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1. O documento discute as principais concepções filosóficas sobre a natureza humana ao longo da história do pensamento ocidental, desde os gregos até a era moderna.
2. As principais visões abordadas incluem a concepção grega antiga que enfatizava o apolíneo e o dionisíaco, as visões pré-socráticas, sofistas, platônica, aristotélica, bíblica, agostiniana e as concepções do Renascimento e da era moderna com Descartes.
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Título original
1446780_Aula 2 - Concepções filosóficas sobre o homem - 2o. SEM. 2017.ppt
1. O documento discute as principais concepções filosóficas sobre a natureza humana ao longo da história do pensamento ocidental, desde os gregos até a era moderna.
2. As principais visões abordadas incluem a concepção grega antiga que enfatizava o apolíneo e o dionisíaco, as visões pré-socráticas, sofistas, platônica, aristotélica, bíblica, agostiniana e as concepções do Renascimento e da era moderna com Descartes.
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1. O documento discute as principais concepções filosóficas sobre a natureza humana ao longo da história do pensamento ocidental, desde os gregos até a era moderna.
2. As principais visões abordadas incluem a concepção grega antiga que enfatizava o apolíneo e o dionisíaco, as visões pré-socráticas, sofistas, platônica, aristotélica, bíblica, agostiniana e as concepções do Renascimento e da era moderna com Descartes.
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1. Desde os primórdios da cultura ocidental, a questão antropológica
fundamental – o que é o homem? – ocupa um lugar central nas diversas expressões da cultural: o mito, a literatura, a filosofia, a ciência, a ética e a política. 2. As ideias e imagens nas diversas expressões da cultura ocidental evidenciaram a singularidade do ser que se interroga a si mesmo e interiorizaram a relação sujeito/objeto através da qual o homem se abre ao mundo exterior. O ACONTECER HISTÓRICO
1. “O pensamento filosófico responde – em geral e desde os tempos mais
antigos – a uma aspiração fundamental do homem. É que o homem não está rigidamente atado ao acontecer natural, mas deve enfrentar a realidade para configurar sua vida de um modo autônomo e responsável. Daí se perguntar pelo fundamento e sentido do mundo que vive” (CORETH, E. 1976). a) O que é o homem? b) De onde viemos? c) O que estamos fazendo aqui? d) Para onde vamos? O APOLÍNEO E O DIONISÍACO
1. Na cultura arcaica grega observa-se a oposição entre o mundo dos deuses e o
mundo dos homens, ordem do universo (physis) e ordem da cidade (pólis). 2. A condição humana na imagem que o homem grego arcaico faz de si mesmo é expressa na relação do homem com os deuses, na oposição entre a ordem e a desordem, a tradição e o caos. a) Apolo (Febo) significa beleza, elegância e harmonia. Na mitologia grega, Apolo é o deus do Sol, da beleza, das artes, da poesia, da música, da profecia e do arco e flecha. É irmão de Ártemis e um dos doze deuses olímpicos. b) APOLO reflete o LADO LUMINOSO da visão grega do homem. É a PRESENÇA ORDENADORA do LOGOS (razão) na vida humana, isto é, a claridade do pensar e agir razoáveis. c) Dionísio (Baco) é, tal como Apolo, filho de Zeus. É o deus da loucura e do caos, das emoções e instintos. Deus do vinho e da festa. Em seus cultos valorizava-se a experimentação dramática, a exacerbação dos sentidos, a vertigem e o excesso. d) DIONÍSIO refere-se ao OBSCURO e ao TERRENO onde reinam as forças do DESEJO e da PAIXÃO.
3. Segundo BENEDICT, 2013: P. 62 – 63), o ethos dionisíaco está relacionado ao
êxtase e ao excesso. Os valores perseguidos se relacionam à aniquilação dos limites da existência. No ethos apolíneo, ao contrário, o êxtase e o acesso são evitados. O dionisíaco se refere à individualidade e o apolíneo à preservação da tradição. A IDEIA DE HOMEM ENTRE OS PRÉ- SOCRÁTICOS:
1. Grosso modo, identifica-se na filosofia pré-socrática a exaltação da
superioridade do homem sobre os outros animais. O homem é isto como estrutura corporal-espiritual cuja natureza se manifesta na cultura através de suas obras. a) “O homem de Heráclito é uma parte do Kosmos. Contudo, quando se torna consciente de que traz em si a lei eterna da vida se torna capaz de participar da mais alta sabedoria, cujos decretos procedem da lei divina. A EXCELÊNCIA, O DESTINO E A CONCEPÇÃO DE HOMEM
1. Do ponto de vista da vida social e política, a visão grega arcaica do
homem é marcada pela ideia de EXCELÊNCIA (areté). a) Excelência guerreira; b) Herói fundador da cidade; c) Sophos (sábio). 2. A areté se vincula ao conceito de justiça (dikê) e o herói fundador é celebrado como legislador. O ethos (lugar) da areté guerreira e política se junta ao ethos laborioso do trabalho dos campos, celebrado como escola da virtude – o guerreiro, o político e o trabalhador. 3. As linhas que constituem a imagem grega arcaica do homem se interseccionam e convergem no temeroso tema de moira, onde o homem se vê submetido à inexorabilidade do destino. A CONCEPÇÃO SOFISTA DE HOMEM
1. Os FILÓSOFOS SOFISTAS definem o homem como animal
racional e, em sua inflexão antropológica, o definem segundo a OPOSIÇÃO entre CONVENÇÃO (nómos) e NATUREZA (physis). 2. O homem é um ser DOTADO de LOGOS, isto é, de palavra e de discurso e, por isto, é CAPAZ DE DEMONSTRAR E PERSUADIR. 3. Os sofistas concebem, ainda, um INDIVIDUALISMO RELATIVISTA (formulações céticas sobre a verdade) e um DESENVOLVIMENTO PROGRESSIVO DA CULTURA que alimentará o pensamento antropológico ao longo de toda a sua história: 4. O homem é um ser de necessidade e de carência e, em razão disto, busca suprir com a cultura o que lhe foi negado pela natureza. A CONCEPÇÃO SOCRÁTICA DE HOMEM
1. Para Sócrates, o mundo humano só é explicado se for referido a um
princípio interior (alma), que para ele era a sede de uma areté (virtude) capaz de medir o homem segundo uma dimensão interior. A alma é a verdadeira essência do homem e é nela que se dá a orientação da vida a partir do justo e do injusto. CONCEPÇÃO PLATÔNICA
1. A antropologia platônica sintetiza a tradição pré-socrática do homem
com o kosmos, a tradição sofista do homem com ser de cultura e a ideia socrática de homem interior e da alma. 2. O homem é um ser composto de corpo e alma, duas substâncias que se encontram em oposição. O corpo é a prisão da alma. 3. Como o plano sensível é o mundo das aparências, a alma (que habitou, antes de se tornar prisioneira do corpo, o mundo das ideias) aspira regressar ao real, ou seja, plano inteligível, do qual procedeu. A CONCEPÇÃO ARISTOTÉLICA
1. Aristóteles é considerado, com razão, um dos fundadores da antropologia
como ciência, pois foi o primeiro que sistematizou uma síntese científico- filosófica na sua concepção de homem. 2. Traços da concepção antropológica aristotélica: a) Estrutura biopsíquica do homem – teoria da psyché: o homem é um ser composto de ALMA (psyché) e CORPO (soma). A psyché é a perfeição ou o ato do corpo organizado e sua definição. b) O homem é ZOON LOGIKON - o ser humano pertence, pela sua essência, ao âmbito da physis, mas se distingue de todos os outros seres da natureza em virtude de sua racionalidade – é um animal racional. c) O homem é um ser ético-político – o homem, em sua expressão acabada, é essencialmente destinado à vida na pólis e somente aí se realiza como ser racional. Ele é ZOON POLIKÓN (animal político). d) O homem é um ser de PAIXÃO e DESEJO – paixão e desejo intervêm decisivamente tanto nas práxis ética e política, como na poíesis (poética), fundamentando o que é o homem. A CONCEPÇÃO BÍBLICA DO HOMEM
1. A visão bíblico-cristão de homem é fundamentada na tradição bíblica e
postula uma unidade radical do ser do homem, garantida pelo fato de ser criação de Deus e de ser por ele chamado à escuta e prática de sua Palavra. Nela, o homem é visto como a) CARNE (basar) na medida em que se revela a fragilidade de sua existência; b) ALMA (nefesh) na medida em que a fragilidade é compensada pelo vigor da sua vitalidade; c) ESPÍRITO (ruah), ou seja, manifestação superior de vida e do conhecimento, pela qual o homem pode entrar em relação com Deus e, finalmente, d) CORAÇÃO (leb), isto é, o interior profundo do homem, onde tem sede afetos e paixões, onde se enraízam inteligência e vontade e onde têm lugar o pecado e a conversão a Deus. A CONCEPÇÃO AGOSTINIANA DE HOMEM
1. A VISÃO AGOSTINIANA do homem define o homem
como ser uno, isto é, como EPISÓDIO CULMINANTE DA CRIAÇÃO de todo universo. 2. Ele é a ENCARNAÇÃO DO VERBO, resultado da palavra criadora de Deus. Além disto, é UM SER ITINERANTE, ou seja, transita ao longo de duas linhas distintas, mas dialeticamente relacionadas, o itinerário da MENTE e o itinerário da VONTADE. 3. A mente e a vontade, ou seja, a condição de ser itinerante, faz com que o homem se encaminhe conforme a direção do amor que o move, isto é, Deus – SER-PARA-DEUS /CIDADE DOS HOMENS – CIDADE DE DEUS. A CONCEPÇÃO NA ERA MODERNA
1. A época que ficou conhecida com o nome de RENASCENÇA (século XIV ao
século XVI) foi assinalada por transformações de toda ordem na Europa ocidental, dando origem a uma civilização brilhante, com traços que definem nitidamente sua originalidade com relação à civilização medieval que a precedeu. 2. O homem na antropologia renascentista: a) Homo universalis – emerge das profundas transformações do mundo ocidental que provoca uma dilatação dos horizontes estreitos da cristandade geograficamente (ciclo das descobertas) e humanamente (encontro com novas culturas e civilizações). b) Prolongamento e ampliação da tradição do zóon poliktikon aristotélico, dando-lhe um novo conteúdo, pois nela o esquema mecanicista se estenderá à explicação da vida e do homem. c) O corpo humano, segundo a tradição cartesiana, é integrado ao conjunto dos artefatos e das máquinas e só a presença do “espírito”, manifestando-se sobretudo na linguagem, separa o homem do animal-máquina. 3. Descartes concebe o homem pelo cogito, ou seja, o “eu penso”. A concepção cartesiana inaugura um novo dualismo antropológico (distinção entre o REFERÊNCIAS
1. ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires.
Filosofando Introdução à filosofia. 2.ed. (rev. e ampl.), São Paulo: Moderna, 1993. p. 134. 2. BUZZI, Archangelo R. Filosofia para principiantes (a existência humana no mundo). Petrópolis: Vozes, 1991. 3. CARVALHO, Luis Carlos Ludovikus Moreira de. Ética e cidadania. In: http://www.almg.gov.br/educacao/sobre_escola/banco_conhecimento/index. html, acesso em 30 de setembro de 2011. 4. CASSIRER, Ernst. Antropologia Filosófica. São Paulo: Mestre Jou, 1976. 5. CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 1994. 6. CORETH, E. Que es el hombre?; Esquema de uma antropologia filosófica. Barcelona: Herder, 1976. 7. LARAIA, Roque de Barros. Cultura; um conceito antropológico. 11.ed., Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1996. p. 54-59. 8. MATOS, Olgária. A escola de Frankfurt (luzes e sombras do iluminismo). São Paulo, Ática, 1993. 9. MONDIM, Batista. O homem, quem é ele? São Paulo: Paulus, 1980.