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INTRODUÇÃO ÀS TECNOLOGIAS DA Profa. Me.

Marcela Rosa de Lima

INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TIC) Machado


O QUE É TECNOLOGIA?
Tecnologia deriva de Técnica
A palavra “técnica” vem do grego téchne, que geralmente é traduzida por “arte”, mas
também pode significar “fabricar”, “produzir”. Pela técnica o sujeito produz coisas, através
da transformação da natureza.
Ao produzir algo, o homem reflete sobre sua ação, e com isso ele produz conhecimento, ou
seja, tecnologia. Tecnologia é tudo que o homem produz.
Homem => Trabalho => Técnica => Transformação da Natureza = Produção de Tecnologia

“a tecnologia se mostra como uma forma do sujeito se relacionar com o mundo visando
transformá-lo em algo diferente, algo que possa fazer sentido para ele” (VELIQ, 2017)
A TECNOLOGIA É NEUTRA?
A tecnologia não é neutra. Ela é produzida por seres racionais, com finalidades e
objetivos específicos e repletos de significados.

A tecnologia não pode ser separada da política. Por isso, ao analisarmos uma determinada
tecnologia, devemos atentar ao contexto em que ela foi produzida e a finalidade proposta.

Fazer tecnologia é, sem dúvida, fazer política e, dado que a política é um assunto de interesse
geral, deveríamos ter a oportunidade de decidir que tipo de tecnologia desejamos. Mantendo
o discurso que a tecnologia é neutra favorece a intervenção de experts que decidem o que é
correto baseando-se em uma avaliação objetiva e impede, por sua vez, a participação
democrática na discussão sobre planejamento e inovação tecnológica. (GARCIA 2000 apud
VERASZTO et al. 2008 p. 70)
a tecnologia pode ser usada tanto para manter o status quo se apropriada para benefícios
próprios, quanto pode ser utilizada para promover o bem comum e uma harmonização
entre o sujeito e o seu mundo.
PODEMOS AFIRMAR QUE A TECNOLOGIA
DETERMINA A SOCIEDADE?
Segundo Castells, a tecnologia não determina a sociedade e nem a sociedade escreve o
curso da transformação tecnológica, uma vez que muitos fatores, inclusive criatividade e
iniciativa empreendedora, intervêm no processo de descoberta científica, inovação
tecnológica e aplicações sociais, de forma que o resultado final depende de um complexo
padrão interativo. (CASTELLS, 2002, p.43)
Entretanto, embora não determine a tecnologia, a sociedade pode sufocar seu
desenvolvimento principalmente por intermédio do Estado. Ou então, também principalmente
pela intervenção estatal, a sociedade pode entrar num processo acelerado de modernização
tecnológica capaz de mudar o destino das economias, de poder militar e do bem-estar social
em poucos anos. (idem, p.44)
(...) embora não determine a evolução histórica e a transformação social, a
tecnologia (ou sua falta) incorpora a capacidade de transformação das
sociedades, bem como os usos que as sociedades, sempre em um processo
conflituoso, decidem dar ao seu potencial tecnológico. (ibidem)
O que deve ser guardado para o entendimento da relação entre a tecnologia e a
sociedade é que o papel do Estado, seja interrompendo, seja promovendo, seja liderando
a inovação tecnológica, é um fator decisivo no processo geral, à medida que expressa e
organiza as forças sociais dominantes em um espaço e uma época determinados. Em
grande parte, a tecnologia expressa a habilidade de uma sociedade para impulsionar
seu domínio tecnológico por intermédio das instituições sociais, inclusive o Estado. O
processo histórico em que esse desenvolvimento de forças produtivas ocorre assinala as
características da tecnologia e seus entrelaçamentos com as relações sociais. (CASTELLS,
2002, p.49)

Apesar de serem organizadas em paradigmas oriundos das esferas dominantes da


sociedade (por exemplo, o processo produtivo, o complexo industrial militar), a tecnologia e
as relações técnicas de produção difundem-se por todo o conjunto de relações e estruturas
sociais, penetrando no poder e na experiência e modificando-os. . Dessa forma, os modos de
desenvolvimento modelam toda a esfera de comportamento social, inclusive a comunicação
simbólica. (idem, p.54)
CONTEXTUALIZAÇÃO
Final do século XX – Revolução tecnológica concentrada nas Tecnologias da Informação
Reestruturação do capitalismo: “maior flexibilidade de gerenciamento; descentralização
das empresas e sua organização em redes tanto internamente quanto em suas relações com
outras empresas; considerável fortalecimento do papel do capital frente ao trabalho, com o
declínio concomitante da influência dos movimentos dos trabalhadores; individualização e
diversificação cada vez maior das relações de trabalho; incorporação maciça das mulheres
na força de trabalho remunerada, geralmente em condições discriminatórias; intervenção
estatal para desregular os mercados de forma seletiva e desfazer o estado do bem-estar
social com diferentes intensidades e orientações, dependendo da natureza das forças e
instituições políticas de cada sociedade; aumento da concorrência econômica global em um
contexto de progressiva diferenciação dos cenários geográficos e culturais para a
acumulação e a gestão de capital”. (CASTELLS, 2002, p.39)
A ECONOMIA INFORMACIONAL, GLOBAL E EM
REDE
Informacional: a produtividade e a competitividade dos agentes dessa economia
dependem de sua capacidade de gerar, processar e aplicar de forma eficiente a
informação baseada em conhecimentos.
Global: as principais atividades produtivas, o consumo e a circulação, assim como seus
componentes (capital, trabalho, matéria-prima, administração, informação, tecnologia
e mercados) estão organizados em escala global, diretamente ou mediante uma
rede de conexões entre agentes econômicos.
Em rede: nas novas condições hitóricas, a produtividade é gerada, e a concorrência é
feita em uma rede global de interação entre redes empresariais.
(CASTELLS, 2002, p.119)
TICS, ESPAÇO E TEMPO
- Entrevista com Marilena Chaui “Espaço, Tempo e mundo virtual”

- Discussão
TICS E SOCIEDADE
Nova relação entre o sujeito e o mundo
Qual o impacto disso em termos de convivência social?
Redes Sociais
Sociedade do consumo
Aproximação x distanciamento do ser social
“Cria-se uma pseudoproximidade, ou seja, o indivíduo interage com o mundo todo e
ao mesmo tempo não interage com ninguém, pois está diante da tela do computador
ou do celular, várias vezes sozinho, mas conectado com todos”. (VELIQ, 2012)
TICS E EDUCAÇÃO
Qual a relação entre as TICs e a educação atualmente?
As escolas estão preparadas para lidar com ferramentas tecnológicas?
De que modo a tecnologia tem influenciado e implicado na docência?
O paradigma educacional emergente
Necessidade de formar sujeitos críticos e reflexivos, preparados para lidar com a
sociedade informacional e com as novas TICs de forma ativa, e não passiva.
Paradigma instrucionista – ultrapassado para os dias atuais
Não devemos utilizar as novas tecnologias como ferramentas para “repassar” os
conteúdos.
"Em nosso cotidiano, aprendemos que não se muda um paradigma educacional apenas
colocando uma nova roupagem, camuflando velhas teorias, pintando a fachada da escola,
colocando telas e telões nas salas de aula, se o aluno continua na posição de mero
espectador, de simples receptor, presenciador e copiador, e se os recursos tecnológicos
pouco fazem para ampliar a cognição humana". (Livro - MORAES, 1997,P.17)
Como seria esse novo paradigma? um novo modelo educacional, capaz de gerar novos
ambientes de aprendizagem, que deixasse de ver o conhecimento de uma perspectiva
fragmentada, estática, e o reconhecesse como um processo em construção a ser desenvolvido
num contexto dinâmico do vir-a-ser.
Ambientes capazes não apenas de acompanhar e incorporar a evolução que ocorre no mundo
da ciência, da técnica e da tecnologia, mas também de colaborar para restabelecer o
equilíbrio necessário entre a formação tecnológica do indivíduo – para que ele possa
sobreviver num mundo cada vez mais tecnológico e digital -, a sua formação humana e sua
dimensão espiritual. Uma educação voltada para a humanização, a instrumentalização e a
transcendência. Uma proposta educacional centrada na pessoa, que compreenda a
importância do pensar crítico e criativo, que seja capaz de integrar as colaborações das
inteligências humanas e da inteligência da máquina, lembrando, no entanto, que só o ser
humano é capaz de transcender e criar". (MORAES, 1997, p.18)
TICS E EDUCAÇÃO
- Precisamos utilizar as TICS para incorporar um novo paradigma de ensino às escolas,
estimulando o pensamento divergente, a criticidade, criatividade, a pesquisa, a autonomia
dos estudantes. Deste modo, vamos formar indivíduos capazes de formular problemas,
enfrentar desafios, seres que podem contribuir com a ciência e a tecnologia no futuro.
“Reconhecemos a importância de se focalizar e valorizar mais o processo de aprendizagem
do que a instrução e transmissão de conteúdos, lembrando que hoje é mais relevante o como
você sabe do que o que e o quanto você sabe. É necessário levar o indivíduo a aprender a
aprender, traduzido pela capacidade de refletir, analisar e tomar consciência do que sabe,
dispor-se a mudar os próprios conceitos, buscar novas informações, substituir velhas
“verdades” por teorias transitórias, adquirir os novos conhecimentos que vêm sendo
requeridos pelas alterações existentes no mundo, resultantes da rápida evolução das
tecnologias da informação” (MORAES, 1997, p.15)
O que o novo paradigma recomenda é basear a teoria na prática, desenvolvê-la com base
na prática. A integração teoria e prática implica alunos e professores envolvidos num
processo de reflexão recursiva entre teoria e prática, examinando cada ação ocorrida como
parte integrante de ações futuras (MORAES, 1997, p.152).
REFERÊNCIAS
CASTELLS. A sociedade em Rede. São Paulo: Paz e Terra, 2002.
MORAES. O paradigma educacional emergente. 3ed. Campinas: Papirus, 1997.
VELIQ, Fabiano. A Juventude e a Tecnologia: um olhar filosófico. Disponível em:
https://www.academia.edu/37768994/A_JUVENTUDE_E_A_TECNOLOGIA_UM_OL
HAR_FILOS%C3%93FICO

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