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Chegada do Português no Brasil

Uma tempestade nos fez desviar a nossa rota para Índias. Quão difíceis foram àqueles dias de tormentos,
meus homens rezavam com devoção aos seus santos, pensei que nunca mais viria a minha família novamente.
Apesar, de que uma missão dessas, sem dúvidas, era quase um suicídio. Mas, quando menos esperávamos
avistamos um monte, que logo o chamamos de Monte Pascoal, porque era período da páscoa.
Passado alguns dias chegamos próximo da praia, e nomeamos aquele lugar de Porto Seguro. Avistamos
de longe um povo esquisito que morava dentro das matas. Ficamos espantados com a natureza desse povo,
todos estavam nus! Falavam uma língua bárbara e eles não tinham vergonha de ficarem assim. Para muitos que
viam aquilo, eles eram pessoas puras e boas, mas para outros eram selvagens condenados.
No primeiro contato trocamos alguns produtos, mas logo nos interessamos em uma arvore que
chamávamos de pau-brasil. Ergui uma cruz de pedra para registrar a posse da terra. E realizamos duas missas,
celebradas pelo frei Henrique.
Chegamos no dia 22 de Abril de 1500, e saímos no dia 1 de Maio do mesmo ano, uma nau foi para
Portugal levar a carta do meu amigo Pero Vaz de Caminha, contando as boas notícias da posse do novo
território. Nesse novo território desconhecido deixei dois ladrões que foram condenados a viverem fora de
Portugal, e voltei para a rota que me foi dada, Calicute.
Pedro Alvares Cabral.

Indígenas no Brasil antes de Cabral


Nós somos um povo grande das terras de Pindorama. Vivemos da caça, da pesca, e da agriculta. Os rios,
as árvores, os animais, as ervas, as planta tudo isso eram importante pra nós.
Na aldeia o pajé contava as histórias dos nossos antepassados, ele ensinava a gente a usar as ervas, e
falava com os espíritos da floresta, fazendo ritual pra afastar os espíritos do mal.
As mulheres faziam umas coisas bonitas de cerâmica, palha, cipó etc... E a gente gosta de muita festa,
nos tempos de colheita a gente dança, canta, brinca, e nos rituais todos pintam o corpo pra fazer homenagem
aos meus antepassados e aos espíritos protetores da natureza.
A gente passava dos milhões, é claro que muitas vezes a gente brigava com outros povos de Pindorama,
principalmente os tapuias que era um povo brabo. Mas quando aquele povo branco chegou, nosso sossego
acabou! Logo disseram que a terra era deles, e aos poucos muitos morreram de doenças e guerras, foi uma
grande maldição ter deixado esse povo fazer contado. E eu me pergunto: o que a gente fez?
Venda de escravos na África
Estava em casa com a minha família, quando de repente fui capturado por uns soldados do grande reino.
Fui levado à praia a força, e nem acreditei quando vi os brancos trocando armas por homens como eu.
Fui humilhado, tiraram minha roupa, os que tentavam fugir levavam um cacete bem dado.

Navio Negreiro
Fui colocado dentro de um Navio como se fosse um bicho, tinham muitos do mesmo jeito que eu.
Muitos choravam desesperados, outros ficavam em estado de choque sem saber o que fazer. Mas todos estavam
acorrentados, nos porões de um navio.
O navio era úmido, quente, a água do mar cortava e deixava a gente com mais sede, a água era pouca e
tomávamos uma concha de água em cada dois dias. A comida parecia ser o resto da comida dos brancos que
estavam em cima. O fedor era grande, alguns morriam e apodreciam ao nosso lado, quando percebiam que
estava morto, jogava ele no mar como saco de batata.
Vi muitas mulheres se jogando do navio no meio do mar com seus bebes, preferindo a morte do que
viver na escravidão. O sofrimento não parava, quando cheguei ao local destinado, muitos que estavam magros
iam pra casa de engorda, e outros doentes eram jogados em uma vala e enterrados vivos.
Fui colocado numa cela, e vendido como animal.

Escravidão: trabalho e castigo


Cheguei na fazenda do homem que me comprou, e logo foi me dado uma foice pra cortar cana de
açúcar, passei o dia inteiro só cortando cana, e se eu tentasse fugir o vigia me batia com o chicote.
De noite não aguentava meu corpo, e sem pensar procurei um jeito de fugir, mas logo fui pego pelos
cachorros.
Passei a noite no pelourinho, de manhãzinha o fazendeiro veio me ver, e mandou dar 25 chicotada em
mim, pra eu deixar de ser besta.
Ouvia história de que alguns conseguiam fugir em outras fazendas, outros que se matavam, e outros que
matavam os fazendeiros, mas fui dominado pela desgraça da escravidão.

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