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Departamento de Psiquiatria e

Saúde Mental

Delirium

Profª Drª Valéria de Queiroz Pagnin


PhD em Neurobiologia e Clínica dos Transtornos Afetivos
Universidade de Pisa - Itália
DELIRIUM
•Alteração da consciência e da cognição;

•Desenvolve-se em um curto período de


tempo;

•Curso flutuante
(APA)
PREVALÊNCIA DO DELIRIUM
NA POPULAÇÃO GERAL

• 0,4 para indivíduos a partir de 18


anos;

• 1,1 para indivíduos acima de 55


anos
Prevalência do delirium na população
hospitalar
SITUAÇÃO PREVALÊNCIA (%)

Pacientes hospitalizados em geral 10-30

Pacientes com AIDS 20

Cuidados intensivos pós-cirurgia 30

Unidade de cardíaca de tratamento 30


intensivo
Pós operatório de cirurgia do quadril 40-50

Pacientes terminais 80

Pós cardiotomia 90
QUADRO CLÍNICO

1. Início agudo
2. Curso flutuante
3. Rebaixamento do nível de
consciência
4. Déficit de atenção
5. Ilusões
6. Alucinações
7. Insônia
8. Idéias delirantes
9. Piora vespertina ou no escuro
SUBTIPOS CLÍNICOS

Hiperativos

Hipoativos

Mistos

*Apresentação clínica independe da


etiologia e não correlaciona-se com
prognóstico.
CATEGORIAS
(QUIMET ET AL, 2007)

Ausência de delirium

Delirium clínico
(QUATRO OU MAIS SINTOMAS)

Delirium subsindrônico
( UM ATÉ TRÊS SINTOMAS)

.
SUBTIPOS QUANTO A ORIGEM

• Devido a uma condição médica geral


Ex: infecção

• Induzido por uso de substâncias


Ex: cocaína, opióides,etc

• Múltiplas causas
Ex:TCE, doença renal

• Não especificado
COMPLICAÇÕES E
PROGNÓSTICO

• Aumento de morbidade e mortalidade

• Preditor de prejuízo cognitivo tardio

• Aumento de 2 a 6 vezes o risco para


demência.
COMPLICAÇÕES E
PROGNÓSTICO
Ventilação mecânica SEM ventilação
(n=224) mecânica (n=261)
(Ely et al. JAMA, 2004)
(Thomas et al, 2005)

81% Delirium 48% Delirium

Maior permanência na UTI Maior permanência na


UTI

Maior taxa de mortalidade Pacientes em delirium


nos 6 meses seguintes a eram os mais idosos.
internação.
FISIOPATOLOGIA

• Desequilíbrio da neurotransmissão
Dopamina - Acetilcolina

• Mediadores Inflamatórios

• Metabolismo Oxidativo Cerebral

• Aminoácidos
LOCALIZAÇÃO ANATÔMICA

• Formação Reticular

• Hipocampo
FATORES DE RISCO

• Idade elevada
• Sexo masculino
• Lesão cerebral prévia
• Limitações sensoriais
• Comprometimento cognitivo
FATORES FACILITADORES

• Privação de sono
• Imobilização prolongada
• Desidratação
• Desnutrição
• Uso de cateter urinário
• Associação de três ou mais
fármacos na alta hospitalar (Inouye et
al 1998).
FATORES ASSOCIADOS

• Distúrbios • Medicamentos
metabólicos Anticolinérgicos
• Infecções Digitálicos
• Abstinência de Antiinflamatórios
álcool e outras Analgésicos
drogas Hipoglicemiantes
• Doenças Benzodiazepínicos
cardiovasculares
Lítios
• Doenças do SNC
– Outros
DIAGNÓSTICO
Confusion Assessment Method - CAM
(Brasil: S 94,1% E 96,4%)

CAM-ICU
(S93% E89%)

Intensive Care Delirium Screening Checklist -


- ICDSC
(S99% E64%)

Mini Mental State Examination - MMSE


PREVENÇÃO E
TRATAMENTO

Intervenções farmacológicas

Intervenções não farmacológicas


Tratamento farmacológico

Antipsicóticos típicos
Antipsicóticos atípicos

Inibidores da colinesterase

Benzodiazepínicos ( (-) Cochrane review 2009)


Tratamento
farmacológico

Haloperidol em baixas doses (0,5 a 2mg )


Não usar:
Dç de Parkinson
Demência por corpos de Lewy

Risperidona, olanzapina, quetiapina e


ziprasidona e aripiprazol

Haloperidol = olanzapina = risperidona


(Cochrane Review 2007)
Haloperidol intravenoso e
torsades de pointes

• Dose cumulativa de até 2mg poderia


ser administrada, sem a necessidade
de monitoramento com ECG.

(Meyer-Massetti et al. J Hosp Med. 2010)


Prevenção do delirium

• Manter controle sobre os fatores


de risco

• Uso de protocolos de identificação


e tratamento
Prevenção do delirium em UTI
Consenso baseado em evidência - Alemanha

• Screening com CAM ou CAM-ICU

• Documentar o resultado a cada 8h

• Atenção aos seguintes fatores de risco:


– Medicação anticolinérgica
– Fatores do paciente ( idade, comorbidade, dor, cirurgia)
– Gravidade da doença (uso de sedativos e ventilação)
– Fatores psicológicos e sociais
– Fatores ambientais
– Fatores iatrogênicos
Haloperidol previne o
delirium?

– Não diminui incidência

– Diminui gravidade e duração dos


sintomas

(Cochrane review 2007)


Intervenções
farmacológicas na
prevenção

Antipsicóticos atípicos

Inibidores da colinesterase
PROTOCOLO PARA CONTROLE DE
FATORES DE RISCO PARA DELIRIUM*
(Inouye et al 1999)

Fator de risco Intervenção Resultado

Comprometimento •Quadro com nomes e fotos da


cognitivo equipe; Mudança no score do
•Reorientação no tempo e no MMSE
espaço;
•Jogos.

Privação de sono •Relaxamento físico. Redução de prescrição


•Controle de ruídos ambientais de hipnóticos
(tel, bips, etc);

Imobilização •Encorajar deambulação ou Melhora na atividade da


exercícios; vida diária
•Restringir cateteres
PROTOCOLO PARA CONTROLE DE
FATORES DE RISCO PARA DELIRIUM*

Fator de risco Intervenção Resultado

Comprometimento visual •Encorajar uso de óculos; Mudança no uso de


lentes de aumento; estímulos visuais
•Facilitar solicitação de auxílio

Comprometimento •Jogos.
•Uso de amplificadores; Melhora nos scores do
auditivo •Limpeza do ouvido; Whisper Test
•Usar outros meios de
comunicação.
Desidratação •Detecção precoce Mudança nos índices de
•Oferecer líquidos uréia e creatinina

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