Está en la página 1de 49
Em uma agi ce emia Grav dep Claudio Pereira Elmir Marcos Anténio Witt Orgonizadores Imigragao na América Latina Historias de fracassos nhs. * ‘a EoTona UNSNOs 2014 (©2014 -Eas Oost Fn Prana, MB Sohne, 2.108 SSI 970 So Leper ‘Ba 35s oa 3568745 ‘Seevnganoaeten mb ‘Setter om or Coleco Bins res Lav Ameen lt Die an Sv Yoh Sct (Comsenaen de PRCA {i eranda Medes Rodrig links Se Pein Sais Iai ‘Se eMart) i ge ae i copes ri las 55 cou 5514786) ‘Canim paiagay crs lie Mini Doe Bri C107 Sumario ‘Quem (nd) em medo de fracassos? Bn pare we op de iveninetono apo os estudos migratorios (Cléudio Pereira Elmir Marcos Aniénio Witt Tempos ¢comtatempos:dificuldades e malogros ‘vidos pelos emigrantes antes da chegada ao Brasil (Séeulo XIX) i. ‘Debora Bendvchi Alves EL ujoemigratoro espanol baci Brasil: el facaso de una politica inmigratria fomentando la colonizacion €8 Pars... Bla E. Gonzilee Martine: Italians em Sto Carls (SP): comeco ou fim de vena hist6ria? .. Rogério da Pana Oswaldo Trzzi Gti: un caso de proyectos migatorios lids Carmen Nonambuena Carrasco “Malogros infortinis nas historias de Til Eulenspiegel ‘De como as histérias alemas nos falam das imageas do bem limita . Ratan Joana Bahia AD mary us 165 ‘Los inmigrantes ante el fracaso del proyecto migratorio, ‘na peptide hc Gens en Agent, 19101920 . sonane 199 Mariela Cova Posfcio: Tistes historias de etnicdade e nagto Sey Laser Sobre autores ¢ auroras 231 2a Quem (nao) tem medo de fracassos? Notas para uma proposta de investigacéo no campo dos estudos migratérios (Clidio Percna Eli Marcos Anno Witt ‘© mau éxito ndo tem sido objeto preferencial nos estu- ‘dos sobre imigragio para a América Latina. Uma das razdes ~ ‘e apenas uma — que talvez explique este fendmeno de relativo vaio historiogrifico est relacionada ao fato de que boa parte {da producao sobre o campo dos estudos de imigrasio € resulta- ‘do de esforgos académicos e diletantes de autores cujos vincu- os étnicos pessoais com o objeto de suas investigasies consti- tuem tuma caracterstica importante a ser considerada. Com certeza, es identidaue exttev sujito € 0 objeto do combeci- ‘mento ako representa, nela mesma, wma varidvel determinis- ta, mas, certamente, 6 capaz de produzir seus feitas na produ 65 historiogrfica, Se, por um lado, 0 discurso do senso c0- ‘mum (inclusive o “senso comum douto") associa a0s imigran- tes, nos seas primeiros tempos na “terra de adoro", 0 fato de serem, via de tga, pobres degredados de seu terrtirio natal ‘Gio, nio & menos verdade que, aos mesmos imigrados, é reco- nnhecida uma trajetbria de mobilidade social estritamente ascen- dente que, em boa medida, no atingiu em termos macigos © conjunto desta populardo. Embara esta perspectiva de entendi- ‘mento dos processos migratrios ocupe hoje uma parcelainfima LMU, CP, WIT MA. + Query nite ter mada de oeattos? dda producto académica especializada mais recente, sendo mais pperoeptivel nostrabalhos onemorialisticos, defnitvamente la no completamente estranha aos estudiosos da imigragao. A proposta deste livro esti relacionada & possibilidade de pensar os imigrantes que vierars para a América Latina, desde 0 continente europeu, asitico ou afticano, por meio de ‘uma infeliz resolusdo de suas vidas nos paises éa América, Se a “terra da promissio” esteve no hoxizonte prospectivo destas populasSes desenraizadas, antes do “trlnsito defintivo” para ‘©""Nowo Mundo”, alguns entre os chegados encontraram mo: tives para retornar, outros, para estabelecer a margem como lugar final para a realizagao de sua desdita. O infortnio termi- ante pode ter alcangado a esas gentes, o que nfo significa que ‘estes mesmos homens e mulheres ndo tenham se feito, volunta- riamente, agentes de sua desgraga nas novasterras. Assim, se, por um lado, & possivel reconhecer a algumas situagbes, 0 constrangimento estrutural dos individuos imigra- ‘dos @realizagaio de uma vida methor, em outras cincunstincias € foreoso perceber que outros tants, em que media fo, retaram vitimas de si mesmos, Nas historias que fogem facil ideali- ‘zagio a que 0 exilio aduz, os arranjos de amparo ¢ solidarie- dade, mas, também, de alheamento e, mesmo, de decidida (auto)exctusio, apontam para uma multiplicidade de trajetorias erriticas cyjo desfecho nto poderia ser surpreendido desde 0 «esbogo do primeiro argumento para a cansecucda do enredo em {que os imigrados se fizeram e se desfizeram na sua caminhada Os imigrantes, assim, para além do ue previam e para além do que encontraram, construiram uma trajetéria possivel de vida, individual e coletiva, marcada pela tensio entre o que cra possivel almejar e 0 que era possivel realizar no espago a cles destinado, mas também naquele que eles mesmos forja- ram. Espago este muito mais multitnico do que aquele que Frequentemente a historiografia da imigrapio aponta. Neste ogo Imlarogte ra Americ anes hitros de acne de interagdes marcadas pelas constantes ficyOes, 0 malogro revelou-se entre aqueles que ndo conseguiram ultrapassar 0 e5- ‘teito espaco reservado ao grupo de origem: entre aqueles que, desde o recSndita de sua comunidade émica, viram-se exclu ‘das por ela mesma, pelo insucesso individual; entre aqueles que, 0 roubarem, matarem, tairem, foram invsibilizados nas ‘Bosses investigages historiogréficas. Se, para a historiadora francesa Aslete Farge (2006), os arquivos judiidrios t&m um sabor, muitos de nds ainda hoje nko queremios saber que portu- _gueses, italiano, espanhéis,alemtes, japoneses,drabes,judeus € tantes outros possam ser (procurados e) encontrados, por cexemplo, nas péginas dos processos criminais. O ato da sele ‘0, na operacao historiogrifica, dirige-se, quase sempre, em sentido oposto aos percursosfunestos. historia da imigrago pode se encontrar, também, a revelia de nossos mais intimes ddesejos, com a histiria dos maryinais, ‘Ja faz quase quarenta anos Jean-Claude Schmitt alerta- ‘va, em seu artigo “A historia dos marginais", publicado no cemblemética livro “La Nouvelle Histoire”, organizado por Jacques Le Goff, para além das mais Gbvias situayOes de mar- sinalidade ("essa marginalidade consciente e contestaticia’), para a necessidade de prestar atengio a {tips de marpnaiade onde echsto menos abetamente ‘migrados" da Europe (SCHMITT, 1990, p. 263), Nao ¢ 0 caso, agora, de fazermos a avaliaga0 da perti- ‘néncia atual de todos exemplas trazidos pelo autor, os quais foram enunciados no final da década de 1970, De toda a sorte, tanto 0s imigrantes do oitocentos quanto aqueles do novecen- UIC: WIT A+ nn) tr med de romcn? tos também, os dos eias que corem poems ter, em alguma smecida, suas experiénciasrefletdas luz da marginaldade, do, El discon del progres y I imagen de Chile en el exterior 1860- 1930”, Proyecto FONDECYT. N°1030001, 2003-2006 ORTEGA, Luis. El proceso de industrislizacin en Chile 1850-1930, HISTORIA, Vol. 26, 191-1992; Chile en ruta al capitalismo: cam bi, euforny depres 1880-1890, LOM, DIBAN, 2005 PALOMERA, Adriana. “Migranse,solitaio yanarquista: un modo de ser magallinio a principio dl siglo XX”. Profesora Guia Car- men Norambuena Carrasco, Tesis Magister, mencién Historia de ‘Acntrica. Universidad de Santiago de Chile, Santiago, 2007 PEREZ ROSALES, Vicente. Recuerdos de pasado (1814-1860) Sam tiapo: Zig-Zag, 1948, ‘PERI FAGERSTROM, René. Reseta de la colonizacim en Chile ‘Santiago: Editorial Andrés Bello, 1989, p. 1M, ‘PINTO RODRIGUEZ, forge. Los Censos Chilenos del Sig XX. “Temsco/Osomo Editorial Universidad dea Frontera y Universidad Ge Los Lagos. 2010, “La formacion det Estado y la naciba,y el pueblo mapoche ‘Dein inclusion aa excusion, Saniage. DIBAM. Santiago, 200. ____. (ito), Modernizaién, inmigracion y mundo indigena. ‘Ghley is Araocanin ene! siglo XIX. Temuco: Ediciones Universidad de La Frontera. 198, ____Imtegracin y desintegracion de un espacio fontriza Lt Teavcania yas Pampas, 1550-1900, en Pinto, Joge (Ed). Arasca- ‘ia y Pamapes, Un mundo fonteiao en América del sr. Temuco, [Ediciones Univeidad de La Frontera, 1996, \_(eitor). Araucania y Pampas. Un mundo fronteizo en astra del Sur. Teco. Ediciones Universidad de La Frontera. 1996 RODRIGUEZ, Masin Elena. América Latina en sus ideas, “Elem {rane europeo”, México, Siglo XXT Ealnoes, 1986. 163 {CARRASCO,. N+ Chieu za de proyectos mia eae ROSSI, Hugo. “Progeto tenico-ecaomico di calonizasine de undo Sen Mantel de Paral”, en. CLE ,Emigmtione colonies one agscola in Cle: reason prog dea mission liana di tsisunaa aie. Fen: Iotiato Nazionale d Credit pert Lavo ‘alin all Ester, 1953 'SAMAME, Maria Oign Transcukuraci,ientid y aria en ‘owls lninmigrcin bs hacia Chie Rev signe onlin], 203 vol 36, n. $3, S173, cup //wwwescci l/sceo ppacape= ‘564 artedpid=50718.0934200300530000 ge UNIVERSIDAD DIEGO PORTALES. Derechos Humanos on Ci 4. 2010. Dinpnible en: hup/ wwe derecoshumaos op. ino eanusl-sobe-derchophumsnoren-chile-2010, [WITKER, Iva veri comple). “Aspect cuales dela nmi ‘acionalemata Cie los medio de eomonicacén” Theres ‘ans Pragensa to XXIV, Praga. ISBN 80-246-09040; ISSN 0536. 2520, atta de ExudoePernmericanos,Unverided Caos V Praga, Replica Ceca 200 164 Malogros e infortunios nas historias de Till Eulenspiegel. De como as historias alemés nos falam das imagens do bem limitado Joana Bahia ‘Canal: a imagem do bem limitado. ‘A metifora biblica da tera idealizada que “emana leitee mel” nos serve para pensarmos seu revés, isto é, as dficuldades dos imigrantes nas sucessivas geragbes ~oriundos do noree da ‘Alemanka e que se instalaram no interior do estado do Espir: to Santo em meados do século XIX (WAGEMANN, 1949) ~ ‘em alcancarem a tho sonhada coldnia e garantiem sua repro- ‘duo social (BAHIA, 2009, 2011). Imigrantes alemses, caracterizados por forte religiosida- 4e, vierara ao Brasil em busca de melhores condigbes de traba- ho, pois as mudancas nas condigbes agririas ocasionaram a proletarizagio e consequente misria de suas populaydes cam- pesinas (WEBER, 1981). Grande parte eram trabalhadores trrais diaristas e membros das classes trabalhadoras urbaniza ‘das. O cotidiano das coldnias sempre foi mareado pela insegu- ‘anga gerada pelos problemas fundiéris (demarcaglo impreci- sa dos lots) « pela deficitncia dos servigos piblicos essencias ‘A forte organizacto comunivisia dirimiu em parte essas dii- cculdades e posibilitoua criacio de associag®es,excolaseisti- 165 Los inmigrantes ante el fracaso del proyecto migratorio. Una perspectiva desde la Itélica Gens en Argentina, 1910-1920. Mariela Cova Los trabajos sobre las migracionestransatnticas hacia ‘Arpentina han tenido en las iltimas décadas un viraje funda- ‘mental en parte signado por! utlizacién del término red social. La adopcion de esta Optica generé la aparicion de mumerosos articulos en los cuales desde diversas perspectivas intentaban ‘vshumbrar en qué forma y en qué medida el peso de la red de relaciones personales de los inmigrantes actuaba en la sociedad ‘de recepcion. De algin modo, se buscaba ver la sociedad como tun problema abierto donde ls formas sociales son la emanacion dele individu, lt norma sociales son problematicas y dos ‘stones de verdades sn discutibles. Ello coallevaba profundizar ‘en el accionar de los actore en la vida cotidiana, es decir pre- sentar las acciones y as reacciones del actor social en el con texto de su vida de todos los dias. "Esa investigaciones demostraron que las trayectoras i= ‘gratorias eran complejas y que las nociones de permanencia, retorno, éxito, o fracaso no necesariamente pueden ser inter- ‘retadas acabadamente. Todo lo eval supone una discusion, sobre qué se consideraba fracaso para el migrante y por oto ado qué era una trayectoria migratoria exitosa, Es deci, el éxi- to podia no estar representado necesariamente, por ejemplo, 199, porla adquisicin de status, de dinero o de tierras en el nuevo pais sino que el éxito también podia verse reflejado en el or\- ‘ge, ya sea regresindo, enviando remesas familiares 0 colabo: +ando con las institaciones en sutirra natal! ‘Asimismo, y en gran medida, el decrocero migratorio de pendia de as capacidades que taian consigo y de las oportuni des disponibies en los mercados ée trahajo, Para profundi ‘ar enello los acercamientos analizaron la insercién Iaboral de los inmigrantes y demostraron que ala teorianeoclisica de un ‘mercado fluido,regido por la ley de la oferta y la demands, se ‘oponia la teora de la sepmentacién, segin la cual el mercado 4c trabajo se encontraba estructurado en tomo a otos factores instiracionales y Foerzas sociales en los cuales la ley dela oferta yla demanda se enconcraba mediatizaéa por ellos. Sin embargo, esos acercamientos, sumamente estimulan- tes y superadores, no contemplaron sulicientemente qué suce- dia con aquellos inmigrantes que por diversos motivos tuvie- ‘rom trayectoras de fracasosy de desilusién. Posiblemente, para ‘lcaso argentino la escasez de trabajos sobre fracasos obedece, ‘en parte, a dos cuestiones: por un lado, a que ls investigacio- nes de los siltimos afos se focalizaron en la migracién realiza- da a través de cadenas migratorias 0 redes sociales. Por otro Jado, ala escasez de fuentes que permitan rastrear el accionar t pe aie eran ma pce, sn, ‘sittrstone Ac ts Com Car ric Ge Td Th Sieben 3. 1 me i New ak tes pc me raw roe fot ai Coe eh ee epson srs ner. pros ea pe sna oe, ee Sa Thee [eed sh rt sence) ego a pine ‘iste cma ed poe maura ua ant a ee en ‘Shani he prs once." Aria ean CaP ee ten Goede New Yor Cin, New Yor, 25 ope 9,1 es 2 CEVA H+ Los mignon oes de! proyecto mira Jos al puerto de Buenos Aires eran tipidamente arniéos por ‘agentes de trabajo, Tales asi queen varias notasla Ilica adju- ‘ica a esas “agencis” Ia sitaacioa lamentable en Ja cual se en- ‘contraban los inmigrantes y seialaban que ademés Ia Ttiica Bator de cara sea gues condone dl tala e oes so muy ditty en pane, pou al exis eyes ques span ‘ue linpaban va emis eens psln ea caine Yen ls aprara Ch Arch, Tin Gens, Now N° 1388, Casta de ice ‘Gen en Arpt in Ges en Tio, 31 ectebee de 1912 /Hlartelo cdo ceil “migrant plateata en cs del peti nies na Ami ana: hatin de econ ‘Sih qe cum modo dvewo a opin qe aise ‘iid ma lin, os pris vatagns wna forte ‘onentsemigatca nee pas Os Jorma a os penn {2 oem que nx Amin, no moment eicoatar aba. Thosrmen os carpi, freon ee cacoseam (ragrcaloves 9 experi aida sig tempo porgers coc (a ange» matrago ado fi do pein windouro odor encom tablo .] Adeitode quem epe- ‘pi src pr nem me loa ee ah € {tute el por nr que etams continent me conta ‘Som om ist eno estamos em diner que 0 que ets ‘Seo no joa “ROMA” € purse mrad verdad Nese paisa Geoempaco 3 xpande serps de ado asmastadoe {Em comsequaca da name emigayo que age darian tese digs." Bs decir claramente remarcan que la edad de oro ha pa- sado y que a Ia mayor parte de los nuevos aribados no les espe- Saseseaksue teenie iaheee Sener anne antes gu oe per an aN ‘Feats vo ei perl atin fr vals "RAZON™ ‘Footman sens por acs eon + xg the yl rane Sep [oe ern er ‘Talo gua pac rt pr mt te eam a erate cm ein the pau sta alors "ROMA joe coms rt go ace etme cd gy rk gen stage fie ana ein! ct mae ‘Rich labica Gens, Nota N° 1348, Cara de ice Geas en Buenos Ais & ‘Coee Rarer Veeron Toi), 31 tbe 19125 os. 215 ove tel oem cl pope migra ‘otra cosa mas que desiusiones yamarguras. Adem, sehace hhincapi¢ en que el gobierno argentino busca mostrar tna ima- ‘gen inexistente, en torno ala inmensa riqueza que oftece y ala poribilidad ripida de obrener rabaj, sin comtar con eyes que regulen el mercado de trabajo, sin limpiar a esura que hay e3- parcida y con una industria en estado embrionario, En sintesis ‘observan que: * nes ober © ambicioss Replica onde dose sea ‘no fare aparece no iso ese pose compara am grande ‘ols coma esa dour e pra de ris. ‘A clo suman, que sien tiempos anteriores los espafioles italianos eran “ben nist pro‘et.." en Argentina, la staa- én se modified para 1912, cuando los inmigrantes debian re- tomar a sus paises, segin el autor de la cara, por diferentes _motivos: los espafioles, porque no resistian el trabajo en el can- po, los italianos, porque no veian con agrado cémo eran tata- dos por la atoridad.© El cambio de percepcién sobre la mano de obra inmi- ‘grantees reafirmado desde diversas fuentes del periodo sobre todo si las imagenes se contraponen a aquellas que habian sido difundidas desde mediados de! siglo XIX cuando pensadores ‘como Alverdiy Sarmiento expresaban sus expectativas con re- lacién a la entrada de trabajadores extranjeros, Como wna for- ‘ma de apreciar el cambio de 6ptica citarems silo dos ejem- pos cldsicos que giraron en torno al tema. ‘Una en 1846 de Juan Bautista Alberdi quien sealaba ve: gus ape el ob Reps nt a pero ‘ice po parngon mgr son es oly or ‘rch tn Gen, Now N90, Car Se hea Ces Borer es a oe Rai Veen peg. 3 Gea, et N04 Cara de lea Ge Ese Sipe ‘Mio, Sta 1912p 216 nose na Anse Ltn: hss de rocnes vers que os nis de oven de dain de se preeeecan cx acer Amaia? Lleneona or gt poe ete os as.) Fined pone crirel gmc, nid cement de Hace Pass populate orton iastnsormacos 0. ‘Boje sine esto’ en cen ator ours de a ‘Satria queria comme vie digmy conte oe. YY otra de Domingo Faustino Sarmiento quien a waves de “Focundo.”setalaba que: “9 came as noe intial, os ns inet y eel oriamunerproelsis es pas ion crac Burpy soso pnden ere asi aoe to, pr ed de exzaneon, al erp el wae oil viene dais a ello, conten 54 ‘Sotelo y peje lov sacle. Estas primeras imagenes fueron siendo matizadas a me~ dia que se comprobaba que el extranjero no sempre aportaba fo esperado y que su presencia tambien genera pejucios en {a poblacion nati, teniendojusamente un punto de inflexion pata los as en ls que la Itlica lo peribe; inctosoexpresin- Solo desde los peribdicos que mis hablan apoyado el proceso dellegada, Frente a ex panorama muchos ran los qu aeba- thu el palsy spidamente debian setorar Entre el mito y la realidad. “Audaces fortuna Invat” Audaces fortuna invat son las primeraslineas de wna carta inigida ala Iilica Gens en 1912 a través de la cual queda ex- ‘puesto el deseo de millares de migrantes que emprendieron el ‘camino bacia América tras el mito de “hace fartuna”. Pero 8 fempre era posible triunfa? Y en todo caso jque se requeria Tim Aber By puppet de Re ‘Gavcins Mes Un. tn fib, Bones Ase, 1981 P90 D Suiern Fe, La Pat, 138 a7 (CEVA M. + Lninmigrartas nal aco dl roped mito para lograrto? ¥ cima se encontraba el migrante al momento del fracaso?. Veamos la siguiente cara "Ado rans ue em 6 ote Le An espe ow dis anos atv eque pus em eta Anca 3 itn {nealejavend shar eaonhara ment aon ‘i 2 abandon mew pide ogee swan so além don oceans, if ode parca gue do ra cur se ‘oo me ani E et ca fn, exe soo que ngaton ders impels nm a pecs sce + ext sense dos [ings cncomelos wosos de tes ps A inks wos ‘efoale, a minha acta toa Patcom emuassmo no eng, mas desemtanic coe Oui seinen rable ME uae more, aque po te caste sage! "© ‘Una imagen similar es la que se observa a través de la carta que escrbe antes del egreso un inmigrante italiano a la Ilia! ‘ames de me encontar num tad mineive, deci tn ‘tr a0 mew pa de orig, aman. shor eu ape {nglscaregado Se anima com dati «Genoa, ose to emburcars(.) Se a VS. ser fer 4 cots de me dat qsiqe coin pa comer amecipedamente grade. ‘Como se observa el pedido de ayuda llegaba al imite de solictar “algo para comer” © como en el caso de Mato Sicilian ‘uien te escribe al pirroco diciéndole lo siguiente: © Andes frtnn erat tcnts maeeinprond ai ‘teem mee rn. dana mis met pen a ERS ‘Min tence nn nan pace ern rg con ow mi pr toms nes ‘ei, ut ag amp ee phe epee Fac dp nmi mr at ge Lea ae ‘Staaten Pcl ma re ma bra on hon nt ‘era pea care min ul pare sang" Arc ics ‘Ge, Care Ho ncn Grex aca Ae: Bla. 7p 4 “+ Spt oma ins ett ce aro pk a unk dnp iage or nal on dias Gono sats inka (Sele SV sles dm dt pu et de ‘mio cpt rae” Arcs ica Gone, Cata de Ete SA Tals Gens en Bocas Aen, Buenow Ase 19 Se cae de 193,58, 218 Air ne Aria ei: tos de romae rua ue, gio con, me non oc: Ta Sa dese «sine alo comes meee eco cos minis ol, ul 0 Srespore ean aren vi" CCarameste, estos inmigrantes han fracasado 0 #8 ini ledeca a razon ind proyecto de inmigracén,Fraceso ase = vente pero que también en a época eran arbuido a r70- se de polica miggatora. En exe vendo, y pr casos como el we tionado anterormentes qc la lia se opona al aceato oct ena Head deemigt, como una maifetacin pa Tolar dela ibertad de inicniva eae campo labor, donde rade no debi interven. Tal stuacn que ya habla ag do oa Ta peninnula mumerosssreacciones, fc furtemente macada por la Federain, através de reieradas desripciones ae cowban aE Schiapareli y que giaban en torn ala Acesidad de ffenar la sadn de emigrants acia Areata, abi a que asuegada se encontraban totalmente despot {Gos siguiente parafoes6lo wna muesia de esos pedidos: elim pra decor a engi nest Rp TART at nae ae cma made 320 Seta que te pam cena, A aa cian nm pr 0 ee ‘ener pos nines enn sated opr ence ceca a anor pn ode Soa 2 epost Rea rm aia tngef nomenon ta renin, nt ag re ec ose eT Aden Ad ti Gna Cae din et pee caac nae vena 27 ane 198, Nea 3, Deseo rn aos 29 (CEVA. Lat ret a onan dl rye miro ‘Ante las mumerosas peticiones que se eciben, la Secreta- "a solicza a 1a Centra en Torino, que obtengar: pasajes de re- _greso gratutos para aquellos italianos mis necesitados, La Iti fica, en Buenos Aires, se encargaba de gestionar algunos bole- +05 pero sblo podian obtener pocos lugares, debido a que los ‘barcos regresaban completos. Sin embargo, efialaban que el ‘verdadero motivo habia que buscario en los “.. mumeres spe ‘ator che vino sulle spall dei neti povericonnazioncle..™ Oitros ejemplos ceafirman este panorama para la ciudad 44 Buenos Aires, as se seialaba que: "Devemos pom cus dr cnsaque ambi pate dos ‘postulates te rigem ao nosso Seawtrado pra tabs ‘Bn un tna ean in tn ot ‘mente picon,i & pedo de guakuer que sev 0 acer ‘ico, prefrindo primero deizare enguta: peta eros ‘Agtocins de uabulbe que ifelizment netn ee a ‘Armaioe parte pretede wabalbos ee, como pti, cc bette no queen absolute aber det Co ‘iat A sa desu gu eta abvolacnente sem ao ‘am a vingem..[-] A onder dos noo abbas ‘na idade sempre se ora mai car come mato ‘amr emigario de turcsdaber indlna, sia le, ‘em de rata poco, se coatetam com peg dele ‘eolutamene isfcicates, ach cs Ge Not 1, Ca eaten Ges (eo). Shag Ia woes "Dh estate nt doch map po ‘elon ae Sars nn one gon au le ‘otis mt np Sgn ven pr ‘enactment cpap io ope apron pe peng ep feces ‘ents Scan ee Cite di dai dre sant ‘rl ra srt pore ag] sn tna ia {rosa pes pl oe us mee rae ae ema thare od an ov op oe po Sees ti teen nie A tis Ge Nt mies ne Amari tin: hades de octet [Nuevameare se recur ala imagen de as agencas de jo que inferan ia ciudad. i bien para el caso argentino, alin no sabemos desde cuindo y c6mo comienzan 2 operar, & pati de mmerosns eraplos es posible peri gue en muchos ‘casos es el fracaso del proyecto el que conduce a los migrantes a fests “ecuador de carne humana” y que frente a esa amenaza Sguncaceién epadoxrecuren aa tice como bien se men- ‘ciona en Ia siguiente carta dirigida al Padre Benedetto. serrata preven omens ae pee eee fies eeraee rel nina eee “Laiidea de “aromo” con la cual se identifica este migrante ‘nos remite a cbmo el no pertenecer a una ted social densa oe ‘no star incluido en un Ambito de pertenencia especifico con- Ievaba para algunos individuos el fracaso, Fracaso que se rea- firma con varias palabras que representan el estado animico ‘pore cual atrarevaban, Un ejemplo de ello esta cartaen ta que se sedialaba que: Devemot port, om nossa precupasto Noa GUE & ‘asin pte don pstlaes sedge a0 nom ccc Gunn aa refuridon a xiao Ge vagabundos™ rimeso ay Bes alli ses arc prs, ape gat ene ei dere vm ae pn SERIAIET Ra te ie ne ei oJ 0 ee ‘Rie cere sve ul po ofa [J Lara, re Ftd nam vie crn! a oe Pree dts a ap ae Er i che Took rar Gan Cats Se Crea Pare Bovis, ftada on Buenos Aes Moet 2s > Seeapdo en vai 21 (CEVA. A» Laing nt traces dl rye migrtoe smanchas sea diner em acoradouor ou ans Agta Ce Utababa Dept nfo suerem avoamentewabalbar pare Este segundo noma vse ¢ tems enor capa f dee ear secament, porque oso at agbacas de un batho. dspondo na mao pure dos cason de igo pat, ‘eo sempre anagem rome a8. En ese contexto de “misrates", “atarrane” y “desgraia- dota Ttilica imtentaba colocar a los migrantes. in embargo, como ve teva en siete empl, seme ea po ‘lator da pene um pobre desgraato que ht um més hep a Ila. Conn we pode percter wos documentos

También podría gustarte