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FEA - USP

Análise de Investimentos

Aulas 1 a 4: Introdução ao Risco, Retorno, Custo de


Oportunidade do Capital e Teoria de Carteiras

Prof. Dr. Alexandre Di Miceli da Silveira

FEA - USP
Prof . Dr . Alexandre Di Miceli da Silveira  São Paulo, Agosto de 2009
Análise de Investimentos O Professor FEA - USP

Alexandre Di Miceli da Silveira


§ Doutor e Mestre em Administração de Empresas – Finanças (FEA/USP)
– Grau de distinção e louvor por sua tese de doutorado e também por sua dissertação de
mestrado, ambas relativas ao tema de governança corporativa
– Conceito “A” em todas as disciplinas do mestrado e doutorado
§ Professor Doutor de finanças e contabilidade em cursos de graduação e pós-graduação da Faculdade
de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo – FEA/USP
§ Vice-Presidente da Sociedade Brasileira de Finanças – SBFIN
§ Coordenador Executivo do CEG – Centro de Estudos em Governança Corporativa da FIPECAFI
§ Pesquisador-Sênior do IBGC – Instituto Brasileiro de Governança Corporativa
§ Professor em cursos de pós-graduação da FIPECAFI, FIA, GV Law, FGV/EAESP, IBGC, PUC-SP,
Mackenzie e Instituto Coppead/UFRJ
§ Articulista da Revista Capital Aberto (coluna mensal “Governança Corporativa), coordenador do
Ranking Anual “Melhores Empresas para os Acionistas” e do “Anuário de Governança
Corporativa” da Revista
§ Coordenador técnico do Prêmio IBGC de Empresas durante os primeiros anos (2005-2007) e do
Comitê de Governança Corporativa da Câmara Alemã de Comércio
§ Autor dos livros “Governança Corporativa, Desempenho e Valor no Brasil” e “Governança
Corporativa e Estrutura de Propriedade”
§ Coordenador do livro “Governança Corporativa em Empresas de Controle Familiar – Casos de
Sucesso no Brasil”
§ Consultor Independente em Projetos de Governança Corporativa
§ Prêmios de excelência didática 2006-2007 -2008 FEA/USP, Prêmio BMFBOVESPA da Revista
Brasileira de Finanças em 2007 e 2008, Prêmio “Revelação em Finanças” em 2006 do Instituto
Brasileiro Executivos de Finanças (IBEF), prêmio de melhor artigo de finanças do Enanpad 2004,
prêmio de melhor artigo do VI Semead 2003 e premiado no 1º Prêmio IBGC de Monografias
§ Publicação de 25 artigos acadêmicos nas principais revistas nacionais e em revistas internacionais,
da área, apresentação de mais de 50 trabalhos nos principais congressos da área no Brasil e
exterior
 alexfea@usp.br / alexandre@alianti.com.br – (11) 8149 8115
Prof . Dr . Alexandre Di Miceli da Silveira
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Análise de Investimentos Agenda: Aulas 1 a 4 FEA - USP

Agenda: Aulas 1 a 4

§Teoria e evidências empíricas do mercado de capitais


§Mensuração dos retornos
§Estatísticas de risco: variância, desvio padrão, etc.
§Diversificação e redução do risco
§Retorno e risco de uma carteira com dois ativos
§Conjunto eficiente com dois ou mais ativos
§Fronteira eficiente
§CAPM - Capital Asset Pricing Model

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Análise de Investimentos Agenda: Aulas 1 a 4 FEA - USP

Agenda: Aulas 1 a 4

1 Estatística descritiva

2 Medidas de associação

3 Aplicação em teoria de carteiras

4 CAPM – Capital Asset Pricing Model

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Análise de Investimentos Conceitos de estatística Estatística descritiva FEA - USP

O termo estatística descritiva é um conceito genérico aplicado a um


conjunto de medidas que resumem, em um único número, uma certa
qualidade de um grupo de dados

§Os estatísticos se referem às médias como medidas de posição ou medidas de tendência


central
§As estatísticas que descrevem quão dispersos são os dados em relação à média são
conhecidas como medidas de dispersão
§As estatísticas que descrevem a simetria dos dados são conhecidas como medidas de
assimetria
§As estatísticas que descrevem a intensidade dos picos dos dados são as medidas de
curtose

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Análise de Investimentos Conceitos de estatística Estatística descritiva FEA - USP

Medidas de posição ou de tendência central

§Moda:
– é o valor da variável estudada que é observado com maior frequência
§Mediana
– é o valor que divide uma série de dados em duas (observação do meio)
– Se houver um número par de observações, deve-se somar e dividir as duas observações
do meio
§Média aritmética
– É a medida mais utilizada de localização, sendo chama simplesmente de média
– Caso a distribuição seja discreta, é dada por
– n

– Caso a distribuição seja contínua, é dada por ∑X i


X= i =1

n
§Média geométrica
– É particularmente aplicável quando se deseja acharn a taxa média de crescimento
X = ∑ Xi P ( Xi )
– É dada por , onde i =1

X g = n X 1 × X 2 × X 3 × ... × X n − 1 Xi = ( 1+ r)
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Análise de Investimentos Conceitos de estatística Estatística descritiva FEA - USP

Medidas de dispersão

§Variância
§Desvio-padrão
§Coeficiente de variação

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Análise de Investimentos Conceitos de estatística Estatística descritiva FEA - USP

Se a média aritmética for a medida escolhida de posição, a variância e


o desvio-padrão são as medidas apropriadas de dispersão

§A variância tem uma vasta aplicação em finanças como medida de risco e incerteza
§Se as observações se apresentarem agrupadas em volta da média, então as diferenças
entre cada observação, ,e a média serão pequenas
§Se as observações se apresentarem bem X dispersas
i
em volta
X da média, então as
diferenças serão grandes
§Poderia-se pensar que a soma resultaria em uma medida de dispersão
§Entretanto, a soma sempre resultará em zero
( )
X i − Xao quadrado os desvios individuais em
§Para superar esse problema, é necessário elevar
relação à média:
(
Xi − X
§A soma de todos os desvios ao quadrado
menos um) resultará na variância:
)
dividido por n-1 (número de observações

(X i −X )
2

∑( X )
n

i −X
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var = σ =
2 i =1

n −1
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Análise de Investimentos Conceitos de estatística Estatística descritiva FEA - USP

Para superar o problema da unidade da variância, utiliza-se sua raiz


quadrada, que é denominada de desvio padrão

§A variância é dada em unidades dos dados ao quadrado, o que faz sua interpretação
contra-intuitiva
( )
n 2

§O desvio-padrão é dado por ∑ Xi − X


DP = σ = σ 2 = i =1
n −1
§O desvio-padrão é expresso na unidade dos dados observados
§Quando se compara o grau de dispersão entre variáveis, deve-se levar em conta as
diferenças na magnitude das variáveis; isso é feito por meio do coeficiente de
variação
§O coeficiente de variação é dado por
[Exemplo Excel] σ
CV =
• X

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Análise de Investimentos Agenda: Aulas 1 a 4 FEA - USP

Agenda: Aulas 1 a 4

1 Estatística descritiva

2 Medidas de associação

3 Aplicação em teoria de carteiras

4 CAPM – Capital Asset Pricing Model

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Análise de Investimentos Conceitos de estatística Medidas de associação FEA - USP

A covariância indica como duas variáveis aleatórias se comportam em


relação à outra

§Existem muitas situações em finanças nas quais é importante saber como duas
variáveis se relacionam em relação à outra
§Se o preço de um ativo X geralmente sobe quando o preço de um ativo Y sobe, então a
covariância será positiva
§Entretanto, se o preço do ativo X sobre quando o preço do ativo Y cai, então a
covariância será negativa
§Se não existe qualquer padrão de relacionamento entre as variáveis, isto é, se os preços
dos ativos se comportam de maneia totalmente independente, então a covariância
será igual a zero
§A coveriância é dada pela fórmula
[Exemplo Excel]
cov ( X , Y ) = σ XY =
∑( X − X ) ×( Y −Y )
n −1

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Análise de Investimentos Conceitos de estatística Medidas de associação FEA - USP

O coeficiente de correlação é uma medida mais utilizada do grau de


associação entre duas variáveis

§O coeficiente de correlação é uma medida sem unidade (número absoluto) da força e


da direção do relacionamento entre duas variáveis
§Em relação à covariância, possui a vantagem de não ser influenciado pelos valores das
observações
§O valor do coeficiente de correlação oscila entre -1 (correlação negativa perfeita) até
+1 (correlação positiva perfeita)
§Um coeficiente de correlação igual a zero significa que as variáveis são independentes
§O coeficiente de correlação é dado por
§
σ
ρ XY =de associação
§O coeficiente de correlação é apenas uma medida XY
estatística; não há
σ × σ
inferência de causalidade na estatística (para isso éX necessário
Y antes desenvolver
uma teoria de relacionamento causal)

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Análise de Investimentos Conceitos de estatística Medidas de associação FEA - USP

Exemplo: Variância e desvio padrão

 Suponha que seu investimento forneça os seguintes retornos ao


longo de quatro anos. Qual é a variância e o desvio-padrão
desse investimento?
Ano Retorno

1 10%
0,1 + ( −0, 05) + 0, 2 + 0,15
2 -5% R= = 0,1 = 10%

3 20% 4
4 15%

σ 2 = VAR =
 A variância é dada por
( 0,1 − 0,1) + ( −0, 05 − 0,1) + ( 0, 2 − 0,1) + ( 0,15 − 0,1)
2 2 2 2

= 0, 01167

4 −1

 O desvio-padrão é dado por σ = σ 2 = VAR = 0, 01167 = 0,108 =10,80%

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Análise de Investimentos Agenda: Aulas 1 a 4 FEA - USP

Agenda: Aulas 1 a 4

1 Estatística descritiva

2 Medidas de associação

3 Aplicação em teoria de carteiras

4 CAPM – Capital Asset Pricing Model

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Análise de Investimentos Aplicação em teoria de carteiras Risco e prémio pelo risco FEA - USP
FEA - USP

Risco significa incerteza sobre as taxas futuras de retorno, sendo


possível quantificá-lo por meio de distribuições de probabilidade (1/2)

§ As distribuições de probabilidade podem ser caracterizadas por meio do seu


valor esperado E ( r ,) e do seu desvio-padrãoσ

§ O retorno esperado, ou médio, é expresso por:


E ( r ) = R = ∑ p ( s )r ( s ) R=
( R1 + R2 + ... + Rn )
§
s n
§ O desvio-padrão de uma taxa de retorno é uma medida de risco; ele é
definido como a raiz quadrada da variância, que por sua vez é medida
como a soma dos desvios ao quadrado em relação à média:
( )
2
n Rj − R
σ 2 = ∑ p ( s ) r ( s ) − E ( r ) 
2
§ σ2 =∑ σ = σ2
s j =1 n −1
§ Variância dos Variância dos Desvio-padrão dos
retornos retornos retornos

§ Se a distribuição de probabilidade for mais ou menos simétrica em relação à


média, o desvio-padrão pode ser considerado uma medida apropriada
de risco

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Análise de Investimentos Aplicação em teoria de carteiras Registro histórico FEA - USP

Valor futuro de um investimento feito em 1927 nos EUA

Fonte: Dados disponíveis em http://pages.stern.nyu.edu/~adamodar/

Prof . Dr . Alexandre Di Miceli da Silveira


Análise de Investimentos Aplicação em teoria de carteiras Registro histórico FEA - USP

Retornos históricos nos EUA 1928-2008


Fonte: Dados disponíveis em http://pages.stern.nyu.edu/~adamodar/

Prof . Dr . Alexandre Di Miceli da Silveira


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Análise de Investimentos Aplicação em teoria de carteiras Registro histórico FEA - USP

Tradeoff entre risco e retorno

Stocks

T Bonds

T Bills

Fonte: Dados disponíveis em http://pages.stern.nyu.edu/~adamodar/

Prof . Dr . Alexandre Di Miceli da Silveira


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Análise de Investimentos Aplicação em teoria de carteiras Registro histórico FEA - USP

Taxas de retorno

Fonte: Dados disponíveis em http://pages.stern.nyu.edu/~adamodar/

Prof . Dr . Alexandre Di Miceli da Silveira


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Análise de Investimentos Aplicação em teoria de carteiras Registro histórico FEA - USP

A distribuição Normal (retorno anuais das ações)

Média = 11,09%
DP = 20,39%

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Análise de Investimentos Aplicação em Teoria de Carteiras Registro Histórico FEA - USP

Os retornos do Ibovespa possuem distribuição Normal?

Histograma do retorno do Ibovespa (jul/95-jul/08)

25,00%
•xx
Freqüência relativa

20,00%

15,00%

10,00%

5,00%

0,00%
%

%
%

%
%

0%

2%

4%

6%

8%
4

10

12

14
-8

-6

-4

-2
-1

-1

-1

Retorno Ibovespa

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Análise de Investimentos Aplicação em Teoria de Carteiras Registro Histórico FEA - USP

Retorno diário das ações da Microsoft (mai/94 – jul/08)

Variação dos preços vs. Distribuição Normal


30,00%

25,00%
Proporção de dias

20,00%

15,00%

10,00%

5,00%

0,00%
2%

0%

%
%

0%

2%

4%

6%

8%

10

12
-8

-6

-4

-2
-1

-1

Retorno diário

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Análise de Investimentos Aplicação em teoria de carteiras Registro histórico FEA - USP

Rentabilidade acumulada de um investimento feito em julho de 1995 no


Brasil e nos EUA

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Análise de Investimentos Aplicação em teoria de carteiras FEA - USP

O retorno esperado e o risco de uma carteira de investimento com dois


ativos (A e B) são dados pelas seguintes expressões

 Retorno esperado:
Proporção de recursos Proporção de recursos
investidos no ativo A investidos no ativo B

 R p = E ( Rp ) = R AwA + R B wB onde wA + wB = 1
 Retorno esperado
da carteira Retorno esperado Retorno esperado
do ativo A do ativo B
 Variância da carteira:

σ p2 = σ A2 wA2 + σ B2 wB2 + 2wAwB cov ( R A , R B )

Variância da Variância do Variância do Covariância entre
carteira ativo A ativo B os retornos dos
ativos A e B
 Desvio-padrão (risco) da carteira:
σ p = σ p2
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Análise de Investimentos Risco e retorno de carteiras FEA - USP

Exemplo: Aplicação em teoria de carteiras

Considere os seguintes ativos com risco: um fundo de ações e um fundo de


bônus corporativo de longo prazo. O retorno previsto para os ativos variará


em função do resultado econômico do país no próximo ano.


Taxas de retorno
Cenário Probabilidade Ação Bônus
Recessão 33.3% -7% 17%
 Normal 33.3% 12% 7%
Boom 33.3% 28% -3%

1. Calcule o retorno esperado e o risco dos ativos individualmente

2. Calcule o retorno esperado e o risco de uma carteira de investimentos com


diferentes proporções alocadas nos dois ativos

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Análise de Investimentos Risco e retorno de carteiras FEA - USP

Exemplo: Aplicação em teoria de carteiras

Cálculo do retorno esperado do fundo de ações e desvios ao quadrado


Fundo ações Fundo bônus


Taxa de Desvios Taxa de Desvios
Cenário Retorno ao quadrado Retorno ao quadrado
Recessão -7% 3.24% 17% 1.00%
Normal 12% 0.01% 7% 0.00%
Boom 28% 2.89% -3% 1.00%
Retorno esperado 11.00% 7.00%
Variância 0.0205 0.0067

R A = 1 × (−7%) + 1 × (12%) + 1 × (28%) (11% − −7%) 2 = 3.24%


3 3 3
E ( rS ) = 11%

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Análise de Investimentos Risco e retorno de carteiras FEA - USP

Exemplo: Aplicação em teoria de carteiras

Cálculo da variância do fundo de ações (variância populacional)


Fundo ações Fundo bônus


Taxa de Desvios Taxa de Desvios
Cenário Retorno ao quadrado Retorno ao quadrado
Recessão -7% 3.24% 17% 1.00%
Normal 12% 0.01% 7% 0.00%
Boom 28% 2.89% -3% 1.00%
Retorno esperado 11.00% 7.00%
Variância 0.0205 0.0067

(3.24% + 0.01% + 2.89%)


2.05% =
3

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Análise de Investimentos Risco e retorno de carteiras FEA - USP

Exemplo: Aplicação em teoria de carteiras

Cálculo do desvio-padrão (variância populacional)


Fundo ações Fundo bônus


Taxa de Desvios Taxa de Desvios
Cenário Retorno ao quadrado Retorno quadrado
Recessão -7% 3.24% 17% 1.00%
Normal 12% 0.01% 7% 0.00%
Boom 28% 2.89% -3% 1.00%
Retorno esperado 11.00% 7.00%
Variância 0.0205 0.0067
Desvio-padrão 14.3% 8.2%

14.3% = 0.0205

Observa-se que o fundo de ações possui maior retorno esperado,


porém também maior risco que o fundo de bônus corporativo

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Análise de Investimentos Risco e retorno de carteiras FEA - USP

Exemplo: Aplicação em teoria de carteiras

Cálculo do retorno de uma carteira com 50% investido em cada fundo


Taxa de retorno
Cenário Fundo ações Fundo bônus Carteira
Recessão -7% 17% 5.0%
Normal 12% 7% 9.5%
Boom 28% -3% 12.5%

Retorno esperado 11.00% 7.00% 9.0%


Variância 0.0205 0.0067 0.0010
Desvio-padrão 14.31% 8.16% 3.08%

A taxa de retorno esperada de uma carteira é a média ponderada dos


retornos esperados dos títulos presentes na carteira

R p = R A wA + R B wB = 11%× 50% + 7%× 50% = 9%

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Análise de Investimentos Risco e retorno de carteiras FEA - USP

Exemplo: Aplicação em teoria de carteiras

 Cálculo da variância de uma carteira com 50% investido em cada


fundo
Taxa de retorno
Cenário Fundo ações Fundo bônus Carteira
Recessão -7% 17% 5.0%
Normal 12% 7% 9.5%
Boom 28% -3% 12.5%

Retorno esperado 11.00% 7.00% 9.0%


Variância 0.0205 0.0067 0.0010
Desvio-padrão 14.31% 8.16% 3.08%

A variância de uma carteira pode ser calculada por :


σ p2 = σ A2 wA2 + σ B2 wB2 + 2wAwB cov ( R A , R B )
ou
σ p2 = σ A2 wA2 + σ B2 wB2 + 2wAwBσ Aσ Bcorr ( R A , R B )
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Análise de Investimentos Risco e retorno de carteiras FEA - USP

Exemplo: Aplicação em teoria de carteiras

 A covariância entre o retorno dos ativos pode ser calculada por

cov ( RA , RB ) = σ AB =
( −0, 07 − 0,11) ( 0,17 − 0, 07) + ( 0,12 − 0,11) ( 0, 07 − 0, 07) + ( 0, 28 − 0,11) ( −0, 03 − 0, 07) = −0, 01167
3

A correlação entre o retorno dos ativos pode ser calculada por


σ AB −0, 01167
corr ( RA , RB ) = ρ AB = = = − 0,99878
σ A × σ B 0,1431× 0, 0816

Portanto, a variância da carteira com 50% investido em cada fundo é


dada por:
σ p2 = 0, 0205 × ( 0,5 ) + 0, 0067× ( 0, 5 ) + 2× 0,5× 0,5× 0,1431× 0, 0816× −
( 0,9 9878)= 0, 00095
2 2

O desvio-padrão (risco) da carteira com 50% em cada fundo é:


σ p = 0, 00095 = 3, 08%

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Análise de Investimentos Risco e retorno de carteiras FEA - USP

A fronteira eficiente de dois ativos pode ser construída com base em


diferentes proporções investidas em cada um dos ativos (1/2)
% em ações Risco Retorno
0% 8.2% 7.0%
5% 7.0% 7.2%
10% 5.9% 7.4%
15% 4.8% 7.6% 100%
20% 3.7% 7.8% ações
25% 2.6% 8.0%
30% 1.4% 8.2%
35% 0.4% 8.4%
40% 0.9% 8.6% 100%
45% 2.0% 8.8% bônus
50.00% 3.08% 9.00%
55% 4.2% 9.2%
60% 5.3% 9.4%
65% 6.4% 9.6%
70% 7.6% 9.8%
75% 8.7% 10.0%
80% 9.8% 10.2%
85% 10.9% 10.4% Além do investimento de 50% em
90% 12.1% 10.6%
95% 13.2% 10.8% cada ativo, podem ser considerados
100% 14.3% 11.0% outros pesos

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Análise de Investimentos Risco e retorno de carteiras FEA - USP

A fronteira eficiente de dois ativos pode ser construída com base em


diferentes proporções investidas em cada um dos ativos (2/2)
% em ações Risco Retorno
0% 8.2% 7.0%
5% 7.0% 7.2%
10% 5.9% 7.4%
15% 4.8% 7.6% 100%
20% 3.7% 7.8% ações
25% 2.6% 8.0%
30% 1.4% 8.2%
35% 0.4% 8.4%
40% 0.9% 8.6% 100%
45% 2.0% 8.8% bônus
50.00% 3.08% 9.00%
55% 4.2% 9.2%
60% 5.3% 9.4%
65% 6.4% 9.6%
70% 7.6% 9.8%
75% 8.7% 10.0%
80% 9.8% 10.2% Observa-se que algumas carteiras são
85% 10.9% 10.4%
90% 12.1% 10.6%
“melhores” do que outras. Elas
95% 13.2% 10.8% possuem maiores retornos esperados
100% 14.3% 11.0% para um mesmo nível de risco

Essas carteiras pertencem à


“fronteira eficiente”
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33
Análise de Investimentos Risco e retorno de carteiras FEA - USP

Carteiras de investimento com dois ativos com risco e diferentes


correlações entre os ativos

Retorno esperado
100% ações
 = -1.0

 = 1.0
 = 0.2
100% bônus


•O relacionamento depende do coeficiente de correlação: -1.0 < r < +1.0
•Quanto menor a correlação, maior o potencial para redução de risco
•Se r = +1.0, não há diversificação do risco

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Análise de Investimentos Fronteira eficiente para três ou mais ativos FEA - USP

O cálculo da variância de uma carteira com dois ativos é dado pela


soma ponderada das covariâncias entre cada par de ativos

 O cálculo da variância de uma carteira com dois ativos tem por base a
matriz de covariâncias dos retornos dos dois ativos em questão (A e B):
wA wB
wA cov ( A, A ) cov ( A, B ) 
wB cov ( B, A ) 
cov ( B, B ) 

σ p2 = wA wA cov ( A, A) + wA wB cov ( A, B ) + wB wA cov ( B, A) + wB wB cov ( B, B)

σ p2 = wA2σ A2 + wB2σ B2 + 2 × wA wB cov ( A, B )

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Análise de Investimentos Fronteira eficiente para três ou mais ativos FEA - USP

O risco de uma carteira com três ou mais ativos é generalizado pela


soma ponderada das covariâncias entre cada par de ativos da carteira

• Cada covariância é ponderada pelo produto dos respectivos pesos de cada


um dos ativos do par

• A variância de um ativo é igual à covariância do ativo com ele mesmo

• Exemplo: carteira com três ativos (A, B e C), com pesos na carteira iguais a
wA, wB e wC, respectivamente:
wA wB wc
wA  cov ( A, A ) cov ( A, B ) cov ( A, C ) 
wB  cov ( B, A ) cov ( B, B ) cov ( B, C ) 


wc  cov ( C , A ) cov ( C , B ) cov ( C , C ) 

σ p2 = wA wA cov ( A, A ) + w AwB cov ( A, B ) + ... + w Cw B cov ( C , B ) + w Cw C cov ( C , C )

σ p2 = wA2σ A2 + wB2σ B2 + wC2σ C2 + 2 × w Aw B cov ( A, B ) + 2 × w Aw C cov ( A, C ) + 2 ×w Bw C cov ( B, C )


N N
σ = ∑ w σ + 2 × ∑∑ wi wj cov ( i, j )
2
p
2
i i
2

i =1 î =1 j >i
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36
Análise de Investimentos Fronteira eficiente para três ou mais ativos FEA - USP

Com base na fórmula generalizada para uma carteira com muitos


ativos, observa-se que os benefícios da diversificação derivam da
adição de ativos com covariâncias negativas com outros ativos (1/3)

• O efeito da diversificação não é apenas uma questão de adicionar ativos na


carteira, mas de adicionar ativos cujos retornos possuem as menores
correlações com os ativos contidos na carteira

• Considerando a fórmula generalizada, 2 N 2 2 N


σ p = ∑ wi σ i + 2 × ∑∑ wi w j cov ( i, j)
imaginemos que exista um grande número i =1 de ativos
î =1 j >i disponíveis para

investimento, como um índice com 100 a 500 ações

• Caso os retornos de todos os ativos fossem independentes, a variância da


carteira se reduziria a N
σ p2 = ∑ wi2σ i2
• Na sequência, assumindo que i =1 uma mesma quantia fosse investida em cada
um dos N ativos, os pesos (w) se tornariam iguais a 1/N e a variância da
carteira seria igual a
2
 1  2 1  N σi 
N 2

 σ p = ∑  σi = ∑ 
2

i =1  N  N  i =1 N 

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37
Análise de Investimentos Fronteira eficiente para três ou mais ativos FEA - USP

Com base na fórmula generalizada para uma carteira com muitos


ativos, observa-se que os benefícios da diversificação derivam da
adição de ativos com covariâncias negativas com outros ativos (2/3)

O termo entre colchetes na expressão σ 2 = 1  σ i  corresponde à variância


N 2

i ∑ 
N  i =1 N 
média dos ativos da carteira

• Na medida em que o número de ativos (N) aumenta, o valor de 1/N se torna


cada vez menor e a variância da carteira, no extremo, se aproxima de
zero

• Entretanto, na realidade os retorno dos ativos não são independentes, pois


sempre haverá alguma correlação entre 2
eles (ex. ações, bônus, etc.)
N
  2
1 N
 1  1 
σ p = ∑   σ i + 2 × ∑∑     cov ( i , j )
2
• Desta forma, a equação real é i =1  N  î =1 j > i  N   N 


 1  N  σ i  ( N − 1)  cov ( i, j ) 
2 N
σ =  ∑  +
2
2 × ∑∑  
î =1 j > i  N ( N − 1) 
p
 N  i =1  N  N

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38
Análise de Investimentos Fronteira eficiente para três ou mais ativos FEA - USP

Com base na fórmula generalizada para uma carteira com muitos


ativos, observa-se que os benefícios da diversificação derivam da
adição de ativos com covariâncias negativas com outros ativos (3/3)

• O primeiro termo da equação abaixo corresponde à média das variâncias; o


segundo também é uma média, pois corresponde à soma das
covariância dividida pelo número de covariâncias N(N-1)
 1  N  σ i  ( N − 1)  cov ( i, j ) 
2 N

σ =  ∑  +
2
2 × ∑∑  
î =1 j > i  N ( N − 1) 
p
 N  i =1  N  N
• A equação acima ajuda a explicar intuitivamente o que acontece ao risco de
uma carteira quando um grande número de ativos é incluído:
– na medida em que o número de ativos aumenta, 1/N torna-se cada vez menor
e se aproxima de zero quando múltiplicado pela variância média da
carteira
– por outro lado, (N-1)/N se aproxima de 1 quando N se torna muito grande,
fazendo com a segunda parte se aproxime do valor da covariância média
da carteira

• Em resumo, quando uma carteira é diversificada entre um grande número de


ativos, a variância da carteira se aproxima da covariância média dos
Prof . ativos Di
Dr . Alexandre individuais
Miceli da Silveira
39
Análise de Investimentos Risco e retorno de carteiras FEA - USP

O risco total de uma carteira é composto por duas partes: uma que
pode ser diversificada (risco não sistêmico ou específico) e outra que
não pode ser diversificada (risco sistêmico ou de mercado)

 risco sistêmico: causado risco não sistêmico: causado


por fatores que afetam o por fatores únicos à empresa
mercado como um todo
•É diversificável
• Não diversificável
•Ex. greves, capacidade gerencial,
• Mudança nas taxas de juros características intrínsecas da
empresa
• Mudança no poder de compra

• Mudança no panorama do
setor

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40
Análise de Investimentos Risco e retorno de carteiras FEA - USP

Desta forma, em uma carteira com muitos ativos, as variâncias


individuais dos ativos são diversificáveis, mas as covariâncias não

Risco diversificável
Risco não sistêmico
Risco específico da empresa

Risco da carteira

Risco não diversificável


Risco sistêmico
Risco de mercado

Número de títulos
Desta forma, diversificação pode eliminar boa parte, mas não todo
o risco dos ativos
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41
Análise de Investimentos Agenda: Aulas 1 a 4 FEA - USP

Agenda: Aulas 1 a 4

1 Estatística descritiva

2 Medidas de associação

3 Aplicação em teoria de carteiras

4 CAPM – Capital Asset Pricing Model

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42
Análise de Investimentos CAPM FEA - USP

Em um mundo com muitos ativos de risco, é possível identificar um


conjunto eficiente de combinações de risco e retorno das carteiras

Retorno esperado

Ativos
individuais

 P

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43
Análise de Investimentos CAPM FEA - USP

O conjunto eficiente é obtido por meio de todas as possíveis


combinações dos pares de ações

Retorno
esperado (%)

Desvio padrão (%)

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44
Análise de Investimentos CAPM FEA - USP

Dado o conjunto eficiente de combinações de risco e retorno, é


possível identificar a carteira de mínima variância

Retorno esperado

Carteira
de mínima
variância

Ativos
individuais

P

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45
Análise de Investimentos CAPM FEA - USP

A seção do conjunto de oportunidades acima da carteira de mínima


variância é chamada de fronteira eficiente

Retoron esperado

ie nte
efic
ira
n te
Fro
Carteira
de mínima
variância

Ativos
individuais

P

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46
Análise de Investimentos Fronteira eficiente para três ou mais ativos FEA - USP

Além de ativos com risco como ações e bônus, considere um mundo


que possui ativos livre de risco, como títulos do governo

Retorno esperado

100%
ações

Taxa livre
de risco
rf
100%
bônus

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47
Análise de Investimentos CAPM FEA - USP

Nesse ambiente, os investidores podem alocar seus recursos entre


títulos livres de risco e um fundo balanceado de ativos com risco
is
pita
c a
de

Retorno esperado
a do
e rc
m 100% ações
do
n ha
Li Fundo

L balanceado
CM

rf
100% bônus


 Na construção da CML, assume-se que todos os investidores possuem
expectativas homogêneas (iguais) sobre as distribuições dos retornos
oferecidos pelos títulos. Como resultado desta hipótese, todos os investidores
perceberiam o mesmo conjunto eficiente de ativos.
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48
Análise de Investimentos CAPM FEA - USP

Com um ativo livre de risco disponível e a fronteira eficiente


identificada, todos escolheriam a linha de alocação de capital com a
maior inclinação

Retorno esperado
L
CM Fronteira eficiente

rf

P

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49
Análise de Investimentos CAPM FEA - USP

Após a identificação da linha de alocação de capital, todos os


investidores escolheriam um ponto ao longo da linha, isto é, uma
combinação entre o ativo livre de risco e a carteira de mercado M

Retorno esperado L
CM Fronteira eficiente

rf

P
Em um mundo com expectativas homogêneas, a carteira de mercado M
seria a mesma para todos os investidores

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50
Análise de Investimentos CAPM FEA - USP

O princípio da separação afirma que a carteira de mercado, M, é a


mesma para todos os investidores, isto é, eles podem separar sua
aversão ao risco da sua escolha da carteira de mercado

Retorno esperado L
CM Fronteira eficiente

rf

P

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51
Análise de Investimentos CAPM FEA - USP

De acordo com o princípio da separação, a aversão ao risco do


investidor é revelada na sua escolha sobre onde ficar ao longo da linha
de alocação de capital, e não na sua escolha da linha

Retorno esperado M
L
C Fronteira eficiente

rf

P

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52
Análise de Investimentos CAPM FEA - USP

O ponto ao longo da CML onde os investidores escolhem alocar seus


recursos depende da sua tolerância ao risco. O grande ponto é que
todos os investidores possuem a mesma CML

Retorno esperado
L
CM 100% ações

Fundo
balanceado

rf
100% bônus

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53
Análise de Investimentos CAPM FEA - USP

O princípio da separação implica que a escolha de uma carteira pode


ser separada em duas tarefas: (1) determinação da carteira de risco
ótimo e (2) seleção de um ponto ao longo da CML

Retorno esperado L
CM 100% ações

Carteira de
risco ótimo

rf
100% bônus

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54
Análise de Investimentos CAPM FEA - USP

Os pesquisadores mostraram que a melhor medida de risco de um


título pertencente a uma carteira ampla e diversificada é dado pelo
beta (β) do título

• O beta mede a sensibilidade de um título a movimentos na carteira de


mercado
Retornos do título

st ic a
cov ( Ri , RM ) σ iM
e rí βi = =
ar
act var ( RM ) σ M2
a c
n h Inclinação = βi
Li

Retorno da carteira de mercado %

Ri = αi + βiRM + εi

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55
Análise de Investimentos CAPM FEA - USP

Beta de ativo arriscado

Simulação Beta
20 Bovespa
Ativo Arriscado
15
Retorno

10

-5
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50

Tempo

Variância Bovespa
Variância Ativo
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56 2
Análise de Investimentos CAPM FEA - USP

Beta de ativo pouco arriscado

Bovespa
Simulação Beta
6 Ativo Pouco Risco
5
4
3
Retorno

2
1
0
-1
-2
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50

Tempo

Variância Bovespa
Variância Ativo
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57
Análise de Investimentos CAPM FEA - USP

Beta de ativo com risco semelhante ao do mercado

Bovespa
Simulação Beta
8 Ativo
7
6
5
4
Retorno

3
2
1
0
-1
-2
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50

Tempo

Variância Bovespa
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58
Análise de Investimentos CAPM FEA - USP

Estimativas de betas para algumas ações selecionadas – mercado


americano

Ação Beta
Bank of America 1,40
Travelers, Inc. 1,05
Du Pont 1,00
Kimberly-Clark Corp. 0,60
McDonald’s Corp. 0,75
Microsoft 0,80
Home Depot 0,95
Oracle, Inc. 1

Fonte: Dados disponíveis em http://pages.stern.nyu.edu/~adamodar/

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59
Análise de Investimentos CAPM FEA - USP

Estimativas de betas para algumas ações selecionadas – mercado


brasileiro
Ação Setor Beta
Ambev Alimento e Bebidas 1,23
Embraer Veículos e Peças 1,46
Gerdau Siderurgia e Metalurgia 1,15
Itausa Administração de Emp. 0,83
Klabin Papel e Celulose 0,78
Lojas Americanas Comércio 1,09
Petrobrás Petróleo e Gás 0,63
Sabesp Água, esgoto e outros 0,84
Souza Cruz Indústria de Fumo 0,66
Tim Participações Telecomunicações 0,73
Usiminas Siderurgia e Metalurgia 1,18
Vale do Rio Doce Mineração 0,98
Vivo Telecomunicações 0,75

Fonte: Dados disponíveis em http://pages.stern.nyu.edu/~adamodar/


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60
Análise de Investimentos CAPM FEA - USP

Principais determinantes do beta de uma ação

• Setor do negócio:
– empresas em negócios mais cíclicos ou que vendem produtos mais
“supérfluos” tendem a ter betas maiores do que empresas em setores
não cíclicos ou que vendem produtos de primeira necessidade

• Alavancagem operacional:
– empresas com maiores custos fixos (como proporção do custo total) tendem
a ter maiores betas do que empresa com menores custos fixos (como
proporção do custo total)

• Alavancagem financeira:
– empresas mais endividadas (em relação ao capital próprio empregado)
tendem a ter betas maiores que empresas menos endividadas

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61
Análise de Investimentos CAPM FEA - USP

Relacionamento entre risco e retorno esperado com base no Modelo


de Apreçamento de Ativos Financeiros (CAPM) (1/2)

• Retorno esperado do mercado


R M = RF + Premio pelo risco de mercado
• Retorno esperado de um determinado título (aplicável a títulos mantidos em
uma carteira ampla e diversificada)

R i = RF + β i × ( R M − RF )

Prêmio pelo risco de mercado

CAPM – Capital Asset Pricing Model


Retorno
esperado de Taxa livre Beta do título Prêmio pelo risco
um título = de risco + × de mercado

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62
Análise de Investimentos CAPM FEA - USP

Relacionamento entre risco e retorno esperado com base no Modelo


de Apreçamento de Ativos Financeiros (CAPM) (2/2)

Retorno esperado

R i = RF + β i × ( R M − RF )

RM
Linha do mercado
de títulos (SML)
RF

1.0 β

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63
Análise de Investimentos CAPM FEA - USP

Resumo do CAPM

• Utiliza a variância da carteira como medida de risco

• Divide o risco em duas partes: uma parte diversificável e outra não


diversificável (apenas esta é remunerada)

• Mede a parte não diversificável (sistêmica) através do beta (β)

• Escreve o retorno esperado em termos do beta

Retorno Esperado = Taxa Livre de Risco + β x Prêmio pelo Risco

Custo do
capital próprio

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64
Análise de Investimentos CAPM FEA - USP

Exemplo de cálculo do beta de uma ação (1/2)

• Empresa: Net

• Período utilizado: 5 anos

• Intervalo de retorno: mensal

• Índice de mercado: Ibovespa

• Retornos da ação e do Ibovespa ajustado pelo pagamento de dividendos

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65
Análise de Investimentos CAPM FEA - USP

Exemplo de cálculo do beta de uma ação (2/2)

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66
Análise de Investimentos CAPM FEA - USP

Exercício em classe – 1

 A empresa Alpha produz equipamentos pneumáticos. Seu beta é igual


a 1,2. O prêmio pelo risco de mercado é de 8,5% e a taxa livre de risco atual
é de 6%. Qual é o retorno esperado por Alpha?

R Alpha = 0, 06 + 1, 2 × 0, 085 = 16, 2%

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67
Análise de Investimentos CAPM FEA - USP

Exercício em classe – 2

 Suponha que o retorno esperado da carteira de mercado seja de 18% e


a taxa livre de risco seja igual a 12%. O retorno esperado da empresa Y é
igual a 27%. Qual é o beta da empresa? Esta ação possui mais ou menos
risco do que a média da economia?

0, 27 = 0,12 + β × ( 0,18 − 0,12) ∴ β = 2,5

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68
Análise de Investimentos CAPM FEA - USP

Exercício em classe – 3

 Considere as seguintes ações:


 Empresa Beta Retorno esperado
A 1,4 25,0%

B 0,7 14,0%

Suponha que o CAPM seja válido. De acordo com o CAPM, qual é o retorno

esperado do mercado? Qual é o valor da taxa livre de risco?

 0, 25 = RF + 1, 4 ( RM − RF )

0,14 = RF + 0, 7 ( RM − RF )
RF = 3%
RM = 18, 71%

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69
Análise de Investimentos CAPM FEA - USP

Exercício em classe – 4

Suponha que a taxa livre de risco seja de 6,3% e que a carteira de mercado

tenha retorno esperado de 14,8%. A carteira de mercado também possui


variância de 0, 0121. A carteira Z tem um coeficiente de correlação, com o
mercado, igual a 0,45, e sua variância é 0,0169. De acordo com o CAPM, qual
é a taxa de retorno esperado da carteira Z?

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70
Análise de Investimentos CAPM FEA - USP

Resposta do exercício em classe – 4

(
R Z = RF + β Z R M − RF )
cov ( RZ , RM ) ρZ ,M σ Z σ M
βZ = =
σ M2 σ M2
σ Z = 0, 0169 = 0,13
σ M = 0, 0121 = 0,11

0, 45 × 0,13
βZ = = 0,5318
0,11
R Z = 0, 063 + 0,5318 ( 0,148 − 0, 063) = 0,1082
R Z = 10,82%

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71
FEA - USP

 FIM

alexfea@usp.br
FEA 3 – sala 209
11 – 3091 5820 r. 162
Prof . Dr . Alexandre Di Miceli da Silveira 11 – 8149 8115
72

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