Está en la página 1de 594
VOZ O Livro do Especialista Volume II Organizadora Mara Behlau Fonoaudislog Espevalista em Voz pelo CFF Diretora do Cento de Estudos da Vor (CEV), Sto Paulo ‘Coordenadora Didatico-Cientfcae Professora do Curso de Especializago em ‘Vor do Centro de Estudos da Voz (CECEV), Sio Paulo ‘Curso de Especializagdo em Distirbios da Comunicagio Humana pela Universidade Federal de Sio Paulo (UNIFESP) ‘Mestra e Doutora em Distirbios da Comunicago Humana pela Universidade Federal de Sio Paulo — Escola Paulista de Medicina (UNIFESP-EPM) os-Doutoramento na University of California San Francisco (UCSF), Califémia ~BUA REVINTER. oz 0 Lio do Especaisea —Vowume Copyright © 2005, Reimpresso 2010, by Lsrara e Elitora Reviter Ltda, ISON 85-7300-889.9, ‘Todos 0s direitos reservados Eexpressamente proibida a reproduce deste vo, no seu todo ou em parte, por quaisquer meios, sem o consentimento por escrito di Eltora, Revisio Técnico-Cemttica do Volume I ‘is Casa FonoaudilogaFspecilita em Vor “Te Da, Demo Vianna Fonoaudloga Contato com a autor ‘mbelilan@uol.com be ‘Arcsin oe aan ‘Accepts ch cou, psatsoss pao atone so coi ta ha nid rego mates coenpnena tl toe nag do dosngum para og cts nostra Livraria eEditora REVINTER Lada Rua do Matoso, 170 Tjuea 20270-135 - Rio de Jancitv 8} “Tels (21) 2565:9700~ Fax: (21) 2563-9701 lioraria@revinter.com hr — wwwrevintercom bt VOZ O Livro do Especialista Volume II Organizadora Mara Behlau Fonoaudidloga Especilista em Voz pelo CFF a Direora do Centro de Estudos da Voz (CEV), Séo Paulo Coordenadora Didtco-Cientficae Professora do Curso de Especializaglo em ‘Voz do Centro de Estudos da Voz (CECEV), Sio Paulo Curso de Especialzagio em Distirbios ds Comunicagdo Humana pela ‘Universidade Federal de So Paulo (UNIFESP) Mestre Doutora em Distirbios de Comunicago Humana peta Universidade Federal de Sio Paulo ~ Escola Paulista de Medicina (UNIFESP-EPM) Pés-Doutoramento na University of California San Francisco (UCSE), Califomia - BUA REVINTER oz: Leo do Especatita— Volume I Copyright © 2005, Reimpresio 2010, by Liver Editors Revinter Ld, ISBN 85-730-889.9, ‘dos os direitos reservados, E expressamente proibida a reprodugio ‘deste liv, no seu todo ou em parte, or auasaier meio, sem o conseatimento Por escrito da Editors, Revisio Técnico Ce (iss asm FanoaudilogaEspecilita em Voz ia do Volume t “Try Dat Desa Viewors Fonoaudidloga Contato com a autora mbehlau@uol.com.br stig ch Per mas frac erence meen ae eae come SSERRESRAR ci es eens iraiae Editora REVINTER td, ua do Matoso, 170—"Tjuca 20270-135— Rio de Janelto -8) ‘Tels (21) 2563-9700 ~ Fax (21) 25639701 Tvrria@revintercom.br—wwrevintercom.br Prefacio Indubitavelmente, no existe alguém melhor nem mais ‘quulifcado que a Dra. Mara Behlau para escrever e editar em dois volumes a obra Vor: 0 Livro do Especalista. Em minha opi- nio, a Dra, Mara Behlau crue desenvolveu o melhor curso de especalizaglo do Brasil na érea de voz. Sempre acompanhada porexcelentes profissionais, médicos e fonoaudidlogos, formou tum grupo de atuacao clinica, ensino e pesquisa inveéveis. ‘Apesar de este lito ter sido escrito especialmente para Curso de Especalizacao em Voz. do Centro de Estudos da Voz (CECEV), 0 contetido apresentado certamente seré muito itil e ‘enriquecedor para todos os profissionais da érea, sobretudo para otorrinolaringologista, fonoaudiélogos e professores de ‘técnica vocal, estudantes e profissionais experientes, ‘O volume I foi organizado de forma a oferecer conceitos ¢ informagBes basicas e essenciais sobre o funcionamento vocal, a fim de capacitar 0 leitor para estudos mais avan- «adios na drea de voz. Com o dominio destes conceitos e in- formacdes, o leitor estaré preparado para compreender 0 real significado de uma disfonia, realizando uma avaliacéo vocal completa, explorando as mais diversas cassificagoes € analisando as diferentes categorias etiologicas. Além isto, o leitor poderd analisar aspectos exttemamente importan- tes da clinica vocal, como, por exemplo, 0 comportamento vocal e suas conseqiiéncias.Jé o volume Il trata das disfonias ‘organicas, das vozes profissionais, da fonocirurgia e, de modo particular, aprofunda os mais variados aspectos da reabilitagdo fonoaudioligica. Cada capitulo & exaustivamente explorado, apresentando uma revisio bibliogréfica densa e consideracies especticas sobre a atuagao fonoaudiolégica na clinica vocal. Um outro aspecto a ser ressaltado é que, além da bibliografia absoluta- mente ampla e completa, est lvrotraz, também, resumnos das publicagées mais importantes e interessantes de cada assunto abordado. Este perfil to particular da Dra. Mara Behlau leva 0 leitor a compreender as complexas inter-relagGes da vor hu- ‘mana na visao de outros autores. Esta obra & uma contribuicao singular para a literatura académica da drea de vor e faré parte da biblioteca dos profis: sionais que atuam na tea, pois o seu contetido & completo, ccomplexo, bem elaborado e, principalmente, de fécil compre ensio. E uma honra e um enorme prazer, para mim, poder reco- rmendar este livro. Infelizmente, ainda nao hé uma ediclo em lingua inglesat Janina Casper, Ph.D. Profesor tne Doeene do olympiad Communion Sees Deporte, SUNNY Heath Scene Cee, Upstae Medal iri Sra, New ik USA i i Apresentagdo do Volume Il presente volume & oferecido & comunidade cientifica como continuidade do Volume I, lancado em 2001.0 intervalo de tempo entre as duas publicagBes nao foi proposital, mas a conseqliéncia da necessidade de realinhamento, que a Fo- noaudiologia enfrentou, e da reformulagio do conhecimento na érea de voz. Nestes tr@s anos, 0s oito capftulos deste volume foram. reescttos infimeras vezes, para contemplar as exigéncias do fontoaudislogo especialista em voz. E justo reconhecer que ‘meus alunos do Curso de Especalizacao em Voz do CEV {(CECEV) foram eriticos ativos que ofereceram mocificacbes ¢ ‘trouxeram novos rumos a0 text. Varios colaboradores que no participaram do primeiro volume contribufram para oferecer uma visdo mais completa «de temas especificos no Volume Il Além de contar com os que Tidos Paulo, Osiris, Renata, Glaucya e Deborah, que foram ‘co-autores no Volume { e também participaram do segundo, -gostaria de agradecer aos novos colegas que ajudaram a real at © meu anseio profissional. Os parceiros médicos sao Robert Thomé, Daniela Curti Thome, Luiz Celso Vilanova, O ne Valente e Edson Luiz. Bortoloti. As parceiras fonoaudidlo- ‘gas sdo Ingrid Gielow, Ana Elisa Moreira Ferreira, Maria Inés Rehder e Maria inés Goncalves ‘Aos médicos co-autores gostaria de expressar o meu reco- inhecimento por eles terem aceitado 0 desafio de escrever para fonoaudidlogos, entrelagando a sua contribuigdo com 0 rotei- +o otiginal escrito por mim, compreendendo as minhas limita- s8es ¢ atendendo ao pedi de produzir um material que fos- se realmente de valia ao jovem clinico brasileiro, Robert e Daniela sao pai e filha que representam a unio do conhec- ‘mento estavel e do novo, em sua melhor versio, com compe- tncia,ciatividade e carinho. Luiz Celso foi meu contemporé- neo de faculdade e conhece tanto de Fonoaudiologia e 0 ex- pressa com tamanha clareza que faz com que todos se sintam confortéveis conversando sobre Neurologia. Orsine & especi lista em Endoctitologia e contribui na dificl compreensio ddos impactos dos hormdnios sobre a voz, Edson trouxe 0 apaixonante conhecimento da Psiquiatria, explorando os aspectos médicos das manifestagSes vocais dos principa transtomos desta érea, com informagies essenciais & dinica fonaudiol6gica, As fonoaudidlogas co-autoras, gostaria de reiterar 0 meu inesgotavel reconhecimento. Ingrid & brilho vivo e representa a fonoaudiologia moderna atuaizada e dindmica, Ana Bisa € especial em integrar os conhtecimentos empresaiais &fortoau- diclogia, com els inovadores e consistentes. Mara Ines Rehder dedicada e incentiva seus alunos com persisténcia e visio. Maria Inés Goncalves é uma de minlas parceiras mais antigast contribuiu para o delineamento inci do CECEV e hoje esta frente de outros desafios; sua presenca nese livo & para mim, acima de tudo, o registro carinhoso do crédito que he dou Quero, ainda, ressaltar a participagao incansavel de duas fonoaudilogas que fizeram a revisdo técnico-cientfca deste volume: as quetidas Gisele Gasparini e Tatiana Vilanova foram «de uma dedicagio & prova do cansago. Gi foi capaz de sorire ler*s6 mais uma vez" (por mais de 20 vezes)) para verificar se 0 que estava escrito era realmente 0 que eu queria ou devia escrever,€ a Tati foi capaz de se controlar quando 0 texto tet ‘mosamente ressurgia, na tela do computador, em sua versio sem cotregGes, garantindo-me que se lembrava de tudo e que colocaria as correcdes novamente “sem problemas"! As duas quero oferecer um agradecimento da alma, Finalmente, a equipe de assistentes e da forge-tarefa do CEV nao me decepcionou: encontraram erros, sugeriram mu- ddangase superaram as minhas elevadas expectativas,vibrando ‘com cada pagina. A todas, e de modo especial & Fga. Patricia Bortoloti e Fa. Karine Rech, 0 meu aplauso! Um crédito particular para a queria fotdgrafa Vania Tole- do, que me presenteou com a foto da capa e transformou a emogao de um momento em quase-eternidade. Por fim, quero agradecer ao méu filho Thomas, que cres- ceu dentro da Fonoaudiologia, e ao meu matido Reinaldo, que se tornou rapidamente assessor fonoaudiolégico, Tho- ‘mita foi capaz de compartihar as minhasrealizagSes com um. corgulho que achei ser prerrogativa dos adultos, mostran- dorme a generosidade de seu coracao. Reinaldo, a quem esta obra € dedicada, fez a faganha de nao me deixar mais vagan- do pela vida e deu aos meus dias uma nova dimensio. Sei que é um privilégio continuar a desenvolver 0 meu: trabalho do jeito que gosto e ser acompanhada por pessoas que fazem sentir-me especial todos os dias. Que o meu cati- inho nao seja pouco para retribuir o que recebo! ‘Mara Beta ca Colaboradores do Volume Il ANA ELISA MOREIRA FERREIRA Fonoaudidloga Especilista em Voz pelo CFFa com Curso de Especializacio no Centro de Estudos da Voz (CEV), Sao Paulo Mestranda em Lingiistca na Pontificia Universidade Catlica de ‘Sto Paulo [PUCSP), Sio Paulo Professota do Curso de Especilizaglo em Voz do Centro de Estudos da Voz (CECEY), Sdo Paulo DANIELA CURT THOME Mética-Otorrinolaringologisea Doutora em Ocortinolaringologia pela Faculdade de “Medicina da Universidade de Sao Paulo (FMUSP), So Paulo DEBORAH FEI}O Fonoauiloge Especaisa em Voz plo CFfa com Curso de Especiizara no Cento de Estudos da oz (CE), Sio Paulo Nesta em Distros da Cmunicago Famana pela Universidade Federal de So Palo = Escola Palisa de Medicina {UNESPEPM, Si Paulo Professra do Curso de Especaizacio em Vor do Centro de Estudos da Voz (CECEV), Sao Paulo EDSON LUIZ BORTOLOTTI Médico Psiquiatra Residéncia em Psiquiatra Clinica na ltmandacle da Santa Casa de Miserieérdia de Sao Paulo Professor do Curso de Especializagio em Voz do Centro de Estudos da Vor (CECEV), So Paulo GLAUCYA MADAZIO Fonoaudiéloga Especilsta em Voz pelo CFFa com Curso de Especializagéo no Centro de Estudos da Vor (CEV], So Paulo Curso de Especalizacao em Distirbios da Comunicacio Humana pela Universidade Federal de Sao Paulo — Escola Paulista de Medicina (UNIFESP-EPM), So Paulo Mestra em Distirbios da Comunicagéo Humana pela Universidade Federal de Sao Paulo ~ Escola Paulista de Medicina (UNIFESP-EPM), sao Paulo Professora do Curso de Bspecializaglo em Voz do Centro de Esuidos da Voz (CECE), Séo Paulo INGRID GIELOW Fonoaucidioga Especiistaem Vor pelo Fa com CGatso de Especaizagio em Disttbis da Comunicaglo Humana pela Universidade Federal de io Paulo ~ cola Paulista de Medicina (UNIFESPEPM}, Sto Paulo Mesrae Doutora em Distrbios da Comuticarao Humana pela Universidade Federal de So Paulo ~ Escola Paulista de Medicina (UNIFESPEPM, So Paulo Professora do Curso de Especilzagio emo do Centro de Estudos da Vor (CECEV), Sao Paulo LUIZ CELSO PEREIRA VILANOVA Médico-Neurologista Doutor em Neuroloia pela Universidade Federal de So Palo Escola Paulista de Medicina (UNIFESP-PM), So Palo CCefe do Setor de Neuroogia infantil da Universidade Federal de So Palo Escola Paulista de Medicina (UNIFESP.EPM}, So Palo Professor Adjunto da Discpina de Neuologia da Universidade Federal de So Paula ~ Escola Paulista de Medicina (UNIFESPEPM), Sto Paulo Professor do Curso de Espeilzago em Voz do Centro de Estudos da Vor (CECEV}, Séo Palo MARIA INES GONGALVES Especial em Vor pelo CFFa Gar de Epi em Dito da Comncaga sumana pela Universe Feral eS Pao ~ Escala de Medina UNESP, So Flo ‘Mestra e Doutora pela Universidade Federal de Sao Paulo— Escola Paulista de Medicina (UNIFESP-EPM), Sao Paulo Pés-Doutoramento pela University of California — Davis, EUA MARIA INES REHDER FonoaudiGloga Especialista em Vor pelo CFFa, com Curso de Especializacio no Centro de Estudos da Voz (CEV), So Paulo Curso de Espeilizaclo em Patologias da Comnicagio = USCRAURU “Mestra e Doutora em Distrbios da Comunicago Humans pels Universidade Federal de Sao Paulo ~ Escola Paulista dle Medicina (UNIFESP-£PM), Sao Paulo Professora do Curso de Especializaglo em Vor. do Centro de Estudos da Voz (CECEV), So Paulo ORSINE VALENTE Médico-Endocrinologista Professor Aunt da Discpina de Ugénca da Universidade Federal de SioPalo~ sol Pause de Mecicina (UNIFESP-EPM), Sio Paulo Profesor Ant da Discpina de Endocinologta de Faculdade de Meira do ABC OSIRIS DE OLIVEIRA CAMPONES DO BRASIL. ‘Médico-Otorinolaringologista e Citurgio de Cabega e Pescogo ‘Mestre e Doutor em Otorinolaringologia eCirurgia de CCabega e Pescoco pela Universidade Federal de Sio Paulo ~ Escola Paulista de Medicina (UNIFESP-EPM), S20 Paulo Professor do Curso de Especiaizacao em Voz do Centro de Estudos da Voz (CECEY), Sao Paulo PAULO AUGUSTO DE LIMA PONTES Médico-Ororrinolringologistae Citurgido de Cabega e Pesoogo DDoutor em Otorinolaringologia e Cirugia de Cabecae Pescogo pela Universidade Fedral de Sto Paulo ~ Escola Paulista de Medicina (UNIFESP-EPM), So Paulo Professor Live-Docente e Titular da Disciplina de torrinolaringologia do Departamento de Otorrinolaringologiae Distrbios da Comunicagao Humana da Universidade Federal de So Paulo ~ Escola Paulista de Medicina (UNIFESP-EPM), Sao Paulo Professor do Curso de Especalizagio em Voz.do Centro de Estudos da Vor (CECEV), Sao Paulo RENATA AZEVEDO Fonoaudisioga Especialsta em Vor pelo CFs Curso cle Especaizacao em Distrbios da Comunicagio Humana pela Universidade Federal de Sdo Paulo ~ Escola Paulista de Medicina (UNIFESP-EPM), S30 Paulo Mestra e Doutora em Distros da Comunicacdo Humana pela Universidade Federal de Sao Paulo ~ Escola Paulista de Medicina (UNIFESP-EPM), Sao Paulo Professora do Curso de Especalizagéo em Voz do Centro de Fstudas da Vor (CECEV), S20 Paulo ROBERT THOME, ‘Méico-Otorrinolaringologista e Cirurgo de Cabega e Peseogo Doutor em Otorinolaingologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de Sio Paulo (FMUSP), Sao Paulo Professor do Curso de Especializago em Ver do Centro de Estudos da Vor (CECEV), S20 Paulo i Capitulo 6 Disfonias Congenitas ..... 0... 0c ceseeceeseetseeeseee Mara Beheu, Robert Thome, Renata Azevedo, Maria Inés Reber € Daniela Curt Thomé ORJETIVOS oe eeeseeeeeseee cee teeetetenee INTRODUGAO E SINTOMAS DAS DISFONIAS | CCONGENTAS | aoe ANOMALIAS DO SUPORTE CARTILAGINEO LARINGEO. .. . ‘Anomalia Global -Laringomalicia 1 2 5 8 ‘Anomalias Espeetficas ANOMALIAS DOS TECIDOS MOLES... Membranas, Atresias Laringeas e Estenoses « Cistos e Laringoceles, [ANOMALIAS VASCULARES CONGENITAS Hemangiomas . Linfangiomas DISFONIAS NEUROLOCICAS CONGENITAS &PERINATAS Comprometimentos Neural Perficos «ees sceeseee [iteragies Neuroldgicas Globais...... ses eseseeseetevetseeetenetereeetenetee ALTERACOES CONGENITAS EXTRALARINGEAS ....... Sesasaaseeseaias Fissura Palatina Deficiéncia Auditva ALTERACOES SINDROMICAS. Sindrome de Down... Sindrome do Cri-duchat. «+4. send Sindrome de Pfaundler & Hurler ~Gargolismo .......+++ Degeneracio Hepatolenticular de Wilson ........00+++4 Glicogenose Tipo 1 Enfermidade de von Gierke. Parasia Periéica Familiar ~Paralisia Periddica de Cavaré. Porfiria Eritropoiética Sindrome Supra-tenogenital. Sindrome de Schwartz... BIYRRRR Sindrome de Criptofalmia ~Sindrome de Fraser Sindrome do Nanismo Diastréfico. Seqiéncia de Pierge Robin .. Sindrome de Brachmann-Lange. Sidromede Wemeine sete te ete Sindrome de Plott SINTESE 0... ec eeeeeveeeeeee [REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS. LEITURAS RECOMENDADAS. . SITIOS RECOMENDADOS ........4.200000088 DEBOCA EM BOCA... Capitulo 7 Disfonias Endécrinas . ; st ‘Mara Behlaw, Mara Inés Ruder 6 Orsne Valente OnjeTIVOS st INTRODUCAO. . wee 52 PRINCIPAIS GRGAOS ENDOCRINOS. cesses 82 MANIFESTAGOES VOCAIS EM PROCESSOS DE REGULACRO HORMONAL FISIOLOGICA . re) Maturagdo e Desenvolvimento Sexual Puberdade 22.2.0... + 58 Ciclo Feminino de Reproduglo Humana: Menstruacao, Gestacdo e Menopausa .........c+e06 57 MANIFESTACOES VOCAIS NOS DISTURBIOS HORMONAIS...... 6. 38 Disttbios Relacionados com a Hipéfise 59 Disttbios Relacionados com a Gléndula Tiresidea ..... - 60 Distdtbios Relacionados com as Glandulas Supra-Renais ... - 8 Distitbios Relacionados com as Glindulas Sexuais 64 Distitbios Relacionados com os Processos Metablicos, - 66 Distitbios Relacionados com Medicamentos Hormonais or SINTESE.... 0.4 3) REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS. ........ - 70 LEITURAS RECOMENDADAS. ... fees . 7 SfT10S RECOMENDADOS «24. rere : BB DEBOCA EM BOCA... sc. .ceee ™ Capitulo 8 Disfonias Psiquistricas . Mara Beblau, Maria Inds Rede, Renata Azevedo & Edson Lie Bortolti OBETIVOS poponeceroeerdo INTRODUCAO. .. NOGOES BASICAS D DO DIAGNOsTICO PSIQUIATRICO, Exame Psicopatoligico ‘TRANSTORNOS PSIQUATRICOS MAIS FREQUENTES Transtomnos do HUMOT ......cseeceseeeeesees 2 86 39, 00 93 = 35] 96 ‘Transtornos Alimentares ‘Transtornos Somatoformes. SINTESE... REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS. LEITURAS RECOMENDADAS. . . SiTt0S_RECOMENDADOS DEBOCA EMBOCA,..... Capitulo 9 Disfonias Neurolégicas . . Mara Behlau, Glaucya Madazio, Renata Azevedo, Osis do Brasil & Luiz Celso Vilanova OBjETIVOS. ... INTRODUCAO. vcteeeesusetsesievees INCIOENGIA EETIOLOGA DAS DISFONIAS NBUROLOCICAS _ASPECTOS PARTICULARES DAS AVALIAGOES FONOAUDIOLOGICA E LARNCOLOGICA INAS DISFONIAS NEUROLOGICAS ses ecsssecsesssesseseteteeeesieneeaes ‘TRANSTORNOS VOCAIS NEUROLOGICOS . «+++ pao “Transtomos Vocais Neurol6gicos Relativamente Constantes ‘Transtornos Vocais Neurol6gicos Flutuantes Arrtmicos. .. ‘Transtomos Vocais Neuroligicos Futuantes Rtmicos . ‘Transtornos Vocais Neurol6gicos Paronsticos ..... ese seees ‘Transtornos Vocais Neurolégicos por Perda do Controle Voitivo SINTESE.. 0 0.eeeeveeeeere See eeeeee REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS, . ... LEITURAS RECOMENDADAS.......0.0s0e0eeceeeee ‘SITIOS RECOMENDADOS........ deen ee neeeeeee rere eee tees DEBOCA EMBOCA....2...+ Capitulo 10 Disfo por Refluxo Gastresofé ‘Mara Behlau, Deborah Feijé & Paulo Pontes OWETivos.. : FSIOLOGIA DO REFLUXO GASTRESOFAGICO CONSIDERACOES SOBRE A DOENGA DO REFLUX. GASTRESOFAGICO. ‘SINTOMAS E SINAIS VOCAIS E LARINGEOS DA DOENCA DO REFLUXO CASTRESOFAGICO ‘COM MANIFESTACOES LARINGOFARINGEAS.. Lavingite Posterior «0. ..0.esseeseveeee Granulomas Laringeos e Uleras Carcinoma de Laringe. .... : o DIAGNOSTICO DA DOENGA DO REFLLNO GASTRESOFAGICO Endoscopia oo... eesceeeeseeeees bepoperieecbeoesua000 pllietria de 24 horas.......sseeeseeeeeteeseees Videodeglutograma .........eceecees Exames Complementares «24.06. +e00e+ "TRATAMENTO DO PACIENTE COM DOENCA DO REFLUXO GASTRESOFAGICO ‘COM MANIFESTAGOES LARINGOFARINGEAS. Mudanga de Habitos.........+ ‘atamento Medicamentoso......... Tratamento inigico 2... Tratamento Fonoaudiolégico « 143 . v7 - 100 101 102 103 104 . ut -i 112 114 116 121 121 49 151 154 155 . 159 160 162 . 187 . 187 = 188 ~ 189 191 192 192 . 195 - 195 196 196 196 196 + 198 198 200 se. 201 - 21 SINTESE. . REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS LEITURAS RECOMENDADAS. .. SITIOS RECOMENDADOS. DE BOCA EM BOCA... Capitulo 11 Disfonias por Cancer de Cabeca e Pescoso. Mara Behlau, Ingrid Gielow, Maria Inés Goncalves & Osiris do Brasil eppooupac6n0 ee ae) 203, 205 208 207 213 OBJETIVOS. eee cceeeveeseceeeesecseeevevseseterseteeeeees ee is INTRODUCAO, . .. . . 24 CANCER DE BOCA DA OROFARINGE E DA RINOFARINGE. 4 Aspectos Gerais os. ee reese 24 Tumores do Labio. . cont 217 ‘Tumores do Soalho da Boca... vee 27 Tumores da MandibUla eos eececseeees 218 ‘Tumores da Lingua... 219 Tumores da Rinofaringe ..... 219 Tamores da Marla... ec eceeeeeeseees 20 Tumores de Palato Mole 20 Tumores Retromolares . 220 CANCER DE LARINGE . 2 Aspectos Gerais «2... vite tetteeetees , 221 (lassicagdo THM para on‘Taroces da Lange scssssucesssseccscesecese cesses WD “atamento do Cincer da Laringe de Acotdo com sa Loclzago eEstadiamento. 23 Glética...... 4 Supraglética .. . m9 ‘Tumores da Regido Subglotica . 2 BI Impacto Cingico¢Reabiltardo nas Lringetomias Paris Horizontais - » BI Laringectomia Supragltica, 21 Laringectomia Supracricbidea..... ot ce » 233 Impacto CinirgicoeReabiltaco nas Laringectomias Paris Verticals... sees BA Condectomia we cece BT Latingectomia Frontal Anterior .........2.240 rn . a Latingectomia Fontolateral ......csecsccevecteeteeeeseesteeeeens al Latingectomia Frontolateral Ampliada .. vs BB Hemilaingectomia........e see oo BB Hemilaringectomia Ampliada ...... coasts » BB Laringectomia Vertical Subtotal. veiteteteecees BBB Pinos da ReabiltagdoFonoaudlligica nas Larngecomias Parcs ae Impacto Cinrgico Reabilitacao nas Laringectomias Total Laringectomia Quase-Total .. : posecuabos0 242 Laringectomia Total Clissca: Vor FsOfigica. 2... .e6eeee eevee 245 Laringectomia Total com Protese Fonatéris: Voz Taqueoesofigica . oo 262 SINTESE....00. ee. ee beeetereees 258 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS. + 269 LEITURAS. RECOMENDADAS. : - 274 SfTIOS RECOMENDADOS.. m5 DEBOCA EMBOCA......... bevseeee O Capitulo 12 ‘Vor Profissional: Aspectos Gerais e Atuagio Fonoaudiol6gica....... 2... 287 ‘Mara Behau, Deborah Fj, Glaucya Madazio, Mera Ins Rehder, Renata Azevedo & Ana Elisa Frera ' OBjETIVOS... . segogosHaceoaaaners 2s INTRODUGAO. ...... Goseoadburencucubepeeocem 23s ASPECTOS PARTICULARES DA AVALAGAODAVOZ PROFSSIONAL «oss... sssseceeseey 250 . Avalagio Fonoaudiologica «2.2... cceeeeeeee 290 ‘Avaliagd0 Otorrinolaringolégica ce 295 fAsaliecia do Catae eee » 295 APERFEIGOAMENTO VOCAL... .eececseees -. 236 i DDIFERENCAS ENTRE VOZ FALADA E VOZ CANTADA. -- 300 Respiragéo ao + 301 Fonagio... cee. 308 \ LL — 309 Qualidade Vocal. 309 Vibrato... : ++ 309 | Atialago dos Son dala. ss wees + 310 PaUSAS voce - 310 Velocdadee Ritmo. vee - 310 Postura Corporal 5 - 310 | Emogio na Voz. . : . 3 i OZ FALADA PROFISSIONAL., an Professores. : fitceeeeeees BID ) Instrutores de ModalidadesFscas ee on (cores : 315 Lacataes, NatadoreseRepSrees de Ral eu i Rep6rteres © Apresentadores de Televisto - 319 - 32 PobooucopecesesonbocoKs oo Operadores de Pegio «ss ssscsssssssssssssuosssennnsccenene, eo i EE oe Religiosos. . 30 Potent... 328 , Tadutorese ntérpretes 330 : Ventriloquos. . 331 Fonoaudislog0s 0. ecceeveseseeseereeesseee 332 | VOZ.CANTADAPROFISSIONAL 52... eccsesees 34 Canto Popular... . 34 i Canto Erudito +. 336 Canto Coral comp - 339 : Diferengas entre Canto Popul Canto Enuito M2 Mitos da Voz Cantada podosoecoesodecbooos + 38 i. ‘CONSIDERAGOES GERAIS E ORIENTACOES ESPECIFICAS NO ATENDIMENTO FONOAUDIOLOGICO AOS PROFISSIONAIS DA VOZ. Medicamentos .......244 poopnned «ell CONDICIONAMENTO VOCAL BASICO PARA OS PROFISSIONAIS DA VOZ ........esssecereeee+ 352 Consideragbes sobre Aquecimento e Desaquecimento Vocal Fisiol6gico «+++. so 383 Programa Minimo para Condicionamento Vocal Fisiol6gicn. .... 354 Aquecimento Vocal Fisiolégico ened crooene 354 Desaquecimento Vocal Fisiolbgico .....-.. cece 354 PEQUENO GLOSSARIO DE TERMOS DAVOZPROFISSIONAL «ss... cccscsescusssseseees 385 SINTESE. 2.2.24. . cieteeeneee cecees 362 REFERENCIAS BIBLIOGRARICAS, ss cssssssorssenssseesesessvecesees cece 368 LEITURAS RECOMENDADAS ..... apsncuaees oes SITIOS RECOMENDADOS .. . . wi eeeeeees . sete . . 370 DEBOCA EM BOCA . ee ca Capitulo 13 Aperfeigoamento Vocal e Tratamento Fonoaudiol6gico das Dis Mara Beha, Glaucya Madcio, Debora Fj, Renata Azevedo, Ingrid Gielow Mera Inés Rehder OBJETWVOS. .. en ob 409 INTRODUGAO e 410 NOTAS HSTORICAS SOBRE 0 TRATAMENTO FONOAUIOLOGICO DAS DISFONIS, 410 LINHAS FILOSOFICAS NO TRABALHO VOCAL... + ‘Terapia Vocal Sintomatolégica . ‘Terapia Vocal Psicol6gica .. Terapia Vocal Biologic... sss eserseeee ‘Terapia Vocal Fisioligica Terapia Vocal Eclética «s+ ABORDAGENS TERAPEUTICAS MODERNAS .. ‘Terapia de Voz Confidencial ‘Terapia de Ressondincia, ‘Terapia de Fonagdo Fuida, , Método de Acentuacao. .. : “Técnicas Faclitadoras..... 2.6 ceseeeeeesevees Exerccios de Fungio Vocal ......2. +200 Método Lee Silverman -LSVI® . Massagem Manual Laringea «+. ‘ABORDAGEM GLOBAL. NAS DISFONIAS Orientaglo Vocal... .eseseeeseeteee Psicodinamica Vocal Treinamento Vocal «26sec eee ‘ABORDAGENS DE-TREINAMENTO VOCAL E SUAS APICACOES METODOS, SEQUENCIAS, TECNICAS E EXERCICIOS. . 0... 26.00 scene cece eee, ABD Prética do Treinamento Vocal .. ves 482 CCategotias de Abordagens de Terapia Vocal betes . 437 METODO CORPORAL PARA O TRATAMENTO DAS DISFONIAS viceieeeeees 439 ‘Téeica de Movimentos Corporas Asociados &Emissdo de Sons Faltadores«s..sssssses+ 440 ‘Técnica de Mudanga cle Posigio de Cabega com Sonorizaclo «2 ..eesee.ee4 cece M40 ‘Técnica de Massagem na Cintura Escapular. ‘Téenica de Manipulagdo Digital da Laringe .. ‘Técnica de Massageador Associado & Sonorizagdo Glética. “Técnica de Movimentos Cervical... Técnica de Rotagio dle Ombros. panini METODO DE ORGAOS FONOARTICULATORIOS. wee 4M Técnica de Deslocamento Lingual... 445 Técnica de Rotagao de Lingua no Vestibulo Bucal 4S ‘Técnica do Estalo de Lingua Associado ao Som Nasal 45 Técnica do Bocejo-Suspiro ee Técnica Mactan ee eee aa, ‘Técnica de Abertura de BOC... ..5 es esescseveeeteteteeeteeeeteeeeteee 447 METODO AUDITIVO ........0see seen eee steerer MB: ‘Téenica de Repetigao Auditiva ‘Técnica de Amplificagdo Sonora... 450 Técnica de Mascaramento AudliivO........6ee0se08 : cece BI Técnica de Monitoramento Auclitivo Retardado, .... ceiteteeeeetereeeces 4BL ‘Téenica de Deslocamento de Freatiéncia 452 Técnica de Marce-Passo Vocal URIIMO .... ee eesesesereeeees 453 METODODEFALA ... bosses cer oomp Dono) 454 “Técnica da Vou Salmodiada.....2.0.cccscevsvseseseresssessessrseeteteeesesess 454 “Técnica de Monitoramento por Miitpls Vas, . 454 “Técnica de Modulagio de Freqiéncia e ntensidade veces 456 “Técnica de Leitura somente de Vogzis ‘ 456 “Técnica de Sobrearicuiagio vee 4s7 “Técnica de Fala Mastgada : 458 METODO DE SONS FACILITADORES . 5 458 “Técnica de Sons Nasais. “Técnica de Sons Friativos ...... ‘Técnica de Sons Vibrantes Técnica de Sons Posivos. Técnica de Som Basal... ‘Técnica de Som Hiperagudo... ‘METODO DE COMPETENCIA FONATORIA..-. 00-020 00ese seeeereanceneseessereetes 466 Técnica de Fonagio Inspiradtia ve... sceeeeeeeeetereeeeeees 1 66 Técnica do SUSSUETO se seseeeeees ee el “Téenica de Controle de Ataques Vocals... e.e+.++ we 5 5 467 “Téenica de Emissio em Tempo Maximo de Fonacao . Ténica de Messa di Vice eee sees “Téenica de Fscalas Musicais 2... 2seeeeee Téenica de Esforgo (Empuno) ees eee “Técnica de Deglutigdo Incompleta Sonorizada. . 469 470. ew) .4an . a4 “Técnica de Firmeza Glotica.. . a4 ‘Técnica do "b" Protongado .. 416 Técnica de Sniff 477 “Técnica de Sopro e Som Agudo. ee a Seqtiéncia de Constrigio Labial... 2 ..0eee eee 5 co Are Seqtiéncia de Arrancamento .. 1.66. eeseseeteeeeeeeeneee ooooudo 6) ‘Técnica de Sons Disparadores....... ++ 482 “Técnica de Manobras Musculares «2... 2260eeeeeeeee a cee ABM Seqtiéncias de Aquisigio de Voz Esofigica. se... ATENDIMENTO FONOAUDIOLOGICO NO PRE E POS-OPERATORIO DAS DISFONIAS............. 487 CONSIDERAGOES SOBRE A ATUACAO FONOAUDIOLOGICA NO TRAUMA VOCAL AGUDO ........ 500 CCONSIDERAGOES NO TRATAMENTO FONOAUDIOLOGICO DAS DISFONIAS INFANTIS ......2..2. 503 Orientacdes Filos6ficas na Terapia Vocal da Crianga.. os Processamento Auditivo e Disfonia Infantil... : 307 Reabiltagio dos Transtornios do PA em Criancas DisfOnicas. Boecopnbonsnon G0) CONSIDERAGOES SOBRE O TRABALHO FONOALIDIOLOGICO NAS DISFONIAS EM PACIENTES IDOSOS 515 Consieragies sobre Atendmento Domiciar a IndvduoIdoso ce SINTESE ese e ee vote etree tsttebiecrrtrenererees 520 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS.. 521 LEITURAS RECOMENDADAS . 526 Sffl0s RECOMENDADOS 527 DEBOCAEM BOCA «2... Indice Remi i 3 Disfonias Congénitas Mara Behlau, Robert Thomé, Renata Azevedo, Maria Inés Rehder & Daniela Curti Thomé OBJETIVOS objetivo do presente capitulo é apresentar a diferente gama de disfonias ditas congénitas, ou seja, cujas Ce de base nascem com 0 individuo, Tais alteragdes podem ser divididas didaticamente em seis anomalias do syportecartilagineo large anomalias dos tcidos moles, anomalias vascu- cctea eset rt espe- as! lesoes dos ‘nervos laringeos, podem passar despercebidas e ser diagnosticadas apenas na adoles- _eéxcia, por problemas na muda vocal; por outro lado, a paralisa cerebral uma alteragdo com impacto global on na As alteracbes congénitas extralaringeas'sdo intimeras e englobam dois quadros fonot diol 1a fissura labiopalatina é a deficiéncia auditiva, as quais requerem interven- r -alteracdes sindrémicas com impacto vocal siio muitas e de manifestagdo variada, aa oh atuaya fonoaudioldgica depende da caracterizacdo da disonia e, emboraynem sempre sea necessdria, as lote bifida, da laringocele ou dos hemangiomas, pode ser fundamental em outros casos, pe He eas ral e 1 defiiencia cauditiva, INTRODUCAO E SINTOMAS DAS DISFONIAS CONGENITAS As disfonias onganicas congénitas representam uma s rie de alteracSes que podem envolver desde malformacoes especificas das cartilagens laringeas até sindromes que in- luem comprometimento em diversos drgdos da comunica- ‘0. Quando se pensa em disfonia congénita, quase que au- tomaticamente elegemos casos de malformagao; contud, teoricamente, congénito significa nascido com o individuo ¢, portanto, outras situagdes podem ser arroladas nessa ca tegoria de disfonias. Neste sentido, no capitulo dos transtornos congénitos da laringe, Tucker (1993) nao se atém is malformagies e sugere uma elssificaglo que inc as seguintes condigies: (1) anoma- lias do suporte cartilagineo laringeo (laringomalacia, anormal dades da epiglote, da cartilagem tiredidea, das catlagens ari- tendideas e da catilagem cticdidea); (2) anomalias dos tecidos moles (cistos e laringoceles, membranas, estenoses ¢atresias € sindrome do cridiechat); (3) lesbes neurolégicas (paralisia uni- lateral ou bilateral das pregas vocas) e, inalmente, (4) anoma- lias vasculares (hemangiomas ¢linfangiomas}. ‘As anomalias cong@nitas da aringe pocem ainda, ser age padas de acordo com a regiao anatdmica comprometida em trés categoria: as supragléticas(laringomalécia, anomalas da epi- slote, membranas, isos e laringoceles); as gliticas (membra- nas, paralsias e atresia) e as subgloticas (estenoses, cumores vasculares, como hemangiomas ¢ linfangiomas, membranes € Por motivos ddticos e de acordo com as necessidades, do fonoaudidlogo, optamos por apresentar as disfonias congénitas em seis categorias a saber: (1) anomalias do su porte cartlagineo laringeo; 2} anomalias dos tecidos moles; (3) anomalias vasculares da laringe; (4) disfonias neuroldgicas congénitas e perinatas; (5) alteragGes congénitas extralarin- seas; (6) alteragBes sindrmicas que comprometem 05 dt ‘ios da comunicacio. Ha outras categorias que poderiam também ser acrescentadas.a esta classiticaco, como as endo: ‘rinopatias; no entanto, optamos por discut-las no capitulo de disfonias endécrinas. fim ordem decrescente de freqiéncia, podemos afirmar que a akeracao congénita mais comum & a laringomalicia, se suida por presenga de cistos(aringocele e cist sacular, mem branas, estenose subelétca, atresia, tumores vasculares (he: mangioma ¢linfangioma),fissuras (aringeas,laringotraqueais © laringotraqueoesofigicas), distros neurolégicos (paraisias e sindrome de Plott), anormalidades da epiglote e distirbios cromoss6nicos (sindrome do cridtecha),excindo-se as altera- Ges congénitas extralaringeas, das quais destacamos as fissuras labiopalatinas ea deficiéncia aueltiva congénita, ambas compa- rativamente de ocorréncia bastante freqiente. Embora as anomalias laringeas congénitas sejam foco de muito interesse na drea das malformages congénitas, pouco se sabe sobre o seu efeito na fundo vocal, gnorando-se tam- bém a prevaléncia das alteragies laringeas na populagio pe- dltrica sindromice, VOZ:0 LIVRO DO ESPECIALSTA As disfonias congénitas que apresentam alteragdes larin- sgeas se manifestam por tres sintomas cardinals: obstrugio res- piratétia, distirbio na deghutiglo e choro anormal; evidente- mente, 0s quadros sindrémicos apresentam catactersticas partculares. primeiro sintoma cardinal, a obstrucdo respiratéri tua dificuldade de manter a colina aérea live, de grau vaté- vel, padendo incu: estridorinspiratério, expiratério ou em ambas as fases, com apnéia nos casos de obstrugio severa. A qualidade e o tipo da obstrucio respiratéria pode auxiliar alo- calizar a anomalia do Grgio, Devem ser verificados os segui tes aspectos: quando a obstruglo € percebida, em que fase da respiracio ela & evidente e qual sua principal caracteristica au ditva £ importante investigar o que acontece com a crianga adormecida e acordada: quando a obstrugio piora durante 0 sono, com a crianca deitada, pode-se conclir que a regiao de maior obstrugio & a farngea; mas, quando a piora ocorre com a crianga acordada, especialmente sob agitagio e estresse, a regido de maior obstrugio é a laringea. No caso de o estridor ‘ocorrer na fase inspiratdria da respiracio, a obstrugdo € quase sempre extratorécica, comumente na laringe (comum em laringomalécia ou paralsia bilateral das pregas vocais), porém, quando o estridor ocorre na fase expiratétia da respiracdo, geralmente a obstrugio é intratordcica e tem catacterstica asmatéide (comum em traqueomalicia, broncomaléca, anel vascular ou compressao extinseca), Quanto ao som do estridor propriamente dito, a presenca de som hiperagudo, na maioria das vezes, indica anomalia nalaringe; jo estridorinspiratsrio em tom grave, ridoso, trémulo, especialmente quando 2550 ciado a sectecbes abundantes, indica problema na faringe out no trato respiatério inferior, feqientemente no bronquio maior. Am disso, estridor asmat6ide indica comprometimen- todo bronquio menor ou alveolar, estridor inspiratério hipe- ragudo, combinado com uma protongada fase expiratdia, em firegiéncia grave, sugere obstrugao abaixo da laringe, por com- pressdo externa da traquei Uma obstrugao severa € caracterizada por respiraclo pro funda dificil e barulhenta; epis6dios de canose (aparente rsco dle vida; freqiiéncia respiratoria aumentada; retragdo das re- aides supra-estemal, inftaesternl,infraclaviculare intercos- tal. O modo de progressao da obstrugao deve ser observado ¢ a obstrucio pode ser to severa que os sintomas ocorrem com a cianga adormecida, segundo sintoma cardinal das anomalias congénitas da laringe abrange os distirbios da deglutigdo, que podem se manifestar por diversos tipos de disfagia, com dificuldades na alimentagao (0 que provoca atraso no crestimento),salivacao abundante, respiracao borbulhante e presenca de aspiracio pulmonar. A aspiragdo pulmonar ocorre por fala na funcao de protegio esfincteriana da latinge, podendo suceder pneumo- nia de aspiragio resultante da entrada de saliva, muco ou ali- ‘mentos nos brOnquios, Distrbios da degluticao congénitos estio geralmente associados @ fendas laringeas, laringotra- ‘queais ou laringotraqueoesofigicas ou, ainda, por alteragao neurol6gica. presen

También podría gustarte