TRANSITOS V DEMORAS

E S B O Z O S S O B R E E L Q U E H A C E R ARQUITECTÓIVICO

Carlos Mijares Bracho

INSIIIir» S l l ' I . I t l O K D l i Alíyi ITÜCTl li A V D I S I I V O , \ C .

C a r l o s M i j a r e s B r a c h o lunió e u l a ( l i n d a d d e Mé-
x i c o e i i 1 9 3 0 . Realizó s u s e s t u d i o s p r o f e s i o u a l e s e n l a
entonces liscuela d ej\rqiiiteciut"a d e la l NWI. Desde
1 9 5 4 . h a s i d o p r o l e s o r lanío c u l a p r o ] ) i a l u¡\d
N a c i o n a l c o m o e u d i v e r s a s i n s i i i u c i o n e s d e educación
s u [ ) e r i o r e n México y e u e l e x t r a t i j e r o . C i i e n T a c o n u n a
o b r a s i f ^ f i c a i i v a e u d i v e r s o s luiíares d e l p a í s — ¡ ) r i i i -
c i | t a l i u e n i e c u e l e s t a d o d e Miclioaeáu— y s e h a s i n -
g u l a r i z a d o | ) o i ' s u o r i g i n a l utilización d e l lal)i<¡iie, así
c o m o p o r s u a m p l i o conocituieruo y aprecio de los sis-
t e m a s cousiru{i¡\(i-> i i a d i c i o n a l e ^ . I l a p n h i l i c a d o n i u n e -
i'OHos aitú'iilos e n n m . ' i i a s t ^ s p e e i a l i z a d a s u a c i o u a l e s e
inleiiiacionalcí^ \a e s c r i t o v a i i o . s l i b r o s . , e i U i e I n s i p i e
d e s t a c a n Aninllrrlnm de nnrslro tiempo (lleirero.
Móxico, Vr\).S<,!, Ángel [VMo. México. 1 9 0 ? ) x La
Pefdtera. sahiiliiría (lerati/ada (i.!ui\'er'si(lad d e C o -
l i m a . México. 2 ( H ) { ) ) . Taiuhiéii l i a n a p a j c c i i l o CarloH
Mijares, lieiiijxi volras cousimceiones (SouLosur. C o -
l o m b i a . 1 9 8 9 ) V C(u-losMijares (Ministerio de F o m e n -
t o , España. 2 ( ) ( ) ( ) ) d e d i c a d o s a s u o b r a . K s Académico
luiiérilo d e l a . A c a d e m i a N a c i o n a l d e A t ( | u i i i - { : i i i r a v
( l i < ' a d o r Kmérito d e l S i s t e m a N a c i o n a l d r ( - i v a d o r e s
de Alte, l i a obtenido diversos premios v distinciones,
e n l r e los t|ne destacan el P r e m i o Sol Cai"acol. o t o r g a -
d o p o r e l I S A I ) d e C^liiluialiua., y e l P r e i n i o U n i v e r s i -
dad Nacional 2 0 0 1 .
 ÍNDICE

N O T A PIÍI^LIlMlNAIÍ 11

piir:si':NTA(;T()N 13
Milllliril 1 l'illillíl

l'IÍÓLOCO 1 7

LOS PIÍOIÍIJ':MAS
Imniíliicrión 21
H o l i r c e l Iniííiiajr 23
K r i I n n i i ) :)l I I ' I L I ¡ I K I J ( ' iin|ii¡li'('lnii¡r(i 3 1
A|ir'('ii(lri' ;i i \ i < i i i l i ; i r \| > r i ' M i l i ' r ;i l e e r 39
i'A^riMi'; 4 1
\ | i f c i i ( l ( ' r - ii rscfiljíi- \ íi|irrinl<T a luililnr 4 7
M O N I T . \ I J Í \ 51
Aprender- Ü r.\¡irr-^iir' v apiviuliT a rallar 5 5
X(K:HI\]II,(:() 5 8
(iniK'liisioMi's 6 3

LAS MKLGUNTAS
ItilcoiliiiM'inii 6 7
La cx|jer"¡i.'iii'¡;i \ ejiTCLcid.i 69
Hiicor iir(|MÍ1rrliiia 7 5
^Dóiulf!' ¿C.iuíio'f ¿(AIÍXÍHUI'^ 8 1
T I K A I . V IILOIIIIÜACAN 90
¿Qwé? ^(Um ^^Para ijiiióiiy 1 0 3
S A N i''iíANCia<30 A C A i i ' ; n ' ; ( : v C I I I A I ' A D E c o n z o i o 9
¿Para qué? ¿Por cjiié? ¿Quien!' 117
I L l'Alín.PÓN D EB A R C E L O N A V L A VII.I A H W O V I ^ 1 2 1
Cnilelii-.¡(ille.i 133

L A S líLSPULS F A S
iíitnKhieeinri 137
Las relaeiiines rniie his edsafi 139
I ; L A Y i i > i r A M i i ' : N i ' o D I :S A Y N Á T S A L O 143
Ldíi es|iaei(» v las seeiienrias 147
E L I N S T I T U T O S A L K 151
La práctica y las deeisiiines 15?
1.1 M l ' S E O ( i U C C E N I I E I M D EB I L I t A O 1 6 1
La |)()éliia <-ol¡il¡aria 167
El autor y I O H demás 173
Misiones v responsabilidadí-s 183
(lorii'liisiones 189

EPÍLOGO 191
 NOTA P R E L I M I N A R

Este libro intenta ser una i n t r o d u c c i ó n al c o n o c i m i e n t o , al ejercicio y al g o z o d e la a r q u i -

tectura. Se d i r i g e a estudiantes y arquitectos, pero t a m b i é n a t o d o s aquellos q u e tienen in-
terés en acercarse y explorar un p o c o los a d m i r a b l e s p r o d u c t o s d e esa milenaria actividad
creativa d e los seres h u m a n o s . El t e x t o está c o n c e b i d o y realizado c o m o si se c o n s t r u y e -
ra u n e d i f i c i o c o n ladrillos, c o n piezas p e q u e ñ a s q u e p u e d e n s e g ú n el caso alinearse,
elevarse o asentarse. El material q u e sustenta el discurso está f o r m a d o — c o m o el s u b -
t i t u l o s e ñ a l a — p o r una serie d e e s b o z o s , trazos y trozos breves q u e a p u n t a n y perfilan
las ideas, f o r m a n a m b i e n t e s y p r o p o n e n asuntos q u e a veces invitan a d e m o r a r s e e n
ellos, otras e s t r u c t u r a n e s p a c i o s t r a n s i t a b l e s o en o c a s i o n e s p r o p o r c i o n a n alternativas
q u e p u e d e n ser lo m i s m o d e claros r e c o r r i d o s q u e d e i n t r i n c a d o s l a b e r i n t o s . Así, el libro
se desarrolla d e s d e las piezas m e n o r e s hacia los c a p í t u l o s , q u e d e s e a n confinar a l g u n a s
certezas p e r o t a m b i é n e n t r e t e j e r d u d a s y suscitar la r e f l e x i ó n . F i n a l m e n t e , las secciones
organizan la escala m a y o r : los p r o b l e m a s , las p r e g u n t a s y las respuestas.

C o n este e s q u e m a d e c o n s t r u c c i ó n d e l libro, he q u e r i d o d e a l g ú n m o d o r e p r o d u c i r
el p r o c e s o c r e a t i v o d e la a r q u i t e c t u r a , y, s o b r e t o d o , t r a n s m i t i r mi m o d o p e r s o n a l d e
p e r c i b i r l a , i m a g i n a r l a y e n t e n d e r l a . A partir d e varios lustros d e e x p e r i e n c i a m a g i s t e r i a l
y ejercicio p r o f e s i o n a l , he b u s c a d o c o m p a r t i r en estas p á g i n a s m i visión p e r s o n a l d e l o f i -
c i o , q u e a lo largo d e l t i e m p o se ha visto e n r i q u e c i d a p o r el p e r m a n e n t e i n t e r c a m b i o
con amigos, colegas y discípulos.
A t o d o s ellos, q u e se sabrán r e c o n o c e r en este t e x t o , e x p r e s o d e e n t r a d a mi agra-
d e c i m i e n t o . Pero no q u i e r o d e j a r d e m e n c i o n a r d e manera especial a unos cuantos p o r
su n o m b r e , A Carlos M o r a l e s , q u i e n f u e el p r i m e r o en e d i t a r un libro s o b r e m i o b r a . A
C a r l o s Carrera, q u i e n i m p u l s ó en el ISAD la idea d e p u b l i c a r un t e x t o m í o . A M a u r i c i o
Pinilla, q u i e n llevó a d e l a n t e el p r o y e c t o y l o g r ó q u e c u l m i n a r a en este libro. A Á n g e l a
Siqueiros, p o r su eficaz l a b o r d e p r o m o c i ó n con las e m p r e s a s p a t r o c i n a d o r a s . A Luis
Carlos Herrera, A r t u r o O r d ó ñ e z y mis a m i g o s d e Chihuahua, p o r su a p o y o y su entusiasmo
p e r m a n e n t e s . A Francisco M o r i e g a , p o r su o f i c i o d e e d i t o r , q u e t a n t o a y u d ó a o r i e n t a r
el d i s e ñ o , y p o r su d e d i c a c i ó n en el c u i d a d o e d i t o r i a l . A J o r g e Bracho, p o r su c o l a b o -
ración i n c o n d i c i o n a l . A mi hija M a l e n a , p o r su pasión y su eficiencia para c o r r e g i r las p r e -
visibles y n u m e r o s a s fallas d e l t e x t o .
 PRESIiNTACIÓN

C o n i n m e n s o o r g u l l o y alegría, el Instituto S u p e r i o r d e A r q u i t e c t u r a y D i s e ñ o d e C h i h u a -
hua p u b l i c a este l i b r o , q u e surgió c o m o idea hace ya más d e tres años. C o n o c i e n d o d e
vieja data a d o n Carlos Mijares, h a b i e n d o leído sus ensayos y artículos y asistido a sus
conferencias, h a b i e n d o v i a j a d o y p l a t i c a d o largas horas c o n él e incluso p r o y e c t a d o a
su l a d o , no p o d í a m e n o s q u e p a r e c e m o s natural y n e c e s a r i o a sus a m i g o s d e C h i h u a -
hua q u e su c o n o c i m i e n t o p u d i e r a escribirse, d i f u n d i r s e y preservarse, t a n t o para t o d o s
n o s o t r o s c o m o para a q u e l l o s q u e l u e g o se inicien en la a r q u i t e c t u r a .
El g e n e r o s o a p o y o d e l g r u p o C e m e n t o s d e C h i h u a h u a ha f i n a n c i a d o el p r o c e s o d e
e d i c i ó n c o n t r i b u y e n d o p r ó d i g a m e n t e , c o m o es f r e c u e n t e , a aquellas iniciativas a c a d é -
micas e i n t e l e c t u a l e s q u e a y u d a n a la i n v e s t i g a c i ó n y a la m e j o r c a l i d a d d e la c o n s t r u c -
c i ó n . La C o m p a ñ í a C o m e r c i a l d e Fierro y A c e r o d e C h i h u a h u a t a m b i é n hizo un a p o r t e
g e n e r o s o para l o g r a r esta p u b l i c a c i ó n .
Son escasos en nuestra lengua los libros q u e explican la arquitectura c o m o q u e h a c e r
p r o f u n d a m e n t e e n r a i z a d o en la c u l t u r a , escritos p o r h o m b r e s c o n larga e x p e r i e n c i a , q u e
han v i a j a d o m u c h o y d i b u j a d o no m e n o s y q u e c o m p r e n d e n los secretos d e la c o n s t r u c -
c i ó n , q u e saben ver y son c a p a c e s d e d e s c u b r i r la m a g i a en lo c o t i d i a n o y e n t i e n d e n la
arquitectura c o m o escenario para la v i d a . N o son libros d e historia, q u e los hay m u y b u e -
nos y a b u n d a n más. T a m p o c o son libros d e t e o r í a , f r e c u e n t e s e n estos días y e m p e -
ñ a d o s e n d e m o s t r a r n e x o s harto i m p r o b a b l e s e n t r e W i t t g e n s t e i n y los ladrillos.
Los libros d e a p r e c i a c i ó n d e la a r q u i t e c t u r a , capaces d e c o m u n i c a r pasión y a m o r
p o r el o f i c i o , c o m o los escritos d e d o n E d u a r d o Sacriste, q u e c a n t a n al construir con j ú -
b i l o , son d e s v e n t u r a d a m e n t e escasos.
Están, p o r s u p u e s t o , los libros clásicos y maravillosos d e Zevi para saber ver, y d e
Rasmussen para p e r c i b i r la a r q u i t e c t u r a y las lecciones para e s t u d i a n t e s d e H e r t z b e r g e r
y las reflexiones a r q u i t e c t ó n i c a s d e C o l i n St. J o h n - W i i s o n . N o t o d o s han s i d o t r a d u c i d o s
al castellano y p r á c t i c a m e n t e n o i n c l u y e n o b r a s d e A m é r i c a , familiares a nuestros ojos y
a n u e s t r o s e n t i d o d e l t e r r i t o r i o y a r r a i g a d a s en nuestra c u l t u r a .
Carlos Mijares p o d í a c o l m a r este vacío y h a c e r l o c o n fuerza literaria y p a l a b r a s p r e -
cisas y persuasivas. S o ñ á b a m o s c o n un libro q u e t u v i e r a la b u e n a sazón d e su h a b l a r
reposado.
 En e f e c t o , !a c o n v e r s a c i ó n c o n Carlos Mijares es un s o s e g a d o p l a c e r q u e lleva a su
i n t e r l o c u t o r p o r los más d i s t i n t o s parajes, d e s c u b r i é n d o l e c a m i n o s i n e x p l o r a d o s y t e r r i -
t o r i o s e x t e n s o s , i n v i t á n d o l e a hacer nuevas lecturas y a releer otras. P o n e e n la b o c a sa-
b o r e s d e s c o n o c i d o s , incita el o l f a t o , f u n d a c i u d a d e s invisibles, a n i m a a p r e p a r a r a l g ú n
viaje. Es una c o n v e r s a c i ó n q u e p u e d e d e m o r a r horas sin f a t i g a , s i e m p r e e s t i m u l a n t e y
p l e n a d e interés, llena d e e v o c a c i o n e s y d e m ú l t i p l e s asociaciones q u e m a n t i e n e n sin
d e c a e r la a t e n c i ó n d e q u i e n le escucha. E l o c u e n t e y c a u d a l o s a , es t a m b i é n atenta a oír
al o t r o , a v i v á n d o s e y e n r i q u e c i é n d o s e con las p r e g u n t a s c o m o un b u e n f u e g o al recibir
la brisa. C u m p l e así, q u i é n sabe para c u á n t o s , sí sé q u e para m u c h o s d e sus a m i g o s , la
m i s i ó n e d u c a d o r a q u e los d i á l o g o s solían t e n e r en t i e m p o s d e Eupalinos.
Arrellanarse una t a r d e e n f r e n t e d e él p u e d e llevarle a u n o al f r a g o r d e las batallas
q u e tallaron la historia d e M é x i c o en los siglos xix y xx o a c o m p r e n d e r d e s d e un á n g u -
lo n u e v o y o r i g i n a l a l g u n o s d e los g r a n d e s c o n f l i c t o s sociales d e n u e s t r o t i e m p o y la his-
toria p r i v a d a d e sus p r o t a g o n i s t a s ; a disfrutar d e historias fascinantes d e l m u n d o d e los
t o r o s y d e los t o r e r o s , v i e n d o d e n u e v o en la plaza b a j o el sol d e l a t a r d e c e r a B i e n v e n i d a
o a O r d ó ñ e z y a D o m i n g u í n ; a asistir a las partidas d e M o r p h y o d e Torre o d e A l e k h i n e
y C a p a b l a n c a ; a e m o c i o n a r s e a n t e un verso d e López V e l a r d e , a reír c o n el s e n t i d o d e l
h u m o r d e J o r g e I b a r g ü e n g o i t i a o a r e c o n o c e r en S i m e n o n a un g r a n escritor.
Es saber d e otras c i u d a d e s y tierras sin h a b e r i d o nunca, es mezclarse con el p ú b l i c o
q u e a c u d e a la Filarmónica d e Berlín o recorrer los p a t i o s d e la A l h a m b r a y las calles d e
Puebla o G u a n a j u a t o . Es a p r e n d e r d e los maestros alarifes d e España y A m é r i c a y e n t u -
siasmarse con la precisión d e J a c o b s e n y la fuerza d e Utzon y la sin par destreza d e A a l t o .
Carlos Mijares p o s e e un c o n o c i m i e n t o universal d e las reglas d e ia c o m p o s i c i ó n ar-
q u i t e c t ó n i c a , q u e sin excluir la c o m p r e n s i ó n d e los a p o r t e s d e la planta libre y la trans-
parencia m o d e r n a s , se f u n d a m e n t a en una cultura histórica s ó l i d a m e n t e f o r m a d a , no
s o l a m e n t e capaz d e explicar las razones d e los e d i f i c i o s d e l p a s a d o en d i s t i n t o s lugares
sino d e a l i m e n t a r d e recursos para construir en el p r e s e n t e .
C o m o p o c o s d o m i n a la sintaxis d e la t r a n s i c i ó n e n t r e un e s p a c i o y o t r o y los recur-
sos d e escala, luz y f o r m a necesarios para c o n c r e t a r l a . A esta c a p a c i d a d d e articular y
m o l d e a r el e s p a c i o , suma un s e n t i d o raro hoy en día — c u a n d o los afanes d e los a r q u i -
t e c t o s se d i s t r a e n f r e c u e n t e m e n t e en b ú s q u e d a s d e f o r m a s i n é d i t a s , p o b r e s y d é b i l e s
en la mayoría d e los c a s o s — , q u e le p e r m i t e arrimar un ladrillo a o t r o c o n sutileza llena
d e e l e g a n c i a , c o n s c i e n t e d e los e f e c t o s d e la luz y d e la s o m b r a s o b r e las superficies y
sin sustraerse a una rigurosa lógica c o n s t r u c t i v a , c o m o q u e sabe b i e n d e q u é es capaz
la m a m p o s t e r í a para alzar v u e l o y lanzarse d e un e x t r e m o al o t r o d e l e s p a c i o e n arcos y
trompas y cúpulas y bóvedas.
Mijares sabe y goza c o n la g e o m e t r í a y le e n c a n t a j u g a r c o n ella, e m p u ñ a n d o el
c o m p á s y las e s c u a d r a s , p r e f i g u r a n d o s o b r e el p a p e l el o r d e n t e c t ó n i c o y c o n él la
fuerza d e l e s p a c i o .
 Estas c u a l i d a d e s le facultan c o m o a p o c o s para c o m p r e n d e r la arquitectura y explicar-
la con p r o f u n d i d a d , sensible a las dificultades y conquistas d e q u i e n e s la forjaron, solidario
con sus vicisitudes, ajeno al p r e s u n t u o s o ejercicio d e larga distancia d e l crítico d e oficio.
La p r e s e n t a e n este libro c o m o un j u e g o cuyas reglas son c o n d i c i ó n necesaria para
la i n v e n c i ó n , sin cuya existencia el g o z o d e j u g a r no t e n d r í a gracia. H a b r á s i e m p r e un
t a b l e r o o una cancha y piezas o j u g a d o r e s e i n t e r l o c u t o r e s . Hay m o v i m i e n t o s lícitos y
o t r o s q u e no están p e r m i t i d o s y, s o b r e t o d o , hay mil f o r m a s d e c o n s e g u i r la m e t a d e n -
t r o d e l r e s p e t o a esas reglas. M u c h a s d e estas f o r m a s serán canónicas p e r o t a m b i é n
habrá s i e m p r e e s p a c i o para otras distintas y nuevas, p o t e n c i a l m e n t e llenas d e v i g o r e
i n g e n i o , serias y rigurosas o g r a c i o s a m e n t e alegres. Hay n a t u r a l m e n t e q u e e n t e n d e r e n
este c o n t e x t o q u e la t r a m p a es p o s i b l e y q u e las hay m u y b u r d a s y q u e hay otras llenas
d e artificio q u e el o j o d e s a p e r c i b i d o n o p e r c i b e , p e r o t a m b i é n hay lugar para la inspira-
ción magnífica y la j u g a d a maestra. Hay lugar para M a r a d o n a p e r o t a m b i é n es p o s i b l e
ver j u g a r a Pelé. Para el c o m ú n d e los m o r t a l e s hay p o r s u p u e s t o t a m b i é n la p o s i b i l i d a d
d e j u g a r c o r r e c t a m e n t e , desarrollar un c o n j u n t o d e e s t r a t e g i a s , a p r e n d e r d e los g r a n d e s
j u g a d o r e s y e n t u s i a s m a r n o s c o n las p a r t i d a s m e m o r a b l e s . Quizás en una p e q u e ñ a p a r t i -
da a n ó n i m a l o g r e m o s un m o v i m i e n t o q u e p u e d a llenarnos d e c o n t e n t o .

Esta o b r a r e c o g e el c o n o c i m i e n t o y la b o n d a d d e Carlos Mijares y, h a b i e n d o s i d o

escrita p o r é l , expresa la g r a t i t u d y el a f e c t o d e q u i e n e s le h e m o s c o n o c i d o en t o d o nues-
tro continente.

M a u r i c i o Pinilla Acevedo
Director del ISAD

Chihuahua, 2 0 0 2
Parroquia del Perpetuo Socorro, Ciudad Hidalgo, Michoacán. Carlos Mijares, ©Carlos Mijares
 PRÓLOGO

La a r q u i t e c t u r a es una e x p e r i e n c i a pluraL El h o m b r e transita sus espacios y se d e m o r a

en ellos, escucha sus resonancias y p e r c i b e sus olores, mira y t o c a sus materiales, entra
y sale d e sus á m b i t o s , aprecia sus r i t m o s , r e c o n o c e sus pausas y d e t e c t a sus límites. IVlu-
c h o más q u e una estática e x p e r i e n c i a visual q u e o b s e r v a las f o r m a s , la a r q u i t e c t u r a es
una vivencia d i n á m i c a y c o r p o r a l , una c o m p l e j a y f a s c i n a n t e e x p r e s i ó n d e l m o v i m i e n t o .
La obra a r q u i t e c t ó n i c a p r o p o n e q u e el h o m b r e se m u e v a en ella y la recorra.
Este libro n o intenta ser una p r o p u e s t a i d e o l ó g i c a , un análisis histórico o una h i p ó t e -
sis d e i n t e r p r e t a c i ó n d e la a r q u i t e c t u r a , q u i e r e ser un e s t í m u l o q u e incite a vivir, a estar,
a recorrer y a e x p e r i m e n t a r los e s p a c i o s a r q u i t e c t ó n i c o s ; una invitación a c o n o c e r l o s y
así p o d e r g o z a r l o s , c o m o se g o z a n la b u e n a música, la b u e n a c o m i d a , el b u e n v i n o y la
buena c o m p a ñ í a . Por e l l o , quizá más q u e lectores, este libro solicita h u é s p e d e s . El a u t o r
desea convertirse en un b u e n anfitrión q u e los reciba y atienda con la intención d e c o m p a r -
tir los placeres d e la b u e n a mesa y d e e s t i m u l a r la g r a t a c o n v e r s a c i ó n ; q u e p r o p o n g a
a l g u n o s t e m a s para la charla y o t r o s para la r e f l e x i ó n ; q u e s e l e c c i o n e , sazone y a d e r e c e
una serie d e platillos e n t r e el a m p l i o r e p e r t o r i o d e la g a s t r o n o m í a a r q u i t e c t ó n i c a ; q u e
elija los vinos a p r o p i a d o s para q u e la c o n v e r s a c i ó n fluya g r a t a m e n t e y q u e p r o v e a la
música a d e c u a d a para c o m p l e m e n t a r l a .

El p r o p ó s i t o es g e n e r a r un m e d i o afable para d e g u s t a r la a r q u i t e c t u r a y para transi-

t a r p o r sus e s p a c i o s ; para gozar su r e c o r r i d o y danzar al c o m p á s d e sus r i t m o s ; para d e -
jarse e n v o l v e r c o n sus a r m o n í a s y d e m o r a r s e e n la r e f l e x i ó n ; para p r o l o n g a r la estancia
en sus a m b i e n t e s y p r o m o v e r el a s o m b r o a n t e el p r i v i l e g i o d e la luz, las caricias d e la p e -
n u m b r a y los misterios d e la o s c u r i d a d .
Confío en q u e el acercamiento q u e este libro logre provocar hacia los p r o b l e m a s , las
preguntas y las respuestas d e la arquitectura, se produzca más p o r la vía d e la sensibilidad
q u e por la d e l raciocinio y q u e c o n v o q u e a la b ú s q u e d a y a la conquista d e la sabiduría.
Espero q u e c o n t ñ b u y a en a l g o a generar, a a c e n t u a r o a r e c u p e r a r una relación g o -
zosa y p l a c e n t e r a , interesante y a p a s i o n a d a , c o t i d i a n a y m o d e s t a , i n t e n s a m e n t e p e r s o -
nal y p r o f u n d a m e n t e c o m u n i t a r i a , e x c e p c i o n a l y a s o m b r o s a c o n la a r q u i t e c t u r a .
P o r q u e la a r q u i t e c t u r a es una creación h u m a n a t a n c o m p l e j a , t a n rica y tan p e c u l i a r
q u e h e m o s a c a b a d o p o r vivir en ella.
Conjunto Isabel, Ciudad de México. Juan Segura. Luis Carlos Bustos
 Introducción

La arquitectura es, ante t o d o , un oficio. C o m o t o d o s los oficios, e x i g e un aprendizaje para

adquirir la destreza necesaria para practicarlo. C o m o t o d a destreza, s u p o n e ciertas faculta-
des para adquirirla y ejercerla con a c e p t a b l e acierto. La arquitectura es t a m b i é n un lengua-
je. C o m o t o d o lenguaje, p r o p o n e un m e d i o d e c o m u n i c a c i ó n entre los seres humanos.
C o m o c o n s e c u e n c i a d e l p o d e r d e e x p r e s i ó n y el p o t e n c i a l c r e a t i v o i n h e r e n t e s al len-
g u a j e a r q u i t e c t ó n i c o , ha s i d o p o s i b l e g e n e r a r los a s e n t a m i e n t o s más i m p o r t a n t e s q u e
ha c r e a d o el h o m b r e para convivir con sus s e m e j a n t e s : las c i u d a d e s . Y t a m b i é n los e s p a -
cios más í n t i m o s para q u e vivan las .personas: las casas. G e n e r a r los lugares q u e c o n s t i -
t u y e n la m o r a d a d e l h o m b r e es una h e r m o s a m i s i ó n y una g r a n r e s p o n s a b i l i d a d .
Por t o d o esto, la arquitectura p u e d e llegar a ser t a m b i é n una pasión. C o m o t o d a p a -
sión, exige una e n t r e g a y un c o m p r o m i s o . Y c o m o t o d a e n t r e g a , i m p o n e una participación
y p r o p o n e unos principios éticos q u e p e r m i t i r á n satisfacciones p r o f u n d a s y propiciarán
g o z o s intensos. Para llegar a e x p e r i m e n t a r la a r q u i t e c t u r a c o n i n t e n s i d a d , para e n t r e -
garse a ella con pasión c o m p r o m e t i d a , es necesario a c e p t a r un c o n j u n t o d e p r o b l e m a s ,
p l a n t e a r una serie d e preguntas y p o s e e r un razonable r e p e r t o r i o d e respuestas; en sín-
tesis, es i m p r e s c i n d i b l e a p r e n d e r su l e n g u a j e .
Esta sección transita y se d e m o r a en a l g u n o s aspectos q u e resultan f u n d a m e n t a l e s
para c o m p r e n d e r y para utilizar el lenguaje c o m o un m e d i o d e c o m u n i c a c i ó n eficiente. Ex-
plora algunas características q u e son c o n v e n i e n t e s d e conocer, para a p r e n d e r l o , y d e re-
conocer, para e x p e r i m e n t a r l o ; muestra unos cuantos principios q u e sustentan su práctica
y c o m e n t a ciertos valores q u e facilitan su a p r e c i o . O f r e c e reflexiones en t o r n o al f e n ó -
m e n o del lenguaje en general y d e l a r q u i t e c t ó n i c o en particular. Especula sobre el signifi-
c a d o , los signos y las representaciones. Detecta acuerdos e i n c o m u n i c a c i o n e s y se d e t i e n e
m o r o s a m e n t e ante el j u e g o , la creación y sus reglas. Visita tres lugares prehispánicos, tres
sitios en ruinas, tan distintos, ricos y significativos c o m o plenos d e fascinantes enseñanzas.
Saber escuchar, ser capaz d e leer y d e escribir son c o n o c i m i e n t o s p r i m o r d i a l e s para
utilizar el l e n g u a j e . Saber hablar y expresarse c o n p r o p i e d a d es clave para e s t a b l e c e r un
d i s c u r s o y l o g r a r un d i á l o g o f e c u n d o . R e c o n o c e r las ocasiones e n las q u e resulta o p o r t u -
n o callar, es una s e n s i b i l i d a d q u e es p r e c i s o desarrollar para hacer p o s i b l e una m e j o r re-
lación c o n los d e m á s y p r o p i c i a r una respetuosa c o n v i v e n c i a .
Convento de Izamal, Yucatán © Carlos Mijares
 Sobre el lenguaje

E l l e n g u a j e , u n c o n s e n s o insólito
Resulta a d m i r a b l e el f e n ó m e n o d e l l e n g u a j e .
S o r p r e n d e el h e c h o d e q u e una c o m u n i d a d a c e p t e sin reticencias ciertas estructuras
sonoras c o m o f o r m a d e referirse a y d e e v o c a r los m i s m o s o b j e t o s , las mismas situacio-
nes, las mismas ideas, relaciones o a c c i o n e s , en a q u e l l o s q u e las e s c u c h a n . Es n o t a b l e
q u e resulte suficiente a p r e n d e r la serie d e c o m b i n a c i o n e s sonoras q u e sustentan la base
d e una lengua para p o d e r compartir, con una gran cantidad d e personas, el significado d e
sus palabras.
Los seres h u m a n o s — d e suyo t a n d i v e r g e n t e s , singulares y h e r m é t i c o s e n sus e m o -
c i o n e s , en sus actos, en sus p r o p ó s i t o s y en sus i d e a s — han l o g r a d o a c e p t a r y m a n t e -
ner, sin rebeldía n o t o r i a y con persistencia e v i d e n t e , las reglas estrictas d e l j u e g o d e las
l e n g u a s . Unas reglas q u e , a pesar d e sus l i m i t a c i o n e s y d e sus p o s i b l e s e q u í v o c o s , han
p e r m i t i d o e s t a b l e c e r a lo l a r g o d e la historia los más f e c u n d o s y a b u n d a n t e s cauces d e
c o m u n i c a c i ó n q u e ha c o n o c i d o la h u m a n i d a d .
Parece increíble h a b e r l o g r a d o e s t a b l e c e r un c o n s e n s o e n t r e t a n t o s y t a n n u m e r o s o s
g r u p o s d e i n d i v i d u o s . Sin d u d a los a c u e r d o s e n t o r n o al l e n g u a j e f o r m a n p a r t e d e una
larga sucesión d e h e c h o s h i s t ó r i c a m e n t e insólitos c o n n o t a b l e s c o n s e c u e n c i a s sociales.

Los dibujos y los signos, e lhabla y los sonidos,

las r e p r e s e n t a c i o n e s y las relaciones
El h o m b r e ha i d o e n c o n t r a n d o varias f o r m a s d e c o m u n i c a r sus e x p e r i e n c i a s , d e s d e los
a c u e r d o s q u e c o n d u j e r o n a la a p a r i c i ó n d e l l e n g u a j e hasta la s e n s i b i l i d a d q u e d e s c u b r i ó
las p o s i b i l i d a d e s d e la r e p r e s e n t a c i ó n .
Las pinturas rupestres q u e se encuentran en algunas cavernas, los petroglifos, las figuras
d e arcilla o las variadas tallas prehistóricas son e j e m p l o s magníficos d e los procesos q u e
c o n t r i b u y e r o n a generar los lenguajes artísticos y e s p l é n d i d a muestra d e una c o m p l e j i d a d
intelectual q u e p e r m i t i ó d e t e c t a r las diversas relaciones q u e presentan entre sí los f e n ó m e -
nos d e l e n t o r n o , d e s c u b r i m i e n t o q u e llegaría a generar el p e n s a m i e n t o científico.
Es p r o b a b l e q u e la r e p r e s e n t a c i ó n visual haya s i d o a n t e r i o r a la s o n o r a , p e r o es p r á c -
t i c a m e n t e s e g u r o q u e la a p a r i c i ó n d e la escritura — e l uso d e s í m b o l o s g r á f i c o s c o m o
 m e d i o d e r e p r e s e n t a c i ó n d e los s o n i d o s — se haya p r e s e n t a d o m u c h o t i e m p o d e s p u é s
La escritura es una q u e el l e n g u a j e oral.
forma de trascender
el momento y un
El l e n g u a j e escrito i m p l i c a , d e s d e l u e g o , un n u e v o c o n s e n s o . Solicita el s u s t e n t o en
espléndido recurso un o r d e n i n t e l e c t u a l q u e hace p o s i b l e la s i s t e m a t i z a c i ó n t a n t o d e las f o r m a s c o m o d e
para congelar la los s o n i d o s . R e q u i e r e d e una c o m p l e j a s e n s i b i l i d a d para d e s c u b r i r la m a n e r a d e p o n e r
sucesión d e los
e n relación f e n ó m e n o s d e o r i g e n d i v e r s o , en este caso lo s o n o r o c o n lo visual. Ello le
instantes.
p e r m i t e utilizar el e n o r m e p o t e n c i a l q u e implica la r e p r e s e n t a c i ó n , un sistema f u n d a m e n -
tal para el e n t e n d i m i e n t o d e los seres h u m a n o s .
La escritura es una f o r m a d e t r a s c e n d e r el m o m e n t o y un e s p l é n d i d o recurso para
c o n g e l a r la sucesión d e los instantes q u e son necesarios en la e x p r e s i ó n d i r e c t a y efí-
m e r a d e l h a b l a . Es un h e c h o q u e la p e r m a n e n c i a y la e s t a b i l i d a d d e l l e n g u a j e escrito fa-
cilita y p r o m u e v e la c o m u n i c a c i ó n , al no r e q u e r i r la c o i n c i d e n c i a d e los i n t e r l o c u t o r e s en
el e s p a c i o y al n o exigirla en el t i e m p o .

C o n s e n s o , l i b e r t a d y creación
Tanto el l e n g u a j e oral c o m o su r e p r e s e n t a c i ó n escrita •—o e n nuestros días la g r a b a c i ó n
fiel no s ó l o d e las palabras sino d e la v o z — t i e n e n , y m a n t i e n e n , e n t r e otras una i m p o r -
t a n t e v i r t u d : la d e ofrecer una c l a r i d a d en el s i g n i f i c a d o , paralela a un c i e r t o m a r g e n d e
libre i n t e r p r e t a c i ó n . Sobre el c o n s e n s o q u e p e r m i t e la c o m u n i c a c i ó n e n t r e a q u e l l o s q u e
se e x p r e s a n e n una m i s m a l e n g u a , está el r e c o n o c i m i e n t o d e q u e el s i g n i f i c a d o d e las
palabras no es unívoco y q u e su precisión es, con frecuencia, difusa. La e x p r e s i ó n , n e c e -
s a r i a m e n t e sucesiva d e l l e n g u a j e , se presenta p o r ello en f o r m a g r a d u a l , lo q u e facilita
el d i á l o g o en la c o m u n i c a c i ó n oral o las pausas y la reflexión e n la escrita. Una e s t r u c t u -
ra q u e es capaz d e g e n e r a r un sistema a b i e r t o , d e p r o p i c i a r el i n t e r c a m b i o , d e p r o m o -
ver los a c u e r d o s p e r o t a m b i é n d e a c e p t a r las d i v e r g e n c i a s .
Es p r o b a b l e q u e sean estas particulares características las más a d e c u a d a s para la
i n t e r l o c u c i ó n c o t i d i a n a , y q u e su relativa falta d e precisión en lugar d e ser un o b s t á c u l o
sea en r e a l i d a d un p u e n t e q u e facilita la c o m u n i c a c i ó n al p e r m i t i r un r a z o n a b l e m a r g e n
d e discrepancia i n d i v i d u a l . T a m b i é n resulta f a v o r a b l e el carácter sucesivo d e la e x p r e s i ó n
La condición y d e la c o m p r e n s i ó n , h a b l a d a y e s c u c h a d a , escrita y leída, ya q u e gracias a la exigencia
relativamente
d e una a t e n c i ó n c o n t i n u a es p o s i b l e establecer la necesaria atmósfera c o n t e x t u a l q u e
imprecisa d e las
palabras da lugar f u n d a m e n t a y estructura el discurso. Por a ñ a d i d u r a , la c o n d i c i ó n r e l a t i v a m e n t e imprecisa
a la sugerencia, a d e las palabras da lugar a la sugerencia, a la m e t á f o r a y a las variadas raíces q u e nutren
la metáfora y a las el c a m p o fascinante t a n t o d e la c r e a t i v i d a d literaria c o m o d e la e x p r e s i ó n p o é t i c a .
variadas raíces que
nutren el campo
fascinante de la L l e g a r a l od i v e r s o c o n l o m i s m o
creatividad literaria
E l e x c e p c i o n a l consenso q u e ha llevado al uso c o t i d i a n o d e l lenguaje oral y l u e g o d e l es-
y de la expresión
poética. c n t o n o está e x e n t o d e p r o b l e m a s . U n o , tal vez el más g e n e r a l i z a d o , se deriva d e q u e los
a c u e r d o s s o b r e el l e n g u a j e f u e r o n t o m a d o s p o r g r u p o s particulares, q u e l o g r a r o n c o i n -
cidir e n t r e sí, p e r o no c o n o t r o s , lo q u e p r o d u j o el c o n o c i d o r e s u l t a d o d e la existencia
Una vez
d e un c o n s i d e r a b l e n ú m e r o d e l e n g u a s diversas.
detectada ia
A m é r i c o V e s p u c i o , en la p r i m e r a carta q u e envía al rey l u e g o d e d e s e m b a r c a r en el sonoridad
N u e v o M u n d o y d e darse cuenta d e q u e n o c o m p r e n d e el l e n g u a j e local, se a s o m b r a , compartida, para
r e c o n o c e la situación y la d e s c r i b e con sencillez n o e x e n t a d e a g u d e z a c u a n d o le es- enfrentar las
divergencias y
cribe al monarca q u e los a b o r í g e n e s d e estas tierras: " usan los m i s m o s s o n i d o s q u e n o -
vencer los
sotros, p e r o les d a n o t r o s n o m b r e s a las c o s a s " . C o n esta o b s e r v a c i ó n e l e m e n t a l , a m á s obstáculos, aparece
d e la clara d e s c r i p c i ó n d e l p r o b l e m a , V e s p u c i o logra sintetizar un h e c h o q u e resulta cla- G I camino de
aprender ios otros
ve en la historia, t a n t o d e la lengua c o m o d e la cultura, el q u e c o m p r e n d e y e s t a b l e c e
nombres de las
q u e a partir d e lo m i s m o es p o s i b l e organizar lo d i f e r e n t e . cosas y, por
Una vez d e t e c t a d a la s o n o r i d a d c o m p a r t i d a , para e n f r e n t a r las d i v e r g e n c i a s y v e n c e r equivalencia con
los nuestros,
los o b s t á c u l o s , a p a r e c e eí c a m i n o d e a p r e n d e r los o t r o s n o m b r e s d e las cosas y, p o r
llegar a entender
e q u i v a l e n c i a con los nuestros, llegar a e n t e n d e r el habla a j e n a , d e s c u b r i e n d o d e paso el habla ajena,
el f e n ó m e n o y el p r o b l e m a d e la t r a d u c c i ó n . descubriendo
de paso el
fenómeno y
Idiomas propios y ajenos el problema de
Es necesario a p r e n d e r un i d i o m a para p o d e r e n t e n d e r l o y expresarse en é l . Tan i m p o r - la traducción.
t a n t e es para los seres h u m a n o s el i d i o m a q u e es u n o d e los p r i m e r o s , p e r o t a m b i é n d e
los más c o n s t a n t e s , y p r o b a b l e m e n t e d e los más a r d u o s , a p r e n d i z a j e s en el curso d e la
v i d a . El i d i o m a p r o p i o , el q u e se a p r e n d e d e s d e n i ñ o , p e r m i t e c o m u n i c a r n o s con fácil
n a t u r a l i d a d y a c e p t a b l e c l a r i d a d c o n a q u e l l o s q u e lo c o m p a r t e n . N o o b s t a n t e , su uso
h a b i t u a l no garantiza la cabal c o m p r e n s i ó n d e t o d a s las palabras, el a m p l i o d o m i n i o d e
la e x p r e s i ó n o el f i n o c o n t r o l d e los m a t i c e s en la c o m u n i c a c i ó n . El c o n o c i m i e n t o d e un
i d i o m a no conlleva la p o s i b i l i d a d d e c o m p r e n d e r o t r o s . L o g r a r l o r e q u i e r e d e un n u e v o
y d i s c i p l i n a d o a p r e n d i z a j e q u e i m p l i c a estar d i s p u e s t o a c o m p a r t i r a c u e r d o s a j e n o s , e
i m p o n e , d e una u otra m a n e r a , un difícil r e c o n o c i m i e n t o d e equivalencias. Esto s u p o n e
un p r o b l e m a i n t e r m e d i o : la t r a d u c c i ó n , ( i n d e p e n d i e n t e m e n t e d e q u e a c a b e m o s p o r ser
n o s o t r o s m i s m o s los t r a d u c t o r e s , en la m e d i d a en q u e l o g r e m o s d o m i n a r el i d i o m a
extranjero). N o o b s t a n t e , y a pesar d e q u e a m b o s p e r t e n e c e n a un m i s m o sistema d e
c o m u n i c a c i ó n , t r a d u c i r d e un i d i o m a a o t r o presenta d i f i c u l t a d e s n o t o r i a s e i m p o n e es-
fuerzos particulares.

Incomunicación y d e s a c u e r d o s
Escuchar una p a l a b r a , una frase o un discurso e n un i d i o m a d e s c o n o c i d o es un e j e m p l o
Es posible, aunque
p a r t i c u l a r m e n t e d r a m á t i c o d e i n c o m u n i c a c i ó n . Es p o s i b l e , a u n q u e d e s c o n c e r t a n t e , leer desconcertante,
un t e x t o del cual se c o n o c e n los signos p e r o n o el significado. M u c h o más c o n f u s o resul- leer un texto del
ta d e s c o n o c e r a m b o s . cual se conocen los
signos pero no el
Un g r a v e p r o b l e m a p u e d e surgir c o m o c o n s e c u e n c i a d e un afán excesivo p o r cues- significado.
t i o n a r los límites en la e x p r e s i ó n d e las ideas, ya q u e s u p o n e el riesgo d e p l a n t e a r una
 d u d a sistemática s o b r e el s i g n i f i c a d o d e las palabras y así cancelar d e p r i n c i p i o las bases
Sin olvidar el d e l l e n g u a j e y las p o s i b i l i d a d e s d e c o m u n i c a c i ó n .
portento del habla,
conviene reconocer
Por causas difíciles d e analizar aquí, nuestro t i e m p o p a r e c e estar I n c u b a n d o esas
que su traducción d u d a s . Entre la trivial g e n e r a l i z a c i ó n d e l c o n c e p t o d e q u e t o d o es relativo y la m a g n i f i -
Gs siempre cación a ultranza d e los criterios i n d i v i d u a l e s y los g u s t o s particulares, se t i e n d e a justi-
complicada y
ficar un d e s a c u e r d o q u e , l l e v a d o al e x t r e m o , ataca d i r e c t a m e n t e a los f u n d a m e n t o s q u e
con frecuencia
equívoca. han p e r m i t i d o al h o m b r e c o m u n i c a r s e a través d e la p a l a b r a .
¿Podría pensarse q u e nos e n c o n t r a m o s al b o r d e d e una crisis d e los acuerdos?

Idiomas y lenguajes diversos

A l m a r g e n d e las diferencias y las d i f i c u l t a d e s q u e i m p l i c a e n t e n d e r s e , d a d a la e x i s t e n -
cia d e i d i o m a s diversos, a fin d e cuentas t o d o s ellos — l o s a n t i g u o s y los m o d e r n o s , las
l e n g u a s vivas o las ya m u e r t a s , los más g e n e r a l i z a d o s g e o g r á f i c a m e n t e o a q u e l l o s re-
g i o n a l m e n t e a c o t a d o s — p e r t e n e c e n a un m i s m o sistema: el d e los l e n g u a j e s estructura-
d o s para facilitar la c o m u n i c a c i ó n , la i n t e r l o c u c i ó n c o t i d i a n a e n t r e los seres h u m a n o s y
la e x p r e s i ó n d e sus acciones y s e n t i m i e n t o s .
Pero si b i e n en la mayoría d e los casos es p o s i b l e t r a d u c i r las palabras d e un i d i o m a
a o t r o y d e s c u b r i r s i m i l i t u d e s a c e p t a b l e s , t a m b i é n se e n c o n t r a r á n sin r e m e d i o a l g u n o s
c o n c e p t o s q u e resultan e s p e c i a l m e n t e resistentes a las e q u i v a l e n c i a s , y q u e o b l i g a n a
d e m o r a d a s y no s i e m p r e claras e x p l i c a c i o n e s .
D i f i c u l t a d e s mayores se p r e s e n t a n c u a n d o se trata d e c o m p r e n d e r y t r a d u c i r l e n g u a -
jes q u e p e r t e n e c e n a otros sistemas, c o m o los científicos o los artísticos. Ello p r o p o n e o t r o
t i p o d e o b s t á c u l o s sobre los q u e c o n v i e n e d e t e n e r s e , ya q u e n o se salvan c o n f a c i l i d a d .

Hablar y escribir sobre otros lenguajes

A las d e p o r sí interesantes características d e l l e n g u a j e o r a l , a su p o d e r d e c o m u n i c a -
c i ó n , a su o f e r t a d e c r e a t i v i d a d y a su c a p a c i d a d d e a u t o r r e f e r e n c i a , se a ñ a d e la d e ser
capaz d e expresar con a c e p t a b l e claridad f e n ó m e n o s q u e en sentido estricto le son ajenos,
ya q u e ellos m i s m o s son t a m b i é n un l e n g u a j e c o n p o d e r o s a s p o s i b i l i d a d e s a u t o d e s -
criptivas. Por e j e m p l o , c u a n d o se habla o se escribe s o b r e música, p i n t u r a o a r q u i t e c t u -
ra, s o b r e m a t e m á t i c a s , física cuántica o el l e n g u a j e b i n a r i o d e las c o m p u t a d o r a s .
Sin o l v i d a r el p o r t e n t o d e l h a b l a , c o n v i e n e r e c o n o c e r q u e su referencia a o t r o s len-
guajes t i e n e i m p o r t a n t e s l i m i t a c i o n e s y q u e la t r a d u c c i ó n es casi s i e m p r e c o m p l i c a d a y
c o n frecuencia e q u í v o c a . Si los s o n i d o s no se e s c u c h a n , los colores y las f o r m a s no se
v e n o los e s p a c i o s n o se e x p e r i m e n t a n , si n o se c o n o c e n las f ó r m u l a s , n o se e n t i e n d e n
los s í m b o l o s o n o se c o m p r e n d e n las específicas estructuras d e relación, lo q u e d e e l l o
se d i g a o se escriba no pasará d e ser un c o n j u n t o d e m e t á f o r a s , d e a p r o x i m a c i o n e s o
d e c o n v e n c i o n e s . Su v e r d a d e r a y p r o f u n d a c o m p r e n s i ó n p r e s u p o n e un aprendizaje y exi-
g e el c o m p l e m e n t o d e una e x p e r i e n c i a específica.
 En síntesis, en esos casos la lengua h a b l a d a o escrita r e q u i e r e el s u s t e n t o d i r e c t o e n
los f e n ó m e n o s q u e intenta describir y solicita q u e el escucha o el lector posea un g r a d o A lo largo de
su historia la
razonable d e c o n o c i m i e n t o s previos s o b r e el t e m a . De otra m a n e r a c u a l q u i e r i n t e n t o d e
humanidad ha
t r a d u c c i ó n resultará f a l l i d o . generada diversos
medios de
comunicación
L o s l e n g u a j e s artísticos
que tienden a
Sería a v e n t u r a d o i n t e n t a r precisar la é p o c a en la q u e c o m e n z a r o n a a p a r e c e r lo q u e hoy facilitar la relación
llamamos lenguajes artísticos, ya q u e a las a m b i g ü e d a d e s y a las previsibles imprecisiones entre sus
semejantes.
en la d o c u m e n t a c i ó n histórica se a ñ a d e n las d i f i c u l t a d e s para a c o r d a r si eso q u e hoy e n -
t e n d e m o s c o m o e x p r e s i ó n artística era, hace varios m i l e n i o s , una idea similar.
Podría e s p e c u l a r s e q u e la e x p r e s i ó n oral f u e a n t e r i o r a la artística, o q u e haya s i d o
ésta, tal vez, una c o n d i c i ó n necesaria para q u e se manifestara a q u é l l a . T a m b i é n p o d r á
pensarse, al a d m i r a r los trazos d e las p i n t u r a s rupestres, q u e esos l e n g u a j e s artísticos se
e n c u e n t r a n más e m p a r e n t a d o s c o n los p ñ n c i p i o s d e la escritura q u e c o n los d e l habla
y c o n c l u i r p o r ello q u e son más t a r d í o s .
El h e c h o real es q u e a lo largo d e su historia la h u m a n i d a d ha g e n e r a d o d i v e r s o s
m e d i o s d e c o m u n i c a c i ó n q u e t i e n d e n a facilitar la relación e n t r e sus s e m e j a n t e s ( a u n q u e
en ocasiones l a m e n t a b l e m e n t e p a r e c e n c o n t r i b u i r a lo c o n t r a r i o ) . A d e m á s , ha l o g r a d o
p o n e r s e d e a c u e r d o para o r d e n a r los s o n i d o s , para precisar sus significados, para estruc-
turar las relaciones e n t r e las p a l a b r a s ; los seres h u m a n o s t a m b i é n han e l a b o r a d o o t r o s
sistemas para m a n i f e s t a r sus s e n t i m i e n t o s , sus ideas, sus i n q u i e t u d e s y sus i n t u i c i o n e s :
esas ricas y v a h a d a s m a n i f e s t a c i o n e s q u e l l a m a m o s arte.
Los lenguajes artísticos se d i s t i n g u e n e n t r e sí p o r los d i f e r e n t e s m e d i o s q u e cada u n o
utiliza para expresar y comunicar, p e r o , s o b r e t o d o , y a u n q u e parezca p a r a d ó j i c o , p o r -
q u e su expresión no está adscrita a significados específicos c o m o s u c e d e con las palabras
en la i n t e r l o c u c i ó n c o t i d i a n a . De h e c h o , e n t o d a s las artes se e l u d e , i n t e n c i o n a l m e n t e ,
la l i t e r a l i d a d . Por s ó l o m e n c i o n a r a l g u n o s e j e m p l o s : los colores en la p i n t u r a , los s o n i d o s
en la música, los e s p a c i o s en la a r q u i t e c t u r a c a r e c e n , en s e n t i d o e s t r i c t o , d e s i g n i f i c a d o
p r e c i s o . A ú n en los casos q u e parecerían d e m o s t r a r lo c o n t r a r i o , c o m o las f o r m a s n a t u -
ralistas e n la p i n t u r a y e n la escultura, o c o m o las palabras en la literatura o en la poesía,
c u a n d o se les a d s c r i b e n s i g n i f i c a d o s u n í v o c o s las o b r a s casi s i e m p r e p i e r d e n s e n t i d o ,
interés y c a l i d a d .
La e x p r e s i ó n artística es p o r d e f i n i c i ó n un sistema a b i e r t o .

L o s l e n g u a j e s científicos
M u c h o s siglos o m i l e n i o s d e s p u é s d e la aparición d e la palabra h a b l a d a y l u e g o d e la De hecho, en todas
escrita, la h u m a n i d a d llega a establecer otros acuerdos notables: los lenguajes científicos. las artes se elude,
intencionalmente,
Se t r a t a , en p r i n c i p i o , d e l e n g u a j e s e s c ñ t o s , o más b i e n s i m b ó l i c o s , d o n d e los s í m b o -
la literalidad.
los p o s e e n , p o r una p a r t e , un g r a d o casi t o t a l d e i n d e f i n i c i ó n (lo q u e p e r m i t e usarlos
 para r e p r e s e n t a r i n f o r m a c i o n e s diversas) y, p o r o t r a , unas reglas y unos sistemas c o m -
De la pluralidad y
b i n a t o r i o s [ g e n e r a l m e n t e e x p r e s a d o s c o m o f ó r m u l a s ) q u e p u e d e n llegar a a d q u i r i r una
la multiplicidad
inherentes a la
dosis d e precisión casi a b s o l u t a . En los l e n g u a j e s científicos más q u e la e x p r e s i ó n con
expresión artística p a l a b r a s son las f ó r m u l a s y las h i p ó t e s i s lo q u e c o n f i g u r a sus estructuras básicas y son
proviene el sentido las t e o r í a s , más q u e los c o n c e p t o s , sus f u n d a m e n t o s d e m a y o r s i g n i f i c a c i ó n .
de insistir en la
experiencia.
A d i f e r e n c i a d e lo q u e s u c e d e en las l e n g u a s q u e se fincan c o m o ya se d i j o e n c ó d i -
g o s c o m p a r t i d o s , e n las teorías científicas n o existen a c u e r d o s p r e v i o s , éstas sólo a d -
q u i e r e n c o n s e n s o a partir d e su c o m p r o b a c i ó n . Es p o s i b l e q u e la esencia y el p r o g r e s o
d e l l e n g u a j e científico se haya c o n s o l i d a d o a partir d e su d i s p o s i c i ó n histórica para m a n -
t e n e r s e a b i e r t o a nuevas teorías y f o r m u l a c i o n e s q u e l o g r e n e x p l i c a r m e j o r los c o n c e p -
t o s i n v o l u c r a d o s e incluyan la s o l u c i ó n d e m a y o r n ú m e r o d e p r o b l e m a s , e n lugar d e l
e m p e ñ o p o r i m p o n e r c o n c e p t o s d o g m á t i c o s , c o m o s u c e d i ó d u r a n t e m u c h o s siglos.

Algunas comparaciones
A l m a r g e n d e las p r o b a b l e s c r o n o l o g í a s , c o n v i e n e d e t e n e r s e s o b r e a l g u n a s caracterís-
ticas y d i f e r e n c i a s e n t r e la e x p r e s i ó n d e los l e n g u a j e s artísticos, los científicos y las len-
guas en g e n e r a l .
Un e l e m e n t o distintivo es, p o r e j e m p l o , la p o s i b i l i d a d d e e x p r e s i ó n m ú l t i p l e q u e c o m -
p a r t e n t o d a s las artes. N o s ó l o p o r q u e la r e c e p c i ó n o la c a p t a c i ó n d e l m e n s a j e e n la m a -
yoría d e los casos se p e r c i b e e n f o r m a s i m u l t á n e a o i n t e g r a l , sino p o r el h e c h o d e q u e ,
al carecer d e s i g n i f i c a d o s p r e v i a m e n t e a c o r d a d o s , d e estructuras p r e c i s a m e n t e o r d e n a -
das y p o r su misma esencia creativa, t a n t o los c o n t i n e n t e s c o m o los c o n t e n i d o s m a n -
t i e n e n una c a p a c i d a d d e lectura diversa para t o d o a q u e l q u e sea sensible a su peculiar
m a n i f e s t a c i ó n y a sus especiales características. Por e s o , f r a g m e n t a r una o b r a artística
es el m a y o r a t e n t a d o q u e p u e d e c o m e t e r s e c o n t r a ella.
D e la p l u r a l i d a d y la m u l t i p l i c i d a d i n h e r e n t e s a la e x p r e s i ó n artística p r o v i e n e el sen-
t i d o d e insistir en la e x p e r i e n c i a : v o l v e r a escuchar las o b r a s musicales, releer la poesía,
reiterar la a d m i r a c i ó n p o r la p i n t u r a o la e s c u l t u r a , renovar la vivencia d e la a r q u i t e c t u r a .
Una vez q u e se ha d e s a r r o l l a d o la s e n s i b i l i d a d a d e c u a d a , cada a p r o x i m a c i ó n a una o b r a
d e s c u b r e nuevas facetas y se c o n v i e r t e en una nueva y e n r i q u e c e d o r a vivencia.
La obra de arte,
Esa c o n d i c i ó n p e r m a n e n t e m e n t e abierta a p o b l a r s e d e significaciones m ú l t i p l e s e
producto de
la creación, Inesperadas, p r o v o c a q u e la o b r a t i e n d a a d e s p r e n d e r s e d e las i n t e n c i o n e s explícitas
la sensibilidad y la d e l a u t o r y las d e s b o r d e . La o b r a d e a r t e , p r o d u c t o d e la c r e a c i ó n , la s e n s i b i l i d a d y la
sabiduría del
sabiduría d e l h o m b r e , resulta ser s i e m p r e m á s rica y más i n t e r e s a n t e q u e to p r e v i s t o p o r
hombre, resulta
ser siempre más su creador, y más c o m p l e j a q u e lo d e t e c t a d o p o r c u a l q u i e r crítico e s p e c i a l i z a d o , espec-
rica y más t a d o r o c a s i o n a l , o usuario c o t i d i a n o .
interesante que lo
previsto por su
creador
Hospicio Cabanas, Guadalajara, Jalisco. Manuel Tolsá. © Carlos Mijares
Edificio IBM, Ciudad de México. Ñuño, Mac Gregor y de Buen Arquitectos. © Pedro Hiriart
 E n t o r n o a l l e n g u a j e arquitectónico

El e s p a c i o y los instrumentos
La a r q u i t e c t u r a es un l e n g u a j e cuya m a t e r i a es el e s p a c i o . Y el e s p a c i o , c o m o el s o n i d o ,
r e q u i e r e d e i n s t r u m e n t o s q u e lo p r o d u z c a n .
C o m o los i n s t r u m e n t o s musicales, g e n e r a d o r e s d e s o n i d o s , los i n s t r u m e n t o s a r q u i -
t e c t ó n i c o s , g e n e r a d o r e s d e e s p a c i o s , p u e d e n ser utilizados a i s l a d a m e n t e , f o r m a r f a m i -
lias o g r u p o s , organizarse c o m o una gran orquesta sinfónica, c o m o una orquesta p e q u e ñ a
o un g r u p o d e c á m a r a , c o m o c o n j u n t o s d e la misma familia, c o m o solistas, etc. Pero cual-
quiera q u e sea el caso o la c o m b i n a c i ó n q u e se d e c i d a utilizar, es necesario e s t u d i a r y
c o n o c e r a f o n d o sus características.
Las p l a t a f o r m a s , los m u r o s , las c u b i e r t a s y las c o l u m n a s son i n s t r u m e n t o s básicos d e l
l e n g u a j e d e la a r q u i t e c t u r a . Son los q u e hacen resonar el e s p a c i o y e s t a b l e c e n sus t o -
nos. Sus variaciones y sus c o m b i n a c i o n e s c o n f o r m a n las familias i n s t r u m e n t a l e s , p r o d u -
cen sus a r m o n í a s , e s t r u c t u r a n sus r i t m o s y a c e n t ú a n sus c o m p a s e s .
Los i n s t r u m e n t o s g e n e r a n e s p a c i o s y los e s p a c i o s p r i n c i p a l e s son c o m o los g r a n d e s
t e m a s q u e p r o p o n e la c o m p o s i c i ó n , se entrelazan e n t r e sí, solos o con o t r o s q u e a c t ú a n
c o m o preludios, articulaciones, desarrollos y culminaciones.
Los espacios p r o d u c e n secuencias y éstas, a su vez, estructuran alternativas d e recorri-
dos, f u n c i o n a n c o m o o r d e n a d o r a s d e las c o n d i c i o n a n t e s d e l caso, ofrecen p r o p u e s t a s
particulares para resolver las n e c e s i d a d e s p l a n t e a d a s y sintetizan las c o m p l e j a s facetas
q u e i n c i d e n en el p r o b l e m a .
I n s t r u m e n t o s , e s p a c i o s y secuencias a p a r e c e n b a j o la luz. La luz acentúa sus c a r a c t e -
rísticas d e a c u e r d o a su o r i g e n , a su i n t e n s i d a d , a su c a l i d a d y a sus matices.
J u n t o c o n la luz, la g r a d u a c i ó n d e las escalas, la e x p r e s i ó n d e l sistema resistente, el
t r a t a m i e n t o d e las f o r m a s y d e los m a t e ñ a l e s subrayan la p e r s o n a l i d a d específica d e ca-
da o b r a y c o n c r e t a n su r e a l i d a d .
Pero los i n s t r u m e n t o s , los espacios y las secuencias a r q u i t e c t ó n i c a s e x p r e s a n , d i c e n
y subrayan a c c i o n e s con a d e m a n e s f o r m a l e s . Pasar, pasear, entrar, salir, subir, bajar, es-
tar, meditar, trabajar, celebrar, reunirse, dispersarse, son actos h u m a n o s q u e la a r q u i t e c -
tura p u e d e f a v o r e c e r o dificultar. A veces la o b r a a r q u i t e c t ó n i c a fracasará p o r q u e para
g e n e r a r e s p a c i o s d e b e e s t a b l e c e r límites y estos límites i m p o n e n barreras y cancelan
 p o s i b i l i d a d e s d e r e c o r r i d o . O t r a s veces, e n c a m b i o , p r o p i c i a r á la l i b e r t a d d e a c c i ó n ,
La arquitectura es
p e r m i t i r á la e l e c c i ó n d e o p c i o n e s y estructurará los d i v e r s o s ó r d e n e s en los q u e se p r e -
un lenguaje cuya
materia es el espacio.
fiera e x p l o r a r las secuencias.
Y el espacio, como Por t o d o ello la a r q u i t e c t u r a es una e x p e r i e n c i a capaz d e p e r m i t i r q u e el e s p e c t a d o r
el sonido, requiere c o m p o n g a su p r o p i a o b r a .
de instrumentos
que lo produzcan.
Decir y hacer
H a b l a r d e a r q u i t e c t u r a es m u y d i s t i n t o q u e h a b l a r en a r q u i t e c t u r a , p o r q u e n o es lo mis-
m o decir que hacer
C u a n d o se p r e t e n d e hablar — o escribir— d e a r q u i t e c t u r a es necesario t e n e r m u y cla-
ros los p r o b l e m a s q u e se d e r i v a n d e utilizar un sistema d e c o m u n i c a c i ó n para refehrse
a o t r o , en este caso la dificultad d e e m p a r e n t a r el lenguaje oral con la expresión espacial.
N o resulta fácil transitar entre a m b o s y evitar los equívocos d e la necesaria t r a d u c c i ó n .
A u n q u e no está e x e n t o d e riesgos, el recurso d e utilizar m e t á f o r a s es f r e c u e n t e , atrac-
t i v o , y en o c a s i o n e s e n r i q u e c e d o r .
Los p r o b l e m a s c o m i e n z a n c u a n d o se c o n f u n d e la d e s c r i p c i ó n c o n el h e c h o y la refe-
¡"encia c o n la p e r c e p c i ó n ; c u a n d o se e q u i p a r a el d e c i r c o n el hacer o c u a n d o s u r g e n , p o r
e j e m p l o , s u p u e s t o s analíticos q u e i g n o r a n la c o m p l e j i d a d sintética d e l l e n g u a j e d e la
a r q u i t e c t u r a : c o m o la o p o s i c i ó n e n t r e la teoría y la práctica o la c o n s i d e r a c i ó n d e q u e el
p r o y e c t o es una cosa y la c o n s t r u c c i ó n es o t r a .
G r a n p a r t e d e l c o n f l i c t o t i e n e su o r i g e n en la t e n t a c i ó n q u e p r o v o c a n las t r a d u c -
c i o n e s literales. Si es e v i d e n t e q u e en m u c h o s i d i o m a s se e n c u e n t r a n p a l a b r a s q u e ca-
recen d e e q u i v a l e n c i a en o t r o s , c o n más razón resulta crítico el i n t e n t o c u a n d o se trata
d e t r a d u c i r d e un sistema d e l e n g u a j e — l a e x p r e s i ó n o r a l — a u n o d i f e r e n t e , c o m o la
composición arquitectónica.
M u y n e g a t i v a influencia t i e n e s o b r e este p r o b l e m a el n o t o r i o d e s c u i d o q u e se a d -
v i e r t e en el uso d e una a d e c u a d a t e r m i n o l o g í a — e n e s p a ñ o l , p o r c i e r t o , m u y rica y es-
p e c í f i c a — c o m o t a m b i é n la p é r d i d a g r a d u a l d e c o n s e n s o r e s p e c t o a los p r i n c i p i o s y las
reglas d e l j u e g o en el q u e h a c e r p r o f e s i o n a l . A d m i t i e n d o q u e no resulta fácil hablar d e l
e s p a c i o , d e las secuencias, d e la escala, d e la luz, d e las f o r m a s o d e las relaciones d e
la o b r a c o n su c o n t e x t o , no está p o r d e m á s r e c o n o c e r q u e t a m p o c o han s i d o éstos los
t e m a s a b o r d a d o s c o n m a y o r f r e c u e n c i a e n los ú l t i m o s años.
Hablar d e
arquitectura es
La claridad d e los fundamentos
muy distinto
que hablar en N o se r e c o m i e n d a , ni resulta d e s e a b l e , lograr a c u e r d o s i n e q u í v o c o s , d e f i n i c i o n e s d o g m á -
arquitectura, ticas, diccionarios c o m p l e t o s o gramáticas precisas en el c a m p o d e los lenguajes artísti-
porque no es cos. Pero es m u y c o n v e n i e n t e establecer y a c o r d a r bases claras sobre los f u n d a m e n t o s d e l
lo mismo decir
q u e h a c e r y t e n e r una p o s i c i ó n crítica a n t e sus p o s i b i l i d a d e s y l i m i t a c i o n e s c o n c r e t a s . Y
que hacer
yílf^i:iji!iUiJiJiiíiik<hiidiuyiiiUü¿';..ii es m u y i m p o r t a n t e m a n t e n e r un r e c o n o c i m i e n t o d e los m e d i o s y los i n s t r u m e n t o s especí
li< os d e e x p r e s i ó n y c o m u n i c a c i ó n , para así p r o m o v e r una m e j o r c o m p r e n s i ó n y una m á s
El acuerdo entre
nficiente difusión d e los p r o b l e m a s , las c o n d i c i o n a n t e s y los estímulos d e la a r q u i t e c t u r a .
los jugadores es
En este s e n t i d o , es útil r e c o r d a r q u e los g r a n d e s j u e g o s q u e practica la h u m a n i d a d la condición
Hon sistemas q u e p a r t e n d e p r i n c i p i o s g e n e r a l m e n t e sencillos, q u e p o s e e n un r e d u c i d o imprescindible
n ú m e r o d e reglas casi s i e m p r e claras y, s o b r e t o d o , i n d i s c u t i b l e s . El a c u e r d o e n t r e los para que el j u e g o
se produzca, ése en
j u g a d o r e s es la c o n d i c i ó n i m p r e s c i n d i b l e para q u e el j u e g o se p r o d u z c a , ése en p a r t i -
particular y no otro.
i ular y no o t r o . Sin e m b a r g o , a pesar d e la a p a r e n t e rigidez d e su r e g l a m e n t a c i ó n , los
juegos son sistemas a b i e r t o s q u e p e r m i t e n desarrollos v a r i a d o s e i r r e p e t i b l e s , lo q u e no
sólo p r o m u e v e su práctica r e i t e r a d a , sino q u e m a n t i e n e su atractivo e incluso g e n e r a i n -
tensa pasión, t a n t o al participar d i r e c t a m e n t e en el j u e g o c o m o al presenciarlo c o m o es-
pectador distante.

El j u e g o y l a a r q u i t e c t u r a
N o es necesario c a m b i a r las reglas para j u g a r ajedrez.
N o se r e q u i e r e inventar nuevas para estar a la v a n g u a r d i a .
C o n los m i s m o s p r i n c i p i o s , las mismas piezas, los m i s m o s m o v i m i e n t o s y el m i s m o
tablero, es p o s i b l e j u g a r cada vez una p a r t i d a d i s t i n t a .
Si se sabe jugar, es p o s i b l e q u e m u c h a s p a r t i d a s resulten d i v e r t i d a s y q u e a l g u n a s
lleguen inclusive a ser m e m o r a b l e s . Tan d i v e r t i d a s y m e m o r a b l e s para los j u g a d o r e s
c o m o para los e s p e c t a d o r e s q u e las hayan p r e s e n c i a d o , o para a q u e l l o s q u e las repitan
para analizarlas.
Si, en c a m b i o , el j u e g o n o se d o m i n a , las partidas suelen ser lentas, llenas d e errores
y, p o r a ñ a d i d u r a , cansadas y carentes d e a t r a c t i v o .
A l v e r l o jugar, a q u e l l o s q u e c o n o c e n las bases — a u n q u e no sean ellos m i s m o s
g r a n d e s j u g a d o r e s — p u e d e n d i s t i n g u i r con relativa f a c i l i d a d a q u i e n sabe y a q u i e n n o
sabe j u g a r P u e d e a p r e n d e r s e m u c h o v i e n d o a los maestros q u e más s a b e n , p e r o t a m -
bién a n t e los a p r e n d i c e s . Y en c u a l q u i e r caso es p o s i b l e d e t e c t a r a q u i e n e s m u e s t r a n
facultades especiales y a q u i e n e s n o . C o n la v o l u n t a d d e llegar a j u g a r b i e n aún sin facul-
t a d e s es p o s i b l e l o g r a r l o a base d e esfuerzo, d i s c i p l i n a , e s t u d i o y ejercicio c o n s t a n t e s .
A q u e l l o s q u e p o s e a n f a c i l i d a d natural para el j u e g o es p r o b a b l e q u e p r o n t o l l e g u e n a
j u g a r b i e n , p e r o t a m b i é n ellos, para l o g r a r l o , d e b e r á n pasar sin r e m e d i o p o r una r i g u -
rosa disciplina y p o r la necesaria p e r s e v e r a n c i a .
El ajedrez es un j u e g o q u e m a n t i e n e las m i s m a s reglas d e s d e hace siglos. Los m a e s - Los juegos
más interesantes
tros d e hoy las s i g u e n o b s e r v a n d o r i g u r o s a m e n t e y, no o b s t a n t e , sus partidas son m u y
plantean un sistema
d i f e r e n t e s a las q u e j u g a b a n los c a m p e o n e s d e a n t a ñ o . C u a n d o en una a c t i v i d a d se han de principios
d e c a n t a d o sus bases — c u a n d o se ha p r o b a d o q u e son interesantes, c o m p l e j a s y, si para jugar, no un
fuera p o s i b l e , t a m b i é n d i v e r t i d a s — y c u a n d o — c o m o s u c e d e c o n t o d o s los j u e g o s — su repertorio de
fórmulas para
ejercicio se sustenta e n un sistema q u e p l a n t e a p r i n c i p i o s para j u g a r y no f ó r m u l a s
ganar.
seguras para ganar; c u a n d o una a c t i v i d a d precisa sus c a m p o s p e r o no limita sus al-
 canees, sus p r i n c i p i o s o f r e c e n c o m b i n a c i o n e s infinitas. En síntesis, q u e n o se trata d e un
La arquitectura:
sistema q u e c o n t r o l a los m o d o s y c o n d i c i o n a los r e s u l t a d o s , sino d e u n o a b i e r t o , p r o -
ese j u e g o sabio
de las formas bajo
p o s i t i v o , libre y e s t i m u l a n t e .
la luz, que dijo A l g o similar s u c e d e c o n la a r q u i t e c t u r a .
Corbusier Ese j u e g o sabio d e las f o r m a s (y los e s p a c i o s , habría q u e agregar) b a j o la luz, q u e
d i j o Corbusier.

El j u e g o d e la arquitectura
Un j u e g o , sí, un m u n d o q u e se crea, e s p e c i a l , e s p a c i a l , c o n sus p r i n c i p i o s (qué) y sus
p r o p ó s i t o s (para q u é ) , con sus tácticas (cómo) y sus p r o p i a s piezas (con q u é ) , con su
c a m p o d e j u e g o ( d ó n d e ) , su t i e m p o particular ( c u á n d o ) , sus r a z o n a m i e n t o s (por q u é ) ,
sus j u g a d o r e s (quién) y, p o r s u p u e s t o , sus e s p e c t a d o r e s (para q u i é n ) .
Un j u e g o universal q u e al m i s m o t i e m p o se c o n t i e n e y se d e s b o r d a a sí m i s m o . Un
j u e g o q u e invita y solicita q u e sus e s p e c t a d o r e s sean activos p a r t i c i p a n t e s ; un j u e g o
q u e p r o p o n e analogías y m e t á f o r a s q u e c o n t r i b u y e n a e n r i q u e c e r el c o n t e x t o en el q u e
se p r o d u c e y q u e p e r m i t e lecturas e i n t e r p r e t a c i o n e s diversas no s ó l o e n t r e c o n t e m p o -
r á n e o s sino e n t r e i n d i v i d u o s d e o t r o s t i e m p o s y culturas.
Un j u e g o a b i e r t o , q u e n o se limita al s i g n i f i c a d o p r e e s t a b l e c i d o y d e f i n i t i v o d e s d e el
m o m e n t o d e su p r o d u c c i ó n . C o m o en t o d o j u e g o , lo i m p o r t a n t e serán t a n t o los p r i n c i -
p i o s (precisos y abiertos) y los p r o p ó s i t o s (claros p e r o n o previstos) c o m o el m o d o par-
ticular d e h a b e r sido j u g a d o en cierta o c a s i ó n , b a j o d e t e r m i n a d a s circunstancias. De aquí
nace la p o s i b i l i d a d d e seguir j u g á n d o l o sin n e c e s i d a d d e r e p e t i r l o , d e a p r e n d e r a l g o
cada vez q u e se j u e g a y d e t r a n s f o r m a r sus tácticas y sus estrategias para p r o d u c i r
nuevas y a p a s i o n a n t e s e x p e r i e n c i a s ; d e ahí t a m b i é n la n e c e s i d a d d e c u m p l i r sus reglas,
d e c o n o c e r sus p r i n c i p i o s , d e practicarlo en sus c a m p o s , d e d o m i n a r l o g r a d u a l m e n t e
con la práctica y d e r e c o n o c e r sus límites, para en v e r d a d j u g a r ése y n o o t r o j u e g o .

E l espíritu d e l juego
Si b i e n es v á l i d o e x p l o r a r nuevas reglas, cancelar a l g u n a s o a ñ a d i r otras, e n caso d e í m -
Las nuevas reglas p l e m e n t a r s e c o n v e n d r á q u e el p r o p ó s i t o sea hacer la a c t i v i d a d más interesante, más ñca,
deberán probarse y
más d i v e r t i d a , o incluso llegar al reto d e hacerla más difícil, t a n t o para los c r e a d o r e s c o -
decantarse con
cuidado y con m o para los e s p e c t a d o r e s . Pero las nuevas reglas d e b e r á n p r o b a r s e y d e c a n t a r s e con
paciencia, d e lo c u i d a d o y c o n paciencia, d e lo c o n t r a r i o , hay el riesgo d e c o n v e r t i r el j u e g o en una ac-
contrario hay el
t i v i d a d c e r r a d a , exclusiva para i n i c i a d o s . En una a c t i v i d a d inaccesible para la mayoría y
riesgo de convertir
el j u e g o en una g e n e r a d o r a d e experiencias m á s cercanas a lo s o f i s t i c a d o q u e a lo v e r d a d e r a m e n t e sig-
actividad cerrada, nificativo. A l g o q u e en la a c t u a l i d a d t i e n d e a s u c e d e r t a n t o en la teoría c o m o en la prác-
exclusiva y accesible tica d e casi t o d a s las artes, i n c l u y e n d o la a r q u i t e c t u r a .
sólo para iniciados.
La o b s e s i ó n p o r c o n c e b i r y p o r realizar o b r a s insólitas, i n é d i t a s y e x c e p c i o n a l e s es
una t e n d e n c i a q u e aparece c o n e l m o v i m i e n t o m o d e r n o y q u e se ha i n c r e m e n t a d o c o n
el paso d e l t i e m p o . La e x c e p c i ó n , para serlo, d e b e m a n t e n e r su c o n d i c i ó n d e s i n g u l a r i -
Si muchas obras
dad, no s ó l o p o r sus características peculiares sino en f u n c i ó n d e sus referencias y rela-
intentan ser
ciones c o n el c o n t e x t o e n el cual se p r o d u c e y se e n c u e n t r a . La o b r a e x c e p c i o n a l , para excepcionales se
serlo r e a l m e n t e , d e p e n d e d e la p o s i b i l i d a d d e ser c o m p a r a d a con otras. Sí en esa c o m - convertirán en
p a r a c i ó n se e n c u e n t r a una mayoría d e o b r a s con similares características, una o b r a q u e mayoría y, aunque
sólo por eso,
no t e n g a las características p r e d o m i n a n t e s o b i e n p o s e a otras distintas p o d r á en v e r d a d
dejarán de ser
d i s t i n g u i r s e y así e v i d e n c i a r su c o n d i c i ó n única. insólitas.
Si m u c h a s o b r a s i n t e n t a n ser e x c e p c i o n a l e s se c o n v e r t i r á n en mayoría y, a u n q u e s ó l o
p o r e s o , dejarán d e ser insólitas.
La práctica d e la a r q u i t e c t u r a d e b e t e n e r claro q u e su misión f u n d a m e n t a l es la d e
g e n e r a r e s p a c i o s para ser v i v i d o s c o t i d i a n a m e n t e , á m b i t o s para ser e x p e r i m e n t a d o s
t o d o s los días, sitios para desarrollar las a c t i v i d a d e s vitales d e l h o m b r e c o m ú n . Si los
p r i n c i p i o s q u e la rigen y las s o l u c i o n e s q u e p r o p o n e resultan accesibles s ó l o para una
minoría, serán injustos para los d e m á s , q u e serán mayoría y, lo q u e p a r e c e aún más in-
q u i e t a n t e , se c o n v e r t i r á n en p r i n c i p i o s o b s e s i v o s y s o l u c i o n e s t o r p e s para t o d o s .
A la vista d e estos p r o b l e m a s es u r g e n t e revisar c u a n t o antes el s e n t i d o g e n e r a l d e
la enseñanza y d e l a p r e n d i z a j e , d e la práctica y d e la e x p e r i e n c i a d e esta p e r s i s t e n t e y
maravillosa a c t i v i d a d q u e es la a r q u i t e c t u r a .

El a r t e y s u s r e g l a s
De m o d o similar a los j u e g o s , cada una d e las artes se expresa a través d e un c o n j u n t o
d e e l e m e n t o s e i n s t r u m e n t o s básicos cuyo r e p e r t o h o es l i m i t a d o , cada una ha e s t a b l e c i -
d o sus p r o p i a s reglas, n o o b s t a n t e lo cual una d e sus características más e s t i m u l a n t e s
es la d e incluir la p o s i b i l i d a d d e alterarlas y, c u a n d o la a l t e r a c i ó n resulta significativa, la
d e pasar a f o r m a r p a r t e d e l a c e r v o d e las reglas p r e e s t a b l e c i d a s .
La o b r a a r q u i t e c t ó n i c a alcanza la c r e a t i v i d a d c u a n d o l o g r a , c o n su l i m i t a d o y especí-
f i c o r e p e r t o r i o d e e l e m e n t o s , estructurar un o r d e n y una c o r r e s p o n d e n c i a e n t r e ellos. La
m a n e r a d e c o m b i n a r , los m o d o s d e relacionar y la c a p a c i d a d d e o r d e n a r — e n síntesis, el
o f i c i o y el t a l e n t o para c o m p o n e r — es lo v e r d a d e r a m e n t e i m p o r t a n t e y t r a s c e n d e n t a l .
Las partes, las piezas básicas están d e f i n i d a s . N o es la c a n t i d a d d e los i n g r e d i e n t e s
A diferencia de ios
ni el i n t e n t o d e crear n u e v o s lo q u e c o n s t i t u y e la raíz d e l p r o b l e m a , es el d o m i n i o d e las
juegos y de otras
estructuras d e c o m p o s i c i ó n — q u e al d e s c u b r i r s e y expresarse f e l i z m e n t e producirán manifestaciones
una o b r a valiosa, interesante y h a b i t a b l e — lo q u e i m p o r t a . artísticas, la obra
de arquitectura
no se experimenta
La obra y su contexto en forma aislada,
A d i f e r e n c i a d e los j u e g o s y d e otras m a n i f e s t a c i o n e s artísticas, la o b r a d e a r q u i t e c t u r a pertenece a un
lugar, a un ahí
n o se e x p e ñ m e n t a en f o r m a aislada, p e r t e n e c e a un lugar, a un ahí c o n c r e t o y a un así par-
concreto y a un
ticular. Y, d a d o q u e esos lugares a su vez p e r t e n e c e n , en la mayoría d e los casos, a una ciu- así particular
dad, a un espacio u r b a n o y c o l e c t i v o , la o b r a d e a r q u i t e c t u r a c o n t r i b u y e a c o n f o r m a r l o
 — p a r a b i e n o para m a l — y se e n c u e n t r a p e r m a n e n t e m e n t e e x p u e s t a a t o d o a q u e l q u e
La arquitectura
pasa f r e n t e a ella. Un f a c t o r f u n d a m e n t a l d e l p r o b l e m a es el r e c o n o c i m i e n t o d e las ca-
debe prever
silencios para que
racterísticas d e l c o n t e x t o natural o u r b a n o e n el q u e se realiza, lo q u e p e r m i t i r á d e t e c t a r
pueda escucharse d i v e r s o s m o d o s para q u e la o b r a d i a l o g u e c o n el sitio y p u e d a d e c i r s e d e ella — e n
la voz de quien t o d o s s e n t i d o s — q u e está en su lugar.
la vive.
Hoy, p o r d e s g r a c i a , la c a p a c i d a d y la s e n s i b i l i d a d para este r e c o n o c i m i e n t o d e l c o n -
t e x t o es p r o b a b l e m e n t e u n o d e los valores más escasos en la e n s e ñ a n z a , el a p r e n d i z a -
j e y la práctica d e l a a r q u i t e c t u r a .

Lo q u e los edificios dicen y l oq u e conviene q u e callen

En una c o n o c i d a cita, el p o e t a francés Paul Valery d i c e q u e hay m u c h o s edificios q u e son
m u d o s , algunos que hablan, y otros, muy pocos, que cantan.
La m e t á f o r a es h e r m o s a y p u e d e e x t e n d e r s e . En sus v e r t i e n t e s p a t o l ó g i c a s , a las
o b r a s m u d a s se p u e d e n a ñ a d i r las o b r a s b a l b u c i e n t e s , las q u e p a d e c e n sordera y son
incapaces d e escuchar el c o n c i e r t o u r b a n o , las q u e m a n i f i e s t a n e n f e r m e d a d e s incura-
bles y se e x p r e s a n p o r m e d i o d e l g r i t o , la v o c i f e r a c i ó n o el insulto. En las r e g i o n e s d e
Ja n o r m a l i d a d es d o n d e se e n c u e n t r a n las o b r a s q u e h a b l a n c o n e x p r e s i ó n culta, c o n
l e n g u a j e c o t i d i a n o , a veces c o l o q u i a l , o c o n habla ruda o p o p u l a r A l g u n a s se e x p r e s a n
en prosa y otras en v e r s o . Entre las q u e llegan a cantar habría q u e d i s t i n g u i r las q u e ac-
t ú a n c o m o solistas y las q u e f o r m a n p a r t e d e l c o r o .
Pero al m a r g e n d e la m e t á f o r a , la referencia a Valery evoca una situación q u e ha s i d o
p e r s i s t e n t e a lo largo d e l t i e m p o : la a r q u i t e c t u r a es un f e n ó m e n o q u e o f r e c e m ú l t i p l e s
niveles d e valor y p r o v o c a c o m p l e j a s c o n s e c u e n c i a s q u e afectan la vida d e los h o m b r e s .
Es un l e n g u a j e q u e , p r e c i s a m e n t e p o r serlo, p e r m i t e e x p r e s i o n e s q u e van d e s d e el
m o n o s í l a b o hasta el t r a t a d o f i l o s ó f i c o o el p o e m a s u b l i m e . Y, p o r e l l o m i s m o , la a r q u i -
t e c t u r a d e b e p r e v e r silencios para q u e p u e d a escucharse la voz d e q u i e n la vive. D e b e
expresar lo suyo p e r o t a m b i é n m a n t e n e r cierta dosis d e a n o n i m a t o para q u e los seres
h u m a n o s p u e d a n manifestarse en sus e s p a c i o s y en sus t i e m p o s .

Si alguien quiere Lenguaje y aprendizaje

llegar a ser
arquitecto debe
Si a l g u i e n q u i e r e llegar a ser a r q u i t e c t o d e b e saber q u e el espíritu d e a p r e n d i z a j e n o se
saber que el limita a la e t a p a a c a d é m i c a , sino q u e es n e c e s a r i o m a n t e n e r l o t o d a la v i d a .
espíritu de Si la a r q u i t e c t u r a es un l e n g u a j e e n t o n c e s , c o m o t o d o l e n g u a j e , su uso i m p l i c a un
aprendizaje no se
o f i c i o . C o m o s u c e d e c o n t o d o s los o f i c i o s , es p o s i b l e a p r e n d e r y enseñar el d e la a r q u i -
limita a la etapa
académica, t e c t u r a , y es c o n v e n i e n t e c o n o c e r l o y d o m i n a r l o para p o d e r utilizar, apreciar y ejercer el
sino que lenguaje arquitectónico.
es necesario
Las f a c u l t a d e s , el t a l e n t o y el g e n i o son i n g r e d i e n t e s d e s e a b l e s para llegar a ser
mantenerlo toda
la vida. a r q u i t e c t o p e r o eso n o p u e d e enseñarse n i , p o r s u p u e s t o , a p r e n d e r s e , a u n q u e b i e n
d o s i f i c a d o s y d e s a r r o l l a d o s a d e c u a d a m e n t e e s t a b l e c e n la escala d e p o s i b i l i d a d e s d e
ser, d e s d e un b u e n a r q u i t e c t o hasta u n o e x t r a o r d i n a h o . N o t o d o s estos i n g r e d i e n t e s
Las facultades
son a b u n d a n t e s p e r o , si b i e n es una g r a n a y u d a t e n e r l o s , t a m p o c o son i m p r e s c i n d i b l e s .
se descubren y
Las f a c u l t a d e s se d e s c u b r e n y se d e s a r r o l l a n . El t a l e n t o se d e t e c t a , se o r i e n t a y se SG desarrollan. El
encauza. El g e n i o se a c e p t a y se a d m i r a . La presencia d e cada una d e estas caracterís- talento se detecta,
ticas es, en ese o r d e n , g r a d u a l m e n t e más escasa. N i n g u n a d e ellas se p u e d e enseñar o se orienta y se
encauza. El genio
aprender, s e n c i l l a m e n t e se t i e n e n . El o f i c i o , en c a m b i o , p u e d e enseñarse y a p r e n d e r s e .
se acepta y se
M u c h o s t i e n e n f a c u l t a d e s para llegar a ser a r q u i t e c t o s . A ú n c u a n d o hay q u e r e c o n o - admira. El oficio,
cer q u e d e p o c o servirán si los maestros n o s a b e n d e t e c t a r l a s o, s o b r e t o d o , si los e s t u - en cambio,
puede enseñarse
d i a n t e s son incapaces d e desarrollarlas.
y aprenderse.
Bastante m e n o r es el n ú m e r o d e a q u e l l o s q u e t i e n e n v e r d a d e r o t a l e n t o . Los b u e n o s
maestros d e b e n r e c o n o c e r l o y p r o m o v e r l o , los e s t u d i a n t e s m a d u r a r l o y e n c a u z a r l o , ya
q u e d e no ser así el t a l e n t o p u e d e revertirse y ser más un i n c o n v e n i e n t e q u e una ventaja.
Sin d u d a c u a l q u i e r aula p e q u e ñ a d e un e d i f i c i o escolar p o d r í a alojar a t o d o s los ar-
q u i t e c t o s d e l siglo xx q u e p u e d e n c o n s i d e r a r s e c o n v e r d a d e r o g e n i o .
M e p a r e c e e q u i v o c a d o q u e los m a e s t r o s i g n o r e n esa e v i d e n t e escasez, p e r o creo
q u e un error más g r a v e ha s i d o ia g e n e r a c i ó n d e p r o g r a m a s a c a d é m i c o s f u n d a d o s en
la b ú s q u e d a obsesiva d e la o r i g i n a l i d a d ; e n la c a s u a l i d a d d e una inspiración c a r e n t e d e
raíces y d e c o n o c i m i e n t o s históricos; e n la creencia d e q u e los a r q u i t e c t o s son i n v e n -
tores q u e d e b e n crear a partir d e c e r o , y e n la c o n s i d e r a c i ó n d e q u e el m á x i m o v a l o r es
p r o d u c i r p r o y e c t o s insólitos y resultados i n é d i t o s .
C r e o q u e la enseñanza más g e n e r a l i z a d a d e la a r q u i t e c t u r a en M é x i c o en los ú l t i m o s
d e c e n i o s ha p a d e c i d o , en g e n e r a l , d e estas severas fallas, q u e han p r o p i c i a d o en los
estudiantes una intensa valoración d e las a c t i t u d e s p r o t a g ó n i c a s , paralela a un g r a v e m e -
n o s p r e c i o p o r la necesaria m o d e s t i a en el ejercicio c o t i d i a n o d e l o f i c i o .
C o n s i d e r o p o r e l l o q u e es necesario revisar los p r i n c i p i o s g e n e r a l e s d e la enseñanza
y el a p r e n d i z a j e d e l q u e h a c e r a r q u i t e c t ó n i c o .
A mi j u i c i o , c o n v i e n e a p r e n d e r y enseñar la arquitectura c o n plena conciencia d e q u e
el p r o c e s o t i e n e características peculiares, una d e las cuales es la secuencia en la q u e se
a d q u i e r e ese a p r e n d i z a j e . En una p r i m e r a e t a p a se a p r e n d e a escuchar y a leer la a r q u i -
t e c t u r a , e n la s e g u n d a se a p r e n d e a escribir y a hablar su l e n g u a j e , f i n a l m e n t e es n e c e -
Un error grave
sario a p r e n d e r a expresarse con ella y a saber c u á n d o c o n v i e n e callar.
ha sido la
En mi o p i n i ó n , algo en lo q u e es muy i m p o r t a n t e insistir es en el reconocimiento d e la pro- generación de
funda y definitiva diferencia q u e hay entre hablar d e arquitectura y hablar en arquitectura. programas
académicos
fundados en la
búsqueda obsesiva
de la originalidad,
en la casualidad
de una inspiración
carente d e raíces.
 Aprender a escuchar y aprender a leer

A p r e n d e r a escuchar l oq u e otros dicen

La o b r a a r q u i t e c t ó n i c a en v e r d a d i n t e r e s a n t e o f r e c e lecturas m ú l t i p l e s , p o r eso p u e d e
a p r e n d e r s e y c o m p r e n d e r s e d e distintas m a n e r a s .
A p r e n d e r a escuchar la a r q u i t e c t u r a es la e t a p a inicial, y lo q u e se escucha es lo q u e
d i c e n y, en el caso d e la a r q u i t e c t u r a , lo q u e hacen o t r o s . La e x p e r i e n c i a directa d e las
obras es la enseñanza más f e c u n d a q u e p u e d e adquirirse, n o sólo c u a n d o el p r o p ó s i t o es
c o n o c e r lo q u e n o se s a b e , sino c o m o una p o s i b i l i d a d d e a p r e n d i z a j e q u e se m a n t i e n e
a lo largo d e t o d a la v i d a , incluso si se ha l l e g a d o a creer q u e ya se s a b e . En m u c h a s
ocasiones, si se ha l o g r a d o m a n t e n e r una a c t i t u d alerta, al escuchar atenta y afectiva-
m e n t e lo q u e ha h e c h o o t r o (sin i m p o r t a r c u á n d o y d ó n d e lo hizo) la s o n o r i d a d d e esa
o b r a logra sacudir y c o n m o v e r , es enseñanza y r e c u e r d o d e q u e el a p r e n d i z a j e es una
a c t i t u d p e r m a n e n t e y necesaria en c u a l q u i e r a c t i v i d a d q u e d e s e a ser creativa.
Escuchar r e q u i e r e m o d e s t i a , p e r o t a m b i é n a p t i t u d para el a s o m b r o , p o r q u e tan i m -
p o r t a n t e es c o m p r e n d e r lo q u e se d i c e c o m o p e r c i b i r lo q u e se ha d e c i d i d o callar.
C o m o la música para p r o d u c i r s o n i d o s , la a r q u i t e c t u r a necesita d e i n s t r u m e n t o s para
p r o d u c i r e s p a c i o s . Los i n s t r u m e n t o s e s t a b l e c e n los límites y las p o s i b i l i d a d e s d e recorri-
do, los espacios o f r e c e n las alternativas y la l i b e r t a d d e m o v i m i e n t o . A p r e n d e r a e s c u -
char lo q u e e x p r e s a n esos e s p a c i o s , apreciar su s o n o r i d a d y sus m e l o d í a s , r e c o n o c e r sus
r i t m o s y sus relaciones, o b s e r v a r el o r d e n e n el q u e se p r e s e n t a n y la f o r m a c o m o se
i l u m i n a n , es una d i s c i p l i n a f u n d a m e n t a l para acercarse al c o m p l e j o y fascinante á m b i t o
d e l l e n g u a j e d e la a r q u i t e c t u r a .

A p r e n d e r a leer
A d i f e r e n c i a d e l a p r e n d i z a j e d e l h a b l a , e n el caso d e la a r q u i t e c t u r a c o n v i e n e q u e se
a p r e n d a antes a leer q u e a hablar y q u e la lectura a r q u i t e c t ó n i c a en g e n e r a l y la d e l es-
p a c i o en particular sea una c o n s e c u e n c i a d e h a b e r a p r e n d i d o a escuchar b i e n .
N o resulta fácil leer el e s p a c i o , es f r e c u e n t e d e t e n e r s e en la o b s e r v a c i ó n d e t a l l a d a
d e los i n s t r u m e n t o s q u e lo p r o d u c e n y q u e d a r s e a t r a p a d o en ella. Una d i f i c u l t a d a d i c i o -
nal es el h e c h o d e q u e , t a n t o los i n s t r u m e n t o s c o m o los e s p a c i o s , no p o s e e n , c o m o las
palabras, un s i g n i f i c a d o específico. Se antojaría p o r ello e q u i v o c a d a , excesiva o inclusive
 falsa ta m e t á f o r a q u e p r e t e n d e p o s i b l e a p r e n d e r a escuchar o a leer un l e n g u a j e q u e
Escuchar requiere
p a r e c e estar i n t r í n s e c a m e n t e i m p o s i b i l i t a d o para d e c i r nada e s p e c í f i c o . Lo q u e s u c e d e
modestia, pero
también aptitud
es q u e hay m u c h o s l e n g u a j e s cuyos m e d i o s d e e x p r e s i ó n n o t i e n e n a d s c r i t o un signifi-
para el asombro, c a d o , y, si se o b s e r v a n c o n c u i d a d o , es c u r i o s a m e n t e esa carencia la q u e les p e r m i t e
porque tan expresarse d e m a n e r a más a b i e r t a , libre y c o n m a y o r i n t e n s i d a d expresiva.
importante es
comprender lo
C a d a l e n g u a j e t i e n e su m o d o d e d e c i r las cosas y la a r q u i t e c t u r a t i e n e el suyo, p e r o
que se dice como sin d u d a una d e las g r a n d e s ventajas d e n o t e n e r s i g n i f i c a d o s p r e v i a m e n t e a s i g n a d o s
percibir lo que se es el p o t e n c i a l d e q u e su e x p r e s i ó n sea universal y haga innecesarias las t r a d u c c i o n e s .
ha decidido callan
Exige, sí, c o m o t o d o s , un d i s c i p l i n a d o a p r e n d i z a j e y un ejercicio d e la s e n s i b i l i d a d para
p e r c i b i r sus m e d i o s y p o d e r c o m p r e n d e r l o .
La experiencia d e las ruinas es una buena manera d e a p r e n d e r a escuchar, y l u e g o a
leer, el espacio. En las ruinas se encuentran e n c i e r t o m o d o d e c a n t a d o s los valores arqui-
t e c t ó n i c o s . La p é r d i d a natural d e los detalles y las alteraciones q u e el paso d e l t i e m p o ha
p r o v o c a d o en las obras, facilitan la p o s i b i l i d a d d e c o n c e n t r a r la atención en los e s q u e m a s
p r o p u e s t o s , en los m o d o s d e construir los instrumentos, en las relaciones d e la obra con
su c o n t e x t o , en las maneras d e g e n e r a r el espacio y en la estructura d e las secuencias.
- Un e j e m p l o ilustrativo c o m o n i n g u n o son las ruinas d e tierra pisada q u e se e n c u e n -
t r a n e n P a q u i m é , un sitio a r q u e o l ó g i c o en el e s t a d o d e C h i h u a h u a , c e r c a n o a la c i u d a d
d e Casas G r a n d e s , en d o n d e aparece una muestra e s p e c i a l m e n t e interesante d e c ó m o
el t i e m p o , en c o l a b o r a c i ó n con la naturaleza y la acción d e los h o m b r e s , ha c r e a d o , c o n

No resulta fácil
viejas ruinas, nuevos lugares, y d e c ó m o es p o s i b l e crear un c o n j u n t o fascinante a partir
leer el espacio, d e l uso d e la tierra c o m o material d e c o n s t r u c c i ó n .
es frecuente
detenerse en
la observación
detallada de los
instrumentos que
lo producen y
quedarse atrapado
en ella.

ii4rr[Tn'n-nrn- n m
Rumas de Paquime, Chihuahua.
 FAQUIlVIE
Algunas ruinas, que
en su aspecto
líl d i á l o g o eiiíri' l a a i ' t | i i i t e < - l u r a y e l p n i s a j e mismo indican una
edad avanzada,
L a s pirámides n o s o n i n d e s t r u c t i b l e s p e r o s i e t e r n a s , llegan a convertirse
en algo nuevo.
3orque s u d e r r u m b e está p r e v i s t o e n e l p r o y e c t o d e s u erección.
Roger Caillois

Las transformaciones del tiempo

En el d i á l o g o q u e n e c e s a r i a m e n t e se e s t a b l e c e e n t r e a r q u i t e c t u r a y paisaje hay o c a s i o -
nes en las q u e no se llega a p r o v o c a r un e n t e n d i m i e n t o sino una p u g n a . En esos casos
a m b o s i n t e r l o c u t o r e s p i e r d e n . Pero c u a n d o en v e r d a d se l o g r a la c o n v e r s a c i ó n y el
i n t e r c a m b i o , una e s p e c i e d e c o n t a g i o , d e a f i n i d a d , d e s i n t o n í a , c o n d u c e al r e c o n o c i -
m i e n t o d e un c ó d i g o c o m ú n y p r o v o c a q u e la a r q u i t e c t u r a se c o n v i e r t a en paisaje y
éste e n a r q u i t e c t u r a .
Es cierto, c o m o d i c e Caillois, q u e algunas obras arquitectónicas parecen p r e d e s t i n a d a s
a convertirse en ruina. El plazo en el q u e esta t r a n s f o r m a c i ó n se presenta es variable,
m ú l t i p l e s son las causas q u e p u e d e n originarla y, p o r s u p u e s t o , diversas las características En Paquimé
q u e llegan a c o n f o r m a r su fisonomía en el n u e v o estado. Lo q u e resulta constante es el entramos en
contacto con una
h e c h o d e q u e , al arruinarse, estas obras a d q u i e r e n una diferente c o n d i c i ó n y una serie d e
extraña, fecunda y
valores peculiares, o b v i a m e n t e distintos a aquellos q u e tuvieron en su o n g e n . en muciios sentidos
De ahí q u e a l g u n a s ruinas, q u e en su a s p e c t o m i s m o i n d i c a n una e d a d avanzada, lle- contradictoria
colaboración entre
g u e n a convertirse e n a l g o n u e v o . De ahí q u e l l e g u e n a plantear, en su e s t a d o a c t u a l ,
la capacidad
relaciones, secuencias, f o r m a s y valores especiales tan e s t i m u l a n t e s c o m o si h u b i e r a n creativa del ser
sido c o n c e b i d a s d e s d e el p r i n c i p i o d e esa m a n e r a . Y d e ahí, t a m b i é n , q u e c u a n d o e s t o humano y la
s u c e d e e n t r e m o s en c o n t a c t o con una extraña, f e c u n d a y en m u c h o s s e n t i d o s c o n t r a - creatividad
destructora de
d i c t o r i a c o l a b o r a c i ó n e n t r e la c a p a c i d a d creativa d e l ser h u m a n o y la c r e a t i v i d a d d e s -
las fuerzas
t r u c t o r a d e las fuerzas naturales. naturales.
C r e o q u e ése es el caso d e P a q u i m é .
 La arquitectura c o m o experiencia
Las ruinas son algo
La e x p e r i e n c i a d e una ruina a r q u i t e c t ó n i c a t i e n d e a polarizarse e n t r e d o s a c t i t u d e s . Una
más que restos o
fragmentos d e un
i m p l i c a la b ú s q u e d a d e causas y e f e c t o s , la i n d a g a c i ó n , el rastreo y la i n t e r p r e t a c i ó n d e
t o d o perdido sin los o r í g e n e s , las p o s i b i l i d a d e s d e r e c o n s t r u c c i ó n y r e s t a u r a c i ó n . La r e c u p e r a c i ó n , en
remedio, en su s u m a , d e su c o n d i c i ó n inicial. Esta p o s t u r a c o n l l e v a la creencia d e q u e el t i e m p o , la in-
condición actual
t e m p e r i e y la incuria p e r j u d i c a r o n las o b r a s y, p o r lo t a n t o , q u e resultaría m u y c o n v e -
son, sencillamente,
otras obras. n i e n t e r e c u p e r a r su f o r m a o r i g i n a l .
O t r a c o n c i b e la a r q u i t e c t u r a más c o m o una p r e s e n c i a , c o m o una e x p e r i e n c i a c u y o
s u s t e n t o es el a p r e c i o d e c o n d i c i o n e s y características circunstanciales; c o m o una t e n -
d e n c i a al a s o m b r o , a la euforia y a la sorpresa; c o m o un placer especial p o r d e s c u b r i r lo
c o n c r e t o (aquí, así, aliora} y gozar con la lectura d i r e c t a ; c o m o una a c e p t a c i ó n d e la
ruina en su c o n d i c i ó n actual, al m a r g e n d e las i n t e r p r e t a c i o n e s , c o n sus c o n n o t a c i o n e s
d e a p a r i c i ó n , g e n e r a d o r a d e lecturas, e v o c a c i o n e s y fantasías c o n f r e c u e n c i a m á s atra-
y e n t e s y c o m p l e j a s q u e las g e n e r a d a s p o r o b r a s recién t e r m i n a d a s . Una lectura q u e
incluye el r e c o n o c i m i e n t o d e q u e los a g e n t e s naturales p u e d e n llegar a incidir d e tal
m a n e r a s o b r e una o b r a c o n s t r u i d a p o r el h o m b r e q u e son c a p a c e s d e crear otra d i f e -
r e n t e , g e n e r a d o r a d e nuevas i m á g e n e s p o é t i c a s , d e presencias insólitas, d e fascinantes
a p a r i c i o n e s y d e e n r i q u e c e d o r a s sugerencias. O b r a s q u e se e x p r e s a n en un l e n g u a j e
q u e invita a ser e s c u c h a d o y d e s c i f r a d o , y q u e no cancela la e v o c a c i ó n p e r o q u e sí su-
p o n e un d i s t a n c i a m i e n t o d e la p u r a n o s t a l g i a .

Las ruinas son a l g o m á s q u e restos o f r a g m e n t o s d e un t o d o p e r d i d o sin r e m e -

dio. En su c o n d i c i ó n a c t u a l s o n , s e n c i l l a m e n t e , o t r a s o b r a s , p r o d u c t o d e un p r o c e s o
e n el q u e se han a l t e r a d o a l g u n o s d e sus v a l o r e s o r i g i n a l e s a c a m b i o d e a d q u i r i r
n u e v o s s i g n i f i c a d o s . N o s ó l o lo q u e p e r d i e r o n , s i n o lo q u e g a n a r o n es lo q u e las
No sólo lo que a l t e r a y las h a c e c a m b i a r . Si b i e n ha d e s a p a r e c i d o su uso o r i g i n a l y se han d i l u i d o
perdieron, sino c o l o r e s y d e t a l l e s , ha s u r g i d o al m i s m o t i e m p o una p l á s t i c a d i f e r e n t e , u n a r e l a c i ó n
lo que ganaron m á s f l u i d a c o n su e n t o r n o y n u e v a s , y en o c a s i o n e s c o n t r a d i c t o r i a s p r o p u e s t a s d e
es lo que las altera
interpretación.
y las hace cambiar.
C r e o q u e , d e e s t o , t a m b i é n P a q u i m é es un b u e n e j e m p l o .
Los bordes imprecisos
A veces la acción
Una o b r a en c o n d i c i ó n d e ruina n o está n e c e s a r i a m e n t e d e p r e c i a d a . Es incluso f r e c u e n t e
del hombre,
q u e la valoración d e ciertos c o n j u n t o s d e p e n d a , en buena m e d i d a , d e su e s t a d o r u i n o s o , del tiempo y de
al e x t r e m o d e q u e la sola i m a g e n d e una restauración q u e r e c u p e r e con f i d e l i d a d los los elementos
detalles originales p u e d e llegar a p r o v o c a r un p r o f u n d o d e s c o n c i e r t o o incluso a p r o d u c i r naturales se
conjuga para
una franca irritación (el e j e m p l o d e un Partenón p o l i c r o m o es u n o d e tantos).
destruir de un
En las ruinas la acción c o m b i n a d a d e l h o m b r e y d e los e l e m e n t o s , d e l paso d e l t i e m - cierto m o d o que
p o y d e o t r o s f a c t o r e s d i v e r s o s c o n d u c e a una i n d e f i n i c i ó n en los límites espaciales y acaba por ser
creativo.
f o r m a l e s , p r o d u c e b o r d e s i m p r e c i s o s e n las masas c o n s t r u i d a s , cancela los usos y f u n -
c i o n e s c o t i d i a n a s , v u e l v e b o r r o s o s los s i g n i f i c a d o s , e v a p o r a las creencias y g e n e r a a m -
b i g ü e d a d en las f r o n t e r a s e n t r e naturaleza y artificio. T o d o ello facilita las reacciones
e v o c a d o r a s , p r o m u e v e la i m a g i n a c i ó n d e s b o r d a d a y f a v o r e c e el d e s c u b h m i e n t o d e lec-
turas alternas, p e r o hay casos en los cuales la acción d e l h o m b r e , d e l t i e m p o y d e los
e l e m e n t o s naturales se c o n j u g a para d e s t r u i r d e un c i e r t o m o d o q u e acaba p o r ser crea-
t i v o . Resulta difícil saber si en la ruina lo más a d m i r a b l e es su específica c o n d i c i ó n d e
ruina, su implícita i n v i t a c i ó n a d e d u c i r causas y e f e c t o s , la p o s i b i l i d a d d e i m a g i n a r sin
m u c h a s cortapisas sus características-originales o si, c o m o es p r o b a b l e , lo más f a s c i n a n -
t e e n una ruina acaba p o r ser la mezcla d e t o d o e l l o .

¿Hasta q u é p u n t o ciertas o b r a s a r q u i t e c t ó n i c a s a c e p t a n su t r a n s f o r m a c i ó n sin d e j a r

d e ser ellas mismas? ¿ Q u é t a n v á l i d o resulta p r e v e r la existencia d e unos límites q u e
l l e g u e n a precisar, en v e r d a d , lo q u e las o b r a s son? ¿O será más b i e n q u e eso q u e lla-
m a m o s a r q u i t e c t u r a p o s e e d e s d e su o r i g e n esencias m ú l t i p l e s y límites difusos?
Las ruinas d e P a q u i m é son un m a g n í f i c o p r e t e x t o para hacer éstas y otras reflexiones.

Las t r a n s f i g u r a c i o n e s entre laarquitectura y la naturaleza

A l recorrer los valles d e l n o r t e d e C h i h u a h u a , p o r un curioso e f e c t o d e la c o n f i g u r a c i ó n
d e l t e r r e n o , el e s p e c t a d o r no se siente en el f o n d o d e una c o n c a v i d a d sino en la c ú s p i d e
d e un e s p a c i o c o n v e x o . Esto g e n e r a una m u y p e c u l i a r sensación d e presencia d e l cie-
lo, q u e o c u p a , o parece ocupar, una p o r c i ó n d e la b ó v e d a celeste s u p e r i o r a la h a b i t u a l .
 En P a q u i m é esta presencia cósmica y espacial es p o d e r o s a p r o m o t o r a d e significaciones
La muralla
t r a s c e n d e n t e s , a c e n t u a d a s p o r la i m p r e s i o n a n t e c a l i d a d l u m i n o s a d e su a t m ó s f e r a . Una
construida que
generan las casas
luz q u e se f u n d e c o n el e s p a c i o d e tal m a n e r a q u e acaba p o r a d q u i r i r una c o n d i c i ó n tác-
pasa a ser til. Podría d e c i r s e q u e e s p a c i o y luz son ahí n o sólo el m e d i o sutil q u e nos r o d e a , sino
geografía y se una masa líquida y cristalina en la q u e e s t a m o s s u m e r g i d o s .
transforma en
D a d o s la distancia a la cual se e n c u e n t r a n las m o n t a ñ a s q u e c o n f i n a n el valle y el
montaña accesible
e inmediata, la i n t e n s o claroscuro q u e g e n e r a la luz, c u a l q u i e r c a m b i o d e nivel resulta e s p e c i a l m e n t e sig-
cordillera que nificativo, t a n t o p o r la serie d e líneas q u e p r o d u c e y q u e son un a c o n t e c i m i e n t o e n un
confina el valle
paisaje tan i n t e n s a m e n t e t r i d i m e n s i o n a l , c o m o p o r la sutileza d e las c a d e n c i a s visuales
pasa a ser
arquitectura y se
q u e p r o m u e v e n y los m a t i c e s espaciales q u e a c e n t ú a n .
convierte en muro En P a q u i m é las zonas d e v i v i e n d a están hechas d e tierra y llenas d e c a v i d a d e s , son
distante.
altas y c o n t i n u a s ; las zonas c e r e m o n i a l e s están hechas d e p i e d r a , son bajas, aisladas y
masivas. Las c o n s t r u c c i o n e s d e s t i n a d a s a la v i d a c o t i d i a n a se o r g a n i z a n p o r la c o m b i n a -
c i ó n m ú l t i p l e d e e s p a c i o s g e o m é t r i c o s r e c t a n g u l a r e s d e diversas p r o p o r c i o n e s y varia-
das f o r m a s : lineales, e n á n g u l o , e n t e , en cruz, e n z i g z a g , e t c . Las e s t r u c t u r a s sacras,
previstas para las o c a s i o n e s e x c e p c i o n a l e s , utilizan f o r m a s a u t ó n o m a s , d e t r a z o libre,
e i n c l u y e n en a l g u n o s casos e v o c a c i o n e s z o o m ó r f i c a s . La d i s p o s i c i ó n g e n e r a l d e l c o n -
j u n t o es a s i m é t r i c a ; las v i v i e n d a s d e un l a d o , las estructuras c e r e m o n i a l e s d e l o t r o y
una plaza i n t e r m e d i a , c o m o g r a n e s p a c i o q u e articula a a m b a s . La altura d e la v i v i e n -
d a c o n f i n a y r e s p a l d a p o d e r o s a m e n t e una p a r t e d e la plaza, m i e n t r a s la o t r a a p e n a s
e s b o z a sus límites c o n unas c u a n t a s líneas h o r i z o n t a l e s , p r o d u c t o d e l i g e r o s d e s n i v e -
les, y c o n el f r a g m e n t a r i o s u b r a y a d o q u e p r o v o c a n las e s t r u c t u r a s c e r e m o n i a l e s s o b r e
las m o n t a ñ a s d i s t a n t e s .

Este d i á l o g o e n t r e la a r q u i t e c t u r a y la naturaleza p r o v o c a t r a n s f i g u r a c i o n e s n o t a b l e s .
La muralla c o n s t r u i d a q u e g e n e r a n las casas pasa a ser g e o g r a f í a y se t r a n s f o r m a en
m o n t a ñ a accesible e i n m e d i a t a . La cordillera q u e confina el valle pasa a ser a r q u i t e c t u r a
y se c o n v i e r t e e n m u r o d i s t a n t e . La c i u d a d , hecha p o r el h o m b r e , se c o n v i e r t e e n n a t u -
raleza y e n paisaje. El paisaje, p r o d u c t o d e la naturaleza, se t r a n s f o r m a en a r q u i t e c t u r a
y en c i u d a d .
 El paso d e l t i e m p o y d e la historia ha p r o v o c a d o q u e lo h e c h o d e tierra se p e r f o r e y
g e n e r e un m u n d o d e o q u e d a d e s , d e luces y d e s o m b r a s , mezcla d e rigores g e o m é t r i c o s
y d e f o r m a s sensuales, ya q u e la dureza original se ha m i t i g a d o p o r los b o r d e s tersos y
los suaves perfiles q u e ha m o l d e a d o el v i e n t o . Más q u e una ruina, el alucinante P a q u i m é
q u e hoy c o n o c e m o s p a r e c e el p r o d u c t o d e un p a c t o c e l e b r a d o e n t r e la c r e a t i v i d a d d e
los h o m b r e s d e o t r o s t i e m p o s y la fuerza p e r m a n e n t e y t r a n s f o r m a d o r a d e la naturaleza.
En su o r i g e n , es p r o b a b l e q u e una d o s i f i c a c i ó n feliz d e i m a g i n a c i ó n , s e n s i b i l i d a d ,
cultura y t r a d i c i ó n haya c o n t r i b u i d o , al i d e n t i f i c a r el paisaje, a q u e se construyera y se
viviera ahí una c i u d a d . P o s t e r i o r m e n t e , f u e tal vez una mezcla d e s a f o r t u n a d a d e factores
e x t e r n o s c o m b i n a d o s c o n un c a m b i o e n la s e n s i b i l i d a d y c o n una p é r d i d a d e la i m a g i -
nación c r e a d o r a lo q u e p r o v o c ó su a b a n d o n o . O t r a cultura y otras t r a d i c i o n e s se encar-
g a r o n d e c o m p l e t a r su d e s t r u c c i ó n , y es hasta últimas fechas c u a n d o se ha p l a n t e a d o su
redescubhmiento.
M a n o s h u m a n a s c o n s t r u y e r o n y m o d e l a r o n los m u r o s d e arcilla, e l e m e n t o s naturales
los han d e s t r u i d o y r e c r e a d o l e n t a m e n t e , hasta l o g r a r un á m b i t o p l e n o d e ofertas visua-
les e incitaciones t á c t i l e s , c o n una luz q u e i n u n d a y se d e r r a m a e n un e s p a c i o e x t r a ñ a y
s i m u l t á n e a m e n t e c o n f i n a d o e infinito.-
La c o l a b o r a c i ó n azarosa d e l h o m b r e , d e l t i e m p o , d e l v i e n t o y d e la lluvia ha c r e a d o
al P a q u i m é d e hoy, ahí, así.
Dice Salvador Elízondo q u e las o b r a s más d u r a d e r a s son a q u e l l a s q u e en su c o n c e p -
ción incluyen el fracaso: su final d e s t r u c c i ó n c o m o p a r t e c u l m i n a n t e d e su p r o c e s o .
C r e o q u e t i e n e razón. P a q u i m é , d e s d e l u e g o , p a r e c e c o n f i r m a r l o .
 Aprender a escribir y aprender a hablar

A p r e n d e r a escribir
Escribir es representar. Y la r e p r e s e n t a c i ó n , para r e a l m e n t e serlo, r e q u i e r e d e una serie
d e a c u e r d o s previos para q u e p u e d a realizarse y, s o b r e t o d o , para q u e resulte a c e p t a b l e
y clara para una mayoría significativa d e i n d i v i d u o s . Un sistema d e r e p r e s e n t a c i ó n q u e
s ó l o c u e n t e con el a c u e r d o d e unos c u a n t o s p u e d e ser una clave, un c ó d i g o s e c r e t o ,
p e r o no una escritura e n el s e n t i d o a m p l i o d e l c o n c e p t o .
Representar es, f i n a l m e n t e , t o m a r una cosa p o r o t r a . Ya sea p o r q u e resulta más c ó -
m o d o , más e n r i q u e c e d o r o s e n c i l l a m e n t e más a c c e s i b l e y e c o n ó m i c o acudir a la r e p r e -
s e n t a c i ó n q u e a los o r i g i n a l e s .
Representar es hacer una cosa q u e no es la r e p r e s e n t a d a (el c u a d r o l l a m a d o Ésta no
es una pipa d e Rene M a g r i t t e es un e j e m p l o q u e mezcla d e l i c i o s a m e n t e la e v i d e n c i a
c o n el h u m o r ) . Representar es hacer, c o m o e n este caso, una p i n t u r a q u e se p a r e c e a un
o b j e t o e s p e c í f i c o . Por e l l o es t a n f r e c u e n t e c o m o d e l i c a d o c o n f u n d i r una cosa c o n la
otra y t o m a r lo r e p r e s e n t a d o c o m o la r e a l i d a d .
La a r q u i t e c t u r a es una a c t i v i d a d q u e r e q u i e r e — e n la mayoría d e los c a s o s — d e su
previa escritura o r e p r e s e n t a c i ó n para llegar a ser, para p o d e r edificarse y c o n v e r t i r s e e n
una o b r a real.

Los intérpretes
En la arquitectura, la representación es un i n t e r m e d i a r i o entre la creación, la c o m p o s i c i ó n
y la realización. Resulta necesario, y c o n v e n i e n t e , representarla antes d e hacerla. Por eso,
para hacer arquitectura es i m p r e s c i n d i b l e a p r e n d e r los sistemas d e representación q u e le
son p r o p i o s , es preciso saber escribirla, lo q u e es e q u i v a l e n t e a p o d e r describirla.
C o m o la música, la a r q u i t e c t u r a necesita d e i n t é r p r e t e s para e j e c u t a r s e , requiere d e
utilizar m e d i o s q u e e s t r i c t a m e n t e le son ajenos para indicar sus características, i m p o n e
ser c o n c e b i d a y, en un p e c u l i a r s e n t i d o , pre-vista o p r e - e s c u c h a d a p o r su autor. Para un
e x p e r t o , es p o s i b l e oír una sinfonía s i g u i e n d o su partitura o visualizar una e d i f i c a c i ó n a
partir d e unos p l a n o s . La e x p e r i e n c i a es i m p r e s c i n d i b l e y las d i f i c u l t a d e s a b u n d a n t e s
para l o g r a r l o , p e r o c u a l q u i e r a q u e d e s e e d e c i r o expresar a l g o en a r q u i t e c t u r a d e b e sa-
b e r leerla y escribirla p r i m e r o con a c e p t a b l e destreza.
 A p r e n d e r a escribir y a representar la a r q u i t e c t u r a es llegar a saber expresar las for-
Representar es,
mas y los espacios en un sistema q u e es un c ó d i g o particular, r e c o n o c i d o y a c e p t a d o
finalmente, tomar
una cosa por otra.
p o r t o d o s a q u e l l o s q u e lo p r a c t i c a n .
Este s i s t e m a p l a n t e a d i s t i n t a s p o s i b i l i d a d e s , d e s d e e! c r o q u i s q u e e s b o z a c i e r t a s
i d e a s c l a v e , la p e r s p e c t i v a q u e s u g i e r e la t r i d i m e n s i o n a l i d a d , la m a q u e t a q u e e n
e f e c t o la m u e s t r a , hasta el g e o m e t r a l c u i d a d o s o y d e t a l l a d o q u e precisa los t r a z o s y
las d i m e n s i o n e s e I n c l u y e r e f e r e n c i a s e s p e c í f i c a s d e los m a t e r i a l e s y los c o m p o n e n -
t e s . Los r e c u r s o s a c t u a l e s q u e p r o p o r c i o n a n las c o m p u t a d o r a s t i e n e n g r a n d e s v e n -
t a j a s , a b r e n p o s i b i l i d a d e s d e g r a n u t i l i d a d y p r o m e t e n el d e s a r r o l l o d e n u e v o s y c a d a
vez m á s s o r p r e n d e n t e s m e d i o s d e r e p r e s e n t a c i ó n , p r o d u c c i ó n y e x p e r i m e n t a c i ó n d e
la a r q u i t e c t u r a . N o o b s t a n t e e s t o s a v a n c e s , c o n v i e n e r e c o n o c e r q u e los f u n d a m e n t o s
p a r a e s c r i b i r una o b r a a r q u i t e c t ó n i c a se m a n t i e n e n y, s u s t e n t a d o s p o r u n a t r a d i c i ó n
secular, a c c e s i b l e y m a n u a l , s i g u e n s i e n d o m e d i o s i m p o r t a n t e s d e ser a p r e n d i d o s y
dominados.

En los s i s t e m a s c o m u n e s d e r e p r e s e n t a c i ó n e n g e o m e t r a l es i m p r e s c i n d i b l e d e -
f i n i r c o n c l a r i d a d los p u n t o s d e p a r t i d a para l o g r a r una r e p r e s e n t a c i ó n clara y, c o m o
.necesaria c o n s e c u e n c i a , u n a c o m u n i c a c i ó n e f i c i e n t e d e las c a r a c t e r í s t i c a s d e la o b r a
q u e p r o p o n e el a u t o r Un r e c t á n g u l o a l a r g a d o p u e d e r e p r e s e n t a r un m u r o o un cír-
c u l o , una c o l u m n a . Lo g r a n d e p u e d e c o n v e r t i r s e e n p e q u e ñ o c o n t a l d e m a n t e n e r
sus p r o p o r c i o n e s . Este t i p o d e e s c r i t u r a r e q u i e r e p r e c i s a r el c o n t e x t o al q u e p e r -
t e n e c e e i n f o r m a r s o b r e el c r i t e r i o c o n el cual se t r a z a r o n los s i g n o s ( a u n q u e un
e s c r i t o r o un l e c t o r a v e z a d o será c a p a z d e d e d u c i r l o s f á c i l m e n t e ) ya q u e es d i s t i n t o
r e p r e s e n t a r e n p l a n t a q u e h a c e r l o e n s e c c i ó n o e n e l e v a c i ó n , y n o es lo m i s m o usar
una escala q u e o t r a .
A d i f e r e n c i a d e l r i g u r o s o sistema o r t o g o n a l en la p r o y e c c i ó n d e los g e o m e t r a l e s , la
r e p r e s e n t a c i ó n en p e r s p e c t i v a i m p l i c a otra serie d e c o n v e n c i o n e s ; líneas q u e se m u e s -
tran c o n inclinaciones diversas p o d r á n ser d e h e c h o paralelas, un t r a p e c i o p o d r á e q u i v a -
ler a un r e c t á n g u l o y una elipse a un círculo.
La escritura d e la a r q u i t e c t u r a p u e d e l l e g a r a ser t a n c o n v i n c e n t e , q u e un d i b u j o
l i n e a l , h e c h o s o b r e la s u p e r f i c i e d e un p a p e l , se l l e g a r á a t o m a r , sin m a y o r e s f u e r z o ,
p o r un o b j e t o d e tres d i m e n s i o n e s . De a q u í sus v e n t a j a s y d e ahí t a m b i é n sus ries-
g o s . Es c o n o c i d a la a n é c d o t a q u e s o r p r e n d i ó a A n d r é B r e t ó n y lo llevó a a f i r m a r q u e
M é x i c o era el país surrealista p o r e x c e l e n c i a : al hacer el e n c a r g o a un c a r p i n t e r o para
q u e le f a b r i c a r a una m e s a , le p r o p o r c i o n ó un d i b u j o d e la m i s m a e n p e r s p e c t i v a , c o n -
En ía arquitectura,
s i d e r a n d o q u e era ésa la f o r m a más clara d e expresar, y d e c o m u n i c a r , sus d e s e o s .
la representación es
un intermediario Sin m a n i f e s t a r d u d a a l g u n a , el a r t e s a n o se l l e v ó el d i b u j o para r e g r e s a r a l g u n a s s e m a -
entre la creación, la nas d e s p u é s c o n una mesa c o n s t r u i d a f i e l m e n t e a p a r t i r d e l m o d e l o r e c i b i d o , es d e -
composición y la
cir, c o n las e x a c t a s d e f o r m a c i o n e s q u e los t r a z o s d e l d i b u j o u s a b a n para m o s t r a r el
realización.
o b j e t o en perspectiva.
Acuerdos y aventuras
Aprender
A p r e n d e r p r e s u p o n e una a c t i t u d , una v o l u n t a d expresa d e a c e p t a r a c u e r d o s p r e v i o s .
presupone una
Pero el a p r e n d i z a j e no es ú n i c a m e n t e a b s o r c i ó n d e los c o n o c i m i e n t o s a c o r d a d o s y a c e p - actitud, una
t a d o s p o r o t r o s , a p r e n d i z a j e es t a m b i é n aventura y d e s c u b r i m i e n t o p e r s o n a l . voluntad expresa
A pesar d e los m ú l t i p l e s niveles m e n c i o n a d o s , c u a l q u i e r a q u e haya s i d o el m e d i o de aceptar
acuerdos previos.
n o será nunca s u f i c i e n t e saber e x p r e s a r d i r e c t a , clara y l i t e r a l m e n t e los i n s t r u m e n t o s ,
los e l e m e n t o s y los c o m p o n e n t e s básicos d e la o b r a a r q u i t e c t ó n i c a — l o q u e seria el
e q u i v a l e n t e a saber r e d a c t a r un t e x t o c o r r e c t a m e n t e y sin faltas d e o r t o g r a f í a — , es
n e c e s a r i o saber o f r e c e r a los l e c t o r e s — s o b r e t o d o a los p r i m e r o s , q u e serán p r e v i s i -
b l e m e n t e t a m b i é n sus i n t é r p r e t e s — la línea a r g u m e n t a l y c o n c e p t u a l d e la o b r a , ser
capaz d e escribir e n t r e líneas, d e m o s t r a r el e s p a c i o q u e se g e n e r a , d e s u g e r i r las cali-
d a d e s d e la luz y d e e x p o n e r la síntesis d e los i n g r e d i e n t e s q u e se r e q u i e r e n para hacer
eso q u e llegará a ser una o b r a c o n s t r u i d a , real, c o n c r e t a , u t i l i z a b l e , a d e c u a d a y s u g e s -
tiva, p r o m o t o r a d e recorridos, ritmos, remates, articulaciones, transiciones y culmina-
c i o n e s . Tal c o m o s u c e d e en la literatura, al escribir la a r q u i t e c t u r a c o n v i e n e h a b e r s e
a d i e s t r a d o más allá d e la g r a m á t i c a y h a b e r a d q u i r i d o los recursos para ser un b u e n
narrador, para retratar p e r s o n a j e s c o n s i s t e n t e s e i n t e r e s a n t e s , para p r o p o n e r una t r a m a
y un r i t m o q u e l o g r e o t o r g a r l e p e r s o n a l i d a d i d e n t i f i c a b l e a la o b r a p r o p u e s t a y así o f r e -
cer a q u i e n e s harán su v i d a en esos e s p a c i o s a r q u i t e c t ó n i c o s la p o s i b i l i d a d d e g o z a r -
los y no d e p a d e c e r l o s .

A p r e n d e r a h a b l a r y t e n e r a l g o qué d e c i r
A p r e n d e r a hablar en arquitectura es tal vez lo más difícil, p o r q u e el p r o b l e m a no se limita
a la c a p a c i d a d d e emitir sonidos, sino a t e n e r a l g o razonable y significativo q u e decir.
El habla d e la a r q u i t e c t u r a t i e n e q u e v e r con la vida d e los h o m b r e s , lo cual i m p l i c a
q u e t i e n e q u e v e r c o n la v i d a personal d e los d e m á s . P r o p o r c i o n a r el á m b i t o para q u e
o t r o s desarrollen ahí su i n t i m i d a d es d e suyo un serio p r o b l e m a , q u e se i n c r e m e n t a p o r
tratarse d e a c t i v i d a d e s q u e a más d e ser vitales son c o t i d i a n a s , lo cual significa q u e d e -
b e r á n ser t o d a s y q u e cada una t e n d r á m a t i c e s i n d i v i d u a l e s d i f e r e n t e s .
 Llegar a hablar c o n p r o p i e d a d en arquitectura, ser capaz d e decir y d e c o m u n i c a r ideas
Aprender a hablar
valiosas c o n f o r m a s y e s p a c i o s , con secuencias y luz, lograr e s t a b l e c e r los necesarios
en arquitectura
es tal vez lo más
c o n f i n e s d e l e s p a c i o con la e s t i m u l a n t e p o s i b i l i d a d d e e l u d i r sus limitaciones, son p r o b l e -
difícil, porque el mas q u e sólo p u e d e n afrontarse a partir d e una a m p l i a , sensible y sólida e x p e r i e n c i a d e
problema no se v i d a , c o n un p r o f u n d o , e x p e r t o y c u i d a d o s o c o n o c i m i e n t o d e lo q u e ha s i d o , hasta
limita a la
ahora, eso q u e l l a m a m o s a r q u i t e c t u r a , c o n una seria reflexión d e lo q u e ésta q u i e r e , p u e -
capacidad de
emitir sonidos, d e y d e b e ser hoy, y con una a c t i t u d abierta y entusiasta, p e r o t a m b i é n critica, d e lo q u e
sino a tener algo p o d r á llegar a ser m a ñ a n a .
razonable y
M e p e r m i t o insistir e n las v e n t a j a s q u e e n c u e n t r o e n a p r e n d e r a través d e la e x p e -
significativo
que decir riencia c o n las ruinas y aclarar q u e n o m e refiero a q u í a los c o n o c i m i e n t o s a n t r o p o l ó g i -
cos o a r q u e o l ó g i c o s , ni t a m p o c o a las precisiones c r o n o l ó g i c a s o históricas q u e d e ellas
p u e d e n d e r i v a r s e , m e l i m i t o a invitar a recorrerlas y e x p e r i m e n t a r l a s t r a t a n d o d e d e s -
c u b r i r los valores e s p e c í f i c a m e n t e a r q u i t e c t ó n i c o s q u e nos m u e s t r a n e n su c o n d i c i ó n
a c t u a l , c o n t o d a s sus carencias y sus p é r d i d a s d e e l e m e n t o s , d e a c a b a d o s y d e d e t a -
lles, c o n t o d a s las a l t e r a c i o n e s q u e han l l e g a d o a p r o d u c i r l e s la incuria d e los h o m b r e s ,
la a c c i ó n d e los e l e m e n t o s n a t u r a l e s o el paso d e l t i e m p o . E x p e r i e n c i a q u e c o n d u c i r á
a una lectura e s t i m u l a n t e d e sus características, lectura q u e p r o m o v e r á nuevas inter-
p r e t a c i o n e s , q u e a su vez d e b e r á n c o n v e r t i r s e en enseñanzas y en f u e n t e s c a u d a l o s a s
d e a p r e n d i z a j e . Experiencia q u e e s t a b l e c e r á c o n s o l i d e z el c o n v e n c i m i e n t o d e q u e la
o b r a a r q u i t e c t ó n i c a es para m o s t r a r s e y n o , c o m o a l g u n o s s i g u e n c r e y e n d o , para d e -
m o s t r a r s e . E x p e r i e n c i a q u e i n c l u y e la p o s i b i l i d a d d e i m a g i n a r l e v a r i a n t e s o r e n o v a r l e
características, p e r o q u e p a r t e d e apreciarla p r i m e r o tal c o m o es sin p r e t e n d e r i n d a g a r -
le s u p u e s t o s s i g n i f i c a d o s .

El c o n j u n t o c e r e m o n i a l d e M o n t e A l b á n en O a x a c a es, en m i p e r s o n a l e x p e r i e n c i a ,
una d e las o b r a s d e M é x i c o q u e , a pesar d e su c o n d i c i ó n r u i n o s a , ha l o g r a d o una m á -
x i m a e l o c u e n c i a al h a b l a r e n a r q u i t e c t u r a . A t e n d e r su d i s c u r s o f a v o r e c e el a p r e n d i z a j e
y c o n e l l o p r o p i c i a el d e s c u b r i m i e n t o d e sus m u y n u m e r o s o s , i l u s t r a t i v o s y s o r p r e n -
dentes valores.

Ruinas de Monte Albán, Oaxaca.

 M O N T E ALBAN
Entre las numerosas
posibilidades que
L a <'oiii|>r4'iisióii y e l a s o m b r o d e l sitio ofrecía el espacio
natural para erigir
Aclaró que un Aleph es uno de los puntos del espacio que contiene todos los puntos, su asentamiento
supieron elegir
J o r g e Luis Borges
uno desde e l cual
Eí Aleph
la observación
del Valle es
privilegiada.
El e c o , u n a m a n e r a d er e l a c i o n a r s e c o n e l m u n d o
Primero se p e r c i b e y se a d m i r a el Valle d e O a x a c a , su e x t e n s i ó n y la g r a n d e z a i m p o -
n e n t e d e las m o n t a ñ a s q u e lo c i r c u n d a n , l u e g o se aprecia q u e el paisaje ofrece matices
y escalas m e n o r e s , en o t r o s valles d e n t r o d e l Valle. Para sus p r i m e r o s p o b l a d o r e s la ex-
p e ñ e n c i a d e esos e s p a c i o s f u e sin d u d a s o r p r e n d e n t e : el paisaje d e g r a n escala q u e
incluye r e g i o n e s d e escalas i n t e r m e d i a s q u e a su vez se c o m p o n e n d e sitios m e n o r e s ,
un p r i n c i p i o d e relaciones g r a d u a l e s e i n c l u y e n t e s q u e t i e n e n i m p l i c a c i o n e s d e infinito
en a m b o s s e n t i d o s , hacia lo más g r a n d e y hacia lo más p e q u e ñ o . Una resonancia e s p a -
cial lanzada hacia el c r e c i m i e n t o o la d i s m i n u c i ó n i n t e r m i n a b l e . Un g r a n a c o r d e q u e se
repite en ecos p e r s i s t e n t e s .
Parece e v i d e n t e q u e los creadores d e l c o n j u n t o d e M o n t e A l b á n s u p i e r o n escuchar
la s o n o ñ d a d , los a c o r d e s y las m e l o d í a s d e estos espacios y f u e r o n capaces d e asombrar-
se con ellos. Por a l g o d e c i d i e r o n asentarse ahí, d e s p u é s d e h a b e r l o r e c o r r i d o m o r o s a y
c u i d a d o s a m e n t e d u r a n t e m u c h o t i e m p o , para c o n o c e r l o y e n t e n d e r l o c o n la sutileza
q u e m u e s t r a n las o b r a s a r q u i t e c t ó n i c a s q u e ahí c r e a r o n , e n t o n c e s para su b e n e f i c i o y
hoy para el n u e s t r o . Entre las n u m e r o s a s p o s i b i l i d a d e s q u e ofrecía el e s p a c i o natural
para erigir su a s e n t a m i e n t o s u p i e r o n e l e g i r u n o d e s d e el cual la o b s e r v a c i ó n d e l Valle
es p r i v i l e g i a d a . Entre varios, p r e f i r i e r o n un cerro q u e es c o m o un islote q u e f o r m a p a r t e
d e una suerte d e a r c h i p i é l a g o d e n t r o d e l paisaje.
En la c ú s p i d e construyeron un g r a n e s p a c i o c o n t e n i d o por construcciones de
p l a t a f o r m a s sucesivas y p i r a m i d a l e s en su p e r í m e t r o , un e s p a c i o q u e es a su vez c o n t e -
 n e d o r d e n u e v o s espacios d e escalas m e d i a s y m e n o r e s g e n e r a d o s p o r p l a t a f o r m a s d e
Sus edificios y
variadas d i m e n s i o n e s . Sus e d i f i c i o s y sus e s p a c i o s se c o n v i e r t e n así en el e c o d e ! paisaje
sus espacios son
un eco espléndido
natural q u e los r o d e a . En un e c o e s p l é n d i d o , q u e n o es una réplica sino un h o m e n a j e
del paisaje natural propiciatorio.
que los rodea, un De esta m a n e r a , al r e c o n s t r u i r l o e n una escala más accesible, l o g r a n c o m p r e n d e r
eco que no es
m e j o r el sitio y d e s c u b r i r a l g o d e los misterios d e la naturaleza. A l e s t a b l e c e r una res-
una réplica sino
un homenaje p e t u o s a relación c o n él le h n d e n h o m e n a j e , p e r o t a m b i é n , al hacerse su e c o , al r e p e -
propiciatorio. t i r l o , se a p o d e r a n d e él y lo d o m i n a n .

Relacionarse con e l m u n d o
A l c o n s t r u i r la g r a n plaza, y d e n t r o d e ella otras plazas, p a t i o s , j u e g o s d e p e l o t a , etc.,
se a d u e ñ a n , e v o c á n d o l o s , d e l e s p a c i o y d e l paisaje natural, d e l sitio q u e es su m u n d o ,
su universo c o t i d i a n o . Y ahí c o l o c a n un e d i f i c i o q u e resulta insólito e n el c o n j u n t o , una
masa p e q u e ñ a y l i g e r a m e n t e girada para indicar otra o r i e n t a c i ó n , edificada c o n una g e o -
metría d i f e r e n t e a la o r t o g o n a l q u e p r e d o m i n a . Se asienta un o b s e r v a t o r i o para ver, para
e n t e n d e r , para evocar, y, si f u e r a p o s i b l e , para a p o d e r a r s e t a m b i é n d e l f i r m a m e n t o . De
ese m p d o se relaciona lo h e c h o p o r el h o m b r e a un t i e m p o c o n el e s p a c i o l u m i n o s o , so-
lar y c o t i d i a n o , y c o n el estelar, n o c t u r n o y m i s t e ñ o s o . U n o , el terrestre, el q u e c a m b i a d e
m a n e r a c o n t i n u a y azarosa, la luz, las n u b e s , la v e g e t a c i ó n , los animales, los h o m b r e s .
O t r o , el estelar, el cíclico y o r d e n a d o p o r el m o v i m i e n t o d e l sol, d e la luna y d e las c o n s -
t e l a c i o n e s , o c a s i o n a l m e n t e d i s t u r b a d o p o r la a p a r i c i ó n d e un c o m e t a i n t r u s o , i n e s p e r a -
d o y desconcertante, p o r t a d o r d e malos presagios y heraldo d e alteraciones del orden.

A l c o n c e b i r su g r a n c o m p o s i c i ó n c o m o un e c o d e l e n t o r n o los c o n s t r u c t o r e s d e M o n -
t e A l b á n l o g r a n , e n t r e o t r o s m u c h o s , tres o b j e t i v o s i m p o r t a n t e s : f o r m a r p a r t e d e l lugar,
n o c o m p e t i r c o n él y d e ese m o d o no d i s t u r b a r l o ; c o n v e r t i r — e n un a c t o d e m á g i c a
s a b i d u r í a — el paisaje e n t e r o en a r q u i t e c t u r a , p e r o t a m b i é n t r a n s f o r m a r — c o n el paso
d e l t i e m p o — la a r q u i t e c t u r a en paisaje. Y este p r o d i g i o s o d i á l o g o — e n t r e los e s p a c i o s
q u e el h o m b r e e n c u e n t r a y los e s p a c i o s q u e el h o m b r e c r e a — o f r e c e a d e m á s , c o m o
una d e sus m á x i m a s sorpresas, las maravillosas secuencias d e acceso, r e c o r r i d o s y es-

Ruinas de Monte Alban, Oaxaca.

tancias en un e s p a c i o al q u e p r i m e r o se a s c i e n d e , m a n t e n i e n d o una vista c o n t u n d e n t e
d e las m o n t a ñ a s y el g r a n Valle, l u e g o se a c c e d e p o r sus b o r d e s para bajar a la g r a n Una intensa y
sorprendente
plaza y en ella se d e s c u b r e q u e ese p e q u e ñ o d e s c e n s o , en c o m b i n a c i ó n c o n el c o n f i -
lectura de un
n a m i e n t o d e su p e r í m e t r o , basta para c o l o c a r al h o m b r e en un e s p a c i o q u e d e p r o n t o paisaje terrenal,
se aisla, se separa y cancela la visión d e su e n t o r n o m o n t a ñ o s o . circunstancial, de
poderosa
La f o r t u n a d e e x p e r i m e n t a r un a m a n e c e r o un a t a r d e c e r en ese l u g a r es un a c o n t e c i -
presencia, que
m i e n t o i n o l v i d a b l e . La luz t e n d i d a y las largas s o m b r a s organizan un j u e g o a r m ó n i c o d e primero se muestra
c a m b i o s c o n s t a n t e s . El sol n a c i e n t e t r a n s f i g u r a g r a d u a l m e n t e los oscuros perfiles y la y se acentúa con
intensa admiración
l u m i n o s i d a d i n u n d a el e s p a c i o , el p o n i e n t e va r e t r o c e d i e n d o a f a v o r d e las s o m b r a s inau-
y respeto para
g u r a n d o el m i s t e r i o d e la n o c h e . luego desaparecerlo
Una intensa y s o r p r e n d e n t e lectura d e un paisaje t e r r e n a l , circunstancial, d e p o d e r o - y transformarlo en
otro radicalmente
sa presencia, q u e p r i m e r o se muestra y se a c e n t ú a con intensa a d m i r a c i ó n y r e s p e t o
distinto, aéreo,
para l u e g o d e s a p a r e c e r l o y t r a n s f o r m a r l o en o t r o r a d i c a l m e n t e d i s t i n t o , a é r e o , t r a s c e n - trascendente,
d e n t e , místico y a l u c i n a n t e . místico y
Una insólita e i n e s p e r a d a e x p e r i e n c i a d e l i b e r t a d e i n d e p e n d e n c i a crea un lugar q u e alucinante.

parece f l o t a r en el e s p a c i o y n a v e g a r sin a t a d u r a s en el v i e n t o .

Una insólita e
inesperada
experiencia de
libertad e
independencia
crea un lugar que
parece flotar en
el espacio y
navegar sin
ataduras en
el viento.

II I luJJ, I !,lhlU¡4ll.l! Imllí!

 A p r e n d e r a expresar y aprender a callar

Aprender a expresarse con elocuencia

D e s p u é s d e l p r o b l e m a d e saber hablar, d e p o d e r d e c i r cosas, está el d e a p r e n d e r a ex-
presarse c o n acierto y, s i e m p r e q u e sea p o s i b l e , c o m o en M o n t e A l b á n , con e l o c u e n c i a ;
y t a m b i é n el d e e x p o n e r las ideas c o n claridad p e r o t a m b i é n con e l e g a n c i a , con sencillez
p e r o t a m b i é n c o n c a p a c i d a d para sintetizar c o n c e p t o s c o m p l e j o s .
Expresarse, d e c i r a l g o e n a r q u i t e c t u r a , significa t a m b i é n — l i t e r a l y s i m u l t á n e a m e n -
te— e x p o n e r la o b r a , y e x p o n e r s e el autor. P o r q u e es n e c e s a r i o r e c o r d a r q u e la o b r a
a r q u i t e c t ó n i c a se e n c u e n t r a s i e m p r e adscrita a un l u g a r y ese lugar, salvo m u y c o n t a -
d a s e x c e p c i o n e s , está e n la calle, y la calle es un sitio p ú b l i c o , un e s p a c i o q u e es d e
t o d o s y para t o d o s , un á m b i t o para q u e t r a n s i t e n , se a r t i c u l e n y se c o m u n i q u e n los
ciudadanos.
Las calles son espacios u r b a n o s , cívicos, e s p a c i o s para la g e n t e . Y esos e s p a c i o s es-
t á n d e f i n i d o s p o r la a r q u i t e c t u r a q u e e n ellos se e n c u e n t r a . Si la o b r a a r q u i t e c t ó n i c a no
r e c o n o c e su i m p o r t a n t e p a p e l c o m o g e n e r a d o r a d e espacios para la c o m u n i d a d su e v e n -
tual c a l i d a d específica se verá m e r m a d a s e v e r a m e n t e ya q u e se convertirá en una suerte
d e errata en el c o n t e x t o d e l q u e f o r m a p a r t e y d e l q u e es, en s e n t i d o e s t r i c t o , s ó l o una
p a r t e . Es I m p r o b a b l e q u e una o b r a específica p o s e a en sí m i s m a la escala necesaria p a -
ra c o n t r o l a r e i m p o n e r s e s o b r e la escala m a y o r d e su e n t o r n o .
A l expresarse, la o b r a d e a r q u i t e c t u r a se p o n e al alcance d e t o d o el q u e pasa p o r el
sitio e n el q u e se u b i c a , lo afecta y se ve a f e c t a d a p o r él p o r q u e está, g e n é r i c a m e n t e ,
e x p u e s t a . Y, en la mayoría d e los casos, las características e x i s t e n t e s e n el lugar son las
q u e p r e v a l e c e n y se i m p o n e n . Si la o b r a acierta al d e c i r y al e x p o n e r su t e x t o y l o g r a
relacionarse b i e n c o n su lugar, si e n c u e n t r a el p a p e l particular q u e le toca jugar, o e j e -
c u t a r en el c o n t e x t o , el r e s u l t a d o será b e n é f i c o , t a n t o para el c o n j u n t o — q u e verá a c e n -
t u a d o y m e j o r a d o su d i s c u r s o — c o m o para la o b r a , ya q u e se la e n c o n t r a r á h a c i e n d o
b i e n su p a r t e o m e j o r d i c h o , la o b r a estará en su l u g a r En o c a s i o n e s su p a p e l p o d r á , o
d e b e r á ser, p r o t a g ó n i c o , en otras, q u e serán mayoría, le c o r r e s p o n d e r á f o r m a r p a r t e d e
un g r u p o d e l c o r o o d e la o r q u e s t a . C o n v e n d r á d i s t i n g u i r los casos ya q u e si la e x p r e -
sión p r o t a g ó n i c a se p r o d u c e c o m o c u l m i n a c i ó n d e una secuencia d e a c o n t e c i m i e n t o s
e n el m o m e n t o y e n el lugar a d e c u a d o s , el p r o t a g o n i s m o c o n d u c i r á al l u c i m i e n t o n a t u -
 ral d e l solista, p e r o si se p r o d u c e fuera d e lugar y d e m o m e n t o , q u e d a r á c o m o un i n t e n -
Expresarse,
t o f a l l i d o e i n o p o r t u n o y sólo c o n t r i b u i r á al d e s e q u i l i b r i o d e l c o n j u n t o .
decir algo en
arquitectura, significa
Una falla i g u a l m e n t e g r a v e se presentará si un e l e m e n t o d e l c o r o o d e la o r q u e s t a ,
también —literal y c u y o p a p e l y c u y o é x i t o e x i g e n t o c a r e n a c u e r d o , e n sintonía y en a f i n a c i ó n c o n el resto
simultáneamente— d e l g r u p o , i g n o r a r a su p a r t e y, p o r t o r p e z a , p o r i n c o m p e t e n c i a , p o r i g n o r a n c i a o p o r
exponer la obra
d e s p r e c i o t o c a r a , o cantara, o dijera un t e x t o d i f e r e n t e o i m p r e v i s t o . La s o n o r i d a d d e l
y exponerse
el autor. c o n j u n t o se vería afectada y a q u e l q u e p r e t e n d i ó singularizarse lograría tan sólo p o n e r
en e v i d e n c i a su i n s e n s i b i l i d a d .
A l g o similar s u c e d e con cada o b r a d e a r q u i t e c t u r a : es un e l e m e n t o d e la o r q u e s t a ur-
b a n a q u e , si d e s a f i n a o p r e t e n d e sobresalir e n f o r m a i n d i v i d u a l c u a n d o n o le c o r r e s p o n -
de, ú n i c a m e n t e logrará e s t r o p e a r el c o n j u n t o y subrayar su t o r p e e i n o p o r t u n a s o b e r b i a .

A p r e n d e r a callar y a participar en los conciertos u r b a n o s

La h e r m o s a frase d e Valery, c i t a d a líneas arriba, en la q u e se refiere a los e d i f i c i o s m u -
dos, a los q u e h a b l a n y a unos c u a n t o s q u e c a n t a n , s u g i e r e e n n u e s t r o t i e m p o reflexio-
nes interesantes. El c o n c e p t o apuntaría tal vez hacia una paráfrasis inversa y l a m e n t a b l e :
. . . . m u c h o s s ó l o g e s t i c u l a n , o t r o s v o c i f e r a n y a l g u n o s llegan incluso al insulto.
Los edificios c o m o instrumentos o actores. El m u t i s m o o la s o n o r i d a d d e las f o r m a s . El
lenguaje a r q u i t e c t ó n i c o , capaz d e expresión y discurso. La c i u d a d c o m o p o s i b l e concier-
t o u r b a n o . La arquitectura c o m o música c o n g e l a d a , la música c o m o arquitectura d i n á m i c a .
Hermosa y estimulante, si se pretendiera literal, la metáfora d e la arquitectura c o m o m ú -
sica se destruiría. C o m o t e o r e m a a d e m o s t r a r perdería la sugestión poética y congelaría su
f e c u n d i d a d . Las metáforas son en realidad g e n e r a d o r a s d e nuevas interpretaciones y d e re-
laciones prolijas. Impulsan a revisar y a releer Invitan al a s o m b r o , incitan al d e s c u b r i m i e n t o .
C o n c e b i r los edificios c o m o i n s t r u m e n t o s p a r t i c i p a n t e s en un c o n c i e r t o u r b a n o resul-
ta a t r a y e n t e . C o m o m i e m b r o s d e una o r q u e s t a q u e t o c a n p a p e l e s , p o s e e n t i m b r e s y
o f r e c e n p o s i b i l i d a d e s específicas; suaves y m e l ó d i c a s c u e r d a s , m a d e r a s d u l c e s y a r m o -
niosas, brillantes m e t a l e s o rítmicas p e r c u s i o n e s ; a veces silenciosas o a p e n a s m u r m u -
rantes, otras c o n v i b r a c i o n e s intensas o violentas; s o l e m n e s , discretas o humorísticas,
c o n militar a g i t a c i ó n o con p a u s a d o lirismo. En o c a s i o n e s c o m o a c o m p a ñ a n t e s , en otras
c o m o solistas, p e r o s i e m p r e a c o r d e s , c o n c e r t a d o s , afines, a f i n a d o s .
Hay c i u d a d e s - c o n c i e r t o , c o n t i e m p o s , m e l o d í a s , a r m o n í a s y estructuras q u e incitan
al j u e g o d e las equivalencias: ¿es Venecia un a d a g g i o ? , ¿ M o n t e A l b á n una f u g a ? , ¿ ó p e -
Hay ciudades-
ra Roma?, ¿Sevilla bulerías? ¿Y q u é d e c i r d e los i n s t r u m e n t o s q u e ahí se t a ñ e n y hacen
concierto, con
tiempos, melodías, resonar el c o n j u n t o ?
armonías y
estructuras que
El t e x t o interminable
incitan al j u e g o de
las equivalencias.
La c i u d a d es un libro i n a c a b a d o q u e c o t i d i a n a m e n t e leen sus h a b i t a n t e s . C a d a u n o se
d e m o r a en un p á r r a f o — s u hogar, su b a r r i o , su t r a y e c t o h a b i t u a l — y lo relee t o d o s los
 días. Las palabras, las frases, los capítulos d e las o b r a s urbanas son t e x t o s q u e se m o -
La ciudad
difican d e c o n t i n u o , p o r lo q u e p u e d e n releerse sin p r o v o c a r hastío.
es un libro
Las variaciones s o n , p o r lo g e n e r a l , m a t i c e s l e n t o s y circunstanciales. Una m a n c h a en inacabado que
un m u r o . A l g u n a teja q u e se r o m p e . La e n r e d a d e r a q u e f l o r e c e . El n u e v o p u e s t o d e la cotidianamente
e s q u i n a . Una s o m b r a q u e se p r o l o n g a o se recorta e n el p a t i o . El j u e g o d i a r i o d e la luz. leen sus
habitantes.
Los reflejos d e una t a r d e lluviosa. La plaza q u e se llena d e g e n t e en los días f e s t i v o s .
Ijp Para apreciarlos, s ó l o se r e q u i e r e cierta dosis d e a f e c t o y una a c t i t u d alerta. Por diver-
sos m o t i v o s — u n sismo, una g u e r r a , la i g n o r a n c i a , la indiferencia o la e s p e c u l a c i ó n — hay
ocasiones en q u e d e s a p a r e c e n párrafos e n t e r o s y q u e d a la hoja en b l a n c o . El c o n t e x t o se
r o m p e y el discurso p i e r d e su s e n t i d o . Son m o m e n t o s d e d u d a y d e t e n s i ó n creativa — e n
m u c h o s casos incluso d e trágica v i o l e n c i a — q u e d e m a n d a n respuestas generosas e ima-
ginativas. Es necesario e n t o n c e s reescribír la p á g i n a , el c a p í t u l o , incluso el libro e n t e r o .
C o n f r e c u e n c i a la a l t e r a c i ó n n o se p r o d u c e p o r la carencia sino p o r el e x c e s o . Se s o -
b r e p o n e n t e x t o s , cada u n o i n t e n t a n d o expresar su m e n s a j e y p r e t e n d i e n d o i m p o n e r su
argumento.
Así — p o r la esencial diversidad d e l t e x t o u r b a n o — se llega a estructurar secciones q u e
p u e d e n leerse con d e l e i t e , mientras otras g e n e r a n indiferencia, indignación o d e s a g r a d o .
Las c i u d a d e s n o son o b r a s d e autor. Su t r a m a es i r r e m e d i a b l e m e n t e m ú l t i p l e y d i -
námica ya q u e está d i c t a d a p o r sus p r o p i o s p e r s o n a j e s . Éstos son q u i e n e s la e s c n b e n ,
la leen, la c o r r i g e n y, f i n a l m e n t e , d e c i d e n e d i t a r l a .
A n t e la c i u d a d , el a n a l f a b e t i s m o p a r e c e i m p o s i b l e . A ú n c u a n d o no s i e m p r e se c o m -
p r e n d a , la lectura u r b a n a es una práctica y, p o r s u p u e s t o , t a m b i é n una r e s p o n s a b i l i d a d
inevitable.
A p r e n d e r a callar es una a c t i t u d a r q u i t e c t ó n i c a q u e c o n v i e n e a la u r b e , ya q u e la
u r b a n i d a d i m p l i c a e d u c a c i ó n . P o r q u e saber callar n o significa m u d e z , es saber d e c i r lo
c o r r e c t o e n el l u g a r y en el m o m e n t o o p o r t u n o . Es, s e n c i l l a m e n t e , saber c o n v i v i r y t e n e r
r e s p e t o p o r los d e m á s .
N o p a r e c e q u e X o c h í m í l c o haya s i d o c o n s t r u i d a . A l verla u n o d e d u c e q u e así es el
paisaje. Pero al saber q u e es un paisaje c r e a d o con m a t e r i a l e s vivos, u n o se a s o m b r a
a n t e la sutil lección q u e muestra q u e es p o s i b l e .

Aprender a
callar es una actitud
arquitectónica
que conviene a
la urbe, ya que
la urbanidad
implica educación.
 XOCHIVIILCO
Al construir una
plataforma sobre la
superficie del lago L a a r q i i i l o c - l i i r a í|ue c r e c e
se estructura un
peculiar modelo Ser flor es ser un poco de colores con brisa;
urbano, que se
la vida de una flor cabe en una sonrisa.
realiza sin violentar
Carlos Pellicer
las características
naturales del sitio. Discurso por ¡as flores

El paisaje c r e a d o y las p l a t a f o r m a s sobre el agua

Los p o b l a d o r e s p r e h i s p á n i c o s d e las riberas d e los lagos en el Valle d e A n á h u a c d e s a -
rrollaron una p e c u l i a r t e c n o l o g í a para c o n s t r u i r t e r r e n o s agrícolas s o b r e lagunas p o c o
p r o f u n d a s : las c h i n a m p a s . P o s i b l e m e n t e una d e las c r e a c i o n e s más sabias, u n o d e los
más e f i c i e n t e s sistemas q u e ha l o g r a d o hacer f u n c i o n a r el ser h u m a n o y ú l t i m o e j e m p l o
v i v o d e l u r b a n i s m o antes d e la C o l o n i a .
A l c o n s t r u i r una p l a t a f o r m a s o b r e la s u p e r f i c i e d e l l a g o se e s t r u c t u r a un p e c u l i a r
m o d e l o u r b a n o q u e , en este caso, se realiza sin v i o l e n t a r las características n a t u r a l e s
d e l s i t i o . A l c o n t r a r i o , las d e s c u b r e , las e n t i e n d e , las r e s p e t a y las a p r o v e c h a c u i d a d o -
sa, sagaz e i n t e l i g e n t e m e n t e . A p l i c a c i ó n práctica d e a q u e l l o q u e en los c e n t r o s c e r e m o -
niales y e n las p i r á m i d e s era c ó d i g o d e lectura e i n t e r p r e t a c i ó n d e l c o s m o s , d i á l o g o
c o n la n a t u r a l e z a , c o n s a g r a c i ó n y c e l e b r a c i ó n r i t u a l , a q u í el i n s t r u m e n t o c o n s t r u c t i v o
Aquí el es m u e s t r a d e a c t i v i d a d a r t e s a n a l , a s o m b r o s a l a b o r d e cestería, i n g e n i o a escala d e
instrumento vida cotidiana.
constructivo es
muestra de E s p a c i a l m e n t e , las c h i n a m p a s s o n largas p l a t a f o r m a s l i g e r a m e n t e e l e v a d a s s o b r e
actividad artesanal, el nivel p r e d o m i n a n t e d e l a g u a . E n t r e ellas se m a n t i e n e n c a n a l e s q u e c u m p l e n el
asombrosa labor d o b l e o b j e t i v o d e ser s i s t e m a d e r i e g o y c a u c e d e c o m u n i c a c i ó n . Se a p r o p i a n p a r -
de cestería,
c i a l m e n t e d e l l a g o p e r o m a n t i e n e n d e m o d o a d m i r a b l e la e s t r u c t u r a h i d r o l ó g i c a d e l
ingenio a escala
de vida cotidiana. sistema.
El i n g e n i o del h o m b r e y e lg e n i o del sitio
Una feliz
La t r a n q u i l i d a d d e las aguas e n los lagos d e l Valle d e M é x i c o y su f o n d o escaso y o s c u -
colaboración
ro c o n v i e r t e n a la s u p e r f i c i e en un e s p e j o p e r f e c t o q u e refleja el paisaje. con la naturaleza
La riqueza d e su flora p r o d u c e el a h u e j o t e , una v a r i e d a d d e l sauce, árbol q u e crece crea un inédito
e s b e l t o c u a n d o se planta en el agua y no se p u d r e aún c u a n d o sus raíces y parte d e su y maravilloso
paisaje.
t r o n c o permanezcan en ella. También hay carrizos y un pasto d e hoja larga y resistente. Los
ahuejotes — m a g n í f i c a s estelas v e g e t a l e s — confinan el espacio p r o v o c a n d o un m í n i m o d e
s o m b r a y son los s o p o r t e s d e esa cesta g i g a n t e q u e se requiere, t a n t o para c o n f o r m a r el
t e r r e n o c o m o para definir los límites entre la p r o p i e d a d y los canales d e c o m u n i c a c i ó n .
En ese lugar, c o n estos materiales — l o s limos d e l f o n d o d e l l a g o — , una a s o m b r o s a
dosis d e sensibilidad e i n g e n i o y una t e c n o l o g í a artesanal, los x o c h i m i l c a s crearon un sor-
p r e n d e n t e y e j e m p l a r sistema u r b a n o - l a c u s t r e c o n m u y alta p r o d u c t i v i d a d a g r í c o l a , q u e
p r o m u e v e un e f i c i e n t e ciclo d e m a n t e n i m i e n t o , p r o p o n e un c u i d a d o s o a p r o v e c h a m i e n -
t o d e las características y el p o t e n c i a l d e l sitio, y e s t a b l e c e un r e s p e t o p o r la e c o l o g í a
q u e hoy resulta e n v i d i a b l e . El p r o p i o sistema g e n e r a , a d e m á s , un e x c e l e n t e o r d e n a m i e n -
t o d e las c o m u n i c a c i o n e s q u e facilitan el tráfico y la c o m e r c i a l i z a c i ó n d e los p r o d u c t o s
y, p o r si fuera p o c o , m e d i a n t e una feliz c o l a b o r a c i ó n c o n la naturaleza crea un i n é d i t o y
m a r a v i l l o s o paisaje.

Los sistemas de responsabilidad compartida

El p r o c e d i m i e n t o para construir una c h i n a m p a es m u y sencillo. A l i n e a d a s en el f o n d o
l o d o s o , se hincan ramas d e a h u e j o t e f o r m a n d o un r e c t á n g u l o a l a r g a d o , d e p o c a a n c h u -
ra. Entre ellos se encajan carrizos, e n t r e t e j i é n d o l o s con el p a s t o , para hacer una e s p e c i e
d e c e d a z o q u e sobresalga p o c o más d e m e d i o m e t r o s o b r e el nivel d e l a g u a . A t a d a a
los t r o n c o s d e los a h u e j o t e s se a r m a una suerte d e cesta g i g a n t e , q u e servirá c o m o
r e c i p i e n t e para ser l l e n a d o con el l i m o d e l f o n d o , q u e se o b t i e n e d r a g a n d o el p e r í m e t r o
d e la c h i n a m p a y c a r g a n d o el p r o d u c t o s o b r e las trajineras — a l a r g a d a s canoas d e f o n d o
p l a n o — para v e r t e r l o en su i n t e r i o r Una vez llena d e b a r r o , el a g u a e x c e d e n t e se filtra
p o r la p a r t e alta d e l c e d a z o , lo q u e p e r m i t e c o n s o l i d a r la tierra y s e m b r a r en ella. A tra-
 vés d e l c e d a z o p e r i m e t r a l q u e q u e d a b a j o el a g u a , ésta p e n e t r a e n el s u e l o , lo riega en
Las chinampas
f o r m a c o n s t a n t e , m a n t i e n e la h u m e d a d y garantiza la f e r t i l i d a d d e l t e r r e n o .
implican un sistema
de responsabilidad L a a p a r i c i ó n d e nuevas c h i n a m p a s — c o n t i g u a s p e r o n o a d y a c e n t e s , ya q u e su s i m p l e
compartida. a m p l i a c i ó n perjudicaría el sistema y afectaría p o r igual a t o d o s los u s u a r i o s — p r o v o c a
una red d e canales cuya u t i l i d a d es m ú l t i p l e , ya q u e no sólo se c o n v i e r t e n n a t u r a l m e n t e
e n varias vías d e c o m u n i c a c i ó n , sino q u e al d r a g a r l o s resultan f u e n t e g e n e r a d o r a d e los
fertilizantes necesarios para la p r o d u c c i ó n agrícola. Así la limpieza y el m a n t e n i m i e n t o
d e los canales no se realiza ú n i c a m e n t e p o r razones d e r e s p o n s a b i l i d a d u r b a n a , o p o r
p r e s i o n e s e n el c u m p l i m i e n t o d e d e c r e t o s d e r i v a d o s d e l p o d e r , sino p o r las ventajas evi-
d e n t e s y los b e n e f i c i o s d i r e c t o s q u e c o n l l e v a , t a n t o para el i n d i v i d u o c o m o para la c o -
m u n i d a d , el a c e p t a r un sistema d e r e s p o n s a b i l i d a d c o m p a r t i d a y realizar cada q u i e n su
p a r t e c o r r e s p o n d i e n t e e n un ciclo q u e incluye a d e m á s el libre t r á n s i t o d e su m e d i o d e
t r a n s p o r t e : la trajinera.
Pequeñas p l a t a f o r m a s f l o t a n t e s — s e n c i l l o s , e f i c i e n t e s y versátiles vehículos d e trans-
p o r t e — l a s trajineras son i n s t r u m e n t o s d e usos m ú l t i p l e s . Sin/en para llevar a sus p r o p i e -
tarios — y a sus f a m i l i a s — d e un sitio a o t r o , para movilizar el p r o d u c t o d e la cosecha o
para cargar los limos q u e se e x t r a e n d e l f o n d o d e los canales. C o n unas cuantas sillas
se t r a n s f o r m a n e n c ó m o d o e s p a c i o d e r e u n i ó n y, a ñ a d i e n d o una m e s a , en a g r a d a b l e
c o m e d o r . C o n un anafre, un c o m a l y a l g u n a s ollas a p a r e c e la cocina y sus previsibles d e -
En Xochimilco licias. Y c o n unas cuantas v o c e s e i n s t r u m e n t o s , p u e d e n c o n v e r t i r s e en f e s t i v o escenario
el paisaje,
para un c o n j u n t o musical q u e a m e n i c e el p a s e o .
las chinampas,
las trajineras y
los hombres se
El r i t m o deslizante
duplican. Las aguas
serenas de los En X o c h i m i l c o el paisaje, las c h i n a m p a s , las trajineras y los h o m b r e s se d u p l i c a n . Las aguas
canales son un serenas d e los canales son un p e r f e c t o e s p e j o q u e invierte, c o m p l e t o , el universo. El rit-
perfecto espejo m o p a u s a d o y deslizante d e las trajineras n o altera la tersura d e una superficie q u e refle-
que invierte,
ja la i n t e r m i n a b l e c o l u m n a t a d e los a h u e j o t e s s o s t e n i e n d o el v i e n t o . La lenta sucesión
completo,
el universo. d e las i m á g e n e s p r o m u e v e la m e d i t a c i ó n . El h o m b r e f l o t a , entre lo real y lo v i r t u a l , e n t r e
la vigilia c o n s c i e n t e y el s u e ñ o a l u c i n a d o , sobre la frágil m e m b r a n a d e la superficie d e l
a g u a . La v i d a transcurre ahí silenciosa y serena, v a g a n d o e n ese límite fugaz q u e es el
p r e s e n t e , p e n d i e n t e e n t r e un p a s a d o y un f u t u r o q u e son tal vez s ó l o m u t u o r e f l e j o , na-
v e g a n d o el m o m e n t o , ese b o r d e p r e c i s o q u e separa el t i e m p o .
En las c h i n a m p a s , espacios d e vida c o t i d i a n a , casi sin m o v e r s e , sólo d e s l i z á n d o s e ,
a p a r e c e el m i s t e r i o . La r e a l i d a d c o n c r e t a y el reflejo i n s o n d a b l e , la e x t e n s i ó n , la p r o f u n -
d i d a d y la altura, el p a s a d o s e g u r o y el p o r v e n i r i n c i e r t o . En el a g u a el e c o e x a c t o y per-
sistente d e t o d o lo q u e pasa, y e n el e s p a c i o la e v i d e n c i a d e seis p u n t o s cardinales.
Edificio Basurto, Ciudad de México. Francisco Serrano.
 Conclusiones

Cada persona p u e d e a p r e n d e r d e diversas maneras, a diferente ritmo, a partir d e distintos

estímulos y f u n d a d a en facultades y talentos variados. C o m o contribución al aprendizaje d e
la arquitectura, el o r d e n y los principios aquí expuestos esbozan algunas posibilidades q u e
intentan orientar en una ruta q u e es, sin d u d a , bastante intrincada.
Habrá q u i e n se q u e d e en la p r i m e r a e t a p a , h a b i e n d o a p r e n d i d o a escuchar. N o resul-
ta v a n o ese c o n o c i m i e n t o , ya q u e es, d e h e c h o , la base d e t o d o s los d e m á s . C o n ese
único e q u i p a j e ya es f a c t i b l e o b t e n e r e x p e r i e n c i a s valiosas, atractivas y satisfactonas.
C o m p l e m e n t a d o c o n la lectura se c o n v i e r t e e n un m e d i o i m p o r t a n t e para a m p l i a r el es-
p e c t r o d e los intereses y p r o f u n d i z a r en la afición y el e s t u d i o . A q u e l l o s q u e a d e m á s
a p r e n d i e r a n a escribir y a hablar, t e n d r á n a b i e r t o el c a m p o para ejercer con d i g n i d a d el
q u e h a c e r a r q u i t e c t ó n i c o y sentarán bases sólidas para llegar a c o n t r o l a r y d o m i n a r el o f i -
cio. Expresarse con fuerza, c o n p e r s o n a l i d a d y con a c i e r t o , y t e n e r claro c u á n d o c o n v i e -
ne callar o c u á n d o m o d e r a r s e para hablar d i s c r e t a m e n t e e x i g e f a c u l t a d e s , t a l e n t o s y
sensibilidades p o c o c o m u n e s . Q u i e n las posea y sepa ejercitarlas y desarrollarlas se e n c o n -
trará en m e j o r situación para e x p l o r a r el m u n d o a p a s i o n a n t e y c o m p l e j o d e la c r e a c i ó n .

C u a l q u i e r a d e las etapas descritas, al m a r g e n d e l o r d e n y d e los e s t í m u l o s q u e se

hayan u t i l i z a d o para adquirirlas, r e q u i e r e n d e una rigurosa disciplina, una práctica y una
e x p e r i e n c i a directa d e los e s p a c i o s a r q u i t e c t ó n i c o s , u r b a n o s y naturales.
Es r e c o m e n d a b l e estar d i s p u e s t o a o b s e r v a r c u a l q u i e r o b r a sin prejuzgar su v a l o r
Para l o g r a r l o c o n v i e n e estar alerta a n t e la p r e s i ó n q u e ejercen los g u s t o s p e r s o n a l e s y
las m o d a s en b o g a , q u e son casi s i e m p r e c a t á l o g o s d e ideas fijas y t i e n d e n a e s t a b l e -
cer un c o n t r o l s u b c o n s c i e n t e en el c a m p o d e la a t e n c i ó n y d e l j u i c i o .
El a p r e n d i z a j e no d e b e ser un r e s u l t a d o a u t o m á t i c o y exclusivo d e l c o n o c i m i e n t o d e
obras c o n s a g r a d a s , d e b e derivarse t a m b i é n d e la d i s p o s i c i ó n al d e s c u b r i m i e n t o d e otras
q u e tal vez n o hayan s i d o a p r e c i a d a s hasta el m o m e n t o , y d e e x p l o r a r a q u e l l a s q u e ca-
rezcan d e valores n o t o r i o s o incluso m u e s t r e n fallas e v i d e n t e s . Porque igual se a p r e n d e
o b s e n y a n d o lo q u e se ha h e c h o mal para saber lo q u e no c o n v i e n e r e p e t i r
En ú l t i m a instancia, t o d o s estos esfuerzos y estas e x p e r i e n c i a s llegarán a significar
a l g o más q u e una a c e p t a b l e a c u m u l a c i ó n d e c o n o c i m i e n t o s : b i e n llevados c o n d u c i r á n
a la sabiduría.
Medalla Milagrosa, Ciudad de México. Félix Candela. © Luis Carlos Bustos
LAS P R E G U N T A S
Palacio de ÍVlineria, Ciudad de i^éxico. Manuel I D I S M . © Carlos Mijares
 Introducción

La experiencia d e la arquitectura transita más p o r a m b i g u o s espacios d e preguntas y c o n -

fusas secuencias d e d u d a s , q u e p o r los c ó m o d o s c a m i n o s d e las respuestas claras y los
c o n f i a b l e s r e p e r t o r i o s d e las f ó r m u l a s p r o b a d a s .
Su aprendizaje, su experiencia y su ejercicio consisten sustancialmente en procesar los
valores asociados a la sensibilidad y en lograr evolucionarlos y profundizarlos en forma cons-
tante. El p r o c e s o no implica negar la n e c e s i d a d o ignorar el s e n t i d o d e la adquisición d e
c o n o c i m i e n t o s , en la a c e p c i ó n más reconocida d e l t é r m i n o , p e r o el p l a n t e a m i e n t o d e es-
t e libro busca a p r o x i m a r s e más a la sutileza d e l c a t a d o r q u e a la precisión d e l laboratorista.
En el curso d e la práctica d e la arquitectura, sea c o m o afición, c o m o oficio o c o m o p r o -
fesión, las p r e g u n t a s se m a n t e n d r á n constantes y los c u e s t i o n a m i e n t o s persistirán, p e r o
las respuestas serán s i e m p r e variables y circunstanciales. A n t e la misma p r e g u n t a , e n cada
caso se darán respuestas diferentes, lo cual no significará inconsistencia sino potencial crea-
t i v o . En el s u p u e s t o d e q u e existieran respuestas ó p t i m a s — u n a vez aceptada la solución
i d e a l — la única a c t i t u d razonable sería la repetición literal d e aquella q u e resolviera en
f o r m a definitiva el p r o b l e m a , e n t o n c e s , el q u e h a c e r a r q u i t e c t ó n i c o carecería d e s e n t i d o .
En esta sección se p l a n t e a n n u m e r o s a s p r e g u n t a s , p e r o se reiteran y se desarrollan
con más d e t a l l e n u e v e c u e s t i o n a m i e n t o s específicos q u e se c o n s i d e r a n básicos: d ó n d e ,
c ó m o y c u á n d o , q u é , con q u é y para q u i é n , para q u é , p o r q u é y q u i é n . Se c o m e n t a n seis
o b r a s realizadas en distintas é p o c a s , c o n c e b i d a s p o r diversas culturas y e d i f i c a d a s en
d i f e r e n t e s sitios, q u e o f r e c e n respuestas significativas y e s t i m u l a n t e s a dichas p r e g u n -
tas. Se desea así subrayar la idea d e q u e los valores a r q u i t e c t ó n i c o s se d a n en t o d a s
p a r t e s , se e x p r e s a n e n t o d a s las é p o c a s y p e r t e n e c e n a t o d a s las culturas.
Por esto, a p r e n d e r ese q u e h a c e r i m p l i c a un largo p r o c e s o , tan d i l a t a d o c o m o la vida
d e q u i e n e s lo i n t e n t a n . Requiere d e un p r o l o n g a d o y en ocasiones e x t e n u a n t e t r a y e c t o
para c o n o c e r el o f i c i o , d e una práctica Intensa y c o n t i n u a para d o m i n a r l o , d e una g r a n
m o d e s t i a para ejercerlo c o n d i g n i d a d , y — s i e m p r e q u e sea p o s i b l e — d e una fina sen-
s i b i l i d a d p o é t i c a para c o m u n i c a r l o con e l o c u e n c i a .
P r o b l e m a s g e n e r a l e s ante circunstancias específicas, p r e g u n t a s c o n s t a n t e s f r e n t e a
respuestas diversas, son p a r t e i n t e g r a n t e d e los c o n t r a d i c t o r i o s , c o m p l e j o s y fascinantes
c o m p o n e n t e s d e l l e n g u a j e d e la a r q u i t e c t u r a .
Edificio del Fondo de Cultura Económica, Ciudad de México. Teodoro González de León. © Pedro Hinart
 La experiencia y los ejercicios

Definir la arquitectura
¿ Q u é es la a r q u i t e c t u r a ?
Se trata d e una p r e g u n t a f r e c u e n t e y reiterada q u e hacen los e s t u d i a n t e s a los m a e s -
tros, la g e n t e c o m ú n a los a r q u i t e c t o s y cada a r q u i t e c t o a sí m i s m o a lo largo d e su v i d a .
M u c h a s p e r s o n a s p i e n s a n q u e saber r e a l m e n t e d e a l g o i m p l i c a p o d e r e x p l i c a r l o d e
una m a n e r a clara y concisa. En la mayoría d e los casos — y éste es u n o d e e l l o s — esa
creencia es falsa.
Si b i e n e x i g i r d e f i n i c i o n e s m u e s t r a una sana a p e t e n c i a d e c l a r i d a d , hay m u c h a s ac-
t i v i d a d e s q u e n o p e r m i t e n ser d e f i n i d a s c o n p r e c i s i ó n , p o r q u e sus características y su
c o m p l e j i d a d lo d i f i c u l t a n y, e n c o n s e c u e n c i a , esos i n t e n t o s t i e n d e n a p r o d u c i r resulta-
d o s i n c o m p l e t o s , triviales e i r r e m e d i a b l e m e n t e s i m p l e s . Sólo p u e d e definirse lo q u e es
d e m o s t r a b l e , y la a r q u i t e c t u r a n o lo es.

La arquitectura s e m u e s t r a , n o s e d e m u e s t r a
La a r q u i t e c t u r a , c o m o t o d a s las a c t i v i d a d e s creativas, no es d e f i n i b l e , ni d e m o s t r a b l e . E s
un l e n g u a j e q u e se manifiesta y se expresa u t i l i z a n d o m e d i o s q u e n a t u r a l m e n t e le son
p r o p i o s — e l e s p a c i o , la escala, la luz, la relación c o n el lugar q u e es su c o n t e x t o , etc. Y
se manifiesta c o m o una presencia cuya e x p r e s i ó n es m ú l t i p l e y s i m u l t á n e a . Por e l l o ,
e n t r e otras razones, c u a l q u i e r i n t e n t o d e explicarla, definirla o d e m o s t r a r l a utilizando
o t r o s m e d i o s c o m o el l e n g u a j e h a b l a d o — q u e es lineal y s u c e s i v o — c o n d u c e sin r e m e -
d i o a una t r a d u c c i ó n e q u í v o c a y parcial, c o n t o d a la carga d e c a m b i o s , i m p r e c i s i o n e s y
c o n c e s i o n e s q u e a p a r e c e n c u a n d o se trata d e c o m u n i c a r e n un l e n g u a j e lo q u e o r i g i -
n a l m e n t e se expresa en o t r o .

Algunas preguntas
De h e c h o , para enterarse d e lo q u e es o para llegar a hacer una o b r a d e a r q u i t e c t u r a ,
más q u e i n d a g a r una respuesta resulta más f e c u n d o p l a n t e a r una señe d e p r e g u n t a s .
El p r o b l e m a es q u e dichas p r e g u n t a s se d e b e n p r o p o n e r y tratar d e r e s p o n d e r en
cada caso. La respuesta q u e se d é será f u n d a m e n t a l para escuchar, leer, c o n o c e r e i d e n -
tificar ese sitio o esa o b r a e n particular, p e r o t a m b i é n será b á s i c o m a n t e n e r s e alerta para
 p e r c i b i r lo g e n e r a l i z a b l e d e la respuesta y d i s t i n g u i r l o d e lo q u e d e b e m a n t e n e r s e es-
Si bien exigir
p e c í f i c a m e n t e a d s c r i t o al caso.
definiciones
muestra una sana Cuáles y cuántas d e esas preguntas se haga el interesado, el estudiante o el arquitecto,
apetencia de conducirá a establecer y a d e t e c t a r con claridad t a n t o las características q u e perciba y apre-
claridad, hay cie c o m o aquellas q u e rechace. Características q u e p o d r á n ser d e una o b r a concreta q u e
muchas actividades
se experimenta y se recorre o d e aquella q u e habrá d e concebirse y proyectarse a futuro. Las
que no permiten
ser definidas con preguntas q u e se ignoren, las q u e no se atiendan o las q u e se respondan d e manera insen-
precisión. sible, indicarán fallas en la lectura y advertirán errores y carencias. C ó m o se responda a ellas
condicionará la calidad d e los resultados, ya q u e será consecuencia d e l c o n o c i m i e n t o q u e
se t e n g a d e los instrumentos y d e l d o m i n i o d e los recursos creativos, d e la c o m p r e n s i ó n d e
los espacios y las secuencias, d e la sensibilidad hacia el sitio, la luz y la escala, etc.
En síntesis, solicitar una d e f i n i c i ó n d e la a r q u i t e c t u r a s u r g e d e una i n q u i e t u d , sin d u d a
s a l u d a b l e , p e r o e n p r i n c i p i o i g n o r a n t e d e las raíces d e l l e n g u a j e q u e es p r o p i o d e la
a r q u i t e c t u r a . Esa i g n o r a n c i a muestra un d e s c o n o c i m i e n t o p r o f u n d o d e los p r o b l e m a s
i n v o l u c r a d o s c o n la creación o se d e d u c e d e algunas p o s i c i o n e s a c a d é m i c a s — t a n t o d e
o t r o s t i e m p o s c o m o d e l a c t u a l — q u e están c o n v e n c i d a s d e las ventajas q u e t i e n e i m -
p o n e r recetas para lograr, s u p u e s t a m e n t e , una c a l i d a d c o n t r o l a d a y a u t o m á t i c a .

Algunas respuestas
La a r q u i t e c t u r a es un así, aquí, a h o r a . Esta casa e n esta calle. Esta calle e n este b a r r i o .
Este b a r r i o e n esta c i u d a d . Esta c i u d a d e n este paisaje. Este paisaje e n esta r e g i ó n . El
e s p a c i o d e n t r o d e l e s p a c i o . . . d e n t r o d e l espacio..., una o b r a específica c o n t e n i d a en
otra... específica t a m b i é n .
Pero a su vez es un así c o n e s t o , con estas f o r m a s y estos m a t e r i a l e s . Una respuesta
q u e p r o p i c i a cierta m a n e r a d e usar los e s p a c i o s , un así para e s o . Es la c r e a c i ó n d e un
lugar para vivir, para una p e r s o n a , una f a m i l i a , un g r u p o , una c o m u n i d a d . Es una razón
q u e se deriva d e m u y diversas y c o m p l e j a s causas, p e r s o n a l e s , culturales, n a c i o n a l e s . Y
es una reacción q u e p r o v i e n e a veces d e l r i g o r i n t e l e c t u a l , en otras d e la s e n s i b i l i d a d o,
en o c a s i o n e s , d e p r o f u n d a s , s u b c o n s c i e n t e s e irracionales o b s e s i o n e s .
D e p e n d e n c i a e i n t e r d e p e n d e n c i a , c o n t e n c i ó n y e x c l u s i ó n . Una g r a n p a r a d o j a .
La o b r a a r q u i t e c t ó n i c a está ahí, a s e n t a d a en un sitio q u e es, s i m u l t á n e a m e n t e , p r o -
p i o y a j e n o . Es así t a n t o para el q u e pasa c o m o para el q u e p e n e t r a en ella. Existe ahora
y se muestra en un lugar q u e (cuando la o b r a acierta) se r e c o n o c e c o m o su lugar p r o p i o .
Es ahí d o n d e se la e x p e r i m e n t a e n un m o m e n t o particular, es así q u e se p r e s e n t a : c o m o
un h e c h o q u e p u e d e llegar a ser d i a l o g a n t e , incitante, en íntima relación con su c o n t o r n o .

La arquitectura se La materia y los instrumentos

muestra, no
Para conversar con una o b r a , para saber escucharla y leerla, ya se ha c o m e n t a d o q u e es
se demuestra.
necesario a p r e n d e r a hablar en arquitectura, a d i s t i n g u i r sus f o n e m a s , sus palabras, sus
frases, su s i g n i f i c a d o y sus m a t i c e s . Sólo d e esa m a n e r a será p o s i b l e apreciar su c a n t o ,
La arquitectura es
e x p e r i m e n t a r su p o e s í a , d e s e s p e r a r n o s c o n su m u t i s m o o a l t e r a r n o s con sus insultos.
un así, aquí, ahora.
Porque la m a t e r i a d e la a r q u i t e c t u r a es el e s p a c i o , en el e s p a c i o s o m o s , nos m o v e - Esta casa en esta
m o s y e s t a m o s . En el e s p a c i o se s u c e d e n las cosas, se p r e s e n t a n las f o r m a s , se aprecia calle. Esta calle en
la luz. En el e s p a c i o se e s t r u c t u r a n las secuencias, los r i t m o s , la m e m o r i a , la s o r p r e s a , la este barrio. Este
barrio en esta
c o n t i n u i d a d y el c a m b i o . El e s p a c i o es el lugar, el á m b i t o , el inicio, el t r á n s i t o , la d e m o -
ciudad. Esta ciudad
ra o el t é r m i n o . La a r q u i t e c t u r a m o d e l a , m o l d e a , e s c u l p e , crea espacios. en este paisaje.
Puede t a m b i é n c o n s i d e r a r s e q u e el e s p a c i o es a la a r q u i t e c t u r a lo q u e el s o n i d o a la Este paisaje en
esta región.
música. Los i n s t r u m e n t o s musicales: cuerdas, maderas, metales y percusiones son los ele-
m e n t o s p r o d u c t o r e s d e l s o n i d o , q u e es la materia d e la música. Los d e la a r q u i t e c t u r a :
m u r o s , c u b i e r t a s , p l a t a f o r m a s , c o l u m n a s son los i n s t r u m e n t o s g e n e r a d o r e s d e l e s p a c i o .
C u a n d o los i n s t r u m e n t o s se a r m o n i z a n el e s p a c i o resuena, y e n t o n c e s es p o s i b l e es-
cuchar c o n c i e r t o s a r q u i t e c t ó n i c o s y u r b a n o s .

De las f o r m a s
Focillon habla d e la v i d a d e las f o r m a s , d e esa e s p e c i e d e i m p u l s o vital q u e p a r e c e n t e -
ner p o r sí mismas. En e f e c t o hay f o r m a s d e las cuales se p u e d e d e c i r q u e se c o n s a g r a n ,
q u e a d q u i e r e n un t i p o d e p r e s t i g i o q u e c o n f r e c u e n c i a p a r e c e o t o r g a r l e s una suerte d e
a u t o n o m í a q u e l o g r a i m p o n e r l a s a ciertos autores, a d e t e r m i n a d a s g e n e r a c i o n e s , e In-
cluso a é p o c a s enteras. Pero t a m b i é n c o n a l g u n a s s u c e d e lo c o n t r a h o : hay f o r m a s q u e
fracasan, q u e se rechazan, q u e resultan a n t i p á t i c a s , q u e se c o n s i d e r a n g e n é r i c a m e n t e
e q u i v o c a d a s o a b i e r t a m e n t e i n a c e p t a b l e s . En o c a s i o n e s r e a p a r e c e n c o n m a y o r f o r t u n a ,
así c o m o las p r e s t i g i a d a s llegan a d e s a p a r e c e r
Este c o m p o r t a m i e n t o y esta s u e r t e d e v i d a i n t e r n a d e las f o r m a s , q u e acaso se e m -
parenta más c o n la p s i c o l o g í a q u e c o n la a r q u i t e c t u r a , ha l l e g a d o a fascinar a m u c h o s y
a e s t a b l e c e r s e c o m o e x p r e s i ó n ú l t i m a d e la v a n g u a r d i a , c o m o b ú s q u e d a d e la o r i g i n a l i -
d a d a ultranza, o c o m o c a m i n o natural para encauzar i n q u i e t u d e s c o n c e p t u a l e s o sofisti-
caciones t e ó r i c a s .
Es un h e c h o q u e a veces ciertas f o r m a s se p o n e n d e m o d a . Por lo c o m ú n se trata d e
f o r m a s espectaculares q u e intentan p r i m o r d i a l m e n t e llamar la a t e n c i ó n , tal c o m o corres-
p o n d e a la m o d a . Son t e n d e n c i a s q u e c o n l l e v a n la o b s e s i ó n d e estar a la v a n g u a r d i a y
c o n s i d e r a n q u e la v a n g u a r d i a es, g e n é r i c a m e n t e , lo insólito y lo i n é d i t o .
Estoy c o n v e n c i d o q u e la a r q u i t e c t u r a es una d i s c i p l i n a q u e t i e n e más q u e ver con la
t r a d i c i ó n , la e x p e r i e n c i a y la creación q u e c o n la n o v e d a d , la ocurrencia y la i n v e n c i ó n .
La obra
arquitectónica
La experiencia para m a n t e n e r s e en forma está ahí, asentada
La e x p e r i e n c i a , en el s e n t i d o q u e utilizo a q u í el t é r m i n o , se refiere a la vivencia d i r e c t a , en un sitio que es,
simultáneamente,
al r e c o r r i d o real p o r las secuencias q u e una o b r a p r o p o n e y p e r m i t e . De esa m a n e r a , propio y ajeno.
cada e x p e r i e n c i a es única. C a d a vez q u e se la recorre, la vivencia a d q u i e r e n u e v o s m a t i -
 ees. Por eso t a m b i é n las e x p e r i e n c i a s reiteradas son e n r i q u e c e d o r a s , p u e s el s ó l o h e c h o
Cuando los
d e haberlas e x p e r i m e n t a d o e n una o c a s i ó n p r o v o c a q u e en las s u b s e c u e n t e s se p e r c i -
instrumentos se
armonizan el
b a n d i s t i n t o , q u e se d e t e n g a o se c o n c e n t r e la a t e n c i ó n en o t r o s a s p e c t o s y q u e se ratifi-
espacio resuena, y q u e n unos o se r e c t i f i q u e n o t r o s p u n t o s d e vista a n t e r i o r m e n t e o b s e r v a d o s .
entonces es posible C o m o s u c e d e en c u a l q u i e r j u e g o , en el d e la a r q u i t e c t u r a son necesarios los ejerci-
escuchar conciertos
cios c o n s t a n t e s para m a n t e n e r , en su p r á c t i c a , una a c e p t a b l e destreza. Es c o n v e n i e n t e
arquitectónicos
y urbanos. r e c o r d a r q u e hacer ejercicios para d o m i n a r una disciplina i m p l i c a constancia y rigor, p e -
ro n o significa n e c e s a r i a m e n t e la réplica d e la a c t i v i d a d c o m p l e t a cuyo c o n t r o l se p r e t e n -
d e alcanzar. D i c h o en t é r m i n o s más específicos, ejercitarse en a r q u i t e c t u r a n o i m p o n e
la realización y el desarrollo c o n s t a n t e y exclusivo d e p r o y e c t o s c o m p l e t o s , al contrario, en
buena m e d i d a los mejores resultados se o b t i e n e n , c o m o en la práctica d e p o r t i v a , a t e n d i e n -
d o la corrección d e fallas particulares o insistiendo en reafirmar las facultades naturales.
Los ejercicios a r q u i t e c t ó n i c o s a y u d a n a m a n t e n e r s e en f o r m a , c o n v i e n e organizarlos
y practicarlos.

La arquitectura
es una disciplina
que tiene más que
ver con la tradición,
la experiencia y la
creación que con
la novedad, la
ocurrencia y
la invención.
 Hacer arquitectura

Reflexiones básicas
La a r q u i t e c t u r a se hace:
C o n los e s p a c i o s q u e p o n e n e n relación el d e n t r o con el f u e r a ; el arriba c o n el a b a j o ,
los interiores con los interiores y los exteriores con los exteriores.
C o n los espacios articuladores, c o n e c t o r e s y d e t r a n s i c i ó n . Y, en ocasiones, con a l g u -
no c u l m i n a n t e y t e r m i n a l .
C o n los u m b r a l e s , los p ó r t i c o s , los c o r r e d o r e s , las escaleras, los vestíbulos, los zagua-
nes, y con el r i t m o d e los e l e m e n t o s c o n s t r u c t i v o s .
C o n los espacios q u e no a p a r e c e n en los p r o g r a m a s d e n e c e s i d a d e s .
La a r q u i t e c t u r a a p a r e c e :
C u a n d o logra q u e la o b r a esté en relación con su l u g a r y con los m a t i c e s d e la luz
d e l sitio.
C u a n d o logra q u e las a c t i v i d a d e s q u e en ella se desarrollan p r o p i c i e n una m e j o r cali-
dad de vida.
C u a n d o se relaciona bien con los a n h e l o s c o t i d i a n o s y c o n las t r a d i c i o n e s d e sus
habitantes.
C u a n d o la e x p r e s i ó n d e los m a t e r i a l e s y los p r o c e d i m i e n t o s d e c o n s t r u c c i ó n se m a n i -
fiesta en f o r m a t r a n s p a r e n t e .
C u a n d o la o b r a d i c e más d e lo q u e su a u t o r se p r o p u s o .

El o r d e n a m i e n t o y l a identificación d e l espacio
Es p r o b a b l e q u e el h o m b r e haya d e s c u b i e r t o el l e n g u a j e a r q u i t e c t ó n i c o la p r i m e r a
vez q u e c l a v ó e n el s u e l o una estaca y o b s e r v ó q u e , al h a c e r l o , se o r d e n a b a el e s p a -
cio e n t o r n o .
O c u a n d o a c u m u l ó tierra e n un sitio y l o g r ó construir una p l a t a f o r m a q u e le p e r m i -
t i ó subir y ver más lejos.
O la o c a s i ó n e n q u e l e v a n t ó un m u r o y v i o q u e p o d í a d i s t i n g u i r un l a d o d e l o t r o .
O el día q u e se e n c o n t r ó b a j o la s o m b r a d e un á r b o l .
O c u a n d o e n t r ó a una caverna y se sintió c o n f i n a d o — y p r o t e g i d o — p o r t o d o s lados.
O la vez q u e t a l ó un g r u p o d e á r b o l e s y p r o v o c ó un e s p a c i o en el b o s q u e .
 En a l g ú n m o m e n t o el h o m b r e se d i o c u e n t a d e q u e p o d í a encontrar, p e r o t a m b i é n
Es probable
c o n s t r u i r d e diversas m a n e r a s , lugares c l a r a m e n t e i d e n t i f i c a b a s y d e s c u b r i ó q u e ésa era
que el hombre
haya descubierto
una f o r m a d e decir: aquí.
el lenguaje
arquitectónico ia El l u g a r p a r a vivir
primera vez que
clavó en el suelo
H o y parecerá anacrónica la m o v i l i z a c i ó n d e c o m u n i d a d e s en busca d e un lugar afín para
una estaca y v i v i r N o tan s ó l o anacrónica sino s e g u r a m e n t e i m p r á c t i c a , difícil y c o s t o s a .
observó q u e , ¿Pero acaso esto basta para cancelar el p r o b l e m a ?
al hacerlo, se
¿Son m u c h o s , o m u y p o c o s , los h o m b r e s d e hoy q u e t i e n e n a f i n i d a d c o n el l u g a r en
ordenaba el
espacio en torno. el q u e viven?
¿ Q u é c o n s e c u e n c i a s t e n d r á vivir en un lugar q u e el ser h u m a n o no s i e n t e suyo?
¿Se ha p e r d i d o la s e n s i b i l i d a d para r e c o n o c e r y evaluar los lugares?
¿Tal vez en n u e s t r o t i e m p o el d e s t i e r r o ha d e j a d o d e ser c a s t i g o p o r q u e al h o m b r e
actual le es i n d i f e r e n t e vivir en c u a l q u i e r parte?
¿O será q u e c o n t i n u a m e n t e nos e n c o n t r a m o s fuera d e lugar?

La ciudad contemporánea
¿ C ó m o r e c u p e r a r el s e n t i d o c o m u n i t a r i o q u e le d a razón d e ser a la v i d a urbana?
¿ Q u é ha p a s a d o c o n los a r q u i t e c t o s c o n t e m p o r á n e o s , q u e n o han t e n i d o é x i t o al ha-
cer c i u d a d ?
¿ Q u é f u e lo q u e p e r d i m o s ? ¿ C ó m o , c u á n d o y p o r q u é lo p e r d i m o s ?
¿Será q u e no h e m o s e n t e n d i d o las características d e la c i u d a d c o n t e m p o r á n e a ?
¿Es p o s i b l e i g n o r a r el a u t o m ó v i l ? ¿Es i n e v i t a b l e d a r l e el l u g a r p r e p o n d e r a n t e q u e se
le ha d a d o , aún a costa d e d e s t r u i r la c i u d a d t r a d i c i o n a l a su favor?
¿ Q u é c o n s e c u e n c i a s ha t e n i d o p r o p i c i a r el c r e c i m i e n t o a base d e f r a c c i o n a r las áreas
p e r i m e t r a l es?
¿ Q u é e f e c t o s ha p r o v o c a d o la o b s e s i ó n p o r zonifícar, y c o n ello cancelar (o al m e n o s
dificultar) el e n t r e t e j i d o d e a c t i v i d a d e s diversas en la c i u d a d ?
¿Acaso la especialización es un i m p e d i m e n t o para la v i d a urbana?
Atender a las
¿Se trata d e un p r o b l e m a f u n d a m e n t a l m e n t e social?, ¿económico?, ¿político?, ¿cultural?
necesidades
específicas de
¿ Q u é se p u e d e hacer para r e m e d i a r l o ?
la región y d e
sus habitantes, A t e n d e r las n e c e s i d a d e s y enriquecer la vida
reconocer y
Es necesario r e c u p e r a r una d e las r e s p o n s a b i l i d a d e s p r i n c i p a l e s d e la a r q u i t e c t u r a : la d e
evaluar sus
tradiciones antes a t e n d e r a las n e c e s i d a d e s específicas d e la r e g l ó n y d e sus h a b i t a n t e s , la d e r e c o n o c e r
de pretender y evaluar sus t r a d i c i o n e s antes d e p r e t e n d e r i m p o n e r o i m p o r t a r n u e v o s valores.
imponer o
N o hay q u e o l v i d a r q u e el p r o b l e m a d e la a r q u i t e c t u r a y la c i u d a d d e b e Ir más allá
importar nuevos
valores. d e l p r o p ó s i t o d e resolver las n e c e s i d a d e s básicas d e los seres h u m a n o s , su v e r d a d e r a
misión es e n r i q u e c e r la vida y p r o p o r c i o n a r e s p a c i o s para vivir m e j o r
 M u y d e s a t e n d i d a está la d i f u s i ó n q u e p e r m i t a a p r e n d e r a escuchar y a leer la arquitec-
tura al c i u d a d a n o c o m ú n , t a n t o c o m o una p r o p u e s t a d e enseñanza suficiente y accesible Muy desatendida
está la difusión que
del oficio para a q u e l l o s q u e no son a r q u i t e c t o s p e r o inten/Ienen d e una u otra m a n e r a
permita aprender a
en el p r o c e s o d e c o n s t r u c c i ó n d e la c i u d a d . N o p u e d e Ignorarse q u e el m a y o r p o r c e n t a j e escuchar y a leer
d e las c o n s t r u c c i o n e s q u e se realizan en las c i u d a d e s d e países c o m o el nuestro, se e d i - la arquitectura al
ciudadano común.
fica p o r o b r e r o s y artesanos, n o p o r a r q u i t e c t o s , y es p r o m o v i d o p o r los p r o p i o s usuarios
q u e d e p o r sí no t i e n e n , ni se les o f r e c e , la p o s i b i l i d a d d e a d q u l ñ r el c o n o c i m i e n t o d e los
p r o b l e m a s y los valores q u e c o n v i e n e asignar a las o b r a s d e arquitectura para q u e re-
conozcan el p a p e l q u e les toca j u g a r en la trama urbana y lo j u e g u e n b i e n .

Algunas consideraciones para demorarse

Si se a c e p t a q u e la o b r a a r q u i t e c t ó n i c a es un así y un aquí, c o n v i e n e r e c o n o c e r q u e para
llegar a ser d e esa m a n e r a f u e necesario un largo p r o c e s o q u e I m p l i c ó la c o n s i d e r a c i ó n
d e una serie d e p o s i b i l i d a d e s d e no ser así.
A l d e c i d i r hacerla asi es f r e c u e n t e q u e se c o n s i d e r e q u e es así p o r q u e así d e b e ser
Y c u a n d o se d e c i d e q u e las cosas d e b e n ser así g e n e r a l m e n t e se c o n c l u y e q u e n o d e -
b e n ser d e o t r o m o d o .
Por ello se m a n t i e n e n ciertas las p r e g u n t a s :
¿Por q u é a veces las cosas q u e se hacen así, resulta q u e así están bien?
¿Por q u é a veces no están tan bien?
¿Por q u é a veces están mal?
¿ C ó m o saber hacer las cosas b i e n ?
¿ C ó m o r e c o n o c e r las q u e asi están b i e n ?
¿ C ó m o d i s t i n g u i r las q u e así están mal?
¿Por q u é , si para hacerlas es n e c e s a r i o e x p l o r a r diversas p o s i b i l i d a d e s , t i e n d e a c o n -
siderarse q u e d e b e r á h a b e r sólo un así q u e sea v á l i d o ?
¿ Q u é i m p l i c a c i o n e s t i e n e el e s t a b l e c e r c ó m o d e b e n ser las cosas?
¿Acaso las cosas p u e d e n ser d e c u a l q u i e r manera?
¿Hay s ó l o una o en r e a l i d a d hay varias maneras d e hacer b i e n las cosas?
¿Por q u é un así n o es el m i s m o en o t r o aquí?
¿Por q u é un a q u í c a m b i a c o n o t r o así?

De laarquitectura sin arquitectos Es recomendable

estudiar los casos,
Es r e c o m e n d a b l e e s t u d i a r los casos, m u y v a r i a d o s y c o m p l e j o s , d e la a r q u i t e c t u r a sin ar-
muy variados y
q u i t e c t o s y hacerse a l g u n a s p r e g u n t a s . complejos, de la
¿Por q u é estará d e s a p a r e c i e n d o g r a d u a l m e n t e la a r q u i t e c t u r a vernácula q u e d u r a n t e arquitectura sin
siglos p r o d u j o o b r a s tan valiosas e interesantes? arquitectos y
hacerse algunas
¿ Q u é p o s i b i l i d a d e s rescatables se e n c u e n t r a n en la a r q u i t e c t u r a q u e p u e d e llamarse preguntas.
precaria, t a n p r o b l e m á t i c a y tan e x t e n d i d a en n u e s t r o t i e m p o ?
 ¿ C ó m o e n t e n d e r el a u g e d e la v i v i e n d a c o m e r c i a l , c o n la carga d e i m á g e n e s q u e s u -
El gusto es p u e s t a m e n t e r e s p o n d e n a los g u s t o s , y las e x i g e n c i a s , d e las mayorías?
una emoción
estrictamente
personal. Por eso Los problemas del gusto
es tan intensa y, El g u s t o es una e m o c i ó n e s t r i c t a m e n t e p e r s o n a l . Por e s o es t a n intensa y, p o r eso t a m -
por eso también,
bién, tan incomunicable.
tan incomunicable.
Tener g u s t o s i n d i v i d u a l e s es d e s e a b l e , p r e t e n d e r i m p o n e r l o s es a r b i t r a r i o . El g u s t o
es una m a n i f e s t a c i ó n a c o t a d a c o n c l a r i d a d y l i m i t a d a p o r f r o n t e r a s precisas, c a b e la p o -
s i b i l i d a d d e c o m p a r t i r l o c o n o t r o s , p e r o c o n v i e n e t e n e r claro el h e c h o d e q u e la c o i n c i -
d e n c i a e n g u s t o s es más p r o d u c t o d e una casualidad afín q u e d e una c o m p r o b a c i ó n
o b j e t i v a . El g u s t o d e c u a l q u i e r a es s i e m p r e r e s p e t a b l e e n la m e d i d a en la q u e n o p r e -
tenda generalizarse.
Es necesario p r o t e g e r y r e s p e t a r los g u s t o s p o r q u e son una muestra d e l i c a d a y frágil
d e la i n t i m i d a d , d e las sintonías p r o f u n d a s d e la p e r s o n a l i d a d y d e los estratos básicos
q u e sustentan la i d e n t i d a d i n d i v i d u a l . Pero es f u n d a m e n t a l , t a n t o r e s p e c t o a los g u s t o s
q u e t i e n e u n o m i s m o c o m o en t o r n o a los q u e t i e n e n los d e m á s , saber q u e la c a l i d a d ,
la i m p o r t a n c i a y la i n t e n s i d a d q u e p o s e e n en la v i d a i n d i v i d u a l n o conlleva una a u t o -
mática y c o n t u n d e n t e d e m o s t r a c i ó n , n o implica n e c e s a r i a m e n t e el valor a b s o l u t o n i , m u -
c h o m e n o s , la garantía d e ser c o m p a r t i d o p o r los d e m á s .

L o q u e s e q u i e r e , l oq u e s e p u e d e y l oq u e s e debe
La frase p l a n t e a un p r o b l e m a difícil ya q u e transita d e la a p e t e n c i a a la ética. D e la
v o l u n t a d i n d i v i d u a l — q u e p u e d e ser s ó l o c a p r i c h o u o c u r r e n c i a — a las leyes d e la c o n -
vivencia — q u e p u e d e n llegar a ser m u y útiles p e r o t a m b i é n e s t a b l e c e r s e c o m o d o g m á -
ticas y obsesivas.
N o es fácil precisar lo q u e se d e b e hacer en a r q u i t e c t u r a , c o m o t a m p o c o lo q u e n o
c o n v i e n e q u e r e r Parecería más sencillo d e f i n i r lo q u e es p o s i b l e , p e r o la d i f i c u l t a d para
d e l i m i t a r esos c a m p o s no p r o v i e n e s o l a m e n t e d e los intrínsecos d i l e m a s q u e p l a n t e a n ,
sino d e l h á b i t o f r e c u e n t e d e p r e t e n d e r un d i c t a m e n g e n e r a l i z a b l e c u a n d o la esencia d e l
a s u n t o es el ser e s p e c í f i c o .
Y la c o m p r e n s i ó n d e lo e s p e c í f i c o d e p e n d e d e la cultura y d e la s e n s i b i l i d a d , d e la
La comprensión c a p a c i d a d d e a p r e c i o y e n t e n d i m i e n t o d e los m a t i c e s , más q u e d e c o n o c i m i e n t o s d e -
d e lo especifico m o s t r a b l e s y generalizables. Los c o n o c i m i e n t o s d e m o s t r a b l e s c o n d u c e n a los p r o d u c t o s
d e p e n d e de
d e l a b o r a t o h o ; el aprecio d e los matices, en c a m b i o , a los placeres d e la gastronomía y d e
la cultura y de la
sensibilidad, de
la cata d e vinos.
la capacidad
d e aprecio y A l g o s o b r e l a enseñanza
entendimiento
de los matices. Por d e s g r a c i a , la enseñanza q u e p r e v a l e c e en la mayoría d e las escuelas d e a r q u i t e c t u r a
f a v o r e c e una serie d e graves p r o b l e m a s .
 IFII||||lü^l|l¡|lí|r ílplli!IF'íl|r«l=|iFia|«l||i!?«li111
Por un l a d o , t i e n d e a d i f e r e n c i a r r a d i c a l m e n t e la teoría d e la práctica, creencia q u e
Ai subrayar ia
valora lo a b s t r a c t o y lo g e n e r a l s o b r e lo c o n c r e t o y e s p e c í f i c o .
diferencia entre ía
Insiste en acumular una serie extensa d e materias dispares sin p r o p o r c i o n a r el m é t o d o teoría y la práctica
o la estructura capaz d e sintetizarlas, con lo q u e p r o v o c a q u e n i n g u n a d e ellas se c o n o z - se tiende a valorar
ca a f o n d o o se l o g r e d o m i n a r , p o r lo cual con frecuencia resulta acumulativa y superficial. lo abstracto sobre
lo específico.
En la mayoría d e los casos aprecia p o c o — o incluso m e n o s p r e c i a — las bases d e l o f i -
cio o las c o n s i d e r a p r o b l e m a s m e n o r e s q u e d e b e n estar al servicio d e los c o n c e p t o s
t e ó r i c o s y adscribirse al p r o g r e s o t e c n o l ó g i c o . Así, p o r e j e m p l o , es fácil e n c o n t r a r q u e
en el oficio d e la r e p r e s e n t a c i ó n i m p r e s i o n a más un d i b u j o p r o d u c i d o p o r c o m p u t a d o r a
q u e un b o c e t o realizado a m a n o . En el á m b i t o d e la c o n s t r u c c i ó n se c o n s i d e r a p r e f e r i -
ble el c o n c r e t o q u e el a d o b e o el a c e r o i n o x i d a b l e q u e la m a d e r a . O en el d e la c o m -
p o s i c i ó n se f o m e n t a n las ideas y los c o n c e p t o s sofisticados m á s q u e las t r a d i c i o n e s y las
e x p e r i e n c i a s c o t i d i a n a s , se p r o m u e v e la c o n v i c c i ó n d e q u e es m e j o r lo m o d e r n o q u e lo
a n t i g u o o la d e q u e hay más c a l i d a d en lo c o s t o s o q u e en lo b a r a t o .
Lo q u e en v e r d a d se necesita n o es t r a n s m i t i r un c ó d i g o d e p r e s t i g i o , es a p r e n d e r
— y e n s e ñ a r — a ser una suerte d e c a t a d o r d e la a r q u i t e c t u r a .

:. I

?\

; I

Lo que en verdad i
se necesita no es
transmitir un
código de
prestigio, es
aprender —y
enseñar— a ser
una suerte de
catador de la
arquitectura.
Ruinas de Til<al, Guatemala © Carlos Mijares
 ¿Dónde? ¿Cómo? ¿Cuándo?

¿ D ó n d e ? , ahí
La o b r a d e a r q u i t e c t u r a está s i e m p r e adscrita a un l u g a r e s p e c í f i c o ; ahí.
_Ppr eso es necesario e x p l o r a r y d e s c u b r i r sus características físicas y visuales; saber
d e su historia y d e sus a f i n i d a d e s ; e n t e n d e r y apreciar el sitio en el cual estará la o b r a ,
una o b r a q u e p o r el s ó l o h e c h o d e a p a r e c e r afectará el l u g a r y se verá a su vez a f e c t a -
d a ^ p o r é l ; r e c o n o c e r y s o r p r e n d e r s e c o n la luz y el c l i m a , los m a t e r i a l e s y las t r a d i c i o n e s ,
el c o l o r y la v e g e t a c i ó n , el c o n t e x t o p r ó x i m o y el paisaje d i s t a n t e .
Estos d e s c u b r i m i e n t o s o p e r a r á n c o m o estímulos para el p r o c e s o creativo. Una lec-
tura sensible d e l sitio p e r m i t e e n t e n d e r c ó m o se g e n e r a n y se organizan sus e s p a c i o s ,
se estructuran sus secuencias y se p r o d u c e n sus r i t m o s . A l a^^reciar así sus característi-
cas es p o s i b l e e s t a b l e c e r c o n m a y o r c l a r i d a d y certeza las relaciones q u e p u e d e n p l a n -
tearse e n t r e el lugar y la o b r a a proyectar,,así c o m o d i s p o n e r d e suficientes e l e m e n t o s
d e j u i c i o para r e c o n o c e r si las i n t e n c i o n e s y los c o n c e p t o s t i e n e n p o s i b i l i d a d e s d e corres-
p o n d e r o n o a ¡os resultados y las s o l u c i o n e s . Si se d e s e a e s t a b l e c e r relaciones g r a d u a -
les o p r o p o n e r c o n t r a s t e s , si se q u i e r e p r e s e n t a r las secuencias c o n una estructura q u e
p r o p o n g a inicio, d e s a r r o l l o y t é r m i n o , o si se o f r e c e n secuencias alternativas, o p c i o n a l e s
o inclusive laberínticas, es c o n v e n i e n t e saber si las alternativas visualizadas para el p r o -
y e c t o son f a c t i b l e s e n el lugar, si t i e n e n razonables p o s i b i l i d a d e s d e é x i t o , si la relación
buscada e n c u e n t r a la escala a d e c u a d a para manifestarse.

Sin la s e n s i b i l i d a d y la e x p e r i e n c i a para leer los sitios es m u y fácil e q u i v o c a r la s o l u -

ción y m a l o g r a r la c o r r e s p o n d e n c i a e n t r e los c o n c e p t o s y las realizaciones, e n t r e la t e o -
ría y la p r á c t i c a , e n t r e las i n t e n c i o n e s y los resultados c o n c r e t o s .
Siempre es útil indagar y e x p e r i m e n t a r en t o r n o a los variados y específicos factores in-
v o l u c r a d o s al p r e g u n t a r s e : ¿ d ó n d e ? Es^en r e s u m e n . I m p r e s c i n d i b l e a p r e n d e r a,ie.er_y_a_
c o m p r e n d e r el o r d e n , el g e n i o , el d u e n d e d e l lugar para c o n c e b i r una m e j o r a r q u i t e c t u r a .

¿ C ó m o ? , así
La o b r a d e a r q u i t e c t u r a está hecha s i e m p r e d e una m a n e r a particula_r:_así.
Por eso es c o n v e n i e n t e d i s t i n g u i r los i n s t r u m e n t o s , los g r u p o s y el o r d e n q u e cada
o b r a utiliza para g e n e r a r sus espacios; d e f i n i r las estructuras q u e los p o n e n en r e l a c i ó n ;
 saber c ó m o los p o n e n , c ó m o los c o m - p o n e n y c ó m o p r o - p o n e n sus secuencias y los
Entender y apreciar
r e c o r r i d o s p o s i b l e s ; c ó m o precisar los c ó d i g o s d e i n t e r p r e t a c i ó n d e l lugar, c o m p r e n d e r
el sitio en el cual
estará la obra. sus p o s i b l e s relaciones c o n él y sus e f e c t o s hacia y d e s d e la o b r a .
Una obra que por _La o b r a d e a r q u i t e c t u r a consiste — e n t r e otras c o s a s — e n la serie d e respuestas q u e
el sólo hecho de se d a n a esta p r e g u n t a f u n d a m e n t a l : ¿ c ó m o ?
aparecer afectará
el lugar y se verá
Lo e l e m e n t a l d e esta a f i r m a c i ó n e s c o n d e una serie d e facetas a n t e las cuales vale la
a su vez afectada p e n a d e t e n e r s e , p o r q u e p u e d e n e n r i q u e c e r el a p r e n d i z a j e más allá d e lo q u e a p r i m e r a
por él. vista p a r e c e .
, ¿ C ó m o son los i n s t r u m e n t o s g e n e r a d o r e s d e l e s p a c i o en una o b r a d e t e r m i n a d a ?
; ¿ C ó m o se relacionan e n t r e sí?
\o son los e s p a c i o s q u e se g e n e r a n ?
j ¿ C ó m o se articulan e n t r e ellos?
'• ¿ C ó m o se estructura su secuencia d e r e c o r r i d o ?
¿ C ó m o se p r o p o n e n la transiciones e n t r e el e x t e r i o r y el interior?
i ¿ C ó m o se relaciona la o b r a c o n su c o n t e x t o ?
• ¿ C ó m o se m a n e j a la luz e n los e s p a c i o s , el c o l o r y la t e x t u r a d e sus materiales?
Las a n t e r i o r e s son unas cuantas p r e g u n t a s q u e m u e s t r a n la i m p o r t a n c i a q u e t i e n e in-
d a g a r c ó m o están hechas las cosas y las decisivas i m p l i c a c i o n e s q u e t i e n e r e s p o n d e r l a s ,
c o n c r e t a m e n t e , así.
Éstas d e b e n p l a n t e a r s e t a n t o e n el curso d e l p r o c e s o c r e a t i v o q u e c o n d u c e a la reali-
zación d e una o b r a , c o m o e n la e x p e r i e n c i a directa y el e s t u d i o d e las e x i s t e n t e s .

¿La f o r m a , s i g u e a la función?
En la t r a d i c i ó n a c a d é m i c a q u e trivializó el f u n c i o n a l i s m o racionalista las p r e g u n t a s rela-
c i o n a d a s c o n el c ó m o se c o n s i d e r a b a n p e l i g r o s a s ya q u e , s e g ú n la t e o r í a , dichas p r e o -
c u p a c i o n e s c o n d u c í a n al f o r m a l i s m o , q u e era el más e n g a ñ o s o d e los p l a n t e a m i e n t o s y
el m a y o r d e los errores q u e p o d í a n a p a r e c e r en ¡a o b r a a r q u i t e c t ó n i c a . S e g ú n ese e n f o -
q u e la arquitectura debía t e n e r su o ñ g e n en el r a z o n a m i e n t o riguroso y ser consecuencia
d e p r o c e s o s d e m o s t r a b l e s . La f o r m a sigue a la f u n c i ó n f u e su l e m a , su concisa y — s e g ú n
sus entusiastas s e g u i d o r e s — i n a p e l a b l e frase d e batalla. La f u n c i ó n se e x p r e s a b a c o m o
un r e p e r t o r i o d e n e c e s i d a d e s precisas, m e n s u r a b l e s , a c o t a d a s y e s q u e m a t i z a b l e s . El

Sin la sensibilidad e s q u e m a d e f u n c i o n a m i e n t o se c o n v i r t i ó e n la p a n a c e a q u e g a r a n t i z a b a la m o d e r n i d a d :
y la experiencia c ó m o d a , sencilla y e c o n ó m i c a . En la a c a d e m i a racionalista el e s p a c i o , la luz, la Influen-
para leer los sitios cia d e l c o n t e x t o , la c o m p l e j i d a d d e los p r o b l e m a s y, n a t u r a l m e n t e , la f o r m a , eran t e m a s
es muy fácil
m a r g i n a d o s , e q u í v o c o s y a n a c r ó n i c o s . Los p r o y e c t o s se t r a b a j a b a n en abstractas r e p r e -
equivocar la
solución y malograr sentaciones en g e o m e t r a l , se iniciaban y se c o n s i d e r a b a n resueltos c u a n d o d e un d i b u j o
la correspondencia e n p l a n t a se p o d í a d e m o s t r a r un r a z o n a b l e f u n c i o n a m i e n t o y los e l e m e n t o s d e l p r o g r a -
entre los conceptos
ma aparecían con d i m e n s i o n e s a c e p t a b l e s . L o g r a d o e s t o , c o r t e s y f a c h a d a s ~ d e n u e v o
y las realizaciones.
I m á g e n e s e n g e o m e t r a l — se d e d u c í a n d e un m o d o casi a u t o m á t i c o , para d e ahí pasar
a una p e r s p e c t i v a más o m e n o s t r u c a d a , c o m p l e m e n t a d a a veces p o r una m a q u e t a otra
La obra de
vez más o m e n o s a d o r n a d a d e p r e s e n t a c i ó n al c l i e n t e . D u r a n t e m u c h o t i e m p o , t a n t o en
arquitectura
las escuelas c o m o en los talleres p r o f e s i o n a l e s , la r e p r e s e n t a c i ó n t r i d i m e n s i o n a l n o f u e
consiste - -entre
un m e d i o d e t r a b a j o sino más b i e n un recurso p r o m o c i o n a l . otras cosas- - en la
serie de respuestas
que se dan a
C o m p l e j i d a d y síntesis
esta pregunta
Reflexionar en t o r n o a los p r o b l e m a s d e l c ó m o no i m p l i c a i g n o r a r los d e m á s , la a r q u i - fundamental:
t e c t u r a es una a c t i v i d a d q u e incluye la c o m p l e j i d a d y p o r e l l o , n e c e s a r i a m e n t e , la sínte- ¿cómo?

sis. Los p r o y e c t o s y las o b r a s n o se resuelven, ni m u c h o m e n o s l o g r a n e n r i q u e c e r s e ,

c u a n d o el p u n t o d e p a r t i d a se f u n d a m e n t a en c o n c e p t o s o b s e s i v o s .
En el e s t u d i o y en la práctica d e la c o m p o s i c i ó n a r q u i t e c t ó n i c a es c o n v e n i e n t e dis-
t i n g u i r los i n s t r u m e n t o s , los g r u p o s y el o r d e n q u e cada o b r a utiliza, así c o m o d e f i n i r las
estructuras q u e p o n e n en relación los e s p a c i o s . C ó m o se p o n e n y se c o m - p o n e n , c ó m o
se p r o - p o n e n , cuáles son sus secuencias y sus r e c o r r i d o s p o s i b l e s . Se r e q u i e r e precisar
los c ó d i g o s d e i n t e r p r e t a c i ó n d e l lugar, su efectiva relación con él y sus e f e c t o s hacia y
d e s d e la o b r a . D e esta m a n e r a es p o s i b l e transitar d e s d e los c o n o c i m i e n t o s , las f a c u l -
t a d e s y el t a l e n t o hacia la respuesta b r i l l a n t e , d e s d e el o f i c i o hacia la c a l i d a d , la creación
y la poesía.

E l así r e a l i z a d o y l o s así p o s i b l e s
C a d a p r o y e c t o , cada o b r a se expresa s i e m p r e d e una m a n e r a particular: así. Un así q u e
es el s u y o , p r o p i o , característico e i n t r a n s f e r i b l e . Una respuesta especifica q u e p r o v i e n e
d e h a b e r t r a n s i t a d o e n t r e las diversas p o s i b i l i d a d e s q u e se han visto y a n a l i z a d o , para
t o m a r la d e c i s i ó n d e e l e g i r algunas y rechazar las d e m á s .
^ u s e x p r e s i o n e s se limitan a a q u e l l o q u e , p o r causas diversas y sin d u d a s i g n i f i c a t i -
vas, se d e c i d i ó e l e g i r y realizar, lo cual n o significa q u e t o d a s las p o s i b i l i d a d e s rechaza-
das lo hayan s i d o p o r carecer d e v a l o r En r e d e s c u b h r sus p o s i b i l i d a d e s , en recuperarlas
a través d e una lectura sensible y c o n t e m p o r á n e a radica el m a y o r s e n t i d o d e e s t u d i a r
la historia y d e e x p e r i m e n t a r sus o b r a s .
H i s t ó r i c a m e n t e , lo p r e f e r i d o — p o r el a u t o r y p o r su t i e m p o — es lo q u e se h a c e , lo
q u e existe y lo q u e se p u e d e e x p e h m e n t a r en f o r m a d i r e c t a , lo rechazado q u e d a — p r o -
v i s i o n a l m e n t e — en el c a m p o d e las p o s i b i l i d a d e s . Bien m i r a d a , la e x p e r i e n c i a p u e d e
resultar e n o r m e m e n t e e n r i q u e c e d o r a ya q u e invita a n o l i m i t a r s e al así realizado sino a Se requiere
precisar los códigos
a v e n t u r a r s e en las p r o f u n d a s y e x t e n s a s a g u a s d e los así p o s i b l e s . Es claro q u e las cul-
de interpretación
turas, y las o b r a s históricas q u e éstas p r o d u j e r o n , no a g o t a r o n su p o t e n c i a l , es evi- del lugar, su
d e n t e q u e las a p o r t a c i o n e s culturales son m u c h o más ricas q u e su lectura i n m e d i a t a y efectiva relación
literal. C u a l q u i e r o b r a d e arte r e c o n o c i d a y a p r e c i a d a , c u a l q u i e r m a n i f e s t a c i ó n ver- con él y sus efectos
hacia y desde
d a d e r a m e n t e creativa d e c u a l q u i e r é p o c a es una m u e s t r a p a l p a b l e d e la v i t a l i d a d q u e
la obra.
e n c i e r r a . El s e n t i d o q u e t i e n e v o l v e r a ella, releerla si es o b r a literaria, escucharla d e
 n u e v o si es m u s i c a l , verla r e i t e r a d a m e n t e si es p i c t ó r i c a o e s c u l t ó r i c a , recorrerla y ex-
Cada proyecto,
p e r i m e n t a r l a varias veces si es a r q u i t e c t ó n i c a , es u n e j e m p l o r o t u n d o d e q u e los v a l o -
cada obra se
expresa siempre
res d e una o b r a d e arte s i e m p r e la d e s b o r d a n , s i e m p r e la e x c e d e n , s i e m p r e p r o v o c a n
de una manera en los r e p e t i d o s a c e r c a m i e n t o s d e l e s p e c t a d o r s e n s i b l e una e x p e r i e n c i a r e n o v a d a , dis-
particular: así. tinta y e n r i q u e c e d o r a .
Un as! que es el
suyo, propio,
Estudiar los e d i f i c i o s históricos p l a n t e a , p o r s u p u e s t o , la alternativa e n t r e el análisis,
característico e el a p r e c i o o el g o z o c u a n d o resultan c o i n c i d e n t e s con el e s p e c t a d o r e s t u d i o s o , o la in-
intransferible. d i f e r e n c i a , el d i s g u s t o o incluso el d e s p r e c i o c u a n d o e n t r e la o b r a y el e s p e c t a d o r no se
p r o d u c e la sintonía.
Pero n o hay q u e o l v i d a r q u e la historia c o m e n z ó ayer, no hace varios siglos.

L o s cómo d e a y e r y l o s d e h o y
El q u e una o b r a sea así, c o n esas p e c u l i a r i d a d e s , c o n esas características y e n esas
circunstancias es p r o f u n d a m e n t e s i g n i f i c a t i v o , p e r o si se e s t u d i a y se i n t e n t a a p r e n d e T
d e ella, t a m b i é n resulta clave i n d a g a r p o r q u é n o f u e d e otra manera.l A l ser el p r o d u c -
t o d e u n a serie d e ^ d e c i s í o n e s y , e n corisecuencia^ d e una serie d e j ; e c h a z o s , c a b e p r e -
g u n t a r s e q u é f u e lo q u e c o n d u j o a a c e p t a r sólo ciertas ideas y ciertas s o l u c i o n e s , q u é
f u e lo q u e llevó a n e g a r otras p o s i b i l i d a d e s , cuáles f u e r o n las características q u e t e n í a n
las alternativas marginadas, cuáles d e esos valores a c e p t a d o s o rechazados p u e d e n a p r o -
vecharse en la a c t u a l i d a d , q u é factores e s t i m u l a n t e s p u e d e n d e s c u b r i r s e para g e n e r a r
nuevas respuestas.
Para a p r o x i m a r s e a estos p r o b l e m a s es i m p o r t a n t e t o m a r e n cuenta lo q u e la o b r a
no p o d í a ser en su m o m e n t o (y q u e tal vez ahora sea factible) ya fuera p o r l i m i t a c i o n e s
t é c n i c a s , e c o n ó m i c a s , i d e o l ó g i c a s o d e c u a l q u i e r t i p o , Pero o t r o a s p e c t o n o m e n o s
a t r a c t i v o es el análisis d e lo q u e , d e n t r o d e las p o s i b i l i d a d e s y las circunstancias reales
d e su t e m p o r a l i d a d , n o se a c e p t ó o no se q u i s o q u e fuera (y q u e tal vez ahora sí).

El t i e m p o q u e transcurre
El p a s a d o f u e , e n su m o m e n t o , p r e s e n t e , y éste es a su vez f u t u r o r e s p e c t o d e a q u é l .
Si el p r e s e n t e se deriva d e l p a s a d o , i g n o r a r l o , rechazar la t r a d i c i ó n , d e s e c h a r la h i s t o -
ria, implicaría d e s p r e c i a r el transcurrir m i s m o d e l t i e m p o : p a s a d o , p r e s e n t e o f u t u r o .
J^as o b r a s históricas f u e r o n una p r o p u e s t a específica a partir d e ciertas creencias y d e
uñ particular r e p e r t o r i o d e c o n o c i m i e n t o s , c o n d i c i o n a d a s las p r i m e r a s y r e l a c i o n a d o s los
c o n o c i m i e n t o s c o n sus particulares p o s i b i l i d a d e s t e c n o l ó g i c a s y materiales.^-

No hay que C o n v i e n e r e c o n o c e r q u e unos y o t r o s , así c o m o ia t e c n o l o g í a , los m a t e r i a l e s d i s p o n i -

olvidar que la bles y las s o l u c i o n e s p r o d u c i d a s , n o se a g o t a r o n con su uso d e e n t o n c e s . Se m a n t i e n e n
historia comenzó c o m o o f e r t a s , c o m o lecciones abiertas al a s o m b r o y al a p r e n d i z a j e . ,
ayer, no hace
varios siglos.
N o r e c o n o c e r l o y a p r o v e c h a r l o causa una g r a v e p é r d i d a d e t i e m p o y g e n e r a una ac-
t i t u d q u e cancela valiosos e s t í m u l o s .
 ¿Cuándp?^ a h o r a - J
El pasado fue, en su
La o b r a a r q u i t e c t ó n i c a está adscrita al t i e m p o : es un aliora (o un e n t o n c e s , q u e en su
momento, presente,
m o m e n t o f u e t a m b i é n un ahora). y éste es a su vez
C u á n d o , es una p r e g u n t a q u e t i e n e q u e ver c o n el t i e m p o , y el t i e m p o t i e n e s o b r e futuro de aquél.
la a r q u i t e c t u r a c o n s e c u e n c i a s m ú l t i p l e s , p o r el h e c h o m i s m o d e ser m a t e r i a q u e al trans-
currir se d e s v a n e c e , p e r o t a m b i é n p o r los e f e c t o s q u e su transcurso t i e n e s o b r e ¡a per-
m a n e n c i a m a t e h a l d e la o b r a .
De ahí q u e c o n v e n g a revisar la historia para c o n o c e r los a n t e c e d e n t e s , las o b r a s para
apreciar las circunstancias, y la t e o r í a , para p r e v e r — e n lo p o s i b l e — las c o n s e c u e n c i a s .
Es m u y útil r e c u p e r a r el c o n o c i m i e n t o d e lo q u e ha s i d o el q u e h a c e r a r q u i t e c t ó n i c o
y la reflexión s o b r e lo q u e p u e d e ser.
T a m b i é n p r o f u n d i z a r en las maneras d e c o m p o n e r a lo l a r g o d e l t i e m p o , unas p o r si-
milares y otras p o r d i f e r e n t e s a las nuestras. C u a l q u i e r a q u e sea el caso, s i e m p r e se
e n c o n t r a r á n interesantes c o n v e r g e n c i a s y fructíferas d i v e r g e n c i a s al e s t u d i a r las f o r m a s
d e c o m p o s i c i ó n c o n s a g r a d a s , al analizar los c ó d i g o s anteriores, y al f a v o r e c e r su rein-
t e r p r e t a c i ó n crítica y su inclusión en los c ó d i g o s actuales.

L a o b r a y e l t i e m p o , a n t e s , a h o r a y después
C o m o s u c e d e con los seres vivos, la o b r a a r q u i t e c t ó n i c a t i e n e un p e r í o d o d e g e s t a c i ó n
y, para q u e éste se p r o d u z c a , t a m b i é n r e q u i e r e d e una e t a p a d e c o n c e p c i ó n .
En a r q u i t e c t u r a la c o n c e p c i ó n casi s i e m p r e es lenta, difícil y a n g u s t i o s a , si b i e n , c o -
m o su referente b i o l ó g i c o , resulta a l t a m e n t e p l a c e n t e r a c u a n d o se c o n s u m a .
La g e s t a c i ó n , q u e p o d r í a considerarse e q u i v a l e n t e a la e t a p a d e c o n s t r u c c i ó n , es casi
s i e m p r e más larga q u e la d e los seres h u m a n o s , p u e d e llevar varios años o, en ocasio-
nes, hasta varios siglos.
En la e x p e ñ e n c i a d i r e c t a d e una o b r a transcurre el t i e m p o . Tal vez sería m e j o r d e c i r
el curso d e l " t e m p o " , c o n secuencias y ritmos particulares, con a r m o n í a s y m e l o d í a s
p r o p i a s , q u e varían s e g ú n los e s p e c t a d o r e s o los usuarios, sean éstos c o t i d i a n o s , h a b i -
tuales o visitantes ocasionales, p o r q u e la o b r a d e arquitectura o f r e c e , en m a y o r o m e n o r
m e d i d a , lecturas alternas y o p c i o n e s e l e g i b l e s d e n t r o d e su t e m p o básico. Unas serán
m á s p e r c e p t i b l e s para el e s p e c t a d o r ocasional y otras para el h a b i t u a d o p e r o a m b o s
p o d r á n elegir y preferir unas s o b r e otras. El c o t i d i a n o las i n t e r p r e t a r á en sus p r o p i o s ,
específicos y r e i t e r a d o s " t e m p o s " , el v i s i t a n t e p o d r á d e s c u b ñ r nuevas v e r s i o n e s , e x p l o - La obra
rarlas y tal vez s o r p r e n d e r s e con a l g u n a s . arquitectónica
está adscrita al
En g e n e r a l , la o f e r t a d e un m a y o r n ú m e r o d e o p c i o n e s h a c e a la o b r a más rica y tiempo: es un
compleja. ahora {o un
entonces, que en
su momento fue
^ [ t i e m p o d e l a narración
también un ahora).
La_composic¡ón d e c o n j u n t o , la t e x t u r a d e los espacios y los t i m b r e s d e los ¡nstru_men-

I
 t o s q u e los g e n e r a n p o d r á n a d o p t a r diversas estructuras y expresarse en f o r m a lineal,
Lo que acabamos
g r a d u a l , j e r á r q u i c a o en a l g u n o s casos (siempre d e p e n d i e n d o d e l c ó m o ) e n t r e t e j i d a ,
d e ver condiciona
lo que estamos c o n t r a s t a n t e , plural y c o m p l e j a .
viendo y esto a La p a r t i c i p a c i ó n q u e se solicite d e l e s p e c t a d o r d e p e n d e r á d e la m a n e r a c o m o se ha-
su vez lo próximo ya d e c i d i d o c o n t a r la historia y d e la estructura d e las secuencias espaciales q u e c o n f i -
que veremos.
g u r e n la obra (de n u e v o la i m p o r t a n c i a d e l c ó m o ) . En ocasiones la narración p o d r á elegir
un t e m p o l e n t o c o m o un l a r g o o un a n d a n t e , e n o t r a s p r e f e r i r u n o r á p i d o c o m o un pres-
t o o un a l l e g r o vivace.
Ese o r d e n d e l t i e m p o , el q u e se relaciona c o n el m o v i m i e n t o y el t r á n s i t o , es u n o d e
los factores clave para c o m p r e n d e r la estructura d e las o b r a s a r q u i t e c t ó n i c a s . Equivale
a su t i e m p o p r e s e n t e .

Lo que se cuenta
Los espacios a r q u i t e c t ó n i c o s d i c e n cosas y p o r ello p o d r í a aceptarse q u e t i e n e n signifi-
cado.^Sólo q u e se trata d e un s i g n i f i c a d o m ú l t i p l e , m e t a f ó r i c o , p r o f u n d a e i n t e g r a l m e n t e
e x p e r i m e n t a l y sensitivo. E r i e l l e n g u a j e d e la arquitectura hay m u c h a s maneras d e decir^
aquí, p o r aquí, pase, c a m i n e , d e t é n g a s e , elija, c o n t i n ú e , descanse, s o r p r é n d a s e , o r e , etc.
La relación y la sucesión d e los espacios i m p l i c a una sintaxis d e la q u e d e p e n d e n
m u c h o las lecturas q u e d e ellos se h a g a y la m e m o r i a r e c i e n t e o p e r a d e una m a n e r a par-
t i c u l a r m e n t e intensa para estructurarlas. Lo q u e a c a b a m o s d e ver c o n d i c i o n a lo q u e
e s t a m o s v i e n d o y esto a su vez lo p r ó x i m o q u e v e r e m o s . Las e x p e r i e n c i a s sucesivas, en
particular si se e x p e h m e n t a n en un lugar y e n un t i e m p o i d e n t i f i c a b l e s , l o g r a n a r m a r un
discurso c o m p l e t o c o n sus t i e m p o s y sus r i t m o s p e c u l i a r e s . •

El p a s o del tiempo
Luego está el f u t u r o en la arquitectura, los efectos del paso d e l t i e m p o , d e su exposición a
la i n t e m p e h e , al uso, a la v e c i n d a d d e nuevas obras, a las modificaciones, a los c a m b i o s
culturales, etc., q u e p u e d e n g e n e r a r consecuencias varias, c o m o el q u e la obra envejezca,
y pierda; q u e se añeje, y g a n e , o q u e se d e g r a d e , y desaparezca. C o n v i e n e considerar t a m -
bién la posible destrucción prematura —sea accidental o provocada—• o la gradual q u e la
convertirá en ruina, en cuyo caso la obra p o d r á mantener, renovar o p e r d e r total o parcial-
En las culturas
prehispánicas los m e n t e sus valores oñginales. C u a n d o éstos existieron, la transformación en ruina p u e d e
edificios se tener un efecto d e p u r a d o r — u n a especie d e síntesis a d q u i r i d a . Cualquiera q u e sea el caso,
enterraban para el t i e m p o t e n d r á sin r e m e d i o efectos i m p o r t a n t e s sobre la arquitectura, m u c h o s serán in-
construir sobre
controlables, algunos p o d r á n encauzarse, p e r o la mayoría d e b e al m e n o s preverse.
ellos. Sepultarlos
era una forma En el curso d e la historia y a n t e la n e c e s i d a d d e m o d i f i c a r las e d i f i c a c i o n e s , los h o m -
de respetarlos y
bres han a c t u a d o d e distintas m a n e r a s .
d e rendirles
homenaje. En las culturas prehispánicas los e d i f i c i o s se e n t e r r a b a n para c o n s t r u i r s o b r e ellos.
S e p u l t a r l o s era una f o r m a d e respetarlos y d e rendirles h o m e n a j e .
 En las culturas m e d i e v a l e s se a c e p t a b a c o n n a t u r a l i d a d el c r e c i m i e n t o d e los e d i f i -
cios, ya fuera para a m p l i a r l o s o s i m p l e m e n t e para t e r m i n a r l o s , en otra f o r m a d e m a n i - Sólo como
experiencia
festar r e s p e t o y d e rendirles h o m e n a j e al m a n t e n e r l o s vivos.
itinerante, como
En la a c t u a l i d a d , los e d i f i c i o s a n t i g u o s se d e s t r u y e n — l o q u e indica una falta d e res-/ vivencia en el
p e t o — ; se reconstruyen f i e l m e n t e — l o q u e muestra, tal vez, un exceso d e r e s p e t o — ; o sej ^ tiempo, es posible
escuchar las
preservan a ultranza — l o q u e resulta una suerte d e m o m i f i c a c i ó n .
melodías de la
composición
Tiempos y ritmos arquitectónica,
apreciar sus
Sin la e x p e r i e n c i a d e l m o v i m i e n t o la o b r a a r q u i t e c t ó n i c a se d e s m e m b r a , p i e r d e sus rit-
acordes y captar ía
mos, o c u l t a sus a r m o n í a s , d i l u y e sus c u l m i n a c i o n e s y cancela sus sorpresas. A p r e c i a d a sonoridad de su
sólo c o m o o b j e t o aislado, fijo e i n d e p e n d i e n t e d e su e n t o r n o se convierte en i m a g e n c o n - orquestación.
g e l a d a y a b s t r a c t a , c o m o suele s u c e d e r e n las f o t o g r a f í a s .
^_La presencia real d e la a r q u i t e c t u r a es una p e r m a n e n t e invitación _aLrrLO.vimiento,..uriá-
variada oferta d e r e c o r r i d o s , una e s p l é n d i d a y d i n á m i c a p r o p u e s t a d e secuencias q u e
muestran u ñ j u é g o m ú l t i p l e d e relacjones: los i n s t r u m e j i t o s ^ g u e c o n s t r u y e n las f o r m a s y
j o £ espacios q u e c o n f o r m a n sus c o n j u n t o s ; los e l e m e n t o s naturales CLue i d e n t i f i c a n el
sitio y la c a l i d a d l u m i n o s a d e su a t m ó s f e r a ; la p r ó x i m a t e x t u r a d e sus d e t a l l e s y la d i s t a n -
t e p r e s e n c i a d e su perfil.^
Sólo así, c o m o e x p e r i e n c i a i t i n e r a n t e , c o m o vivencia en el t i e m p o , es p o s i b l e es-
cuchar las m e l o d í a s d e la c o m p o s i c i ó n a r q u i t e c t ó n i c a , apreciar sus a c o r d e s y c a p t a r la
s o n o r i d a d d e su o r q u e s t a c i ó n .

Tiempo y espacio
A l e x p e r i m e n t a r l a en m o v i m i e n t o , la a r q u i t e c t u r a se c o n v i e r t e e n un a c o n t e c e r t e m p o -
ral y espacial. Espacio y t i e m p o q u e s o n , en r e a l i d a d , plurales. Valles, m e s e t a s , c a ñ a d a s
y llanuras son p a r t e d e l paisaje, p a r t e d e la naturaleza, d e l l u g a r e n c o n t r a d o p o r el h o m -
bre. Plataformas, calles, escalinatas, p a t i o s y plazas c o n f i g u r a n los á m b i t o s q u e el h o m b r e
hace, las o b r a s q u e c o n s t r u y e en el paraje q u e ha s e l e c c i o n a d o para vivir. C u a n d o llega
a lograr q u e t o d o s , t a n t o los espacios q u e g e n e r a c o m o los q u e e n c u e n t r a , resuenen en
c o n j u n t o , el sitio se t r a n s f o r m a y a p a r e c e un lugar c r e a d o , en v e r d a d d i f e r e n t e .
Pero t a m b i é n el t i e m p o pasa d e diversas maneras: al d e a m b u l a r y d e m o r a r s e el h o m -
El tiempo pasa de
bre en los espacios transcurre un c i e r t o lapso; el q u e le pasa a la o b r a i m p l i c a plazos diversas maneras:
más d i l a t a d o s , el p r o c e s o d e su c o n s t r u c c i ó n , las a l t e r a c i o n e s q u e g e n e r a n los h o m b r e s , al deambular y
los e f e c t o s d e l sol, d e la lluvia, d e l v i e n t o , o el d e v e n i r d e l t i e m p o histórico q u e en su demorarse el
hombre en los
m o m e n t o le o t o r g ó sustancia a la o b r a y a la larga, tal vez, la convertirá en ruina.
espacios transcurre
un cierto lapso; e l
L e y e n d a s d e fundación que le pasa a la
obra implica plazos
En o t r o s t i e m p o s era p o s i b l e e l e g i r un l u g a r d o n d e e s t a b l e c e r s e y c o n s t r u i r ahí la a r q u i -
más dilatados.
t e c t u r a y la c i u d a d .
 D i c e ia Biblia q u e d e s p u é s d e un l a r g o c a u t i v e r i o el p u e b l o h e b r e o d e b i ó d e m o r a r s e
cuarenta años v a g a n d o en el d e s i e r t o antes d e llegar a la tierra p r o m e t i d a . Pasado el
t i e m p o d e ia p e r e g r i n a c i ó n , un día M o i s é s la d e s c u b r e , la o b s e r v a y, a pesar d e la dis-
t a n c i a , la r e c o n o c e c o n certeza.
O t r o p u e b l o recorre d u r a n t e m u c h o t i e m p o g r a n d e s e x t e n s i o n e s d e A m é r i c a en
busca d e una p e c u l i a r c o i n c i d e n c i a , la r e u n i ó n d e l n o p a l , el á g u i l a y la s e r p i e n t e . C u a n -
d o ésta a p a r e c e , la m i g r a c i ó n t e r m i n a . Se ha e n c o n t r a d o ai fin el sitio d e la f u n d a c i ó n .
Las d o s l e y e n d a s se refieren a un m i s m o p r o b l e m a : los p u e b l o s q u e b u s c a n un lugar
q u e favorezca su t r a n s i c i ó n d e n ó m a d a s a s e d e n t a r i o s ; los p u e b l o s q u e i n t e n t a n d e s -
c u b ñ r sus a f i n i d a d e s c o n un paisaje, p e r c i b i r las ventajas y los atractivos q u e o f r e c e ; c o -
n o c e r l o , r e c o n o c e r l o , a c e p t a r l o y a p r o v e c h a r sus particulares características.
A pesar d e la lejanía g e o g r á f i c a y cultural e n t r e h e b r e o s y m e x i c a n o s , en a m b a s
t r a d i c i o n e s a p a r e c e n referencias y c o n c e p t o s c o m u n e s q u e p u e d e n f u n d a m e n t a r cier-
tas c o n s i d e r a c i o n e s .

L a búsqueda y e l a p r e n d i z a j e
A m b a s m e n c i o n a n largos recorridos, d e s c o n c e r t a n t e s esperas y m o r o s o s peregrinajes; es
previsible q u e f r e c u e n t e m e n t e fallaran el r u m b o y aparecieran signos d e d e s a l i e n t o .
La b ú s q u e d a se o r i g i n ó a partir d e un m e n s a j e o d e una p r o m e s a , lo q u e i m p l i c a un
p r i n c i p i o d e c o m u n i c a c i ó n y una base d e i n f o r m a c i ó n . El m e n s a j e i n v o l u c r a b a a l g u n o s
d a t o s e v i d e n t e s y o t r o s e n clave, lo q u e c o n d u c e a d e t e c t a r un c i e r t o nivel d e s i s t e m a -
t i z a c i ó n . Se a n u n c i a b a la existencia d e un lugar q u e t e n d r í a particulares características,
aviso q u e es una m a n e r a d e t r a n s m i t i r c o n o c i m i e n t o s . Se advertía q u e , al e n c o n t r a r el
sitio, éste, al m e n o s para los i n i c i a d o s , sería c l a r a m e n t e i d e n t i f i c a b l e , lo q u e p r e s u p o n e
un b u e n nivel d e a p t i t u d e s e n la lectura d e l e s p a c i o . Se decía q u e el sitio se reconocería
c o m o a p r o p l a b l e , lo q u e sugiere un b e n e f i c i o d e ñ v a d o d e l a p r e n d i z a j e , d e l c o n o c i m i e n -
t o y d e la e x p e r i e n c i a a d q u i r i d a en el l a r g o t r a y e c t o .

La lectura del lugar

Para q u e la b ú s q u e d a c u l m i n e en e n c u e n t r o se r e q u i e r e d e un e s p e c i a l , p e r m a n e n t e e
intenso e s t a d o d e alerta, capaz d e d e t e c t a r los mensajes q u e p u e d a n a p a r e c e r en el iti-
nerario hasta d e s c u b r i r el c o r r e c t o . C u a n d o esto s u c e d e , ia a p a r i c i ó n d e las c o n d i c i o n e s
t a n t o t i e m p o esperadas p r o v o c a la euforia y se c o n v i e r t e en a c o n t e c i m i e n t o i n o l v i d a b l e .
Por e l l o , n a t u r a l m e n t e , se c e l e b r a el h e c h o y se c o n s a g r a el sitio.
En una d e sus o b r a s Sófocles hace afirmar a E d i p o : " N o hay d u d a , este l u g a r es
s a c r o " . La frase m u e s t r a una fina s e n s i b i l i d a d y una e v i d e n t e c a p a c i d a d para leer el
paisaje. T a m b i é n la t u v i e r o n M o i s é s , los s a c e r d o t e s m e x i c a n o s y, c o n c e r t e z a , t o d o s los
f u n d a d o r e s . Q u i e n se interese p o r la a r q u i t e c t u r a n o p u e d e d e j a r d e a d q u l ñ r esa
capacidad.
 Es c o n v e n i e n t e q u e existan lectores d e lugares. Es claro q u e en la a n t i g ü e d a d los
En otros tiempos
h u b o . Hoy, en c a m b i o , se a d v i e r t e un e x t r a ñ o y a l a r m a n t e a n a l f a b e t i s m o e s p a c i a l . ¿Será
era posible elegir
q u e ahora el paisaje es lengua m u e r t a o, tal vez peor, libro sin lectores? un lugar donde
establecerse y
Lo natural y lo construido construir ahí la
arquitectura y
Está el paisaje natural y en él los lugares q u e el h o m b r e e n c u e n t r a . El valle y la c u m b r e ,
la ciudad.
la sierra y la c a ñ a d a , el l a g o y el río, la caverna y la s o m b r a d e l á r b o l .
Está el o t r o paisaje, el c o n s t r u i d o , con los sitios q u e el h o m b r e ha c r e a d o . La g r a n m e -
t r ó p o l i y el p o b l a d o m o d e s t o , la plaza y la calle, el p a t i o , el c u a r t o y el rincón c o t i d i a n o .
Espacios, lugares, p o s i c i o n e s , d i s p o s i c i o n e s , p u n t o s d e vista, m ú l t i p l e s s i g n i f i c a d o s
p o s i b l e s . A f i n i d a d e s y sintonías. Ecos y resonancias. B ú s q u e d a s y e n c u e n t r o s .
D e n t r o d e l paisaje c o n s t r u i d o se incluyen el barrio y el h o g a r ; el d e s c u b r i m i e n t o per-
sonal y la e x p e r i e n c i a I n t r a n s f e ñ b l e ; la sintonía con la s o n o ñ d a d d e la frase íntima, frágil
y efímera. Q u i e n e s son capaces d e apreciar un rincón d e l i c i o s o y d e f i e n d e n el m í n i m o
remanso d e l sillón p r e f e r i d o , están d e s c u b r i e n d o a f i n i d a d e s d o m é s t i c a s q u e f a v o r e c e n
un a l o j a m i e n t o p e r s o n i f i c a d o . Q u e d a n para los héroes l e g e n d a r i o s las g r a n d e s r e s o n a n -
cias g e o l ó g i c a s q u e incitaron las f u n d a c i o n e s p o p u l o s a s y estables.
La escala es d i f e r e n t e , los g e s t o s son los m i s m o s .
C u a n d o un p u e b l o d e s c u b r e su paisaje y se e s t a b l e c e en é l , e n c u e n t r a , e n t r e otras
cosas, un lugar q u e es un e c o d e íntimas simpatías, un sitio q u e resuena y le d i c e cosas
Cuando un pueblo
importantes. descubre su paisaje
M i e n t r a s la relación persista y las voces se escuchen es previsible q u e se p r o d u z c a y se establece en
— y se m a n t e n g a — el a r r a i g o . Si el paisaje e n m u d e c e , ello p o d r á ser s í n t o m a d e q u e la él, encuentra, entre
otras cosas, un
c o m u n i d a d se ha t r a n s f o r m a d o o se ha v u e l t o sorda. E n t o n c e s las a f i n i d a d e s se disi-
lugar que es un
parán y a n t e ello es p o s i b l e q u e s ó l o q u e d e la e m i g r a c i ó n o la d e s g r a c i a . eco de íntimas
simpatías, un sitio
que resuena y
le dice cosas
importantes.
 TIKAL
Estar en esa selva
es encontrarse
ílí c l 4 ' S 4 - i i l > i - i i i i i e i i < o e l e l a Irjaiiía
rodeado por ella,
e7es;;rsrempre ' *' "rqiiiíec I l i r a q u e c o i i q i i i s l a i\o
dentro.

Eran unas como torres...

Bernal Díaz del Castillo
Historia verdadera de la conquista de la Nueva España

La visión c e r c a n a
Para un h o m b r e c o m o el d e hoy, p r e d o m i n a n t e m e n t e u r b a n o , p e n e t r a r e n la selva d e l
Peten e n G u a t e m a l a resulta un h e c h o i n s ó l i t o . Transitar p o r sus e s p a c i o s es una e x p e -
riencia f u e r t e m e n t e c o n d i c i o n a d a p o r lo I n m e d i a t o , lo táctil y lo sensible d e la n a t u -
raleza en su más d i r e c t o y, para n o s o t r o s , más e x t r a ñ o y m i s t e r i o s o e s p l e n d o r . A h í la vida
presenta una serie d e características m u y d i f e r e n t e s , d e h e c h o casi s i e m p r e o p u e s t a s , a
las q u e t i e n e la vida en la c i u d a d . Entre ellas, a l g u n a s resultan p a r t i c u l a r m e n t e intensas
y significativas.
Tal vez u n o d e los a s p e c t o s q u e p r i m e r o s o r p r e n d e es la p r o x i m i d a d d e los o b j e t o s
y la cercanía d e la v i s i ó n . N o s a s o m b r a , y nos i n q u i e t a d e s c u b r i r q u e el e s p a c i o se e n -
c u e n t r a l l e n o , d e t r o n c o s , b e j u c o s , lianas, hojas, h e l é c h o s y un s i n n ú m e r o d e e s p e c i e s
v e g e t a l e s q u e a p a r e c e n c o m o m u r o s , m a m p a r a s , b i o m b o s , celosías, pilares, c o l u m n a s ,
nervaduras, arcos y dinteles q u e c u b r e n , encierran, e n v u e l v e n y c o n f i n a n . Son espacios li-
t e r a l m e n t e o c u p a d o s , i n u n d a d o s p o r la v e g e t a c i ó n , e n los q u e p r e d o m i n a una i l u m i -
^Cuando , se libra
,., n a c i ó n difusa q
" u e en ocasiones se rprecisa con rayos J d e sol f i l t r a d o s e n t r e el f o l l a Ij e Jy en
la altura de los Otras p o r la a p a ñ c l ó n d e masas d e luz en los p o c o s claros q u e llegan a e n c o n t r a r s e , ya
árboles el impacto q u e el e s p a c i o en la selva se e x p e r i m e n t a b a j o una b ó v e d a p e r m a n e n t e d e f o l l a j e . Hay
es decisivo:
un s e n t i m i e n t o p e c u l i a r d e d e s o r i e n t a c i ó n , una e s p e c i e d e a n g u s t i a al n o r e c o n o c e r d i -
aparece un
mundo nuevo recciones, al no saber d e t e c t a r e l e m e n t o s q u e p e r m i t a n i d e n t i f i c a r los sitios. En sínte-
sis: se e x p e r i m e n t a una intensa sensación d e estar p e r d i d o .
 Los h o m b r e s a c t u a l e s , c i t a d i n o s y l a m e n t a b l e m e n t e d i s t a n t e s d e la n a t u r a l e z a , e n -
c o n t r a m o s q u e t o d o s los l u g a r e s d e la selva son m u y similares y, para n u e s t r o s o j o s ,
i n d i s t i n g u i b l e s u n o d e l o t r o . A d o l e c e m o s d e una i n c a p a c i d a d para a p r e c i a r los m a t i -
ces, q u e es característica g e n e r a l i z a d a d e la i n s e n s i b i l i d a d c u l t u r a l , d e l d e s c o n o c i -
m i e n t o y d e la e x t r a n j e r í a . Es p r o b a b l e q u e para o t r a s c u l t u r a s , c o m o la d e los m a y a s ,
a s e n t a d a s en el s i t i o p o r l a r g o t i e m p o , la o b s e r v a c i ó n c u i d a d o s a y e x p e r t a d e l c o n -
t e x t o hiciera d i s t i n g u i r c o n c l a r i d a d las d i f e r e n c i a s . Si n o p o r o t r o s m o t i v o s , s i m p l e -
m e n t e p o r r a z o n e s d e s e g u r i d a d , ya q u e si se vive ahí es n e c e s a r i o d e s a r r o l l a r un f i n o
s e n t i d o d e o b s e r v a c i ó n para p r o t e g e r s e d e m u c h a s cosas a m e n a z a n t e s , c o m o la m u l -
t i t u d d e i n s e c t o s , los a n i m a l e s f e r o c e s o las p l a n t a s v e n e n o s a s q u e t a n presentes
están e n la z o n a .

El e s p a c i o s o n o r o , táctil y a r o m á t i c o
O t r o f a c t o r i m p a c t a n t e y f u n d a m e n t a l d e la selva es la s o n o r i d a d , intensa, e n v o l v e n t e y
variada, q u e organiza c o n c i e r t o s y a c o r d e s al mezclar el r u i d o d e las hojas al friccionarse
c o n el d e las ramas y los t r o n c o s al rozarse o al caer; el c a n t o d e las aves c o n el g r i t o d e
los m o n o s ; la l l a m a d a d e las h e m b r a s en c e l o c o n la respuesta agresiva d e los m a c h o s .
Sonidos sensuales, p r o f u n d o s , a g u d o s , p e r s i s t e n t e s .
T a m b i é n está la e x p e r i e n c i a d e los a r o m a s , d e l o l o r d e la tierra m o j a d a , d e las flores
y los f r u t o s , d e lo fresco y d e lo p o d r i d o . El c o n t a c t o d i r e c t o y c o n s t a n t e c o n las f o r m a s
variadas, a b i g a r r a d a s , p r ó x i m a s y entrelazadas. La p e r c e p c i ó n d e l relieve, d e l d e t a l l e y,
p a r a l e l a m e n t e , d e la c o n f u s i ó n . Sin excluir la e x p e r i e n c i a d e l m i e d o .
Hojas, ramas, insectos, aves, t r o n c o s , m o n o s , p a l m a s , j a g u a r e s , tierra, rocas, b a r r o ,
p i e d r a s , h o m b r e s , mujeres, niños, viejos, v e s t i d o s , d e s n u d o s . . . . T o d o e s t o , y m u c h o más
c o n f o r m a la vida diaria en la selva, vida t e n s a , alerta, atenta a los p e l i g r o s i n m i n e n t e s y
d e s c o n o c e d o r a d e la e x p e r i e n c i a d e l e s p a c i o e x t e n s o . Estar e n esa selva es e n c o n t r a r s e
r o d e a d o p o r ella, es estar s i e m p r e d e n t r o . Parece, si no i m p o s i b l e , sí m u y difícil salir...
salvo hacia arriba, si se llegara a a s c e n d e r lo suficiente para librar el follaje.
Ahí, en ese c o n t e x t o , los mayas c o n s t r u y e r o n Tlkal.

L a c o n q u i s t a del e s p a c i o
Para la vida c o t i d i a n a sus c o n s t r u c c i o n e s f u e r o n , p u e d e d e c i r s e , p a r t e d e la selva m i s m a ,
chozas c o n s t r u i d a s c o n materiales v e g e t a l e s a p r o v e c h a n d o i n g e n i o s a m e n t e los recur-
sos d e l sitio y r e s p o n d i e n d o s a b i a m e n t e a n t e las c o n d i c i o n e s naturales d e l clima. Para
sus centros c e r e m o n i a l e s g r a d u a l m e n t e f u e r o n a b r i e n d o y m a n t e n i e n d o claros en la
selva y e d i f i c a n d o ahí p l a t a f o r m a s , escalinatas, patios y plazas. A lo largo d e los siglos,
f u e r o n s u p e r p o n i e n d o estructuras — " e r a n unas c o m o t o r r e s " e s c r i b i ó , y d e s c r i b i ó , el
cronista Bernal Díaz d e l C a s t i l l o — q u e les p e r m i t i e r o n subir cada vez m á s a l t o , c o n una
certera y p e r s i s t e n t e i n t u i c i ó n d e q u e el ascenso valdría la p e n a .
 C u a n d o se libra la altura d e los á r b o l e s el i m p a c t o es d e c i s i v o . A p a r e c e un m u n d o
Un mundo en el
n u e v o y d i s t i n t o q u e semeja el inverso d e l m u n d o c o t i d i a n o .
que no sólo existe
la posibilidad d e El f o l l a j e , q u e era una c u b i e r t a , un arriba p e r m a n e n t e , se p r e s e n t a a h o r a a b a j o , c o n -
orientarse, sino v e r t i d o e n piso. Se d e s c u b r e la lejanía, a p a r e c e el h o r i z o n t e e n t o r n o al e s p e c t a d o r ,
que se descubre e x t e n d i d o , c o n t i n u o , increíble y s o r p r e n d e n t e m e n t e d i s t a n t e . El e s p a c i o crece hasta
el hecho
d i m e n s i o n e s i n s o s p e c h a d a s . La luz, q u e es ahora p l e n a , i n c l u y e la p e r c e p c i ó n d e la
impresionante
d e estar en el f u e n t e q u e la p r o d u c e , el sol. Es p o s i b l e o b s e r v a r q u e esa luz se m u e v e y q u e d e s a -
centro del universo. p a r e c e b a j o el h o r i z o n t e para l u e g o reaparecer. Se d e t e c t a la c o n t u n d e n c i a d e l r i t m o
d e los días y d e las n o c h e s . Se d e s c u b r e n la luna, los astros y las r e l a c i o n e s e n t r e ellos,
unas c o n s t a n t e s y p e r m a n e n t e s , o t r a s variables, a l g u n a s d e t e c t a b l e s y t r a n q u i l i z a d o r a -
m e n t e insistentes, otras v a g a r o s a s , inasibles y s o r p r e n d e n t e s , c o m o los c o m e t a s , o las
lluvias d e estrellas.

Descubrir el centro
De p r o n t o , ahí, arriba, a p a r e c e o t r o m u n d o en el q u e n o s ó l o existe la p o s i b i l i d a d d e
orientarse sino q u e se d e s c u b r e el h e c h o i m p r e s i o n a n t e d e q u e p a r e c e existir un c e n -
t r o d e l universo. Y q u e en ese m o m e n t o es j u s t o en ese c e n t r o d o n d e nos e n c o n t r a m o s .
Toda una experiencia y t o d a una sabiduría a b i e r t a al o b s e r v a d o r a t e n t o y a s o m b r a d o .
C o n el t i e m p o v e n d r á el i n t e n t o d e i n t e r p r e t a r las relaciones e n t r e el cielo y la tierra,
las n u b e s con la s o m b r a y la lluvia, el rayo con el t r u e n o y el f u e g o ; los cíelos e s t a c i o n a -
les y los ciclos agrícolas, la luna y el c e l o d e las h e m b r a s . Un a c e r c a m i e n t o a las fuerzas
superiores. El r e c o n o c i m i e n t o , la relación y la d e p e n d e n c i a f r e n t e a seres m i s t e r i o s o s e
i n e x p l i c a b l e s . La a p a r i c i ó n d e los d i o s e s y la c o n v e n i e n c i a d e m a n t e n e r l o s p r o p i c i o s . La
e x p e r i e n c i a d e la jerarquía, paralela al d e s c u b r i m i e n t o d e la existencia d e d o s m u n d o s .
U n o b a j o , c o n f i n a d o y d e p e n d i e n t e d e l o t r o , a l t o e i n f i n i t o . U n o p r ó x i m o , circunstancial,
azaroso y c o t i d i a n o , o t r o e x t e n s o , t r a s c e n d e n t a l , p r e v i s i b l e y e x c e p c i o n a l .
La arquitectura d e Tikal, c o n sus t e m p l o s y cresterías ahora n a v e g a n d o s o b r e el mar
v e r d e d e l follaje, refleja, e n t r e m u c h a s cosas, la e x p e r i e n c i a d e esas características con
una mágica y e m o c i o n a n t e maestría: la d e una v e r d a d e r a c o n q u i s t a d e l e s p a c i o .
 TKOTIHLACÁN

l'^l (liiílo^t» «'iitre l a a r q u i U M ' l i i r a y < ' l l u g a r

L a a r t | u h e < ' ( u r a q u e s e as4H'ia e o i i e l p a i s a j e

L o s túmulos q u e h i c i e r o n a l s o l y a l a l u n a
son c o m o grandes montes edificados a m a n o
q u e parecen ser m o n t e s naturales y n o l o son.
Fray Bernardino d e Sahagün
Historia general de las cosas de !a Nueva España

L o s e s p a c i o s p a r a l a celebración y e l d i á l o g o
Teotihuacán, a d i f e r e n c i a d e Til<:al, es un c e n t r o c e r e m o n i a l q u e se edifica e n un sitio
llano en el cual las características d e l paisaje son c l a r a m e n t e a p r e c i a b l e s d e s d e el p r i n -
c i p i o . La planicie en la q u e se e n c u e n t r a , c o n t i e n e a l g u n o s m o n t e s aislados y cercanos,
otros f o r m a n c a d e n a s y sierras d i s t a n t e s y c o n f i n a n el valle. El lugar es e x t e n s o y evi-
d e n t e , d e s d e c u a l q u i e r p a r t e es p o s i b l e ver lejos. El e s p a c i o natural y los e l e m e n t o s q u e
lo d e f i n e n p e r t e n e c e n p o r e l l o a una escala q u e se m a n t e n d r á i n v a r i a b l e m e n t e m a y o r
q u e c u a l q u i e r realización d e l h o m b r e , si éste d e c i d e construir ahí su o b r a estará sin
r e m e d i o c o n t e n i d a d e n t r o d e , y en b u e n a m e d i d a p r e d e s t i n a d a a estar en una d e s f a v o -
rable c o m p e t e n c i a c o n el sitio.
En la propuesta arquitectónica d e Teotihuacán, sus temas, sus ritmos y su orquestación
están estructurados a partir d e un sagaz r e c o n o c i m i e n t o d e la específica c o n d i c i ó n t o p o g r á -
fica del sitio. Su gran acierto radica en evitar una c o m p e t e n c i a q u e se sabe p e r d i d a d e a n -
t e m a n o y proponer, en c a m b i o , una asociación. Para lograrlo, p o n e a dialogar cerros con
pirámides, construye las pirámides con perfil y masa d e cerros, y al hacerlo logra q u e en los
cerros se descubra masa y perfil d e pirámides. Así, arquitectura y paisaje se convierten en
interlocutores y al resonar j u n t o s logran orquestar una obra unitaria, la gran escala natural
se e n h q u e c e con los matices d e la obra humana y ésta con la grandeza d e aquélla.

Ruinas de Teotihuacán, México.

 Una g r a n lección d e s e n s i b i l i d a d e n la lectura d e l e s p a c i o y d e a c i e r t o en el p o d e -
Una muestra de
roso c o n c e p t o e l e g i d o para c o m p o n e r la o b r a a r q u i t e c t ó n i c a ahí, así.
sensibilidad,
reconocimiento y
homenaje al lugar U n a composición a x i a l c o n r e s p a l d o persistente
donde se ha La c o m p o s i c i ó n se estructura s o b r e un g r a n eje d e más d e d o s k i l ó m e t r o s d e l a r g o : la
decidido vivir.
calzada d e los M u e r t o s . A l final, c o m o r e m a t e , está la presencia d e la p i r á m i d e d e la Lu-
na, r e s p a l d a d a y e n m a r c a d a p o r el cerro G o r d o . La p i r á m i d e d e l Sol se p r e s e n t a a la d e -
recha, d i a l o g a n d o a la distancia c o n el cerro M a l l n a l c o q u e se e n c u e n t r a e n f r e n t e .
Una vez q u e se s u b e a la p i r á m i d e d e la Luna, t é r m i n o d e la secuencia y c u l m i n a c i ó n
d e l paisaje, c u a n d o la visual regresa hacia la calzada d e los M u e r t o s y a la p i r á m i d e d e l
Sol, ésta ya no a p a r e c e aislada e I n d e p e n d i e n t e sino e n m a r c a d a p o r el perfil d e una
p a r t e d e la sierra, q u e r e p i t e — d e s d e ese ú n i c o y e s p e c i a l p u n t o d e v i s t a — la relación
q u e se o f r e c i ó p e r s i s t e n t e d e l cerro G o r d o c o n la p i r á m i d e d e la Luna a lo largo d e l eje
d e los M u e r t o s .
Así se insiste en m o s t r a r q u e la o b r a d e l h o m b r e se ha c o m p u e s t o para q u e resuene
c o m o un e c o d e la naturaleza q u e la r o d e a y se ha c o n c e b i d o c o m o una m u e s t r a d e s e n -
s i b i l i d a d , r e c o n o c i m i e n t o y h o m e n a j e al l u g a r d o n d e se ha d e c i d i d o v i v i r

Repertorio y variaciones
Las secuencias d e r e c o r h d o y el m o v i m i e n t o en los espacios d e T e o t i h u a c á n se estruc-
t u r a n , f u n d a m e n t a l m e n t e , c o m o variaciones en la d i s p o s i c i ó n y relación e n t r e una serie
d e e s p a c i o s y p l a t a f o r m a s cuyos b o r d e s son unas veces t a l u d e s y otras escalinatas.
Todas las c o n s t r u c c i o n e s d e l c o n j u n t o se resuelven a partir d e este tan r e d u c i d o reper-
t o r i o i n s t r u m e n t a l y d e un sistema c o m b i n a t o r i o en p r i n c i p i o bastante e s q u e m á t i c o . C o n
ellos, la g e n e r a c i ó n y la o r q u e s t a c i ó n d e la a r q u i t e c t u r a t e o t i h u a c a n a l o g r a , sin e m b a r -
go, un a l t o g r a d o d e eficiencia y alcanza una v a r i e d a d y una riqueza expresiva e n ver-
dad sorprendente.
A partir d e la a c e p t a c i ó n d e l e s q u e m a base d e la c o m p o s i c i ó n , es p o s i b l e j u g a r c o n
una serie d e Ingeniosas c o m b i n a c i o n e s : las plataformas, q u e p u e d e n e n t e n d e r s e c o m o t e -

- 1 - - -
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Ruinas de Teotihuacán, México.
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- - - - -
1
rrazas o plazas e l e v a d a s , p r o v o c a n s o b r e ellas un e s p a c i o sin límites. Si se s u p e r p o n e n
n|IP¡i|"IP*F!'^'^5f'^i(s^?^J"iif"*!i||ppj|i?5¡ip«|i^pi

Teotihuacán pone
— y se r e d u c e g r a d u a l m e n t e su d i m e n s i ó n — g e n e r a n , en la g r a n escala, las l l a m a d a s
a dialogar cerros
p i r á m i d e s , en d o n d e cada p l a t a f o r m a c o n t i e n e a la s i g u i e n t e y p r o v o c a q u e su perí- con pirámides,
m e t r o sea t a m b i é n terraza o g r a n b a l c ó n . SÍ se r e d u c e n o t o r i a m e n t e su d i m e n s i ó n y su ; construye las
escala, y se i n c r e m e n t a el n ú m e r o d e s u p e r p o s i c i o n e s , se o r g a n i z a n las escalinatas, esa pirámides con
perfil y masa de
e s p l é n d i d a m a n e r a d e acceder, q u e p e r m i t e subir y b a j a r l i b r e m e n t e . SI se invierte el
cerros, y al hacerlo
e s q u e m a y se vacía lo l l e n o , se p r o d u c e n las llamadas c i u d a d e l a s q u e son plazas h u n - logra que en ios
d i d a s y e s p a c i o s c o n f i n a d o s . Si las p l a t a f o r m a s se a p r o x i m a n , sus b o r d e s d e l i m i t a n ca- cerros se descubra
lles y calzadas. A l r e d u c i r en un solo s e n t i d o su e s p e s o r se c o n v i e r t e n en m u r o s y, con masa y perfil de
pirámides.
una nueva r e d u c c i ó n e n el o t r o p r o d u c e n las pilastras, las cuales al r e p e t i r s e d a n l u g a r
a los p ó r t i c o s . N o t e r m i n a ahí el j u e g o , ya q u e al girar, invertir y a p r o x i m a r los t a l u d e s
se m u e s t r a n las p o s i b i l i d a d e s d e estructurar c u b i e r t a s a b o v e d a d a s .

Diversas, i n g e n i o s a s e i n t e l i g e n t e s maneras d e relacionar p l a t a f o r m a s y escalinatas,

muros y t a l u d e s , c o l u m n a s y p ó r t i c o s f u e r o n suficientes para organizar un r e p e r t o r i o
c o m p l e t o d e i n s t r u m e n t o s con c a p a c i d a d d e resolver p r á c t i c a m e n t e c u a l q u i e r p r o b l e -
ma d e l e s p a c i o a r q u i t e c t ó n i c o y u r b a n o , p r o d u j e r o n c o m p o s i c i o n e s s o r p r e n d e n t e s , es-
tructuras d e insólita riqueza espacial y l o g r a r o n e s t a b l e c e r un d i á l o g o e n t r e la naturaleza
y la a r q u i t e c t u r a cuyas s o n o r i d a d e s aún resuenan y s o r p r e n d e n .

El e s p a c i o d e n t r o del espacio
Las p i r á m i d e s prehispánicas, al estar c o n f o r m a d a s p o r una sucesión d e p l a t a f o r m a s su-
p e r p u e s t a s q u e r e d u c e n g r a d u a l m e n t e su d i m e n s i ó n , marcan la diferencia q u e p e r m i t e
la Identificación d e cada una y p r o d u c e su característico perfil e s c a l o n a d o . De esta m a n e -
ra, el e s p a c i o q u e se g e n e r a s o b r e la p r i m e r a p l a t a f o r m a c o n t i e n e al d e la s e g u n d a , éste
al d e la tercera y así s u c e s i v a m e n t e . C o n f o r m e se s u b e p o r las escalinatas se hace más
e v i d e n t e el h e c h o d e q u e cada e s p a c i o está e n v u e l t o p o r — y se e n c u e n t r a d e n t r o d e —
un n ú m e r o c r e c i e n t e d e espacios p r e v i o s , y t a m b i é n se aprecia q u e el ascenso, al llevar
a niveles q u e c o m b i n a n una m a y o r i n t e n s i d a d espacial c o n la a p a r i c i ó n cada vez más
extensa d e l e n t o r n o , o t o r g a especial s i g n i f i c a d o al esfuerzo p o r llegar hasta el más a l t o .
 if ••-"pE|^tjHír!T||Hp|^!¡pntiiif|iE¡;!i
Esto s u c e d e d e m o d o e v i d e n t e en las p i r á m i d e s d e l Sol y d e la Luna q u e son las
La pirámide va
m a y o r e s d e l c o n j u n t o , p e r o una i m p o r t a n t e c a n t i d a d d e estructuras similares d e m e n o r
incrementando
paulatinamente
escala f o r m a n g r u p o s q u e lo diversifican y e n r i q u e c e n .
su masa y su
presencia, hasta Apariciones y desapariciones
llegar a ocultar
El e s p a c i o c o n o c i d o c o m o la C i u d a d e l a p u e d e leerse c o m o una p l a t a f o r m a q u e vacía
completamente al
cerro y convertirse su área central para organizar una gran plaza a la cual d e b e llegarse p r i m e r o s u b i e n d o y
en el término l u e g o b a j a n d o p o r las escalinatas a d o s a d a s al p e r í m e t r o lineal q u e la c o n f i n a .
exclusivo d e la
La calzada d e los M u e r t o s se recorre a lo largo d e un nivel q u e m a n t i e n e su p o d e r o s o
larga secuencia.
r e m a t e en la p i r á m i d e d e la Luna con el cerro G o r d o atrás c o m o t e l ó n d e f o n d o , p e r o hay
cinco espacios q u e la c o r t a n y alteran el c o m p á s d e l m o v i m i e n t o . Son cinco ciudadelas
m e n o r e s , cinco espacios c o n f i n a d o s p o r t a l u d e s q u e se c o n v i e r t e n e n escalinatas. Se p r o -
voca así una sucesión d e experiencias en espacios a l a r g a d o s en el m i s m o s e n t i d o d e l eje
d e la calzada, bajar para e n c o n t r a r plazas rectangulares — l o q u e hace d e s a p a r e c e r el
cerro y la p i r á m i d e — y l u e g o subir para q u e reaparezcan. En cinco ocasiones se d e s c u b r e
una relación distinta entre el m o n t e y la p i r á m i d e . Ésta, q u e al iniciar el r e c o r h d o se e n c u e n -
tra t o t a l m e n t e e n m a r c a d a y d o m i n a d a p o r el perfil d e l cerro, va i n c r e m e n t a n d o paulatina-
Los cuatro
tradicionales m e n t e su masa y su presencia, hasta llegar a o c u l t a r c o m p l e t a m e n t e a a q u é l y convertirse
puntos cardinales e n el t é r m i n o exclusivo d e la larga secuencia. Subir a ella resulta i n e l u d i b l e . Más q u e a
se convierten en subir, podría decirse q u e se incita a escalarla, a p a l p a r la m a t e h a construida, a e x p e r i m e n -
seis, presencia
tar directa y v i o l e n t a m e n t e su calidad táctil para, con esa referencia d e los límites y los
evidente y
aceptación eufórica b o r d e s d e lo c o n c r e t o , llegar a percibir m e j o r el contraste e t é r e o d e l e s p a c i o y d e s c u b r i r
de un universo d e s d e ahí las nuevas relaciones entre los cerros y la p i r á m i d e d e l Sol,
tridimensional,
en un claro, Un g r a n r e c o r h d o lineal y h o r i z o n t a l . Espacios a los q u e se llega b a j a n d o , para l u e g o
consciente y s u b i r O t r o s a los q u e se a c c e d e s u b i e n d o para l u e g o b a j a r M o v i m i e n t o s hacia un l a d o
portentoso ejemplo y hacia o t r o , avances y regresos, ascensos y d e s c e n s o s . Los cuatro t r a d i c i o n a l e s p u n t o s
del fenómeno
cardinales se c o n v i e r t e n en seis, presencia e v i d e n t e y a c e p t a c i ó n eufórica d e un univer-
arquitectónico
y urbano. so t r i d i m e n s i o n a l , en un claro, c o n s c i e n t e y p o r t e n t o s o e j e m p l o d e l f e n ó m e n o a r q u i t e c -
tónico y urbano.

Ruinas de Teotihuacán, México.

 Dada la o r i e n t a c i ó n d e l c o n j u n t o el sol c o n t r i b u y e t a m b i é n al j u e g o d i m e n s i o n a l . En
Lograron establecer
las m a ñ a n a s la luz solar, a c o n t r a l u z s o b r e las d o s g r a n d e s p i r á m i d e s , c o n v i e r t e su masa
un diálogo entre
en superficie y a c e n t ú a su perfil. A l atardecer, el claroscuro y el c o n t r a s t e hacen q u e rea- la naturaleza y la
parezca la v o l u m e t r i a y la g r a n t e x t u r a d e luces y s o m b r a s . arquitectura cuyas
sonoridades aún
resuenan y
L a m a g i a cósmica
soiprenden.
Lugar en el q u e las p i r á m i d e s , q u e p a r e c e n cerros hechos p o r el h o m b r e , c o n v e r s a n c o n
los m o n t e s , q u e a c a b a n p o r p a r e c e r p i r á m i d e s hechas p o r la naturaleza. Sitio e n el q u e
los espacios d e l valle se fusionan y se r e p i t e n e n p a t i o s , plazas y c i u d a d e l a s . Paisaje q u e
crece y se a m p l i f i c a al observarse d e s d e las altas p l a t a f o r m a s . P o d e r o s o d i á l o g o cuya
s o n o r i d a d g e n e r a ecos q u e e n m a r c a n los ritos y las c e l e b r a c i o n e s . Cerros q u e a p a r e c e n
y d e s a p a r e c e n e n una suerte d e actos d e m a g i a a escala c ó s m i c a .
De este m o d o se l o g r a , en T e o t i h u a c á n , q u e la presencia c o n t u n d e n t e y d o m i n a n t e
d e la naturaleza m o d e r e su violencia y q u e su i m a g e n c o l a b o r e c o n las e d i f i c a c i o n e s q u e
el h o m b r e p u s o e n ella p e r m i t i e n d o así el p r o t a g o n i s m o d e la o b r a h u m a n a .
La o b r a creativa se c o n v i e r t e y se t r a n s f o r m a en p r o l o n g a c i ó n d e la naturaleza, p e r o
t a m b i é n e n c o n j u r o q u e la i n t e r v i e n e y la c o n t r o l a .

Diálogos e n t r e l a a r q u i t e c t u r a y e l l u g a r
La relación d e la o b r a a r q u i t e c t ó n i c a c o n el lugar en el q u e se e n c u e n t r a p u e d e p r e s e n -
tar p r o p u e s t a s m u y diversas, p e r o en c u a l q u i e r caso, para q u e la o b r a en v e r d a d l o g r e
p e r t e n e c e r al sitio hay una c o n d i c i ó n q u e n e c e s a r i a m e n t e d e b e c u m p l i r y es la d e esta-
blecer un d i á l o g o con él. Y ese d i á l o g o comienza c u a n d o la o b r a c o n t r i b u y e a q u e las ca-
racterísticas p r e e x i s t e n t e s en el sitio se s u b r a y e n , se d e s c u b r a n y se m a n i f i e s t e n m e j o r
Es c o n v e n i e n t e q u e la e d i f i c a c i ó n l i t e r a l m e n t e c o m p r e n d a , r e s p e t e y c o n q u i s t e el sitio,
así su presencia p o d r á influir y m o s t r a r d e m a n e r a más intensa sus valores.
N o hay una f ó r m u l a p a r a l o g r a r l o p e r o el p r i n c i p i o es v á l i d o . C u m p l i r l o es una n e c e -
s i d a d ; d e s c u b r i r l o un a c i e r t o ; recrearlo p u e d e ser un t r i u n f o ; i g n o r a r l o es un g r a v e error,
o hasta p u e d e llegar a ser un a t e n t a d o .

Ruinas de Teotihuacán, México

 Tikal p r o p o n e una respuesta, Teotihuacán otra. N o son las únicas p e r o a m b a s son lec-
El diálogo
ciones abiertas y válidas para nuestra sensibilidad si a p r e n d e m o s a distinguir la diferencia
comienza cuando
la obra contribuye
e n t r e las estructuras d e relación p r o p u e s t a s en una o b r a d e l p a s a d o y las f o r m a s e l e g i -
a que las d a s e n su m o m e n t o para expresarlas. Éstas son f u n d a m e n t a l e s para el c o n o c i m i e n t o his-
características t ó h c o y a r q u e o l ó g i c o , aquéllas para la creación y la a r q u i t e c t u r a d e t o d o s los t i e m p o s .
preexistentes en
M a n t e n e r s e alerta a n t e estos p r o b l e m a s es f u n d a m e n t a l . A p r e n d e r a desarrollar la
el sitio se subrayen,
se descubran y se sensibilidad para percibirlos y evaluarlos es c o n d i c i ó n i m p r e s c i n d i b l e d e l q u e h a c e r a r q u i -
manifiesten mejor. tectónico.
Sólo asi es p o s i b l e c o m e n z a r p o r hacer una lectura correcta d e l lugar para c o m p r e n -
d e r a f o n d o las características q u e t i e n e y captar el p o t e n c i a l q u e p o s e e . Sólo así se p u e -
d e e n t e n d e r el p a p e l q u e le c o r r e s p o n d e r á j u g a r a la o b r a e n ese su p e c u l i a r y exclusivo
c o n t e x t o , así c o m o c o n t e m p l a r las alternativas viables para estructurar con el sitio un d i á -
l o g o d i g n o y e s t i m u l a n t e para a m b a s partes.
De esta m a n e r a es f a c t i b l e d e t e c t a r la escala q u e p u e d e p r e t e n d e r la o b r a e n rela-
ción c o n su lugar y c o m p r e n d e r c u á n d o la o b r a d e b e f o r m a r p a r t e d e l c o r o y hacer q u e
su voz e n r i q u e z c a y refuerce el c o n j u n t o , o c u á n d o p u e d e — o d e b e — a d o p t a r el p a p e l
d e solista c o n p o s i b i l i d a d e s reales d e ser e s c u c h a d o , r e c o n o c i d o y a p r e c i a d o c o m o tal
o incluso, en a l g u n o s casos, c u á n d o p u e d e — o d e b e — i n t e n t a r reestructurar o r e o r g a -
nizar el c o n t e x t o para d a r l e o t r o s e n t i d o más rico y p o d e r o s o .

L a s enseñanzas d e l p a s a d o , h o y
¿Cómo aprender del pasado?
¿ C ó m o evitar q u e su e s t u d i o y su e x p e r i e n c i a c o n d u z c a n s ó l o hacia una c u r i o s i d a d
e r u d i t a , un superficial a p r e c i o e s t é t i c o o una anacrónica nostalgia?
¿ C ó m o lograr q u e su c o n o c i m i e n t o g e n e r e nuevas y e s t i m u l a n t e s a c t i t u d e s creativas?
C o n v i e n e a n t e t o d o r e c o n o c e r q u e lo q u e se hizo en el p a s a d o se p l a n t e ó d e una
m a n e r a y se realizó d e un c i e r t o m o d o .
Y q u e la m a n e r a c o m o se hizo f u e , e n t r e diversas p o s i b i l i d a d e s , una e l e c c i ó n especí-
fica d e l m o m e n t o , p o r e l l o el m o d o es i r r e p e t i b l e y s ó l o q u e d a admirarla o rechazarla.
La m a n e r a c o m o se p l a n t e ó , en c a m b i o , está a b i e r t a y c o n t i e n e las diversas p o s i b i l i -
d a d e s q u e e n su m o m e n t o no se e l i g i e r o n .
Si se sabe descubhr, leer y a p r o v e c h a r esta d i f e r e n c i a , se p o d r á a p r e n d e r d e l pasa-
d o sin n e c e s i d a d d e r e p e t i r l o .
Sólo q u e , para d e s c u b r i r el p l a n t e a m i e n t o y e n t e n d e r las estructuras esenciales es
f u n d a m e n t a l detectar, a n t e t o d o , la m a n e r a c o m o se han p u e s t o en relación las cosas.

Similitudes y diferencias.
L a p l a z a , l a c a l z a d a y l a culminación e n l o a l t o

En Tikal el e x t e n s o c o n j u n t o d e e d i f i c a c i o n e s está c o n f i g u r a d o p r e d o m i n a n t e m e n t e p o r
una serie d e plazas d e variadas d i m e n s i o n e s c o n e d i f i c a c i o n e s d e diversas alturas. En ia
a c t u a l i d a d hay c u a t r o p i r á m i d e s q u e s o b r e p a s a n el follaje d e la selva. La c o m p o s i c i ó n se
organiza a partir d e una serie d e a g r u p a m i e n t o s en t o r n o a e s p a c i o s centrales con las
e d i f i c a c i o n e s en el p e r í m e t r o . De esta m a n e r a se subraya el m o v i m i e n t o en s e n t i d o ver-
tical q u e c u l m i n a en lo alto.
Los c a m i n o s , las calzadas, los e s p a c i o s d i r e c c i o n a l e s y lineales l l a m a d o s sacbés, f u e -
ron hechos e x c e p c i o n a l e s y p a r t i c u l a r m e n t e c e l e b r a d o s . Tanto realizarlos c o m o m a n t e n e r -
los en la selva fue sin d u d a una proeza. El sacbé en el urbanismo maya fue tan i m p o r t a n t e
c o m o la escalinata; a m b o s son a c e n t o s c o n t r o l a d o s , u n o en la o r i e n t a c i ó n , o t r o en la d i -
rección, u n o hacia el f r e n t e y o t r o hacia arriba.
La v i s i ó n p r ó x i m a m u e s t r a relieves y d e t a l l e s t r a b a j a d o s , la v i s i ó n m e d i a o f r e c e v o -
l u m e t r í a s r o t u n d a s y n u m e r o s a s e s c a l i n a t a s q u e e n a l g u n o s casos son a r t i c u l a d o r a s
e n t r e los e s p a c i o s d e plazas y p a t i o s , y en o t r o s , c u a n d o se e n c u e n t r a n a d o s a d a s a las
e s b e l t a s p i r á m i d e s , más b i e n i n c i t a d o r a s a e x p e r i m e n t a r la v e r t i c a l i d a d d e l a s c e n s o ya
q u e , c o m o se ha d i c h o , p r o p o n e n escalar, c o m o se escalan y se c o n q u i s t a n las m u r a -
llas o las t o r r e s d e una c i u d a d s i t i a d a . En este caso lo q u e se c o n q u i s t a es la a l t u r a ,
se transita p o r el eje v e r t i c a l , s e - d e s c u b r e el arriba y el a b a j o . Se e m e r g e d e s d e el
m u n d o c o t i d i a n o , p r ó x i m o , c o n f i n a d o , o p r e s i v o y c o n f u s o , al c e n t r o d e o t r o , el m u n -
d o d e la e x t e n s i ó n i l i m i t a d a , a b i e r t o , d i s t a n t e , d o n d e p u e d e e x p e r i m e n t a r s e la l i b e r -
t a d y d e s c u b r i r s e el o r d e n .
En las escalas m e n o r e s los e l e m e n t o s a r q u i t e c t ó n i c o s son un e c o en c i e r t o m o d o
m i m é t i c o d e las características d e l sitio. P r e v i s l b i e m e n t e , la a r q u i t e c t u r a d e la v i v i e n d a
se construía con materiales v e g e t a l e s y se a g r u p a b a p r o v o c a n d o p e q u e ñ o s claros en la
selva, c o m o un e s b o z o d e las g r a n d e s plazas c e r e m o n i a l e s .
En las escalas m a y o r e s los e l e m e n t o s se liberan d e la naturaleza i n m e d i a t a , la d e s -
b o r d a n , y al h a c e r l o , t r a n s f o r m a n lo q u e era relación m ú l t i p l e en p o s i c i ó n c o n c r e t a . D e
ser un e c o , una estructura coral i n t e r a c t u a n t e , se c o n v i e r t e en solista p r o t a g ó n i c o q u e
toca su p a r t e específica y s o b r e s a l i e n t e aún c u a n d o s i e m p r e se sustente y a p o y e en el
grupo orquestal.
La naturaleza confina al e s p e c t a d o r sin p e r m i t i r l e ver lejos, sólo d e s c u b r e q u e hay
a l g o más q u e selva c u a n d o logra elevarse para librarla y e n c u e n t r a el h o r i z o n t e .

L a c a l z a d a , i a pirámide y l a montaña
En T e o t i h u a c á n la c o m p o s i c i ó n es i n s i s t e n t e m e n t e l o n g i t u d i n a l , axial y t e r m i n a l . Para el
e s p e c t a d o r , el lugar está p r e s e n t e en su t o t a l i d a d d e s d e un p ñ n c i p i o , p e r o se ha e l e -
g i d o una p o s i c i ó n p r i v i l e g i a d a para m o s t r a r l o y una o r g a n i z a c i ó n espacial q u e lo aclara.
A q u í la a r q u i t e c t u r a no d e s c u b r e el paisaje, lo subraya. El g r a n eje d e la calzada d e los
M u e r t o s estructura el c o n j u n t o , se a p o d e r a d e los e l e m e n t o s naturales y los c o n v i e r t e
en a r q u i t e c t ó n i c o s , c o n s t r u y e la a r q u i t e c t u r a y la t r a n s f o r m a en paisaje.
 Toda la secuencia subraya la relación, la d e p e n d e n c i a y el d i á l o g o e n t r e la a r q u i t e c -
Aprender a
tura y la m o n t a ñ a . Pero es necesario a s c e n d e r p o r la p i r á m i d e para c u l m i n a r en lo a l t o
expresar una
identidad digna
en d o n d e va a reiterarse la relación d e la a r q u i t e c t u r a con los m o n t e s , ya q u e es d e s d e
en las obras que la p i r á m i d e d e la Luna d o n d e se d e s c u b r e q u e la d e l Sol t i e n e t a m b i é n un cerro q u e la
podamos realizar r e s p a l d a , la refuerza y d i a l o g a con ella.
y aprender a
En T e o t i h u a c á n hay d o s i n t e r l o c u t o r e s : cerros y p l a t a f o r m a s , e s p a c i o a r q u i t e c t ó n i c o
escucliar lo que
nos quieren decir y paisaje natural q u e r í t m i c a m e n t e a p a r e c e n , d e s a p a r e c e n y r e a p a r e c e n para estructurar
las existentes. una relación d e c o n t i n u i d a d y d e e q u i l i b r i o . C o m o en un c o n c i e r t o para d o s solistas.
La g r a n calzada o r d e n a d o r a , el i m p o n e n t e e s p a c i o d i r e c c i o n a l , el g r a n eje recto y
p o d e r o s o es el o r g a n i z a d o r d e l c o n j u n t o . Las plazas a p a r e c e n rítmicas y p a u s a d a s , las
m a y o r e s son laterales — l a c i u d a d e l a y la plaza f r e n t e a la p i r á m i d e d e l Sol, las q u e están
s o b r e el eje d e la calzada son c o n t i g u a s y alineadas y p r e l u d i a n el r e m a t e d e las q u e se
e n c u e n t r a n f r e n t e a la Luna, m e n o r e s en d i m e n s i ó n p e r o t e r m i n a l e s y r e s p a l d a d a s p o r
la presencia d e la relación c a m b i a n t e p e r o intensa d e la p i r á m i d e y el cerro. N o se p r e -
t e n d e d e s c u b ñ r el paisaje, se a c e p t a , se respeta y se d i a l o g a c o n é l .

Algunas conclusiones
Ya q u e la o b r a d e a r q u i t e c t u r a está s i e m p r e adscñta a un lugar e s p e c i f i c o resulta c o n v e -
niente:
E x p l o r a r y d e s c u b r i r sus características físicas y visuales.
E n t e n d e r y apreciar el sitio en el cual estará la o b r a , q u e lo afectará p o r el s ó l o h e c h o
d e a p a r e c e r ahí.
Reconocer y s o r p r e n d e r s e con la luz y con el clima, con los materiales y con las t r a d i c i o -
nes, c o n el c o l o r y con la v e g e t a c i ó n , c o n el c o n t e x t o p r ó x i m o y con el paisaje d i s t a n t e .
A p r e n d e r a leer y c o m p r e n d e r el o r d e n y el d u e n d e d e l lugar.
Saber d e su historia y d e sus t r a d i c i o n e s , y o b s e r v a r los e f e c t o s d e l paso d e l t i e m p o
en las o b r a s d e l p a s a d o para d e d u c i r lo q u e p u e d a pasarles en el f u t u r o a las actuales.
Analizar la m a n e r a c o m o se ha l l e g a d o a expresar la i d e n t i d a d y así a p r o x i m a r s e a
los m e d i o s p a r a , en su o p o r t u n i d a d , lograrla.
D e esta m a n e r a se abrirán m e j o r e s y más a m p l i o s c a m i n o s para e l e g i r c ó m o c o n -
vendrá hacer la o b r a y c o n q u i s t a r su ser así. Para interpretar a c e r t a d a m e n t e el lugar d o n -
d e se e n c u e n t r a y c o n v o c a r a un atractivo d i á l o g o , ahí. Para p e r c i b i r las c o n d i c i o n a n t e s
d e l m o m e n t o — e l ahora d e su r e a l i z a c i ó n — y c o n t r o l a r c o n d i g n i d a d los e f e c t o s d e l
t i e m p o . Y para a p r e n d e r , t a n t o a expresar una I d e n t i d a d d i g n a en las o b r a s q u e p o d a -
m o s realizar c o m o a escuchar q u é nos q u i e r e n d e c i r las e x i s t e n t e s .

lOII
Rumas de Teotihuacán, ! © Carlos Mijares
 ¿Qué? ¿Con qué? ¿Para quién?

¿Qué?, e s t o
La o b r a d e a r q u i t e c t u r a se inicia a partir d e p r e g u n t a r — y d e r e s p o n d e r — a la p r e g u n -
ta ¿qué?
Pero, ¿ q u é es lo q u e da o r i g e n a una o b r a a r q u i t e c t ó n i c a ? Por una p a r t e están las
n e c e s i d a d e s q u e se q u i e r e a t e n d e r , los usos q u e se d e s e a resolver o el d e s t i n o q u e se
p r e t e n d e d a r a sus e s p a c i o s , p r o b l e m a s q u e relacionan e s t r e c h a m e n t e el q u é c o n el
para q u é . Por o t r a , se p r e s e n t a n los p r o b l e m a s específicos q u e esas n e c e s i d a d e s , usos
y d e s t i n o s p r o p o n e n , la p o s i b i l i d a d d e t r a n s f o r m a r l o s e n e s t í m u l o s para el p r o y e c t o , la
e x p e r i e n c i a para t r a d u c i r l o s al l e n g u a j e d e la a r q u i t e c t u r a y el t a l e n t o necesario para
c o n c r e t a r l o s e n una o b r a : ésta, aquí, así, a h o r a .
A l c o n c r e t a r s e , la o b r a intenta — e n t r e otras c o s a s — a d q u i r i r una i d e n t i d a d , m o s t r a r
una p e r s o n a l i d a d y un carácter d i s t i n t i v o . C u a n d o lo l o g r a , se c o n v i e r t e en una p r o p u e s -
ta q u e t i e n e q u e ver con otra sene i m p o r t a n t e d e valores a r q u i t e c t ó n i c o s , e n t r e ellos la
escala y la s i g n i f i c a c i ó n e n el sitio.
Preguntarse q u é refiere a un o r i g e n p e r o t a m b i é n a un r e s u l t a d o . El c u e s t i o n a m l e n -
t o se inicia a partir d e lo q u e se necesita y se q u i e r e , y t e r m i n a e n lo q u e se resuelve y
lo q u e se d a . La i n d a g a c i ó n desata la c r e a t i v i d a d p o r q u e p r o p o n e un caso c o n c r e t o ,
p o r q u e ofrece alternativas, exige decisiones, genera d u d a s , certezas, intuiciones, razona-
m i e n t o s , a p e t e n c i a s , rechazos, e n t u s i a s m o s , d e p r e s i o n e s , solicita inspiración y e x p e r i e n -
cia, pasión y s e r e n i d a d , c o n o c i m i e n t o s y sabiduría.
En síntesis, se trata d e un g r a v e — y f a s c i n a n t e — p r o b l e m a q u e entrelaza p a r a d o j a s
y contradicciones.

La simultaneidad d el a s preguntas
M e he d e m o r a d o hasta ahora en t o r n o a cuatro d e las p r e g u n t a s clave: d ó n d e , c ó m o ,
c u á n d o y q u é . Por razones q u e t i e n e n q u e ver con el l e n g u a j e las c o n s i d e r a c i o n e s se
han p r e s e n t a d o d e m a n e r a sucesiva, lineal e i n d e p e n d i e n t e . N o hay r e m e d i o , es el ú n i -
c o m o d o d e expresar las ideas p o r escrito. Pero ya he a n o t a d o q u e , al a p r e n d e r a h a b l a r
e n a r q u i t e c t u r a , se sabe q u e éste es un l e n g u a j e capaz d e lograr la c o m u n i c a c i ó n en for-
ma s i m u l t á n e a , c o m p l e j a y e n t r e t e j i d a .
 En los e s b o z o s q u e a c o n t i n u a c i ó n se trazan se hace la invitación para c o n o c e r a l g u -
La obra nas o b r a s , d e distintas é p o c a s , d e variadas m a n e r a s , en d i f e r e n t e s lugares y realizadas
arquitectónica
para c u m p l i r d i v e r s o s p r o p ó s i t o s : d o s c e n t r o s c e r e m o n i a l e s p r e h i s p á n i c o s , una f u e n t e y
no se hace con
ideas o conceptos, un t e m p l o d e la é p o c a c o l o n i a l e n M é x i c o , el P a b e l l ó n d e A l e m a n i a para una e x p o s i -
ni con objetivos o c i ó n en Barcelona y la Villa Savoye cerca d e Paris, a m b a s d e l siglo xx. Se s u g i e r e la e x p e -
intenciones, se
riencia d e transitar p o r sus e s p a c i o s y se r e c o m i e n d a d e m o r a r s e en la r e f l e x i ó n . Y se
hace con materiales
que generan recuerda q u e , a u n q u e en la lectura los t e m a s aparezcan f r a g m e n t a d o s , sucesivos y s i n g u -
espacios en los lares, en la r e a l i d a d d e b e n p e r c i b i r s e c o m o i n t e g r a l e s , paralelos y plurales.
cuales el hombre
puede estar y
moverse.
¿Con q u é ? , c o n esto
C o m o h e m o s d i c h o , la o b r a a r q u i t e c t ó n i c a n o se hace c o n ideas o c o n c e p t o s , ni con
o b j e t i v o s o i n t e n c i o n e s , se hace c o n materiales q u e g e n e r a n e s p a c i o s en los cuales el
h o m b r e p u e d e estar y m o v e r s e .
Para ello se r e q u i e r e c o n t a r c o n una serie a d e c u a d a d e i n s t r u m e n t o s q u e será n e c e -
sario c o n s t r u i r cada vez y q u e serán los g e n e r a d o r e s d e l e s p a c i o .
Los i n s t r u m e n t o s q u e se utilicen e s t a b l e c e r á n u n o r d e n {o un d e s o r d e n ) e n la c o m -
p o s i c i ó n ; m o s t r a r á n c l a r i d a d (o c o n f u s i ó n ) en el p r o c e d i m i e n t o c o n s t r u c t i v o ; p r o m o -
verán una c o m u n i c a b l e {o i n c o m u n i c a b l e ) e x p r e s i v i d a d en los i n s t r u m e n t o s y precisarán
las p o s i b i l i d a d e s (así c o m o las limitaciones) d e resonancia espacial d e la o b r a .
La práctica d e l q u e h a c e r e s p e c í f i c o enseña a d e m á s q u e el a r q u i t e c t o — q u i e n ha
c r e a d o la o b r a — n o la realiza d i r e c t a m e n t e , la c o n s t r u y e n o t r o s . Por e l l o t a m b i é n es
n e c e s a ñ o plantear, y resolver, los p r o b l e m a s d e c o m u n i c a c i ó n y d e r e p r e s e n t a c i ó n q u e
esto involucra.
La obra arquitectónica es, f i n a l m e n t e , una realización concreta, es: esto, aquí, así, ahora.

V a r i a n t e s d e l cómo, d e r i v a d a s d e l c o n qué
C o m o resulta previsible, existe una g r a n c a n t i d a d d e materiales y sistemas d e construcción.
Cada r e g i ó n t i e n e los suyos, cada cultura elige los q u e le son afines, cada é p o c a desarro-
lla preferencias por sistemas constructivos particulares y se encarga d e perfeccionarlos.

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1
1U4 i 1 San Francisco Acatepec, Puebla.
- - 1
- -
- -
- I— 1 1 í 1"
~\~
-
! 1 1 1 1^ 1 i 1
r A pesar d e la g r a n v a r i e d a d histórica y local, hay a l g u n o s t i p o s q u e se han c o n s a -
g r a d o y se utilizan r e i t e r a d a m e n t e en la fábrica d e los i n s t r u m e n t o s a r q u i t e c t ó n i c o s .
Pasaré aquí una rápida revista a unos c u a n t o s .
En zonas d e v e g e t a c i ó n a b u n d a n t e , c o n climas c á l i d o s y h ú m e d o s a p a r e c e n c o n fre-
cuencia estructuras realizadas c o n t r o n c o s , ramas, hojas y p r o d u c t o s d e o h g e n v e g e t a l .
Conviene
reconocer y
aceptar que la
obra arquitectónica
es parte del
bien común,
El uso d e este t i p o d e m a t e r i a l e s (que n o t i e n e n p o r q u é ser s ó l o vegetales) d a o r i g e n a
independientemente
la e v o l u c i ó n d e d o s sistemas p r i n c i p a l e s : a q u e l l o s q u e a p r o v e c h a n la f l e x i b i l i d a d d e los d e que tenga, o
materiales (sea p o r su c o n d i c i ó n p r o p i a o p o r q u e se utilizan en un m o m e n t o en q u e lo mantenga, áreas
privadas.
son) y c o n d u c e n a las q u e p u e d e n llamarse estructuras e n t r e t e j i d a s o, e n o t r o s casos, a
las c o l g a n t e s . Los q u e p r o p o n e n la u n i ó n e n t r e los d i s t i n t o s e l e m e n t o s se s u s t e n t a n e n
la eficacia y el i n g e n i o para resolver las j u n t a s e n t r e ellos ( e n s a m b l e s , n u d o s , cuñas, t o r -
nillos, etc.) lo q u e p r o p i c i a las estructuras articuladas.
C o n estos p r o c e d i m i e n t o s , p o r lo general, se generan estructuras ligeras y flexibles. Casi
siempre apoyadas en forma puntual y más o m e n o s efímeras si son d e o r i g e n v e g e t a l . C o n
frecuencia están elevadas s o b r e p i l o t e s y ofrecen una i m a g e n más cercana a los o b j e t o s
m u e b l e s q u e a los inmuebles. Su relación con la naturaleza t i e n d e a ser fluida, con sistemas
q u e filtran la luz y el viento. Su i m a g e n a d o p t a con rapidez una fuerte relación con el lugar
ya q u e , entre otras cosas, la intemperización d e los materiales se p r o d u c e en plazos breves.
Estos m a t e r i a l e s f a v o r e c e n un t i p o d e c o n s t r u c c i ó n e n el q u e el p r e d o m i n i o d e los
e l e m e n t o s lineales e s t a b l e c e los p ñ n c i p i o s estructurales así c o m o los c o m p o s i t i v o s .
Los d e o r i g e n m i n e r a l han c o n d u c i d o a sistemas t a n t o o m á s e x t e n d i d o s . Su a p a r i -
ción inicial p a r e c e c o n c e n t r a r s e en r e g i o n e s áridas y d e climas secos, aún c u a n d o sus
p r i n c i p i o s , sus t i p o s y sus p r o c e d i m i e n t o s , t a m b i é n se han g e n e r a l i z a d o .
M a t e r i a l e s c o m o la tierra (cruda o c o c i d a ) , o la v a ñ e d a d d e e l e m e n t o s p é t r e o s (cor-
t a d o s o e n su e s t a d o natural) p r o d u c e n d i v e r s o s t i p o s d e c o n s t r u c c i ó n .
Los q u e se basan en m a t e r i a l e s q u e p o d r í a n llamarse a m a l g a m a d o s ( d e s d e el b a r r o
p i s a d o hasta el c o n c r e t o ) .
Los q u e se o r i g i n a n p o r m a t e r i a l e s q u e se p r e s e n t a n en piezas (similares o d i v e r -
sas) y q u e se p r o d u c e n p o r c o r t e s d e l p r o d u c t o n a t u r a l ( t e p e t a t e s , c a n t e r a s , m á r m o -
les) o p o r u n p r o c e s o e s p e c í f i c o d e f a b r i c a c i ó n (ladrillos, v i g u e t a s , p r e f a b r i c a d o s d e
c o n c r e t o , etc.).
Las e d i f i c a c i o n e s q u e utilizan estos m a t e r i a l e s y se d e r i v a n d e estos e s q u e m a s c o n s -
t r u c t i v o s t i e n d e n a a p a r e c e r a s e n t a d a s f u e r t e m e n t e en el t e r r e n o ; c o n f r e c u e n c i a llevan
a t r a b a j a r y a m o d e l a r la t o p o g r a f í a s o b r e la cual se e r i g e n para g e n e r a r p l a t a f o r m a s ,
escalinatas y p a v i m e n t o s . De este m o d o los b a s a m e n t o s i n d u c e n a una relación g r a d u a l
c o n el sitio, p e r o es fácil q u e la escala resultante t i e n d a a la m o n u m e n t a Ü d a d y q u e las
e d i f i c a c i o n e s a c a b e n p o r resultar c o n t r a s t a n t e s c o n el c o n t e x t o .
Por lo g e n e r a l , la i m a g e n d e la o b r a se deriva d e la v o l u m e t r i a y p o r e l l o la a t e n c i ó n
a la f o r m a d e los e l e m e n t o s es insistente, i m p o s i t i v a y e n ocasiones, incluso obsesiva.
La t e n d e n c i a a leer las características f o r m a l e s — d e los i n s t r u m e n t o s y no d e los e s p a -
c i o s — y basar e n ella la clasificación e n estilos ( d ó r i c o , j ó n i c o y c o r i n t i o , r o m á n i c o , g ó t i -
co o b a r r o c o , p o r e j e m p l o ) d e las diversas e x p r e s i o n e s a r q u i t e c t ó n i c a s , p r o v i e n e d e este
tipo de enfoque.
La c o m p o s i c i ó n a partir d e estos e s q u e m a s c o n s t r u c t i v o s solicita una especial a t e n -
ción a los p r o b l e m a s d e c o n t i n u i d a d y d e l c a m b i o d e escalas. Los g e n e r a d o r e s t i e n d e n
a acentuar los valores adscritos al v o l u m e n y a la superficie con preferencia a los lineales.
A lo l a r g o d e m i l e n i o s t o d o s los m a t e r i a l e s d e c o n s t r u c c i ó n f u e r o n naturales y los
p r o c e d i m i e n t o s m a n u a l e s . D e s d e hace p o c o m á s d e un s i g l o , la p o d e r o s a y variada p r o -
d u c c i ó n industrial ha p r o v o c a d o q u e un a l t o p o r c e n t a j e d e los m a t e r i a l e s haya p a s a d o
p o r p r o c e s o s p r e v i o s d e t r a n s f o r m a c i ó n y q u e los p r o c e d i m i e n t o s sean cada vez más
d e p e n d i e n t e s d e la t e c n o l o g í a . N o o b s t a n t e e l l o , e n m u c h o s países d e escasos recur-
sos persiste el uso e x t e n d i d o d e m a t e r i a l e s y p r o c e d i m i e n t o s t r a d i c i o n a l e s . N o han per-
d i d o sus ventajas, se m a n t i e n e n los t i p o s y los sistemas estructurales q u e d e s a r r o l l a r o n
y, a n t e una lectura sensible, p u e d e n t o d a v í a revelarnos p o s i b i l i d a d e s inéditas y ofrecer-
nos recursos i n e s p e r a d o s .

¿Para quién?, p a r a l a s personas

A n t e esta p r e g u n t a a r q u i t e c t o s y e s t u d i a n t e s p o r lo g e n e r a l ni siquiera se c u e s t i o n a n una
respuesta q u e se c o n s i d e r a e v i d e n t e e i n d i s c u t i b l e ; para el cliente.
Sin d u d a será al c l i e n t e — l a persona específica q u e usará la o b r a — a q u i e n hay q u e
a t e n d e r y q u i e n , p o r su c o n d i c i ó n d e solicitante y f i n a n c i e r o , t i e n e el d e r e c h o d e indicar,
y e n b u e n a m e d i d a d e exigir, las características d e l p r o y e c t o y d e la o b r a q u e solicita y
d e b e r á p a g a n Pero la o b r a d e a r q u i t e c t u r a n o s ó l o afecta al p r o p i e t a r i o , al usuario c o t i -
d i a n o o al visitante ocasional q u e la e x p e r i m e n t a n , sino q u e , al t r a n s f o r m a r el l u g a r en
el q u e está, a t a ñ e a t o d o aquel q u e pasa f r e n t e a ella.
De h e c h o las e d i f i c a c i o n e s d e s b o r d a n t a n t o al u s u a ñ o c o m o al uso q u e les da o ñ -
g e n . Vistos c o n un s e n t i d o cívico los d e r e c h o s no son s ó l o d e l d u e ñ o q u e la e n c a r g ó y
la p a g ó . A l estar e n la calle se c o n v i e r t e en o b r a u r b a n a — e s d e la u r b e y p i d e u r b a n i -
d a d — , al estar p e r m a n e n t e m e n t e e x p u e s t a la o b r a a r q u i t e c t ó n i c a f o r m a p a r t e d e la
c o m u n i d a d — p e r t e n e c e al á m b i t o d e lo c o m ú n , d e lo civil, q u e o b l i g a a a c t i t u d e s civi-
lizadas— y así pasa a ser d e la c i u d a d , p o r q u e la a r q u i t e c t u r a es un i n g r e d i e n t e vital q u e
c o n t r i b u y e a hacerla.
N o basta c o n q u e el c l i e n t e o el p r o p i o a r q u i t e c t o q u i e r a n — y p u e d a n — hacer a l g o .
Es i m p r e s c i n d i b l e revisar si esa v o l u n t a d , ese d e s e o o esa a p e t e n c i a , p u e d e , q u i e r e y
d e b e hacerse ahí, para b i e n d e l sitio, para c o n t h b u i r al b i e n c o m ú n — l o q u e a veces
r e q u i e r e mesurar el b i e n p r i v a d o — y para p r o p o r c i o n a r una m e j o r c a l i d a d d e vida t a n t o
a los i n d i v i d u o s c o m o a la c o l e c t i v i d a d .

Clientes y usuarios
El c l i e n t e será un usuario c o n o c i d o q u e d i c t a r á los q u é s , los para q u é s y, con m u c h a fre-
c u e n c i a , c u a n d o la h a b i l i d a d d e l a r q u i t e c t o es insuficiente, incluso intentará e s t a b l e c e r
a l g o los c o r n o s d e l p r o y e c t o y d e la o b r a . A fin d e c u e n t a s es el d u e ñ o y e s t o lo hace
pensar q u e t i e n e t o d o s los d e r e c h o s .
A c e p t a r esta situación es m u c h o m á s q u e falta d e h a b i l i d a d d e p a r t e d e l a r q u i t e c t o ,
es i g n o r a r o pasar p o r a l t o cosas q u e son consustanciales a la a r q u i t e c t u r a .
Comenzando p o r q u e el c l i e n t e no es s i e m p r e una p e r s o n a específica, ya que
m u c h a s veces los e n c a r g o s p r o v i e n e n d e una i n s t i t u c i ó n ; p o r q u e el usuario t a m p o c o es
n e c e s a r i a m e n t e el c l i e n t e ; p o r q u e c o n f r e c u e n c i a los usuarios serán d e s c o n o c i d o s o
a n ó n i m o s . A ú n s i e n d o c o n o c i d o p o r el a r q u i t e c t o el p r o p i e t a r i o n o será el ú n i c o usuario,
s i e m p r e habrá a l g u n o s e x t r a ñ o s al a u t o r d e l p r o y e c t o y, p o r a ñ a d i d u r a , p o r q u e la o b r a
m u y p r o b a b l e m e n t e durará más q u e el c l i e n t e y q u e el p r o p i o a r q u i t e c t o y en c o n s e -
cuencia la mayoría d e los usuarios n o p o d r á n c o n o c e r s e . Es p o s i b l e — e n r e a l i d a d es
m u y p r o b a b l e — q u e la o b r a se altere o se m o d i f i q u e c o n el t i e m p o , al g r a d o d e llegar
a c a m b i a r el uso q u e en su m o m e n t o el a r q u i t e c t o y el c l i e n t e c o n t e m p l a r o n .
C o n v i e n e pues r e c o n o c e r y a c e p t a r q u e la o b r a a r q u i t e c t ó n i c a es p a r t e d e l b i e n
c o m ú n — i n d e p e n d i e n t e m e n t e d e q u e t e n g a , o m a n t e n g a , áreas privadas. El a r q u i t e c t o ,
y p o r supuesto t a m b i é n el cliente, d e b e r á n tener s i e m p r e presente esta situación, q u e for-
ma p a r t e d e las c o n d i c i o n a n t e s y las n e c e s i d a d e s a c o n s i d e r a r en la e t a p a d e p r o y e c t o .

Para elhombre y para la comunidad

El d e s t i n o i n v a n a b l e , la respuesta final a la p r e g u n t a : ¿para q u i é n es la a r q u i t e c t u r a ? , es
p u e s , sin d u d a , para el h o m b r e , para el ser h u m a n o e n t e n d i d o c o m o persona e s p e c í f i -
ca p e r o t a m b i é n c o m o p a r t e i n t e g r a n t e d e una c o m u n i d a d . Para un i n d i v i d u o y una
c o m u n i d a d q u e v i v e n e n un sitio y e n un t i e m p o particulares, p e r o t a m b i é n — d e a q u í
su s e n t i d o p r o f u n d o y p a r a d ó j i c o — una respuesta c o n s c i e n t e d e q u e , t a n t o los i n d i v i -
d u o s y las c o m u n i d a d e s c o m o los sitios y los t i e m p o s , son c a m b i a n t e s y se p r o l o n g a n
hacia un f u t u r o e n m u c h o s a s p e c t o s i m p r e v i s i b l e y d e s c o n o c i d o .
 Sólo c u a n d o una o b r a a r q u i t e c t ó n i c a logra t r a s c e n d e r estos a s p e c t o s , m a n t e n e r su
v i g e n c i a , p r o v o c a r el entusiasmo y la p a r t i c i p a c i ó n a través d e l t i e m p o , p o d r á r e c o n o -
cerse c o m o una o b r a q u e se ha d e s p r e n d i d o d e su creador, q u e se ha i n s e r t a d o en la
historia y ha c o n q u i s t a d o el d e r e c h o a ser r e c o n o c i d a c o m o o b r a d e arte.
Es el caso d e la Iglesia d e San Francisco A c a t e p e c en Puebla o la F u e n t e d e C h i a p a
de Corzo en Chiapas.
I SAN IR A N C I S C O ACATIJMÍC
La voz de la
arquitectura está
l . i i r\|ilosióii d e f o r i i i a s y <*oloi'et»
llena de brillos y
l . i ) expresión g o l o s a reflejos insólitos, de
formas y perfiles
alucinantes, d e
Y exponer las pupilas,
luces y colores,
en un minuto fraudulento,
de celebraciones
a la mancha de púrpura de tu deslumbramiento. y festejos.
Ramón López Velarde
La mancha de púrpura

La obra como festejo eufórico

La p e q u e ñ a iglesia d e San Francisco A c a t e p e c , cercana a la c i u d a d d e P u e b l a , es una
c o m p o s i c i ó n a r q u i t e c t ó n i c a realizada en un t o n o e u f ó r i c o , en un m o d o g o z o s o , c o m o
un aria o un a l l e g r o d e M o z a r t — d e q u i e n no sólo es c o i n c i d e n t e sino c o n t e m p o r á n e a .
En esta o b r a la voz d e la a r q u i t e c t u r a está llena d e b ñ l l o s y reflejos insólitos, d e for-
mas y perfiles alucinantes, d e luces y c o l o r e s , d e c e l e b r a c i o n e s y f e s t e j o s . El e s p a c i o
vibra y danza a su a l r e d e d o r , d e s c u b r i e n d o matices i n e s p e r a d o s en el transcurso d e las
horas d e l día y d e las e s t a c i o n e s d e l a ñ o .
La d a n z a c o n t i n u a , el p e r p e t u o m o v i m i e n t o d e l e s p a c i o , p r o v o c a d o p o r esa mane-
ra d e hacer a r q u i t e c t u r a q u e se ha l l a m a d o b a r r o c o m e x i c a n o es, p o r una p a r t e , e x p r e -
sión a f o r t u n a d a q u e sintetiza t r a d i c i o n e s v e r n á c u l a s y locales; p o r o t r a , su carácter
e u f ó r i c o i n c l u y e una suerte d e m a n i f e s t a c i ó n c o n t a g i o s a q u e se p r o l o n g a a través d e l
t i e m p o y se c o n t i n ú a e n la a c t i t u d actual d e sus h a b i t a n t e s , q u i e n e s para c e l e b r a r sus
fiestas c o m p l e m e n t a n la o b r a c o n arcos florales y g e n e r a n e s p a c i o s virtuales c o n p a p e -
les d e c o l o r e s ; p r o p o n e n un r e c o n o c i m i e n t o a la t r a s c e n d e n c i a d e lo e f í m e r o ; e x p l o t a n
la p a r a d ó j i c a relación e n t r e lo e s t a b l e y lo p a s a j e r o , s u b r a y a n el c o n t r a s t e , a c e p t a n el
i m p l í c i t o f e s t e j o y así c o n v i e r t e n a San Francisco A c a t e p e c en una o b r a q u e c a n t a , v i b r a
y resuena en el paisaje.
 ll -i.|i«'ii|p«ii«|ipiiiii(i|r|pttii«'|<i|i»i=ir|«(|iitniqf|«ai
Se d e s c u b r e a q u í q u e la a r q u i t e c t u r a p u e d e ser una m a n i f e s t a c i ó n g o z o s a , una ex-
Se descubre aquí
presión a l e g r e y lúdica.
que la arquitectura
puede ser una
manifestación E l i m p u l s o a l a participación
gozosa, una Una m a n i f e s t a c i ó n tan intensa, tan c o l o r i d a , incluso tan e x p l o s i v a en su e x p r e s i ó n plásti-
expresión alegre
ca c o m o la f a c h a d a p o n i e n t e d e A c a t e p e c , parecería a g o t a d a p o r su p r o p i o e x c e s o . Sin
y lúdica.
e m b a r g o eso n o s u c e d e .
A u n q u e parezca increíble, t o d o s los a ñ o s , c o n m o t i v o d e la fiesta d e l s a n t o p a t r ó n ,
los v e c i n o s d e l lugar c o n s i d e r a n c o n v e n i e n t e y a t r a c t i v o a d o r n a r el t e m p l o , c o m o si n o
fuera s u f i c i e n t e el o r n a t o f a n t á s t i c o q u e d e h e c h o ya p o s e e . Y e n t o n c e s hacen e x p l o t a r
aún más el e s p a c i o c o n c o r d e l e s q u e irradian d e s d e lo a l t o d e la t o r r e , llenos d e p a p e -
les d e c o l o r e s . C u b r e n el atrio c o n p a p e l p i c a d o h a c i e n d o q u e la f a c h a d a d e l t e m p l o se
vaya a d i v i n a n d o g r a d u a l m e n t e a través d e esa vibración p e r m a n e n t e , y a r m a n arcos t r i u n -
fales d e flores s o b r e la p u e r t a d e acceso al a t r i o .
Los h a b i t a n t e s d e l l u g a r m u e s t r a n c o n esta a c t i t u d a l g o más q u e una r e s p u e s t a fes-
tiva d e r i v a d a d e una f u e r t e t r a d i c i ó n d e v o c i o n a l , i n d i c a n estar en p o s e s i ó n d e una fina
s e n s i b i l i d a d q u e les ha p e r m i t i d o p r i m e r o c a p t a r y l u e g o saber el s e n t i d o p r o f u n d o
d e esa c o m p o s i c i ó n . Tan c e r t e r a es la v i v e n c i a q u e les p e r m i t e c o m p l e m e n t a r la o b r a
t o d o s los años c o n una d i f e r e n t e o r n a m e n t a c i ó n — e f í m e r a , c i r c u n s t a n c i a l , f e c h a d a y
f i r m a d a p o r la c o m u n i d a d — q u e n o s ó l o r e s p e t a los v a l o r e s e x i s t e n t e s s i n o q u e los
a c e n t ú a y los e n r i q u e c e . La e x p r e s i ó n e s t a b l e y e n b u e n a m e d i d a i n t e m p o r a l d e la
c o n s t r u c c i ó n , revive y se r e j u v e n e c e c o m o c o n s e c u e n c i a d e la s e n s i b i l i d a d y la crea-
tividad asombrosa de una c o m u n i d a d que supera la carencia de conocimientos
h i s t ó r i c o s y e s t é t i c o s e s p e c i a l i z a d o s . La e x p e r i e n c i a c o t i d i a n a d e una o b r a e x c e p -
c i o n a l la lleva a d e s c u b r i r el s e n t i d o d e l e s p a c i o , d e las f o r m a s y d e los b r i l l o s d e los
colores b a j o la luz, con una fina i n t u i c i ó n para e n t e n d e r s a b i a m e n t e una o b r a realizada
en el siglo xvili y una n a t u r a l i d a d para e s c u c h a r l a y d i a l o g a r c o n ella. Lo q u e la c o n v i e r -
t e en un e j e m p l o i n o l v i d a b l e d e p a r t i c i p a c i ó n d e los usuarios en el e n r i q u e c i m i e n t o
d e una o b r a a r q u i t e c t ó n i c a .
C o l o r , b r i l l o , r e f l e j o , vibración y l u z
El interior d e l t e m p l o l a m e n t a b l e m e n t e se d e s t r u y ó p o r un i n c e n d i o hace más d e seis
d é c a d a s . La restauración q u e se realizó años d e s p u é s d a una idea d e lo q u e f u e , p e r o
dista m u c h o d e t e n e r la c a l i d a d y el e n c a n t o o r i g i n a l e s .
La f a c h a d a p u d o librar, a f o r t u n a d a m e n t e , el p e r c a n c e y sigue m o s t r á n d o s e hoy e n
t o d o su e s p l e n d o r . Está i n t e g r a m e n t e revestida con azulejos: p a r a m e n t o s y n i c h o s , c o -
lumnas y pilastras, cornisas y m o l d u r a s , arcos y v e n t a n a s , i m á g e n e s d e santos, p o r t a d a s
y torres; t o d o s los e l e m e n t o s están a c a b a d o s con cerámica d e brillantes c o l o r e s q u e
refleja la luz; cada una d e las piezas está f a b r i c a d a e s p e c i a l m e n t e para el sitio en el q u e
se ha c o l o c a d o . C o m o e j e m p l o a n t o l ó g i c o d e artesanía y d e a c e n t o en los valores r e g i o -
nales, t o d a la f a c h a d a está t r a b a j a d a en neos y variados relieves, con lo cual se e n ñ q u e c e
el e f e c t o c r o m á t i c o , se subraya el m a t i z d e los reflejos y se p r o d u c e una v i b r a c i ó n d e la
luz q u e afecta al espacio y p r o v o c a su e x t e n s i ó n . A l ser una f a c h a d a o ñ e n t a d a al p o -
niente, con la luz d e l atardecer, los c o l o r e s , los brillos, los reflejos y las f o r m a s p r o -
m u e v e n una e x p l o s i ó n d e l e s p a c i o q u e i n v a d e el atrio y, d e alguna m a n e r a , hace q u e
los v o l ú m e n e s y las f o r m a s a d q u i e r a n una n o t a b l e y eufórica l e v e d a d , q u e recuerda el
verso d e l Discurso por las floresóe Carlos Pellicer, c i t a d o en estas p á g i n a s , q u e d i c e :
"Ser flor es ser un p o c o d e c o l o r e s c o n b ñ s a ; la vida d e una f l o r c a b e en una s o n ñ s a " .
 CHIAPA DI: C O H Z O
Los sitios más
apropiados para
L a ('4'lebi'a<'ióii d e l a g u a
erigir monumentos
son los espacios L o s v a l o r e s d e l a «-oiiuiiiidad
de reunión
comunitaria, y
Aqui no suceden cosas
convocar esta
de mayor trascendencia que las rosas.
reunión será su
mejor virtud. Carlos Pellicer
Discurso p o r las flores

U n a síntesis y u n símbolo e n ladrillo

E l ladrillo es el p r i m e r m a t e r i a l d e c o n s t r u c c i ó n q u e p u e d e llamarse •—en s e n t i d o estric-
to— un material p r e f a b r i c a d o . Varios m i l e n i o s d e p r o d u c c i ó n c o n d u c e n a reflexionar
r e s p e c t o a la m o d e r n i d a d d e ciertos p r o d u c t o s o d e a l g u n a s t e c n o l o g í a s , y t a m b i é n en
t o r n o a las características m á s a d e c u a d a s q u e c o n v i e n e n a la p r e f a b r i c a c i ó n .
Una pieza p e q u e ñ a , ligera y m a n u a b l e , fácil d e producir, d e usar y d e m o d i f i c a r ; re-
sistente, d u r a b l e y q u e p e r m i t e una gran v e r s a t i l i d a d d e usos.
Con ladrillo C o n ladrillo — t i e r r a , a g u a y f u e g o — es p o s i b l e hacer pisos, m u r o s , c o l u m n a s , pilas-
—tierra, agua y tras, arcos, d i n t e l e s , b ó v e d a s y c ú p u l a s ; p e r o t a m b i é n e s c a l o n e s , m o l d u r a s , e l e m e n t o s
f u e g o — es posible
o r n a m e n t a l e s , texturas, r i t m o s y aparejos diversos. C o n p e q u e ñ a s v a n a n t e s se p u e d e n
hacer pisos, muros,
columnas, pilastras, p r o d u c i r piezas con f o r m a s especiales, macizas o p e r f o r a d a s ; con a l g u n o s a d i t i v o s se
arcos, dinteles, p u e d e n lograr diversos a c a b a d o s — m a t e s , brillantes, tersos o r u g o s o s — b r u ñ i d o s o
bóvedas y cúpulas; i m p r e g n a d o s , y t o d a la g a m a d e c o l o r e s en los e s m a l t a d o s .
pero también
escalones,
molduras, Monumentalidad cotidiana
elementos
La f u e n t e d e l p e q u e ñ o p o b l a d o d e C h i a p a d e C o r z o , e n el e s t a d o d e C h i a p a s , es una
ornamentales,
texturas, ritmos y
o f r e n d a y un h o m e n a j e al a g u a realizado e n ladrillo.
aparejos diversos. Es una construcción m o n u m e n t a l , p e r o se trata d e una m o n u m e n t a l i d a d cotidiana —si
cabe la c o n t r a d i c c i ó n — , ya q u e celebra un auténtico y natural valor para la c o m u n i d a d y le

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Fuente de Chiapa de Corzo, Chiapas.
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ofrece el líquido vital p o r excelencia. El agua p o t a b l e se encuentra en el d e p ó s i t o d e una
Un lugar que
fuente central, cubierta y p r o t e g i d a p o r una hermosa b ó v e d a o c t a g o n a l q u e se refleja y se
evoca referencias
duplica en el espejo d e la superficie. Ahí, a la s o m b r a , se mantiene el líquido fresco y chstali- y concentra
no para ser r e c o g i d o en los cántaros q u e la g e n t e llenará para llevar a sus hogares. Pre- enseñanzas
v i e n d o su posible y parcial d e r r a m e — y por t a n t o su p é r d i d a d e p u r e z a — los pisos tienen Piistóricas.

una leve p e n d i e n t e para encauzar esos sobrantes hacia cuatro alargadas y bajas piletas en
el perímetro e x t e r n o d e la edificación q u e la recogen para q u e d e ella b e b a n los animales.

Tradición decantada
La c o n s t r u c c i ó n , o c t a g o n a l , o f r e c e en su p e r í m e t r o un insólito p ó r t i c o d e s c u b i e r t o , d e f i -
n i d o p o r o c h o a r b o t a n t e s q u e , a más d e t o m a r con i n g e n i o y elegancia los e m p u j e s d e
la b ó v e d a , g e n e r a n un e s p a c i o q u e articula e s p l é n d i d a m e n t e el e x t e r i o r d e la plaza e n
la q u e se u b i c a , con el e s p a c i o c u b i e r t o d e la f u e n t e , e s t a b l e c i e n d o una t r a n s i c i ó n tan
fluida c o m o el agua q u e la o b r a c e l e b r a .
Las f o r m a s y el c o n c e p t o g e n e r a l d e l e d i f i c i o sintetizan f e l i z m e n t e una serie d e n o t o -
rias influencias, m u d e j a r en el d e l i c a d o t r a t a m i e n t o d e l ladrillo, m e d i e v a l en el sistema
d e a r b o t a n t e s y su p e c u l i a r silueta d e c o r o n a , renacentista en la g e o m e t r í a rigurosa d e
su trazo. El l a d h i l o , ú n i c o material en la f á b h c a d e la o b r a , se utiliza c o n g r a n i n g e n i o y
r e f i n a m i e n t o . Sólo c o n unos c u a n t o s t i p o s d e piezas d e barro c o l a d o y m o l d e a d o , y los
t r a d i c i o n a l e s ladrillos p r i s m á t i c o s , se organiza una rica v a r i e d a d d e t e x t u r a s y d e r i t m o s ,
t r a t a n d o con igual c u i d a d o las escalas m a y o r e s , f o r m a l e s y estructurales d e la o b r a , las
escalas m e d i a s d e sus c o m p o n e n t e s y el d e t a l l e m i n u c i o s o d e las m e n o r e s .
Podría d e c i r s e q u e la f u e n t e y el sitio t i e n e n un a r o m a d e tierra m o j a d a en feliz c o m -
b i n a c i ó n c o n el i n t e n s o sabor y el d e j o p e r s i s t e n t e d e un b i e n d e s t i l a d o a g u a r d i e n t e . Un
lugar q u e evoca referencias y c o n c e n t r a enseñanzas históricas.

Símbolos y s i g n i f i c a d o s
La f u e n t e d e C h i a p a d e C o r z o es un caso n o t a b l e q u e r e s p o n d e a muchas i n t e r r o g a n t e s .
Su localización y su u b i c a c i ó n son c o t i d i a n a s : al centro d e una plaza d e p u e b l o . El p r o b l e -
 ma a resolver es t a m b i é n sencillo y h a b i t u a l : d o t a r d e agua p o t a b l e a una c o m u n i d a d .
El ladrillo es
La é p o c a : fines d e l siglo xvi, ya e s t a b l e la C o l o n i a . El m a t e r i a l : u n o d e los más a n t i g u o s
el primer materia!
d e construcción
y c o n o c i d o s , el ladrillo.
que puede Pero la m a n e r a d e resolver las i n t e r r o g a n t e s c o n m e d i o s tan s i m p l e s es m a g n í f i c a ,
llamarse — e n está llena d e sabias enseñanzas y m u e v e a la reflexión e n t o r n o a p r o b l e m a s f r e c u e n t e s .
sentido estricto—
Por e j e m p l o : ¿en q u é consiste lo m o n u m e n t a l ? , ¿ d ó n d e , c u á n d o y c ó m o hacerlo?, ¿es
un material
prefabricado. p o s i b l e evitar la g r a n d i l o c u e n c i a y el m o n u m e n t a l i s m o ?
En esta o b r a se o f r e c e n a l g u n a s respuestas.
Parece m e j o r la presencia d e valores significativos para la c o m u n i d a d e n los m o n u -
m e n t o s , más q u e la e x a l t a c i ó n d e s u p u e s t o s s í m b o l o s .
Los valores d e s i g n i f i c a c i ó n c o m u n i t a ñ a s e n c i l l a m e n t e s o n , se n e c e s i t a n , y c u a n d o se
o b t i e n e n , se a g r a d e c e n . Los s í m b o l o s , para serlo, d e b e n c o n q u i s t a r s e p r i m e r o , ya q u e
si se i m p o n e n se d e s v a n e c e n e n la t r i v i a l i d a d .
Los sitios más a p r o p i a d o s para erigir m o n u m e n t o s son los e s p a c i o s d e r e u n i ó n c o -
m u n i t a r i a , y c o n v o c a r esta r e u n i ó n será su m e j o r v i r t u d .
C r e o q u e la g r a n d i l o c u e n c i a , sea d e r i v a d a d e lo m o n u m e n t a l o d e c u a l q u i e r otra
e x p r e s i ó n , se p r e s e n t a casi s i e m p r e p o r ignorar la necesaria i n t e g r a c i ó n d e las diversas
Los valores
de significación escalas q u e existen en la o b r a a r q u i t e c t ó n i c a . La m a y o r c o r r e s p o n d e al e s q u e m a g e n e -
comunitaria ral d e la c o m p o s i c i ó n , a la visión d i s t a n t e y a la relación c o n el c o n t e x t o . Las escalas
sencillamente son,
m e d i a s t i e n e n q u e ver con la e x p r e s i ó n d e los sistemas c o n s t r u c t i v o s , c o n los articula-
se necesitan,
y cuando d o r e s y, en g e n e r a l , con la visión p r ó x i m a . Y la escala m e n o r a t i e n d e los d e t a l l e s , las j u n -
se obtienen, se tas y la visión cercana y las e x p e r i e n c i a s táctiles.
agradecen. Los
En esa f u e n t e p u e d e apreciarse t o d o lo anterior, realizado con gran c o m p l e j i d a d , c o n
símbolos, para
serlo, deben e x t r a o r d i n a r i a riqueza expresiva y c o n una s o r p r e n d e n t e e c o n o m í a d e m e d i o s .
conquistarse
primero, ya que
si se imponen se
desvanecen en
la trivialidad.
Fuente de Chiapa de Corzo. .hiapas. © Carlos Mijares
bellón de Barcelona, España. Ludwjg Mies van der Rohe. © Carlos Mijares
 ¿Para qué? ¿Por qué? ¿Quién?

¿Para q u é ? , d e s t i n o s y propósitos
La o b r a d e a r q u i t e c t u r a t i e n e s i e m p r e un d e s t i n o ; p l a n t e a un p r o p ó s i t o más o m e n o s
e x p l í c i t o ; s u r g e d e la n e c e s i d a d o d e l d e s e o d e resolver, d e facilitar o d e p r o p i c i a r q u e
ciertas a c t i v i d a d e s d e los seres h u m a n o s p u e d a n realizarse d e un m o d o más a d e c u a d o ,
e f i c i e n t e , a t r a c t i v o , a g r a d a b l e y c ó m o d o q u e lo h a b i t u a l .
D u r a n t e b u e n a p a r t e d e l siglo xx p r e g u n t a r s e para q u é servida la obra cuyo p r o y e c -
t o se iba a realizar se c o n s i d e r a b a la base q u e f u n d a m e n t a b a el p r o c e s o d e t r a b a j o — l a
f o r m a sigue a la f u n c i ó n — , era la.idea q u e c o n s a g r a b a este e n f o q u e . En la r e a l i d a d esta
aseveración dista m u c h o d e p o d e r c o m p r o b a r s e . La respuesta no es tan a u t o m á t i c a y
unívoca c o m o cabría esperar d e l p l a n t e a m i e n t o a b s t r a c t o , en el m u n d o real resulta varia-
da, m ú l t i p l e y más c o m p l e j a d e lo e s p e r a d o . Lo q u e c o n f i r m a q u e no existen bases a u -
t o m á t i c a s q u e g a r a n t i c e n la p r o d u c c i ó n d e la o b r a a r q u i t e c t ó n i c a .

Funciones y necesidades
El q u e h a c e r d e l a r q u i t e c t o p u e d e — y d e b e — p r e o c u p a r s e d e q u e los e s p a c i o s q u e p r o -
p o n g a favorezcan las a c t i v i d a d e s q u e e n ellos d e b a n realizarse, p e r o la m a n e r a d e h a -
cerlo n o es única, d e r i v a d l e ni d e m o s t r a b l e . Los m o d o s son m ú l t i p l e s y, con f r e c u e n c i a ,
insólitos e i n e s p e r a d o s . Hay ocasiones en las q u e el e s p a c i o a r q u i t e c t ó n i c o es un claro
y e v i d e n t e p r o m o t o r d e las a c t i v i d a d e s p r o p u e s t a s , p e r o en otras es p o s i b l e q u e resulte
c o n f u s o , o s c u r o , e q u í v o c o , o s e n c i l l a m e n t e f a l l i d o . C o n l a m e n t a b l e f r e c u e n c i a resulta
elemental, o b v i o , tedioso, carente de imaginación y d e estímulos.
S u c e d e t a m b i é n q u e espacios o r i g i n a l m e n t e c o n c e b i d o s y realizados para q u e en
ellos se desarrollaran f u n c i o n e s precisas y d e t e r m i n a d a s , c o n el t i e m p o a c a b a n p o r a l o -
jar otras. C u a n d o la c a l i d a d d e l e s p a c i o es b u e n a , no o b s t a el c a m b i o para q u e éste
p u e d a seguir f u n c i o n a n d o y a l o j a n d o a c t i v i d a d e s d i s t i n t a s c o n similar eficacia, y a v e c e s
hasta con m a y o r a t r a c t i v o .
Plantearse el p r o b l e m a d e para q u é d e b e r á n ser los espacios p u e d e sin d u d a conver-
tirse en uno d e los principales d e t o n a d o r e s d e ta creación, p e r o no — c o m o el funcionalis-
m o s u p o n e — p o r q u e los espacios estén d e f i n i t i v a m e n t e c o n d i c i o n a d o s por las actividades
q u e en ellos van a desarrollarse o p o r q u e sus características sean fácilmente d e m o s t r a b l e s .

La o b r a d e
arquitectura tiene
siempre un destino.
Los espacios q u e
d e b e ofrecer la
a r q u i t e c t u r a serán
l o s ámbitos p a r a
q u e se desarrolle
la v i d a d e l o s
hombres, que e s
rica y variada,
n o monótona y
previsible.
Preguntarse p o r el p r o p ó s i t o d e los espacios, p o r su necesidad y p o r las c o n d i c i o n a n t e s
q u e establece su uso es abrir el c a m p o a la creación y a la i m a g i n a c i ó n , es provocar el vue-
lo d e las posibilidades y el d e s c u b r i m i e n t o d e relaciones c o m p l e j a s y e n r i q u e c e d o r a s .
Y es así p o r q u e los espacios q u e d e b e ofrecer la a r q u i t e c t u r a serán los á m b i t o s para
q u e se d e s a r r o l l e la vida d e los h o m b r e s , q u e es rica y v a r i a d a , n o m o n ó t o n a y previsi-
ble. Serán e s p a c i o s vitales d o n d e los seres h u m a n o s e n c u e n t r e n la p o s i b i l i d a d d e vivir
a su m a n e r a , d o n d e p u e d a n d e s c u b r i r e s t í m u l o s intensos p e r o t a m b i é n s e r e n i d a d y
c a l m a ; d o n d e a q u e l l o s q u e los usen e n c u e n t r e n un m a r g e n q u e les p e r m i t a expresar sus
m o d o s d e v i d a y sus personales m a t i c e s .
E s p a c i o s a d e c u a d o s , a m b i e n t e s poéticos
Los e s p a c i o s a r q u i t e c t ó n i c o s no son el r e s u l t a d o d e aplicar una serie d e m e d i d a s mí-
nimas r e g l a m e n t a r l a s , ni m u c h o m e n o s d e d u c i d a s y aplicadas con una p r e t e n s i ó n l ó g i -
ca q u e es más b i e n la fácil c o n s e c u e n c i a d e un r a c i o c i n i o e l e m e n t a l y p e r e z o s o .
Reflexionar s o b r e las n e c e s i d a d e s d e l h o m b r e es p r o f u n d i z a r s o b r e el s i g n i f i c a d o y
el p o t e n c i a l d e acciones r e l a c i o n a d a s c o n la e x p r e s i ó n infinitiva d e l v e r b o : pasar, pasear,
entrar, e n c o n t r a r , salir, estar, d e m o r a r , c o m e r , d o r m i r , descansar, conversar. Por escasa
q u e sea la s e n s i b i l i d a d c o n la q u e a l g u i e n se a p r o x i m e a ellos r e c o n o c e r á q u e se trata
d e f e n ó m e n o s d e g r a n c o m p l e j i d a d y riqueza, n o d e p r o b l e m a s p r i m a r i o s q u e p u e d e n
resolverse c o n una s i m p l e receta o con una f ó r m u l a , p o r ó p t i m a q u e parezca — c o m o
m u c h o s se aforran a p e n s a r
Es necesario ante t o d o respetar las acciones humanas y reconocer la p l u r a l i d a d d e sus
manifestaciones. Para el a r q u i t e c t o i n d o l e n t e esto p u e d e parecer un p r o b l e m a d e difícil o
i m p o s i b l e s o l u c i ó n ; para el q u e está alerta, d i s p u e s t o al a s o m b r o , a la s o r p r e s a , al e n t u -
siasmo y a la euforia, d e s c u b r i r nuevas p o s i b i l i d a d e s es la m e j o r garantía para estimular la
inspiración, para explorar en la m u l t i p l i c i d a d d e las p r o p u e s t a s y para ofrecer la creación
d e espacios a d e c u a d o s , a g r a d a b l e s , y — e n a l g u n o s casos a f o r t u n a d o s — hasta p o é t i c o s .
¿Por q u é ? , p o r e s t o , p o r a q u e l l o y p o r q u e sí
Entre t o d a s las p r e g u n t a s i m p o r t a n t e s , p o r q u é es tal vez la más i m p o n e n t e p e r o t a m -
b i é n la más vaga q u e p u e d e hacerse el a r q u i t e c t o . Y esta a f i r m a c i ó n se refiere a la a r q u i -
t e c t u r a en particular y a las a c t i v i d a d e s creativas e n g e n e r a l .
La p r e g u n t a sugiere un p l a n t e a m i e n t o n a c i d o d e la lógica estricta, p e r o su respues-
ta t e n d e r á s i e m p r e a resultar m e n o s explícita q u e las p r o m o v i d a s p o r c u e s t i o n a m i e n t o s
r e l a c i o n a d o s con las e x p e r i e n c i a s sensibles. I n d a g a r el p o r q u é d e las cosas p r o m e t e una
respuesta d e m o s t r a t i v a y justificatoria y justificarse es una d e las a c t i t u d e s más b a n a l e s
q u e r o n d a n e n t o r n o al p r o b l e m a d e la creación en c u a l q u i e r a d e sus m a n i f e s t a c i o n e s .
Planteada p o r el creador d e la obra es p r o b a b l e q u e la p r e g u n t a resulte inútil, la res-
puesta fallida — e n ocasiones p o r insuficiente y en otras p o r d e s m e d i d a — y s i e m p r e equí-
voca al incursionar en c a m p o s q u e le son ajenos. Tal vez mejora c u a n d o es planteada por
E s válido q u e eí
otros, por el crítico, o p o r el espectador, preferiblemente después d e la existencia real d e la
arquitecto busque
o b r a ; p o r quienes se acercan a la obra — o al p r o c e s o — d e s d e disciplinas periféricas o fran- encontrar u n
c a m e n t e ajenas a la arquitectura, c o m o s o c i ó l o g o s , políticos, historiadores, psicólogos, etc. lenguaje propio.
Para un h i s t o r i a d o r o para un b i ó g r a f o ia i n f o r m a c i ó n será sin d u d a valiosa: la i n d a -
g a c i ó n d e los m o t i v o s , la e s p e c u l a c i ó n d e las causas, la relación con las ideas y los a c o n -
t e c i m i e n t o s d e su t i e m p o . C o m o c o n s e c u e n c i a d e una i n v e s t i g a c i ó n p r o f u n d a , e x p e r t a
y c u i d a d o s a los r e s u l t a d o s serán d e una i m p o r t a n c i a i n n e g a b l e .

L o s r i e s g o s d e l a justificación
Preguntarse el p o r q u é d e las cosas es una f o r m a i m p o r t a n t e d e p r o f u n d i z a r en sus f u n -
d a m e n t o s . Sin d u d a c o n v i e n e i m p u l s a r este e n f o q u e t a n t o si se e x p l o r a s i e n d o a u t o r
c o m o si se e s p e c u l a c o m o crítico. Si lo q u e se busca son d e m o s t r a c i o n e s o j u s t i f i c a c i o -
nes, más valdrá evitar el e x p e r i m e n t o .
C r e o q u e p o c o le p u e d e significar a un a r q u i t e c t o saber — o confiar en q u e sabe—•
p o r q u é M i g u e l Á n g e l hizo el á b s i d e o la c ú p u l a d e San P e d r o c o m o los hizo, p o r q u é
C o r b u s i e r hizo la Villa S a v o y e , M i e s van d e r Rohe el P a b e l l ó n d e Barcelona, o los mayas
U x m a l , d e ésa y n o d e otra m a n e r a .
Por otra p a r t e , es un h e c h o q u e el e s q u e m a d e enseñanza c e n t r a d o en el p o r q u é d e
las cosas f u e p r e d o m i n a n t e — y e x c e s i v o — en los p r o g r a m a s universitarios d e m u c h o s
años a la f e c h a . Un e l e v a d o p o r c e n t a j e d e los p l a n t e a m i e n t o s a r q u i t e c t ó n i c o s d e l siglo
XX s u r g i ó d e la inclinación a c o n s i d e r a r q u e las escuelas, las t e o r í a s y los p r o d u c t o s d e -
berían ser c o n s e c u e n c i a d e una a c t i t u d racionalista.
Racionalismo y f u n c i o n a l i s m o f u e r o n sus t é r m i n o s c o n s a g r a d o s y se c o n v i r t i e r o n en
los c o n c e p t o s más g e n e r a l i z a d o s d e la a r q u i t e c t u r a m o d e r n a . C o n v i e n e revisar sus v a l o -
res t a n t o c o m o s u p e r a r sus excesos, p e r o es necesarío estar alerta, p o r q u e h o y se p r e -
t e n d e cancelar la e s p e c u l a c i ó n racional para cambiarla p o r la sofistícación c o n c e p t u a l .

¿Quién?, e l a u t o r , anónimo, c o n o c i d o o r e c o n o c i d o
Llegar a ser a u t o r d e o b r a s a r q u i t e c t ó n i c a s es un serio p r o b l e m a y una g r a v e r e s p o n -
s a b i l i d a d , p e r o t o d o a r q u i t e c t o d e b e i n t e n t a r l o c o n s c i e n t e d e q u e su p r o d u c c i ó n no d e -
b e d e ñ v a r s e d e la impulsiva ocurrencia sino f u n d a r s e en la e x p e ñ e n c i a serena.
Es v á l i d o q u e el a r q u i t e c t o b u s q u e e n c o n t r a r un l e n g u a j e p r o p i o , q u e i n t e n t e llegar N o e s aconsejable
q u e la o b r a
a expresarse p o r m e d i o d e éste con m a t i c e s p e r s o n a l e s y q u e se p r e o c u p e p o r d e s c u -
pretenda estar
brir una e x p r e s i ó n q u e lo i d e n t i f i q u e y con la q u e él m i s m o p u e d a i d e n t i f i c a r s e . insistentemente
firmada para
Las obras firmadas garantizar la
presencia d e
Pero n o es a c o n s e j a b l e q u e la o b r a p r e t e n d a estar i n s i s t e n t e m e n t e f i r m a d a para g a r a n - su autor.
tizar la presencia d e su a u t o r
 La o b r a d e a r q u i t e c t u r a está e x p u e s t a , f o r m a p a r t e , en la mayoría d e los casos, d e
Es recomendable
un c o n j u n t o u r b a n o y p e r d u r a — c a s i s i e m p r e — p o r un lapso m á s e x t e n d i d o q u e la v i d a
también que el
autor d ela obra
d e su autor. Por estos y m u c h o s o t r o s m o t i v o s , la o b r a pasa s i e m p r e a integrarse a la
arquitectónica n o c o m u n i d a d y acaba p o r a d q u i r i r valores a n ó n i m o s , a p o r t a d o s p o r a q u e l l o s q u e la usan,
se p r e o c u p e p o r la viven y la e x p e r i m e n t a n p o r a ñ o s , p o r d é c a d a s o p o r siglos, y al h a c e r l o le i m p r i m e n
dejarla demasiado
u n sello p r o p i o y una suerte d e nueva autoría.
fechada.
El a u t o r q u e en v e r d a d l o g r a m a n e j a r un l e n g u a j e i n t e r e s a n t e lo dejará i m p r e s o en
su o b r a aún c u a n d o no se lo p r o p o n g a . A l no buscarlo evitará c o n m a y o r f a c i l i d a d los
excesos y las facetas triviales q u e g e n e r a la o b s e s i ó n y p e r m a n e c e r á n sólo a q u e l l o s ras-
g o s q u e hayan l o g r a d o e n r i q u e c e r a q u i e n e s los a d v i e r t e n .
La o b s e s i ó n p o r d e j a r d e m a s i a d o e v i d e n t e el sello p r o p i o c o r r e el riesgo d e convertir-
se en una i m p o s i c i ó n hacia los d e m á s , en el m e j o r d e los casos d e s m e d i d a y a l t a n e r a ,
y ndícula y p r e s c i n d i b l e en el p e o r
Por ello c o n v i e n e q u e el a r q u i t e c t o sepa p r e v e r e s p a c i o s d e silencio, para q u e p u e -
d a n ahí expresarse los h o m b r e s q u e los v i v e n .

Las obras fechadas

Es r e c o m e n d a b l e t a m b i é n q u e el a u t o r d e la o b r a a r q u i t e c t ó n i c a no se p r e o c u p e p o r
dejarla d e m a s i a d o f e c h a d a . En la mayoría d e los casos h a c e r l o indica q u e el a u t o r se ha
d e t e n i d o a subrayar solicitantes y circunstancias efímeras; q u e ha a t e n d i d o e n d e m a s í a
a los e s t í m u l o s p r e v i s l b i e m e n t e pasajeros d e las m o d a s en b o g a o q u e ha f a l l a d o la v i -
sión crítica d i s t a n t e , característica d e las o b r a s significativas.
Por otra parte, el t i e m p o , el c o m p á s d e la creación y la realización d e las obras es casi
siempre d e m o r a d o . Si ese r i t m o n o se t o m a en cuenta, al t e r m i n a r la obra y estar lista para
ser utilizada et paso d e l t i e m p o habrá d e s v a n e c i d o m u c h o s estímulos q u e inicialmente es-
taban presentes o incluso los habrá b o r r a d o por c o m p l e t o , d e j a n d o a la o b r a sin sustento.
A d e m á s , la relación con el t i e m p o histórico es i n e v i t a b l e . El I n d i v i d u o — s e a o n o un
gran c r e a d o r — no p u e d e d e s p r e n d e r s e d e una serie d e c o n d i c i o n a n t e s t e m p o r a l e s p r o -
pias d e su g e n e r a c i ó n y d e su m o m e n t o . Pero el p r o b l e m a n o radica en la a c e p t a c i ó n ,
el r e c o n o c i m i e n t o y, p o r s u p u e s t o , el a p r e c i o d e la c o n t e m p o r a n e i d a d circunstancial y
g e n e r a c i o n a l , el p r o b l e m a a p a r e c e a n t e la carencia d e criterio y d e reflexión para d i s t i n -
g u i r e n t r e lo significativo y lo trivial, e n t r e lo ocasional y lo p e r m a n e n t e .
La creación se manifiesta c u a n d o , a más d e saber d i s t i n g u i r e n t r e las circunstancias
para seleccionarlas, se es capaz d e p r e v e r a q u e l l o s valores q u e p u e d a n p r e v a l e c e r y d e
intuir o t r o s q u e p o d r á n aparecer, o reaparecer, más a d e l a n t e .
Saber resistirse a fechar y a f i r m a r e x a g e r a d a m e n t e las o b r a s r e q u i e r e una larga
L a relación c o n e l e x p e r i e n c i a , h a b e r l l e g a d o a d o m i n a r el o f i c i o , h a b e r d e s a r r o l l a d o un s ó l i d o espíritu crí-
t i e m p o histórico e s
t i c o y — a u n q u e parezca c o n t r a d i c t o r i o — un i n g r e d i e n t e f u n d a m e n t a l : t e n e r una p e r s o -
inevitable.
n a l i d a d s u f i c i e n t e m e n t e f u e r t e q u e p e r m i t a superar la o b s e s i ó n p o r d e m o s t r a r l a .
 E L PABELLON D E HAKCELONA
L u d w i g M i e s van d e r Rohe, 1929 La g e n e r a l i z a d a
influencia q u e esta
obra ha tenido
La novedad clásica e n la a r q u i t e c t u r a
del siglo xx d e
inmediato se
Y e n e lj u e g o angustioso d e un espejo frente a o t r o
comprende,
cae mi voz
cualquier duda
y mi voz que madura sobre el
y m ivoz q u e m a d u r a magnetismo
y mi bosque madura q u e ha ejercido
y m ivoz q u e m a dura se d e s v a n e c e al
verla, al recorrerla y
c o m o el hielo d e vidrio
al e x p e r i m e n t a r l a .
c o m o el grito del hielo.
Xavier Viliaurrutia
Nocturno en que nada se oye

L a poética d e l a t r a n s p a r e n c i a y e l v a l o r d e l o s r e f l e j o s
A p e n a s por unos cuantos meses a fines d e los años v e i n t e estuvo, y d e s d e principios d e
los o c h e n t a ha v u e l t o a estar, el Pabellón d e A l e m a n i a q u e p r o y e c t ó y realizó Mies van d e r
Rohe para la Exposición d e Barcelona en un terreno q u e es una larga terraza respaldada
p o r un alto m u r o en el cerro M o n t j u i c .
C o m o casi t o d o s los pabellones para ferias éste fue d e m o l i d o al p o c o t i e m p o d e t e r m i -
nada la celebración. Pero, dada su e n o r m e influencia y la importancia q u e t u v o en el desarro-
llo d e la arquitectura en el siglo xx, cincuenta años después, gracias a que se había mantenido
la información suficiente — y hay q u e reconocer q u e los d i b u j o s del proyecto son tan inolvi-
dables c o m o la o b r a — se d e c i d i ó reproducirla con la mayor precisión, t a n t o dimensional co-
m o d e materiales y acabados, en el sitio exacto en el q u e se había edificado o ñ g i n a l m e n t e .

Transparencias, brillos y reflejos

La edificación está hecha con placas y c o m p u e s t a p o r superficies d e d i s t i n t o espesor, tex-
 tura y a c a b a d o : la plataforma s o b r e la cual se asienta, los pisos y los espejos d e a g u a , los
Hay obras que
muros, los g r a n d e s vidrios d e la cancelería, la placa luminosa d e vidrios e s m e r i l a d o s , las
desde su aparición
adquieren un valor
cubiertas planas. Salvo la p l a t a f o r m a d e base t o d a s las placas s o n , y se m u e s t r a n , d e l g a -
antológico. das. Los e l e m e n t o s son brillantes, varios d e ellos translúcidos, otros transparentes y t o d o s ,
con e x c e p c i ó n d e los techos y d e los pisos, en algún m o m e n t o , reflejantes. Las g r a n d e s
placas d e m á r m o l para los revestimientos f u e r o n cortadas d e tal m o d o q u e p o d í a n c o l o -
carse c o i n c i d e n t e s y giradas para así reflejar la misma veta. T o d o c o n t r i b u y e t a m b i é n a evi-
denciar otros valores: la n o t a b l e calidad d e su fábrica y la elegancia d e su e x p r e s i ó n .
M á r m o l e s p u l i d o s , vidrios, perfiles d e m e t a l c r o m a d o , superficies d e a g u a q u i e t a . Un
g r a n j u e g o d e e s p e j o s en d o n d e t o d o c o n v o c a a reflejarse, a d u p l i c a r s e , a invertirse y
a generar imágenes múltiples.
El P a b e l l ó n es un p o e m a a las placas, a las transparencias y a los reflejos, s u b r a y a d o
y a c e n t u a d o p o r unas cuantas líneas.

El p r e s t i g i o y la influencia
N o d e j a d e ser i n t r i g a n t e q u e — a pesar d e su b r e v e d u r a c i ó n y d e h a b e r s i d o c o n o c i -
d o p o n u n o s c u a n t o s — , unas f o t o g r a f í a s en b l a n c o y n e g r o y unos c u a n t o s d i b u j o s y
a l g u n o s t e x t o s p o c o c o n o c i d o s y m e n o s leídos f u e r a n suficientes para c o n v e r t i r este
e d i f i c i o en un clásico.
Lo i n t r i g a n t e , d e s d e l u e g o , n o se refiere a la c a l i d a d d e la o b r a , sino a lo q u e d i o o r i -
g e n a pesar d e lo r e d u c i d o d e la i n f o r m a c i ó n . Es una d e esas estructuras d e p r e s t i g i o q u e
se g e n e r a n rápida y e x i t o s a m e n t e , a lo cual a y u d ó m u c h o , sin d u d a , el h e c h o d e q u e a
la i m a g e n d e la e s p l é n d i d a o b r a a r q u i t e c t ó n i c a se asoció la d e l e l e g a n t e d i s e ñ o d e la silla
El Pabellón es un
Barcelona —esa sí c o n t i n u a m e n t e p r e s e n t e d e s d e e n t o n c e s . O t r o caso peculiar y signifi-
poema a las placas,
a las transparencias c a t i v o , el d i s e ñ o d e un m u e b l e q u e aparece en los inicios d e l m o v i m i e n t o m o d e r n o , se
y a los reflejos, establece d e i n m e d i a t o c o m o un p r o t o t i p o y se m a n t i e n e c o m o tal hasta nuestros días.
subrayado y
Vale la p e n a reflexionar s o b r e ese f e n ó m e n o q u e en o c a s i o n e s se presenta en la his-
acentuado por
unas cuantas líneas. t o r i a , el d e o b r a s q u e d e s d e su a p a r i c i ó n a d q u i e r e n un valor a n t o l ó g i c o . O b r a s q u e d e s -
d e un p r i n c i p i o se a d m i r a n más d e lo q u e se analizan y d i s c u t e n .
L a composición
El Pabellón d e Barcelona es una e d i f i c a c i ó n r e l a t i v a m e n t e p e q u e ñ a , c o m o c o r r e s p o n d e U n g r a n juego de
espejos e n d o n d e
a la c o n d i c i ó n y a la c o n c e n t r a d a c a l i d a d q u e p o s e e n las o b r a s q u e m e r e c e n ser califica- ^^^^ convoca
d o s c o m o j o y a s . Y ésta sin d u d a lo es. a reflejarse, a
Su c o m p o s i c i ó n g e n e r a l es b a s t a n t e sencilla: una espesa p l a t a f o r m a r e c t a n g u l a r duplicarse,
c o l o c a d a p e r p e n d i c u l a r m e n t e al g r a n m u r o q u e la r e s p a l d a . Una d e l g a d a c u b i e r t a , alar- ^ invertirse y a
' ' ^ 1 1 ~j generar imágenes
g a d a t a m b i é n , q u e c u b r e la m i t a d d e l e s p a c i o y deja d e s c u b i e r t a la otra m i t a d , q u e múltiples,
t i e n e un g r a n e s p e j o d e a g u a . Una serie d e m u r o s sueltos — s a l v o los d e las d o s c a b e -
ceras, q u e c o n f i n a n espacios en f o r m a d e U — , un n u e v o e s p e j o d e a g u a con una e s c u l -
t u r a , e n un á m b i t o d e s c u b i e r t o p e r o c o n f i n a d o . Vanos canceles d e v i d ñ o sueltos y o c h o
esbeltas c o l u m n a s d e sección en cruz, c r o m a d a s y sueltas t a m b i é n .
La p l a t a f o r m a g e n e r a un e s p a c i o q u e p r o v o c a la i n m e d i a t a i d e n t i f i c a c i ó n d e l sitio,
s o b r e ella, la placa paralela d e la c u b i e r t a confina un n u e v o e s p a c i o d e n t r o d e l p r i m e r o .
La c u b i e r t a d e s b o r d a t a n t o a las c o l u m n a s c o m o a los canceles y a los m u r o s ; éstos a su
vez se p r o l o n g a n f u e r a d e la c u b i e r t a c o n lo q u e se p r o d u c e un e x t r a o r d i n a r i o e f e c t o d e
l i b e r t a d y d e f l u i d e z e n t r e t o d o s los e s p a c i o s . Vistos los canceles d e s d e el e x t e r i o r p r o -
v o c a n reflejos, d e s d e el i n t e r i o r o f r e c e n t r a n s p a r e n c i a ; en a m b o s casos el e n t o r n o está
p r e s e n t e c o m o i n t e g r a l d e la a r q u i t e c t u r a .
Las relaciones d e l e s p a c i o s o n , e n c o n s e c u e n c i a , m ú l t i p l e s . Los e s p e j o s d e a g u a re-
flejan e i n v i e r t e n los e l e m e n t o s d e l e d i f i c i o , la v e g e t a c i ó n cercana, las p e r s o n a s q u e los
r e c o r r e n , las n u b e s y el c i e l o ; d e esta m a n e r a el e s p a c i o se a b r e , t a n t o hacia arriba c o m o
hacia a b a j o , a ñ a d i e n d o a la c o m p o s i c i ó n un p o d e r o s o eje vertical q u e l i t e r a l m e n t e la
ancla en el l u g a r Los reflejos d e los vidrios se suman a los d e l agua y ofrecen un alucinan-
t e r e p e r t o r i o d e vistas f r a g m e n t a d a s , c a m b i a n t e s , invertidas y c o m b i n a d a s , en a l g u n o s
casos e s t r u c t u r a n d o j u e g o s d e s o r p r e n d e n t e d i n a m i s m o , en o t r o s d e s p l e g a n d o i m á g e -
nes t r a n q u i l a s y en r e p o s o .
La secuencia es tan refinada c o m o sencilla. Los recorridos son p r o p i c i a d o s p o r placas
— d u r a s , bñllantes, opacas, transparentes, reflejantes y a c u á t i c a s — q u e p r o p o n e n remates,
guías, giros, relaciones tersas p e r o inesperadas y una deliciosa sucesión d e sorpresas. ,
F u e n t e d e inspiración
La g e n e r a l i z a d a influencia q u e esta o b r a l^a t e n i d o en la a r q u i t e c t u r a d e l siglo xx d e in-
m e d i a t o se c o m p r e n d e , c u a l q u i e r d u d a s o b r e el m a g n e t i s m o q u e ha e j e r c i d o se d e s v a -
n e c e al verla, al recorrerla y al e x p e r i m e n t a r l a . C o n v i e n e r e c o r d a r q u e más q u e p o r sus
p r o p i a s características, las d u d a s se d e r i v a r o n d e las o b r a s realizadas p o r a l g u n o s dis-
cípulos — s u p u e s t a m e n t e fieles a sus p o s t u l a d o s p e r o sin c o n o c e r la o b r a — y t a m b i é n . . .
p o r h a b e r c r e í d o d e m a s i a d o en sus p o s t u l a d o s .
El P a b e l l ó n es un p o e m a a d m i r a b l e y un p r o d i g i o s o c a n t o a la t r a n s p a r e n c i a , a la e l e -
g a n c i a y al reflejo. La o b r a se a p o d e r a d e l arriba y d e l a b a j o . El e s p a c i o fluye v e r t i c a l -
m e n t e y al reflejarse p e n e t r a en la tierra; t a m b i é n se e x t i e n d e en s e n t i d o h o r i z o n t a l , se
m u l t i p l i c a y se d i l u y e en los brillos d e l v i d r i o y d e l m á r m o l .
A l g o maravilloso se adivina d e s d e la primera vez q u e se ven los d i b u j o s , a l g o sigue
p a s a n d o c u a n d o u n o se e n c u e n t r a a n t e él y a l g o c o n t i n ú a d e s p u é s d e h a b e r l o v i s i t a d o .
A l g o q u e es a la vez n u e v o y a r c a n o , sencillo y c o m p l e j o , e l e g a n t e y m i s t e r i o s o .
 LA VILLA S W O Y E
Se ha dicho que
Le Corbusier, 1931
la V i l l a S a v o y e ,
más q u e u n a c a s a ,
ItovtiliK-ióii y píK'sia es u n m a n i f i e s t o .

L l e n o d e mí, s i t i a d o e n m i e p i d e r m i s .
José Gorostiza
M u e r t e sin f i n

La casa c o m o manifiesto
Se ha d i c h o q u e la Villa Savoye, más q u e una casa, es un m a n i f i e s t o , una d e c l a r a c i ó n d e
p r i n c i p i o s , é t i c o s y e s t é t i c o s . C r e o q u e la d e c l a r a c i ó n es correcta p e r o t a m b i é n i n c o m -
pleta y, en cierta m e d i d a , injusta. P o r q u e , a mi j u i c i o , es t a m b i é n una lección d e poesía
y un alarde d e o f i c i o en la c o m p o s i c i ó n a r q u i t e c t ó n i c a .
La Villa Savoye es, p o r s u p u e s t o , una o b r a m a e s t r a , una c o m p o s i c i ó n q u e se p l a n t e a
una serie d e p r o b l e m a s — n o n e c e s a r i a m e n t e d e r i v a d o s d e l p r o g r a m a para una v i v i e n -
da— y los resuelve d e una maner.a sintética, b r i l l a n t e , n o v e d o s a y en a l t o g r a d o p r o p o s i -
tiva. Los p r o b l e m a s q u e se p l a n t e a C o r b u s i e r son i n t e n c i o n a l e s , d e ahí su c o n d i c i ó n d e
m a n i f i e s t o , d e p r o p u e s t a , d e o f e r t a d e nuevas rutas.
La Villa Savoye es una casa, una casa e n el c a m p o — o más b i e n en una zona subur-
b a n a , en Poissy— un p e q u e ñ o p o b l a d o c e r c a n o a París, e d i f i c a d a e n un t e r r e n o o r i g i n a l -
m e n t e más e x t e n s o q u e el actual. A p a r t e d e resolver un p r o b l e m a d e v i v i e n d a para
clientes d e b u e n nivel e c o n ó m i c o sin i n t e n c i o n e s g r a n d i l o c u e n t e s , el a r q u i t e c t o a p r o -
vecha para explorar nuevas p o s i b i l i d a d e s . Por ello la solución no es consecuencia directa
d e l análisis d e n e c e s i d a d e s , c o m o m u c h o s p r o p a g a n d i s t a s d e l f u n c i o n a l i s m o p r e t e n -
d i e r o n , y aún el m i s m o C o r b u s i e r insinuó. N o es la f o r m a d e r i v a d a d e la f u n c i ó n . Es, d e
h e c h o , lo inverso, la f u n c i ó n d e r i v a d a d e la f o r m a . Es la f u n c i ó n a d a p t a d a y c o n t r o l a d a
para ajustarse a una f o r m a d e s e a d a e i m p u e s t a .
 L a dinámica d e l espacio
Es también una l_g ^^^^ confina en un prisma rectangular p e r o no se constriñe a él. A l c o n t r a ñ o , d e n t r o
lección de poesía y i , • , - r i i i . i i . i i i
un alarde de oficio p n s m a el espacio se f r a g m e n t a , se abre, se d e s c u b r e , se e x t i e n d e : hacia los lados,
en la composición hacia arriba y hacia a b a j o — e n realidad el p n s m a se utiliza c o m o un m a r c o d e referencia
arquitectónica. q u e p e r m i t e expresar m e j o r la libertad interna. Los espacios se articulan y se e n t r e t e j e n :
cubiertos y d e s c u b i e r t o s , estáticos y d i n á m i c o s , escaleras y rampas, b a ñ o s q u e f o r m a n
p a r t e d e las recámaras, estancias cubiertas q u e se p r o l o n g a n hacia patios abiertos, v e n -
tanas v i d ñ a d a s y marcos abiertos, vistas distantes y vistas controladas, terrazas y solarios.
La relación c o n el e x t e r i o r es m ú l t i p l e : un p ó r t i c o , q u e e n v u e l v e tres lados d e la p l a n -
ta baja d e b e recorrerse para llegar al acceso; el v e s t í b u l o es un e s p a c i o d e t r a n s i c i ó n
q u e o f r e c e la alternativa d e subir g i r a n d o e n la escalera d e caracol o d e h a c e r l o recta y
p a u s a d a m e n t e p o r la r a m p a ; e n el p ñ m e r piso — l a planta n o b l e t r a d i c i o n a l — las vistas
d e l e n t o r n o son variadas y p e r s i s t e n t e m e n t e e n m a r c a d a s , t a n t o c u a n d o se aprecia a
través d e las v e n t a n a s o los m a r c o s , c o m o c u a n d o a p a r e c e el cielo s o b r e el p a t í o , per-
f i l a d o p o r m u r o s y aleros; e n este nivel se insiste en la invitación a c o n t i n u a r el m o -
v i m i e n t o y el ascenso — p o r la escalera o p o r la r a m p a — para llegar a la azotea en la
q u e se e n c u e n t r a n d i v e r s o s á m b i t o s , unos q u e m u e s t r a n el c o n t o r n o a r b o l a d o d e l sitio
d e m a n e r a f r a n c a , o t r o s d e n u e v o e n m a r c á n d o l o y u n o más c o n f i n a d o p o r m u r o s cur-
vos. A q u í c u l m i n a la l i b e r a c i ó n d e l prisma y d e los p l a n o s rectos sin p o r e l l o salirse d e l
c o n f i n a m i e n t o p r e e s t a b l e c i d o en la planta rectangular, p e r o sí, e n c a m b i o , d e s b o r d a n -
d o la p a r t e alta d e l prisma c o n f o r m a s distintas a las p r e d o m i n a n t e s .

La casa se planta c o m o un o b j e t o , c o m o una escultura q u e se posa en m e d i o d e un

claro en el b o s q u e c u y o s á r b o l e s c o n f i n a n su p e r í m e t r o c o m o u n m u r o c o n t i n u o . Hoy,
la presencia — y el c a m b i o d e e s c a l a — d e una c o n s t r u c c i ó n escolar d e tres pisos c o n s -
t r u i d a d e n t r o d e la p r o p i e d a d o r i g i n a l d i s t u r b a f u e r t e m e n t e la c l a ñ d a d d e ia d e f i n i c i ó n
d e l e s p a c i o natural y la presencia s i n g u l a r q u e la casa ahí t e n í a . El m u r o q u e e n v u e l v e y
c o n t i e n e a la p l a n t a a l t a , s o s t e n i d o p o r ligeras c o l u m n a s e n planta baja e v o c a c o n fuerza
el f o l l a j e d e los á r b o l e s y el r i t m o d e los t r o n c o s q u e c o n f o r m a ese claro d e l b o s q u e , en
-i el cual a p a r e c e aislada la c o n s t r u c c i ó n . A l estar c o n f i g u r a d o s d e m a n e r a similar se p r o -
voca una suerte d e e c o e n t r e el e s p a c i o natural y el d e la casa y se p r o p o n e una fina
relación d e escalas e n t r e a m b o s . Una e n v o l v e n t e p r o t e c t o r a a c e n t ú a ia privacía y p r o - N o e s la f o r m a
derivada d e la
m u e v e el r e c o n o c i m i e n t o y la i d e n t i f i c a c i ó n d o b l e m e n t e a c e n t u a d a d e l sitio.
función. E s , d e
El e x t e r i o r se i n t r o d u c e en la a r q u i t e c t u r a y, a u n q u e c o n l e n g u a j e s y f o r m a s d i s t i n t a s , hecho, l o inverso,
c o n s t a n t e m e n t e se e v o c a . i a función d e r i v a d a
de la f o r m a .

C o m p o s i c i ó n l i e t e r o d o x a , p r i n c i p i o s clásicos
La c o m p o s i c i ó n resulta t a n t o más h e t e r o d o x a y n o v e d o s a c u a n t o más se e v i d e n c i a q u e
los p r i n c i p i o s q u e m a n e j a C o r b u s i e r son e s t r i c t a m e n t e clásicos: un b a s a m e n t o , un cuer-
p o y un r e m a t e . O u e aquí el b a s a m e n t o esté r e m e t i d o , q u e el c u e r p o esté f r a g m e n t a d o
h o r i z o n t a l m e n t e p o r tres franjas c o n t i n u a s , q u e el r e m a t e receda t a m b i é n y j u e g u e con
f o r m a s y perfiles insólitos, no i m p l i c a q u e no sea r e c o n o c i b l e la clásica estructura c o m -
positiva: inicio, d e s a r r o l l o y t é r m i n o . El clasicismo no t e r m i n a aquí, la o b r a t i e n e una
e n v o l v e n t e q u e con t o d o h g o r precisa los límites d e l d e n t r o y d e l f u e r a . Y la h e t e r o d o x i a
c o n t i n ú a ya q u e los límites físicos n o lo son visuales ni espaciales, a m b o s f l u y e n a través
d e la e n v o l v e n t e d e un m o d o c o n t i n u o y c o n s t a n t e , c o n t r a d i c i e n d o su t r a d i c i o n a l f u n -
ción l i m i t a n t e .
En el sitio, la o b r a aparece aislada — m e j o r d i c h o aparecía, en su c o n c e p c i ó n y en el
t e r r e n o o r i g i n a l — c o m o un i n s t r u m e n t o solista. N o f o r m a parte d e un c o n t e x t o arquitec-
t ó n i c o m a y o r La p e q u e ñ a casa d e l v i g i l a n t e , j u n t o a la e n t r a d a , si bien anticipa con sus
formas la plástica d e la casa principal en n i n g ú n m o m e n t o p u e d e percibirse asociada con
ella, ya q u e el r e c o r h d o i m p u e s t o para llegar a la Villa la deja atrás, oculta e n t r e los ár-
boles, y la intensa sorpresa d e l d e s c u b r i m i e n t o c o n t r i b u y e a ocultarla más en la m e m o r i a .
Por t o d o esto creo q u e se t r a t a , más q u e d e un m a n i f i e s t o , ante t o d o d e una l e c c i ó n .
Una lección en el m e j o r y más a m p l i o s e n t i d o d e l t é r m i n o : ser una enseñanza q u e esti-
mula y a b r e n u e v o s c a m i n o s .
En la Villa Savoye, C o r b u s i e r muestra p o r lo m e n o s tres cosas q u e s o n , en mi o p i -
n i ó n , f u n d a m e n t a l e s en la a r q u i t e c t u r a : una, q u e es p o s i b l e c o m p o n e r , u t i l i z a n d o p r i n -
c i p i o s a c a d é m i c o s , sin n e c e s i d a d d e aplicar las recetas a c a d é m i c a s . Es decir, q u e los

Los espacios s e
articulan y se
entretejen.
Funcionalismo fue
Id p a l a b r a q u e s e
convirtió e n mágica
adjetivación
consagratoria del
movimiento
m o d e r n o . La casa
e s u n a máquina
para vivir — e l
concepto-manifiesto
q u e C o r b u acuña,
c o m o artista
rebelde pero
también c o m o
sagaz pionero e n
el u s o d e l o s
m e d i o s — se
e s t a b l e c e c o m o la
frase eficaz y
contundente
que sacude y
escandaliza a
m u c h o s , aún a h o r a ,
a más d e s e t e n t a
años d e d i s t a n c i a .
p r i n c i p i o s p u e d e n ser los mismos y los resultados d i f e r e n t e s (los m i s m o s c ó m o p r o -
d u c i e n d o d i v e r s o s así). Sin d u d a en su m o m e n t o (1928-1931) esto era una a c t i t u d re-
b e l d e , d e ahí su c o n d i c i ó n d e o b r a - m a n i f i e s t o . La s e g u n d a es q u e la a r q u i t e c t u r a , para
leerse m o d e r n a o incluso revolucionaria, no necesita i g n o r a r la historia sino, al c o n t r a r i o ,
r e q u i e r e c o n o c e r l a a f o n d o . Ese c o n o c i m i e n t o será el q u e p e r m i t a t o m a r v e r d a d e r a s
l i b e r t a d e s q u e e n v e r d a d resulten r e n o v a d o r a s . Y, p o r ú l t i m o , q u e p o r purista, g e o m é t r i -
ca y abstracta q u e sea la e x p r e s i ó n f o r m a l no se anula el p r o b l e m a d e la relación e n t r e
la o b r a y su lugar, entre el t e x t o y el c o n t e x t o .
D i c h o d e o t r o m o d o , c u a n d o se p l a n t e a con s e n s i b i l i d a d , lo a b s t r a c t o no cancela lo
poético.
El j u e g o sabio
Planta y f a c h a d a libres, h i g i e n e , e c o n o m í a y circulación franca p o r el t e r r e n o f u e r o n las
ideas p r i n c i p a l e s q u e — d e r i v a d a s d e p r e o c u p a c i o n e s específicas d e C o r b u s i e r — s i n t e -
tizaron el m o v i m i e n t o . Los p i l o t e s , la azotea j a r d í n , la planta libre, la f a c h a d a libre y las
v e n t a n a s corridas son los cinco p r i n c i p i o s para una a r q u i t e c t u r a nueva s e g ú n el C o r -
busier d e 1 9 2 7 .
F u n c i o n a l i s m o f u e la palabra q u e se c o n v i r t i ó en m á g i c a a d j e t i v a c i ó n c o n s a g r a t o r i a
d e l m o v i m i e n t o m o d e r n o . La casa es una m á q u i n a para v i v i r — e l concepto-manifiesto
q u e C o r b u acuña, c o m o artista r e b e l d e p e r o t a m b i é n c o m o sagaz p i o n e r o e n el uso d e
los m e d i o s — se establece c o m o la frase eficaz y c o n t u n d e n t e q u e s a c u d e y escandaliza
a m u c h o s , aún a h o r a , a más d e setenta años d e distancia.
Pero aún d e los excesos p u e d e extraerse una lección i m p o r t a n t e : d e s p u é s d e t o d o ,
la a r q u i t e c t u r a n o se hace con palabras, ni con ideas, sino c o n espacios y con el j u e g o
s a b i o d e las f o r m a s bajo la luz, a l g o q u e t a m b i é n d i j o Le Corbusier.
Dos grandes maestros
Tanto la Villa Savoye c o m o el Pabellón d e Barcelona muestran maneras n o t a b l e s — y en
alguna medida equivalentes— d e c o m p o n e r
r La Villa se c o m p o n e a partir d e l c o n f i n a m i e n t o d e l e s p a c i o en un prisma r e c t a n g u l a r
e l e v a d o s o b r e ligeras c o l u m n a s . El prisma c o n t u n d e n t e se perfora vertical y h o r i z o n t a l -
m e n t e c o n diversas a b e r t u r a s y p e n e t r a c i o n e s , lo q u e p e r m i t e q u e los espacios f l u y a n ,
El e x t e r i o r s e
introduce en la
a r q u i t e c t u r a y,
se articulen y se r e l a c i o n e n f u e r t e m e n t e c o n los i n s t r u m e n t o s — u n r e p e r t o r i o d e v o l ú - aunque con
m e n e s g e o m é t r i c o s — q u e utiliza para g e n e r a r l o s . lenguajes y
f o r m a s distintas,
En el P a b e l l ó n , es una p l a t a f o r m a la q u e o r i g i n a una serie d e t e n s i o n e s c o n la
constantemente
placa h o r i z o n t a l d e la c u b i e r t a y e n t r e las v e r t i c a l e s d e m u r o s y c a n c e l e s . Los s e n c i - se evoca.
llos i n s t r u m e n t o s son a q u í s u p e r f i c i e s p l a n a s y d e l g a d a s y c o n e l l o s n o s ó l o se l o g r a
e s t a b l e c e r l í m i t e s s i n o d i l u i r l o s . Las f o r m a s y los e l e m e n t o s se t o c a n a p e n a s lo i n d i s -
p e n s a b l e ; c u a n d o lo h a c e n , su b r i l l o h a c e d i f u s o su p o s i b l e c a r á c t e r d e l í m i t e s . Trans-
p a r e n t e s y r e f l e j a n t e s , los i n s t r u m e n t o s son casi t a n i n c o r p ó r e o s c o m o los e s p a c i o s
mismos.
A m b o s casos f u e r o n — y tal vez sigan s i e n d o — e j e m p l o s a n t o l ó g i c o s d e la a r q u i t e c -
tura m o d e r n a . A m b a s son o b r a s e x t r a o r d i n a r i a s d e la a r q u i t e c t u r a d e t o d o s los t i e m p o s .
A m b a s c o n t i e n e n l e c c i o n e s e s p l é n d i d a s d e lo q u e es hacer a r q u i t e c t u r a y d e lo q u e ésta
p o d í a ser — y f u e — en el siglo xx.
Tal v e z p o r sus p r o p i a s c a r a c t e r í s t i c a s c a d a una s u f r i ó s u e r t e s d i v e r s a s y c o n -
t r a s t a d a s . D e la Villa se a c u ñ a r o n unas c u a n t a s f ó r m u l a s f á c i l e s q u e r á p i d a m e n t e se
v a c i a r o n d e s e n t i d o p e r o q u e se e x t e n d i e r o n y g e n e r a l i z a r o n p o r t o d a s p a r t e s . Se usó
la r e c e t a f o r m a l y se i g n o r ó la p r o p u e s t a e s p a c i a l . La Villa S a v o y e hizo e s c u e l a , una
e s c u e l a fácil y, c o m o s u c e d e c o n f r e c u e n c i a , t r i v i a l . Si b i e n es o b v i o q u e la s u p e r f i c i a -
l i d a d d e sus c o n s e c u e n c i a s n o c o r r e s p o n d e c o n la c a l i d a d y p r o f u n d i d a d d e la o b r a
original.
Del P a b e l l ó n t a m b i é n se a c u ñ a r o n f ó r m u l a s — t a l vez en m e n o r n ú m e r o p e r o i g u a l -
m e n t e s u p e r f i c i a l e s — , la t r a n s p a r e n c i a y la c o n t i n u i d a d d e los espacios q u e s u p u e s t a -
m e n t e p r o v o c a el v i d r i o , c u a n d o se o l v i d a c o n s i d e r a r los reflejos; el m u r o s u e l t o , c o m o
f o r m a y c o m o f ó r m u l a — u n a m a n e r a e n t r e otras d e e v a d i r los p r o b l e m a s d e la c o m p o -
sición e s t r u c t u r a l . El P a b e l l ó n t a m b i é n hizo escuela — m e n o s es m á s — una escuela t e o -
rizante, abstracta e i g u a l m e n t e trivial.
 El p r o b l e m a d el o s s e g u i d o r e s
La trivialidad e s
En éstos y en m u c h o s o t r o s casos, la t r i v i a l i d a d es más b i e n un p r o b l e m a d e los discí-
casi s i e m p r e u n
problema d e p u l o s q u e n o e n t e n d i e r o n las enseñanzas d e los m a e s t r o s . Si b i e n a veces — f u e el caso
discípulos q u e n o d e C o r b u — la e u f o ñ a p o r c o m u n i c a r sus p o s t u l a d o s y c o n t a g i a r su e n t u s i a s m o c o n d u c e
e n t e n d i e r o n las a i n t e n t a r síntesis t e ó r i c a s para expresar las ideas e n f o r m a clara, y n a t u r a l m e n t e es-
enseñanzas d e
q u e m á t i c a , lo q u e lleva a c o n g e l a r l a s y a restarles sustancia.
los maestros.
Por i n t e r e s a n t e s y e s t i m u l a n t e s q u e parezcan, c u a n d o las ideas se c o n v i e r t e n en fór-
mulas q u e p r e t e n d e n garantizar un r e s u l t a d o , c u a n d o se p r o p o n e n c o m o o b j e t i v o s o m e -
tas a lograr, c o n d u c e n sin r e m e d i o a la vana r e p e t i c i ó n a c a d é m i c a .
Pienso q u e las ideas sólo p u e d e n ser f e c u n d a s c u a n d o se p l a n t e a n c o m o p r i n c i p i o s ,
c o m o p u n t o s d e p a r t i d a , a b i e r t a s a la c o m p l e j i d a d y a la v a r i e d a d i m p r e v i s t a d e sus
aplicaciones.
Pero es más sencillo p l a n t e a r m e t a s q u e e s t a b l e c e r p u n t o s d e p a r t i d a . A q u é l l a s t i e n -
d e n a cancelar los p e s a d o s p r o c e s o s creativos, éstos, e n c a m b i o , los s u b r a y a n .
Por eso las p r i m e r a s son previsibles y a d q u i e r e n p r e s t i g i o c o n f a c i l i d a d , ya q u e son
— a l m e n o s e n a p a r i e n c i a — c o m p r o b a b l e s . Los s e g u n d o s , p o r su p a r t e , r e q u i e r e n esfuer-
zo, d i s p o s i c i ó n para a c e p t a r los l e n t o s t r a y e c t o s d e l p r o c e s o c r e a t i v o y, al f i n a l , necesi-
tan a f r o n t a r la i n s e g u ñ d a d d e los resultados.
Y t r a d i c i o n a l m e n t e se sabe q u e , a más solicitud d e trabajo, m e n o s prestigio d e l sistema.

E s más s e n c i l l o
plantear metas que
establecer puntos
de partida.
Aquéllas t i e n d e n a
cancelar los
pesados procesos
c r e a t i v o s , éstos,
e n cambio, los
subrayan.
 (Conclusiones

P u e d e e n c o n t r a r s e cierta d e m o r a e n la d e s c r i p c i ó n y en la reflexión d e a l g u n a s o b r a s
en esta s e c c i ó n . S u c e d e q u e estas o b r a s l o g r a n e x p r e s a r — c o n particular i n t e n s i d a d y
e v i d e n c i a — una serie d e i m p o r t a n t e s valores. D e t e n e r s e un p o c o en ellas f a v o r e c e el
a c e r c a m i e n t o a las n u m e r o s a s y e n r i q u e c e d o r a s p r o p u e s t a s q u e c o n t i e n e n .
Su distancia t e m p o r a l y geográfica r e c o n o c e el h e c h o d e q u e c u a n d o se sabe leer y
escuchar la arquitectura es p o s i b l e a p r e n d e r d e l p a s a d o r e m o t o t a n t o c o m o d e l reciente.
Permite percibir y apreciar q u e culturas ya d e s a p a r e c i d a s , distantes y ajenas a la nuestra
—la maya o la t e o t i h u a c a n a — p u e d e n c o n t e n e r enseñanzas tan f e c u n d a s c o m o otras cuyo
parentesco nos p u e d e parecer más cercano — e l virreinato m e x i c a n o — o c o m o aquellas
f r a n c a m e n t e recientes — e l Pabellón d e Barcelona o la Villa Savoye. Cada una p r o p o n e
respuestas estimulantes. En Tikal el r e c o n o c i m i e n t o — o tal vez mejor, el d e s c u b h m i e n t o —
d e las tres d i m e n s i o n e s d e l espacio, en particular d e la altura, c o n d u c e a sus constructores
a explorarla y a elevar g r a d u a l m e n t e sus edificios. Un g e s t o a r q u i t e c t ó n i c o a c e r t a d o p u e -
d e trascender el m u n d o c o t i d i a n o y abñr, literalmente, nuevos horizontes.

Al hacerse eco d e las formas y d e los espacios naturales, la arquitectura p r o d u c e en Teo-

tihuacán un s o r p r e n d e n t e a c o n t e c i m i e n t o : la fusión d e la obra q u e el h o m b r e crea con a q u e -
lla q u e es p r o d u c t o d e la naturaleza, un d i á l o g o s o l e m n e entre lo natural y lo c o n s t r u i d o .
En San Francisco A c a t e p e c , a partir d e l m o d e l a d o p r o l i j o y m i n u c i o s o d e la f a c h a d a ,
se hace vibrar el e s p a c i o , se afecta d e un m o d o a l u c i n a n t e y se crea una o b r a lúdica q u e
incita a la p a r t i c i p a c i ó n c o m u n i t a ñ a .
La f u e n t e d e C h i a p a d e C o r z o es una c e l e b r a c i ó n , un e d i f i c i o q u e se c o n s t r u y e c o m o
h o m e n a j e al a g u a , al l i q u i d o i m p r e s c i n d i b l e y c o t i d i a n o . Y la o b r a se c o n v i e r t e e n insóli-
ta sorpresa: un m o n u m e n t o q u e festeja la v i d a diaria.
En el P a b e l l ó n d e Barcelona M i e s van d e r Rohe d e s c u b r e un n u e v o p o t e n c i a l e x p r e -
sivo a partir d e u n o d e los más a n t i g u o s i n s t r u m e n t o s d e la a r q u i t e c t u r a : el m u r o , c o m o
superficie g e n e r a d o r a d e una nueva p o é t i c a d e l e s p a c i o .
La Villa Savoye d e C o r b u s i e r p r o p o n e otra p o s i b i l i d a d d e e x p r e s i ó n t a m b i é n sor-
p r e n d e n t e : los v o l ú m e n e s s i m p l e s . V o l ú m e n e s q u e se p e r f o r a n , se t r a s p a s a n , se a r t i c u -
lan y p r o p i c i a n e s p a c i o s q u e f l u y e n y se c o n t i e n e n , se c o n f i n a n e i n t e r a c t ú a n . " U n j u e g o
s a b i o d e las f o r m a s y los e s p a c i o s b a j o la l u z " .
LAS R E S P U E S T A S
 Iníroducción

Cada o b r a d e a r q u i t e c t u r a es única, p o r el lugar d e su a s e n t a m i e n t o , p o r las c o n d i c i o n a n -

tes q u e le d i e r o n o r i g e n , p o r los m a t e r i a l e s y los p r o c e d i m i e n t o s s e l e c c i o n a d o s para su
c o n s t r u c c i ó n y p o r su f o r m a d e g e n e r a r y d e articular sus e s p a c i o s , su m a n e j o d e la es-
cala, el t o n o d e su c o m p o s i c i ó n y la m a n e r a d e estructurar las relaciones e n t r e t o d o s sus
componentes.
Las tres obras q u e se presentan en esta sección — o b r a s maestras, sin d u d a — p e r m i t e n
apreciar y distinguir con claridad las características particulares d e cada una d e sus respues-
tas. Tres lugares, tres p r o p ó s i t o s y. tres m o d o s distintos d e c o n c e b i r y hacer la arquitectura.
En Finlandia, un p e q u e ñ o g r u p o d e e d i f i c i o s m u n i c i p a l e s en m e d i o d e un b o s q u e .
En C a l i f o r n i a , u n o s l a b o r a t o r i o s s o b r e un g r a n a c a n t i l a d o a la orilla d e l mar.
En el área u r b a n a d e B i l b a o , un m u s e o en un islote b a j o en el cauce d e l río N e r v i ó n .
En Saynátsalo, Alvar A a l t o p r o d u c e un p r o y e c t o c o n un aire d e e s p o n t á n e a y d e l i -
ciosa n a t u r a l i d a d ; e s t a b l e c e con g r a n sutileza una d e l i c a d a relación c o n el lugar; utiliza
un material n o b l e p e r o m o d e s t o : el ladrillo; un p a t i o centraliza la c o m p o s i c i ó n , q u e se
confina p o r una serie d e e d i f i c a c i o n e s d e escala más b i e n c o t i d i a n a y se articula con el
e n t o r n o b o s c o s o p o r m e d i o d e escalinatas.
Louis Kahn, e n el Instituto Salk, c o n c i b e un c o n j u n t o q u e surge d e una p r o f u n d a refle-
xión sin cancelar la sensibilidad; p r o p o n e un d i a l o g o claro y al m i s m o t i e m p o s o r p r e n -
d e n t e con el sitio; trabaja los materiales y las juntas con especial finura; un espacio entre
d o s edificios estructura el o r d e n d e la o b r a o f r e c i e n d o varias lecturas — c a l l e , p a t i o , plaza.
El m u s e o G u g g e n h e i m q u e Frank G e h r y realiza en Bilbao es un edificio n a c i d o d e una
i m a g i n a c i ó n p o d e r o s a y d e l i r a n t e q u e acaba p o r i m p o n e r una e x p r e s i ó n espectacular. Lo
e n v u e l v e con una suerte d e lazos y rizos e n t r e t e j i d o s q u e se revisten con p e q u e ñ a s p i e -
zas metálicas reflejantes. La c o n s t r u c c i ó n a d q u i e r e el carácter d e un o b j e t o p l a n t a d o en
el sitio con el e s p a c i o g i r a n d o en t o r n o c o m o si fuera una g r a n escultura.
Un e s p l é n d i d o r e p e r t o n o para e l e g i r s e g ú n las preferencias p e r s o n a l e s p e r o , s o b r e
t o d o , tres e j e m p l o s para a s o m b r a r s e y a p r e n d e r

IM
 Las relaciones entre las cosas

El a c t o creativo
El acto c r e a t i v o se ejerce a partir d e una p r o p u e s t a para relacionar las cosas d e cierta
m a n e r a y establecer, para cada caso, un o r d e n e s p e c í f i c o y unas reglas p r o p i a s . Esas re-
laciones y esas reglas pasan a f o r m a r p a r t e d e la p e r s o n a l i d a d y la i d e n t i d a d d e la o b r a .
Sólo q u e en el j u e g o d e la c r e a c i ó n las n o r m a s previas n o t i e n e n validez a b s o l u t a ni
existen f ó r m u l a s q u e g a r a n t i c e n la c a l i d a d d e ios resultados. C u a l q u i e r i n t e n t o p o r e n -
contrarlas c o n d u c e a la receta b a n a l , a la r e p e t i c i ó n a c a d é m i c a o a la creencia d e q u e
a p l i c á n d o l a s los r e s u l t a d o s valiosos p u e d e n ser a u t o m á t i c o s y garantizables. Pero la i n e -
ficlencia d e las f ó r m u l a s no significa q u e la o b r a creativa carezca d e s ó l i d o s p r i n c i p i o s
g e n e r a l e s . Por revolucionaria q u e p u e d a ser, necesitará s i e m p r e sustentarse en el c o n o -
c i m i e n t o , el r e s p e t o y el d o m i n i o d e un o f i c i o . El c r e a d o r e s t a b l e c e un o r d e n q u e s u p o -
ne c o n q u i s t a , q u e nace d e s d e el i n t e r i o r m i s m o d e la o b r a , un o r d e n q u e el p r o p i o a u t o r
d e s c u b r e , p r o p o n e y se o b l i g a a cumplir, c o m o un r e t o , para d e c a n t a r sus ideas y l o g r a r
su más clara e x p r e s i ó n .

El p r o b l e m a radica en definir c ó m o se harán las cosas, c ó m o se construirán, c ó m o se

p o n d r á n en relación entre sí, con el lugar en el q u e están y con el o r d e n q u e d e ellas mis-
mas surge, el q u e se ha p r o p u e s t o y el q u e d e b e r á c u m p l i r s e . De ahí q u e las o b r a s q u e
llegan a expresarse en f o r m a realmente creativa ofrezcan t a n t o , y logren q u e , al e x p e r i -
mentarlas, el e s p e c t a d o r pase d e la pasiva c o n t e m p l a c i ó n a la participación activa, transite
d e l g u s t o o d e la indiferencia a la a d m i r a c i ó n c o m p r o m e t i d a , se d e m o r e en el a s o m b r o , se
involucre en la vivencia y g o c e intensamente con el aprendizaje q u e t o d o ello implica.

En torno alhacer y al componer

En g e n e r a l , e l p r o c e s o d e la c r e a c i ó n t i e n e q u e v e r c o n l a m a n e r a c o m o se h a c e n las
cosas y c o m o se p o n e n en relación. En el caso particular d e la a r q u i t e c t u r a el p r o b l e m a
radica en c ó m o se p r o d u c e n los i n s t r u m e n t o s , c ó m o se g e n e r a n los e s p a c i o s y c ó m o se
p o n e n , o más c o n c r e t a m e n t e , en c ó m o se c o m p o n e n . Este p r o b l e m a está e s t r e c h a m e n -
t e r e l a c i o n a d o c o n el m a n e j o d e las transiciones y las a r t i c u l a c i o n e s .
A l g u n o s e j e m p l o s p u e d e n a y u d a r a c o m p r e n d e r estos c o n c e p t o s .
¿ C ó m o p o n e r e n relación un e s p a c i o c o n o t r o ?

El a c t o c r e a t i v o s e
ejerce a partir d e
una propuesta para
relacionar las cosas
d e cierta m a n e r a y
establecer, para
cada caso, u n
o r d e n específico y
unas reglas propias.
En general, el
proceso d e la
creación t i e n e
q u e v e r c o n la
m a n e r a c o m o se
h a c e n las c o s a s
y c o m o se p o n e n
e n relación.
Una p o s i b i l i d a d i m p o r t a n t e es la d e crear e s p a c i o s i n t e r m e d i o s q u e o p e r e n c o m o
t r a n s i c i ó n y articulen los c a m b i o s , transiciones q u e p u e d e n ser bruscas o tersas, f l u i d a s
o s i n c o p a d a s ; articulaciones q u e p o d r á n manifestarse a p e n a s c o m o u m b r a l e s para se-
ñalar l e v e m e n t e el c a m b i o , o e s p a c i o s d e una escala i m p o r t a n t e c o n fuerza e i d e n t i d a d
n o t o r i a . En m u c h o s casos, los e s p a c i o s d e a r t i c u l a c i ó n y d e t r a n s i c i ó n l l e g a n a c o n v e r -
tirse en f u n d a m e n t o s d e la c o m p o s i c i ó n , c o m o s u c e d e c o n los v e s t í b u l o s , las escaleras,
las arcadas, los p a t i o s . La presencia y el uso a d e c u a d o d e este t i p o d e e s p a c i o s es un
f a c t o r d e c i s i v o para organizar d e m a n e r a significativa las relaciones, las secuencias y los
r i t m o s d e r e c o r r i d o d e casi t o d a s las o b r a s i m p o r t a n t e s d e a r q u i t e c t u r a .
¿ C ó m o p o n e r e n relación el d e n t r o c o n el fuera?
C ó m o e n t r a r a un e s p a c i o , o salir d e él para llegar a o t r o , ha s i d o s i e m p r e una p r e -
g u n t a i n t e r e s a n t e q u e ha p r o d u c i d o atractivas respuestas. C ó m o e s t a b l e c e r la relación
d e l e d i f i c i o c o n el s u e l o , c o n el c i e l o , o c o n las e d i f i c a c i o n e s vecinas son p r o b l e m a s q u e
no p u e d e n i g n o r a r s e i m p u n e m e n t e . Respuestas e f i c i e n t e s para relacionar el arriba c o n
el a b a j o q u e , m a n e j a d a s c o n o f i c i o , i n g e n i o e i m a g i n a c i ó n p u e d e n llegar a ser m a g n í f i -
cas s o n , p o r e j e m p l o , las escaleras, las escalinatas o las r a m p a s : e s p a c i o s a r t i c u l a d o r e s
f u n d a m e n t a l e s en la c o m p o s i c i ó n a r q u i t e c t ó n i c a d e t o d o s los t i e m p o s .
¿ C ó m o relacionar lo g r a n d e con lo p e q u e ñ o ? ¿ C ó m o estructurar los c a m b i o s d e
escala, la v a r i a c i ó n e n los p u n t o s d e vista d e l e s p e c t a d o r , el t r á n s i t o d e lo d i s t a n t e a l o
c e r c a n o o la t r a n s f o r m a c i ó n d e l perfil en v o l u m e n y viceversa?
Sí tan sólo se analiza el t r a t a m i e n t o d e los instrumentos g e n e r a d o r e s , se observa q u e
los arquitectos d e t o d a s las é p o c a s se han p r e o c u p a d o p e r s i s t e n t e m e n t e e n resolver, entre
otros p r o b l e m a s , el amanque d e una c o l u m n a (con o sin basamento} y su t é r m i n o c o m o un
s o p o r t e (con o sin capitel) q u e recibirá el d i n t e l , la viga, la t r a b e , o el arranque d e los arcos.
El d e s p l a n t e y el remate d e los muros p r o p o n e p r o b l e m a s semejantes; lo q u e sucede
c u a n d o un m u r o da vuelta y provoca una esquina o g e n e r a un rincón; la zona en la q u e un
m u r o se junta con una cubierta o su perforación con una p u e r t a , con una ventana, etc.
Son p r e g u n t a s básicas, q u e d e b e n r e s p o n d e r s e s i e m p r e , c u a l q u i e r a q u e sea el p r o -
g r a m a a resolver, las c o n d i c i o n a n t e s d e l c l i e n t e , el l u g a r d e a s e n t a m i e n t o d e la o b r a o
el clima d e l sitio. F o r m a n p a r t e d e un r e p e r t o r i o d e p r o b l e m a s g e n é r i c o s y p r i m o r d i a l e s
d e l q u e h a c e r a r q u i t e c t ó n i c o s o b r e los q u e c o n v i e n e reflexionar a f o n d o , para estudiar-
los y a t e n d e r l o s c o n especial c u i d a d o .
L a s r e s p u e s t a s múltiples
Es i m p o r t a n t e c o m p r e n d e r q u e p r o b l e m a s c o m o los m e n c i o n a d o s n o t i e n e n — c o m o
con cierta frecuencia t i e n d e a c o n s i d e r a r s e — un o r i g e n p r e d o m i n a n t e m e n t e e s t é t i c o .
C o n v i e n e estar alerta y p e r c i b i r q u e si b i e n en t o r n o a ellos se ha a c e n t u a d o t r a d i c i o -
n a i m e n t e lo q u e h o y c o n c i e r t o d e s p r e c i o l l a m a m o s o r n a m e n t a c i ó n , esto n o ha s i d o c o n -
secuencia d e una insistente p r e o c u p a c i ó n p o r un c i e r t o t i p o d e belleza d e c o r a t i v a . La
a t e n c i ó n se ha c o n c e n t r a d o en ellos c o m o c o n s e c u e n c i a d e un r e c o n o c i m i e n t o persis-
t e n t e d e q u e esas zonas son criticas en m u y diversos a s p e c t o s ; sea p o r q u e i m p l i q u e n Cómo e n t r a r
a u n espacio,
c a m b i o s en el sistema estructural o en la c o n d i c i ó n resistente d e los m a t e r i a l e s ; p o r q u e
o s a l i r d e él p a r a
se e n c u e n t r e n e x p u e s t a s a los e f e c t o s d e la h u m e d a d , d e la lluvia y, en g e n e r a l , d e la llegar a otro, h a
i n t e m p e r i e ; p o r q u e sean zonas q u e p u e d e n estar sujetas a una intensa f r i c c i ó n , o p o r sido siempre
una pregunta
otros m o t i v o s tan i m p o r t a n t e s c o m o v a r i a d o s . Una m i r a d a atenta p e r c i b e q u e esos d e -
interesante que
talles a p a r e n t e m e n t e o r n a m e n t a l e s resuelven en su o r i g e n m u c h o s p r o b l e m a s que ha producido
están más allá d e la estética. Y c o n v i e n e r e c o n o c e r q u e c u a n d o se l o g r a la síntesis, el atractivas
r e s u l t a d o es d e m a y o r c a l i d a d q u e c u a n d o se i g n o r a , ya q u e , en s e n t i d o e s t r i c t o , el or- respuestas.

d e n q u e se e s t a b l e c e en la c o m p o s i c i ó n a r q u i t e c t ó n i c a se d e h v a d e la n e c e s i d a d d e
resolver d e m o d o s i m u l t á n e o p r o b l e m a s m ú l t i p l e s .

Hay p o c a s aseveraciones c o n f i a b l e s q u e p u e d e n hacerse en la enseñanza y en la

práctica d e la a r q u i t e c t u r a . Una d e ellas es q u e a m a y o r n ú m e r o d e p r o b l e m a s r e c o n o -
cidos y resueltos q u e incluya una p r o p u e s t a , m a y o r certeza p u e d e t e n e r s e d e su acier-
to. Frente a la sucesión d e p r e g u n t a s q u e s u r g e n s o b r e el v a l o r q u e t i e n e una s o l u c i ó n
especifica, el m a y o r n ú m e r o d e veces q u e p u e d a r e s p o n d e r s e t a m b i é n indica la m a y o r
p r o b a b i l i d a d d e n o transitar p o r un c a m i n o e r r a d o . La s o l u c i ó n plural aparece c o m o un
c o n c e p t o o r i e n t a d o r a n t e el f r e c u e n t e m e n t e a n g u s t i o s o p r o c e s o creativo, q u e i n t e n t a
elegir e n t r e m ú l t i p l e s alternativas viables.

Los instrumentos arquitectónicos

D u r a n t e m u c h o t i e m p o la h u m a n i d a d se desarrolló y vivió en espacios naturales. El h o m -
b r e h a b i t ó en los sitios q u e e n c o n t r a b a y e n t r e los cuales, en a l g u n o s casos, p o d í a e l e -
gir; en un á r b o l , b a j o las estrellas, o d e n t r o d e una c a v e r n a .
Hace p o c o s m i l e n i o s los seres h u m a n o s d e s c u b r i e r o n q u e n o era necesario buscar
para encontrar espacios a d e c u a d o s d o n d e vivir sino q u e era p o s i b l e hacerlos. C o n el t i e m -
po, a ese d e s c u b r i m i e n t o se le l l a m ó a r q u i t e c t u r a , una a c t i v i d a d q u e p e r m i t e crear es-
pacios diversos q u e c u b r e n casi t o d a s las n e c e s i d a d e s vitales.
Para crear e s p a c i o s se r e q u i e r e d e i n s t r u m e n t o s q u e los g e n e r e n , tal c o m o en la
música para crear s o n i d o s . En la a r q u i t e c t u r a los i n s t r u m e n t o s son los g e n e r a d o r e s p e r o
t a m b i é n los límites d e l e s p a c i o , s i m u l t á n e a m e n t e son o b s t á c u l o s q u e i m p i d e n y guías
q u e c o n d u c e n , son e l e m e n t o s q u e en u n o s s e n t i d o s evitan y e n o t r o s p e r m i t e n el t r á n -
sito, y d e esta m a n e r a o r g a n i z a n las secuencias, las p o s i b i l i d a d e s , las alternativas y el Conviene
o r d e n d e r e c o r r i d o q u e la o b r a p r o p o n e . C a d a p r o p u e s t a se c o n v i e r t e en una e x p e r i e n - reconocer que
cuando s e logra
cia y e n un á m b i t o para vivir.
la síntesis, e l
resultado es d e
Los generadores del espacio mayor calidad
que cuando
Existen cuatro familias p r i n c i p a l e s d e i n s t r u m e n t o s q u e g e n e r a n el e s p a c i o . Las c o l u m - se ignora.
nas, las p l a t a f o r m a s , los m u r o s y las c u b i e r t a s . Cada f a m i l i a p r o d u c e c i e r t o t i p o d e e s p a -

Hace pocos
milenios los
seres h u m a n o s
descubrieron que
n o era necesario
buscar para
encontrar espacios
adecuados donde
vivir sino q u e era
posible hacerlos.
El uso correcto d e
los instrumentos y
la a d e c u a d a
relación e n t r e e l l o s
son factores
determinantes para
generar espacios
enriquecedores
y secuencias
a t r a c t i v a s y así
ejercer con
dignidad el oficio
d e l a composición
arquitectónica.
C Í O b á s i c o : las c o l u m n a s , e s p a c i o s e n t o m o a ellas; los m u r o s lo p r o d u c e n a n t e o tras
ellos; las p l a t a f o r m a s g e n e r a n el e s p a c i o s o b r e ellas y las c u b i e r t a s b a j o ellas. En c o n -
secuencia, abarcan el f e n ó m e n o c o m p l e t o d e l e s p a c i o t r i d i m e n s i o n a l , a b a j o o arriba, a
los l a d o s , al f r e n t e o atrás.
C a d a una d e estas familias i n c l u y e una serie d e variantes, unas más c o m ú n m e n t e uti-
lizadas q u e otras. En o c a s i o n e s , a u n q u e es p o c o f r e c u e n t e , a p a r e c e a l g u n a i n é d i t a , lo
q u e n o es c o n d i c i ó n para p r o d u c i r una o b r a i n t e r e s a n t e , significativa o d e especial cali-
dad, ya q u e lo f u n d a m e n t a l es la m a n e r a d e c o m p o n e r c o n los i n s t r u m e n t o s , no la n e -
c e s i d a d d e inventar n u e v o s .
A l g u n a s a p l i c a c i o n e s y e j e m p l o s específicos d e los i n s t r u m e n t o s g e n e r a d o r e s d e l
e s p a c i o son las s i g u i e n t e s : d e las c o l u m n a s p o r e j e m p l o , el t ó t e m , el o b e l i s c o , el m i n a -
rete, la t o r r e , el p ó r t i c o . De las p l a t a f o r m a s , el p o d i o , la p i r á m i d e p r e h i s p á n l c a , la esca-
linata, la r a m p a . De los m u r o s , la muralla, la e s q u i n a , el r i n c ó n , el n i c h o . De las cubiertas,
las planas, las inclinadas, las a b o v e d a d a s , las c ú p u l a s .
Usos y casos
Hay'casos q u e i m p l i c a n el uso d e l i n s t r u m e n t o a la m a n e r a d e un solista: c o m o el p o d i o ,
la r a m p a , el t ó t e m , el o b e l i s c o , el m i n a r e t e , la t o r r e o la c ú p u l a ; o t r o s e n c a m b i o se o r g a -
nizan al m o d o d e c o n j u n t o s i n s t r u m e n t a l e s , c o m o es el caso d e las escalinatas, las pirá-
m i d e s prehispánicas o los p ó r t i c o s .
A veces el c o n j u n t o i m p l i c a r e i t e r a c i ó n d e e l e m e n t o s , p o r e j e m p l o el p ó r t i c o ; otras
r e q u i e r e d e c o m b i n a c i ó n , tal es el caso d e la m u r a l l a , la e s q u i n a , el r i n c ó n , el n i c h o , las
c u b i e r t a s inclinadas o las a b o v e d a d a s ; en ocasiones se p l a n t e a la s u p e r p o s i c i ó n , q u e
p u e d e ser sencilla c o m o la r e p e t i c i ó n d e niveles o pisos, g r a d u a l c o m o las p i r á m i d e s
p r e h i s p á n i c a s , o sucesión c o m o las escalinatas.
Las variaciones son i n n u m e r a b l e s si se c o n s i d e r a n los c o m p o n e n t e s d e los i n s t r u m e n -
tos. Por e j e m p l o , e n el caso d e las c o l u m n a s : con o sin b a s a m e n t o , c o n o sin c a p i t e l , ter-
sas o con estrías; p o r su e s t i l o : d ó r i c o , j ó n i c o o c o h n t l o , p o r m e n c i o n a r s ó l o los clásicos;
s e g ú n sus diferencias d e f o r m a : d e sección c u a d r a d a , rectangular, circular, o d e m a t e r i a l :
b a r r o , m a d e r a , m e t a l , p i e d r a , c o n c r e t o , etc.
El uso c o r r e c t o d e los i n s t r u m e n t o s y la a d e c u a d a relación e n t r e ellos son factores
d e t e r m i n a n t e s para g e n e r a r e s p a c i o s e n r i q u e c e d o r e s y secuencias atractivas y así ejer-
cer c o n d i g n i d a d el o f i c i o d e la c o m p o s i c i ó n a r q u i t e c t ó n i c a .
 ÍÍL A I L N r \ M l i : \ T O D E SAYNATSALO
Alvar Aalto, 1949-1952 Es u n caso n o t a b l e
de naturalidad e n
la expresión y e n e l
E l cspiH-io p n r a la coiiiiiiiiclad m a n e j o d e los
medios, tanto d e
composición c o m o
Tierno sauz
d e construcción.
casi o r o , casi ámbar,
casi luz...
José Juan Tablada
El sauz

M a e s t r o d el a n a t u r a l i d a d
El c o n j u n t o d e Saynátsalo, en Finlandia, es e j e m p l o m a g n í f i c o d e un uso sabio d e los ins-
t r u m e n t o s a r q u i t e c t ó n i c o s y d e una particular sensibilidad p o r las relaciones e n t r e los es-
pacios. Es un caso n o t a b l e d e n a t u r a l i d a d en la e x p r e s i ó n y e n el m a n e j o d e los m e d i o s ,
tanto de composición como de construcción.
En un p e q u e ñ o c o n j u n t o d e oficinas m u n i c i p a l e s A a l t o muestra la p o s i b i l i d a d d e ha-
cer una g r a n o b r a sin n e c e s i d a d d e a c u d i r a la escala m o n u m e n t a l ; es capaz d e o f r e c e r
espacios d e r e u n i ó n significativos para la c o m u n i d a d e v i t a n d o la t e n t a c i ó n d e l s i m b o -
lismo; e s t a b l e c e una intensa relación c o n el sitio sin recurrir a m i m e t i s m o s superficiales
Su respeto por
y p r o p o n e una p o d e r o s a c o n v o c a t o r i a d e m o c r á t i c a sin caer e n la d e m a g o g i a .
los v a l o r e s d e la
A a l t o e s c r i b i ó s o b r e Saynátsalo: " U t i l i c é c o m o t e m a p r i n c i p a l el p a t i o p o r q u e d e al- comunidad y
g u n a misteriosa m a n e r a enfatiza el instinto social. En los e d i f i c i o s d e g o b i e r n o el p a t í o s u imaginación
ha p r e s e r v a d o su significación o r i g i n a l d e s d e los días d e la a n t i g u a C r e t a , Grecia y Roma poética, s e
expresan como
a través d e la E d a d M e d i a y el R e n a c i m i e n t o " . N o hay d u d a d e q u e A a l t o sabía leer e n
u n a r e a l aportación
la historia y c o n v e r t i r sus enseñanzas en n u e v o s estímulos. que contribuye
Su b i ó g r a f o , G ó r a n Schildt, piensa q u e este c o n j u n t o p u e d e c o n s i d e r a r s e una sínte- a enriquecer la
cultura y a
sis d e t o d o lo q u e A a l t o sentía q u e era crucial para la t r a d i c i ó n e u r o p e a : d e m o c r a c i a e n
p r o m o v e r la
p e q u e ñ a escala, i n d i v i d u a l i s m o , a r m o n í a c o n la naturaleza, civilizada m o d e r a c i ó n y d e s - vitalidad urbana.
d é n p o r la o s t e n t a c i ó n y los e f e c t o s superficiales.

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1
Ayuntamiento de Saynátsalo, Finlandia.
 Las e d i f i c a c i o n e s se e n c u e n t r a n en m e d i o d e un b o s q u e y son d e ladrillo rojo a p a -
rente. La c o m p o s i c i ó n se organiza en t o r n o a un p a t i o e l e v a d o a l g u n o s m e t r o s s o b r e el
nivel p r e d o m i n a n t e d e l t e r r e n o . El e s q u e m a p r o p o n e un e s p a c i o c o n f i n a d o p o r sus cua-
t r o l a d o s , p e r o a b i e r t o e n d o s d e sus esquinas a través d e las cuales se s u b e para llegar
a é l ; una d e ellas t i e n e una atractiva escalinata con un t r a z o peculiar, más p r ó x i m o al d e
curvas t o p o g r á f i c a s q u e al d e t r a d i c i o n a l e s escalones, q u e aquí son d e tierra y p a s t o c o n
peraltes d e m a d e r a ; la o t r a , p o r c o n t r a s t e , es una escalera c o m ú n , c l a r a m e n t e c o n s t r u i -
da y p e r f i l a d a . El p a t i o se presenta así c o m o un rincón r e c o g i d o y c o t i d i a n o , c o n una
planta e n U, a r m a d o p o r tres e d i f i c a c i o n e s c o n t i n u a s y r e s p a l d a d o p o r una c u a r t a , suelta
y t a n g e n c i a l q u e a b r e los accesos y salidas d e las esquinas, en una d e las cuales el v o l u -
m e n más a l t o d e la sala d e c o n s e j o (que en el lugar es casi una torre) o p e r a c o m o un
r e m a t e y e n la otra a p a r e c e c o m o un a c e n t o .

Las c o n s t r u c c i o n e s d e l c o n j u n t o t i e n e n , d e h e c h o , d o s pisos, p e r o la e l e v a c i ó n d e l
nivel en la plaza p r o d u c e q u e en t o r n o a ella se e l e v e sólo u n o (salvo la sala d e c o n s e -
jo) esta situación p e r m i t e q u e el b o s q u e se e n c u e n t r e s i e m p r e p r e s e n t e , a p a r e c i e n d o
c o m o e n v o l v e n t e d e los e d i f i c i o s y a c e n t u a n d o su presencia en las esquinas.
En el e s p a c i o d e la sala d e c o n s e j o , c o n f i n a d o , í n t i m o e i n t e n c i o n a l m e n t e c e r r a d o ,
A a l t o e v o c a un r e e n c u e n t r o c o n el b o s q u e al d i s e ñ a r las a r m a d u r a s q u e s o p o r t a n la
t e c h u m b r e c o m o ramajes s o b r e los q u e se posara una c u b i e r t a a l a d a . A ese e s p a c i o cul-
m i n a n t e , l u g a r d e r e u n i ó n d e los consejeros m u n i c i p a l e s , se llega p o r una escalera i n t e -
rior q u e va g r a d u a n d o la luz y r e t i r á n d o s e p a u l a t i n a m e n t e d e l c o n t a c t o c o n el e x t e r i o r
hasta llegar a un e s p a c i o t e r m i n a l , c e r r a d o y p e n u m b r o s o q u e invita a la reflexión d e
q u i e n e s d e b e n t o m a r ahí d e c i s i o n e s i m p o r t a n t e s q u e afectarán a la c o m u n i d a d .
En Saynátsalo se resuelve un p r o g r a m a m i x t o ya q u e , a más d e las oficinas m u n i c i -
pales, el c o n j u n t o incluye una b i b l i o t e c a , a l g u n o s locales c o m e r c i a l e s y v i v i e n d a para
e m p l e a d o s ; p l a n t e a f u n c i o n e s variadas q u e p r o p o n e n diversas escalas y las a t i e n d e
t o d a s , c o m o se muestra e n la atractiva s o l u c i ó n d e la m a n g u e t e r i a d e m a d e r a en las
ventanas d e la b i b l i o t e c a , en d o n d e un t r a t a m i e n t o vertical y un r i t m o irregular las trans-
f o r m a en una m e l o d í a q u e resuena c o m o un e c o c e r c a n o d e l b o s q u e d i s t a n t e .

L a m a g i a d el a s t r a n s i c i o n e s
Las o b r a s d e A a l t o p l a n t e a n d e un m o d o persistente y resuelven d e un m o d o feliz el p r o -
b l e m a d e la relación e n t r e los espacios q u e crea y los e s p a c i o s en los q u e la o b r a se
e n c u e n t r a . P r o p o n e n la n e c e s i d a d d e resolver, en c u a l q u i e r caso, en c u a l q u i e r p r o g r a -
ma, en c u a l q u i e r lugar, la t r a n s i c i ó n e n t r e el e x t e r i o r y el interior y las articulaciones entre
t o d a s las p a r t e s d e la o b r a . M u e s t r a n con e v i d e n c i a q u e en el a c i e r t o d e esas articu-
laciones radica g r a n p a r t e d e l é x i t o para lograr q u e la a r q u i t e c t u r a a d q u i e r a valores
i d e n t i f i c a b l e s y p e r t e n e z c a y se i n t e g r e a su l u g a r Para c u m p l i r este p r o p ó s i t o utiliza con
frecuencia una c o m p o s i c i ó n q u e p u e d e calificarse c o m o g r a d u a l . Pasa con f l u i d e z d e l

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d e n t r o al f u e r a , d e lo c o n s t r u i d o a lo a r m a d o , d e la m a m p o s t e r í a a la m a d e r a , d e lo d u r o
a lo suave, d e lo p r e c i s o a lo b o r r o s o , d e lo c o l a d o a lo a t a d o , d e la g e o m e t r í a o r t o g o -
nal al trazo libre, o r g a n i z a d o d e m a n e r a c o n t i n u a y c o n s i s t e n t e , t a n t o e n planta c o m o
en c o r t e o en e l e v a c i ó n , t a n t o en las escalas m e d i a s y m a y o r e s c o m o en los d e t a l l e s .
C o n esta m a n e r a d e estructurar la c o m p o s i c i ó n , q u e t i e n d e a diluirse d e l c e n t r o hacia
la pehferia y q u e subraya y a c e n t ú a las zonas d e c a m b i o , es c o m o A a l t o , casi s i e m p r e ,
resuelve estos p r o b l e m a s .
En la mayoría d e los casos sus e d i f i c a c i o n e s t i e n e n un perfil particular e i d e n t i f i c a b l e
q u e c o n t h b u y e a e s t a b l e c e r un b o r d e y una f r o n t e r a c o n el á m b i t o q u e la c i r c u n d a , q u e
f a v o r e c e un trazo libre y un t r a t a m i e n t o naturalista d e las f o r m a s p e r o t a m b i é n p r o p i c i a
y g e n e r a una relación intensa y una suerte d e fusión e n t r e l a z a d a c o n su e n t o r n o . D e m a -
nera similar utiliza las escalinatas para estructurar los accesos q u e g r a d ú a n las relaciones
d e l e d i f i c i o con la tierra.
M u c h o s e d i f i c i o s d e Alvar A a l t o t i e n e n un p r i n c i p i o , un c u e r p o básico, y un t é r m i n o ,
sólo q u e , a d i f e r e n c i a d e l p l a n t e a m i e n t o t r a d i c i o n a l , e s t o no se subraya con m o l d u r a s ,
b a s a m e n t o s o e s t r i a d o s sino con relaciones, a r t i c u l a c i o n e s y transiciones d e diversas es-
calas e n t r e la o b r a , el sitio en el q u e se e n c u e n t r a , los e s p a c i o s q u e la r o d e a n y los m a t i -
ces d e la luz q u e la e n v u e l v e n .
O t r o a s p e c t o característico en su t r a b a j o es la a t e n c i ó n q u e presta a la s o l u c i ó n i n t e -
gral d e los p r o b l e m a s . D e s d e sus d i s e ñ o s d e o b j e t o s (cuchillería, cristalería, t e l a s , l á m -
paras, etc.), sus m u e b l e s , los c o m p o n e n t e s d e sus e d i f i c i o s (las manijas para abrir las
p u e r t a s o los p a s a m a n o s d e sus escaleras, p o r sólo m e n c i o n a r algunos) hasta la estruc-
tura d e los v o l ú m e n e s , los espacios y las secuencias d e r e c o r r i d o , las relaciones con el
paisaje — n a t u r a l o u r b a n o — y el r e c o n o c i m i e n t o c e r t e r o d e l p a p e l q u e la e d i f i c a c i ó n
r e a l m e n t e p u e d e j u g a r en el c o n t e x t o . Sus edificios en el c e n t r o d e Helsinki son un claro
e j e m p l o d e r e s p e t o p o r las c o n d i c i o n e s d e las c o n s t r u c c i o n e s vecinas, no d e m a n d a n
a t e n c i ó n e s p e c i a l , n o e x i g e n c o n d i c i ó n y l u c i m i e n t o d e solista ni I n t e n t a n a l t e r a c i o n e s
radicales d e la t r a m a o d e la i m a g e n u r b a n a . Son edificios q u e p a r e c e n buscar una p e r t e -
nencia d i g n a y a n ó n i m a más q u e una n o t o ñ a y r e a f i r m a d a p r e s e n c i a . Son pues un m o d o
m a g n í f i c o d e l o g r a r q u e la o b r a se lea, se a p r e c i e y se e n c u e n t r e , real y v e r d a d e r a m e n -
t e , en su l u g a r

Su c o n c i e n c i a d e los e f e c t o s d e la a r q u i t e c t u r a en la c i u d a d , su r e s p e t o p o r los v a l o -
res d e la c o m u n i d a d y su i m a g i n a c i ó n p o é t i c a se manifiestan n o c o m o una e x p r e s i ó n
i n d i v i d u a l a u t o c o m p l a c i e n t e (actitud q u e hoy, p o r d e s g r a c i a , p a r e c e estar e n b o g a ) sino
c o m o una real a p o r t a c i ó n q u e c o n t h b u y e a e n r i q u e c e r la cultura y a p r o m o v e r la v i t a l i -
d a d urbana.
A a l t o es un e x t r a o r d i n a r i o a r q u i t e c t o ; Saynátsalo, una e s p l é n d i d a l e c c i ó n .
 Los espacios y las secuencias

Para leer el espacio

Se ha d i c h o q u e el e s p a c i o es a la a r q u i t e c t u r a lo q u e el s o n i d o es a la música, o sea
q u e el e s p a c i o es la sustancia f u n d a m e n t a l d e l q u e h a c e r a r q u i t e c t ó n i c o . Es en el e s p a -
cio, sea e n c o n t r a d o o c r e a d o , natural o a r q u i t e c t ó n i c o , q u e los seres h u m a n o s nos m o -
vemos y somos.
Para leer a d e c u a d a m e n t e el e s p a c i o c o n v i e n e p l a n t e a r s e algunas p r e g u n t a s básicas.
¿Cuáles son las características d e los i n s t r u m e n t o s q u e lo i n t e g r a n y los t i p o s d e es-
pacio que generan?
¿Cuál es la estructura d e las secuencias y los e s q u e m a s c o m p o s i t i v o s q u e p r o d u c e n ?
¿Cuál es el o r d e n q u e e s t a b l e c e n los e s q u e m a s ?
¿Cuáles son los e f e c t o s d e luz y s o m b r a s o b r e los i n s t r u m e n t o s y los espacios?
¿Cuáles son las características d e l c o n t e x t o en el q u e se e n c u e n t r a n y la relación d e
los e l e m e n t o s c o n su c o n t e x t o ?
En o c a s i o n e s la r e f l e x i ó n e n t o r n o a e s t o s t e m a s c o n d u c i r á a o b t e n e r r e s p u e s t a s
d i f í c i l e s , c o m p l e j a s y aún c o n t r a d i c t o r i a s , p e r o el e j e r c i c i o resultará casi s e g u r a m e n t e
e n r i q u e c e d o r y m o s t r a r á p o s i b i l i d a d e s e s t i m u l a n t e s y f a v o r e c e d o r a s e n el p r o c e s o
creativo.

L a a r q u i t e c t u r a , l a música y l a d a n z a
El r e c o n o c i m i e n t o d e su estructura y el a p r e c i o d e los m a t i c e s en las secuencias r e q u i e r e
d e e x p e r i e n c i a y a p r e n d i z a j e c o n t i n u o s . D a d o q u e la o b r a a r q u i t e c t ó n i c a es material y
estable, es el e s p e c t a d o r o el usuario q u i e n d e b e m o v e r s e , q u i e n p u e d e transitar o d e -
m o r a r s e e n sus e s p a c i o s , q u i e n e l i g e las alternativas y el o r d e n d e los r e c o r r i d o s . Es él
q u i e n f i n a l m e n t e e s t a b l e c e el r i t m o d e la vivencia. Pero esa insólita l i b e r t a d q u e la a r q u i -
t e c t u r a o f r e c e a a q u e l l o s q u e la e x p e r i m e n t a n está precisa y f í s i c a m e n t e c o n d i c i o n a d a
en cada o b r a . Cada caso p r o p o n e un r e p e r t o r i o d e p o s i b i l i d a d e s y marca unas l i m i t a c i o -
nes particulares al m o v i m i e n t o ; p o r d ó n d e es o n o es p o s i b l e entrar o salir, c o m u n i c a r s e
o no d e un lugar a o t r o , v e r o no ver o t r o s e s p a c i o s , etc.
La c o n o c i d a y bella referencia m e t a f ó r i c a d e la a r q u i t e c t u r a c o m o "música c o n g e l a -
da" no r e c o n o c e la p e c u l i a r d i n á m i c a q u e su a p r e c i o solicita.
 En la música el m o v i m i e n t o p e r t e n e c e a la o b r a y la q u i e t u d al a u d i t o r i o , salvo si q u i e -
El e s p a c i o e s a la
nes la e s c u c h a n se m u e v e n y e n t o n c e s la c o n v i e r t e n en d a n z a . En la a r q u i t e c t u r a s u c e d e
arquitectura l o que
el s o n i d o e s ala
lo inverso, la o b r a es s i e m p r e e s t a b l e y es el e s p e c t a d o r el q u e d e b e ser d i n á m i c o , n o
música. s ó l o d e b e escucharla sino n e c e s a r i a m e n t e danzar e n ella, ya q u e si se m a n t i e n e i n m ó v i l
p e r c i b i r á ú n i c a m e n t e f r a g m e n t o s c o n g e l a d o s , c o m o en las f o t o g r a f í a s .

Los e s q u e m a s y e lorden compositivo

De a c u e r d o a los i n s t r u m e n t o s q u e se u t i l i c e n , a la f o r m a c o m o se r e l a c i o n e n e n t r e sí,
al t i p o d e e s p a c i o s q u e g e n e r e n y las secuencias q u e o r g a n i c e n , es p o s i b l e d e t e c t a r la
existencia d e una serie d e e s q u e m a s q u e c o n f o r m a n un r e p e r t o r i o básico u t i l i z a d o en
numerosas obras d e la arquitectura d e t o d o s los t i e m p o s . C o n o c e r l o s y estudiar sus carac-
terísticas es d e g r a n a y u d a para a p r e n d e r las bases d e la c o m p o s i c i ó n , para c o n o c e r y
d o m i n a r el o f i c i o y para iniciar los p r o c e s o s d e p r o y e c t o , ya q u e en d i c h o s e s q u e m a s se
c o n c e n t r a una b u e n a p a r t e d e los p r o b l e m a s q u e son c o n s t a n t e s en a r q u i t e c t u r a asi
c o m o d e los p r i n c i p i o s d e s o l u c i ó n mas f r e c u e n t e s .
C a d a e s q u e m a presenta una serie específica d e p o s i b i l i d a d e s d e uso y d e l i m i t a -
c i o n e s en su d e s a r r o l l o . C o n v i e n e c o n o c e r l a s y analizarlas, ya q u e serán c o n s t a n t e s en
c u a l q u i e r o c a s i ó n e n q u e se elija ese e s q u e m a , al m a r g e n d e l t e m a q u e haya d a d o ori-
g e n a su e l e c c i ó n . C a d a u n o p l a n t e a un o r d e n q u e es n e c e s a r i o r e s p e t a r para l o g r a r con
él los m e j o r e s resultados.
El o r d e n d e los esquemas será un " p u n t o d e p a r t i d a " para la c o m p o s i c i ó n , no una solu-
ción preestablecida, ni m u c h o m e n o s un o b j e t i v o o meta a conseguir. Detectar el o r d e n d e
cada e s q u e m a equivale a reconocer las reglas básicas d e l j u e g o q u e se ha d e c i d i d o j u g a r

L i b e r t a d e s y límites
Si el o b j e t i v o clave d e la a r q u i t e c t u r a es g e n e r a r e s p a c i o s , el p r o b l e m a es q u e para ha-
cerlo es n e c e s a h o p o n e r límites, y si b i e n los límites c o n t r i b u y e n a d e f i n i r l o p o r e l l o mis-
m o lo c o n d i c i o n a n y lo i m p o n e n .
A l d e l i m i t a r los e s p a c i o s se g e n e r a n o b s t á c u l o s p e r o t a m b i é n se precisan l i b e r t a d e s
y m o d o s d e e x p e r i m e n t a r l o s . Se d e t e r m i n a n p o s i b i l i d a d e s d e acceso o d e salida, se d e -
f i n e una d i r e c c i o n a l i d a d o una p r o p u e s t a d e a m b u l a t o r i a , una c o n d i c i ó n t e r m i n a l , d e ar-
La c o n o c i d a y ticulación o de comunicación.
bella referencia La m a n e r a c o m o se p r o p o n e el r e c o r r i d o d e los e s p a c i o s y las secuencias q u e se
metafórica d e l a
organizan para q u e esos r e c o r r i d o s se lleven a c a b o es lo q u e , f i n a l m e n t e , estructura las
arquitectura c o m o
música congelada características d e cada o b r a . Es, en síntesis, lo q u e e s t a b l e c e c ó m o p o d r á m o v e r s e la
no reconoce la g e n t e e n la o b r a a r q u i t e c t ó n i c a , c ó m o se usa d e un m o d o sensato y e f i c i e n t e , q u é p o s i -
p e c u l i a r dinámica b i l i d a d e s o f r e c e d e e n r i q u e c e r la e x p e ñ e n c i a , d e p r o f u n d i z a r en la c o m p r e n s i ó n d e las
q u e su aprecio
relaciones d e la o b r a c o n su e n t o r n o , d e p e r c i b i r sus m e l o d í a s , sus r i t m o s y sus a c o r d e s
solicita.
para i n c r e m e n t a r la s e n s i b i l i d a d d e q u i e n e s la r e c o r r e n .
 Los e s p a c i o s y las secuencias en a r q u i t e c t u r a p l a n t e a n s i e m p r e una d o b l e escala: la
Si e l o b j e t i v o c l a v e
q u e c o r r e s p o n d e a la o b r a m i s m a y la q u e p e r t e n e c e al sitio e n el q u e se e n c u e n t r a .
d e la arquitectura
Esta última es s i e m p r e m a y o r q u e a q u é l l a , p o r lo cual, en casi t o d o s los casos, será d o m i - es generar
n a n t e , p o r esa razón es m u y i m p o r t a n t e o b s e r v a r sus características y r e c o n o c e r sus espacios, el
e f e c t o s s o b r e la o b r a q u e se d e s e a edificar en el sitio, es necesario analizarlos c o n e s p e - p r o b l e m a es q u e
para hacerlo
cial s e n s i b i l i d a d y c u i d a d o para d e c i d i r el s e n t i d o g e n e r a l q u e t e n d r á la c o m p o s i c i ó n d e
es necesario
la o b r a y precisar la relación q u e p o d r á e s t a b l e c e r c o n su c o n t e x t o . p o n e r limites.

Diálogo y c o n t r a s t e . S o l i s t a s y o r q u e s t a
Es posible inclinarse p o r el d i á l o g o y p r o p o n e r q u e los espacios y las secuencias d e la o b r a
se estructuren c o m o un eco d e los q u e se presentan en el c o n t e x t o — c o m o sucede en
Teotihuacán, en M o n t e A l b á n y en un b u e n n ú m e r o d e c o n j u n t o s p r e h i s p á n i c o s — o
p u e d e optarse p o r una c o m p o s i c i ó n q u e establezca un contraste entre la arquitectura y el
l u g a r — c o m o en el caso d e un c o n j u n t o amurallado, d e una edificación alta y esbelta en un
paisaje p l a n o o d e una suelta y aislada en un c o n t e x t o u r b a n o d e calles encauzadas y cons-
t r u c c i o n e s continuas. Cualquiera q u e sea la d e c i s i ó n q u e se haya t o m a d o en el p r o y e c t o ,
existirá una interacción entre la obra y el sitio q u e p o d r á resultar t a n t o más a d e c u a d a
cuanto más afinada haya sido la p e r c e p c i ó n y el r e c o n o c i m i e n t o d e las características d e l
lugar y más claramente c o m p r e n d i d a la escala q u e p o d r á prevalecer c o m o d o m i n a n t e .
Hay ocasiones en las q u e , p o r e j e m p l o , la escala d e la o b r a es insuficiente para controlar o
d o m i n a r la preexistente, o la edificación no p o s e e la suficiente significación c o m o para in-
tentarlo. Tratar en esas circunstancias d e realizar una obra " o r i g i n a l " c o n d u c e , casi siempre,
al fracaso. De h e c h o , la mayoría d e las veces, la vocación d e la o b r a es más la d e f o r m a r
parte d e l coro o d e la orquesta q u e la d e actuar c o m o un solista p r o t a g ó n i c o . Reconocer
y aceptar el papel q u e c o r r e s p o n d e a la o b r a en su c o n t e x t o hace más p r o b a b l e un resul-
t a d o d i g n o , apreciable y significativo q u e p r e t e n d e r luchar con él para i m p o n e r s e .

T a m b i é n está la d e c i s i ó n r e s p e c t o a las relaciones e n t r e los espacios: si serán d i r e c -

tas, articuladas, o r i e n t a d o r a s , laberínticas o en transiciones g r a d u a l e s .
Las t r a n s i c i o n e s p o d r á n hacerse c o n los i n s t r u m e n t o s , con sus colores y sus t e x t u r a s ,
c o n los matices d e l e s p a c i o y d e la luz, la s o m b r a y las p e n u m b r a s o con el t r a t a m i e n t o
d e los niveles. Si se realizan c o n los espacios las respuestas p r i n c i p a l e s serían las rela-
c i o n e s e n t r e los e s p a c i o s i n t e r n o s ( c o r r e d o r e s , pasillos, puertas), las d e l e x t e r i o r c o n el
i n t e n o r (vestíbulos, u m b r a l e s , p ó r t i c o s , ventanas), las d e l a b a j o con el arhba (escaleras, L a mayoría d e l a s
r a m p a s , elevadores) y las q u e c o n d u c e n d e lo p ú b l i c o a lo p r i v a d o (de la calle al z a g u á n , v e c e s , l a vocación
d e l a o b r a e s más
al p a t i o , al corredor, a los salones, a los servicios y a las recámaras).
la d e f o r m a r p a r t e
Todas estas relaciones e s t r u c t u r a n secuencias y t r a y e c t o r i a s , d e m o r a s y estancias del coro o d e la
p o s i b l e s a través d e los espacios y d e los i n s t r u m e n t o s ; p r o p o n e n e x p e r i e n c i a s variadas o r q u e s t a q u e la d e
actuar c o m o u n
d e i l u m i n a c i ó n , d e s o n o r i d a d e s y d e o l o r e s d i v e r s o s , y o f r e c e n á m b i t o s p r o p i c i o s para
s o l i s t a protagónico.
m ú l t i p l e s a c t i v i d a d e s d e los seres h u m a n o s .
 Ejemplos d e buenas maneras
E n a r q u i t e c t u r a las
Hay r e c o r r i d o s q u e se m a n t i e n e n a nivel, o q u e p r e s e n t a n leves ascensos y d e s c e n s o s
respuestas son
múltiples aún
c o m o e n T e o t i h u a c á n . P u e d e n ser r o t u n d o s , lineales, d i r e c c i o n a l e s , p l a n t e a r g i r o s , p r o -
cuando siempre p o n e r a l t e r n a t i v a s , ser — o p a r e c e r — casuales, azarosos o l a b e r í n t i c o s , insistir en r e m a -
surgen d e atender t e s e v i d e n t e s , o p r o v o c a r sorpresas i n e s p e r a d a s , organizar a p r o x i m a c i o n e s g r a d u a l e s ,
a las m i s m a s
apariciones o desapahciones.
preguntas, pero
sólo c u a n d o l o g r a n En Tikal d e s p u é s d e o f r e c e r una serie d e e x p e r i e n c i a s q u e van d e s d e la visión c o n -
responder au n f i n a d a , la c o n s t a n t e p e n u m b r a y las sensaciones táctiles, se o f r e c e el c o n t r a s t e v i o l e n t o
t i e m p o a varias d e
e i n e s p e r a d o d e un claro l u m i n o s o en m e d i o d e la selva y la p o s i b i l i d a d d e una s e c u e n -
estas mismas
interrogantes cia vertical d e ascenso a las altas p i r á m i d e s , la d e s a p a h c i ó n d e la c u b i e r t a v e g e t a l y la
resultan s o r p r e n d e n t e presencia d e la b ó v e d a celeste y el h o r i z o n t e lejano.
interesantes y
En Saynátsalo d e una m a n e r a , en el Instituto Salk d e o t r a , A a l t o y Kahn c o n f i n a n es-
m e r e c e la pena
d e m o r a r s e e n ellas.
p a c i o s c o n i n s t r u m e n t o s , f o r m a s , recursos y m a t e r i a l e s m u y d i f e r e n t e s , m a n e j a n escalas
c l a r a m e n t e d i s t i n t a s , o r g a n i z a n secuencias y p o s i b i l i d a d e s específicas d e r e c o r h d o . Sin
e m b a r g o a m b o s d e c i d e n , en p r i n c i p i o , lo m i s m o : c o m p o n e r en t o r n o a un e s p a c i o c e n -
tral ¿ p a t i o , plaza, calle, p a s e o ?
En a r q u i t e c t u r a las respuestas son m ú l t i p l e s aún c u a n d o s i e m p r e s u r g e n d e a t e n d e r
a las mismas p r e g u n t a s , p e r o s ó l o c u a n d o l o g r a n r e s p o n d e r a un t i e m p o a varias d e es-
tas mismas i n t e r r o g a n t e s resultan d e interés y m e r e c e la p e n a d e m o r a r s e en ellas.

Instituto Salk, La Jolla, California,

 EL INSTITUTO S A L K
Las edificaciones
Louis I. K a h n , 1959-19Ó5
celebran y
e n m a r c a n la franja
Uiiíi o b r a p a r a l a coiileitiplacióii visible d e ese m a r y
lo convierten e n
una placa q u e s e
En e l rigor del v a s o q u e la aclara,
l e v a n t a c o m o si
el a g u a t o m a f o r m a
fuera un m u r o azul
-—ciertamente, que confinara
José Gorostiza el espacio,
Muerte sin fin otorgándole u n a
condición íntima
y reflexiva.

L a l e c t u r a múltiple
Transitar p o r la o b r a q u e Louis Kahn g e n e r ó para el Instituto Salk en La Jolla, C a l i f o r n i a ,
es una e x p e r i e n c i a i n o l v i d a b l e . La riqueza d e sus e s p a c i o s , el p r o d i g i o s o c u i d a d o q u e
d e d i c ó a t o d a s las escalas, su a f e c t u o s a a t e n c i ó n a los d e t a l l e s , los j u e g o s d e luces y
s o m b r a s , los sutiles a c e n t o s q u e i n c o r p o r a c o n el agua o la m a n e r a c o m o m u e s t r a el
mar, son a p e n a s a l g u n o s d e los m o t i v o s q u e c o n d u c e n al a s o m b r o , p r o v o c a n vivencias
p r o f u n d a s y d e s p l i e g a n un r e p e r t o r i o e x t e n s o d e enseñanzas s o b r e las q u e c o n v i e n e
d e m o r a r s e ya q u e c o m o t o d a s las o b r a s maestras, el Instituto Salk p r o p o n e d e m a n e r a
a d m i r a b l e , m ú l t i p l e s p o s i b i l i d a d e s d e lectura.
A s e n t a d o s o b r e una extensa y e l e v a d a p l a t a f o r m a rocosa q u e es una g r a n terraza
q u e mira al mar, el c o n j u n t o está f o r m a d o b á s i c a m e n t e p o r d o s e d i f i c a c i o n e s p r i s m á t i -
cas, largas y paralelas q u e alojan los l a b o r a t o r i o s c o n sus instalaciones y c o n f o r m a n un
e s p a c i o q u e p u e d e apreciarse c o m o plaza a l a r g a d a , c o m o calle a m p l i a , c o m o p a t i o ínti-
mo, c o m o terraza o c o m o g r a n b a l c ó n . Se trata d e un espacio i n t e n s a m e n t e d i r e c c i o n a l
q u e lanza la mirada hacia un h o r i z o n t e q u e se abre hacia el mar. Las edificaciones cele- K a h n enfrenta a los
b r a n y e n m a r c a n la franja visible d e ese mar y lo c o n v i e r t e n en una placa q u e se levanta naranjos con el
mar, alverde oro
c o m o si fuera un m u r o azul q u e confinara el lugar, o t o r g á n d o l e una c o n d i c i ó n íntima y
con e lv e r d e azul.
reflexiva. Se ingresa p o r un h u e r t o bajo d e naranjos q u e se transforma en un m u r o v e r d e
álll^2ÍH!&hd^kll!Lll«l^;iyÜ!Í¡briliil¿H4Ú!yidiitillil
 q u e acaba d e a r m a r esa c a l l e - p a t i o - p l a z a . C o n d o s e l e m e n t o s c o n s t r u i d o s y d o s natura-
El I n s t i t u t o S a l k
les, Kahn estructura un á m b i t o e s p l é n d i d o q u e o f r e c e una rica g a m a d e atractivos.
propone, d e
manera admirable, Los e d i f i c i o s n o p r e s e n t a n un p a r a m e n t o c o n t i n u o , ya q u e f r e n t e a ellos a p a r e c e una
múltiples serie d e e s b e l t o s v o l ú m e n e s q u e alojan los cubículos d e los i n v e s t i g a d o r e s y se p l a n t a n
posibilidades c o m o una sucesión d e t o r r e s . C o n ellas se organiza un p o d e r o s o r i t m o q u e t r a n s f o r m a
d e lectura.
el e s p a c i o hasta c o n v e r t i r l o en cauce p o r t i c a d o , se c o n f i g u r a una e s p e c i e d e g r a n c o -
l u m n a t a q u e se separa d e l c u e r p o p h n c i p a l y p r o v o c a un r i t m o d e masas, claroscuros,
p ó r t i c o s y l o g g i a s d e varias escalas q u e e n r i q u e c e n los p a r a m e n t o s d e un m o d o insóli-
t o y s o r p r e n d e n t e . Puede c o n c e b i r s e c o m o una serie d e capas e n v o l v e n t e s d e la masa
c o m p a c t a d e los v o l ú m e n e s p r i s m á t i c o s . Las torres son d e una g e o m e t r í a rigurosa p e r o
n o o r t o g o n a l , lo q u e g e n e r a u n o s perfiles a g u d o s y un atractivo r i t m o d e s o m b r a s q u e
se p r o y e c t a n s o b r e el p a v i m e n t o d e la plaza.
R e c o r r i e n d o el c o n j u n t o d e s d e el acceso hacia el mar, la e x p e r i e n c i a d e ese e s p a c i o
muestra una sucesión d e placas ciegas c o n s t r u i d a s en un c o n c r e t o t e r s o , c u i d a d o s o y
r e f i n a d o ; se q u i e b r a n en d i a g o n a l para c o n v e r t i r s e en una sene d e placas g i r a d a s q u e
c o n t i e n e n el e s p a c i o p e r o al m i s m o t i e m p o lo c o n d u c e n hacia el mar d i s t a n t e . En s e n t i -
d o o p u e s t o , la visión q u e se remata p o r el m u r o v e r d e d e l follaje d e los naranjos e n c u e n -
tra una escala más c o t i d i a n a , ya q u e los v o l ú m e n e s se p e r f o r a n c o n terrazas e n niveles
a l t e r n o s , a p a r e c e n la ventanería y los p r e t i l e s e n m a d e r a , y se sugiere la presencia d e
p e r s o n a s t r a b a j a n d o e n sus c u b í c u l o s p r i v a d o s , q u e les p e r m i t e n , igual q u e al v i s i t a n t e ,
disfrutar en p r i m e r t é r m i n o d e l e s p a c i o d e la plaza y c u l m i n a r a la distancia c o n la vista
d e l m a r Las c o l u m n a s - t o r r e a p a r e c e n c o m o c e n t i n e l a s y o b s e r v a d o r e s alerta d e l mar y
p r o m u e v e n una reflexión q u e p r e l u d i a el p r o c e s a m i e n t o y la c o m p r o b a c i ó n d e las inves-
t i g a c i o n e s e n los l a b o r a t o r i o s .

El e s p a c i o d e n t r o d e l espacio
C o n f r e c u e n c i a , y c o n e s p e c i a l maestría, Kahn g u s t a b a d e usar este m o d o d e c o m p o -
ner, q u e d i s t i n g u e y separa v o l ú m e n e s y e s p a c i o s d e usos d i v e r s o s , para l u e g o a r t i c u -
larlos e n t r e si. L i t e r a l m e n t e e n v u e l v e v o l ú m e n e s y e s p a c i o s c o n o t r o s m a y o r e s q u e los

I n s t i t u t o S a l k , La J o l l a , C a l i f o r n i a .
 c o n t i e n e n , p r o v o c a n d o así una m u y i n t e r e s a n t e g r a d u a c i ó n d e escalas, t r a b a j a n d o c o n
series d e f o r m a s e m p a r e n t a d a s y m a t i z a d a s m a g i s t r a l m e n t e p o r luces y s o m b r a s . El c o n - La o b r a n a c e ,
se desarrolla y se
j u n t o o r i g i n a l , l a m e n t a b l e m e n t e n o r e a l i z a d o , incluía un g r u p o d e e d i f i c i o s q u e Kahn
experimenta como
había p r e v i s t o para alojar la zona d e r e u n i o n e s y c o n g r e s o s c o n v o c a d o s p o r el I n s t i t u t o ; consecuencia del
ahí se e n c o n t r a b a n espacios y f o r m a s cilindricas d e n t r o d e prismas rectangulares, d e respeto yla
admiración a n t e
prismas d e n t r o d e cilindros q u e a su vez p u e d e n r e p e t i r s e para e n v o l v e r y c o n t e n e r
las m a r a v i l l a s
otras f o r m a s y e s p a c i o s m a y o r e s . Variaciones, giros, inversiones, t o d o un f a s c i n a n t e re- del sitio.
p e r t o r i o d e esta m a n e r a d e c o m p o n e r t a n p e r s o n a l c o m o i n t e r e s a n t e y p r o m e t e d o r a .
Kahn enfrenta a los naranjos c o n el mar, al v e r d e oro c o n el v e r d e azul, al h u e r t o afa-
b l e y p r ó x i m o c o n el h o h z o n t e m a j e s t u o s o y d i s t a n t e . Se a p o y a e n la i n t i m i d a d c o t i d i a -
na y la p o n e a d i a l o g a r con la s o l e m n i d a d i m p o n e n t e . P r o x i m i d a d táctil y lejanía visual

I
enmarcadas por la c o n t u n d e n c i a d e las masas, la dureza d e las superficies d e c o n c r e t o , m a -
tizada p o r el j u e g o d e luz y d e s o m b r a e n la c o n t i n u i d a d d e un p a v i m e n t o q u e a c e n t ú a
su d i n á m i c a c o n un f i n o canal d e agua q u e corre al c e n t r o y q u e con su leve fluir o t o r g a
al e s p a c i o esa i n t i m i d a d q u e lo c o n v i e r t e en p a t i o , sensación q u e se a c e n t ú a p o r la e l e -
g a n t e a u s t e r i d a d y la inclinación d e los m u r o s c i e g o s q u e en esa d i r e c c i ó n p r e d o m i n a n .
La p l u r a l i d a d d e ofertas no t e r m i n a a ú n , ya q u e el sitio t a m b i é n p u e d e e n t e n d e r s e
c o m o una g r a n terraza, c o m o un m a j e s t u o s o b a l c ó n hacía el mar o c o m o una p l a t a f o r m a
q u e — a la m a n e r a p r e h i s p á n l c a — g e n e r a un á m b i t o c o n t e n e d o r d e las e d i f i c a c i o n e s .
Un e s p a c i o rico y a la vez vital y c o n t r a d i c t o h o . Se d e f i n e c o n d o s largos e l e m e n t o s
c o n s t r u i d o s , paralelos y a r t i c u l a d o s al e s p a c i o p o r una t r a n s i c i ó n p o r t i c a d a . Se c o n f i n a ,
e n una c a b e c e r a , c o n e l e m e n t o s v e g e t a l e s y e n la otra se a b r e hacia el mar p e r o t a m -
b i é n se cierra c o n él al m o s t r a r l o c o m o una placa q u e se levanta en el h o r i z o n t e . Un es-
p a c i o c o n c e b i d o para estar e n él y para v e r y a d m i r a r sus c o m p o n e n t e s q u e e n t r e t e j e n
lo natural c o n lo a r q u i t e c t ó n i c o , p e r o t a m b i é n un e s p a c i o q u e invita a la r e f l e x i ó n y al
p e n s a m i e n t o . Kahn ha g e n e r a d o una o b r a cuya presencia I m p o n e y c o n v e n c e , d e s c u b r e
y c o n m u e v e al m i s m o t i e m p o . Una a r q u i t e c t u r a q u e se asienta en un e s p l é n d i d o lugar
natural y logra p e r t e n e c e r y d i a l o g a r c o n é l , p e r o t a m b i é n t r a n s f o r m a r l o c o n una per-
c e p c i ó n p r o f u n d a d e la escala y c o n un d e l i c a d o e q u i l i b r i o e n t r e la fuerza c o n t u n d e n t e

Instituto Salle, La Jolla, California.

d e la naturaleza y la o b r a realizada p o r el h o m b r e . T o d o esto sin v i o l e n t a r los usos, sin
d e s c o n o c e r o i g n o r a r las a c t i v i d a d e s , las c o n d i c i o n a n t e s y las n e c e s i d a d e s q u e d a n o r i -
g e n a la c o n s t r u c c i ó n . N o se trata d e una propuesta f u n d a m e n t a d a en valores abstractos,
en c o n c e p t o s sofisticados, en c o n s i d e r a c i o n e s esteticistas, en i m á g e n e s d e v a n g u a r d i a
o en p r o p ó s i t o s obsesivos d e o r i g i n a l i d a d . La o b r a n a c e , se desarrolla y se e x p e r i m e n -
ta c o m o c o n s e c u e n c i a d e l r e s p e t o y la a d m i r a c i ó n a n t e las maravillas d e l sitio, el i m p u l -
so a p a s i o n a d o p o r crear una o b r a q u e l o g r e p e r t e n e c e r a ese lugar, q u e sepa estar
" a h í " , "así", y la generosa m o d e s t i a para reconocer q u e quienes van a trabajar y a acudir
a esos espacios m e r e c e n gozarlos y apreciarlos d e la m e j o r manera p o s i b l e .

L a poética s a b i a , s e n s i b l e y modesta
La m o d e s t i a d e K a h n , a u n a d a a su s e n s i b i l i d a d , se c o n f i r m a c o n una h e r m o s a y s i g n i -
ficativa historia. S o r p r e n d i d o s al c o n o c e r la o b r a d e Luis B a r r a g á n , Salk y Kahn d e c i d i e -
ron m o s t r a r l e el p r o y e c t o para consultarle sobre el t r a t a m i e n t o d e l p a t i o — o r i g i n a l m e n t e
p r o y e c t a d o c o m o un e s p a c i o a r b o l a d o . Barragán sugirió q u e se m a n t u v i e r a libre y sin
o b s t á c u l o s visuales hacia el m a r Kahn lo a c e p t ó , e n t e n d i e n d o q u e así se acentuarían sus
v a l o r e s espaciales, se haría más e x p l í c i t o el d i á l o g o c o n el lugar y se lograría una a t m ó s -
fera mística y p o é t i c a . De esa m a n e r a el p a t i o resultó i n o l v i d a b l e .
Fue una t r i p l e l e c c i ó n : d e s a b i d u r í a , d e s e n s i b i l i d a d y d e m o d e s t i a , d i c t a d a p o r tres
personajes: el c l i e n t e , el a u t o r y el c o n s u l t o r Para crear una o b r a q u e es una o f e r t a , una
revelación y un o b s e q u i o , q u e p e r t e n e c e a su lugar p o r q u e ese lugar ha g a n a d o c o n su
presencia t a n t o c o m o la o b r a se ha b e n e f i c i a d o p o r estar ahí.
A diferencia d e una p a r t e d e las t e n d e n c i a s actuales q u e se c o n c e n t r a n en la e x p r e -
sión espectacular y p r o t a g ó n i c a a partir d e l uso d e f o r m a s c a p r i c h o s a m e n t e s o b r e p u e s -
tas y d e materiales utilizados d e maneras insólitas q u e se i m p o n e n al uso y al lugar para
erigirse en manifestaciones v o c i f e r a n t e s , Kahn hace g r a n arquitectura r e n o v a n d o d e un
m o d o s ó l i d o , t r a s c e n d e n t a l y r e s p e t u o s o los p ñ n c i p i o s históricos d e relación e n t r e los
e l e m e n t o s y los espacios a r q u i t e c t ó n i c o s , l l e g a n d o a estructurar secuencias y escalas q u e
son v e r d a d e r a s a p o r t a c i o n e s para el q u e h a c e r d e la arquitectura en nuestra é p o c a .
Por e l l o , creo q u e el c o n j u n t o d e l Instituto Salk es una o b r a f u n d a m e n t a l en la a r q u i -
t e c t u r a d e la s e g u n d a m i t a d d e l siglo xx y una o b r a a d m i r a b l e d e la a r q u i t e c t u r a d e t o -
d o s los t i e m p o s .
Museo Guggenheim, Bilbao, España. Frank Gehry.
© Carloí
 L a práctica y l a s d e c i s i o n e s

La arquitectura y las personas

La a r q u i t e c t u r a d e b e p e r m i t i r q u e los seres h u m a n o s se m u e v a n en ella. D e n t r o d e ella
y ante ella, distintas personas, con diversos p r o p ó s i t o s , en variados estados d e á n i m o
p o d r á n recorrerla p e r o t a m b i é n q u e d a r s e . La b u e n a a r q u i t e c t u r a p r o p o r c i o n a r á alterna-
tivas d e m o v i m i e n t o , ofrecerá m ú l t i p l e s estímulos para convertirse en un a c o n t e c i m i e n t o
d i g n o d e ser e x p e r i m e n t a d o , organizará e s p a c i o s atractivos para m o v e r s e y a d e c u a d o s
para vivir en ellos.
Pero ya q u e para g e n e r a r el e s p a c i o la a r q u i t e c t u r a e s t a b l e c e límites, b o r d e s y f r o n -
teras, es c o n v e n i e n t e a c e p t a r q u e no s ó l o p l a n t e a p o s i b i l i d a d e s e i m p o s i b i l i d a d e s d e
m o v i m i e n t o para los seres h u m a n o s sino q u e t a m b i é n i n e v i t a b l e m e n t e se las i m p o n e .
Se ha insistido en q u e lo q u e o f r e c e una o b r a a r q u i t e c t ó n i c a e s t a b l e c e la secuencia
d e relaciones e n t r e los espacios y los i n s t r u m e n t o s q u e la c o n f o r m a n . Esa particular se-
cuencia — q u e n o es lineal y sucesiva sino s i m u l t á n e a y p l u r a l , sintética e i n c l u s i v a — con
sus alternativas y sus variaciones precisa las características principales d e la o b r a . Es la q u e
p r o p o n e sus ritmos, organiza sus acordes, estructura las relaciones con su c o n t e x t o , se
e n r i q u e c e con los matices d e la luz y con el paso d e l t i e m p o . Es lo q u e o r d e n a las refe-
rencias formales y el uso d e sus á m b i t o s , es lo q u e ofrece una serie — m á s o m e n o s signi-
ficativa o i n t e r e s a n t e — d e p o s i b i l i d a d e s d e lectura y d e i n t e r p r e t a c i ó n d e sus significados.

E l e s p e c t a d o r y l a interpretación
La i m p o r t a n c i a d e saber c ó m o se estructura el m o v i m i e n t o t i e n e q u e ver con una m a y o r
y más i n t e r e s a n t e o f e r t a para m o s t r a r diversas relaciones e n t r e los c o m p o n e n t e s d e l
f e n ó m e n o a r q u i t e c t ó n i c o . Esto implica una d o b l e c o n d i c i ó n : p o r una p a r t e la específica
d e la o b r a y p o r otra la particular d e q u i e n la e x p e r i m e n t a . Es claro q u e resultará n e c e -
saho p o s e e r un c o n o c i m i e n t o suficiente d e l l e n g u a j e a r q u i t e c t ó n i c o para p o d e r c o m -
p r e n d e r l o , p o r eso es e x t r a ñ o q u e se haya l l e g a d o a c o n s i d e r a r q u e no es así y q u e la
c a l i d a d d e las o b r a s p u e d e ser j u z g a d a s i m p l e y s e n c i l l a m e n t e a través d e l g u s t o per-
sonal. N a d i e i n t e n t a e n t e n d e r , apreciar o t r a d u c i r el t e x t o d e un i d i o m a q u e n o c o n o c e ,
ni m u c h o m e n o s lo juzga b a s a d o ú n i c a m e n t e en a l g u n a e v e n t u a l a f i n i d a d f o n é t i c a q u e
p u e d a e n c o n t r a r en é l .
 Lo f u n d a m e n t a l para i n t e r p r e t a r un t e x t o es c o n o c e r el i d i o m a en el q u e esta escrito
La b u e n a
y, d e s d e l u e g o , saber leer.
arquitectura
proporcionará
alternativas d e El a u t o r y s u tiempo
movimiento y
¿Cuáles son las relaciones e n t r e la a r q u i t e c t u r a y el c o n j u n t o d e las m a n i f e s t a c i o n e s cul-
ofrecerá múltiples
estímulos p a r a
turales d e su t i e m p o ?
convertirse en u n ¿Cuál es el nivel d e c o n c i e n c i a q u e el c r e a d o r t i e n e d e esas relaciones?, ¿o éstas son
acontecimiento más b i e n el p r o d u c t o d e una lectura p o s t e r i o r q u e las d e s c u b r e ?
d i g n o d e ser
¿Se trata d e relaciones q u e el a u t o r ha b u s c a d o e s p e c í f i c a m e n t e o d e analogías cuya
experimentado.
génesis p u e d e rastrearse?
¿Son c o n s e c u e n c i a — n o a u t o m á t i c a p e r o sí, tal vez, i n c o n t r o l a b l e — d e característi-
cas y d e c o n d i c i o n a n t e s p e r s o n a l e s , g e n e r a c i o n a l e s , locales, r e g i o n a l e s y nacionales d e
la cultura v i g e n t e o incluso d e la m o d a al día?
¿ Q u é tan directa y e v i d e n t e m e n t e p u e d e n expresarse — e n la a r q u i t e c t u r a , p o r e j e m -
p l o — esas características?
¿Por q u é c u a n d o se p l a n t e a d e m o d o c o n s c i e n t e la n e c e s i d a d o el d e s e o d e e x p r e -
sarlas e l r e s u l t a d o es, casi sin e x c e p c i ó n , fallido?

Los valores impuestos

Parece h i s t ó r i c a m e n t e c o m p r o b a d o q u e la i m p o s i c i ó n d e c i e r t o t i p o d e valores s o b r e
las a c t i v i d a d e s creativas —sea c o m o p r o p ó s i t o personal o se p r o p o n g a c o m o p r o g r a m a
c o l e c t i v o — c o n d u c e , casi s i e m p r e , a manifestaciones g r a n d i l o c u e n t e s y, sin r e m e d i o ,
b a n a l e s . C a b e a q u i recordar la a r q u i t e c t u r a soviética o la d e l nacional s o c i a l i s m o .
Para l o g r a r una e x p r e s i ó n creativa en v e r d a d s i n t é t i c a y s i g n i f i c a t i v a d e esos v a l o -
res q u e , aún c u a n d o f o r m e n p a r t e d e la cultura son e s t r i c t a m e n t e p e r i f é r i c o s o incluso
a j e n o s al l e n g u a j e artístico, es p r o b a b l e q u e lo n e c e s a r i o n o sea t a n t o t e n e r d e e l l o s
una c o n c i e n c i a clara, r a z o n a d a y d e m o s t r a b l e , sino m á s b i e n la e x i s t e n c i a d e una suer-
t e d e p e r t e n e n c i a , d e a f i n i d a d o d e s i n t o n í a , e n t r e un c r e a d o r alerta y la c o m p l e j i d a d
d e su t i e m p o .
Si el artista d o m i n a su o f i c i o y su l e n g u a j e , con su t a l e n t o sabrá t r a d u c i r d e un len-
g u a j e a o t r o y c o n su g e n i o p o d r á e n c o n t r a r la e x p r e s i ó n feliz sin n e c e s i d a d d e p r o p o -
n é r s e l o . C a r e n t e d e o f i c i o y sin c a p a c i d a d d e t r a d u c c i ó n , la o b r a q u e p r o d u z c a será casi
c o n certeza un fiasco.

V a l o r e s e ideologías
C u a n d o los c o n c e p t o s , los sistemas o las i d e o l o g í a s pasan d e ser m e d i o a c o n v e r t i r s e
en f i n , c u a n d o se p r o p o n e n c o m o c o m p r o m i s o p o r el cual hay q u e luchar y e n t o r n o al
cual d e b e hacerse una l a b o r a p o s t ó l i c a para g e n e r a l i z a r l o , casi sin e x c e p c i ó n a c a b a n
p o r aniquilar la e x p r e s i ó n creativa. Las o b r a s así c o n c e b i d a s a p a r e c e n s u b o r d i n a d a s a
una serie d e valores ajenos y se t r a n s f o r m a n e n o b j e t o s aislados, i g n o r a n t e s d e la c o m -
p l e j i d a d d e su c o n t e x t o , d e sus circunstancias y d e sus estímulos. L a imposición d e
cierto tipo d e
A c t i t u d e s d e este t i p o , n o s i e m p r e ni n e c e s a r i a m e n t e a p o y a d a s p o r e s t a d o s t o t a l i t a - v a l o r e s s o b r e las
rios, han sido frecuentes en el siglo xx y han llevado a algunas manifestaciones d e la ar- actividades
q u i t e c t u r a d e ese lapso a p e r d e r la n a t u r a l i d a d q u e se d e h v a d e l c o n t a c t o d i r e c t o con las creativas — s e a
c o m o propósito
características d e l lugar, d e la t r a d i c i ó n y d e l m o m e n t o , y a fracasar p o r eso, e n t r e otras
personal o
cosas, en la s o l u c i ó n d e los p r o b l e m a s c o t i d i a n o s y en sus i n t e n t o s p o r hacer c i u d a d . se p r o p o n g a
como programa
colectivo— conduce,
El transcurrir d e l t i e m p o
casi s i e m p r e , a
A la a r q u i t e c t u r a le pasa, e n t r e otras cosas, el t i e m p o . manifestaciones
M u c h a s veces el paso d e i t i e m p o i m p l i c a el a b a n d o n o y p r o v o c a q u e la a r q u i t e c t u r a g r a n d i l o c u e n t e s y,
casi sin r e m e d i o ,
se c o n v i e r t a g r a d u a l m e n t e en " r u i n a " c o m o c o n s e c u e n c i a d e la alteración d e los p r i n -
banales.
cipios culturales, d e un g r a v e d e s c u i d o o d e a l g ú n a c o n t e c i m i e n t o natural q u e f a v o r e -
ció la d e s t r u c c i ó n física, d e la c o m b i n a c i ó n d e a l g u n o s d e estos factores o d e la r e u n i ó n
de todos.
Pero n o es s ó l o la ruina lo q u e p u e d e causar el t i e m p o , t a m b i é n son los c a m b i o s q u e
aparecen p o r su transcurso: d e uso, d e a s p e c t o , d e d i s p o s i c i ó n , d e d i m e n s i o n e s o d e sig-
n i f i c a d o d e la c o n s t r u c c i ó n , los q u e llevarán, p r e v i s l b i e m e n t e , a ia n e c e s i d a d d e a d a p -
tarla, m o d i f i c a r l a o t r a n s f o r m a r l a .
Hay o b r a s i n t e n c i o n a l m e n t e efímeras. A l g u n a s p r e v é n su t r a n s f o r m a c i ó n . O t r a s la per-
m i t e n e incluso la llegan a a c e p t a r b i e n . Unas cuantas llegan a p r e v e r su ruina. Son p r e -
visiones sanas. Pero m u c h a s e x i g e n a l t i v a m e n t e su p e r m a n e n c i a intacta o solicitan su
m a n t e n i m i e n t o c o n s t a n t e y la f i d e l i d a d a los usos q u e se p l a n t e a r o n en su o r i g e n . En la
mayoría d e los casos estas e x i g e n c i a s fracasan.
El r e c o n o c i m i e n t o d e los p r o b l e m a s q u e i m p l i c a el paso d e l t i e m p o t i e n e una h i s t o -
na más larga y significativa d e lo q u e p u d i e r a parecer, hca en p l a n t e a m i e n t o s y e n f o q u e s
significativos. Su e s t u d i o c u i d a d o s o y sin prejuicios será sin d u d a f e c u n d o y a p l i c a b l e en
un gran n ú m e r o d e casos actuales.

Arquitectura q u e se transforma
Vale la p e n a m e n c i o n a r a l g u n o s e j e m p l o s c o n c r e t o s .
Existen e d i f i c i o s q u e p e r i ó d i c a e i n t e n c i o n a l m e n t e se c o n s t r u y e n , se d e s t r u y e n , y se
r e c o n s t r u y e n f i e l m e n t e p o r razones rituales cada c i e r t o n ú m e r o d e años, c o m o s u c e d e
con a l g u n o s t e m p l o s e n J a p ó n .
La a r q u i t e c t u r a p r e h i s p á n l c a s e p u l t a b a sus e d i f i c a c i o n e s para construir, s o b r e p u e s -
tas, otras nuevas, d e esa m a n e r a l o g r a b a p r o t e g e r las anteríores p r o p i c i a n d o una suerte
d e m o m i f i c a c i ó n c o n s t r u c t i v a , les rendía h o m e n a j e c o m o a los d i f u n t o s y tas a p r o v e c h a -
ba c o m o base y s o p o r t e . T a m b i é n esas culturas c o m e n z a b a n p o r m o d e l a r la tierra para
i d e n t i f i c a r un lugar. Tal vez p o r eso sus o b r a s p u e d e n c o n v e r t i r s e en magníficas ruinas.
 Hay casos en q u e se a r m a n y se d e s a r m a n c o n s t r u c c i o n e s q u e son i n t e n c i o n a l y c o n -
A laarquitectura le
v e n i e n t e m e n t e efímeras, c o m o las t i e n d a s d e las t r i b u s n ó m a d a s q u e n e c e s i t a n hacerse,
pasa, entre otras
cosas, el tiempo.
d e s h a c e r s e y t r a n s p o r t a r s e con f a c i l i d a d para r e s p o n d e r a su c o n d i c i ó n p e r e g r i n a y sus
f r e c u e n t e s c a m b i o s d e l u g a r O t r a s , p o r q u e no se utilizan d e m o d o p e r m a n e n t e y se eri-
g e n en f o r m a t e m p o r a l , c o m o la plaza d e t o r o s c o n o c i d a c o m o La Petatera en C o l i m a .
En m u c h a s o c a s i o n e s , c o m o s u c e d i ó con las c a t e d r a l e s m e d i e v a l e s , la a r q u i t e c t u r a
fue s u s c e p t i b l e d e t r a n s f o r m a c i o n e s impuestas, e n t r e otros m o t i v o s , p o r los d i l a t a d o s p l a -
zos q u e se o c u p a b a n para la c o n s t r u c c i ó n .

L a aceptación d e l cambio
C u a l q u i e r a d e los casos m e n c i o n a d o s , y m u c h o s o t r o s d e l t i p o , p o d r á n ser una f u e n t e
i m p o r t a n t e d e a p r e n d i z a j e para e s t i m u l a r la i m a g i n a c i ó n d e los a r q u i t e c t o s c o n t e m p o -
ráneos y c o n t h b u i r a resolver m u c h o s p r o b l e m a s tan p e r s i s t e n t e s c o m o d e s a t e n d i d o s .
C o n el p a s o d e l t i e m p o la o b r a a r q u i t e c t ó n i c a se altera sin r e m e d i o , p e r o t a m b i é n
e n m u c h a s o c a s i o n e s y p o r d i s t i n t o s m o t i v o s exigirá c a m b i o s d e diversos ó r d e n e s . I g n o -
rarlos a r g u m e n t a n d o q u e no d e b e r í a n ser, o c o n c i b i e n d o p r o y e c t o s q u e e x i g e n ser cons-
t r u i d o s y m a n t e n i d o s intactos, es una a c t i t u d q u e , a más d e i m p o s i t i v a y a l t a n e r a , resul-
ta i g n o r a n t e e i n g e n u a .

Museo G u g g e n h e i m . Bilbao, España.

 L L M U S L O GUG(;LI\I1LII\ D L B I L B A O
El m u s e o
Frank G e h r y , 1 9 9 7 - 1 9 9 9
Guggenherm es
un edificio
Ka obra c o m o espectáculo excepcional,
construido en u n
lugar excepcional,
Dijo el poeta,
con el sustento
n a d a s edice e x c e p t o l o indecible.
de un cliente yd e
Octavio Paz un presupuesto
Noche en claro también
excepcionales.
L a excepción acumulada
En la c i u d a d d e B i l b a o eí m u s e o G u g g e n h e i m es un e d i f i c i o e x c e p c i o n a l , c o n s t r u i d o en
un lugar e x c e p c i o n a l , c o n el sustento d e un cliente y d e un p r e s u p u e s t o t a m b i é n e x c e p -
cionales. En síntesis: un caso insólito.
El e d i f i c i o resulta fuera d e lo c o m ú n no sólo p o r sus características particulares sino
p o r q u e — a l m e n o s c u a n d o fue r e a l i z a d o — las e d i f i c a c i o n e s p r e d o m i n a n t e s e n su e n -
t o r n o carecían d e f o c a l i d a d y p r o t a g o n i s m o , lo q u e c o n t r i b u y ó a e n m a r c a r l o y a realzar-
lo sin c o m p e t e n c i a en su p e c u l i a r i d a d . El sitio en el q u e se ubica es t a m b i é n e s p e c i a l :
un islote bajo en el c a u c e d e l río N e r v i ó n , q u e p r o p i c i a una m ú l t i p l e presencia u r b a n a ,
p r o p o n e una g r a n c a n t i d a d d e visuales y ofrece un a i s l a m i e n t o q u e a c e n t ú a la s i n g u l a r i -
d a d d e la o b r a . El c l i e n t e , la F u n d a c i ó n G u g g e n h e i m , se ha c a r a c t e r i z a d o p o r p r o m o v e r L a poética
propuesta parece
las m a n i f e s t a c i o n e s d e l arte c o n t e m p o r á n e o en g e n e r a l y el d e v a n g u a r d i a radical en
ser p r e c i s a m e n t e
particular. P u e d e decirse q u e n o s ó l o las a p o y a sino q u e — c o m o en este c a s o — e x p r e - ésa: u n c o n t i n e n t e
s a m e n t e las solicita, Al ser una i n s t i t u c i ó n rica y p o d e r o s a , era previsible q u e no escati- q u e es a un t i e m p o
su c o n t e n i d o , u n
maría los g a s t o s en su p h m e r a incursión e u r o p e a .
r o o a j e q u e es su
T o d o favorecía y a n u n c i a b a la realización d e un e d i f i c i o fuera d e lo h a b i t u a l . Pero es propio cuerpo,
e v i d e n t e q u e d i c h o s a n t e c e d e n t e s y p r o p ó s i t o s no serían causa suficiente para l o g r a r una envoltura
q u e r e s u l t a ser,
un p r o y e c t o insólito y una c o n s t r u c c i ó n e x c e p c i o n a l , f u e necesario q u e se c o n j u g a r a n
ella m i s m a ,
con un a r q u i t e c t o d e p e c u l i a r t a l e n t o c o m o Frank G e h r y y q u e él m i s m o se e n c o n t r a r a el o b s e q u i o .
en un m o m e n t o c r e a t i v o p a r t i c u l a r m e n t e sensible a d i c h a s circunstancias, ya q u e el
Museo G u g g e n h e i m .

e n c a r g o d e un p r o y e c t o q u e d e m a n e r a explícita se p r o p o n e s e r — o p a r e c e r — d e ex-
t r e m a y e v i d e n t e v a n g u a r d i a i m p o n e un p u n t o d e p a r t i d a q u e es una mezcla d e r e t o ,
a p u e s t a y r i e s g o ; p l a n t e a un p r o c e s o d e e x i g e n c i a s q u e b o r d e a la m o d a y una e s p e c t a -
•-•4 c u l a r i d a d q u e con facilidad p u e d e aproximarse a las fronteras del escándalo. El resultado
p u e d e ser p o l é m i c o , p e r o sin d u d a p r o p i c i a la reflexión e n t o r n o a una b u e n a c a n t i d a d
d e p r o b l e m a s r e l a c i o n a d o s c o n la creación y el o f i c i o d e la a r q u i t e c t u r a .

Las v a r i a c i o n e s d e l a luz
El museo resulta más un gran o b j e t o escultórico q u e una obra d e arquitectura generadora
d e espacios urbanos. Una construcción q u e es una mezcla delirante d e formas, materiales y
partes diversas; una d e ellas — p a r t i c u l a r m e n t e capricbosa^— f o r m a d a con haces distorsio-
nados d e perfiles metálicos üneales; otra — m u y llamativa— a base d e superficies cun/as,
complejas, fragmentadas, plegadas y revestidas con piezas d e lámina q u e provocan un bri-
llo peculiar; una más, q u e se sustenta en una volumetria seca, prismática y primaria q u e no
resulta fácil decidir si d e b e entenderse c o m o un contraste intencional con el resto, c o m o una
actitud desdeñosa o, incluso, hasta c o m o una torpeza; la escala del conjunto se ve extraña-
mente-afectada por la presencia d e una gran "escultura v e g e t a l " con la f o r m a d e un p e r n t o
d e dimensiones colosales, ubicada en la plataforma misma del acceso phncipal. Los espa-
cios inteñores del G u g g e n h e i m están m o d e l a d o s libremente, en el m i s m o sentido en q u e
lo están las formas externas, con un m o d e l a d o q u e es i n d e p e n d i e n t e d e la estructura sopor-
tante. Pero lo q u e resulta en v e r d a d excepcional d e ese edificio es el material seleccionado
para forrarlo — p o r q u e no es un revestimiento, ni m u c h o m e n o s , d e un mateñal construc-
t i v o — es, en sentido literal, una envolvente. Entre una serie d e posibilidades d e e l e m e n t o s
metálicos, Gehry eligió láminas d e titanio, engargoladas y cortadas en p e q u e ñ a s piezas q u e
reflejan la luz y al m i s m o t i e m p o la absorben. Es, si vale la contradicción, un material q u e re-
fleja difuso y — t a l vez p o r e l l o — adquiere una transparencia peculiar N o es el reflejo d e un
mateñal terso y p u l i d o sino el d e u n o esmerilado q u e envuelve el edificio c o m o si fuera una
capa d e vapor o d e hielo, extraña y s o r p r e n d e n t e m e n t e luminosa. Por su trazo m i s m o esas
formas g e n e r a n luces y reflejos no sólo hacia el exterior sino t a m b i é n sobre sí mismas, lo cual
otorga a este peculiarísimo o b j e t o la condición d e variar a lo largo del día con los cambios
atmosféricos y los matices d e la luz. El edificio se modifica d e c o n t i n u o , se i m p r e g n a d e lu-
ces, d e t o n o s , d e reflejos y d e circunstancias. Es una sorpresa, un p r o d i g i o p o é t i c o .

La envoltura como objetivo

Las ondulaciones, los cortes, los rizados y las arrugas d e las m e m b r a n a s c o n f o r m a d a s p o r
las p e q u e ñ a s placas d e t i t a n i o se dilatan y se tensan m o d i f i c a n d o su t e x t u r a . Superficies
q u e se distorsionan, se desarticulan, se f r a g m e n t a n , se p l i e g a n , se recortan y se d e s e n -
vuelven en listones q u e se entretejen y se intersectan. Una peculiar envoltura, q u e se c o n -
vierte en t é r m i n o y o b j e t i v o final d e la o b r a , ya q u e el o b j e t o e n v u e l t o no sólo no se p e r c i b e
sino q u e se oculta. De ese m o d o aparece c o m o una suerte d e vestido notorio y espectacu-
lar, sin c u e r p o q u e lo sustente. Un marco sin pintura, un recipiente vacío y sin c o n t e n i d o , o
mejor, tal vez, un e x t r a ñ o o b j e t o autorrecipiente. En s e n t i d o estricto la plástica y la poética
propuesta parecen ser precisamente ésas: un continente q u e es a un t i e m p o su c o n t e n i d o ,
un ropaje q u e es su p r o p i o c u e r p o , una envoltura q u e resulta ser, ella misma, el o b s e q u i o .
O t r o a s p e c t o q u e se ha m a n e j a d o c o m o s í n t o m a d e v a n g u a r d i a i n d i s c u t i b l e y a p o r -
t a c i ó n q u e el e d i f i c i o hace a la a r q u i t e c t u r a actual y futura es el e x t e n s i v o y especializa-
d o uso d e la c o m p u t a d o r a e n su p r o c e s o d e d i s e ñ o y c o n s t r u c c i ó n . Se d i c e q u e el
p r o y e c t o q u e c o n c i b i ó Frank G e h r y n o se h u b i e r a p o d i d o r e p r e s e n t a r y calcular sin el
uso d e sofisticados y c o s t o s o s p r o g r a m a s d e d i b u j o , d e r e c o n o c i m i e n t o y d e t r a d u c c i ó n
d e las f o r m a s q u e f u e r o n m o d e l a d a s en m a q u e t a s . P r o g r a m a s q u e p e r m i t i e r o n , a d e -
más, ser utilizados c o m o guía r o b ó t i c a para realizar los c o m p l i c a d o s c o r t e s , curvar los
perfiles m e t á l i c o s , y d o c u m e n t a r , en f i n , cada una d e las piezas — t o d a s d i s t i n t a s — q u e
lo c o m p o n e n . El alarde es tan insólito c o m o el p r o p i o e d i f i c i o , p e r o g e n e r a un severo
c u e s t i o n a m i e n t o r e s p e c t o al s e n t i d o q u e haya t e n i d o p l a n t e a r l o y h a b e r l o c o n s t r u i d o
así. ¿Será ése el m e j o r uso q u e p u e d e darse a la más avanzada t e c n o l o g í a c o m p u t a -
cional d e l m o m e n t o ? ¿Aplicarla para l o g r a r q u e cada u n o d e los c o m p o n e n t e s d e un
e d i f i c i o sea d i f e r e n t e ? A fin d e c u e n t a s e s t o f u e una c o n s t a n t e en la mayoría d e los e d i -
ficios d e t o d o s los t i e m p o s , n o o b s t a n t e q u e se c o n s t r u y e r o n s ó l o con la m a n o d e o b r a ,
la sabiduría y el o f i c i o d e los artesanos. ¿Cuál es e n t o n c e s la n o v e d a d ?

La o s t e n t a c i ó n t e c n o l ó g i c a se a p o y a en una p u b l i c i d a d q u e los m e d i o s han c o n t r i b u i -

d o a magnificar: el uso d e la r o b ó t i c a , d e la c o m p u t a d o r a y d e los p r o g r a m a s sofisticados.
N o deja d e resultar d e s c o n c e r t a n t e el h e c h o d e q u e el p r o y e c t o q u e G e h r y ha p r e -
s e n t a d o para el n u e v o M u s e o G u g g e n h e i m d e N u e v a York, el M u s e o d e la Música Po-
p u l a r q u e ha c o n s t r u i d o e n Seattie, o la p r o p u e s t a para las B o d e g a s d e l M a r q u é s d e
Riscal en España sean s ó l o d e r i v a c i o n e s y variantes d e l M u s e o d e B i l b a o . Parecen estar
más cerca d e l d e s e o p o r e v i d e n c i a r una marca registrada q u e la c o n s e c u e n c i a d e una
c r e a t i v i d a d p r o f u n d a . Esta e s p e c i e d e p r o d u c c i ó n en serie c o n t r a d i c e y daña la o r i g i n a -
l i d a d d e l M u s e o d e B i l b a o al cancelar su c o n d i c i ó n d e caso ú n i c o .

L a plástica d e l a f r a g m e n t a c i ó n
En los años recientes, t a n t o la a r q u i t e c t u r a c o m o la escultura y la p i n t u r a p a r e c e n eludir
el uso d e f o r m a s cerradas o g e o m é t r i c a m e n t e i d e n t i f i c a b l e s ; se prefiere el f r a g m e n t o y
la r u p t u r a , se aprecian las ranuras, las o n d u l a c i o n e s y los p l i e g u e s . Las f o r m a s q u e hoy
están en b o g a p a r e c e n caracterizarse p o r ser, ante t o d o , i n c o m p l e t a s , t r u n c a d a s . En ello
radica su interés y su p o s i b l e a t r a c t i v o , en e l l o t a m b i é n su p r o b l e m á t i c a y su f r e c u e n t e
t r i v i a l i d a d , ya q u e para lograr ese e f e c t o las f o r m a s q u e se utilizan a c a b a n a veces p o r
estar no sólo t r u n c a d a s sino p o r ser t r u c a d a s . Y los t r u c o s p e r t e n e c e n más al m u n d o d e
la m a g i a q u e al d e la a r q u i t e c t u r a y la c i u d a d .
 N o hay d u d a d e q u e los actos d e m a g i a son a d m i r a b l e s y q u e para lograrlos existen
t r u c o s s o r p r e n d e n t e s . Q u i e n e s los c o n o c e n s a b e n d e l i n g e n i o y d e la h a b i l i d a d n e c e -
saria para hacerlos p a r e c e r c o n v i n c e n t e s , q u i e n e s n o están e n el s e c r e t o , en c a m b i o , los
e n c u e n t r a n i n e x p l i c a b l e s , lo cual n o evita q u e m u c h o s estén d i s p u e s t o s a a c e p t a r l o s
c o m o c i e r t o s . Buena p a r t e d e la a r q u i t e c t u r a q u e se p u b l i c a y se s u b l i m a en la actuali-
d a d se a p r o x i m a al g é n e r o d e la m a g i a , d e la p r e s t i d i g i t a c i ó n , d e los e f e c t o s e s p e c t a -
culares, d e los g r a n d e s t r u c o s , d e a q u e l l o q u e c u a n d o n o se c o n o c e p u e d e pensarse
q u e es d e v e r d a d .
Si a n t e estas o b r a s se aplica un c h t e h o t r a d i c i o n a l , es p r o b a b l e q u e los r e s u l t a d o s se
lean c o m o g r a t u i t o s , c a p r i c h o s o s y arbitrarios, lo q u e n o evita q u e a pesar d e ello — o
tal vez p r e c i s a m e n t e p o r e l l o — p u e d a n p r o d u c i r o b j e t o s u r b a n o s espectaculares. Es un
h e c h o q u e , c u a n d o a p a r e c e una f o r m a a r q u i t e c t ó n i c a q u e llama p o d e r o s a m e n t e la
a t e n c i ó n p e r o r o m p e con los p r i n c i p i o s e s t a b l e c i d o s , se p l a n t e a la disyuntiva e n t r e c o n -
siderar q u e la o b r a es, s i m p l e y s e n c i l l a m e n t e , un alarde f a l l i d o , una m o n u m e n t a l tor-
peza, un p r o p ó s i t o e s c a n d a l o s o , o q u e en r e a l i d a d se trata d e una p r o p u e s t a no sólo
n o v e d o s a sino e f e c t i v a m e n t e i m p o r t a n t e y t r a s c e n d e n t a l . Es tan difícil c o n c l u i r q u e una
o b r a carece d e valor p o r q u e n o c u m p l e c o n las bases p r e e s t a b l e c i d a s , c o m o r e c o n o c e r
q u e son p r e c i s a m e n t e esas bases las q u e d e b e n c a m b i a r s e . Es fácil e n t o n c e s q u e sea
la reacción p e r s o n a l d e a f i n i d a d o rechazo la q u e d o m i n e el j u i c i o . . . o el p r e j u i c i o .

En el caso d e l G u g g e n h e i m , a u n q u e se p u e d e d i s c r e p a r d e l m a n e j o d e las f o r m a s y
d e la escala, d e la oscura relación e n t r e la estructura resistente y los e l e m e n t o s e n v o l -
v e n t e s y, en g e n e r a l , d e l e x c e s o m a n i f i e s t o en t o d o s los ó r d e n e s , d e s d e el f o r m a l hasta
el e c o n ó m i c o , es necesario r e c o n o c e r q u e el r e s u l t a d o es b r i l l a n t e y e s p e c t a c u l a r Pero
el c a p r i c h o , l l e v a d o a niveles e x t r e m o s , i m p l i c a riesgos q u e s o l a m e n t e a l g u i e n m u y
s e g u r o d e su s e n s i b i l i d a d se atrevería a usar o — c o m o p o s i b l e m e n t e sea el c a s o —
c u a n d o el c r e a d o r p e r t e n e c e a una g e n e r a c i ó n q u e p e r m i t e a los artistas usar y hacer
c u a l q u i e r cosa. Y sin d u d a v i v i m o s e n una é p o c a p e r m i s i v a , p o r lo q u e éste y o t r o t i p o
d e excesos p u e d e n s u c e d e r y ser a d m i r a d o s sin reservas.

L a obsesión p o r l a v a n g u a r d i a
El p r o b l e m a d e la o b r a d e v a n g u a r d i a , e x c e p c i o n a l y o r i g i n a l , está h o y en el c e n t r o d e
la a c t i v i d a d a r q u i t e c t ó n i c a y, a u n q u e en b u e n a m e d i d a lo ha e s t a d o s i e m p r e , ahora se
presenta casi c o m o o b s e s i ó n p o r realizar e n cada caso o b r a s únicas y d i f e r e n t e s . Esta
a c t i t u d c o r r e el riesgo d e acercar d e m a s i a d o las o b r a s a r q u i t e c t ó n i c a s a los p r o d u c t o s
d e la m o d a y llevarlas a estar más cercanas a la pasarela q u e a la calle, q u e es el lugar
al q u e p e r t e n e c e n .
La o b r a distinta y original n o surge d e la sola i n t e n c i ó n d e realizada, nace d e l reco-
n o c i m i e n t o sensible d e la s i n g u l a r i d a d d e l sitio, d e las circunstancias q u e le d a n o r i g e n
y d e la respuesta a los i m p u l s o s i n t e r n o s q u e la o b r a m i s m a p r o p o n e .
Plaza de toros La Petatera. Villa de Álvarez. Colima. © Carlos Mijares
Hotel Habita, México, TEN Arquitectos. © Luis Gordo,-
 L a poética c o t i d i a n a

L a s o b r a s e x c e p c i o n a l e s s o n , p o r definición, e s c a s a s
S i e m p r e resulta atractiva la p o s i b i l i d a d d e realizar o b r a s insólitas, p e r o no d e b e o l v i -
darse q u e el carácter d e e x c e p c i o n a l i d a d está d e f i n i d o en sus p r o p i o s t é r m i n o s , ya q u e ,
para q u e las o b r a s sean r e a l m e n t e e x c e p c i o n a l e s d e b e n ser unas cuantas, d e b e n estar
en unos c u a n t o s lugares, d e b e n o p e r a r d e un m o d o p a r t i c u l a r m e n t e e f i c i e n t e y d e b e n
p r o p o n e r un s i g n i f i c a d o e s p e c i a l m e n t e i m p o r t a n t e para la c o m u n i d a d . Lo q u e no se p u e -
de, ni se d e b e hacer, es c o n s a g r a r lo e x c e p c i o n a l c o m o p r i n c i p i o g e n e r a l para esta-
b l e c e r l o y c o n s i d e r a r l o c o m o el f u n d a m e n t o para a p r e n d e r y para hacer a r q u i t e c t u r a .
La r e a l i d a d es q u e , en casi la t o t a l i d a d d e los casos, los p r o b l e m a s q u e e n f r e n t a el
a r q u i t e c t o t i e n e n un o r i g e n y p e r s i g u e n u n o s p r o p ó s i t o s q u e se sustentan en una serie
d e factores c o n s t a n t e s : las a c t i v i d a d e s d e la v i d a d i a n a , las características d e l sitio en el
q u e se e n c u e n t r a la o b r a , las c o n d i c i o n e s climáticas d e la r e g i ó n , los sistemas c o n s -
t r u c t i v o s c o n o c i d o s y a f i n a d o s p o r el uso c o t i d i a n o , los m a t e r i a l e s d i s p o n i b l e s en la
l o c a l i d a d y los recursos e c o n ó m i c o s accesibles a la m a y o r í a . D i c h o s factores p u e d e n
resolverse a partir d e l c o n o c i m i e n t o y el d o m i n i o q u e el a r q u i t e c t o t e n g a d e su o f i c i o ,
a lo q u e p u e d e a g r e g a r s e una p e r c e p c i ó n sensible y una c a p a c i d a d d e e x p r e s i ó n p o é t i -
ca. C u a n d o esto s u c e d e , las o b r a s , y el lugar en el q u e se e n c u e n t r a n , se e n r i q u e c e n y
l o g r a n q u e el sitio a d q u i e r a una p e r s o n a l i d a d i d e n t i f i c a b l e , atractiva y g r a t i f i c a n t e , sin
n e c e s i d a d d e alardes insólitos o p r o p u e s t a s inéditas. Éstas d e b e n reservarse para las
e d i f i c a c i o n e s q u e t e n g a n el p a p e l d e solistas en el c o n c i e r t o , no para los e l e m e n t o s d e l
c o r o o d e la o r q u e s t a , p o r q u e las o b r a s d e a r q u i t e c t u r a c o t i d i a n a y las o b r a s c o t i d i a n a s
d e a r q u i t e c t u r a se acercan más a la e x p r e s i ó n i n g e n i o s a d e las c o p l a s p o p u l a r e s q u e a
los t o n o s s o l e m n e s d e la poesía é p i c a .

Los p r o b l e m a s y los valores d e lavida cotidiana

La a r q u i t e c t u r a c o t i d i a n a es un t e m a e x t e n s o , p r o f u n d o , t r a s c e n d e n t a l , p o r d e s g r a c i a
p o c o analizado y, m e n o s a ú n , a p r e c i a d o .
C a b e preguntar; ¿ c ó m o valorar la arquitectura d e lo c o t i d i a n o ? , ¿ d ó n d e están las a p o r -
t a c i o n e s q u e la arquitectura consagrada en nuestro t i e m p o ha h e c h o en este s e n t i d o ? ,
¿qué p u e d e hacerse para lograr una arquitectura q u e acentúe, q u e engrandezca, q u e m e -
 j o r e , q u e c o l a b o r e con los hábitos diarios para q u e p u e d a n desarrollarse d e una manera
S i e m p r e resulta
más justa y adecuada?, ¿en d ó n d e se encuentran esos valores?, ¿o es q u e ya se han per-
atractiva la
posibilidad d e
d i d o y habrá q u e reinventarlos? ¿ Q u é pasará con la arquitectura del futuro Inmediato?
realizar obras ¿Por q u é t i e n d e n a i g n o r a r s e s i s t e m á t i c a m e n t e los p r o b l e m a s y los valores d e la vida
insólitas. cotidiana?
¿Por q u é n o estar alerta y desarrollar la s e n s i b i l i d a d para q u e esos valores se r e c o n -
sideren e i n c i d a n en una m a y o r c a l i d a d d e vida?
¿Por q u é n o investigar a f o n d o en las p o s i b i l i d a d e s reales d e resolver una serie d e
p r o b l e m a s a r q u i t e c t ó n i c o s y u r b a n o s q u e afectan a m i l l o n e s d e personas en el m u n d o
y no sólo a u n o s c u a n t o s ?
A n t e la situación q u e p r e v a l e c e u n o se p r e g u n t a p o r q u é en la a c t u a l i d a d los a r q u i -
t e c t o s p r e f i e r e n d e t e n e r s e en p r o b l e m a s d e una g r a n sofistícación c o n c e p t u a l y t e ó r i c a
en lugar d e e n f r e n t a r los m u y c o n c r e t o s y d r a m á t i c o s q u e afectan a más d e la m i t a d d e
la h u m a n i d a d . A n t e este rechazo y con esa i g n o r a n c i a , ¿ q u i é n a t e n d e r á e n t o n c e s esos
problemas?
Las o b r a s e x c e p c i o n a l e s d e b e r í a n serlo no sólo p o r su carácter espectacular, sino p o r
su c a p a c i d a d d e explorar, d e g e n e r a r y d e o f r e c e r nuevas p o s i b i l i d a d e s técnicas, e s p a -
ciales, f o r m a l e s , d e relación c o n la naturaleza, con el c l i m a , c o n la I n t e m p e r i e , aplica-
b l e s a casos n o e x c e p c i o n a l e s . Por su c a p a c i d a d d e g e n e r a r una serle d e valores q u e
I m p l i c a n un I m p o r t a n t e nivel d e g e n e r o s i d a d , d e a t e n c i ó n y p r e o c u p a c i ó n p o r la c o m u -
n i d a d y los e s p a c i o s u r b a n o s , d e c o n c i e n c i a h u m a n a y d e euforia vital, q u e se traduzca
en d e s e o d e a p o r t a r a l g o q u e p e r m i t a m e j o r a r la práctica c o t i d i a n a d e l o f i c i o .

Lo excepcional y lo habitual
Es significativo q u e las a p o r t a c i o n e s h i s t ó r i c a m e n t e más i m p o r t a n t e s d e los a r q u i t e c t o s
hayan s i d o susceptibles d e I m i t a c i ó n , p o r q u e ofrecían soluciones y sistemas atractivos ca-
paces d e resolver n o sólo los p r o b l e m a s d e las o b r a s insólitas, sino t a m b i é n los d e a q u e -
llas q u e son c o m u n e s .
Por ello no d e j a d e ser d e s c o n c e r t a n t e el q u e m u c h a s o b r a s q u e han c o n s a g r a d o a
varios a r q u i t e c t o s a c t u a l m e n t e en b o g a utilicen t e c n o l o g í a s m u y especializadas, soli-
c i t e n sistemas d e r e p r e s e n t a c i ó n , d e cálculo y d e c o n s t r u c c i ó n a l t a m e n t e sofisticados,
La a r q u i t e c t u r a lo cual c o n d u c e a p r o v o c a r c o s t o s no s ó l o e l e v a d o s sino t a m b i é n excesivos. Llama la
cotidiana e s u n a t e n c i ó n Incluso q u e , en o c a s i o n e s , d e h e c h o exijan un s o b r e c o s t o n o t o r i o c o m o c o n s e -
tema extenso,
cuencia d e p r o p o n e r alardes e s p e c t a c u l a r e s y afanes d e o s t e n t a c i ó n d e s m e s u r a d a .
profundo,
trascendental, N o p u e d e Ignorarse q u e c o n esos s o b r e c o s t o s p o d r í a n construirse c i e n t o s d e v i v i e n -
por desgracia das o mejorarse d o c e n a s d e barrios e n d o n d e viven miles d e personas en c o n d i c i o n e s
poco analizado
precarias. Es p r e o c u p a n t e v e r q u e en unos c u a n t o s lugares se c o n s t r u y e n o b r a s con un
y, m e n o s aún,
apreciado.
g r a n d i s p e n d i o , mientras en la m a y o r p a r t e d e l m u n d o s i g u e n e x i s t i e n d o m i l l o n e s d e
p e r s o n a s q u e carecen d e hogar, v i v e n e n c o n d i c i o n e s i n f r a h u m a n a s , p a d e c e n a m b l e n -
t e s h u m a n o s d e g r a d a d o s , carecen d e los m í n i m o s servicios d e e d u c a c i ó n , d e s a l u d , d e
Tal v e z n u e s t r o
c u l t u r a , d e e s p a r c i m i e n t o , d e d i v e r s i ó n , etc.
t i e m p o continúe
más atraído p o r l a
R e c u p e r a r u n a ética profesional violencia del grito
estentóreo q u e p o r
¿ Q u é p o d r í a m o s hacer los a r q u i t e c t o s a n t e esta situación?
la t r a n q u i l i d a d d e
Sería necesario hacer e s t u d i o s c u i d a d o s o s y reflexiones p r o f u n d a s s o b r e el t e m a ya l a s v o c e s íntimas.
q u e es i n n e g a b l e q u e esa situación p l a n t e a i m p o r t a n t e s p r o b l e m a s éticos y d e r e s p o n -
s a b i l i d a d p r o f e s i o n a l q u e es u r g e n t e llevar, en los m e d i o s a d e c u a d o s , a un p r i m e r p l a n o
d e la d i s c u s i ó n . El t e m a r e q u i e r e a t e n c i ó n u r g e n t e , i n v e s t i g a c i ó n p r o f u n d a y s e r e n i d a d
para evitar la fácil d e m a g o g i a ; solicita espíritu d e c o l a b o r a c i ó n , g e n e r o s i d a d g r e m i a l ,
p a r t i c i p a c i ó n d e los g r u p o s d e d e c i s i ó n y t a m b i é n i m a g i n a c i ó n e i n g e n i o para c o n t r i b u i r
a resolverlo.
Porque el h e c h o es q u e el t e m a está ahí, p r e s e n t e e n t r e los g r a n d e s p r o b l e m a s d e
n u e s t r o t i e m p o , c o m o una injusta c o n s e c u e n c i a d e una p a r t e m u y i r r e s p o n s a b l e d e eso
q u e l l a m a m o s nuestra c u l t u r a .
Y el h e c h o es q u e la sofisticada c o m e r c i a l i z a c i ó n d e las m a n i f e s t a c i o n e s a r q u i t e c -
t ó n i c a s recientes no resuelve esos p r o b l e m a s .
Tal vez n u e s t r o t i e m p o c o n t i n ú e más a t r a í d o p o r la v i o l e n c i a d e l g r i t o e s t e n t ó r e o q u e
p o r la t r a n q u i l i d a d d e las voces íntimas. Quizás la a d i c c i ó n al e s p e c t á c u l o sea una d r o -
ga, un e s c a p e a n t e la injusticia i n c o n t r o l a b l e , una d e f e n s a f r e n t e al t e r r o r i n c o m p r e n -
s i b l e , una m a n i f e s t a c i ó n h i s t ó r i c a m e n t e a n u n c i a d a e i r r e m e d i a b l e q u e a l g u n o s p u e d e n
c o n s i d e r a r el s í m b o l o d e nuestra é p o c a o incluso la p r o p u e s t a d e una nueva e s t é t i c a .
Pero aún si ése f u e r a el caso no es t a m p o c o p o s i b l e i g n o r a r q u e existen otras situa-
c i o n e s y otras reacciones. La vida diaria n o t o l e r a la estridencia c o n t i n u a . La mayoría d e
los países, d e las instituciones y d e los clientes n o t i e n e n c a p a c i d a d d e financiar, ni
interés p o r realizar esas p r o p u e s t a s . En este m o m e n t o m á s b i e n hay avidez d e justicia,
d e c o l a b o r a c i ó n , d e t r a n q u i l i d a d y d e b u e n a s maneras.

E l o f i c i o m o d e s t o y l a pasión g e n e r o s a
Sería d e s e a b l e q u e el a r q u i t e c t o recuperara la m o d e s t i a d e l o f i c i o c o t i d i a n o j u n t o con
Sería d e s e a b l e
la pasión g e n e r o s a para c o l a b o r a r con la calle, con la plaza, con los espacios c o m u n i - que el arquitecto
tarios. Q u e hiciera renacer la a t e n c i ó n y el a p r e c i o p o r a q u e l l o s á m b i t o s q u e el ser h u - recupere la
m a n o necesita para convivir con sus s e m e j a n t e s ; para c o m e r , chariar, d o r m i r , trabajar, modestia del
oficio cotidiano
d i v e r t i r s e , a p r e n d e r . Q u e con su a c t i v i d a d se p r e o c u p a r a p o r p r o m o v e r una vida más
j u n t o c o n l a pasión
j u s t a , más sana y más feliz d e la c o m u n i d a d en la q u e t r a b a j a . Q u e sus o b r a s o f r e c i e r a n generosa para
p r i n c i p i o s v á l i d o s y accesibles para q u e o t r o s p u d i e r a n r e p e t i r l o s y m e j o r a r l o s , n o para c o l a b o r a r c o n la
q u e sus t r a b a j o s se m a n t e n g a n exclusivos c o m o marcas registradas y c o n t r o l a d a s . calle, c o n la plaza,
c o n los espacios
Sería r e c o m e n d a b l e q u e en las escuelas d e a r q u i t e c t u r a se o l v i d a r a n d e p r o m o v e r la comunitarios.
b ú s q u e d a d e la o r i g i n a l i d a d , la o b s e s i ó n p o r la v a n g u a r d i a y la marca registrada para
 p r o p o n e r q u e se a p r e n d a p r i m e r o el oficio — m o d e s t o y a p a s i o n a n t e — , se recupere el res-
C u a n d o las o b r a s p e t o p o r el q u e h a c e r — n o b l e y e s t i m u l a n t e — , se conozcan los principios básicos — n o (as
q u e realizan
f ó r m u l a s a c a d é m i c a s — , se r e c o n o z c a n y se a p r e c i e n las características d e l lugar — u r b a -
los a r q u i t e c t o s
creadores aportan nas, históricas y e s p a c i a l e s — , se f o m e n t e el e s t u d i o d e los m a t e r i a l e s , las artesanías, las
soluciones t e c n o l o g í a s y los sistemas locales, se analice lo q u e se ha h e c h o y se está h a c i e n d o d e
enriquecedoras,
a r q u i t e c t u r a en la r e g i ó n , en el país y en o t r o s sitios, para evaluar su p o t e n c i a l , para
la g e n t e , y d e s d e
l u e g o también a c e p t a r sus influencias valiosas y para t r a n s f o r m a r l a s y a p r o p i a r l a s al m o m e n t o , al caso
otros arquitectos, y al sitio.
con toda
A l v a r A a l t o decía q u e su m a y o r ilusión era, en cada p r o y e c t o , avanzar un p o c o res-
naturalidad s e
las a p r o p i a n . p e c t o al anterior. D u r a n t e m u c h o t i e m p o , y tal vez aún p o r m u c h o más, los a r q u i t e c t o s
( g r a n d e s , m e d i a n o s o p e q u e ñ o s ) n o han s i d o los a u t o r e s d e t o d a la o b r a a r q u i t e c t ó n i -
ca q u e se realiza e n el m u n d o y p r e v i s l b i e m e n t e n u n c a lo serán. Lo q u e ha s u c e d i d o es
que, c u a n d o las o b r a s q u e realizan los a r q u i t e c t o s creadores a p o r t a n soluciones e n r i q u e -
c e d o r a s , la g e n t e , y d e s d e l u e g o t a m b i é n o t r o s a r q u i t e c t o s , c o n t o d a n a t u r a l i d a d se las
han a p r o p i a d o . En o c a s i o n e s s e n c i l l a m e n t e se han c o p i a d o para r e p e t i r el a c i e r t o , en
otras ía réplica n o es literal sino q u e c o n l l e v a una g r a d u a l e v o l u c i ó n d e sus valores. Si
bien en m u c h o s casos la copla resulta t o r p e o grotesca, la p r e o c u p a c i ó n d e b e concentrar-
se en evitar las fallas d e l imitador, n o e n eludir la p o s i b i l i d a d d e seguir el b u e n e j e m p l o .

Los guisos e n su punto, las obras e n su lugar

La buena a r q u i t e c t u r a c o t i d i a n a es en m u c h o s a s p e c t o s s e m e j a n t e a la b u e n a c o c i n a .
Guisar u n b u e n platillo involucra una serie d e factores e x t e r n o s , c o m o son las c o n d i -
c i o n e s , c a l i d a d y frescura d e los i n g r e d i e n t e s o el t i p o y las características d e los e q u i p o s
necesarios para p r e p a r a r l o s , p e r o t a m b i é n d e o t r o s q u e r e q u i e r e n p e c u l i a r p e r c e p c i ó n ,
d i s c i p l i n a d o a p r e n d i z a j e , f a c u l t a d e s y destrezas p e r s o n a l e s , tales c o m o el c o n o c i m i e n -
t o d e las recetas básicas, la p e r c e p c i ó n d e la c a l i d a d d e los materiales, el d o m i n i o d e l ofi-
cio y ese f a c t o r p e c u l i a r q u e se d e n o m i n a sazón, v i r t u d q u e a l g u n o s p o s e e n y o t r o s n o .
La p o s i b i l i d a d d e p r e p a r a r un platillo b i e n h e c h o y s a z o n a d o n o r e q u i e r e c o m p o n e n -
t e s e x t r a ñ o s , procesos n o v e d o s o s o i n v e n c i ó n p e r m a n e n t e d e recetas. De h e c h o , una
b u e n a receta es c o n s e c u e n c i a d e un l a r g o p r o c e s o histórico d e e n s a y o y p e r f e c c i o n a -
m i e n t o q u e culmina en un m o d o c o n s a g r a d o d e dosificación y p r e p a r a c i ó n y se afína p o r
el sazón d e q u i e n lo cocina y logra q u e el platillo se sirva en su p u n t o , lo q u e p r o v o c a ,
en q u i e n lo p r u e b a y lo d e g u s t a , una e x p e r i e n c i a g r a t i f i c a n t e y s a l u d a b l e .
Un platillo q u e está e n su p u n t o e q u i v a l e a una o b r a a r q u i t e c t ó n i c a q u e está en su

Un platillo q u e
l u g a r T a m b i é n ésta es capaz d e p r o v o c a r en q u i e n la e x p e r i m e n t a una vivencia satis-
está e n s u p u n t o factoria y e n r i q u e c e d o r a ; i g u a l m e n t e utiliza recetas q u e o r i e n t a n la c o m p o s i c i ó n , es-
equivale a una obra t a b l e c e n las características g e n e r a l e s d e la o b r a , el o r d e n en el q u e p u e d e presentarse
arquitectónica q u e
e n el b a n q u e t e u r b a n o y, p o r s u p u e s t o , las bases para q u e s o b r e ella se m a n i f i e s t e n el
está e n s u l u g a r
o f i c i o , las destrezas y sazones particulares d e cada a r q u i t e c t o .
El a p r e c i o p o r l a b u e n a educación
N o h a y fórmulas
En la a c t u a l i d a d la sola idea d e receta t i e n e mala prensa y, c o m o c o n s e c u e n c i a , es un
automáticas q u e
c o n c e p t o q u e se i g n o r a , se rechaza o incluso se d e s p r e c i a . Esta a c t i t u d p r o v i e n e d e una aseguren la
lectura e q u i v o c a d a d e l t é r m i n o . C o m o b i e n sabe c u a l q u i e r a f i c i o n a d o a la cocina y a la producción d e u n a
c o m i d a , una receta — p o r b u e n a y precisa q u e s e a — n o garantiza la c a l i d a d d e l g u i s o . buena obra
arquitectónica p e r o
Es necesario q u e q u i e n la utiliza d o m i n e los p r o c e d i m i e n t o s q u e e x i g e su p r e p a r a c i ó n ,
sí b u e n a s r e c e t a s
q u e sea capaz d e seleccionar c o n acierto los i n g r e d i e n t e s , q u e t e n g a e x p e r i e n c i a para q u e la e n c a u c e n .
preparaHos a d e c u a d a m e n t e y sepa c o m b i n a r l o s c o n la d o s i f i c a c i ó n correcta y el o r d e n
preciso; final y d e c i s i v a m e n t e , q u e q u i e n c o c i n a p o s e a ese d o n p e c u l i a r d e l sazón. Sin
esa sucesión básica d e características la receta será i n s u f i c i e n t e , p o r q u e d e h e c h o una
receta es un p r i n c i p i o , una guía, un e s t í m u l o , más q u e una f ó r m u l a d e m o s t r a b l e p r o -
ductora d e resultados inequívocos.

C o n o c i e n d o las bases es p o s i b l e o r i e n t a r s e a n t e p r o b l e m a s c o m o , p o r e j e m p l o :
¿ q u é platillos c o n v i e n e n para iniciar una b u e n a c o m i d a , cuáles d e b e n ser p r i n c i p a l e s y
cuáles finales? ¿En q u é casos es a c o n s e j a b l e contrastar los sabores, c o m b i n a r las t e x -
turas, i n c r e m e n t a r los a r o m a s o g r a d u a r las i n t e n s i d a d e s ?
En a r q u i t e c t u r a : ¿ q u é resulta a d e c u a d o hacer c u a n d o el sitio se e n c u e n t r a a m e d í a
m a n z a n a , e n una e s q u i n a o en una c a b e c e r a ? ¿De q u é m a n e r a es p o s i b l e subrayar la
presencia d e una o b r a en su c o n t e x t o ? ¿ C u á n d o es a c e r t a d o p r o v o c a r el c o n t r a s t e ?
¿ C u á n d o es p r e f e r i b l e el aviso g r a d u a l o es m e j o r i n t e n t a r la i n t e g r a c i ó n al e n t o r n o d o -
m i n a n t e ? ¿ C ó m o c o n t r o l a r las escalas, el j u e g o d e luces, d e s o m b r a s y p e n u m b r a s ?
N o hay f ó r m u l a s a u t o m á t i c a s q u e a s e g u r e n la p r o d u c c i ó n d e una b u e n a o b r a a r q u i -
t e c t ó n i c a p e r o sí b u e n a s recetas para encauzarla. N o hay e d u c a c i ó n q u e g a r a n t i c e una
p r o d u c c i ó n d e c a l i d a d i n d i s c u t i b l e p e r o sí es f a c t i b l e a p r e n d e r b u e n a s maneras q u e la
harán más p r o b a b l e y q u e mostrarán m e j o r y más p r o n t o el c a m i n o para d e s c u b r i r las d e -
licias d e la diaria g a s t r o n o m í a , o la p o é r i c a d e los espacios y los a m b i e n t e s c o t i d i a n o s .

N o h a y educación
que garantice una
producción d e
calidad indiscutible
p e r o sí e s f a c t i b l e
aprender buenas
maneras que
la harán más
probable.
Casa Valle de Bravo, Estado de México Alberto Kalach. (y Luis ü o i d o d
 E l a u t o r y l o s demás

El a r q u i t e c t o y e l c l i e n t e
En su ejercicio profesional el a r q u i t e c t o se enfrenta con una amplia g a m a d e p o s i b i l i d a d e s
creativas q u e en gran m e d i d a d e p e n d e n d e los r e q u e r i m i e n t o s y d e los recursos d e los
d e m á s , ya q u e , salvo contadas e x c e p c i o n e s , los arquitectos trabajan p o r e n c a r g o . Resulta
por ello i m p o r t a n t e d e t e n e r s e a reflexionar en t o r n o a la estrecha relación q u e Implica el
b i n o m i o a r q u i t e c t o - c l i e n t e y los p r o b l e m a s q u e se derivan d e esta situación p e c u l i a r
El t e m a no es sencillo, p o r q u e la relación c o n el c l i e n t e t i e n e , en la p r á c t i c a , m u c h a s
facetas, p e r o es una d e las más p r e s e n t e s , estrechas, c o n s t a n t e s , y c o n f r e c u e n c i a más
difíciles q u e t i e n e el a r q u i t e c t o .
En b u e n n ú m e r o d e casos el cliente es, s i m u l t á n e a m e n t e , el p r o p i e t a r i o q u e elegirá el
sitio en el q u e se realizará la o b r a ; el q u e solicita el p r o y e c t o y definirá sus necesidades;
el q u e manifestará sus preferencias y p o d r á a p r o b a r l o o rechazarlo; el q u e intentará I m -
p o n e r sus exigencias y supervisará la c o n s t r u c c i ó n ; el financiero d e la obra q u e costeará
su realización, y su futuro usuario o m o r a d o r En síntesis, el cliente es un personaje q u e
reúne t o d o s los p o d e r e s . . . o casi. C o n esta fuerza, y con m a y o r o m e n o r insistencia, pre-
t e n d e r á i m p o n e r d e t e r m i n a d a s ideas, c o n d i c i o n a r á la manera c o m o q u i e r e q u e sean las
cosas y en ocasiones Incluso llegará a considerarse el v e r d a d e r o autor d e la o b r a . En g e n e -
ral, para m u c h o s a r q u i t e c t o s este t i p o d e cliente resultará p r e v i s l b i e m e n t e i n c ó m o d o y
difícil, para unos cuantos p o d r á ser e s t i m u l a n t e , p e r o siempre, para t o d o s , se tratará d e
un interlocutor d i r e c t o y c o n o c i d o d e l a r q u i t e c t o , d a d o q u e el c o n o c i m i e n t o o el d e s c o -
n o c i m i e n t o q u e éste t e n g a d e los usuarios c o n d i c i o n a r á las bases para trabajar un proyec-
to, p o r q u e , según el caso, o aparecerán limitaciones externas más o m e n o s precisas o será
factible p r o p o n e r l a s con cierta l i b e r t a d . Por otra parte, son bastante frecuentes los clientes
q u e encargan obras q u e no son para uso personal, lo q u e s u p o n e q u e los usuarios sean
d e s c o n o c i d o s para el a r q u i t e c t o . Hay otros casos en los q u e el cliente n o es una persona
sino una institución, q u e p o d r á o no ser la usuaria d e l I n m u e b l e .

Los clientes sin arquitecto

Si bien es p o c o c o m ú n q u e el a r q u i t e c t o e d i f i q u e sin c l i e n t e , hay m u c h o s casos, tal vez
la mayoría, en q u e los clientes c o n s t r u y e n sin a r q u i t e c t o .
 La c a l i d a d d e los p r o d u c t o s q u e p a r t e n d e esa base es v a r i a b l e s e g ú n cuál sea la p r o -
L a relación c o n e l
c e d e n c i a d e las obras. A q u é l l a s c u y o o r i g e n es p r i m o r d i a l m e n t e c o m e r c i a l son p o r lo
cliente tiene, e n la
práctica, m u c h a s
g e n e r a l m u e s t r a d e g u s t o s e f í m e r o s , e j e m p l o d e réplicas banales o m a n i f e s t a c i ó n d e
facetas, pero e s d u d o s a s i m á g e n e s d e p r e s t i g i o . Los p r o d u c t o s d e la a r q u i t e c t u r a v e r n á c u l a , en c a m b i o ,
u n a d e l a s más e x p r e s a n casi s i e m p r e una a d m i r a b l e síntesis e n t r e ía t r a d i c i ó n y el o f i c i o . T a m b i é n está
presentes,
el caso d r a m á t i c o d e la v i v i e n d a precaria, característica d e los c i n t u r o n e s d e miseria,
estrechas,
constantes, y q u e en o c a s i o n e s resulta e j e m p l o n o t a b l e d e un uso i n g e n i o s o d e los d e s e c h o s .
con frecuencia En un e x t r e m o d e l e s p e c t r o se c o n c e n t r a n las s o l i c i t u d e s d e o b r a s e x c e p c i o n a l e s
más difíciles q u e
q u e c u e n t a n c o n recursos e x t r a o r d i n a r i o s y en el o t r o los i n t e n t o s p o r resolver n e c e s i d a -
tiene el arquitecto.
des m í n i m a s c o n recursos precarios. Se trata d e c o n d i c i o n e s límite, en las q u e el o h g e n
y las causas son d i v e r g e n t e s , ya q u e e n las p r i m e r a s la d e m a n d a es r e d u c i d a p o r q u e
r e q u i e r e una inversión cuantiosa y e n las s e g u n d a s la d e m a n d a es a b u n d a n t e p e r o la
inversión d i s p o n i b l e m u y escasa. P a r a d ó j i c a m e n t e , esta situación c o n d u c e a q u e se e n -
c u e n t r e un m a y o r n ú m e r o d e a r q u i t e c t o s en la zona d e m e n o r d e m a n d a y casi n i n g u n o
d o n d e parecería q u e se n e c e s i t a n m á s .
Los p r i n c i p i o s , las causas y las a c t i t u d e s q u e se d e r i v a n d e d i c h a situación son t a m -
b i é n inversos: en el p r i m e r caso es i m p o r t a n t e lo q u e se p u e d e hacer y lo q u e se p u e d e
e x p l o r a r ; en el s e g u n d o es f u n d a m e n t a l apreciar los h e c h o s y a p r e n d e r lo q u e es p o s i -
b l e realizar a partir d e c o n d i c i o n e s tan e x t r e m a s y difíciles.
En las zonas i n t e r m e d i a s se e n c u e n t r a n los casos más c o m u n e s .
La a r q u i t e c t u r a c o t i d i a n a es, a fin d e c u e n t a s , la q u e m á s c o n t r i b u y e a hacer c i u d a d .
La p r o d u c c i ó n p o p u l a r o vernácula hasta hace p o c o t i e m p o era la c o t i d i a n a , y p o r
diversas razones se ha p e r d i d o y no ha l o g r a d o r e c u p e r a r s e .
La c o n s t r u c c i ó n d e o r i g e n c o m e r c i a l t i e n d e a ser vana y e f í m e r a , p e r o ha a c a b a d o
p o r c o n f i g u r a r un b u e n p o r c e n t a j e d e los e s p a c i o s u r b a n o s .
La a r q u i t e c t u r a q u e se p r o m u e v e c o n i n t e n c i o n e s d e servicio social p o r instituciones
g u b e r n a m e n t a l e s p o r l o ' g e n e r a l p r o d u c e c o n j u n t o s d e una reiterativa u n i f o r m i d a d .
En estos casos, las p o s i b i l i d a d e s y los niveles d e i n t e r v e n c i ó n d e l a r q u i t e c t o son varia-
bles y d e p e n d e n d e circunstancias difíciles d e generalizar, p e r o vale la p e n a d e m o r a r s e
en a l g u n o s a s p e c t o s q u e a m e r i t a n c o n s i d e r a c i ó n y reflexión e n t o r n o a ciertos p r o b l e m a s
q u e se r e p i t e n c o n r e g u l a r i d a d .
Si b i e n e s p o c o
común q u e e l El d r a m a d elas c i u d a d e s precarias
arquitecto edifique
Las m a n i f e s t a c i o n e s d e a r q u i t e c t u r a precaria m e r e c e n un e s t u d i o d e t e n i d o y c u i d a d o s o .
sin cliente, hay
m u c h o s casos, Su p r o d u c c i ó n a p r o v e c h a , d e m a n e r a i n g e n i o s a , los m í n i m o s recursos accesibles y los
t a l v e z l a mayoría, escasos materiales d i s p o n i b l e s sin I m p o r t a r q u e sean d e d e s e c h o o q u e carezcan, a p r i m e -
en q u e los clientes ra vista, d e cualquier p o s i b i l i d a d d e ser utilizados c o m o e l e m e n t o s d e construcción.
c o n s t r u y e n sin
arquitecto.
A r q u i t e c t u r a m a r g i n a d a q u e se p r o d u c e c o n los m e d i o s m á s insólitos y a p a r e n t e -
m e n t e i n a d e c u a d o s para t r a t a r d e c u b r i r las más e l e m e n t a l e s n e c e s i d a d e s h u m a n a s .
V i v i e n d a efímera y p r o v i s i o n a l , si las hay, q u e , p o r d e s g r a c i a , d a d a una serie d e i n f o r t u -
La v i v i e n d a
nadas e injustas c o n d i c i o n e s e c o n ó m i c a s , políticas y sociales, en m u c h o s países t i e n d e
precaria,
a c o n v e r t i r s e en d e f i n i t i v a , y se e n c u e n t r a d i s e m i n a d a e n g r a n p a r t e d e l t e r r i t o r i o , en característica
particular en las zonas fronterizas o en la periferia d e las g r a n d e s c i u d a d e s , a f e c t a n d o a d e los cinturones
un p o r c e n t a j e m u y a l t o d e la p o b l a c i ó n . de miseria, e n
ocasiones resulta
O b r a m i n i m a l i s t a — e n el s e n t i d o más literal d e l t é r m i n o — p o b r e , i n e f i c i e n t e , insalu- ejemplo notable d e
bre, i n c ó m o d a , p e r o o b r a q u e a pesar d e sus d r a m á t i c a s l i m i t a c i o n e s muestra c ó m o el un uso ingenioso
h o m b r e t r a n s f o r m a éstas e n reto y e n e s t í m u l o , y c ó m o es capaz d e usar el i n g e n i o para d e los d e s e c h o s .

superar las carencias y realizar, con t a n escasos recursos, a l g o q u e se a p r o x i m a a una

v i v i e n d a . O b r a q u e t a m b i é n p u e d e ser una g r a n lección para a q u e l l o s q u e , a pesar d e
h a b e r s e f o r m a d o d e m a n e r a o r t o d o x a en la a c a d e m i a , han g e n e r a d o una s e n s i b i l i d a d
alerta ante o t r o s m o d o s d e hacer las cosas.

El a r q u i t e c t o y l o s p r o b l e m a s s o c i a l e s
En r e a l i d a d , la a r q u i t e c t u r a c o m o p r o f e s i ó n es r e l a t i v a m e n t e r e c i e n t e y t i e n e t o d a v í a un
l a r g o c a m i n o p o r r e c o r r e r Es fácil o l v i d a r q u e d u r a n t e m u c h o s siglos las e d i f i c a c i o n e s
se hicieron p o r c r e a d o r e s cuya p r e p a r a c i ó n no p r o v e n í a d e las aulas sino d e l a p r e n d i z a j e
en talleres d e q u i e n e s sabían o b s e r v a r lo q u e o t r o s realizaban, q u i e n e s a d q u i r í a n la sa-
biduría p o r e x p e r i e n c i a y el o f i c i o p o r t r a d i c i ó n , q u i e n e s c o n o c í a n los secretos d e la
c o n s t r u c c i ó n y, m u c h o s d e ellos, e s t a b a n d i s p u e s t o s a c o m p a r t i r l o s . A n t e las d i f e r e n c i a s ,
g r a n p a r t e d e l p e n s a m i e n t o c o n t e m p o r á n e o p r o m u e v e el c o n v e n c i m i e n t o d e d o s p o -
derosas creencias: una, q u e las ideas p r o p i a s son las únicas correctas y o t r a , q u e hay
una sola m a n e r a d e s e a b l e d e vivir: la nuestra. D i f u n d i r esas ideas y r e c o m e n d a r ese
m o d o d e v i d a se v u e l v e un f a c t o r d e p o d e r q u e m u c h o s llegan a t r a n s f o r m a r en una
suerte d e a p o s t o l a d o . El p r o b l e m a radica e n q u e la distancia e n t r e una p o s i c i ó n e j e m -
plar y una i m p o s i c i ó n e x i g e n t e es m u y c o r t a , y la t e n t a c i ó n d e d a r ese p a s o es m u y
f u e r t e ; e n p a r t i c u l a r c u a n d o hay e v i d e n c i a s d e q u e los q u e v i v e n d i s t i n t o viven m a l . Es
fácil c o n c l u i r q u e los p r o b l e m a s se g e s t a n p o r el h e c h o d e vivir d i f e r e n t e y n o c o m o c o n -
secuencia d e una injusta situación i m p u e s t a p o r las circunstancias. Por e l l o se piensa
q u e c o n v i e n e p r o p i c i a r q u e vivan p a r e c i d o . . . ya q u e no es p o s i b l e q u e vivan i g u a l .

El rechazo visceral q u e p r o v o c a una c o n d i c i ó n d e v i d a q u e está al b o r d e d e lo i n h u -

m a n o , n o d e b e r í a i m p e d i r el e s t u d i o d e sus causas para tratar d e reducir, o al m e n o s
mitigar, sus e f e c t o s , ni e l u d i r el análisis c u i d a d o s o d e las respuestas e s p o n t á n e a s q u e
m u e s t r a , para a p r e n d e r d e l i n d u d a b l e p o t e n c i a l q u e o f r e c e .

La a r q u i t e c t u r a
Arquitectura e ingenio cotidiana, a fin d e
La arquitectura popular, g e n é r i c a m e n t e escasa d e m e d i o s , t i e n d e a f u n d a m e n t a r sus rea- cuentas es la q u e
más c o n t r i b u y e a
lizaciones y sus sistemas en el c o n o c i m i e n t o d e l oficio y en el uso d e l i n g e n i o . A partir d e
hacer ciudad.
un escaso r e p e r t o r i o , el i n g e n i o se c o n v i e r t e en recurso clave para r e s p o n d e r a los retos

La a r q u i t e c t u r a
popular p u e d e ser
u n a g r a n lección
para aquellos que,
a pesar d e haberse
formado d e manera
ortodoxa en la
academia, han
generado una
sensibilidad alerta
ante otros m o d o s
d e h a c e r las c o s a s .
La a r q u i t e c t u r a
culta, e n general,
ha d e j a d o d e
a c u d i r al i n g e n i o .
t e c n o l ó g i c o s , para utilizar i m a g i n a t i v a m e n t e los m a t e r i a l e s d i s p o n i b l e s , para a d e c u a r
los p r o c e d i m i e n t o s a las p o s i b i l i d a d e s q u e b r i n d a el m e d i o y para organizar un sistema
d e v i d a , i n d i v i d u a l y c o l e c t i v a , a c o r d e al sitio y a los r e d u c i d o s m e d i o s d i s p o n i b l e s .
En los estratos s o c i o e c o n ó m i c o s más d e p r i m i d o s — c o m o en la periferia d e casi t o -
d a s las c i u d a d e s en un g r a n n ú m e r o d e p a í s e s — p a r e c e c o n c e n t r a r s e u n t i p o d e i n g e -
n i o q u e l o g r a — a partir d e l uso d e llantas, d e t u b o s , d e láminas, d e c a r t o n e s y d e t o d a
una g a m a insólita d e m a t e r i a l e s d e d e s p e r d i c i o — construir i m p r e s i o n a n t e s h a c i n a m i e n -
tos d e v i v i e n d a s y e x t e n s o s c o n g l o m e r a d o s u r b a n o s .
Ingenio y humor
Sin d u d a se necesita una f u e r t e dosis d e i n g e n i o , d e i m a g i n a c i ó n y d e sabiduría para
organizar un sistema espacial y d e c o m u n i c a c i ó n e f i c i e n t e , para estructurar un o r d e n so-
cial y u r b a n o p r o d u c t i v o y para c o n s t r u i r l o c o n e l e m e n t o s vivos, c o m o s u c e d i ó c o n las
c h i n a m p a s e n las riberas d e los lagos d e l Valle d e M é x i c o . Es l a m e n t a b l e q u e sistemas
c o m o ése hayan sido tan p o c o e s t u d i a d o s .
El uso y el a p r e c i o d e l i n g e n i o incluye con f r e c u e n c i a el h u m o r Pero si b i e n en a r q u i -
t e c t u r a el h u m o r t i e n d e a ser escaso y e n la mayoría d e los casos hace su a p a h c i ó n
c o m o h u m o r i n v o l u n t a r i o , e x i s t e n a l g u n o s e j e m p l o s d e v e r d a d e r a c a l i d a d . O t r o s , a más
d e h u m o r m u e s t r a n h a b i l i d a d c o m p o s i t i v a , c o m o el p a t i o c o n arcos p i n j a n t e s d e l Pa-
lacio d e la Inquisición en la C i u d a d d e M é x i c o , arcos q u e s i m u l a n arrancar, o llegar, a un
a p o y o i n e x i s t e n t e , y con ese p e c u l i a r recurso o r g a n i z a n una e s p l é n d i d a arcada y un n o -
t a b l e e s p a c i o en el p a t i o , con acceso en d i a g o n a l y unas insólitas esquinas.
La a r q u i t e c t u r a c u l t a , p o r d e s g r a c i a , ha d e j a d o d e acudir al i n g e n i o .
La trivia comercial
Los c o m e r c i a n t e s , los v e n d e d o r e s y los inversionistas q u e buscan a n t e t o d o e s p e c u l a r
con bienes raíces, p r o m u e v e n una a r q u i t e c t u r a q u e busca r e c o n o c e r — o i m p o n e r — las
m o d a s y los estilos en b o g a c o n e l e m e n t o s s o b r e p u e s t o s , a p l i c a c i o n e s estilizadas,
m o l d u r a s y c o m p o n e n t e s más o m e n o s o s t e n t o s o s . N o o b s t a n t e su g e n é r i c a f a l s e d a d ,
este f e n ó m e n o m e r e c e ser analizado ya q u e ha i d o i n v a d i e n d o — y a su m a n e r a o r g a n i -
z a n d o — una b u e n a p a r t e d e la c i u d a d c o n t e m p o r á n e a .
Por una causa o p o r o t r a , p o r a b u n d a n c i a o p o r escasez d e i n v e r s i ó n , p o r presencia
o p o r ausencia d e a r q u i t e c t o s , p o r i n g e n u i d a d o p o r sofistícación, se ha i d o d e s p l a z a n -
d o a la b u e n a a r q u i t e c t u r a ; la q u e hace c i u d a d , la q u e p r o v o c a e s p a c i o s a p r o p i a b l e s , la
q u e g e n e r a lugares para uso d e la c o m u n i d a d , la q u e n o vocifera para s o b r e p o n e r su
p e r s o n a l d i s c u r s o ; la q u e trata d e hacer o b r a s q u e r e s p e t e n las diferencias y los m a t i c e s ;
la a r q u i t e c t u r a q u e c o l a b o r a a e n r i q u e c e r la v i d a ; q u e c o n t r i b u y e a hacerla más libre y
atractiva; q u e provoca el e n c u e n t r o d e las personas, q u e genera sitios en los q u e la g e n t e
p u e d e verse, c o n o c e r s e , r e c o n o c e r s e , citarse, reunirse, c o m u n i c a r s e o t r a n q u i l a m e n t e
recluirse; d o n d e p u e d a pensar, m e d i t a r , pasear, d o n d e no esté c o n s t a n t e m e n t e inva-
El r e c h a z o visceral
d i d a p o r la música a m b i e n t a l , p o r los a r o m a t i z a n t e s artificiales o p o r la c o n t a m i n a c i ó n
que provoca una
visual d e los a n u n c i o s q u e p r o p o n e n p r o d u c t o s g e n e r a l m e n t e inútiles o inaccesibles. condición d e v i d a
Hasta h o y se ha l o g r a d o q u e las c i u d a d e s sean d e s o r d e n a d a s , i m p o s i t i v a s , i n s e g u - q u e está a l b o r d e
ras, i n g r a t a s . En d o n d e a l g u n o s se s i e n t e n c o n el d e r e c h o d e i m p o n e r sus i d e a s y sus de loinhumano, n o
deberla impedir el
p r o d u c t o s c o n t r o l a n d o la vía p ú b l i c a . Q u e d a la e s p e r a n z a d e q u e , al hacer t o d o s lo
estudio d e sus
m i s m o , n i n g u n o l o g r e i m p o n e r lo q u e q u e r í a ; p e r o es claro q u e lo q u e l a m e n t a b l e - causas para tratar
m e n t e sí ha l l e g a d o a i m p o n e r s e son las c i u d a d e s v o c i f e r a n t e s , en d o n d e lo p ú b l i c o d e reducir, o al
m e n o s d e mitigar,
—-que es el m a y o r y el m e j o r s u s t e n t o d e la v i d a u r b a n a — ha s i d o i n v a d i d o y a b r u m a -
sus efectos.
d o p o r lo p h v a d o .

La obra expuesta
Se ha v e n i d o m o s t r a n d o q u e la arquitectura es un quehacer c o m p l e j o , tiene q u e ver con la
vida d e los seres humanos y con los sitios en los q u e tiene lugar, sus c o m p o n e n t e s son m ú l t i -
ples, sus c o m b i n a c i o n e s infinitas, sus p r o b l e m a s difíciles y sus soluciones en alto g r a d o
específicas. A esto hay q u e agregar el h e c h o d e q u e las obras arquitectónicas están pues-
tas en la calle, es decir, están expuestas d e m o d o p e r m a n e n t e y, por esa c o n d i c i ó n , en al-
g u n o s aspectos p u e d e decirse q u e no tienen propietario sino q u e pertenecen a t o d o s .
Las reacciones y los resultados q u e l o g r e el a r q u i t e c t o a n t e estas s i t u a c i o n e s d e p e n -
d e n d e una a m p l i a g a m a d e c o n d i c i o n e s : su c o n o c i m i e n t o d e l o f i c i o , su t a l e n t o , su In-
g e n i o o su g e n i o están en la base y son c o n s e c u e n c i a d e su p e r s o n a l h a b i l i d a d ; otras
c o n d i c i o n e s se relacionan con a c t i t u d e s g e n e r a c i o n a l e s o c o n ciertos a p o y o s g r e m i a l e s ;
algunas t i e n e n q u e v e r con la cultura u r b a n a e x i s t e n t e en el m e d i o en el q u e el a r q u i t e c -
t o a c t ú a , y unas cuantas son p r o d u c t o d e a f i n i d a d e s q u e se p r o d u c e n e n t r e a r q u i t e c t o
y c l i e n t e , q u e en ocasiones l o g r a n t r a n s f o r m a r los p r o b l e m a s en e s t í m u l o s , f a v o r e c e n
los a c u e r d o s y hacen prever r e s u l t a d o s valiosos.
En m u c h o s países los p r o b l e m a s se i n c r e m e n t a n d a d a la escasez d e t r a b a j o , a u n a d a
a la i m p e r i o s a n e c e s i d a d d e o b t e n e r ingresos c o n la p r o f e s i ó n , y se a g r a v a n p o r la i d e a ,
p o r d e s g r a c i a m u y e x t e n d i d a , d e q u e el p r o y e c t o a r q u i t e c t ó n i c o n o se p a g a . Si a e l l o
se a g r e g a la falta d e c r é d i t o s para la c o n s t r u c c i ó n , los intereses d e s m e d i d o s , la escasa
o equívoca inversión en o b r a p ú b l i c a , el a n a l f a b e t i s m o u r b a n o i m p e r a n t e y el p o r c e n -
taje e l e v a d o y c r e c i e n t e d e miseria en las g r a n d e s c i u d a d e s , p o d r á c o m p r e n d e r s e al Se ha logrado q u e
m e n o s un f r a g m e n t o i m p o r t a n t e d e la grave p r o b l e m á t i c a q u e t i e n e el ejercicio d e la p r o - las c i u d a d e s s e a n
fesión en los países d e m e n o r d e s a r r o l l o . desordenadas,
impositivas,
Por ésas, entre otras razones, la labor del arquitecto d e p e n d e t a n t o d e sus relaciones inseguras, ingratas,
con los d e m á s . T a m b i é n por dichas razones la obra q u e realiza afecta tan i n t e n s a m e n t e a en donde lo
público h a s i d o
la c o m u n i d a d . Pero eso t a m p o c o quiere decir — c o m o m u c h o s t i e n d e n a p e n s a r — q u e el
dominado por
arquitecto esté en posición d e resolver t o d o s los p r o b l e m a s , q u e sea el responsable d e q u e lo privado.
persistan o el c u l p a b l e d e q u e las propuestas no t e n g a n el éxito previsto. La m u l t i p l i c i d a d
 d e los e l e m e n t o s en j u e g o precisa d e la intervención d e numerosos factores, d e la c o i n -
El q u e h a c e r
cidencia d e variados intereses, d e la concordancia d e a p o y o s p ú b l i c o s y p r i v a d o s , d e la
arquitectónico e s
fascinante pero
eficiencia d e las o p e r a c i o n e s involucradas y d e la difusión a d e c u a d a , o p o r t u n a y persis-
también m o d e s t o . t e n t e d e las ideas p r o m o t o r a s q u e g e n e r a n las obras; la m a y o r parte d e estas c o n d i c i o n e s
Ejercer la m o d e s t i a está, n a t u r a l m e n t e , fuera d e l control y d e las posibilidades d e acción d e l a r q u i t e c t o .
sin c a n c e l a r la
Sin d u d a el q u e h a c e r a r q u i t e c t ó n i c o es fascinante p e r o t a m b i é n m o d e s t o . Ejercer la
euforia e s uno
d e sus retos. m o d e s t i a sin cancelar la e u f o h a es u n o d e sus retos.

A n t e l a s d i f i c u l t a d e s , l a fácil simplificación
La c o m p l e j i d a d d e los p r o b l e m a s i n d u c e al d e s e o d e simplificarlos, es la p é r d i d a d e l
e n f o q u e s i n t é t i c o p r o p i o d e la sabiduría, a f a v o r d e la a c u m u l a c i ó n d e c o n o c i m i e n t o s
q u e e n la a c t u a l i d a d es la t e n d e n c i a más g e n e r a l i z a d a . Esta p o s i c i ó n ha l l e v a d o a c o n -
siderar q u e ciertos p r o b l e m a s , c o m o los u r b a n o s o los a r q u i t e c t ó n i c o s , n o son c o m p i e -
jos — l o q u e invita a la i m a g i n a c i ó n — sino c o m p l i c a d o s — l o q u e incita a la s i m p l i f i c a c i ó n .
De ahí q u e se haya l l e g a d o a una suerte d e i m p o s i c i ó n u n i f o r m e en las p r o p u e s t a s , a
las soluciones t i p o , a la indiferencia a n t e los m a t i c e s , a la ignorancia d e las diferencias
locales-de c l i m a , d e t o p o g r a f í a , d e v e g e t a c i ó n , d e materiales y p r o c e d i m i e n t o s c o n s -
tructivos y d e t r a d i c i o n e s , q u e son f i n a l m e n t e los factores q u e estructuran los valores
culturales d e l sitio y sustentan las p o s i b i l i d a d e s reales d e una a c e p t a b l e c a l i d a d d e v i d a .
En los países d e m e n o r d e s a r r o l l o esta situación se hace más p a l p a b l e e n los p r o b l e -
mas r e l a c i o n a d o s c o n la v i v i e n d a . A n t e las p r e s i o n e s d e una d e m a n d a c r e c i e n t e — p o r
las elevadas tasas d e c r e c i m i e n t o d e la p o b l a c i ó n , p o r los rígidos e Insuficientes recur-
sos d e c r é d i t o , p o r la escasez d e t r a b a j o d i g n a m e n t e r e m u n e r a d o , e t c . — las s o l u c i o n e s
se g e n e r a l i z a n , se t i p i f i c a n y se i m p o n e n e s q u e m a s q u e p e r t e n e c e n a o t r o s estratos
sociales y c o r r e s p o n d e n a otras p o s i b i l i d a d e s e c o n ó m i c a s . Se c o n c l u y e q u e vivir b a j o
ese m o d e l o p r e d o m i n a n t e es lo m e j o r o q u e hacerlo d e otra manera es un e r r o r Se a c e p -
ta c o m o necesario sacrificar las d i m e n s i o n e s , llevarlas al m í n i m o , c o m p a c t a r al m á x i m o
los servicios, cancelar c u a l q u i e r variación q u e se s u p o n e eleva los c o s t o s y c o m p l i c a la
c o n s t r u c c i ó n , y rechazar c u a l q u i e r i n t e n t o p o r r e c o n o c e r f o r m a s d e vida y p r o c e d i m i e n -
L a a c t i t u d del tos t r a d i c i o n a l e s , p o r q u e s e g ú n este e n f o q u e la vida m o d e r n a implica p r o g r e s o y el
arquitecto ante p r o g r e s o es lo o p u e s t o a la t r a d i c i ó n .
las e d i f i c a c i o n e s
realizadas por
otros —sean o Las dificultades c o m o estímulo
no arquitectos-
C u a n d o el a r q u i t e c t o realice una o b r a q u e no sólo el cliente sino la c o m u n i d a d consi-
debería s e r l a d e
c o m p r e n d e r los d e r e q u e d e b e r á ser p r o t a g ó n i c a en la c i u d a d , t e n d r á una e x c e l e n t e o p o r t u n i d a d para
principios y e x p l o r a r nuevas Ideas y e x p l o r a r diversas s o l u c i o n e s , aplicarlas e n esa o b r a y — s i se
descubrir los
c o n f i r m a r a n c o m o significativas— él m i s m o y o t r o s p r e v i s l b i e m e n t e utilizarán esas a p o r -
s i s t e m a s d e relación
que proponen. taciones en otras o b r a s . De esa m a n e r a se p u e d e c o n t r i b u i r e n a l g u n a m e d i d a a resolver
m e j o r los p r o b l e m a s d e la c i u d a d .
r La a c t i t u d d e l a r q u i t e c t o a n t e las e d i f i c a c i o n e s realizadas p o r o t r o s — s e a n o n o ar-
q u i t e c t o s — d e b e r í a ser la d e c o m p r e n d e r los p r i n c i p i o s y d e s c u b r i r los sistemas d e
Poder copiar as,
y ha sido, una
relación q u e p r o p o n e n , p o r q u e las f o r m a s , los materiales o los d e t a l l e s d e una o b r a , ventajosa
c o n s i d e r a d o s a i s l a d a m e n t e , n o pasarán d e ser s o l u c i o n e s f r a g m e n t a r i a s q u e una p e r s o - posibilidad y
na e l i g i ó c o m o respuesta a un p r o b l e m a para un sitio e s p e c í f i c o y e n un m o m e n t o una actitud
constante de
d e t e r m i n a d o . El a p r e n d i z a j e a partir d e ta o b s e r v a c i ó n c u i d a d o s a d e las o b r a s q u e o t r o s
todos los seres
han h e c h o sólo se logra s o b r e la base d e l e n t e n d i m i e n t o d e las estructuras d e relación humanos.
entre sus e l e m e n t o s . Tal c o m o se a p r e n d e a c o n t a r a partir d e l m o m e n t o e n q u e se c o m -
p r e n d e n los p r i n c i p i o s d e l sistema, no c u a n d o se i n t e n t a el infantil d e s p r o p ó s i t o d e m e -
morizar c o m p l e t a la serie n u m é r i c a .
Los v e r d a d e r o s sistemas son estructuras abiertas, razón p o r la cual son c a p a c e s d e
g e n e r a r un i n f i n i t o r e p e r t o r i o d e p o s i b i l i d a d e s d e las cuales, en cada o b r a específica, se
e l i g e n y se m u e s t r a n sólo algunas.

El a r q u i t e c t o y l o s o t r o s arquitectos
En el a p r e n d i z a j e , e n la enseñanza y en el ejercicio d e la a r q u i t e c t u r a d e nuestro t i e m -
p o a p a r e c e n a l g u n o s c o n f l i c t o s en t o m o a la relación d e los a r q u i t e c t o s c o n la o b r a d e
o t r o s . Tal vez u n o d e los p r i n c i p a l e s es el d e la c o p i a . Lo c u r i o s o es q u e p o r una p a r t e
se luche c o n t r a la idea y se d e s d e ñ e el h e c h o d e c o p i a r lo q u e o t r o s h a c e n y, p o r o t r a ,
q u e t o d o s a c a b e n p o r h a c e r i o , a u n q u e hay q u e r e c o n o c e r q u e a l g u n o s c o p i a n e n f o r m a
v e r g o n z a n t e y o t r o s d e una m a n e r a franca.
La actual a b u n d a n c i a d e i n f o r m a c i ó n , la p e n e t r a c i ó n d e los m e d i o s , las f a c i l i d a d e s
para viajar, son a l g u n o s factores e x t e r n o s q u e p r e t e n d e n e x p l i c a r el h e c h o . La i n f l u e n -
cia d e los m a e s t r o s , la a f i n i d a d y el g u s t o p e r s o n a l , la c o n s a g r a c i ó n d e ciertas o b r a s y
autores p o r la crítica y su extensa d i f u s i ó n , son r a z o n a m i e n t o s q u e i n t e n t a n justificarlo.
Sin e m b a r g o , una reflexión sin p r e j u i c i o s c o n d u c e a p e n s a r q u e el d e s p r e s t i g i o d e la
palabra c o p i a y el rechazo d e la idea q u e involucra, es en el f o n d o b a s t a n t e g r a t u i t o . De
h e c h o , c o p i a r es, y ha sido, una ventajosa p o s i b i l i d a d y una a c t i t u d c o n s t a n t e d e t o d o s
los seres h u m a n o s . Gracias al esfuerzo r e i t e r a d o p o r c o p i a r los s o n i d o s familiares t o d o s
los niños han a p r e n d i d o a hablar; una d i s p o s i c i ó n e q u i v a l e n t e se asume c u a n d o un a d u l -
t o d e s e a a p r e n d e r o t r o i d i o m a ; t o d o s los oficios, t o d o s los d e p o r t e s , t o d o s los j u e g o s
y gran p a r t e d e las a c t i v i d a d e s q u e el h o m b r e practica se a p r e n d e n c o p i a n d o lo q u e E n arquitecluríi l . i
hacen los d e m á s y esa acción se d e c i d e y se ejerce d e manera natural p o r t o d o s , al mar- C O p i . l (¡el i i ' M i l l . i

g e n d e q u e su práctica se c o n s i d e r e útil, interesante, d i v e r t i d a o t r a s c e n d e n t a l . i n i p . r . i l . l . ' I,1

d e p c m l i •! 11 1.1 ' |i i. •

i K ' h i - l < i ' ll >i . 1

Copiar para aprender arquitoctónict
En a r q u i t e c t u r a la c o p i a fiel resulta i m p o s i b l e . La d e p e n d e n c i a q u e t i e n e la o b r a a r q u i - I ll' I IM ln< | n i
I " •( l i l i I I
t e c t ó n i c a d e un lugar específico lo i m p i d e . El e n t o r n o , la luz y el clima — p o r sólo m e n -
l o irnpid»,
cionar a l g u n o s c o m p o n e n t e s d e l s i t i o — n o son i n t e r c a m b i a b l e s . I g n o r a d o s , c r e y e n d o
 q u e es p o s i b l e hacer lo m i s m o en c u a l q u i e r p a r t e , m u e s t r a , a más d e un c r i t e r i o e l e -
La a r q u i t e c t u r a
m e n t a l , una falta d e s e n t i d o c o m ú n y, en ú l t i m a instancia, una carencia d e c u l t u r a . C a b e
— q u e siempre
comienza por
p r e g u n t a r s e si e n el c a m p o d e la creación a r q u i t e c t ó n i c a t e n d r á a l g ú n s e n t i d o el regis-
ser un oficio— t r o d e los d e r e c h o s d e a u t o r En hgor, lo q u e se llama c o p i a e n a r q u i t e c t u r a no p e r j u d i -
se a p r e n d e ca a n a d i e y si e n c a m b i o p u e d e b e n e f i c i a r a q u i e n la i n t e n t e con d i g n i d a d .
haciendo y por ello
La a r q u i t e c t u r a — q u e s i e m p r e c o m i e n z a p o r ser un o f i c i o — se a p r e n d e h a c i e n d o y
copiando lo que
hacen otros, p o r ello c o p i a n d o lo q u e hacen o t r o s q u e se c o n s i d e r a q u e saben c ó m o h a c e r l o b i e n .
q u e se considera Si b i e n c o p i a r no es la única m a n e r a d e a p r e n d e r sí es una d e las m e j o r e s , p o r q u e
q u e s a b e n cómo
una vez q u e se a d q u i e r e n los p r i n c i p i o s y se c o n o c e n las bases d e l o f i c i o es p o s i b l e , si
hacerlo bien.
se t i e n e t a l e n t o , aplicarlo para superar al m a e s t r o y para e n c o n t r a r una e x p r e s i ó n en ver-
d a d p r o p i a . M i g u e l d e C e n / a n t e s n o i n v e n t ó n u e v o s s o n i d o s ni un i d i o m a d i s t i n t o para
escribir El Q u i j o t e , usó d e m o d o n o t a b l e el l e n g u a j e q u e había a p r e n d i d o d e n i ñ o c o -
p i a n d o a sus m a y o r e s .
C o p i a r c o m o m e d i o d e a p r e n d i z a j e p e r s o n a l es r e c o m e n d a b l e , p e r o es p o s i b l e t a m -
b i é n c o p i a r c o m o f o r m a d e e n g a ñ o , lo cual p u e d e llegar a ser, e n m a y o r o m e n o r m e d i -
da, un d e l i t o . En o t r o s c a m p o s se da la c o p i a c o m o falsificación, c o m o i n t e n t o d e q u e
los d e m á s crean q u e la o b r a es d e un a u t o r c u a n d o es d e o t r o , y así se a d q u i e r a y se
p a g u e c o m o u n original sin serlo.

A p r o p i a r s e sencilla
y dignamente d e lo
mejor que nos
o f r e c e n l o s demás,
conocerlo bien,
respetarlo y
paladearlo, e s
indispensable para
poder transformarlo
en algo creativo y
verdaderamente
personal.
Apropiarse lo mejor
D u r a n t e m i l e n i o s , e n la o b r a a r q u i t e c t ó n i c a se ha r e p e t i d o el uso d e p u e r t a s y v e n t a n a s ,
d e p l a t a f o r m a s y escalinatas, d e c o l u m n a s y m u r o s , d e cúpulas y b ó v e d a s . La r e p e t i c i ó n
persiste y es i n e l u d i b l e . ¿Por q u é no — c u a n d o se p u e d a — incluso i n t e n t a r mejorarlas
un p o c o ? ¿Por q u é n o a p r e n d e r d e l uso q u e hizo Kahn d e l c o n c r e t o e n el Instituto Salk
o en el M u s e o K i m b e l ? Es i m p o r t a n t e estudiar la m a n e r a c o m o los p u e b l o s p r e h i s p á n i -
cos a r t i c u l a r o n los e s p a c i o s e n T e o t i h u a c á n o en U x m a l ; e x p l o r a r el m u n d o infinito d e
las c o m b i n a c i o n e s d e l ladrillo d e la a r q u i t e c t u r a islámica; i n d a g a r en el m i s t e r i o d e las
atmósferas q u e creó Luís B a r r a g á n , y m a n t e n e r s e alerta para d e s c u b r i r lugares, obras,
estructuras, sistemas y d e t a l l e s p l e t ó r i c o s d e ofertas.
C o n v i e n e mirar, palpar, husmear, escuchar, e x p e r i m e n t a r , transitar y d e m o r a r s e e n lo
q u e hacen los d e m á s , para l u e g o a p r o p i a r s e d e t o d o lo b u e n o q u e e n a r q u i t e c t u r a se
p u e d a d e s c u b r i r Es necesario buscar para e n c o n t r a r es f u n d a m e n t a l e n c o n t r a r para
a p r e n d e r , p e r o es i n e v i t a b l e c o p i a r para saber d ó n d e , q u é y c ó m o buscar y, una vez q u e
se e n c u e n t r a , saber c ó m o a p o d e r a r s e d e e l l o y recrearlo.
A p r o p i a r s e sencilla y d i g n a m e n t e d e lo m e j o r q u e nos o f r e c e n los d e m á s , c o n o c e r -
lo b i e n , r e s p e t a r l o y p a l a d e a r l o , es i n d i s p e n a b l e para p o d e r t r a n s f o r m a r l o e n a l g o crea-
tivo y verdaderamente personal.
Plaza de Soto. Ciudad de México, Alfonso Govela. © Lourdes Grobet
 Misiones y responsabilidades

L a búsqueda d e l a n o t o r i e d a d
A lo largo d e la historia d e la a r q u i t e c t u r a se e n c u e n t r a n s i e m p r e o b r a s q u e han s i d o
realizadas c o n el p r o p ó s i t o d e focalizar la a t e n c i ó n , c o n la i n t e n c i ó n d e c o n v e r t i r s e en
hitos, en referencias destacadas o c u l m i n a n t e s en su c o n t e x t o . En ocasiones, el d e s e o d e
n o t o r i e d a d se o r i g i n a p o r la particular s i g n i f i c a c i ó n q u e para los h a b i t a n t e s d e l sitio
t i e n e n los e d i f i c i o s o los e s p a c i o s , tales c o m o los q u e alojan c e n t r o s religiosos y c e r e -
m o n i a l e s , la s e d e d e los p o d e r e s o los c e n t r o s d e r e u n i ó n c o m u n i t a r i a ; en o t r o s casos
el alarde y la o s t e n t a c i ó n se g e n e r a s i m p l e m e n t e c o n el o b j e t o d e subrayar la i m p o r -
tancia d e una p e r s o n a , d e una f a m i l i a o d e una i n s t i t u c i ó n . Para realizar el e n c a r g o t r a d i -
c i o n a l m e n t e se reunía a un g r u p o d e s t a c a d o d e artistas d e la l o c a l i d a d y d e l m o m e n t o ,
se p r o p o r c i o n a b a n los recursos necesarios y se solicitaban los materiales más exclusivos
para l o g r a r q u e el r e s u l t a d o fuera el e s p e r a d o : una o b r a única y e s p e c t a c u l a r q u e p u -
diera exhibirse c o n o r g u l l o e i n c r e m e n t a r a el r e c o n o c i m i e n t o y el p r e s t i g i o d e l p e r s o n a -
j e o d e l g r u p o q u e la e n c a r g a b a y la belleza d e la c i u d a d q u e p o d í a mostrarla.

Esta a c t i t u d milenaria ha p r o d u c i d o la mayoría d e las o b r a s d e a r q u i t e c t u r a más a d -

m i r a b l e s d e la historia, p e r o t a m b i é n ha c o n t r i b u i d o a g e n e r a r m u c h o s e q u í v o c o s , t a n t o
en los valores c o n s a g r a d o s para apreciar las o b r a s (hay materiales n o b l e s y o t r o s v u l g a -
res; lo c o s t o s o es e l e g a n t e , lo e c o n ó m i c o vulgar) c o m o en los p r i n c i p i o s para practicar
la arquitectura (lo n u e v o es preferible a lo a n t i g u o , la t r a d i c i ó n es r e t r ó g r a d a mientras la
v a n g u a r d i a es progresista) y, lo más i n q u i e t a n t e , ha i m p l i c a d o no pocas injusticias (la
o b r a rica e insólita es m e j o r q u e la m o d e s t a y cotidiana). La situación acentúa las d i f e r e n -
cias t a n t o culturales c o m o r e g i o n a l e s , sociales y e c o n ó m i c a s q u e ya d e p o r sí existen
e n t r e las n a c i o n e s , los p u e b l o s y los g r u p o s sociales y enfatiza la distancia e n t r e países
p o b r e s y países ricos.

L a asociación c o n e l p o d e r
C r e o q u e es u r g e n t e r e c o n s i d e r a r si la g r a n a r q u i t e c t u r a d e b e r á c o n t i n u a r asociada sin
r e m e d i o al p o d e r y a la a b u n d a n c i a d e recursos q u e se concentra en unas cuantas m a n o s .
C o n s i d e r o q u e es vital reflexionar si el c a m p o d e acción q u e c o r r e s p o n d e a los a r q u i -
t e c t o s d e las nuevas g e n e r a c i o n e s d e b e r á seguir s i e n d o t a n l i m i t a d o , si no será p o s i b l e
 reivindicar valores m á s a m p l i o s , intereses más g e n e r a l e s y abarcar p r o b l e m a s q u e afec-
Los arquitectos nos
tan a mayor número d e personas.
hemos olvidado
d e enseñar
M e p a r e c e i m p e r i o s o r e c o n o c e r q u e resulta i g u a l m e n t e p o s i b l e hacer una o b r a ex-
arquitectura, t r a o r d i n a r i a con a d o b e s o c o n ladrillos, q u e c o n m á r m o l e s o c o n a c e r o i n o x i d a b l e ; q u e
n o sólo a l o s es t a n f a c t i b l e , y tan d e s e a b l e , llegar a la e x p r e s i ó n p o é t i c a e n un sencillo c o n j u n t o d e
estudiantes sino
v i v i e n d a s , c o m o e n un s o f i s t i c a d o m u s e o ; q u e la b u e n a a r q u i t e c t u r a n o está necesaria-
a la g e n t e .
m e n t e adscrita al d i s p e n d i o , ni es d e p e n d i e n t e d e l e s p e c t á c u l o , ni está anclada en las
p o s i c i o n e s d e real o supuesta v a n g u a r d i a .

Vocación y c o m p r o m i s o
Creo q u e la práctica d e la arquitectura d e b e ser una actividad estimulante y placentera,
p e r o t a m b i é n serena y responsable. Ejercerla s u p o n e una v o c a c i ó n , una entrega y un c o m -
p r o m i s o ; i m p o n e una manera d e ver y d e e x p e r i m e n t a r las circunstancias; p r o p o n e una
sensibilidad particular hacia los espacios, el m o v i m i e n t o , las formas y el r i t m o . Solicita per-
cibir c o n claridad las relaciones y el o r d e n q u e se establece entre las cosas y desea conver-
tirse en o b r a construida, en realidad concreta, asentada en un lugar preciso e identificable.
Porque la arquitectura es un q u e h a c e r vital y ser a r q u i t e c t o es una f o r m a d e ver la vida.
Por eso hacer arquitectura es crear espacios sugestivos para transitar, para pasar y para pa-
sear; a m b i e n t e s a g r a d a b l e s para estar y para d e m o r a r s e e n ellos, es crear lugares para vivir
m e j o r q u e c o l a b o r e n a incrementar la calidad d e v i d a . C o n v i e n e q u e estas intenciones se
e n c u e n t r e n y enriquezcan t o d a s las escalas d e una obra arquitectónica: las distantes y las
cercanas, las próximas, las accesibles y las inmediatas; d e s d e la casa y el barrio hasta la
gran c i u d a d . Es necesario q u e estos deseos se expresen en t o d o s y cada u n o d e los ele-
m e n t o s : plataformas y muros, columnas y cubiertas, puertas y ventanas, esquinas y rinco-
nes, juntas y molduras. D e b e n aparecer en t o d o s los espacios: en el u m b r a l d e la puerta y
en el i n t i m o rincón del descanso c o t i d i a n o ; en la terraza frente al mar y en la plaza d e reu-
nión c i u d a d a n a ; en las calles q u e llevan al t r a b a j o y en los conectores q u e articulan los via-
d u c t o s d e alta v e l o c i d a d ; en la calzada u m b r o s a q u e invita a la serenidad y al descanso y
en el sitio para eí t r a b a j o diario; en la estación d e ferrocarril y en el a e r o p u e r t o ; en el t e m -
p l o y en el estadio d e p o r t i v o , en la vivienda individual y en el edificio c o m u n i t a r i o .

Conviene n o La ciudad ordenada

olvidar q u e la En t i e m p o s n o tan lejanos, c u a n d o la a r q u i t e c t u r a se c o n c e b í a n e c e s a r i a m e n t e a partir
liberación n o e s u n
d e un o r d e n c o n s t r u c t i v o , una vez realizada c u a l q u i e r o b r a e x p r e s a b a este o r d e n con
propósito, e s u n a
conquista. Q u e la c l a r i d a d {ya q u e d e n o r e s p e t a r l o , la c o n s t r u c c i ó n corría el riesgo d e venirse a b a j o ) . Hoy,
espontaneidad q u e s e p u e d e c o n s t r u i r casi c u a l q u i e r cosa ( p o r q u e la t e c n o l o g í a actual p a r e c e p e r m i -
no es una tirlo) las o b r a s han p e r d i d o el s e n t i d o d e lo c o n s t r u c t i v o , el s e n t i d o d e un o r d e n q u e en
ocurrencia, e s
m u c h o había c o n t r i b u i d o , e n t r e otras cosas i m p o r t a n t e s , a unificar las c i u d a d e s . C u a n d o
u n a sabiduría.
c u a l q u i e r ocurrencia q u e se c o n s i d e r a n o v e d o s a p u e d e construirse — y a d e m á s , p o r
d e s g r a c i a , m a n t e n e r s e e n p i e — , m u c h a s c i u d a d e s se han c o n v e r t i d o en una suerte d e
L a práctica d e l a
m u e s t r a r i o g e n e r a d o r d e l caos u r b a n o .
arquitectura d e b e
En esthcto s e n t i d o , las c i u d a d e s se hacen más por la g e n t e q u e p o r los arquitectos, p o r ser una actividad
eso la misión d e éstos es la d e mostrar caminos y posibilidades d e hacerla para q u e la g e n - estimulante y
t e los elija, los use y los evalúe; para q u e aprecie los mejores y se los a p r o p i e . Por eso, t a m - placentera, pero
también s e r e n a
b i é n , la arquitectura d e b e ser urbana en el d o b l e sentido d e respetar la ciudad y d e p r o m o -
y responsable.
verla, p o r q u e la buena arquitectura muestra c ó m o hacerla y p r o p o n e c ó m o hacerla mejor.
Por d e s g r a c i a , los a r q u i t e c t o s nos h e m o s o l v i d a d o d e enseñar a r q u i t e c t u r a , n o s ó l o
a los e s t u d i a n t e s sino a la g e n t e .
Más se a p r e n d e v i e n d o , r e c o r r i e n d o y e x p e r i m e n t a n d o d i r e c t a m e n t e las o b r a s y los
lugares, s o b r e t o d o si las visitas se hacen en c o m p a ñ í a d e a l g u i e n sensible q u e señale
lo s i g n i f i c a t i v o . T a m b i é n se a p r e n d e más d i b u j a n d o lo q u e se v e , p o r q u e a y u d a a p e r -
c i b i r l o y c o m p r e n d e r l o mejor, o inclusive c o p i a n d o , t r a t a n d o d e imitar lo q u e o t r o s ha-
cen, en particular sí lo hacen b i e n .

E l m i s t e r i o d e l a creación
La v e r d a d e r a creación c o n t i e n e una dosis i m p o r t a n t e d e l i b e r a c i ó n , otra d e e x p r e s i ó n
e s p o n t á n e a y m u c h a d e pasión p e r s o n a l . Pero c o n v i e n e no o l v i d a r q u e la l i b e r a c i ó n n o
es un p r o p ó s i t o , es una c o n q u i s t a . Q u e la e s p o n t a n e i d a d no es una o c u r r e n c i a , es una
sabiduría. Q u e la pasión r e q u i e r e un m a r c o d e referencia y el d e s a r r o l l o p e r s o n a l i m p l i c a
m a d u r e z para r e c o n o c e r sus límites, t i e m p o para llegar a c o n t r o l a r l o s y solidez para
estructurar un discurso q u e los s o b r e p a s e . C o n v i e n e t a m b i é n r e c o r d a r q u e , p o r a ñ a -
d i d u r a , para d o m i n a r una a c t i v i d a d creativa se precisan f a c u l t a d e s especiales — l o q u e
n o es c o m ú n — y una b u e n a c a n t i d a d d e t a l e n t o — l o q u e es aún más escaso.
Por f o r t u n a hay un c o m p l e m e n t o clave q u e c o l a b o r a en el p r o c e s o , un f a c t o r t r a d i -
c i o n a l m e n t e a s o c i a d o con la c r e a c i ó n : la i n s p i r a c i ó n .
La inspiración es una e x p e r i e n c i a m i s t e r i o s a , q u e se presenta en ocasiones c o m o una
vaga y t e n u e a p a r i c i ó n y en otras se i m p o n e con la v i o l e n c i a d e una r e v e l a c i ó n . En los
procesos creativos resulta un i n g r e d i e n t e m á g i c o , un o r d e n a d o r p o d e r o s o q u e p e r m i t e
e n t e n d e r s ú b i t a m e n t e m u c h a s relaciones y jerarquizar c o m p o n e n t e s q u e hasta ese m o -
m e n t o se habían m a n t e n i d o o c u l t o s o c o n f u s o s . Su a p a h c i ó n se p r o p i c i a , se p r e p a r a y
Hacer arquitectura
se sustenta m e j o r s o b r e las bases d e un o f i c i o a p r e n d i d o y d o m i n a d o q u e c o n t r i b u i r á a es crear espacios
fertilizar el c a m p o para q u e la inspiración b r o t e c o n m a y o r fuerza. sugestivos
para transitar,
En g e n e r a l , la i n s p i r a c i ó n no p r o v i e n e d e l e s t u d i o , t a m p o c o d e un s i s t e m a , ni m u -
para pasar y para
c h o m e n o s d e una receta o d e una f ó r m u l a . Por p r i n c i p i o se aleja d e lo p r e v i s i b l e , d e lo pasear, a m b i e n t e s
d e d u c i b l e y d e lo d e m o s t r a b l e , p e r o es, al m i s m o t i e m p o , un a c o n t e c i m i e n t o tan d e - agradables
para estar y
seable c o m o elusivo. N o hay e s t í m u l o s q u e g a r a n t i c e n su p r e s e n c i a , sin e m b a r g o n o
para demorarse
d e b e olvidarse q u e la i n s p i r a c i ó n , misteriosa c o m o es, no es tan sorpresiva e i m p r e v i s i - en ellos.
b l e c o m o a p r i m e r a vista p a r e c e . A p o c o q u e se r e f l e x i o n e , resulta significativo obser-

La a r q u i t e c t u r a e s
un quehacer vital
y ser arquitecto e s
una forma d e ver
la v i d a .
L a inspiración e s
una experiencia
misteriosa, que
se presenta e n
ocasiones c o m o
una vaga y tenue
aparición y e n o t r a s
se i m p o n e c o n la
violencia d e una
revelación.
var q u e las i n s p i r a c i o n e s musicales les llegan a los m ú s i c o s , las pictóricas a los p i n t o r e s ,
las a r q u i t e c t ó n i c a s a los a r q u i t e c t o s . La inspiración se busca y se c o n q u i s t a , sólo así
a p a r e c e . Y, p o r inasible q u e parezca, se p r e s e n t a s i e m p r e en ios lugares q u e le corres-
p o n d e n y d e s d e d o n d e se le ha l l a m a d o con insistencia.
La presencia d el a a r q u i t e c t u r a en los medios
En las últimas d é c a d a s la presencia, en g e n e r a l , d e los arquitectos y d e las obras d e a r q u i -
tectura ha c r e c i d o d e un m o d o n o t a b l e . N o sólo aparecen o b r a s y autores en las revistas
especializadas, sino t a m b i é n e n las d e m o d a , en las secciones d e sociales y hasta se repite
la arquitectura c o m o profesión f r e c u e n t e d e los galanes en las cintas cinematográficas.
A u n q u e no s i e m p r e con c o n o c i m i e n t o d e causa, tal vez pocas veces en la historia se ha
h a b l a d o , se ha escrito y se ha m o s t r a d o t a n t o d e l t e m a c o m o en nuestros días.
Inclusive las o b r a s d e ciertos a r q u i t e c t o s se han v u e l t o c o l e c c i o n a b l e s , c o m o hasta
ahora lo habían s i d o sólo las d e p i n t o r e s y e s c u l t o r e s . N a t u r a l m e n t e , los c o l e c c i o n i s t a s
más i m p o r t a n t e s son los q u e t i e n e n más d i n e r o para p a g a r a los a u t o r e s más c e l e b r a -
d o s y para c o n t r o l a r los m e d i o s q u e p u b l i c a n sus o b r a s , las p r o m u e v e n y d a n c a b i d a a
t e x t o s críticos — m á s o m e n o s c i f r a d o s — q u e las c o n s a g r a n .
En consecuencia, hay ahora un gran m e r c a d o para las obras q u e llevan la firma d e arqui-
tectos reconocidos, Bilbao ya tiene un Gehry, un Foster, un Calatrava y continúa en sus a d -
quisiciones; Berlín p o s i b l e m e n t e p o s e e la colección más extensa d e la s e g u n d a m i t a d d e l
siglo xx; Barcelona ha reunido una m u y respetable, y otras ciudades se apresuran a iniciarla.
T r a d i c í o n a l m e n t e los t e m a s r e l a c i o n a d o s c o n la m i s i ó n y las r e s p o n s a b i l i d a d e s d e l ar-
q u i t e c t o han p l a n t e a d o p r o b l e m a s c o n s t a n t e s q u e d e s p i e r t a n interés y solicitan refle-
x i ó n . Es un h e c h o i n e l u d i b l e q u e el d e v e n i r histórico y los p r i n c i p i o s culturales p r e s e n t a n
h o y c a m b i o s p r o f u n d o s q u e m e r e c e n a t e n c i ó n , c o n s i d e r a c i ó n y análisis. Pero e n m u -
chos casos e m p i e z a n a p a r e c e r i n c o n s i s t e n t e s , i n q u i e t a n t e s y e n o c a s i o n e s hasta injus-
tos, ya q u e la situación q u e p r e v a l e c e está g e n e r a n d o q u e la a c t i v i d a d más e x t e n s a ,
costosa y e s p e c t a c u l a r se desarrolle en u n o s c u a n t o s países, se c o n c e n t r e en a l g u n o s
a r q u i t e c t o s — e n particular a q u e l l o s q u e e n c a b e z a n el p r e s t i g i o en los m e d i o s — y se
m u e v a casi s i e m p r e en un c a m p o m i n o h t a r i o y elitista d e ideas sofisticadas.
Responsabilidades deseables
Una misión y una r e s p o n s a b i l i d a d d e los a r q u i t e c t o s d e esta g e n e r a c i ó n sería la d e c o -
laborar para c o n t h b u i r a c o n o c e r m e j o r y más p r o f u n d a m e n t e los n u m e r o s o s factores
q u e i n c i d e n e n el p r o b l e m a d e la v i v i e n d a y d e la v i d a c o t i d i a n a d e los seres h u m a n o s ,
en particular la situación d e los d e s f a v o r e c i d o s , d e los q u e carecen d e una m o r a d a d i g -
na o d e los q u e han p a d e c i d o s i t u a c i o n e s d e e m e r g e n c i a .
Es n e c e s a h o insistir e n la c o n v e n i e n c i a d e e s t u d i a r los e f e c t o s q u e el clima y el paso
d e l t i e m p o t i e n e n s o b r e los m a t e r i a l e s y los p r o c e d i m i e n t o s c o n s t r u c t i v o s ; d e e x p e r i -
m e n t a r c o n m a t e r i a l e s y sistemas a l t e r n a t i v o s ; d e analizar las características d e las for-
mas constructivas t r a d i c i o n a l e s q u e aún persisten en diversas r e g i o n e s d e l m u n d o . Es
p r e c i s o i n v e s t i g a r s o b r e sus v e n t a j a s para a p r o v e c h a r l a s sin p r e j u i c i o s y s o b r e sus i n c o n -
v e n i e n t e s para s u p e r a r l o s c o n n a t u r a l i d a d ; para c o n s t r u i r v i v i e n d a s c o n p r o c e d i m i e n t o s l r i l | ) u i U l i t n <IN
d i s t i n t o s a los q u e c o m e r c i a l m e n t e están e n b o g a p e r o q u e aún se utilizan c o n é x i t o en l l l m r a i ir<n. < ' i i i
iltt R N I
m u c h o s lugares; para d o c u m e n t a r los t i e m p o s y los costos d e realización, el t i p o d e m a -
•Ipditli'tii' M V
teriales y la m a n e r a d e utilizarios; para registrar el c o m p o r t a m i e n t o d e los sistemas a n t e IMIII ll.l I lli

la t e m p e r a t u r a , la h u m e d a d , el v i e n t o y, en g e n e r a l , los e f e c t o s d e la i n t e m p e r i e ; para es- |>iiMi IM I iKi I I I I inl

t u d i a r sus características resistentes, su d u r a b i l i d a d y sus e x i g e n c i a s d e m a n t e n i m i e n t o .

Es i m p r e s c i n d i b l e generar conciencia d e la importancia q u e t i e n e n estos p r o b l e m a s , d e
su trascendencia, d e la necesidad imperiosa d e contribuir en a l g o a resolverlos y d e las p o -
sibilidades q u e existen d e hacerio a p r e n d i e n d o d e otros m o d o s y a p l i c a n d o otros criterios
q u e no sean exclusivamente los impuestos p o r los e n f o q u e s d e la academia c o n t e m p o r á n e a .
Ciertas facetas d e este t e m a c o l i n d a n c o n los valores e s t é t i c o s , q u e a l g u n o s tal vez
c o n s i d e r e n s u b j e t i v o s y d e m e n o r i m p o r t a n c i a ; una b u e n a p a r t e están r e l a c i o n a d a s c o n
razones d e o r d e n p r á c t i c o , e c o n ó m i c o o p o l í t i c o , q u e a m u c h o s p a r e c e r á n c i r c u n s t a n -
ciales, p e r o otras m á s p e r t e n e c e n al m u n d o o b j e t i v o y t r a s c e n d e n t a l d e la é t i c a , d e l
ejercicio d i g n o d e la p r o f e s i ó n , d e l r e s p e t o p o r el o f i c i o , d e la r e s p o n s a b i l i d a d c o n las
p e r s o n a s y c o n la c o m u n i d a d . Éstas n o p o d r á n soslayarse.

Recuperar los valores

Es i m p o r t a n t e a c e p t a r q u e u n o d e los p r o b l e m a s t r a s c e n d e n t a l e s para los a r q u i t e c t o s
d e n u e s t r o t i e m p o será r e c u p e r a r la g a m a c o m p l e t a d e los valores: e n la p r á c t i c a , e n la
crítica, en la enseñanza y en la d i f u s i ó n d e l q u e h a c e r a r q u i t e c t ó n i c o .
D e b e r á r e c o n o c e r s e q u e n o s ó l o es p o s i b l e , sino n e c e s a r i o , hacer b u e n a a r q u i t e c -
tura q u e a t i e n d a y resuelva la g r a n c a n t i d a d d e p r o b l e m a s q u e a q u e j a n c o t i d i a n a m e n t e
a los más d e s p r o t e g i d o s .
Para Inacer
Es i m p r e s c i n d i b l e revaluar la s e n s i b i l i d a d , el uso, el c o n o c i m i e n t o y el r e s p e t o p o r arquitectura e s
t o d o s los m a t e r i a l e s y el interés p o r los d i v e r s o s p r o c e d i m i e n t o s q u e se han u t i l i z a d o en necesario entender
la historia. cómo s e l o g r a l a
relación e n t r e
Será p r e c i s o rectificar las ideas q u e han l l e v a d o a c o n s i d e r a r la c a l i d a d d e la o b r a
las c o s a s y los
c o m o un valor q u e a u t o m á t i c a m e n t e se d e r i v a d e su m a y o r c o s t o . espacios, indagar
Es urgente investigar las características d e las graves y variadas situaciones d e e m e r g e n - cómo p u e d e
ponerse todo d e
cia q u e se presentan en el m u n d o para analizar y p r o p o n e r alternativas viables d e solución.
acuerdo para que
Será m u y i m p o r t a n t e d a r a c o n o c e r y p r o m o v e r los p r i n c i p i o s q u e se d e r i v e n d e es- resuene y prever
tas reflexiones. espacios para
q u e se expresen
C r e o f i n a l m e n t e q u e así, c o m o c o n s e c u e n c i a d e una reflexión p r o f u n d a , d e una sana
ios q u e viven
m o d e s t i a y d e una c r e a t i v i d a d e u f ó r i c a , el q u e h a c e r a r q u i t e c t ó n i c o estará p r e p a r a d o e n ella.
para e n f r e n t a r los retos q u e n u e s t r o t i e m p o le p r o p o n e .
Fuente El Bebedero, Ciudad de México. Luis Barragán. © L U I S Carlos Bustos
 Conclusiones

Las p r e g u n t a s han p l a n t e a d o p r o b l e m a s . Una vez q u e se han t r a n s f o r m a d o éstos e n estí-

m u l o s , c o m e n z a r á n a a p a r e c e r las p o s i b i l i d a d e s , las alternativas y con ellas t a m b i é n las
d u d a s , ya q u e será necesario decidir, p r e f e r i r alguna para desarrollarla y convertirla en
s o l u c i ó n y en respuesta c o n v i n c e n t e .
En el p r o c e s o c r e a t i v o con f r e c u e n c i a se a l t e r n a n avances y retrocesos, certezas y
desconfianzas, destrezas y t o r p e z a s , simpatías y antipatías hacia las p r o p u e s t a s q u e el
p r o p i o a r q u i t e c t o ha g e n e r a d o , q u e ha i d o a n a l i z a n d o y d e s a r r o l l a n d o , d e s c u b r i e n d o y
d e s c a r t a n d o , hasta q u e , en el m o m e n t o d e llegar a la síntesis d e los e l e m e n t o s q u e se
e n c u e n t r a n en j u e g o — i n s t r u m e n t o s y c o m p o n e n t e s , espacios y secuencias, m a t e r i a l e s
y estructura resistente, n e c e s i d a d e s y c o n d i c i o n a n t e s — p a r e c e q u e t o d o s c o m i e n z a n a
i n t e g r a r s e , a c o r r e s p o n d e r s e y a c o m p l e m e n t a r s e los unos c o n los o t r o s . A l llegar a este
p u n t o , c u a n d o cada p a r t e parece c o n t r i b u i r a resolver diversos p r o b l e m a s a la vez, es
p o s i b l e afirmar q u e ha a p a r e c i d o p o r fin un s í n t o m a claro d e q u e la s o l u c i ó n p r o p u e s t a
p u e d e considerarse a c e p t a b l e .

Esto es lo q u e s u c e d e e n las g r a n d e s o b r a s d e a r q u i t e c t u r a d e t o d o s los t i e m p o s .

Por eso sus enseñanzas son a b u n d a n t e s , sus ofertas n u m e r o s a s , i n a c a b a b l e el a s o m b r o
q u e p r o d u c e n ; p o r q u e la v e r d a d e r a creación a p o r t a s i e m p r e valores e n t o d a s sus esca-
las y en t o d o s sus d e t a l l e s ; c o n m u e v e cada vez q u e se la r e c u e r d a y s o r p r e n d e e n cada
o c a s i ó n q u e se le visita. La o b r a d e arte es c o m p l e j a , p a r a d ó j i c a , c o n t r a d i c t o n a , p o l é m i -
ca, a p a s i o n a n t e , í n t i m a , p ú b l i c a , l i b e r a d o r a , universal... Su a d j e t i v a c i ó n t a m b i é n resulta
interminable.
Se ha visto a q u í q u e la a r q u i t e c t u r a es un a c t o c r e a t i v o t r a s c e n d e n t a l , p r o d u c e o b r a s
q u e i n f l u y e n d i r e c t a y p r o f u n d a m e n t e e n la v i d a d e t o d o s y cada u n o d e los seres h u -
m a n o s y c o n t h b u y e a c o n f o r m a r la c i u d a d , la creación más c o m p l e j a q u e se ha p r o d u -
c i d o en la histoña d e la h u m a n i d a d .
Una a c t i t u d alerta, la d i s p o s i c i ó n al a s o m b r o y la p r e d i s p o s i c i ó n al a p r e n d i z a j e son
c o n d i c i o n e s d e s e a b l e s para t o d o a q u e l q u e t r a n s i t e y se d e m o r e en los e s p a c i o s q u e le
b h n d a n la a r q u i t e c t u r a y la c i u d a d .
Espacio lúdico, Bogotá. Colombia. Carlos Mijares, © Carlos Mijares
 EPÍLOGO

Este t e x t o es p r o d u c t o d e una serie d e experiencias vitales y a p a s i o n a d a s p o r la arqui

t e c t u r a , y c o n s e c u e n c i a d e la reflexión d e r i v a d a d e una larga p r á c t i c a , t a n t o profesion.il
c o m o a c a d é m i c a . Pero d e b o d e j a r claro q u e es t a m b i é n el resultado d e los a d e u d o s acu-
m u l a d o s p o r n u m e r o s a s lecturas, p o r i n n u m e r a b l e s d i á l o g o s , p o r discrepancias, coinci-
dencias, r e c o r r i d o s , visitas, tránsitos y d e m o r a s . Está lleno d e referencias n o a n o t a d a s y
d e influencias ajenas sin m e n c i ó n explícita; d e h e c h o , i n t e r p r e t a y sintetiza e s t í m u l o s g e -
n e r a d o s p o r el p e n s a m i e n t o d e a u t o r e s diversos, y al m i s m o t i e m p o muestra a f i n i d a d e s ,
sintonías y rechazos personales. A u n q u e n o los n o m b r o , r e c o n o z c o la existencia d e unn
larga lista d e a c r e e d o r e s q u e m e facilitaron b u e n a p a r t e d e l capital q u e aquí e x h i b o .

C r e o q u e la p e r s o n a l i d a d y el p e n s a m i e n t o d e l h o m b r e se sazonan c o n t o d a s sus
experiencias a c u m u l a d a s . C a d a p l a t i l l o mezcla i n g r e d i e n t e s d e diverso o r i g e n , incluye
aromas q u e d e s p i e r t a n el a p e t i t o y los r e c u e r d o s , p r o p o n e s a b o r e s d o m i n a n t e s e n m a r -
c a d o s p o r o t r o s q u e los s u s t e n t a n y los realzan, y d e s e a c u l m i n a r en c o m p l e j o s m a t i c e s
para ser p a l a d e a d o s — e i n e v i t a b l e m e n t e c o n f r o n t a d o s — p o r ía m e m o r i a .
Para terminar, parafraseo a l g o q u e escribí hace t i e m p o en o t r o l u g a r
M i o b r a , y mi p e n s a m i e n t o , n o son t a n s ó l o lo q u e y o he p r o d u c i d o , s o n t a m b i é n lo
q u e he v i s t o , lo q u e m e ha a t r a í d o y lo q u e he r e c h a z a d o . Son t o d o s mis m a e s t r o s , t o -
d o s mis d i s c í p u l o s y t o d o s mis a m i g o s .
C o n f i e s o q u e no he s a b i d o nunca resistir a las t e n t a c i o n e s . M e he a p r o p i a d o d e t o -
das las f o r m a s , d e t o d a s las ideas y d e t o d o s los r i t m o s q u e m e han a s o m b r a d o , d e t o d o s
los espacios y d e t o d a s las m e l o d í a s q u e m e han f a s c i n a d o , d e t o d a s las a r m o n í a s y d o
t o d a s las luces q u e m e han i l u m i n a d o .
M e d e c l a r o l a d r ó n d e secuencias y a m i g o d e lo a j e n o . Procuro estar s i e m p r e alert.i
para a d u e ñ a r m e d e los lugares. Pero t a m b i é n quisiera d e j a r claro q u e n o p r a c t i c o el r o b o
c o n violencia y q u e , p o r lo g e n e r a l , s ó l o t o m o lo q u e n e c e s i t o . P r e t e n d o ser un b u e n
anfitrión y c o m p a r t i r los a m b i e n t e s q u e he l o g r a d o reunir Mis c o l e c c i o n e s están abiertas
al p ú b l i c o , e x p u e s t a s a la crítica y, q u i e n q u i e r a , p o d r á s i e m p r e identificar al a u t o r
R e c o n o z c o mis culpas sin p u d o r , sin a r r e p e n t i m i e n t o y sin p r o p ó s i t o d e e n m i e n d a .
Es más, las r e c o m i e n d o c o n e n t u s i a s m o . D e h e c h o c r e o q u e t o d o s los a r q u i t e c t o s c o m -
p a r t i m o s esas c u l p a s y c o n ellas o b t e n e m o s t o d o s similares placeres.
E s t e l i b r o s e p r o p o n e c o m o u n a s i i e r l e ele m e n ú ( j u e
o f r e c e d i v e r s o s plíitillos arquitectónicos y u r b a n o s .
T r a n s i t a p o r los procesos de aprendizaje y el u s o del
lenguaje de la arquilecliira. Plantea preguntas, p r o -
pone problemas y avenlura respuestas.
P a r a e n r i q u e c e r y c o m p l e m e n t a r las ideas, c a d a
sección i t i c l u y e c o m e n t a r i o s d e o b r a s y s i t i o s q u e
p e r t e n e c e n a d i v e r s a s épocas, q u e s e l o c a l i z a n e n d i -
ferentes lugares del i m n i d o y que lian ctmiplido al o
largo d e los siglos usos variados. A q u e l l o s (jue pre-
f i e r a n mía l e c t u r a rápida, encontrarán e n l o s már-
genes extractos d d t e x t o q u ep e r m i t e n atisbar a
v u e l o d e pájaro l o s c o n c e p t o s ( j u e s e d e s a r r o l l a n e n
l o s capílTilos. C o n l a ¡nlención d e a p r o . \ i m a r s e a l a
e x p e r i e n c i a d e l m o v i m i e n t o . , l a s imágenes q u e los
iliístran s e p r e s e n i a t i e n f o r m a d e s e r i e s gráficas y .
c o m o e j e m p l o d elas res|)uesias que l a a r q u i t e c t u r a
e n México h a d a d o a l a s p r e g u n t a s y a l o s p r o b l e -
m a s q u e a q u í s e e s b o z a n , h a y a l g u n a s fotografías
de o b r a d e arqiiiteclos m e x i c a n o s que aparecen e n
o t r o fórmalo.