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Eles foram denunciados pelo MPF pelos crimes de forma��o de quadrilha, inser��o de
dados falsos em sistema p�blico e peculato, que � a apropria��o de recursos
p�blicos.
A den�ncia foi feita ap�s uma investiga��o iniciada no Minist�rio P�blico Estadual
de S�o Paulo pelos desvios de apartamentos e de pagamentos de indeniza��es. Durante
as investiga��es, a Promotoria da Su��a informou que Souza mantinha o equivalente a
R$ 113 milh�es em contas fora do Brasil.
Paulo Vieira de Souza foi diretor da estatal que administra as rodovias em S�o
Paulo entre 2005 e 2010. Os procuradores pediram a quebra do sigilo banc�rio dele.
A Justi�a determinou o bloqueio dos eventuais saldos que existam nas contas dele no
exterior.
Justificativas
Gilmar Mendes relatou na decis�o que o Minist�rio P�blico Federal pediu a pris�o
preventiva de Paulo Vieira "para garantia da instru��o criminal, em raz�o de
supostas amea�as � integridade f�sica da tamb�m acusada M�rcia Ferreira Gomes".
M�rcia Ferreira Gomes, que teria sido amea�ada, era respons�vel pelo cadastro dos
benefici�rios do programa de desapropria��o para as obras do trecho sul do
Rodoanel.
Gilmar Mendes concordou que n�o h� raz�o para pris�o preventiva porque a den�ncia
de amea�a era antiga, embora a pessoa estivesse indo � ju�zo somente agora relatar
os fatos.
"As tr�s amea�as teriam ocorrido nos anos de 2015 e 2016 e a pris�o preventiva foi
decretada em abril de 2018. De acordo com os fundamentos da pris�o preventiva, a
atualidade do interesse em amea�ar decorria da nova den�ncia, baseada em
depoimentos prestados pela corr� ao Minist�rio P�blico, at� ent�o sem o
conhecimento do paciente. A pris�o preventiva n�o se justifica para permitir o
depoimento da corr� em ju�zo. A vers�o de M�rcia Ferreira Gomes foi dada no curso
da investiga��o. Sua reitera��o, ou n�o, em Ju�zo, dificilmente teria o efeito de
prejudicar ainda mais os delatados", diz Mendes na decis�o.
"Por fim, muito embora isso n�o esteja comprovado, a defesa sustenta que teve
acesso aos novos depoimentos da colaboradora ainda em janeiro deste ano, quase tr�s
meses antes do decreto de pris�o. Em tese, esse intervalo seria tempo h�bil para a
pr�tica de outros atos de intimida��o. N�o h�, no entanto, qualquer not�cia de que
a corr� tenha sofrido constrangimentos no per�odo."