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1.

Cuidados Gerais à Criança


Doente
• Hidratação
• Alimentação
• Descanso e Sono
• Dor
• Febre
• Ansiedade
• Higiene e conforto
• Outras doenças associadas
Hidratação

• Necessidades diárias de água e calorias

Idade Água ml/kg Calorias/kg

Oral E.V

Até 6 meses 150 120 110

6 – 11 meses 135 110 100

1 – 3 anos 125 100 90

4 – 6 anos 100 90 80

7 – 9 anos 90 75 70
• A desidratação agrava o quadro da criança
• Vias de administração
• Oral – Sonda Nasogástrica
– Boca
• Endovenosa (último recurso)

Por cada 100 calorias metabolizadas são precisos:


 110ml de água
 3 mmol de Na+
 2,5 mmol de K+
Situações Que Aumentam As
Necessidades Hídricas

• Hipertermia
• Taquicardia
• Diarreia
• Vómitos
• Queimaduras
2. Alimentação
• As crianças precisam de ser alimentadas
durante o período de doença

• As crianças doentes com fome agravam os


seus problemas;
 Choram, aumentam os problemas respiratórios, a tensão
intrabdominal e a TA
 Ficam agitadas, tiram os soros…
 Podem ficar com cetose, acidose e hipoglicémia
Necessidades diárias de proteínas
sódio e potássio
Idade Proteínas Sódio Potássio
grs/kg mmol/kg mmol/kg

Até 6 meses 2,2 3,5 2,5

6 – 11 meses 2,0 3,0 2,0

1 – 3 anos 1,7 2,5 1,5

4 – 6 anos 1,6 2,0 1,0

7 – 9 anos 1,2 1,5 1,0

• Normalmente as proteínas devem ser fornecidas


– 50% na forma de glícidos
– 35% na forma de líquidos
– 15% na forma de prótidos
3. Descanso e Sono
• Há melhor recuperação se houver
oportunidade para descansar e dormir

• Planificar o tratamento de modo a não


perturbar o descanso e o sono

• Em determinadas situações o tratamento


interfere com o sono (ex: rehidratação Oral)
4. Dor
• Tal como os adultos, as crianças sentem dor
• É fundamental o alívio da dor no tratamento
da criança
• Não prolongar soros e medicação endovenosa
(causam dor no local da punção e dor devido a
imobilização do membro)
• Evitar movimentos bruscos
• Usar analgésicos de potencia variável
consoante a patologia e o grau da dor
Analgésicos + usados
Paracetamol < 15 dias – 10 mg/kg/dose de
- Oral 6/6h
- Rectal > 15 dias – 15 mg/kg/dose de
6/6h
Ibuprofeno 10 mg/kg/dose de 8/8h ou
6/6h
Codeína 1 mg/kg/dose de 6/6 horas
Morfina < 1 ano – 0,2 – 0,4 mg de 4/4h
1-5 anos – 0,5 – 5 mg de 4/4h
6-12 anos – 5 – 7,5mg de 4/4h
Cremes anestésicos Aplicação Tópica
- Lidocaina
- Piridocaina
5. Febre
• Piora a condição geral da criança
– Aumenta o Consumo de O₂
– Aumenta o consumo de água
– Causa polipneia
– Causa convulsões e até coma
• As necessidades de água estão aumentadas
em 12% por cada grau de temperatura acima
do normal.
• Considerar a hipertermia > ou igual a 40 ͦc
como urgência e tratar com energia toda a
hipertermia > 38,5 ͦc.

• Utilizar
– AAS (125mg/5kg de peso/dose) de 6/6 horas
– Paracetamol
– Arrefecimento corporal se a temperatura for > ou
igual a 39 ͦc
6. Ansiedade
• Prejudica a recuperação
• Explicar às crianças maiores a doença e o tipo de
tratamento a fazer
• Explicar à mãe, acompanhante ou ao seu substituto a
natureza da doença e o tratamento que se vai fazer
• Evitar tratamentos dolorosos!!
– Injecções
– Soros
– Punções venosas
• Dar tranquilizantes se for necessário
– Hidrato de Cloral (5ml/5kg de peso)
– Diazepam (0,1 a 0,2 mg/kg/peso)
7. Higiene e Conforto
• Importantes na recuperação e prevenção de
complicações
– Escaras
– Pneumonias por estase
– Dermatite das fraldas
• Banho diário, lavagem e limpeza da criança sempre
que necessário
• Manter a unidade do doente sempre limpa com roupa
lavada e seca
• Manter o ambiente arejado e com temperatura
adequada
• Mudar a posição da criança várias vezes ao dia.
8. Outras Doenças Associadas
• Diagnóstico
– Principal
– Secundário (malnutrição, parasitose, malária, diarreia,
etc.)
• Tratar as doenças associadas
• Aproveitar a presença da criança e da mãe no
hospital para:
– Educação sanitária
– Educação nutricional
– Vacinação e peso
– Prevenção e tratamento de algumas doenças
USO DE MEDICAMENTOS EM
PEDIATRIA
• A criança não é um “pequeno adulto”
• O uso de medicamentos em Pediatria deve
considerar vários factores, um dos quais é a
IDADE DA CRIANÇA
– Prematuro
– Recém-nascido
– Lactente
– Criança Maior
• CADA UM DESTES GRUPOS possui características
físicas e de maturação a ter em conta quando
prescrevemos um medicamento
A CRIANÇA É UM SER EM
DESENVOLVIMENTO E POSSUI
CARACTERÍSTICAS QUE INFLUENCIAM A
ACÇÃO DO MEDICAMENTO
1. LENTA MATURAÇÃO DA FUNÇÃO RENAL
– Principalmente no 1 ͦ mês de vida
– Devemos reduzir o n ͦ de administrações
– Devemos usar dosagens inferiores nos recém-
nascidos
– Devemos ter cuidado na concentração dos soros a
administrar
2. LENTA MATURAÇÃO DO SISTEMA DE METABOLISMO
HEPÁTICO DOS MEDICAMENTOS
– A  do metabolismo leva à acumulação do medicamento no
sangue. Algumas substâncias são potencialmente tóxicas. Ex:
cloranfenicol

3. AUMENTO RELATIVO DA ÁGUA CORPORAL COM


AUMENTO DO VOLUME DE DISTRIBUIÇÃO DOS
MEDICAMENTOS NO ORGANISMO
– Necessidades de doses mais elevadas relativamente ao adulto
(Ex: digoxina)
4. O SISTEMA ÓSSEO ESTÁ EM RÁPIDO
DESENVOLVIMENTO
– Não dar medicamentos que interfiram neste
desenvolvimento (tetraciclinas, corticosteroídes)

5. A ABSORÇÃO CUTÂNEA ESTÁ ↑↑ NA CRIANÇA


– Cuidado com o uso tópico de corticosteroídes

6. A MASSA MUSCULAR É MAIS REDUZIDA NA


CRIANÇA EM PROPORÇÃO À DO ADULTO
– Cuidado na administração de injecções I.M. (Ex: Nervo
ciático)
CUIDADOS A TER DURANTE A
ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
1) Vómitos e diarreia
– São sintomas frequentes na criança que impedem a
absorção do medicamento
2) EXPLICAÇÃO À MAE SOBRE A NATUREZA DA
DOENÇA DA CRIANÇA E A MEDICAÇÃO A SER
USADA
– Necessitamos do apoio e colaboração da mãe
durante o tratamento
3) INDICAR A ADMINISTRAÇÃO DO MEDICAMENTO
TENDO EM ATENÇÃO, O REPOUSO E AS HORAS DE
SONO DA CRIANÇA
4) EVITAR A ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
POR VIAS “DOLOROSAS” – E.V E I.M.
– Dar preferencia à via oral e rectal
5) A ADMINISTRAÇÃO DE SOROS POR VIA E.V DEVE
SER USADA O MENOR TEMPO POSSÍVEL
– Dar preferência à administração de soros por via oral
(boca, nasogástrica)
6) Certificar-se da existência do medicamento
antes da sua prescrição
– Conhecer a dosagem, forma de apresentação, tipo de
embalagem e sua existência no Hospital e Farmácias
Privadas
ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
• OS MEDICAMENTOS SÃO ADMINISTRADOS À
CRIANÇA EM FUNÇÃO DE:
1) PESO DA CRIANÇA (MAIS USADO)
2) ÁREA CORPORAL

EXEMPLO
a) EM FUNÇÃO DO PESO (DOSE/kg de Peso)
Amoxicilina 50mg/Kg de peso/dia
b) A dose diária pode ser administrada 1,2,3,4 e
mais vezes por dia
Exemplos:
1. Amoxicilina 50 mg/kg de peso/dia
Peso = 10kg Dose diária 500mg
Fraccionada em 4 doses/ dia
500mg : 4 = 125mg de 6/6 horas

2. Penicilina Procaina 50.000 U/kg de peso/dia


Peso = 9kg Dose diária 450.000 U
450.000 U numa toma única diária
PRESCRIÇÃO MÉDICA EM
PEDIATRIA
• Indicar o medicamento (em letra legível)
• Indicar a forma de apresentação
– Xarope (125mg/5ml, 250mg/5ml)
– Comprimidos (125mg, 250mg, 500mg)
– Injectável (ampolas e dosagem)
• Indicar a quantidade de xarope a ser vendida,
o n ͦ de comprimidos ou ampolas
• Indicar a dosagem e a periodicidade da sua
administração:
Exemplo: 125mg de 12/12horas, 300mg de 8/8horas
ou 200mg de 6/6horas
• Indicar o horário ideal (de acordo com o
parecer da mãe)
Exemplo: 8h – 20h
6h – 14h – 22h
6h – 12h – 18h – 24h
• Indicar o n ͦ de dias de tratamento
Exemplos
1. Re/Ampicilina (xarope de 125mg/5ml) – 2 frascos
Dar 125mgs (1c de chá ou 1c medida) de 8/8horas durante 8
dias → 6h – 14h – 22h
2. Re/Ácido nalidixico (comp. De 500mg) – 20
comprimidos
Dar 250mg (1/2 comp) de 6/6 horas durante 10 dias → 6h –
12h – 18h – 24h
3. Paracetamol (supositórios de 250mg) – 12
supositórios
Aplicar 250mg (1 supositório rectal) de 6/6horas durante 3
dias → 6h – 12h – 18h – 24h

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