Documentos de Académico
Documentos de Profesional
Documentos de Cultura
Fundamentais
Prof. Dr. Heron Abdon
Monitor: Edu
Conceito
• De forma simplória, são os Direitos Humanos positivados no ordenamento
interno.
• “Princípios são mandamentos de otimização, caracterizados pelo fato de que podem ser
cumpridos em diferentes graus (...). Já as regras, são normas que só podem ser cumpridas ou
não”.
- Robert Alexy
• Conflito regras: hierarquia, cronologia e especialidade.
• ADI 3.510
Relator: Min. Carlos Ayres Britto
Requerente: PGR
Decisão: 29 de Maio de 2008
Objeto da Demanda
• Art. 5º da Lei nº 11.105/05 (Lei de Biossegurança): “É permitida, para fins de pesquisa e terapia, a
utilização de células-tronco embrionárias obtidas de embriões humanos produzidos por fertilização in
vitro e não utilizados no respectivo procedimento, atendidas as seguintes condições:
I – sejam embriões inviáveis; ou
§ 2o Instituições de pesquisa e serviços de saúde que realizem pesquisa ou terapia com células-tronco embrionárias humanas
deverão submeter seus projetos à apreciação e aprovação dos respectivos comitês de ética em pesquisa.
§ 3o É vedada a comercialização do material biológico a que se refere este artigo e sua prática implica o crime tipificado no art. 15
da Lei no 9.434, de 4 de fevereiro de 1997.”
Embasamento para a Inconstitucionalidade
• Procurador-Geral da República utilizou as teses centrais de que:
a. a vida humana acontece na, e a partir da, fecundação;
b. o zigoto , constituído por uma única célula , é um "ser humano embrionário”;
c. é no momento da fecundação que a mulher engravida;
d. a pesquisa com células-tronco adultas é mais promissora.
• Art. 5º, LXVII, CF/88: “não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo
inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel”.
• Art. 7º, CADH/69: “ninguém deve ser detido por dívidas. Este princípio não limita os mandados
de autoridade judiciária competente expedidos em virtude de inadimplemento de obrigação
alimentar”.
• Convenção Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de San José da Costa Rica) de 1969, ratificada pelo Brasil, sem
reservas, em 1992.
“Apesar da interessante argumentação proposta por essa tese, parece que a discussão em torno
do status constitucional dos tratados de direitos humanos foi, de certa forma, esvaziada pela
promulgação da Emenda Constitucional no 45/2004 (...) a reforma também acabou por
ressaltar o caráter especial dos tratados de direitos humanos em relação aos demais
tratados de reciprocidade entre os Estados pactuantes, conferindo-lhes lugar privilegiado no
ordenamento jurídico (RE 466.343-1, p. 11)”.
“Assim, a premente necessidade de se dar efetividade à proteção dos direitos humanos nos
planos interno e internacional torna imperiosa uma mudança de posição quanto ao papel dos
tratados internacionais sobre direitos na ordem jurídica nacional. É necessário assumir uma
postura jurisdicional mais adequada às realidades emergentes em âmbitos supranacionais,
voltadas primordialmente à proteção do ser humano (RE 466.343-1, p. 27)”.
“Diante do inequívoco caráter especial dos tratados internacionais que cuidam da proteção dos
direitos humanos, não é difícil entender que a sua internalização no ordenamento jurídico, por
meio do procedimento de ratificação previsto na Constituição, tem o condão de paralisar a
eficácia jurídica de toda e qualquer disciplina normativa infraconstitucional com ela conflitante
(RE 466.343-1, p. 28)”.
“Nesse sentido, é possível concluir que, diante da supremacia da Constituição sobre os atos
normativos internacionais, a previsão constitucional da prisão civil do depositário infiel não
foi revogada (...), mas deixou de ter aplicabilidade diante do efeito paralisante desses
tratados em relação à legislação infraconstitucional que disciplina a matéria (...). Tendo em vista
o caráter supralegal desses diplomas normativos internacionais, a legislação infraconstitucional
posterior que com eles seja conflitante também tem sua eficácia paralisada (RE 466.343-1, p.
28)”.
Prisão civil do devedor-fiduciante em face do princípio da
proporcionalidade
• Art. 1.723, CC/02: “É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o
homem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e
estabelecida com o objetivo de constituição de família”.
Preceitos Supostamente Violados
• Toma como base a ADPF 132 e a ADI 4277, além de posteriores decisões
superiores.
• 14 de Maio de 2013.