores de risco incêndio obtidos. de detecção como medida para alcançar a desejada
Variante 1 Variante 2 segurança contra incêndio. Na tipografia foi ainda
Gretener ARICA Gretener ARICA necessário considerar novas medidas de construção.
Loja de pronto-a-vestir 4,29 1,91 1,39 1,04
No método de ARICA, nos casos estudados, exceptuando
Tipografia 0,50 2,44 1,13 1,05
a loja pronto-a-vestir, foi necessário prever medidas
Ourivesaria 0,74 3,30 1,80 1,00
adicionais de segurança contra incêndio, para além
Edifício de escritórios 1,30 4,65 3,92 1,70
das existentes. Nestas destacam-se a formação dos
funcionários em combate a incêndios, a realização de
Comentário dos resultados obtidos
exercícios de evacuação e a colocação duma rede de
incêndios do tipo carretel. No edifício de escritórios e na
Os resultados obtidos para cada um dos casos analisados
ourivesaria foram ainda instalados extintores portáteis,
chegam a ser tão distintos quanto os dois métodos
enquanto na tipografia foi prevista a instalação dum
utilizados. O caso mais notório das discrepâncias nos
sistema automático de extinção de incêndios por água.
resultados obtidos pelos dois métodos é claramente o
edifício de escritórios. No método de Gretener a situação A finalizar refere-se que os resultados obtidos, a partir dos
actual é considerada satisfatória, obtendo-se um valor métodos de Gretener e de ARICA, permitiram identificar
superior ao mínimo previsto para garantir um risco de diferenças entre eles. O primeiro é menos abrangente nas
incêndio aceitável. Na aplicação do método de ARICA, várias valências da segurança contra incêndio, enquanto
prevendo-se todas as medidas consideradas exequíveis, o segundo considera na sua formulação praticamente
o valor não se aproximou do mínimo para se considerar o todos os aspectos que influenciam o risco de incêndio.
risco de incêndio aceitável.

Através da aplicação do Método de Gretener, na Referências bibliográficas:


tipografia e na ourivesaria, a segurança contra incêndio
era insuficiente, enquanto os restantes dois casos o valor LEMOS, A. M. T. e NEVES, I. C. (1987) – “Avaliação do Risco
era suficiente. Sem surpresas, pelo Método ARICA todos de Incêndio. Método de Cálculo”. Universidade
os casos estudados apresentam necessidade de melhorias Técnica de Lisboa. Lisboa, Portugal.
na segurança contra incêndio do edifício. Embora
FERNANDES, A. M. S. (2006) – “Segurança ao Incêndio em
os resultados obtidos no ARICA fossem os esperados,
Centros Urbanos Antigos”. Dissertação para
visto tratar-se de edificações que não cumprem as
Mestrado, Departamento de Engenharia
prescrições regulamentares, o mesmo não se verificou
Civil da Universidade de Coimbra. Coimbra,
com os resultados obtidos pelo Gretener. O caso mais
Portugal;
paradigmático foi o do edifício de escritórios, pois apesar
de ser um edifício de seis pisos, sem qualquer medida FIGUEIRA, R. A. F. (2008) – “Avaliação do Risco de Incêndio
passiva ou activa de protecção, a aplicação do Gretener em Centros Urbanos Antigos”. Dissertação para
resultou na obtenção dum risco de incêndio aceitável. Mestrado, Departamento de Engenharia Civil da
Universidade de Coimbra. Coimbra, Portugal.

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