Está en la página 1de 90

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO

NORTE
CONTÁBEIS
DIREITO E LEGISLAÇÃO TRABALHISTA
Msc. HIGOR FERNANDES
DIREITO DO TRABALHO
1) HISTÓRICO;

2) DENOMINAÇÃO:
 A)Legislação do Trabalho;
 B)Direito do Operário;
 C)Direito Industrial;
 D)Direito Corporativo;
 E)Direito Social;
 F)Direito Sindical;
 G)Direito do Trabalho.
DIREITO DO TRABALHO
3) CONCEITO DE DIREITO DO TRABALHO:

“É o conjunto de princípios, regras e instituições


atinentes à relação de trabalho subordinando e
situações análogas, que visa assegurar melhores
condições de trabalho e sociais ao trabalhador,
de acordo com as medidas de proteção que lhe
são destinadas”
DIREITO DO TRABALHO
A tarefa de conceituar um ramo do direito pode ser muito
extensa. De qualquer forma, o Direito do Trabalho pode ser
apresentado como individual ou coletivo. Maurício Godinho
Delgado assim o define:
 "o Direito Individual do Trabalho define-se como: complexo
de princípios, regras e institutos jurídicos que regulam, no
tocante às pessoas e matérias envolvidas, a relação
empregatícia de trabalho, além de outras relações laborais
normativamente especificadas".
 e
 "...o Direito Coletivo do Trabalho pode ser definido como o
complexo de princípios, regras e institutos jurídicos que
regulam as relações laborais de empregados e empregadores,
além de outros grupos jurídicos normativamente especificdos,
considerada sua ação coletiva, realizada autonomamente ou
através das respectivas associações".
DIREITO DO TRABALHO
 4) CARACTERÍSTICAS
 “Socialidade, imperatividade, protecionismo, coletivismo, justiça
social, distribuição de riqueza".

 5)DIVISÃO
 O Direito do Trabalho pode ser dividido em diferentes sentidos. No
sentido amplo, há o Direito Material do Trabalho, que é composto
do Direito Coletivo e do Direito Individual do Trabalho. Há também
o Direito Internacional do Trabalho e o Direito Público do Trabalho.
O Direito Público do Trabalho pode ser dividido em Direito
Processual do Trabalho, Direito Administrativo do Trabalho, Direito
Previdenciário e Acidentário do Trabalho, além de, finalmente, o
Direito Penal do Trabalho.
 O Direito Penal do Trabalho, porém, é ainda um ramo de efetiva
existência muito controvertida.
DIREITO DO TRABALHO
6)AUTONOMIA
O Direito do Trabalho possui metodologia, métodos
próprios, perspectivas, questionamentos específicos e
próprios.

7)NATUREZA
O Direito do Trabalho tem natureza de Direito Privado,
haja vista que a relação se daria entre particulares.

8)FUNÇÃO
Impedir a exploração do trabalho humano como fonte de
riqueza dos detentores do capital.
DIREITO DO TRABALHO
9) FONTES DO DIREITO DO TRABALHO:
A)Constituição;
B)Leis;
C)Decretos;
D)Costumes;
DIREITO DO TRABALHO
E) Sentenças Normativas;
F)Acordos;
G)Convenções;
H)Regulamento de Empresa;
I)Contratos de Trabalho.
--Subsidiariamente o Direito Comum.
DIREITO DO TRABALHO
10)PRINCÍPIOS

A) CONCEITO: Princípio é onde começa algo. Início,


origem, começo, causa. Fonte primária ou básica
determinante de alguma coisa. São os alicerces
do direito que não estão definidos em nenhuma
norma legal.
DIREITO DO TRABALHO
B)PRINCIPIOS DO DIREITO DO TRABALHO:
 -Proteção ao trabalhador: Pode ser desmembrado
em três: o in dubio pro operário; aplicação da norma
mais favorável ao trabalhador; aplicação da condição
mais benéfica ao trabalhador.

 -Irrenunciabilidade de direitos: Temos como regra


que os direitos trabalhistas são irrenunciáveis pelo
trabalhador. Poderá, entretanto, o trabalhador renunciar
a seus direitos se estiver em juízo, diante do juiz do
trabalho, pois nesse caso não se pode dizer que o
empregado esteja forçado a fazê-lo. Feita transação em
juízo, haverá validade de tal ato de vontade.
DIREITO DO TRABALHO
 Continuidade da relação de emprego: O
objetivo do Princípio da Continuidade do vínculo
empregatício deve ser assegurar maior
possibilidade de permanência do trabalhador em
seu emprego.
 Primazia da realidade: transmite a idéia que
no caso de desacordo entre a realidade fática e
o que nos transmite os documentos, deve-se
privilegiar a verdade real.
DIREITO DO TRABALHO
 11)O DIREITO AO TRABALHO – DIREITO
SOCIAL GARANTIDO PELA CONSTITUIÇÃO
FEDERAL

 O direito ao trabalho é garantido pela


Constituição Federal em seu 6° artigo no rol dos
direitos sociais, do artigo 7° ao 11° estão
previstos os principais direitos para os
trabalhadores que atuam sob a lei brasileira
assim como a Consolidação das Leis de
Trabalho.
DIREITO DO TRABALHO
 Art. 6º CF/88 - São direitos sociais a
educação, a saúde, a alimentação, o
trabalho, a moradia, o lazer, a
segurança, a previdência social, a
proteção à maternidade e à infância, a
assistência aos desamparados, na forma
desta Constituição.
DIREITO DO TRABALHO
 Art. 7º CF/88 - São direitos dos trabalhadores urbanos e
rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição
social:
 I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária
ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que
preverá indenização compensatória, dentre outros direitos;
 II - seguro-desemprego, em caso de desemprego
involuntário;
 III - fundo de garantia do tempo de serviço;
 IV - salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado,
capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de
sua família com moradia, alimentação, educação, saúde,
lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com
reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo,
sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;
DIREITO DO TRABALHO
 V - piso salarial proporcional à extensão e à
complexidade do trabalho;
 VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto
em convenção ou acordo coletivo;
 VII - garantia de salário, nunca inferior ao
mínimo, para os que percebem remuneração
variável;
 VIII - décimo terceiro salário com base na
remuneração integral ou no valor da
aposentadoria;
 IX - remuneração do trabalho noturno superior à
do diurno;
DIREITO DO TRABALHO
 X - proteção do salário na forma da lei, constituindo
crime sua retenção dolosa;
 XI - participação nos lucros, ou resultados, desvinculada
da remuneração, e, excepcionalmente, participação na
gestão da empresa, conforme definido em lei;
 XII - salário-família pago em razão do dependente do
trabalhador de baixa renda nos termos da lei;
 XIII - duração do trabalho normal não superior a oito
horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a
compensação de horários e a redução da jornada,
mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;
 XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em
turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação
coletiva;
DIREITO DO TRABALHO
 XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente
aos domingos;
 XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no
mínimo, em cinquenta por cento à do normal;
 XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo
menos, um terço a mais do que o salário normal;
 XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e
do salário, com a duração de cento e vinte dias;
 XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei;
 XX - proteção do mercado de trabalho da mulher,
mediante incentivos específicos, nos termos da lei;
 XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço,
sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei;
DIREITO DO TRABALHO
 XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de
saúde, higiene e segurança;
 XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas,
insalubres ou perigosas, na forma da lei;
 XXIV - aposentadoria;
 XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento
até 5 (cinco) anos de idade em creches e pré-escolas; XXVI -
reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho;
 XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei;
 XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador,
sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em
dolo ou culpa;
 XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho,
com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e
rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de
trabalho;
 XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de
critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;
DIREITO DO TRABALHO
 XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a
salário e critérios de admissão do trabalhador portador de
deficiência;
 XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico
e intelectual ou entre os profissionais respectivos;
 XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre
a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de
dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de
quatorze anos; XXXIV - igualdade de direitos entre o
trabalhador com vínculo empregatício permanente e o
trabalhador avulso.
 Parágrafo único. São assegurados à categoria dos
trabalhadores domésticos os direitos previstos nos incisos IV,
VI, VIII, XV, XVII, XVIII, XIX, XXI e XXIV, bem como a sua
integração à previdência social.
DIREITO DO TRABALHO
 Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o
seguinte:
 I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de
sindicato, ressalvado o registro no órgão competente, vedadas ao
Poder Público a interferência e a intervenção na organização sindical;
 II - é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em
qualquer grau, representativa de categoria profissional ou econômica,
na mesma base territorial, que será definida pelos trabalhadores ou
empregadores interessados, não podendo ser inferior à área de um
Município;
 III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou
individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou
administrativas;
 IV - a assembleia geral fixará a contribuição que, em se tratando de
categoria profissional, será descontada em folha, para custeio do
sistema confederativo da representação sindical respectiva,
independentemente da contribuição prevista em lei;
 V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato;
DIREITO DO TRABALHO
 VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas
negociações coletivas de trabalho;
 VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser
votado nas organizações sindicais;
 VIII - é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a
partir do registro da candidatura a cargo de direção ou
representação sindical e, se eleito, ainda que suplente,
até um ano após o final do mandato, salvo se cometer
falta grave nos termos da lei.
 Parágrafo único. As disposições deste artigo aplicam-se
à organização de sindicatos rurais e de colônias de
pescadores, atendidas as condições que a lei
estabelecer.
DIREITO DO TRABALHO
 Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos
trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os
interesses que devam por meio dele defender.
 § 1º - A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá
sobre o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade.
 § 2º - Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da
lei.
 Art. 10. É assegurada a participação dos trabalhadores e
empregadores nos colegiados dos órgãos públicos em que seus
interesses profissionais ou previdenciários sejam objeto de
discussão e deliberação.
 Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos empregados, é
assegurada a eleição de um representante destes com a finalidade
exclusiva de promover-lhes o entendimento direto com os
empregadores.
DIREITO DO TRABALHO
12) CONTRATO DE TRABALHO:
A)Conceito: “É o acordo, tácito ou
expresso, correspondente à relação de
emprego (art. 422 da CLT).

B)Natureza Jurídica do Contrato de


Trabalho:
-Teorias Contratualista e Anticontratualista;
DIREITO DO TRABALHO
C)Requisitos do Contrato de Trabalho:
- Continuidade;

- Onerosidade;

- Pessoalidade;

- Alteridade;

- Exclusividade;

- Profissionalidade;
DIREITO DO TRABALHO
D)Os Contratos de Trabalho podem ser
celebrados por prazo determinado e
Indeterminado.

D.1)O Contrato de Trabalho por prazo


determinado é: “o contrato cuja vigência
dependa de termo prefixado ou da execução de
serviços especificados ou ainda da realização de
certo acontecimento suscetível de previsão
aproximada (Parágrafo 1° do artigo. 443 da
CLT)
DIREITO DO TRABALHO
D.1.1)Somente é validado o Contrato de
Trabalho por prazo determinando em se
tratando de:
- Serviço cuja natureza ou transitoriedade
justifiquem a predeterminação de prazo;
- Atividades empresariais de Caráter
transitório;
- Contrato de experiência;
DIREITO DO TRABALHO
D.1.2)Prazo máximo do Contrato de
Trabalho por prazo determinado:
- 2 anos (art. 445 da CLT);
- 90 dias no máximo em se tratando de
contrato de experiência;
D.1.3)Prorrogação;
D1.4)Dispensa do empregado antes do
termo final.
D.2) Contrato de Trabalho por prazo
indeterminado: -Regra ou exceção?
DIREITO DO TRABALHO
 Algo que possibilitou uma maior segurança para
o trabalhador, foi o artigo 477 da CLT e seus
respectivos incisos, os quais afirmam que,
 “É assegurado a todo empregado, não existindo
prazo estipulado para a terminação do
respectivo contrato, e quando não haja ele dado
motivo pra cessação das relações de trabalho, o
direito de haver do empregador uma
indenização, paga na base da maior
remuneração que tenha percebido na mesma
empresa.
DIREITO DO TRABALHO
13) CARTEIRA DE TRABALHO E
PREVIDÊNCIA SOCIAL (CTPS)

- Relevância;
- Prazo para anotação;
- Comprovação de experiência;
DIREITO DO TRABALHO
14) EMPREGADO:
A)Conceito: “É a pessoa física que presta
serviços contínuo ao empregador, sob a
subordinação deste e mediante
pagamento de salário (art. 3° da CLT).
B)Requisitos:
-Pessoa física;
-Continuidade;
DIREITO DO TRABALHO
-Subordinação;
-Salário;
-Pessoalidade;

C)ESPÉCIES DE EMPREGADO:
- Empregado em domicílio;

- Empregado em doméstico;
DIREITO DO TRABALHO
-Empregado Rural;
-Trabalhador autônomo;
-Trabalhador eventual;
-Trabalho temporário;
-Trabalhador avulso (Lei 8212/91);
- Trabalho intermitente;
-Teletrabalho.
DIREITO DO TRABALHO
15) ESTÁGIO
A)CONCEITO;
B)OBJETIVO;
C)MODALIDADES;
D)QUEM PODE SER ESTAGIÁRIO;
E)QUEM PODE CONTRATAR ESTAGIÁRIO;
F)REQUISITOS PARA CONCESSÃO DE
ESTÁGIO;
DIREITO DO TRABALHO
G)AGENTES DE INTEGRAÇÃO;
H)JORNADA DE TRABALHO;
I)VÍNCULO EMPREGATICIO;
J)SEGURO;
K)REMUNERAÇÃO;
L)AUXÍLIO TRANSPORTE;
M)RECESSO;
N)TERMO DE COMPROMISSO.
DIREITO DO TRABALHO
16)TRABALHO DA MULHER
Proteção do trabalho da mulher: quando não específicas,
e por força de igualdade entre homens e mulheres,
constitucionalmente assegurada, as normas trabalhistas
se aplicam sem distinção; quando necessária proteção
especial, assegurada por lei extravagante, esta
prevalecerá.
Licença-maternidade: é benefício de caráter
previdenciário, que consiste em conceder, à mulher que
deu à luz, licença remunerada de 120 dias; Auxílio-
maternidade: é a prestação única, recebida pelo
segurado da Previdência, quando do nascimento de filho
(Lei 8213/91).
DIREITO DO TRABALHO
17)TRABALHO DO ADOLESCENTE
Ao menor de 18 anos, aplicam-se prioritariamente as leis
de proteção aos menores de idade; Admissão do menor:
a Constituição Federal estipula que o trabalhador tem de
ter, no mínimo, 14 anos, para admissão ao trabalho
(salvo na condição de aprendiz); o menor será
considerado capaz para os atos trabalhistas a partir do
18 anos; para ser contratado, deverá ter mais de 16,
mas só poderá fazê-lo, antes dos 18, mediante
consentimento paterno.
DIREITO DO TRABALHO
18)EMPREGADOR:
A)Conceito: “É a pessoa física ou jurídica que,
assumindo os riscos da atividade admite, assalaria e
dirige a prestação pessoal de serviços (art. 2° da CLT).

B)PODERES DO EMPREGADOR:
 -O dicionário jurídico denota que poder consiste
em: “... Direito de ordenar, de fazer-se
obedecer, pela força coercitiva da lei ou das
atribuições de que se reveste o cargo de que
está investido quem tem a faculdade de
ordenar.”
DIREITO DO TRABALHO
B.1)Poder de direção ou Poder Diretivo
 Como o empregado é um trabalhador
subordinado, este se encontra em
obediência ao poder de direção do
empregador, sendo assim, o empregador
possui a titularidade de organizar a
produção de bens e serviços fornecidos
pela empresa através de sistematização
das atividades exercidas pelo empregado.
DIREITO DO TRABALHO
B.2) Poder de controle
 O poder de controle consiste na faculdade de o
empregador fiscalizar e controlar as atividades
profissionais dos seus empregados.

B.3)Poder disciplinar
 Pode ser definido como o poder que cabe ao seu
titular, o empregador, de aplicar sanções, tendo
em contrapartida a sujeição do sujeito passivo, o
empregado.
DIREITO DO TRABALHO
 O empregador, na sua titularidade, não
pode aplicar seu poder de forma
excessiva, vez que a punição deve estar
de acordo com o nível de gravidade da
ação do empregado, razão pela qual, o
empregador pode utilizar três meios:
Advertência verbal ;Advertência escrita;
Suspensão e Demissão.
C)ALTERAÇÕES NA PROPRIEDADE E
DIREITOS DO EMPREGADO;
DIREITO DO TRABALHO
19)MODIFICAÇÕES NO CONTRATO DE
TRABALHO.
-É lícito o contrato de trabalho ser alterado:
a)por mútuo consentimento;
b)desde que não haja prejuízos ao
empregado;
DIREITO DO TRABALHO
- Poder de direção do empregador (jus
variandi) e pequenas modificações no
contrato de trabalho;

- Transferência;
DIREITO DO TRABALHO
20)SUSPENSÃO DO CONTRATO DE
TRABALHO;
A)Conceito;
B)Hipóteses;

21)INTERRUPÇÃO DO CONTRATO DE
TRABALHO;
A)Conceito;
B)Hipóteses;
DIREITO DO TRABALHO
22)CESSAÇÃO DO CONTRATO DE
TRABALHO:

A)À PEDIDO DO EMPREGADO;

B)SEM JUSTA CAUSA;


DIREITO DO TRABALHO
C)POR JUSTA CAUSA:
- HIPÓTESES: Improbidade, incontinência,
mau procedimento, negociação habitual,
condenação criminal sem sursis, desídia,
embriaguez, violação de segredo,
indisciplina, insubordinação, abandono de
emprego, ato lesivo à honra e a boa fama
e ofensa física.
DIREITO DO TRABALHO
D)RESCISÃO INDIRETA:
 Art. 483 CLT– O empregado poderá considerar
rescindido o contrato e pleitear a devida
indenização quando:
 a) forem exigidos serviços superiores às suas
forças, defesos por lei, contrários aos bons
costumes, ou alheios ao contrato;
 b) for tratado pelo empregador ou por seus
superiores hierárquicos com rigor excessivo;
 c) correr perigo manifesto de mal considerável;
DIREITO DO TRABALHO
 d) não cumprir o empregador as obrigações do
contrato;
 e) praticar o empregador ou seus prepostos,
contra ele ou pessoas de sua família, ato lesivo
da honra e boa fama;
 f) o empregador ou seus prepostos ofenderem-
no fisicamente, salvo em caso de legítima
defesa, própria ou de outrem;
 g) o empregador reduzir o seu trabalho, sendo
este por peça ou tarefa, de forma a afetar
sensivelmente a importância dos salários.
DIREITO DO TRABALHO
E)DEMISSÃO ACORDADA
 Se anteriormente à Reforma Trabalhista o empregado que
pedisse demissão não podia movimentar o saldo do seu
FGTS, não ganhava indenização, tampouco o seguro
desemprego e tinha que cumprir o aviso prévio para não ser
descontado das verbas rescisórias, o acordo trabalhista
garantido pela nova lei passa a ter outro cenário.
 Com as mudanças na nova CLT passou a existir
a Rescisão em comum acordo, explicada pelo Art.
484-A que diz que o contrato de trabalho pode ser
extinto por acordo entre empregado e
empregador.
DIREITO DO TRABALHO
 O objetivo da demissão acordada é regulamentar uma prática bem comum
nas empresas, na qual funcionário e organização selavam um acordo
informal para que aquele recebesse seus benefícios.
 Multa rescisória e FGTS
 Com essa nova modalidade, a Lei 13.467 aponta que:
 “O empregado que deseja sair da empresa busca o empregador e propõe
essa saída em comum acordo. Com a empresa concordando, o empregado
tem direito a 80% do saldo do FGTS. E a multa do empregador cai pela
metade, tendo de pagar 20%”.
 Desse modo, com a nova Rescisão Trabalhista o empregado recebe 80% do
FGTS e os 20% de multa a serem pagos pelo empregador. Ainda sobre o
FGTS, importante lembrar que o valor restante do Fundo poderá ser sacado
nas situações já previstas em lei, como compra de imóvel, por exemplo. Em
caso de demissão sem justa causa o empregado recebe suas verbas
rescisórias como antes.
DIREITO DO TRABALHO
23)AVISO PRÉVIO:

A)Conceito: é a comunicação da rescisão do


contrato de trabalho pela parte que decide
extingui-lo, com a antecedência a que estiver
obrigada e com o dever de manter o contrato
após essa comunicação até o decurso do prazo
nela previsto, sob pena de pagamento de uma
quantia substitutiva, o caso de ruptura do
contrato.
DIREITO DO TRABALHO
 B)Cabimento: relaciona-se com o tipo de contrato e
com a existência ou não de justa causa; a CLT o exige
nos contratos por prazo indeterminado; nos de prazo
determinado é inexigível; é cabível apenas na
dispensa sem justa causa e no pedido de demissão;
cabível será na dispensa indireta (487, § 4º) e quando
a rescisão se opera em decorrência de culpa recíproca
(TST, Enunciado nº 14). A partir da reforma
trabalhista de 2017 é cabível pela metade na
demissão acordada.
DIREITO DO TRABALHO

 Pela Lei 12.506/2011, o aviso prévio se configura em um


período mínimo de 30 dias + 3 dias por ano completo
trabalhado na empresa, limitado a um máximo de 90 dias.

 Porém, o Ministério do Trabalho tem entendido que esse


aviso prévio proporcional ao tempo de trabalho só deve ser
aplicado ao empregador para o pagamento proporcional.
Quando o funcionário pede demissão, ou quando o aviso
prévio realizado é trabalhado, independente do tempo de
trabalho oferecido à empresa, o aviso será de 30 dias.
DIREITO DO TRABALHO
C)Aviso prévio e contrato de trabalho;

D)Jornada de trabalho durante o aviso


prévio;
- Trabalhador urbano – Reduz a jornada em
2 horas ou falta sete dias.
- Trabalhador rural.
DIREITO DO TRABALHO

24) DA REMUNERAÇÃO E DO SALÁRIO


 Conceito de salário: art. 457 da CLT.

 Para o Prof. Godinho: “salário é o conjunto


de parcelas contraprestativas pagas pelo
empregador ao empregado em função do
contrato de trabalho. Trata-se de um
complexo de parcelas (José Martins
Catharino) e não de uma única verba.
DIREITO DO TRABALHO
Conceito de Remuneração: art. 457 da CLT.
 A conceituação da remuneração é objeto de divergências
doutrinárias, existindo três acepções diferenciadas para
a expressão em exame:
 Uso das expressões salário e remuneração como
sinônimas no cotidiano trabalhista;
 Remuneração como gênero de parcelas
contraprestativas devidas e pagas ao empregado em
função do contrato e salário como espécie mais
importante das parcelas integrantes da remuneração;
 Remuneração foi uma expressão criada apenas para
incluir as gorjetas (pagas por terceiros), uma vez que o
salário é conceituado como verba paga diretamente pelo
empregador ao empregado.
DIREITO DO TRABALHO
Gorjetas - As gorjetas e as alterações promovidas pela Lei
nº 13.419/17
25) ADICIONAIS
 Compreende esta figura o conjunto de parcelas salariais pagas
ao empregado em virtude do exercício contratual em
circunstâncias específicas. Assim, a princípio, podem ser
suprimidas caso desapareça a condição, circunstância ou fato
que lhe deu origem.
 Podem ser assim enumerados (serão estudados posteriormente):
 Adicional de periculosidade;
 Adicional de insalubridade;
 Adicional de horas extras;
 Adicional de transferência;
 Adicional de penosidade;
 Adicional noturno;
DIREITO DO TRABALHO

 Noções Gerais
 É a parcela paga pelo empregador ao empregado quando a
prestação do serviço ocorre em condição mais gravosa à sua
saúde ou integridade física. Tem como fundamento evitar a
prestação de serviços nestas condições, já que implicará em
pagamento maior pelo empregador;
 Pode ser classificado como uma percentagem;
 Dependem da habitualidade para a produção do efeito
expansionista circular (Nova Súmula 60, TST);
 Biênios, quinquênios, etc são gratificações por tempo de
serviço e não adicionais;
 O adicional de penosidade não foi regulamentado pela
legislação trabalhista, constando tão somente do texto
constitucional.
DIREITO DO TRABALHO

A) Adicional de Insalubridade:
 Reclassificação da atividade: faz com que o empregado perca
o direito ao adicional.
 Graus: Mínimo (10%), Médio (20%) e Máximo (40%)

 Base de Cálculo: salário mínimo (192 da CLT) ou salário


profissional fixado em lei, CCT ou sentença normativa.
 Perícia: obrigatória .

 Cumulação: não pode ser cumulado com o adicional de


periculosidade, paga-se ao empregado o financeiramente
mais benéfico.
DIREITO DO TRABALHO

B) Adicional de periculosidade:
 Condição: exercício de atividades em contato com inflamáveis
e explosivos, material radioativo ionizante e energia
elétrica (Lei 7.369/85).
 Com o evento da promulgação da Lei 12.997/2014, publicada
em 20/06/2014, alterando o artigo 193 da CLT, incluindo o
parágrafo quarto, passou a valer o adicional de periculosidade
de 30% aos motoboys. Válido para alguns setores
regulamentados em portarias do MT.
 Intermitência: adicional integral.
 Base de cálculo: salário base do empregado, exceto para
eletricitários, cuja base de cálculo é o somatório das parcelas
salariais (En. 191 do TST).
 Percentual: 30%.
DIREITO DO TRABALHO

 C) Adicional de Transferência
 Art. 469, parágrafo 3o da CLT: dispõe ser devido ao empregado
transferido provisoriamente para localidade diversa da que resultar
do contrato de trabalho o adicional de transferência;
 Percentual: 25% dos salários que o empregado percebia na
localidade originária do contrato;
 Despesas de transferência;
 Pressupostos: mudança de domicílio e provisoriedade da
transferência.
 Transferência sem anuência: cargo de confiança e contratos
com cláusula implícita ou explícita, mas é exigida a necessidade de
serviço e é devido, segundo o TST, o pagamento do adicional
sempre que for provisória.
DIREITO DO TRABALHO

 D) ADICIONAL NOTURNO
 D.1) Parâmetros legais e efeitos jurídicos (art. 7o, IX
da CR/88)
- URBANO
 adicional de 20%;
 hora ficta noturna de 52’30’’ (trabalha 7 horas valendo como
8);
 devido das 22:00 às 05:00;
 - RURAL
 adicional de 25%;
 hora noturna normal;
 agricultura das 21:00 às 05:00 horas;
 pecuária das 20:00 às 04:00 horas;
DIREITO DO TRABALHO

 D.2) Restrições ao trabalho noturno


 Menores não podem trabalhar em horário
noturno;
 Bancários, como regra geral, não podem prestar
serviço noturno, na forma do art. 224, parágrafo
1o da CLT. Exceções: no parágrafo 2o do artigo
em questão (cargo de confiança com
gratificação não inferior a 1/3 do salário do
cargo efetivo), no art. 1o caput (compensação
de cheques ou computação eletrônica) e
parágrafo 4o (autorização do Ministro do
Trabalho) do Decreto Lei 546/69;
DIREITO DO TRABALHO

 E) ADICIONAL DE SERVIÇO EXTRAORDINÁRIO


 Jornada extraordinária: aquela prorrogação
verdadeiramente excepcional, como ocorre nas
hipóteses de força maior, serviços inadiáveis e para
reposição de paralisações.
 Efeitos da jornada extraordinária
 O labor extraordinário, excetuada a hipótese de
compensação, implica no pagamento da hora normal,
acrescida do adicional mínimo de 50%, na forma do art.
7o, XVI da CR/88.
 Banco de horas - Poderá ser negociado por acordo
individual entre patrão e empregado, sem a
intermediação do sindicato representante do profissional
para fazer essa negociação coletiva.
DIREITO DO TRABALHO

26) GRATIFICAÇÕES
 Conceito: para o Prof. Godinho: “As gratificações consistem
em parcelas contraprestativas pagas pelo empregador ao
empregado em decorrência de um evento ou circunstância
tida como relevante pelo empregador (gratificações
convencionais) ou por norma jurídica (gratificações
normativas)”;
 Difere-se do adicional por não ser pago em virtude de
nenhum fato gravoso;
 Difere-se dos prêmios por não ser pago em função da estrita
conduta pessoal do trabalhador ou do grupo de trabalhadores;
 Merece destaque, ainda, o fato de que o empregador é quem,
normalmente, por sua vontade unilateral cria o “evento”
ensejador da gratificação, embora a mesma possa ser
instituída por norma jurídica legal ou convencional;
DIREITO DO TRABALHO

27) GRATIFICAÇÃO DE NATAL (DÉCIMO TERCEIRO)


 Conceito: segundo Godinho: “O 13o salário consiste na parcela
contraprestativa paga pelo empregador ao empregado, em
caráter de gratificação legal, no importe da remuneração devida
em dezembro de cada ano ou no último mês contratual, caso
rompido antecipadamente a dezembro o pacto”. Pode ser paga
em duas parcelas: a primeira até 30 de novembro e a segunda
até o dia 20 de dezembro.
 Teve origem nos costumes;
 Regulamento legal: Instituída pela Lei 4.090/62, mas regida
também pelas Leis 4.749/64 e 9.011/95 e regulamentada pelo
Decreto 57.155/65;
 Por força do art. 7o, VIII e parágrafo único da CR/88, constitui
direito de todos os empregados (urbanos, rurais, safristas,
temporários, domésticos e avulsos);
 A forma de pagamento da gratificação em exame é, conforme a
lei, em duas parcelas: a primeira até 30 de novembro e a
segunda até o dia 20 de dezembro.
DIREITO DO TRABALHO

 A gratificação corresponde a 1/12 da remuneração devida em


dezembro, por mês de serviço ou fração igual ou superior a 15 dias
de trabalho;
 Havendo salário variável, a gratificação será calculada na base de
1/11 da soma das importâncias variáveis devidas nos meses
trabalhados até novembro de cada ano. A essa gratificação se
somará, se for o caso, o equivalente ao salário fixo; Até o dia 10 de
janeiro do ano seguinte, computado o salário variável relativo ao
mês de dezembro, o cálculo será revisto para 1/12 do total recebido
no ano anterior, processando-se a correção do valor para eventual
complementação ou compensação das diferenças em relação à
quantia paga anteriormente;
 Havendo rescisão antecipada do contrato, o pagamento é feito de
forma proporcional, exceto em casos de justa causa, quando o
empregado perde o direito ao recebimento da parcela
proporcional;
 Havendo culpa recíproca, o empregado receberá a metade do 13o
proporcional, na forma do Enunciado 14 do TST.
DIREITO DO TRABALHO

28) COMISSÕES
 Consistem em parcelas contraprestativas pagas pelo empregador ao
empregado em decorrência de uma produção alcançada pelo
obreiro no contexto do contrato, calculando-se, variavelmente, em
contrapartida a essa produção”;
Os empregados podem receber comissões acrescidas de salário fixo
ou não.

Moeda para pagamento do salário:


 Deve ser pago em moeda corrente, sob pena de ser considerado
como não realizado; (art. 463 da CLT).
 Pode ser pago em cheque, desde que não cruzado e da praça, com
liberação do empregado para o devido saque.
DIREITO DO TRABALHO

RECIBO SALARIAL
 O pagamento do salário deverá ser efetuado ao
empregado, mediante recibo assinado pelo
mesmo ou, sendo ele analfabeto, mediante sua
impressão digital ou, não sendo esta possível, a
seu rogo.
 Terá força de recibo o comprovante de depósito
bancário em conta aberta para este fim, em
nome de cada empregado, com seu
consentimento, em estabelecimento próximo ao
local de trabalho.
DIREITO DO TRABALHO

PROTEÇÕES JURÍDICAS QUANTO AO VALOR DO


SALÁRIO
 A) Irredutibilidade Salarial
 B) Correção Salarial Automática
 C) Patamar Salarial Mínimo

PROTEÇÕES JURIDICAS CONTRA ABUSOS DO


EMPREGADOR
 Critérios para o pagamento do salário, relativos ao
tempo, modo e lugar;
 Irredutibilidade salarial;
 Intangibilidade salarial (vedação e controle dos
descontos);
DIREITO DO TRABALHO
29) JORNADA DE TRABALHO
 JORNADA PADRÃO OU INTEGRAL DE
TRABALHO
 Encontra-se prevista no art. 7o, XIII da
CR/88, sendo de 8 h/diárias, de 44
h/semanais e 220 h/mensais.
DIREITO DO TRABALHO
Trabalho em Regime de Tempo Parcial e jornada
12 x 36
 A reforma trabalhista trouxe mudanças em regimes que
já existem, como o de tempo parcial, e permite
a jornada 12 x 36. No caso da jornada 12 x 36 (em que
se trabalham 12 horas para descansar por 36 horas), a
nova lei consolidou algo que já era muito usado em
alguns setores, como o da saúde – e permitiria até a
adoção da jornada por acordo individual. Já o regime de
tempo parcial passa por uma modificação. O trabalho no
regime parcial pode ser de 30 horas semanais totais ou
26 horas semanais, com acréscimo de até seis horas
extras.
DIREITO DO TRABALHO

 Novos tipos de jornadas


 O brasileiro poderá ter dois novos tipos de jornada de
trabalho regulamentadas: o teletrabalho (ou home office) e a
jornada intermitente (em que o trabalhador recebe por hora e
não há jornada fixa). No caso do teletrabalho, a proposta
normatiza os critérios para se trabalhar em casa. A jornada
intermitente prevê o pagamento por hora – que não será
inferior ao valor da hora do salário mínimo ou da categoria –,
além do correspondente ao 13º salário e terço de férias. O
empregador também precisa fazer o depósito de FGTS e
contribuição previdenciária proporcionais. O funcionário deve
ser convocado com antecedência de três dias para o serviço –
e pode recusar.
DIREITO DO TRABALHO
30) INTERVALOS OU PERÍODOS DE DESCANSO E DO
REPOUSO SEMANAL REMUNERADO
Trabalhador Urbano
 - trabalho contínuo excedente de seis horas diárias:
Hoje em dia, o intervalo intrajornada – o popular intervalo
para o almoço – deve ter duração de no mínimo uma hora.
Com a reforma trabalhista, seria possível estabelecer em
acordo individual ou convenção coletiva uma redução nessa
pausa, respeitando um limite mínimo de 30 minutos de
intervalo. O tempo “economizado” no intervalo seria
descontado no final da jornada de trabalho, permitindo que o
trabalhador deixe o serviço mais cedo.
 - trabalho contínuo excedente de quatro horas diárias
e até o limite de seis horas: intervalo de 15 minutos.
DIREITO DO TRABALHO
Repouso interjornada:
 É devido o intervalo de no mínimo onze horas entre duas jornadas
diárias de trabalho (art.66/CLT), inclusive para os empregados
rurais.

31) REPOUSO SEMANAL REMUNERADO E EM FERIADOS:


 Para que seja efetivamente remunerado o descanso semanal, é
necessário o preenchimento de dois requisitos, a saber:
 assiduidade ou frequência;
 pontualidade.
 Quanto à incidência, a referida Lei 605/49 é expressa no sentido
de que todo empregado a ele faz jus, inclusive o doméstico, o
rurícola e o empregado a domicílio.
DIREITO DO TRABALHO

 No que diz respeito aos feriados civis e


religiosos, também nesses dias é devido o
descanso remunerado. Se houver trabalho sem
compensação em outro dia na semana, haverá
pagamento também em dobro.
 A lei federal declara como feriados civis: 1o de
janeiro, 21 de abril, 1o de maio, 07 de setembro,
15 de novembro e 25 de dezembro; autoriza
também a criação de um feriado civil pelos
Estados (Lei nº 9.093/95).
DIREITO DO TRABALHO
 Se o feriado coincidir com domingo, obviamente
o empregado terá um único dia de descanso.
 Finalmente, é importante o disposto no
Enunciado 146 do TST, segundo o qual, “o
trabalho realizado em domingos e feriados, não
compensado, deve ser pago em dobro, sem
prejuízo da remuneração relativa ao repouso
semanal”.
 Deve-se atentar para o fato de que não se trata
de pagamento de serviço extraordinário, mas
sim de remuneração dobrada do dia
trabalhado e não compensado.
DIREITO DO TRABALHO
32) DAS FÉRIAS ANUAIS REMUNERADAS
Férias individuais
 Necessário o labor por 12 meses, para o gozo de 30 dias
corridos de férias, os quais serão concedidos pelo empregador
nos 12 meses subsequentes à aquisição do direito. (Art. 130)
Fracionamento
 REGRA GERAL: As férias devem ser concedidas em 1 só
período e conforme data designada pelo empregador;
 O fatiamento das férias poderá ser em até três períodos,
desde que haja concordância entre empresa e empregado,
sendo que um deles não poderá ser inferior a 14 dias corridos
e os demais não poderão ter menos de cinco dias corridas
cada um. Além disso, passa a ser vedado o início de férias no
período de dois dias que antecede feriado ou dia de repouso
semanal remunerado.
DIREITO DO TRABALHO
Comunicação
 é concedida por ato do empregador, com aviso ao empregado
30 dias antes da data de início, mediante recibo (art. 135);
 necessário que o empregado apresente a sua CTPS ao
empregador para que entre em gozo das férias (art. 135, §1º)
Abono de férias (art. 143)
 o empregado pode converter até 1/3 de suas férias em abono
pecuniário;
Faltas justificadas
Número de dias de férias em razão das faltas
injustificadas (art. 130)
 30 até 05 faltas;
 24 entre 6 e 14 faltas;
 18 entre 15 e 23 faltas;
 12 entre 24 e 32 faltas;
(variam em 6) (variam em 8)
DIREITO DO TRABALHO
Forma de remuneração
 Simples acrescida de 1/3
 Dobro acrescida de 1/3 (vencida)
 proporcionais acrescidas de 1/3

Momento do pagamento
 até dois dias antes da concessão das férias; (art. 145)
 mediante recibo do empregado.

Perda do direito de férias


 Hipóteses previstas no art. 133 da CLT
DIREITO DO TRABALHO
 Observação: o empregado não pode trabalhar nas férias, a não ser que já
exista outro contrato de trabalho em vigor. (art. 138)

33)ESTABILIDADE
Previsões legais de garantia de emprego
 Estável decenal: art. 492 da CLT (extinta pela universalização do FGTS
ocorrida com a Constituição de 1988, respeitado o direito adquirido);
 Dirigente sindical (e suplentes): art. 8º, III da CF e art. 543 da CLT;
 Gestante: art. 10, II, b do ADCT;
 Membros da CIPA (e suplentes): art. 165 da CLT e Súmula 339 do TST;
 Membros das comissões de conciliação prévia(e suplentes): art 625-B, §1º
da CLT;
 Trabalhador que sofreu acidente do trabalho: art. 118 da Lei 8.213/91;
 Servidores públicos civis estáveis na forma do art. 19 da ADCT (5 anos de
serviço público quando da promulgação da CR/88);
DIREITO DO TRABALHO
34) FUNDO DE GARANTIA DO TEMPO DE SERVIÇO - FGTS
Histórico
 O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço foi criado no ano de 1966,
através da Lei nº 5.107, com a finalidade de ser uma alternativa para o
direito de indenização e estabilidade do empregado. Todavia, pela Lei nº
8.036/90, foram introduzidas algumas alterações.
 Quando o FGTS foi criado, era facultado ao empregado o direito formal de
opção,;
 O golpe derradeiro foi dado com a Constituição de 1988, que em seu artigo
7º, inciso III, determinou que todo empregado, urbano ou rural, tem direito
ao FGTS. Como tal sistema não se compatibiliza com o sistema da
estabilidade, o qual não mais prevalece em nosso ordenamento, salvo aos
empregados que já tinham o direito adquirido.
 O sistema indenizatório do FGTS sofreu alterações legislativas e hoje é
disciplinado pela Lei nº 8.036/90 e regulamentado pelo Decreto nº
99.684/90.
DIREITO DO TRABALHO
Objetivos do FGTS
 O sistema indenizatório do FGTS tem como premissa criar uma poupança
compulsória para o trabalhador dispensado, bem como propiciar a captação de
recursos para o Sistema Financeiro de Habitação.
Contribuintes
 São contribuintes do FGTS o empregador, seja pessoa física ou jurídica, de direito
privado ou de direito público, da administração direta, indireta ou fundacional de
qualquer dos poderes da União, dos Estados-membros, do Distrito Federal ou dos
municípios, que admitir trabalhadores regidos pela C.L.T. a seu serviço. Os
trabalhadores sujeitos a legislação especial que não a de funcionários públicos, como
os trabalhadores temporários (Lei 6.019), também serão contribuintes do sistema.
Incidência do FGTS
 O depósito é calculado sobre todas as verbas trabalhistas, inclusive adicionais,
abonos, comissões, gratificações ajustadas, 13º salário, gorjetas, prêmios e salários
em utilidades, aviso-prévio, trabalhado ou não.
 Não incidem sobre as parcelas de natureza indenizatória, tais como ajuda de custo,
diárias para viagem inferiores a 50% do salário ou pagas mediante prestação de
contas, conversão de 1/3 das férias em dinheiro (abono pecuniário), etc. A incidência
também não acontece quando expressamente afastada por lei, como acontece com o
vale-transporte, salário-família e participação nos lucros e resultados.
DIREITO DO TRABALHO
Depósitos
 O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço é formado mediante o depósito
feito pelo empregador, mensalmente, na conta do empregado do valor
correspondente a 8% recebido por este no mês anterior, sendo vedado o
pagamento direto ao trabalhador.
Depósitos em situações especiais
 Em alguns casos especiais, mesmo quando o empregado não está
recebendo pagamento salarial, o empregador também está obrigado a
proceder ao depósito do FGTS. Isso ocorre nos casos de afastamento do
empregado para prestação de serviço militar, da empregada grávida e de
acidente de trabalho.
 Nos demais casos de interrupção do contrato de trabalho, em que o
empregado não trabalha mas recebe o pagamento do salário, são
igualmente devidos pelo empregador os aludidos depósitos.
Prazo
 Todos os empregados ficam obrigados a depositar, até o dia sete de cada
mês, em conta bancária vinculada, a importância correspondente a oito por
cento da remuneração paga ou devida, no mês anterior, a cada trabalhador.
DIREITO DO TRABALHO
Hipóteses de Levantamento dos Depósitos
 No que tange às hipóteses em que o empregado pode movimentar a conta relativa ao
FGTS, dispõe o art. 20:
 “Art. 20. A conta vinculada do trabalhador no FGTS poderá ser movimentada nas seguintes
situações:
 I - despedida sem justa causa, inclusive a indireta, de culpa recíproca e de força maior,
comprovada com o depósito dos valores de que trata o artigo 18.
 II - extinção total da empresa, fechamento de quaisquer de seus estabelecimentos, filiais
ou agências, supressão de parte de suas atividades, ou ainda falecimento do empregador
individual sempre que qualquer dessas ocorrências implique rescisão de contrato de
trabalho, comprovada por declaração escrita da empresa, suprida, quando for o caso, por
decisão judicial transitada em julgado;
 III — aposentadoria concedida pela Previdência Social;
 IV — falecimento do trabalhador, sendo o saldo pago a seus dependentes, para esse fim
habilitados perante a Previdência Social, segundo o critério adotado para a concessão de
pensões por morte. Na falta de dependentes, farão jus ao recebimento do saldo da conta
vinculada os seus sucessores previstos na lei civil, indicados em alvará judicial, expedido a
requerimento do interessado, independente de inventário ou arrolamento;
 V — pagamento de parte das prestações decorrentes de financiamento habitacional
concedido no âmbito do Sistema Financeiro da Habitação — SFH, desde que:
 a) o mutuário conte com o mínimo de três anos de trabalho sob regime do FGTS, na
mesma empresa ou em empresas diferentes;
 b) o valor bloqueado seja utilizado, no mínimo, durante o prazo de doze meses;
 c) o valor do abatimento atinja, no máximo, oitenta por cento do montante da prestação.
DIREITO DO TRABALHO
 VI — liquidação ou amortização extraordinária do saldo devedor de financiamento
imobiliário, observadas as condições estabelecidas pelo Conselho Curador, dentre elas a de
que o financiamento seja concedido no âmbito do SFH e haja interstício mínimo de dois
anos para cada movimentação;
 VII — pagamento total ou parcial do preço da aquisição de moradia própria, observadas as
seguintes condições:
 a) o mutuário deverá contar com o mínimo de três anos de trabalho sob o regime do FGTS,
na mesma empresa ou empresas diferentes;
 b) seja a operação financiável nas condições vigentes para o SFH.
 VIII — quando permanecer três anos ininterruptos, a partir da vigência desta Lei, sem
crédito de depósitos;
 IX — extinção normal do contrato a termo, inclusive o dos trabalhadores temporários
regidos pela Lei no. 6.019, de 3 de janeiro de 1979;
 X — suspensão total do trabalho avulso por período igual ou superior a noventa dias,
comprovada por declaração do sindicato representativo da categoria profissional.
 XI — quando o trabalhador ou qualquer dependente for acometido de neoplasia maligna
ou quando o trabalhador por portador do vírus da AIDS;
 XII — aplicação em quotas de Fundos Mútuos de Privatização, regidos pela Lei n° 6.385,
de 07 de dezembro de 1976, permitida a utilização máxima de 50% (cinqüenta por cento)
do saldo existente e disponível em sua conta vinculada do Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço, na data em que exercer a opção.
 (...)
 § 3º — O direito de adquirir moradia com recursos do FGTS, pelo trabalhador, só poderá
ser exercido para um único imóvel. (...)”
DIREITO DO TRABALHO
35) GREVE
Conceito
 Na forma do art. 2o da Lei 7783/89, a greve é a “suspensão coletiva, temporária
e pacífica, total ou parcial, de prestação pessoal de serviços ao empregador”.
Entretanto, para Maurício Godinho Delgado (2005:1412) podemos acrescentar a
este conceito o objetivo da greve, que seria o exercício de pressão sobre os
empregadores, visando a defesa ou conquista de interesses coletivos ou, até
mesmo, de interesses sociais mais amplos. Para Arnaldo Sussekind (2003:1258)
também há omissão quanto ao sujeito ativo.

Procedimento
 Respeitadas as etapas anteriores, ou seja, observado o momento para a
realização do movimento, para a validade formal da greve devem ser
observados os seguintes procedimentos:
 tentativa prévia e real de conciliação frustrada e não submissão do conflito a
arbitragem; (OJ 11, SDC/TST)
 convocação pela entidade sindical, na forma de seu estatuto, de assembleia
geral de trabalhadores, que definirá as reivindicações e deliberará acerca da
paralisação coletiva do trabalho;
DIREITO DO TRABALHO

 deliberada a greve, deve a entidade sindical realizar o aviso


prévio dos empregadores interessados ou do sindicato
patronal correspondente, com antecedência mínima de 48
horas. Em se tratando de atividades essenciais, o prazo
mínimo de antecedência será de 72 horas e deverão ser
avisados também os usuários do serviço. (não há formalidade
específica, entretanto, o aviso prévio deve ser comprovado
para que a greve seja legítima).

 manutenção de equipes de empregados para assegurar: os


serviços inadiáveis da comunidade (serviços e atividades
essenciais), os serviços cuja paralisação possa acarretar
prejuízo irreparável à empresa ou impossibilitar a retomada
da atividade empresarial após o fim do movimento.
DIREITO DO TRABALHO
 Em se tratando de greve nos serviços ou atividades essenciais os
trabalhadores devem garantir a prestação dos serviços
indispensáveis ao atendimento das necessidades inadiáveis da
comunidade, assim consideradas aquelas que, caso não atendidas,
podem implicar em perigo iminente à sobrevivência, a saúde ou a
segurança da população.
Efeitos jurídicos
 Conforme dispõe o art. 7o, caput da Lei de greve, no curso da greve
legalmente exercida os contratos de trabalho encontram-se
suspensos. Tratando-se de suspensão contratual, não são devidos
salários e não há contagem de tempo de serviço. Em contraponto, o
empregador não pode rescindir o contrato ou impor justa causa aos
seus empregados pela mera adesão ao movimento grevista (S. 316,
STF).
 Entretanto, nada impede que as partes pactuem de forma diversa,
transformando o período de greve em interrupção contratual ou
atribuindo outros efeitos.
DIREITO DO TRABALHO
36) Negociação Coletiva
Introdução
 Segundo João de Lima Teixeira Filho (2003:1170) o
Direito Coletivo do Trabalho encontra sua identidade na
interação de quatro fatores: o papel do Estado, a
estrutura sindical, a negociação coletiva e o direito de
greve.
 Como informa Maurício Godinho Delgado (2005: 1368):
“A negociação coletiva é um dos mais importantes
métodos de solução de conflitos existentes na sociedade
contemporânea. Sem dúvida, é o mais destacado no
tocante aos conflitos trabalhistas de natureza coletiva”.
DIREITO DO TRABALHO
Espécies
 Acordo Coletivo de Trabalho
 A CLT diz que é “facultado aos sindicatos representativos de
categorias profissionais celebrar acordos coletivos com uma ou mais
empresas da correspondente categoria econômica, que estipulem
condições de trabalho, aplicáveis no âmbito da empresa ou das
empresas acordantes às respectivas relações de trabalho”
 Convenção Coletiva de Trabalho é “o acordo de caráter normativo
pelo qual dois ou mais sindicatos representativos de categorias
econômicas e profissionais estipulam condições de trabalho
aplicáveis, no âmbito das respectivas representações, às relações
individuais de trabalho”

También podría gustarte