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OMALIZUMABE NA ASMA:

COMO E QUANDO USAR

SIMONE NABUCO DE SENNA


Alergia e Pneumologia Pediátrica
Hospital Felício Rocho
Prefeitura Municipal de Belo Horizonte
www.alergopneumoped.com.br
OMALIZUMABE NA ASMA:
COMO E QUANDO USAR
• DEFINIÇÃO

É um anticorpo anti-IgE
monoclonal (Mab),
humanizado, recombinante,
que se liga a IgE livre e impede
as respostas mediadas por IgE
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COMO E QUANDO USAR
• REAÇÃO IgE MEDIADA
REAÇÃO ALÉRGICA

Sintomas

Antígeno faz ponte com 2 IgE


OMALIZUMABE NA ASMA:
COMO E QUANDO USAR
• REAÇÃO IgE MEDIADA
OMALIZUMABE NA ASMA:
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• MECANISMO DE AÇÃO

Allergy Asthma Proc 27: S15-S23, 2006


OMALIZUMABE NA ASMA:
COMO E QUANDO USAR
• MECANISMO DE AÇÃO

Allergy Asthma Proc 27: S15-S23, 2006


OMALIZUMABE NA ASMA:
COMO E QUANDO USAR
• MECANISMO DE AÇÃO

Allergy Asthma Proc 27: S15-S23, 2006


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COMO E QUANDO USAR
• DESTINO DA IgE COM A TERAPIA ANTI-IgE

IgE livre significativamente após 1 administração SC – 95%


Imunocomplexos (IgG-IgE) não ativam o complemento
Imunocomplexos (IgG-IgE) são removidos da circulação pelo sistema
reticulo-endotelial

Allergy Asthma Proc 27: S15-S23, 2006


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• DESTINO DA IgE COM A TERAPIA ANTI-IgE

O clearence desses imunocomplexos é mais lento do que a IgE livre


Estes imunocomplexos adicionam + IgE à circulação
Exames convencionais medem a IgE total (não a IgE livre)

Allergy Asthma Proc 27: S15-S23, 2006


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• DESTINO DA IgE COM A TERAPIA ANTI-IgE

 da IgE livre não tem nenhum efeito terapêutico


 O objetivo principal é a diminuição da ligação da IgE com receptores
de superfície dos mastócitos e basófilos

Allergy Asthma Proc 27: S15-S23, 2006


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• DESTINO DA IgE COM A TERAPIA ANTI-IgE
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• DESTINO DA IgE COM A TERAPIA ANTI-IgE

 O omalizumabe tem alta afinidade pela IgE


Mas não tão alta quanto do FceRI pela IgE
O omalizumabe não forçará a dissociação IgE/receptor
Ocorrerá a dissociação espontânea da IgE pelo FceRI
Uma vez desligada, a IgE se liga ao omalizumabe
O complexo IgE-IgG é removido pelo SRE

Allergy Asthma Proc 27: S15-S23, 2006


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• DESTINO DA IgE COM A TERAPIA ANTI-IgE

 A taxa de dissociação IgE- FceRI é muito lenta: 2 a 3 semanas


Essa taxa de dissociação não é fator limitante da remoção da IgE da
superfície do basófilo
A expectativa de vida do basófilo é de (-) de 1 semana

Allergy Asthma Proc 27: S15-S23, 2006


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• DESTINO DA IgE COM A TERAPIA ANTI-IgE

 Na presença do omalizumabe, os basófilos maduros que emergem da MO


estarão expostos a níveis muito baixos de IgE. Isto resulta na baixa
expressão de FceRI e, consequentemente, estas células não terão
capacidade de se ligar a IgE e não se tornarão ativadas quando
encontrarem o alérgeno.

DESFUNCIONALIZAÇÃO DO BASÓFILO
Allergy Asthma Proc 27: S15-S23, 2006
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• DESTINO DA IgE COM A TERAPIA ANTI-IgE

 Em contraste aos basófilos, os mastócitos sobrevivem por vários


meses.
A remoção da IgE do mastócito depende da sua taxa de dissociação
com o FceR1
Os efeitos benéficos da terapia anti-IgE nas doenças onde os
mastócitos são relevantes se tornarão aparentes após algumas
semanas de uso

Allergy Asthma Proc 27: S15-S23, 2006


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• CONCLUINDO SOBRE O MECANISMO DE AÇÃO:

A diminuição do FceRI da superfície de basófilos e mastócitos é o que


contribui para o efeito sustentado do tratamento com anti-IgE

Se somente a IgE fosse removida da superfície dessas células, mas o


número de receptores permanecesse intacto, a IgE novamente
produzida poderia se ligar aos receptores mesmo na presença do
omalizumabe devido a diferença de afinidade da IgE com FceRI e com
o omalizumabe
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• EFEITOS CLÍNICOS DO OMALIZUMABE NA ASMA

Diminui as exacerbações
Diminui as visitas médicas emergenciais
Diminui as hospitalizações
Diminui as doses de corticoides inalatórios
Diminui o uso de medicações de resgate
Diminui os sintomas de asma
Melhora a qualidade de vida
Melhora função pulmonar
Allergy: Principles and Practice. 8th edition
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• RESULTADOS DOS ESTUDOS CLÍNICOS EM PEDIATRIA
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• RESULTADOS DOS ESTUDOS CLÍNICOS
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• RESULTADOS DOS ESTUDOS CLÍNICOS
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• SEGURANÇA
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• INDICAÇÃO

Asma de difícil controle (ADC) em adultos e crianças > 6 anos


Teste alérgico positivo ou reatividade in vitro para um aeroalérgeno
Sintomas mal controlados apesar de terapia otimizada
IgE sérica entre 30 e 1500 UI/mL
Peso < 150 Kg
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• CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DE ASMA DE DIFÍCIL CONTROLE

MAIORES:
Altas doses de corticoides inalatórios (CI em mcg/dia) no último ano:
 Adultos: Beclometasona > 2000; budesonida > 1600; fluticasona > 1000; Ciclesonida 320
 Crianças: Beclometasona ou Budesonida > 800; fluticasona > 500; Ciclesonida > 160

Corticosteróides orais ≥ 50% dos dias do ano

ERS/ATS guidelines on severe asthma, 2014


IV Diretrizes para o Manejo da Asma
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• CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DE ASMA DE DIFÍCIL CONTROLE

MENORES:
Necessidade de outro medicamento diário além do CI:
 LABA, antagonista de leucotrienos ou teofilina

Necessidade diária ou quase diária de SABA


Obstrução persistente do fluxo aéreo:
 VEF1 < 80% previsto ou variação diurna do pico de fluxo > 20%

 ACQ > 1,5 ou ACT < 20


ERS/ATS guidelines on severe asthma, 2014
IV Diretrizes para o Manejo da Asma
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• CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DE ASMA DE DIFÍCIL CONTROLE

MENORES:
Uma ou mais exacerbações/ano com necessidade de visita ao PS
Três ou mais cursos de corticoide oral/ano
Piora rápida após redução de, pelo menos, 25% da dose do corticoide
(oral ou inalatório)
História de exacerbação quase fatal no último ano (CTI ou VM)
ERS/ATS guidelines on severe asthma, 2014
IV Diretrizes para o Manejo da Asma
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• ESTABELECIDO O DIAGNÓSTICO DE ADC, É ESSENCIAL:

Garantir o uso correto do dispositivo inalatório


Confirmar adesão ao tratamento medicamentoso vigente
Excluir outros diagnósticos:
 Fibrose cística, IMD, BO pós infecciosa, ABPA, cardiopatias, entre outras

Avaliar e tratar as comorbidades presentes:


 Rinossinusite, DRGE, obesidade, SAOS, transtornos emocionais, fatores ambientais
OMALIZUMABE NA ASMA:
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• ESTABELECIDO O DIAGNÓSTICO DE ADC, É ESSENCIAL:

 Teste alérgico positivo para aeroalérgenos


 Dosagem de IgE sérica entre 30 e 1500 UI
 Peso < 150 Kg
 A dose e intervalo de aplicação do omalizumabe serão definidos de
acordo com tabela padrão (peso/IgE)
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ADMINISTRAÇÃO A CADA 2 OU 4 SEMANAS
OMALIZUMABE NA ASMA:
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DURAÇÃO DO TRATAMENTO:

São necessárias, no mínimo, 12 semanas de tratamento para


avaliação adequada de resposta à terapia
Omalizumabe é destinado a um tratamento a longo prazo. A
descontinuação pode resultar em um retorno gradual aos níveis
iniciais de IgE e sintomas associados
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INSTRUÇÕES PARA ADMINISTRAÇÃO:

Consentimento informado
Educação do paciente quanto aos sinais e sintomas de anafilaxia
Educação do paciente quanto ao uso adequado da adrenalina
Avaliar a saúde do paciente antes da administração do omalizumabe
Observar o paciente por 2 horas após as 3 primeiras injeções do
omalizumabe. Injeções subsequentes – observação por 30 minutos

Allergy: Principles and Practice. 8th edition


OMALIZUMABE NA ASMA:
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Impact of omalizumab in children from middle-income country with severe
therapy-resistant asthma: A real-life study. Pitrez et Al

Análise retrospectiva de crianças de 6 a 12 anos referendadas para o ambulatório de Asma de Difícil


Controle (ADC) da PUC Porto Alegre

 Variável primária: taxa de hospitalização


 Variáveis secundárias:
 Grau de controle da doença
 Redução do corticoide inalatório
 Suspensão do corticoide oral
 Melhora da função pulmonar

Pediatric Pulmonology. 2017;52:1408-1413


OMALIZUMABE NA ASMA:
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Impact of omalizumab in children from middle-income country with
severe therapy-resistant asthma: A real-life study. Pitrez et Al

Resultados:

 14 crianças, com idade média de 9 anos; 4 meninos


Redução da taxa de hospitalização em 70%
% de tempo de doença controlada aumentou em 90%
Corticóide oral foi descontinuado em 8/9 pc em 6 semanas
Dose média de corticoide inalatório não diminuiu de forma significativa
A função pulmonar não alterou significativamente
Pediatric Pulmonology. 2017;52:1408-1413
OMALIZUMABE NA ASMA:
COMO E QUANDO USAR
Impact of omalizumab in children from middle-income country
with severe therapy-resistant asthma: A real-life study. Pitrez et Al

Conclusão:

Primeiro estudo de “vida real” sobre o impacto da anti-IgE em crianças com ADC
num país de baixa renda
Omalizumabe diminuiu significativamente o número de internações
Omalizumabe reduziu o número de pc em uso de corticoide sistêmico
Omalizumabe melhorou o controle da asma nessas crianças
Pediatric Pulmonology. 2017;52:1408-1413
OMALIZUMABE NA ASMA:
COMO E QUANDO USAR

Impact of omalizumab in children from middle-income


country with severe therapy-resistant asthma: A real-life
study. Pitrez et Al

Conclusão:

Mais estudos são necessários para avaliar o custo-efetividade na “vida


real” do omalizumabe em crianças com ADC num país de baixa renda

Pediatric Pulmonology. 2017;52:1408-1413


OMALIZUMABE NA ASMA:
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CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Custo do omalizumabe é muito alto


Custo do tratamento varia de 4.000 a 20.000 US$ por ano
dependendo da dose
Custo médio é de, aproximadamente, 12.000 US$/ano
Brasil – 1 ampola = R$2.000
O tratamento poderá ser custo-efetivo quando se limitar a pc com
doença grave, exacerbações frequentes e necessidade de
hospitalizações
Os grandes avanços só serão reais quando
as elegantes medidas de laboratório
puderem ser traduzidas em procedimentos
práticos e simples para o clínico e seu paciente

Margaret Turner-Warwick

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