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Gêneros literários

Angélica Soares
A denominação de gêneros literários, para os
diferentes grupamentos das obras literárias, fica mais
clara se lembrarmos que gênero (do latim genus-eris)
significa tempo de nascimento, origem, classe,
espécie, geração. E o que se vem fazendo, através
dos tempos, é filiar cada obra literária a uma classe
ou espécie; ou ainda é mostrar como certo tempo de
nascimento e certa origem geram uma nova
modalidade literária.
Platão x Aristóteles
I – Platão – Faz a primeira referência à questão dos gêneros no
Ocidente, no livro III da República, e caracteriza o modo
mimético como modo de operação do poeta, condenando a
prática de “dar voz aos personagens”, dentro de sua concepção
das artes com “função moralizante”. A mimesis, para Platão, é
a imitação do mundo perfeito das idéias, superior ao da
realidade empírica.
“A maneira como atuará a relação poeta-personagens
determinará a possibilidade de três gêneros”: a comédia e a
tragédia se constroem inteiramente por imitação, os ditirambos
apenas pela exposição do poeta e a epopeia e outras formas de
poesia pela combinação dos dois processos.
II- Poética de Aristóteles - afirma a dignidade do fazer poético.
Aristóteles não formula explicitamente o que entende por mimesis, embora
negue que o prazer da mimesis possa ser explicado como desdobramento de
uma sensação encontrável na realidade.
A ênfase na diferença entre o mundo empírico e a realidade da arte leva o
filósofo a valorizar o trabalho poético e a se voltar para o estudo de seus modos
de constituição, a fim de detectar as diferentes modalidades ou gêneros de
poesia:

a) Segundo o meio com que se realiza a mimesis, distinguindo-se a poesia


ditirâmbica por um lado e a tragédia e a comédia por outro, pois, se todas elas
usam o ritmo, a melodia e o verso, utilizam-nos de forma diferente: a poesia
ditirâmbica emprega todos eles simultaneamente, enquanto a tragédia e a
comédia os empregam alternadamente. Contrariamente a Platão, em primeiro
plano, situa a tragédia, a comédia e a epopeia.
b) Segundo o objeto da mimesis, distinguindo-se, por exemplo, a
tragédia que apresentava “pessoas superiores” (de mais elevada
psique, portadores de possibilidades de transformação do
mundo) e a comédia, que seria a “imitação de pessoas inferiores
...” (de menos elevada psique, portadores de vícios, isto é, de
limitações). “O efeito cômico resulta de uma falha ou defeito
(hamartema) da personagem, à semelhança do que se dá no
trágico, falha que, entretanto, não causa dor ou destruição.” Na
tragédia, a falha tem um tratamento diferente (hamartia), cuja
punição é ampliada, causando terror e piedade. A épica seria o
gênero mais antigo, e se diferenciaria da tragédia e da comédia
pelo metro e pela extensão, não implicando uma ação encenada,
mas uma narrativa.
c) Segundo o modo da mimesis, distinguindo-se o processo
narrativo, característico do poema épico, e o processo
dramático, característico, por exemplo, da tragédia e da
comédia. No primeiro caso, o poeta narra em seu nome ou
assumindo diferentes personalidades; no segundo caso, os
atores agem como se fossem independentes do Autor. Seu
“modo de imitação”, diferentemente da mimesis de Platão,
abrange as três modalidades de sua realização, ressaltando a
tragédia como gênero culminante. Esta é considerada “a
imitação de uma ação de caráter sério e completo (...),
imitação que é realizada por personagens em ação e não por
meio de uma narrativa e que, suscitando piedade e temor,
opera a purgação própria a emoções semelhantes.”
“A abrangência da arte, portando, supunha duas decisões
fundamentais: (a) a de caracterizá-la como mimesis, (b) a de
discriminar seus modos constituintes.”

“Não há para Aristóteles nenhuma separação entre a perfeição da


obra de arte trágica em si e os efeitos dela resultantes no expectador.
O modo de ser da tragédia se realiza na comoção trágica particular e
desta deriva seu traço característico.” Observa-se, aqui, um traço já
percebido por Aristóteles que norteia a discussão dos gêneros até a
atualidade: a importância do “efeito” que a obra de arte provoca no
expectador.

Embora a Poética tenha sido usada para a confecção de cânones a


que as obras deveriam se ajustar, trata-se de uma obra descritiva, sem
caráter normativo.
Idade Média
Os gêneros receberão outros conteúdos, principalmente
pela ruptura com a tradição clássica e também por conta do
desaparecimento dos teatros. Começam a circular textos
narrativos em prosa, como as Novelas de Cavalaria.

Dante Alighieri classifica o estilo em nobre, médio e


humilde, situando-se no primeiro a epopeia e a tragédia, no
segundo a comédia (também diferenciada da tragédia pelo
seu final feliz) e no último a elegia.
Renascimento
– Rigor preceptístico
No Renascimento, as idéias de Aristóletes são retomadas
como normas, e a crítica renascentista se caracteriza pela
leitura da mimesis aristotélica como imitação da natureza e
não como um processo de recriação. Consequentemente, a
teoria dos gêneros passa a constituir-se como normas e
preceitos a serem seguidos rigidamente, para que mais
perfeita fosse a imitação e mais valorizada fosse a obra, pois
os neoclássicos consideravam que a imitação nos entregava
uma realidade polida e depurada.
Tem-se uma concepção imutável dos gêneros, em perfeito
acordo com a defesa da universalidade da arte, da sua
essência supra-histórica.
Poeta e historiador têm muito em comum, a diferença é que o
historiador narra o que sucedeu e o poeta tem permissão de
acrescentar o que desejar.

É definida a Lei das três unidades (tempo, lugar e ação), baseada


nas observações de Aristóteles.

Leitura da mímesis aristotélica como imitação da natureza e não


como um processo de recriação. (...) a teoria dos gêneros passa a
constituir-se como normas e preceitos a serem seguidos
rigidamente, para que mais perfeita fosse a imitação e mais
valorizada fosse a obra.

Enquanto na Poética de Aristóteles a tragédia era definida como


uma “ação de caráter sério”, entre os humanistas, ‘sério’, ‘grave’
passam a designar a personagem, que, para merecer a
qualificação, deve ser proeminente na escala social.
Embora o pensamento aristotélico sobre o gênero lírico seja
conhecido apenas por fragmentos, visto que seria explanado no
segundo livro da Poética, que se perdeu, a necessidade de se
classificarem poemas como, por exemplo, os do Cancioneiro,
de Petrarca, acrescentou-se a esses fragmentos estudos sobre a
poesia lírica, já aludida nos escritos do poeta romano Horácio.

Na representação dramática não haveria intervenção do poeta;


líricas seriam as obras compostas somente pelas reflexões do
próprio poeta; na poesia épica, ora falava o poeta, ora falavam as
personagens introduzidas por ele.
Pré-Romantismo e Romantismo
Na segunda metade do século XVII, com o movimento pré-
romântico alemão “Sturm und Drang”, as ideias de historicidade e
variabilidade dos gêneros ganham maior força.

Romantismo – ataque à separação dos gêneros,


primado da poesia lírica
Em lugar de imitação, a poesia se justifica como expressão de
uma alma superior, que não tem modelos a seguir, nem outras
regras senão as que demanda sua inspiração. A literatura deixa
de ser um jogo de salão para tornar-se a manifestação sincera de
uma alma desconforme.
Vitor Hugo (no Prefácio do Cromwell), propõe caracterizar a
cena romântica pelo hibridismo dos gêneros, com base na
observação de que na vida se misturam o belo e o feio, o
riso e a dor, o grotesco e o sublime, sendo, portanto,
artificial separar-se a tragédia da comédia. Ao contrário, a
diversidade e os contrastes deviam estar juntos em nova
forma, o drama, que, incorporando ainda características de
outros gêneros, aparece então como o gênero dos gêneros.

Brunetière propõe como metáfora dominante o corpo vivo,


planta ou organismo a que o poema será comparado. “A
diferenciação dos gêneros se opera na história como a das
espécies na natureza”. (ideia determinista e posição
normativa)
Croce – filia-se à linhagem dos teóricos românticos, pois
recusa a sujeição da criação poética à realidade, e combate
a imitatio, a ideia de gênero e a abordagem historiográfica
da obra literária.

Segundo Croce, todo conhecimento ou é intuitivo ou lógico,


produzindo respectivamente imagens ou conceitos. Ao
conhecimento intuitivo se liga a ideia de expressão. Intuir
era expressar ações que nos libertariam da submissão
intelectualista, que nos subordina ao tempo e ao espaço da
realidade. Assim, a obra de arte é indivisível. “Cada
expressão é uma única expressão. A atividade estética é
fusão das impressões em um todo orgânico.”
O conceito de gênero deveria ser entendido sempre como
um elemento extrínseco à essência da poesia, pois esta era
sempre fruto da intuição-expressão e, portanto, não
poderia servir de base a qualquer critério de julgamento da
obra.

“Toda verdadeira obra de arte violou um gênero estabelecido


(...). Os gêneros podem ser instrumentos para a construção
de uma história literária, cultural e social.”
Formalismo russo – fundamentos de uma nova
história da literatura
O movimento formalista entra para a questão da história literária,
propondo uma aproximação entre a série literária e a não-literária e
introduzindo os princípios de "função", de "sistema" e de"dominante".

Os gêneros são fenômenos dinâmicos, em constante processo de


mudança, sua dimensão é sempre histórica: “A experiência ou
reconhecimento do gênero se impõe previamente tanto ao produtor
quanto ao receptor, pois está entranhada na própria expectativa
histórica do fato literário. Como tal, é necessariamente mutável e em
consonância quer com os outros elementos constitutivos do fato
literário, quer com os elementos de ordem histórica geral.”

O fenômeno literário corresponde ao binômio produtor/produção com


ênfase na produção (as propriedades da obra, como elas se articulam,
o que converte um texto em obra literária).
Medvedev e Bakhtin
Obra orientada para o ouvinte : “uma genuína poética do gênero
apenas pode ser uma sociologia do gênero.”
Além dos traços de linguagem, é preciso levar em consideração as
expectativas do receptor, bem como a maneira como a obra literária
capta a linguagem: “Em primeiro lugar, a obra é orientada para o
ouvinte e perceptor e para as condições definidas de execução e
percepção. Em segundo lugar, a obra é orientada na vida, a partir de
dentro, poder-se-ia dizer, por seu conteúdo temático. Cada gênero
possui sua própria orientação na vida, com referência a seus eventos,
problemas, etc.”

“Os gêneros não são nem realidades em si mesmas, nem meras


convenções descartáveis ou utilizáveis ad libitum (à vontade). São sim
quadros de referência, de existência histórica e tão só histórica,
variáveis e mutáveis, estão sintonizados com o sistema da literatura,
com a conjuntura social e com os valores de uma cultura. Este últimos
tanto acolhem ou modificam o perfil dos gêneros em função de
mudanças históricas (...) quanto simplesmente rejeitam certa espécie
sua, obrigando aos restantes terem um rendimento diverso.”
Roman Jakobson
Hierarquização das funções da linguagem no texto poético

O literário é identificado pelo predomínio da função poética


sobre as demais e, com relação aos gêneros, abaixo da
função poética, dominante, estaria, na épica, a função
referencial (centrada na 3ª pessoa), na lírica a função
emotiva (voltada para a 1ª pessoa), e na dramática a função
conativa (ligada à 2ª pessoa).
André Jolles – formas “fundamentais” ou simples
Formas naturais – épos, lírica e drama
Seu propósito é chegar, como declara, às ‘formas fundamentais’ a
que o homem teria acesso depois de intervir no caos do
universo, de reunir e separar, alcançando por fim a permanência
do essencial. Estas formas elementares, em número de 9 – a
lenda, a gesta, o mito, a adivinhação, a locução (ou ditado), o
caso, os memoráveis, o conto, o rasgo de espírito (chiste) –
corresponderiam a uma ‘disposição mental diferenciada’, que
permaneceria apesar da diversidade das configurações histórico-
culturais. Consideradas desse modo, as formas fundamentais
seriam entidades reais e transistóricas, isto é, não seriam gêneros
literários, e se manteriam em qualquer tempo e cultura.
Vladimir Propp – Morfologia da fábula
As pesquisas de Propp se concentraram basicamente na
tentativa da formalização de um método de análise de
fábulas, tomando como base fábulas russas e
comparando a morfologia da fábula à morfologia das
formações orgânicas. A obra de Propp representou
uma fonte importante para esforços como o de Barthes
em caracterizar as propriedades da narratividade.
Emil Steiger – Conceitos fundamentais da poética
Em seu livro Conceitos fundamentais da poética (1946), Steiger foge
das classificações fechadas e substantivas de herança clássica, que
sempre procuraram classificar as obras literárias como lírica, épica
ou dramática, propondo, em seu lugar, traços estilísticos líricos,
épicos ou dramáticos, que podem ou não estar presentes em um
texto, independentemente do gênero. Esses traços podem
aparecer em diferentes combinações, ressaltados ou diluídos,
podendo-se mesmo percebê-los como tênues nuanças. Staiger
analisa os traços dos gêneros em suas mais fortes presenças, mas
sempre lembrando que nenhuma obra é totalmente lírica, épica
ou dramática, não só por não apresentar apenas características de
um único gênero, mas também porque essas características não se
projetam, na constituição da linguagem, sempre da mesma
maneira.
O aspecto da teoria staigeriana que convém ressaltar é a proposta
de que traços estilísticos líricos, épicos ou dramáticos podem ou
não estar presentes em um texto, independente do gênero.
Staiger analisa os traços dos gêneros em suas mais fortes
presenças, mas sempre lembrando que nenhuma obra é
totalmente lírica, épica ou dramática, não só por não apresentar
apenas características de um único gênero, mas também porque
essas características não se projetam, na constituição da
linguagem, sempre da mesma maneira.

A proposta de Steiger visa a oferecer noções básicas para a leitura


dos textos. O autor diz que está apresentando "conceitos
fundamentais" como o seria para um pintor, por exemplo, a
noção de um quadrado ou de um triângulo; o que não impede
que, em seu quadro, essas formas se desestruturem.
Northrop Frye – Anatomia da crítica
Frye reconhece quatro gêneros básicos: drama, epos, lírica, ficção:
“cada um deles representa uma forma especial de mimesis: o
épos é apresentado pela mimesis do discurso direto, a ficção
pela mimesis da escrita assertiva, o drama pela mimesis externa
ou da convenção, a lírica pela mimesis interna.”

A ficção “se diferencia do épos por ser este episódico, enquanto
aquela é contínua. A distinção é de fato muito fluida, pois
facilmente um modo pode ser tomado como outro”.

Quatro são também as modalidades da ficção: “o romanesco
(romance), o romance (novel), a forma confessional e a sátira
menipéia ou anatomia”. Cada uma dessas modalidades tem
características que as diferenciam entre si.
Estética da recepção e do efeito

[...] idéia de situação na qual um certo discurso funciona,


i. é, reconhecido como literário (...) O que a elas é
fundamental é a observação do discurso literário – e
ficcional, em geral – que se distingue dos demais porque,
não sendo guiado por uma rede conceitual orientadora de
sua decodificação, nem por uma meta pragmática que
subordina os enunciados a uma certa meta, exige do leitor
sua entrada ativa, através da interpretação que suplementa
o esquema trazido pela obra.
Hans Robert Jauss
Estética da recepção
Jauss, utlizando a noção de norma do linguista romeno
Eugênio Coseriu e a de situação discursiva de Wolf-
Dieter Stempel, ressalta que toda obra está vinculada a
um conjunto de informações e a uma situação especial de
apreensão e, por isso, pertence a um gênero, na medida
em que “supõe o horizonte de uma expectativa, ou seja,
um conjunto de regras preexistentes para orientar a
compreensão do leitor (do público) e permitir-lhe uma
recepção apreciativa”. (Jauss, 1970) “O gênero, portanto,
forma a camada de redundância necessária para que o
receptor tenha condições de receber e dar lugar a uma
certa obra.”
“O gênero apresenta uma junção instável de marcas, nunca
plenamente conscientes, que orientam a leitura e a produção – sem
que, entretanto, se presuma que as marcas orientadoras sejam as
mesmas.”

A descrição de um texto literário seria, portanto, sempre histórica e


guiada “pelo conhecimento das expectativas com que são recebidas
e/ou produzidas”

“Aos autores e aos leitores dos textos ficcionais são pré-dados


esquemas de ação para a produção e para a recepção textuais.
Chamamos estes esquemas de ‘convenções de gênero’ e, assim,
compreendemos por gênero instituições de ação comunicativa
reciprocamente orientada.”
Quadro 1 – percepções modernas dos gêneros
Gênero Lírico Épico ou narrativo Dramático

Forma Unidade de ritmo Relato de ações - Forma dialogada


(versos) prosa
Conteúdo ou Essencialmente Personagem/ Representação
fundo subjetivo – narrador que conta de personagens
expressão de algo acontecido – que falam e
sentimentos e “impessoalidade e atuam -
pensamentos objetividade”
Composição Associações Exposição e Representação
sonoras ou representação
sugestivas (figuras (diálogos)
e imagens) -
exposição
Tempo Presente/passado Passado Presente/futuro
Gêneros – Concepção Clássica
 Forma e conteúdo são separáveis,
predominando a primeira como elemento
fundamental da criação literária;
 Realização imitativa da natureza, consoante
os exemplos colhidos nas obras dos clássicos
antigos;
 Teoria normativa e preceptiva: os gêneros
são fixos e distintos. Wellek:
A teoria clássica é normativa e perceptiva. A teoria clássica
não somente crê que um gênero difere de outro tanto na
natureza como na hierarquia, como também que se deve
mantê-los separados.
Gêneros – Concepção Moderna
 Forma e conteúdo são indivisíveis;
 A moderna teoria é descritiva
 Os gêneros não são fixos e podem misturar-se.
 Wellek:
o A moderna teoria dos gêneros é manifestadamente
descritiva. Não limita o número de possíveis gêneros
nem dita regra aos autores. Supõe que os gêneros
tradicionais podem misturar-se ou mesclar-se e
produzir um novo gênero (como a tragicomédia)
(p.111)
Modo lírico Modo narrativo Modo dramático

Não tem narrador. Narrador da 1.ª ou de 3.ª Geralmente não tem


Emissor A voz que fala é a do «sujeito pessoa. narrador. No palco, os
poético» ou «eu poético» actores encarnam
directamente as
personagens.
Geralmente não tem personagens. As personagens são As personagens são
Quando existem são apenas indispensáveis. indispensáveis.
«pretexto».
Tempo estático. Tempo dinâmico. Tempo dinâmico.
Geralmente não tem ação. Quando A acção é fundamental. A acção é fundamental.
existe, é apenas «pretexto».
A narração, quando existe, é pretexto A narração é A narração não existe, a
Mensagem
para a confissão emocional do eu indispensável. não ser, ocasionalmente,
poético. na fala das personagens.
A descrição, quando existe, é A descrição geralmente A descrição é substituída
pretexto para a confissão emocional existe. pelo texto didascálico; no
do eu poético. palco, por roupas,
cenário, iluminação, etc.
O diálogo, quando existe, é pretexto O diálogo geralmente O teatro é,
para a confissão emocional do eu está presente. essencialmente, diálogo.
poético.
Tem acesso ao texto através da Tem acesso ao texto Tem acesso ao texto
Receptor leitura. através da leitura. através da leitura ou, ao

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