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Experiência estética:
(desinteressada, livre e universal)
• da natureza
• da arte
• da criação artística
Subjetivismo: Objetivismo:
Resulta das características Resulta das características
valorativas do sujeito estético. físicas do objeto estético.
JUÍZO ESTÉTICO
Descrição intelectual da
experiência estética que se
exterioriza pela criação de
juízos que expõem as
emoções vividas.
A Filosofia da Arte é a disciplina filosófica que procura
estabelecer as condições necessárias e suficientes para
que possamos classificar um objeto como arte.
Para Aristóteles:
A arte imita a natureza e o ser humano, mas não é ilusória.
O artista usa as formas da natureza harmonizando-as para que
pareçam melhor ao olho humano.
Logo:
• Há arte quando a forma desse objeto é determinante
para o sentimento estético desencadeado no sujeito.
A ARTE A ARTE
OS ARTISTAS A ARTE
A teoria oferece
critérios para Como saber se uma
classificar e valorar obra imita
obras de arte: imitar realmente o seu
e fazê-lo o melhor objeto?
possível
A ARTE COMO EXPRESSÃO
Uma obra é arte se e só se exprimir os
sentimentos e emoções do artista
Uma sinceridade no
artista quanto à força
Uma particularidade Uma clareza na
com que
do sentimento transmissão desse
experimenta os
transmitido sentimento
sentimentos que
transmite
ASPETOS A FAVOR
CRÍTICAS À TEORIA
DA TEORIA
Artemisa Caçadora
Adaptação romana a partir de
um original grego criado em
330 a.C.
Mármore
Altura 2 m
Escultura Greco-Romana
Homem Nu Combatendo ou
O Gladiador
Antium (Itália)
Cerca de 100 a.C.
Mármore
Altura 1,57 m
Pintura Romana
MESTRE FABULOSO
Triunfo de Teseu
Cerca de 70 d.C.
Fresco (Pompeia, Casa de Cassius Rufius)
97 X 82 cm
Arte Medieval
GIOTTO
Fresco
Lamentação
c.1305
Pintura Medieval - Gótico
DUCCIO
«Tentação de Cristo na Montanha»
1308-11
Tinta sobre painel
46 X 43 cm
«E é assim que os monstros, simultaneamente amados
e temidos, vigiados e livremente admitidos, entram
com todo o seu fascínio do horrendo na literatura e na
pintura, cada vez mais, desde as descrições infernais de
Dante aos quadros de Bosch. Só alguns séculos depois,
na fase romântica e decadente, se reconhecerão sem
hipocrisias o fascínio do horrendo e a Beleza do Diabo.»
(UMBERTO ECO)
Pintura Medieval - Gótico
PAOLO VENEZIANO
A Virgem e o Menino
1354
100 X 60 cm
Gótico Flamengo – séc. XV
HIERONYMUS BOSCH
«O Jardim das Delícias»
C.1500
Tríptico – Óleo sobre madeira
Central 220 X 196 cm; Laterais 220 X 96 cm
Gótico Flamengo – séc. XV
HIERONYMUS BOSCH
Os Sete Pecados Capitais
Tábua (mesa)
120 X 150 cm
Renascimento
LEONARDO DA VINCI
«A Última Ceia»
1494-98
Fresco
460 X 880 cm
Renascimento Italiano
RAFAEL
«A Escola de Atenas»
1509-1511
Fresco
Base 772 cm
Escola Flamenga – séc. XVI
PIETER BRUEGHEL
Os Provérbios Flamengos
1559
Óleo sobre madeira
117 X 163 cm
Barroco - Rococó
RUBENS
Os Quatro Filósofos
1611-1612
Óleo sobre tela
167 X 143 cm
Barroco - Rococó
REMBRANDT
A Lição de Anatomia
1632
Óleo sobre tela
170 X 217 cm
Escola Flamenga – séc. XVII
HARMEN STEENWICK
«As Vaidades da Vida Humana»
1645
Óleo sobre carvalho
39 X 51 cm
Neoclassicismo
JACQUES-LOUIS DAVID
«O Juramento dos Horácios»
1784
Óleo sobre tela
330 X 420 cm
Romantismo Espanhol
GOYA
«Os Fuzilamentos de 3 de Maio de 1808»
1808
Óleo sobre tela
266 X 345 cm
DAVID GOYA
O Juramento dos Horácios Os Fuzilamentos de 3 de
Maio de 1808
1784
1808
Romantismo Francês
DELACROIX
A Liberdade Guiando o Povo
1830
Óleo sobre tela
260 X 325 cm
Realismo
COURBET
Os Picadores de Pedra
1849
Óleo sobre tela
Impressionismo
CLAUDE MONET
Impressão: Nascer do Sol
1872
Óleo sobre tela
48 X 63 cm
Expressionismo
VAN GOGH
Noite Estrelada
1890
Óleo sobre tela
72 X 92 cm
Cubismo
PABLO PICASSO
Les Demoiselles d’Avignon
1907
Óleo sobre tela
244 X 233 cm
VELÁZQUEZ PABLO PICASSO
Las Meninas Las Meninas
1656-1657 c.1957
Bauhaus
PAUL KLEE
O Jardim das Rosas
1920
Óleo e pena sobre papel cartão
49 X 42 cm
Bauhaus
KANDINSKY
Composição VIII
1923
Óleo sobre tela
140 X 201 cm
Surrealismo
JOAN MIRÓ
O Carnaval de Arlequim
Óleo sobre tela
1924-25
74 X 56 cm
Suprematismo Russo
MALEVICH
«Branco sobre Branco»
1918
Óleo sobre tela
79 X 79 cm
Expressionismo Abstrato
ROTHKO
Sem título
1949
Óleo sobre tela
207 X 168 cm
«A Arte é eternamente livre.
Cada arte tem as suas raízes no seu tempo, mas a arte
superior não é só um eco e um espelho desta época:
possui além disso, uma força profética que se estende
longe e muito profundamente no futuro.»
(W. Kandinsky)
O CONCEITO
DE “ARTE DE MASSAS”
Díptico de Marilyn
Andy Warhol
1962
Justificação da proposta
Justificação da proposta
Justificação da proposta
Contextualização
Narrativa da imagem
Propomos o seguinte
percurso de leitura
Um par de sapatos
Vincent van Gogh
1885
Justificação da proposta
Justificação da proposta
Justificação da proposta
Este quadro “agrada-nos” porque o pintor conseguiu,
através de um meio concreto e sensível, exprimir a
“verdade” de uma vida.
Foi precisamente esta a conclusão a que chegou o
filósofo alemão Martin Heidegger, que também o
analisou e defendeu que a arte consegue desvelar a
verdade dos seres, sendo o artista, isto é, o criador de
arte, aquele que é capaz de trazer para a luz – revelar
– o que se encontra oculto nos entes.
Mais do que representar o mundo, o quadro manifesta
a verdade do mundo e fá-lo de uma maneira que não
seria conseguida pela simples perceção do mesmo
par de botas.
Contextualização
Diz-se que Van Gogh, impossibilitado de pagar a
modelos vivos, optou por naturezas mortas e que os
sapatos que serviram de modelo a este quadro teriam
sido comprados numa feira em Paris, molhados para
ficarem com aparência envelhecida e usados durante
algum tempo pelo próprio pintor.
O facto é que há, na obra de Van Gogh, vários
quadros que repetem este tema, pintado em 1885,
quando o pintor tinha apenas trinta e dois anos.
Cinco anos mais tarde suicidou-se e é grande a
tentação de supor que Um par de sapatos revela a
passagem do pintor por uma vida breve, mas repleta
de cansaço e de angústia.
Narrativa da imagem
Para fazer esta narrativa nada melhor que usar as
palavras de Martin Heidegger:
«Na obscura intimidade do côncavo dos sapatos está inscrita a fadiga
dos passos do trabalhador. Na rude e sólida espessura dos sapatos
está firmada a lenta e obstinada caminhada através dos campos, o
comprimento dos passos sempre semelhantes, estendendo-se ao longe
sob a brisa. O couro tem ainda as marcas da terra espessa e húmida.
Sob as solas, estende-se a solidão do caminho campestre que se perde
na tarde. Por estes sapatos perpassa o apelo silencioso da terra, o seu
dom tácito do trigo maduro, a sua recusa secreta nas ervas áridas do
campo hibernal. Através deste objeto, perpassa a muda inquietação
pela segurança do pão, a alegria silenciosa de sobreviver à
necessidade, a angústia do nascimento eminente, o tremor da ameaça
da morte.»
M. Heidegger, Chemins qui ne mènent nulle part
Propomos o seguinte
percurso de leitura