Está en la página 1de 15

NÚM. 16 BARCELONA, 23 DE J U L I O D E 1 9 1 3 IO^^CÉNTS.

—¿Tú, sabes lo qoe es la p e s a de Tallón?


—Sí, t e lo explicaré. Si y o te rompo nn diente, tú me lo rom-
pes á mi; y si t ú me cortas la cabesa, y o te l a corto & ti.
CRÓNICA
E n n a e s t r o s d í a s t a n p r ó d i g o s en a c o n t e c i m i e n t o s e x t r a o r d i n a r i o s
así en el orden físico como en el natural para sobresalir y fijar la aten-
ción a g e n a es preciso qne el h e c h o consumado t e n g a excepcional
importancia, se destaque cou vigoroso relieve por e n c i m a de lo ordi-1
nario y v u l g a r : en este r a n g o e n v i d i a b l e se ha e l e v a d o nn niño v e r - |
dadero néroe de l a m&s sublime a b n e g a c i ó n . <
Se trata de un n i ñ o de trece a ñ o s de n n pueblo del mediodía de
F r a n c i a , ¿cómo ae llama?, no han dado su nombre l o s t e l e g r a m a s ; fría
y laoónicamente h a n dado c u e n t a de s u hermoso r a s g o , no haciendo
f a l t a saber s n nombre para elevarlo & lo e x c e l s o , para sentir por el
desconocido héroe la m&s sincera y expont&nea admiración.
E l niño t e n í a & sn madre enferma, los médicos qne la a s i s t í a n ago-
t a r o n lo qne llaman r e c a r s o s de la ciencia, decidiendo c o n s n l t a r con
a f a m a d a s eminencias: l a s e m i n e n c i a s v i e r o n k la p a c i e n t e y d e s p a é s
de l a r g a disoasión c o n v i n i e r o n en que dado el estado de e x t e n u a c i ó n
de la enferma, solo podía e n s a y a r s e la transfusión de la s a n g r e , pero
¿k q a i é n recurrir? ¿quién iba k prestarse k la dolorosa operación?...
Con asombro de los médicos el niño t n y o un hermoso y sublime g e s t o ;
sereno, t r a n q u i l o y con n n a entereza admirable ofreció desde l u e g o
dar s a s a n g r e j o v e n y g e n e r o s a : advertido del peligro & qne se e x p o n i a
l i m i t ó s e k c o n t e s t a r , c —No importa, si m n e r o no habré hecho m&s que
d e v o l v e r & mi madre l a v i d a q a e de e l l a recibí,> N o a l a b a m o s ni c o m e n -
t u t o s tan e s p a r t a n a c o n t e s t a c i ó n para dejarla con su propia grandeza,
con t o d a s u p a r f s i m a s a b l i m i d a d . E l sacrificio no resultó estéril; la
enferma recobró la s a l a d y el heroico n i ñ o se r e p a s o de la penosa
operación.
La humanidad ha escrito en s a libro de oro el nombre de un n a e v ó
héroe, en cambio la ciencia ha tenido que orlar con s u s laureles el de
un n u e v o m&rtir. El sapit&n Scott, f a m o s o explorador i n g l é s que se
d i r i g i a al P o l o Sur, h a sucumbido v i c t i m a de su amor al estudio de
u n o d > los m&s t r a s c e n d e n t a l e s problemas, el descubrimiento del P o l o .
Scott y s u s compañeros desplegaron u n a bravura jam&s i g u a l a d a : el
18 de enero de 1912 a c o m p a ñ a d o de cuatro hombres l l e g ó al P o l o S u r
donde hallaron la tienda del explorador A m n n d s e n y objetos allí d e j a -
dos por éste. S e g u í a el grupo el viaje de v u e l t a cuando el 23 de m a r e o
después de haber dejado el P o l o y & u n a s doce m i l l a s del depósito de
víveres los exploradores fueron sorprendidos por una t e m p e s t a d de
nieve. Scott y dos de s u s compañeros sucumbieron Jaquel dia, el otro
murió poco después, y el ú l t i m o qne h a b í a arreglado el trineo m u r i ó
& causa de u n accidente, E n I n g l a t e r r a el desastre del capit&n S c o t t
s e ha sentido como du duelo n a c i o n a l . El r e y J o r g e de g r a n u n i f o r m e ,
presidió en la Catedral de San Pablo los oficios funerales en m e m o r i a
del capit&n y sus compañeros, asoci&ndose de e s t a suerte al duelo de
la G-ran B r e t a ñ a , c o m p a r t i d o por la humanidad.
PACHIN

— A m i g o mío, ¿dónde
e n c o n t r a r í a y o un talis-
mán qne m e s a c a r a de 5
apuros?
— ¡ ü n t a l Ism&n! N o
le conoBco, pero lo pre-
guntaré.

ü n cocinero fué & pre-


g u n t a r & s u Ama lo qne
debía comprar p a r a el
dia s i g u i e n t e .
Y l a sefiora, qne esta-
ba de m u y m a l h u m o r ,
le c o n t e s t ó :
— [ ü n cuerno!
—¡Esto para los sefio-
r e s ! — e x c l a m ó el cocine-
ro.—Ahora, d í g a m e us-
ted lo que h a y que com-
— V a m o s á ver, ¿por qué han h e c h o mi retrato?
prar para los criados. —No c r e í a m o s q u e f u e r a t a n p e r f e c t o e l p a r e c i d o .
PELÍCULAS PINTORESCAS

PICATANTROR
VI
EL PESCADOR PESCADO

Picatantrof se retiró de sus negocios dedicándose á pescar en


un estanque de su propiedad.
A pesar de su ciencia de pescador,
hacía algunas semanas que no podía h a -
cerse con un solo pez; era seguro que
algún pescador furtivo le había desbara-
tado las crías valiéndose de redes y apa-
rejos de pesca. Una noche se puso en
acecho y vio una cosa sorprendente.
Un pajel monstruoso salía del estan-
que llevando en una de sus aletas una red colmada de peces.
Aterrado Picatantrof escapó del alcance del aparecido, dando
en filosofar sobre el misterio que ante él se
ofrecía, pero sin adivinar que el pajel fuese
un pez que había buscado un medio de pes-
car en estanque ageno sin llamar la aten-
ción de Picatantrof, gracias á su disfraz que
le daba el aspecto del más auténtico y colo-
sal pajel.
Lo que decía para sus escamas:
—¿Quién es capaz de figurarse que un pajel se dedique á pes-
car á sus congéneres? Pero se equivocaba.
Al siguiente día, Picatantrof contó á
su sobrino Teodoro lo que le había ocu-
rrido, y como el muchacho no creia en
peces pescadores le dijo:
—Ya veremos.
La noche siguiente se puso en acecho
junto al estanque, y no tardó en ver al
gran pez contentándose con soltar una
carcajada. Ingenioso y hábil armó un maniquí que ocultó luego
bajo las aguas del estanque.
Oculto en la espesura y sujetando con la mano el extremo del
bramante atado á la cintura del maniquí, esperó la llegada del pes-
cador.
En el momento en que aquel tiraba la caña, el joven tiró del
bramante, apareciendo el maniquí de entre las aguas.
El pajel de hoja de lata quedó tan impertérrito que Teodoro
pudo echarle mano con gran facilidad.

P. H .

En ana Exposición
se e x h i b e n dos herma-
n a s unidas por el eos
tado, y al oir la admi-
ración general, dice
n n andaluss:
— P n e s y o vi á dos
j ó v e n e s t a m b i é n uni-
das, pero qne no eran
hermanas.
— P n e s ¿qué eran?
—Primas.

D n c a b a l l e r o d& «El c é l e b r e p i n t o r M o n d r a g ó n s e e n c u e n t r a e n Á f r i c a . . ,

n n a p e s e t a & un m e n -
d i g o que IHva un l e .
trero d o n d e se l e e
cCiego»,
— Gracias por e s t a
m o n e d a de p l a t a , —
dice el pobre,
—Pero... s i e n d o
usted c i e g o , ¿cómo
sabe que e s de plata?
—Es una equivo-
cación: y o s o y sordo-
mudo.

A. MBNÍ)NDBZ ... y n o v o l v e r á s e g u r a m e n t e por e s t e otoño.»


EN EL PEGADO...
J n a n i l l o era a n píllete
de e s o s qne no t i e n e n fami-
lia, hogar, ni qne eomer
m u c h a s v e c e s ; era de l o s
mAs t r a v i e s o s de su p a n d i -
lla, y no h a b i a cosa que no
hubiese probado: subirse en
los t r a n v í a s , en los árboles,
¡qué se y o !
ü n día caminaba Jua-
n i l l o por la carretera arri-
m a d o á u n muro qne cer-
caba nna v a s t a h u e r t a , y
observó que por e n c i m a del
muro salía n n palo en sen-
tido horizontal, y pensó que
le s e r v i r i a para escalar el
El médico.—Es nsted sanguineo, y por lo tanto muro y entrar en la h u e r t a .
está nstéd predispuesto & los ataques; sea usted
prudente. — Cogiéndome a q u i , —
— T o soy m u c h o , doctor; no s a l g o n u n c a sin mi
b a s t ó n de e s t a q u e y mi r e v o l v e r . pensó,—subiré mejor.
Y , e f e c t i v a m e n t e , Jua-
n i t o se agarró f u e r t e m e n t e al palo, y y a iba á saltar el muro c n a n d o
cedió el palo y . . . ¡cataplum!. J u a n i l l o se cae dándose un soberbio
porrazo, en s a l v a sea la parte; pero no era a q n e l l o lo peor: el otro
e x t r e m o del palo que c a y ó dentro de la h u e r t a , t e n i a snjeto un gran-
dísimo barreño lleno de a g n a a p o y a d o m u y bien, y claro, al tirar J u a -
n i l l o toda el a g u a le c a y ó e n c i m a .
E l pobre J u a n i l l o s a l i ó como pudo de aquel diluvio con que el dueño
habia querido chancearse del
qne i n t e n t a r a e n t r a r en sn
h n e i t a ; y se fué á la ciudad,
allí observó l a t a p a de u n a
o l o a c a y se p u s o á mirar por el
a g n j e r i t o que t e n i a . A ú n no
habia v i s t o nada, cnando los
e n c a r g a d o s de la l i m p i e z a del
a l c a n t a r i l l a d o l e v a n t a r o n de
pronto a q u e l l a t a p a , y J u a n i -
llo, qne no t u v o t i e m p o de le-
v a n t a r s e , c r e y ó que s e abría - Q n i s i e r a s a b e r d ó n d e ee e s c o n d e <,%iUn;
, , , , , >' c a d a momento le pierdo de vista á este
a n volcán al v e r s e despedido animaiito.
de tapa para afuera y ver asomar por el
h u e c o l a s cabezas de l o s peones.
Corriendo asustado y a v e r g o n z a d o
de l a s risas del público, fué & m e t e r s e
en Una tienda en el m o m e n t o en que n n
d e p e n d i e n t e cerraba la p u e r t a ; J u a n i l l o
dio un grito, pues le habia pillado l a
p u e r t a l a m a n o derecha y la n a r i s .
Fuese luego, y cogiendo nna vieja
escoba la puso en los r a i l s del t r a n v í a ;
y n a d a , pasa é s t e , rompe la c a ñ a y u n
trozo qne s a l t ó por el aire v i n o á dar en
la cara k J u a n i l l o , qne e s t a b a allí y por
EN EL TRIBUNAL,
poco le s a l t a u n ojo. J u a n i l l o , desespe-
por J. Butqutta
rado, se subió á un árbol n s a n d o para
El .luec.—¿Otra T e z ? ^CAmo es
ello la escalera qne l o s encargados de la qne cada diez y aeia días lo llevan
poda habían puesto, pero al llegar arri- aqni? Esto demneetra qne ee junta
con m a l a a eompaí^ías.
b a é ir á s e n t a r s e en u n a r a m a , v i n o u n El reo.—I Como pnedo jtintarme
trabajador y quitó la escalera; J u a n i l l o con malas compañías, 81 s i e m p n
estoy con nstedesl
quiso bajar, la r a m a se rompió, y nada,
q n e el infeliz s a l t ó al s u e l o como n n a pelota, quedando sano por
m i l a g r o y entonces no paró de correr h a s t a llegar á la carretera, j
allí se echó á dormir c o n v e n c i d o de que <en el P e c a d o v a l a P e n i -
tencia.»

A. MENÉNDBZ ALBXANDRB

MISCELÁNEA
—Observa, hijo m í o ,
qne cnando es de dia aquí,
es de noche en la C h i n a .
—Entonces ¿ c n a n d o
nosotros nos a c o s t a m o s
se l e v a n t a n l o s chinos?
—Naturalmente.
— P u e s no m e casaré
yo con nna china.
COLMO
El de una m o d i s t a
—DI, mamá ¿Dios me ha creado á mi y á papá? coser con n n hilo t e l e -
—Claro que si, hijo mió.
—Pnes si se llevó chaseo con la eara de papá, ¿ D O gráfiao,
sé por qué hizo la mia de Igoal parecido? A. VBNTDBA
1. JS^ O f f ^ A ' J:^ Jbí^ V

J « o n < í o . - i N o q « l e r o echarle i l a c a l l e jLo esconderé en este i a htrmana de J » o n . É o . - i O h i T i o N e m e s i o , ¿ p o r q u é e n t r a


£ I p a p ' i . — | I ' l ¿ T a t e e s e b o r r l b l e p e r r o ! ¿A q n l é n s e l e o c u r r e
traer canes T a g a m n n d o s en verano? armario! n s t e d p oorr llo.
a ventana/ _ ^ ,. „
—No d i g a s n a d a , c h i q u i l l a , q n e q u i e r o d a r u n a s o r p r e s a a t u
padre.

—Pues es preciso que no m e v e a . El papá.—¿Ha venido alguien?


—Me p a r e c e q n e o i g o s u v o z . — ¡ N o , p a p a l iLe a s e g u r o q u e n a d i e h a v e n i d o i
- E s c ó n d a s e usted en ese armarlo.

El papd.—iTito t e p a r e c e q n e s e o y e r u i d o e n e s e a r m a r l o ? —iHola, Hemeslol ¿Tú por aqui? ,,


—81. T o q u e q u e r í a d a r t e u n a s o r p r e s a , | p u e « n o h a s i d o m a l a
la miat
EL INVALIDO
V o y á c o n t a r o s queridos
n i ñ o s , las c a u s a s por l a s
c u a l e s e s t o y i n u t i l i z a d o de
las dos piernas.
Corria el año 1881 cnan-
do mi e s p i r i t n a v e n t u r e r o
indújome á pensar en el di-
nero y en correr a v e n t a r a s .
Y o al p r i n c i p i o r e s i s t í a m e ,
pero d e s p a é s de a l g u n o s
dias no podía ni c o n c i l i a r el
saefio.
Algunos d í a s después,
a n c l ó en el m n e l l e de m i
ciudad n n a h e r m o s a g o l e t a
£1 cAau/Vcur.—Cuídese, a m i g o , y l o m a s e e n
s e g u i d a el a c e i t e d e r e c i ñ o . l l a m a d a Alegría, en l a cual
embarquéme.
N o eran t o d a v í a las tres de la tarde (eso que s a l i m o s i. l a s diez de
la m a ñ a n a ) , c u a n d o unft ola i m p e t u o s a barrió cubierta. El capit&c y la
t r i p a l a c i ó n , m&s a c o s t u m b r a d o s que y o & l a s bromas del mar, retirá-
r o n s e & t i e m p o , m i e n t r a s y o quedé h e c h o u n a sopa.
£ 1 capit&n o r d e n ó m e que bajara & mi c a m a r o t e & m u d a r m e de
ropa. L e obedecí y c u a n d o e s t o h u b e h e c h o m t t u m b é en a n a h a m a c a .
C a a n d o d e s p e r t é , e n c é n t r e m e en el s u e l o de mi c a m a r o t e atado de
pies y m a n o s . D e s á t e m e como D i o s m e dló & entender y snbí & c u b i e r -
ta. A l l i fné m i decepción; el barco e s t a b a a b a n d o n a d o & merced de l a s
o l a s , pero p r o n t o m e c o n v e n c í de qne no e s t a b a solo, p n e s cí u n o s
qnejidos detr&s de a n o s fardos de a l g o d ó n . Me acerqué y v i t r e s mari-
n e r o s , a n o herido e n l a frente y los o t r o s con a r a ñ a z o s en l a s m a n o s .
D e s p n é s de s a c a r l o s de debajo l o s f a r d o s l e s p r e g a n t e : —¿Qué ha
sucedido? U n o de e l l o s me c o n t e s t ó m e l a n c ó l i c a m e n t e : «—Nos han
a s a l t a d o el bnqne l o s piratas y & los compañeros se l o s l l e v a r o n c o m o
e s c l a v o s , pero lo peor e s qne no n o s h a n dejado m&s q a e a g u a y no
t e n e m o s n n bocado de pan que l l e v a r & la boca>. —¡Dios proveer&!
—dije y o .
V e n t i e u a t r o h o r a s h a c i a qne naveg&bamos sin rnmbo fijo y o t r a s
t a n t a s que n o h a b í a m o s probado y o y m i s c o m p a ñ e r o s n n pedazo de
pan; de pronto, el m&s a n c i a n o de los m a r i n o s dijo: «—Uno de n o s o t r o s
k a de m o r i r para alimentar & l o s dem&B>. A c t o s e g u i d o n o s dio n n
nAmero & cada u n o , m e t i ó o t r o s i g u a l e s en s n gorra y m e o r d e n ó sacar
el q a e quisiera. Al oir pronunciar el n ú m e r o por poco c a i g o d e s m a y a -
do lera el mió!; los m a r i n o s dijeron: <—No h a y remedio*, pero y o
dije: —Córtenme l a s piernas primero y si cnando se h a > a n terminado
n o n o s ha c o g i d o n i n g ú n bnqne, me m a t a n . Qnedó asi c o n v e n i d o y nn
m a r i n o bajó al botiquín de i, bordo y trajo los i n s t r u m e n t o s y vendajes
n e c e s a r i o s para la operación.
A l c o r t a r m e n n a p i e r n a me d e s m a y é y al despertar me encontré en
n n lujoso c a m a r o t e de nn buque i n g l é s qne n o s h a b í a recogido. ¡Esta
es nifios queridos mi tris-
t e historia! ¡Dios no qnie-
ra qne o s v e á i s en el t r i s t e . •
e s t a d o en que y o m e en- •^'v
cuentro!
A s G B L LUIS .-•---ÍS^

—¿Pero u s t e d no se
c a s a , D. Lucas?
— No, señor.
—¿Por qué?
— P o r q u e sería celoso.
—¿Por qné?
— P o r t e m o r que mi
mujer me la p e g a s e .
—¿Por qué?
— P o r q u e lo mere-
cería.
—¿Y por qné?
— P o r h a b e r m e ca-
sado.
COLMO — Y , s i n e m b a r g o , ¡ h « v e n i d o á p i e d e s d e S a o Bcbas-
tiin.
El de n n herrero h e -
rrar el c a m i n o .
A. VBNTURA

EN C A P I L L A
El «erdufifo.-¡Vamos,
q n e el t i e m p o u r g e ! Aca-
be u s t e d con s u dis-
curso...
El condenado con ci-
nismo.—¡Hombre, nsted
e s el e n c a r g a d o de cor-
t a r m e l a cabeza, pero no
l a palabra!
L . AMOB Y OVÍBS Uu magoiflco concierto.
F»ASXEL ORIGIIVAL

La orden h a b i a sido terminante. El m i s m í s i m o Nicasio I I I lo h a b í a


llamado á su presencia, diciéndole con el c o n v i n c e n t e tono qne l e era
pecnliar: «—Blas, l a boda de mi heredero se celebra dentro tres d í a s ,
confeccionarás nn plato de dulce surmontado por n n grupo alegórico,
qne deje s e n t a d a e n t r e mis c o m e n s a l e s l a f a m a de mi cocina; si n o
aciertas, c u e n t a con m i real desagrado.» L a a d v e r t e n c i a no podía ser
más c o n v i n c e n t e , y perplejo se hallaba el atribulado repostero cuando
atraídos por las a p e t i t o s a s e m a n a c i o n e s de los manjares, tres pillnelos
s e c o l a r o n en las reales cocinas. E n pos de e l l o s n n criado p a s e a b a l o s
dos perros f a v o r i t o s de Nicasio, cnando por descuido soltó el cordón
qne r e t e n í a á los perritos, que s n e l t o s y e s c a p a d o s acometieron á los
chionelos, l o s c u a l e s h n y e n d o de l a inesperada acometida se t i r a r o n de
n n t r a g a luz. A f o r t u n a d a m e n t e l a caída fné a m o r t i g u a d a por nna
enorme vasija de jarabe preparada para confeccionar el famoso plato.
L o s azucarados m n c h a c h o s i n t e n t a r o n escapar, pero al ir á abandonar
la vasija l l e g ó B l a s p r o v i s t o de los enseres precisos para montar n n
colosal pastel. J u z g ú e s e de s u sorpresa, al dar con los dnlcificados
prisioneros. Cnando iba á estallar s u cólera, nna idea salvadora c a l m ó
sn e x a l t a c i ó n . «—Podría m a n d a r o s á la cárcel por haber penetrado e n
l a s c o c i n a s reales,—dijo á los chicos,—pero os perdono con tal que m e
o b e d e z c á i s . V a i s á formar n n g r u p o e n nn g r a n pastel qne preparo
p a r a l a boda del principe. Quedaos tranquilos, no os m o v á i s y os res-
pondo que n i n g ú n mal os ocurrirá, pnes en c n a n t o os b a y s presentado
á l a r e a l m e s a , el rey N i c a s i o me ordenará, s e g ú n c o s t u m b r e , q n e
retire el pastel y lo corte á rajas.» Contentos como u n a s pascnas, l o s .
chicos a c e p t a r o n la oferta; el pastel fné presentado al final del festín y
t a n del a g r a d o del r e y
resultó que s e propuso
condecorar á s n h á b i l
repostero, pero ¡oh, des-
dicha de las desdichas!
en s u e n t u s i a s m o quiso
el m i s m o N i c a s i o ser él,
el qne c o r t a s e el pastel;
oído lo cual s a l t a r o n los
chicos de s n dulce pedes-
tal con g r a n asombro de
los c o m e n s a l e s , que cre-
y é n d o s e burlados a b a n -
donaron apresuradamen-
te el regio comedor, B l a s
f n é condenado á cinco
años d e a r r e s t o , pero
g r a c i a s al i n d u l t o conoe-
dido con m o t i v o d e l a
r e g i a boda, no tardó e n
r e c o b r a r s n libertad,
r e t i r á n d o s e á un Ingarejo
donde ocultó s n s penas y
„ ^.^ , • . ^ d e s v e n t u r a s de s u vida
—Te prohibo qae me mires con an aire tan esta- reposteril
-iQaleres, a c a s o , qne t e mire con el tayo? E, P ,
DESDICHAS DE "CARAMBOLA"

Sonriente, a l e g r e y haciendo m i l m n e c a s recorría el alambre, tiran-


do besos & s n s e s p e c t a d o r e s qne con e n t u s i a s m o le a p l a u d í a n , cnando
de r e p e n t e . . . | P a t a t n m ! £ 1 peso de Carambola rompió el alambre q n e
de l o s b a l c o n e s snbía
4 n n a chimenea, des-
montando é s t a qne
fné á parar e n medio
de l a oalle con gran
e s p a n t o de l o s qne l e
c o n t e m p l a b a n , qne
echaron & correr l a n -
• a n d o desesperados
gritos.
| L a q n e se armó,
amigos míos!
1^ U n a s e ñ o r a a g i t a n d o s n p a r a g n a s hizo
s a l t a r nn ojo & un t r a n s e ú n t e , otra dio t a l
empujón & u n aprendía de n n a pastelería
qne le derribó y con él l a bandeja de dul-
ces que l l e v a b a en l a cabeza, á u n lechero
le robaron l a jarra de leche que llevaba
para r e p a r t i r l a & domicilio; aquello era e l a c a b ó s e , u n disloque, e l
p&nico llevado al m á x i m o del a t u r d i m i e n t o y de la c o n f u s i ó n .
Y en t a n t o , ¿qué era de Carambola?
H a b i a caído en el v a c í o ; todos creían que iba a morir.
¡Pobre Carambola! Su audacia iba á c o s t a r l e l a vida; sin e m b a r g o ,
n o fué así.
£ r a él un mono i n t e l i g e n t e como el que m á s , y conocía l a s l e y e s de
l a física como si h u b i e s e estudiado en u n colegio: el peso de l o s cuer-
pos y la r e s i s t e n c i a del aire no eran n i n g ú n
s e c r e t o p a r a él.
N o abandonó, pues, s u paraguas; al contrario,
asido f u e r t e m e n t e á él s i r v i ó l e de para-caldas,
d e s c e n d i e n d o s u a v e m e n t e como si manos i n v i s i
bles le h u b i e s e n sostenido y e v i t a d o s u c a í d a .
L a s g e n t e s , que a t r a í d a s por la g r i t e r í a de l a calle s e habían aso-
mado á puertas y balcones contemplábanle m a r a v i l l a d a s , preguntán-
dose qué n u e v o dirigible e r a el que c r u z a b a el e s p a c i o .
R e í a s e Carambola del asombro de a q u e l l a s b u e n a s g e n t e s . A p o -
y a d a n n a m a n o e n l a c i n t a r a y enarbolando el p a r a g u a s con la o t r a ,
bajaba g r a c i o s a m e n t e r e p a r t i e n d o besos y s a l a d o s al asombrado c o n -
cnrso; por desdicha s a y a , sin e m b a r g o , habia en el centro de la calle
a n a alcantarilla abierta y k ella f n é á caer el infelia mono c o s t i n d o l e
g r a n d e s esfneraos g a n a r de n n e v o la calle.
P e r o , ¡en q a e e s t a d o apareció el m o n í s i m o mono!... h e c h o a n a
miseria, cubierto de barro, chorreando a g u a s i n m u n d a s .
Su v a n i d a d qnedó bien castigada,
—¿Qné m o n s t r n o e s este?—preguntó P i n t a d o al verle entrar e n s a
casa hecho un m o n t ó n de barro.
—Parece Carambola.
—Imposible,—dijo E d u v i g i s .
— Y sin e m b a r g o e s él, —insistió P i n t a d o .
—¿De dónde v e n d r á e s e infeliz?—observó P i n t a d o . — Q u e p e s t e
echa, e s t o l e e n s e ñ a r á á salir s o l o y s i n mi permiso.
P r o p i n ó l e s e g u i d a m e n t e u n a paliza qne le recordara s a d e s g r a c i a d a
correría, encargando l u e g o á E d n v i g i s q n e le bañara y diera j a b ó n ,
p a e s d e s p e d í a a n olor qne no recordaba al de l a s rosas.
B a ñ ó l e l a i n d i g n a d a s i r v i e n t a en t a n t o le colmaba de t o d a s u e r t e
de injurias; Coral q a e se e n t e r ó por la g r i t a de lo ocurrido, acercóse á
l a b a ñ e r a y oon s a charla g a t u n a le
decía:
<—Esto t e e n s e ñ a r á á n o correr
a v e n t a r a s . Si p e r m a n e c i e r a s en casa
t r a n q n i l o como Perol y y o no t e
v e r í a s en l a s q u e con t a n t a f r e c u e n -
c i a t e v e s . P e r o t ú no e s t á s confor-
m e con t a condición de m o n o d o m e s
t i c a d o , t e g u s t a corrotear y echarlas
de sabio y a r t i s t a . ¡Insensatol ¿No
sabes q a e l a felicidad no e x i s t e m á s
q u e entre l o s h u m i l d e s y descono-
cidos?»
T e n i a razón Coral, pero ¿qnién es
capaz de hacer comprender l a razón
á a n m o n o de l a s c o n d i c i o n e s de Ca-
rambola t a n dado i l a s f a n t a s í a s y
á l a vanidad?...
E N T R E MADRE É HIJO,
por Pérez
fCuál es el colmo de un escri
—Mamá, ¿me q u i e r e s dar diez
bientef céntimos?
Escribir con la p l u m a de un som —¿Por q u é los quieres? Qne n o
v e s que no harías nada e o n ellos.
brero. H . SOCA —Ei> e s e c a s o n o l e l o s p e d i r í a .
^ PASATIEMPOS
REGALOS D o s paletos v i a j a n e n ferroca-
rril.
OEL "CORREO DE LOS NIÑOS' Llegan & ana estación:
—¿Qaé pueblo es éste?
Z." Un precioso reloj de oro. —Ahí dice Retrete.
2." Un retrato con marco do- — P n e s mira: bajemos ¿ tomar
un bocado.
rado.
3." Un magnífico juguete, á
JEROGLIFICO ILUSTRADO
eligir.
por L S. Lapzadru
Más de 500 premios en
cuentos y nouelitas infantiles.

JEROGLIFICO

TIN TAN, TUN TEN,

SIN SAN, SEN SON,

P o r u n a c u e s t a J a a n Mola
E n u n a barbería: iba en un m u l o subiendo,
—¿Quiere usted que le apure? y el pobre se i b a escurriendo,
—¿M.ÍLB t o d a v í a ? . . . que y a tocaba en la cola.
T e m i e n d o bajar rodando
CHARADA g r i t ó y a s i n disimulo:
H a s v i s t o dos reñir —¡Que m e t r a i g a n otro m u l o ,
alguna vez; qun é s t e se m e va acabandol
un tercera cuarta con u n
primera tercera. La> loluciones en el próximo número.
TOMÁS GÓMBZ
SOLUCIÓN á lot píuatiempoe del
U n a directora de c o l e g i o pre- tiúmero anterior
g u n t a á n n a a l u m n a para q n é
Charada. —Pereza.
sirve e l cordero.
J¡ero</¿t/!co.—Entre ei lápiz y la
—Se le trasquila para utilizar
pluma, e s i o g e el l á p i s .
la lana.
—¿Y qué otra cosa se puede
Pi'a la cgrrgspondBDcia al diracior de
hacer con el cordero?
Coirto da los Niñot, ipariado, 88
—Unas judías riquísimas.
Redacción y AdmlnUtraclOn: Calle de las Cortes, « ü S . - B a r c e l o n a .
EL CAF»RICHO D E l IV B E B É

— A h o r a que el niño duerme, Y si acaso se despierta


márchate sin dilación. ya l e d a r é e l b i b e r ó n .

—Quiero qne no te v a y a s papá, — ( T i r a r é la c h a q u e t a s i n e m p a c h o


que el coco me llevará y creerás que me quedo, mamarrachol

—Ho es mala americana —¿Estás contento, José?


lo que e c h a n por la ventana. —oi, ahora m e dormiré.

— M i e n t r a s el d u e r m e , al J a r d í n T l e d i j o el c h i c o del p o r t e r o :
v o y á b u s c a r el c h a q u e t i n . <—iSefior, s e l a h a l l e v a d o u n p o r d l o s e r o l

También podría gustarte