Está en la página 1de 38

Secagem

1
 A secagem é uma operação unitária de transferência de massa
e calor envolvendo a remoção de um líquido volátil,
normalmente água, de um sólido poroso como a madeira,
tecido ou massa de pó (podendo essa remoção também
ocorrer para líquidos e gases), onde o material passa, entra em
contato com uma corrente de gás, que pode ser em fluxo co-
corrente, contracorrente, ou parcialmente co-corrente e
parcialmente contracorrente. O secador pode ser adiabático ou
poderão existir equipamentos para aquecimento. Esse fluxo
bem como os coeficientes de transmissão de calor e massa,
são características relevantes para o dimensionamento do
secador.
2
 A retirada da umidade ocorre por evaporação mediante a
aplicação de calor sob condições controladas. Vale ressaltar
que a evaporação de uma solução, sem o auxílio de uma
corrente de gás para arrastar a umidade não é considerada
secagem.

 Já as torres de secagem e
umidificadores se diferenciam
dos secadores.

Figura 1: Tubulação com Resistência elétrica para aquecimento


3
Figura 2: Torres de Secagem e Umidificadores
4
 A umidade pode ser encontrada nos sólidos de diversas
maneiras. A água pode estar adsorvida nas paredes celulares,
bem como em solução dentro das células ou em pequenos
poros internamente no material.

 Para que a secagem ocorra, este sistema evidentemente não


pode estar em equilíbrio. É necessário que o meio de seca
esteja a uma temperatura superior àquela do sólido úmido
permitindo que exista um fluxo de calor para o mesmo que
possibilitará a vaporização da umidade.

5
A secagem ocorre de acordo com dois processos
fundamentais:

a) Transferência de calor: o calor flui do ambiente para a


superfície externa e daí para o líquido no interior do sólido.
b) Transferência de massa: na forma de líquido e de vapor no
interior do sólido e na forma de vapor da superfície para o
ambiente.

Figura 3: Processo de transferência de calor e massa em uma


superfície de secagem
6
 Um exemplo a ser citado é o caso do leite, que ao ser
submetidos à secagem, é capaz de conservar intactas suas
características físicas e nutritivas, retornando ao aspecto
natural ou sofrendo poucas alterações quando reconstituídos
em água.

 Pode ser encontrada nos mais diversos processos como em


indústrias agrícolas, químicas, alimentícias, cerâmicas,
mineral, farmacêuticas, de papel e celulose, e de polímeros.
Sendo esta ainda uma das operações mais complexas e menos
entendida, isso em detrimento à dificuldade e carência da
descrição matemática dos fenômenos envolvidos de
transferência simultânea de calor, massa e quantidade de
movimento nos sólidos.

7
 No esquema apresentado na Figura abaixo, existe um sólido
úmido exposto a uma corrente de ar com temperatura T e
umidade relativa Wr que escoa em torno do sólido com uma
velocidade V. O sólido pode receber calor e perder umidade
pela face superior com área A, as faces laterais e a inferior
estão isoladas.

Figura 4: Transferência de calor e massa em um sólido úmido com


laterais isoladas
8
 Importância da secagem:

a) Facilitar o manejo posterior do produto;


b) Reduzir o custo de embarque;
c) Permitir o emprego satisfatório do mesmo;
d) Aumentar a capacidade de equipamentos;
e) Preservar os produtos durante o armazenamento e transporte;
f) Aumentar o valor ou a utilidade dos produtos residuais.

9
 Principais mecanismos envolvidos na secagem:

 Remoção de umidade (transferência de massa interna e


externa ao sólido);
 Características do material a ser seco (tamanho, porosidade,
higroscopicidade) ;
 Fenômenos de transferência de calor.

10
A secagem de um sólido úmido, por meio de uma corrente
de ar com velocidade de escoamento constante à temperatura e
umidade fixa, manifesta-se sob um comportamento típico, que
pode ser observado na curva da figura abaixo:

Figura 5: Curva típica de secagem em condições constantes de


secagem; teor de umidade em função do tempo.
11
 Trecho AB: A T do sólido é menor que a T ambiente. O calor transferido
do ar para o sólido é maior do que o calor retirado do sólido para evaporar
água;

 Trecho BC: Período de taxa constante. A T do sólido é igual a T


ambiente. É caracterizado pela velocidade de secagem ser inalterada com
a diminuição do teor de umidade. O calor é transferido para a superfície de
secagem do sólido basicamente por convecção.

 Trecho CDE: Período de taxa decrescente. Inicia quando a umidade do


sólido atinge um valor determinado chamado UMIDADE CRÍTICA. Este
trecho pode ser dividido em duas zonas: zona de superfície de secagem
não-saturada e zona em que o fluxo interno de água controla o processo.

 XE ( Ponto E): A taxa de secagem aproxima-se de zero, num certo teor de


umidade de equilíbrio, que é o menor teor de umidade atingível no
processo de secagem

12
 Zona de superfície de secagem não-saturada (trecho CD): Segue-se
imediatamente a umidade crítica. Neste estágio, a superfície do sólido apresenta
áreas secas que se ampliam na proporção em que a secagem prossegue.
Consequentemente a taxa de secagem diminui uma vez que a mesma é relativa
a toda a área do sólido em contato com o ar. A evaporação ocorre na superfície
do sólido e a resistência a difusão interna do líquido é pequena comparada com
a resistência para remover o vapor da superfície. A T do sólido aumenta, pois
recebe do ar a mesma quantidade de calor que corresponderia ao período de
taxa constante, sem, no entanto, ocorrer igual evaporação. Em outras palavras,
parte da energia que era utilizada para a evaporação na fase anterior, acaba
sendo utilizada para elevar a T do sólido.

 Zona em que o fluxo interno de água controla a operação (Trecho DE):


Caracteriza-se pelo fato de que o fluxo interno de água controla a taxa de
secagem. Os fatores que influenciam a taxa de secagem são os mesmo que
afetam a difusão da água através de sólidos. Observa-se que a umidade do ar
não tem efeito na taxa de secagem, mostrando que esta depende da resistência a
difusão da água. A medida que a quantidade de umidade diminui por causa da
secagem, a velocidade da difusão interna da umidade decresce. A evaporação
ocorre dentro da estrutura do sólido.
13
Quando ocorre a evaporação na superfície de um sólido, a
umidade se desloca das camadas internas do sólido para a
superfície. Este movimento da água exerce papel importante na
secagem durante o período de velocidade decrescente e
dependendo do tipo de material pode ocorrer através de dois
mecanismos, que são:

a) Difusão interna: é o movimento de um líquido ou de um


vapor através de um sólido em consequência de diferença de
concentração;
14
b) Escoamento capilar: é o escoamento de um líquido através
dos interstícios de um sólido ou sobre uma superfície,
provocados por atração molecular entre o líquido e o sólido.

Figura 6: Distribuição de umidade em um leito sólido particulado durante o processo de


secagem

15
• Umidade de um sólido na base seca (Wd): é o quociente entre a
massa de umidade (Ma) e a massa do sólido isenta desta umidade
(Md)

Wd pode ser expresso por exemplo em kg de água por kg de sólido


seco.

• Umidade de um sólido na base úmida (Ww): é o quociente entre a


massa de umidade (Ma) e a massa do sólido úmido (Md+Ma):

Ww pode ser expresso por exemplo em kg de água por kg de sólido


úmido.
16
A transformação da umidade de uma base para outra pode ser
obtida pelas seguintes expressões e pela figura:

Figura 7: Relação entre base seca e úmida

17
As velocidades de secagem são determinadas expondo-se o material
úmido a uma corrente de gás a temperatura e umidade dadas, e
medindo-se o teor de líquido como uma função de tempo.

• Gráfico 1: Teor de liquido • Gráfico 2: Velocidade de secagem em


versus tempo função do teor de líquido

18
• Período de velocidade de secagem constante:
Ocorre quando o teor de líquido é suficientemente grande para que
toda a superfície do material esteja completamente molhada.

• Período de velocidade de secagem decrescente (queda):


Ocorre quando o teor de líquido não é suficientemente para molhar
completamente a superfície do material.

Experimentalmente a equação pode-se pode ser determinada como:

19
20
Passo 1: Balanço de massa total;

Passo 2: Diagrama psicrométrico;


T2 = 50°C ϗ2 = 0,0036 w1= 0,9 Kg água / Kg tecido seco
TW = 21°C ϗw = ϗ1 = 0,0156 w2= 0,1 Kg água / Kg tecido seco

21
A velocidade de secagem é função:

22
Passo 3: Balanço de massa seção II;

Utilizando de artifícios algébricos:

Isolando o termo desejado, e substituindo os valores obtém-se:

23
Passo 4: Igualando as velocidades constante e decrescente de
secagem, determina-se Wc, teor de água critico;

Passo 5: Período de velocidade constante;

24
Passo 6: Período de velocidade de decrescente (queda);

Logo o tempo de secagem total é:

25
Um sólido, cuja a curva de secagem é apresentada abaixo, contém
uma umidade livre inicial de:
X1= 0,40 (Kg H2O)/(Kg sólido seco) e deverá ser seco até
X2= 0,18 (Kg H2O)/(Kg sólido seco).

Qual o tempo
estimado, em horas
necessário para o
processo de
secagem ?

26
1) Modo de operação

Batelada: operação intermitente, por lotes de material a ser processado.


Contínua: alimentação do material a ser processado ininterrupta.

2) Fonte de calor

Diretos: calor fornecido pelo gás de secagem


Indiretos: calor fornecido por outro meio como por condução, radiação, campo
elétrico de alta frequência e micro-ondas.

3) Condições operacionais

Pressão de operação: atmosférica ou vácuo;


Fluxo de gás: nenhum, contracorrente ou concorrente;
Fluxo de sólidos: estacionário ou misturado;
Meio de transporte: estacionário, mecânico, arraste, combinado;
Mistura do sólido: sem mistura, agitação, rolo ou arraste.
27
Secador de bandejas

• É essencialmente uma câmara onde o material a ser seco é colocado em


bandejas ou tabuleiros

• O meio secante pode ser vapor de água, gás ou ar aquecido eletricamente. O


custo de energia é parte principal do custo total do processo. Além de ar, outros
agentes secadores podem ser utilizados, como gases inertes (nitrogênio).

Figura 8: Secadores de bandejas 28


Secador de Túnel

O material a ser seco é colocado em bandejas e essas em carretas que irão entrar
dentro de um túnel onde ocorrerá o processo de secagem. Esta operação pode
ocorrer com o ar de secagem em corrente paralela, isto é, o fluxo de ar quente no
mesmo sentido do fluxo das carretas, ou em contracorrente, onde o fluxo do ar
quente tem direção contrária ao fluxo das carretas.

Figura 10: Secador de Túnel em correntes


paralelas

Figura 9: Secador de Túnel em


contracorrente

29
Secador de rotatórios

Os sólidos são derrubados numa corrente contínua, na região do


eixo do tambor rotatório, enquanto o ar é injetado através da
cascata de grãos.

Figura 11: Secador de rotatórios


30
Secador a gravidade

As chapas são aquecidas. O meio secante poder ser ar ou gás inerte.

Figura 12: Secador a gravidade

31
Secador por radiações infravermelhas

• O produto a ser seco é colocado sobre um esteira em finas


camadas. A radiação é colocada sobre o produto.

• A secagem por infravermelho oferece alta eficiência de conversão


da energia elétrica em calor .

• A secagem de produtos sólidos, como fatias de pão, chá,


especiarias e amêndoas são sua principal aplicação.

Figura 13: Secador por radiações infravermelhas


32
Secagem por micro-ondas

O produto a ser seco é colocado sob um campo elétrico de alta


freqüência (2500 MHz). O calor é produzido no interior do
material a secar.

Figura 14: Secagem por micro-ondas

33
Secagem a vácuo

Secadores a vácuo são semelhantes aos secadores de bandejas na


sua construção. No entanto, duas diferenças básicas são notáveis:
a câmara deve ser hermeticamente fechada e sem circulação de
gás; sem o gás de secagem, calor deve ser fornecido ao material
por outro meio, como condução através do aquecimento dos
suportes ou radiação. Utilizada quando o material a secar é
alterado pelo calor ou pelo ar.

Figura 15: Secadores a vácuo 34


É um método de secagem conhecido como secagem
instantânea, pois utiliza tempos curtos de processo quando
comparado aos outros tipos de secadores.
O “spray dryer” é um secador por aspersão (atomização) do
produto a ser seco em um agente de secagem aquecido
(usualmente ar).
Este equipamento admite na sua alimentação somente
material em estado fluido (solução, suspensão ou pasta) e a
converte em uma forma particulada seca.

35
Produtos que utilizam Spray-dryer:

Especialmente produtos que apresentam


sensibilidade ao calor, como alimentos e materiais de
origem biológica:
• extratos e produtos oriundos de plantas;
• corantes;
• microorganismos;
• produtos com leveduras, enzimas e proteínas;
• destaque recente na microencapsulação de substâncias.

36
 BLACKADDER, D. A.; NEDDERMAN. R. M. Manual de
operações unitárias. 2. ed. Trad. VIDAL, L. R. G. Cambridge:
Hemus. 2008. 276 p.

 MEDEIROS, U. K. L. Viabilidade técnica de uma rota não


convencional para a produção de leite de cabra em pó em
cooperativas do Rio Grande do Norte. 2010. 189 f. Tese (Doutorado
em Engenharia Química) – Universidade Federal do Rio Grande do
Norte, Natal, RN, 2010.

 SILVA, M. A. C. Análise inversa em problema de difusão transiente


em acerola (malpighia punicifolia): Estimação da difusividade
mássica efetiva. 2007. 88 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia
Mecânica) - Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, PB, 2007.

37
OBRIGADO!!!

38

También podría gustarte