O melanoma cutâneo é um tipo de câncer que tem origem nos melanócitos predominância em adultos brancos. representa 4% dos tipos de câncer de pele o melanoma é o mais grave devido à sua alta possibilidade de metástase. Epidemiologia
A letalidade do câncer de pele melanoma é elevada,
porém sua incidência é baixa. Para 2008 estão previstos 2.950 casos novos em homens e 2.970 casos novos em mulheres As maiores taxas estimadas em homens e mulheres encontram-se na região Sudeste. O prognóstico desse tipo de câncer pode ser considerado bom, se detectado nos estádios iniciais. Nos países desenvolvidos, a sobrevida média estimada em cinco anos é de 73%, enquanto que, para os países em desenvolvimento, a sobrevida média é de 56%. Fatores de Risco sensibilidade ao sol pele clara esposição excessiva ao sol história prévia de câncer de pele história familiar de melanoma nevo congênito (pinta escura) xeroderma pigmentoso nevo displásico (lesões escuras da pele com alterações celulares pré-cancerosas). Prevenção
Chapéu guarda-sol óculos escuro filtros solares com fator de proteção 15 ou mais. Horário de exposição Sintomas
O melanoma pode surgir a partir da pele
normal ou de uma lesão pigmentada. Em casos de uma lesão pigmentada pré-existente, ocorre um aumento no tamanho, uma alteração na coloração e na forma da lesão que passa a apresentar bordas irregulares. Diagnóstico
A coloração pode variar do castanho-claro passando
por vários matizes chegando até à cor negra (melanoma típico) apresentar área com despigmentação (melanoma com área de regressão espontânea). O crescimento ou alteração da forma é progressivo e se faz no sentido horizontal ou vertical. No sentido vertical, o seu crescimento é acelerado através da espessura da pele, formando nódulos visíveis e palpáveis. Índices de espessura (índices de espessura de Breslow):
I. Espessura menor que 0.75mm
II. Espessura de 0.75 a 1,5mm
III. Espessura de 1,6mm a 3,0mm
IV. Espessura de 3,1mm a 4,0mm
V. Espessura maior que 4,0mm
Índices de Clark:
I. Células melanocíticas malignas in situ
II. Invasão além da membrana basal mas somente na derme papilar III. Invasão tumoral ocupando a derme papilar sem ocupar todo a derme reticular IV. Invasão tumoral de toda a derme reticular classificação
melanoma expansivo superficial (MES)
melanoma lentigo maligno (MLM) melanoma nodular (MN) melanoma acrolentiginoso (MAL). Melanoma de expansão superficial . É o mais freqüente, ocorrendo em 70% dos casos Surge em geral espontâneo em pele de aparência normal, muito raro sobre nevo celular. desenvolve-se em qualquer área da pele O tempo de evolução é relativamente curto (1 a 5 anos). aparece em geral como lesão numular, arredondada ou oval, bem delimitada, com borda arciforme ou policíclica, mostrando finos prolongamento reticulares . A borda está em geral pouco elevada. tonalidades bege a marron enegrecido, acinzentadas, branco- azuladas e roseo-avermelhadas, devido a fenômenos involutivos. Lentigo maligno melanoma – LMM).
Pouco freqüente, ocorrendo em 5% dos casos
O lentigo maligno desenvolve-se principalmente em pacientes idosos (em média 60 anos) e prefere o sexo feminino (2:1). O desenvolvimento é lento e progressivo A cor varia entre marrom claro, escuro e negro. podem surgir pequenas pápulas em seu interior, assumem o quadro clínico de um melanoma invasivo Melanoma nodular
É o segundo mais comum, ocorrendo
em 15 a 30% dos casos, nas quinta e sexta décadas de vida, predominando no sexo masculino, na proporção de 2:1. nódulo hemisférico, preto ou preto- azulado, de superfície relativamente lisa e tonalidade uniforme . Melanoma lentiginoso acral
Localiza-se em palmas, plantas, extremidades digitais,
mucosas e semi mucosas. É mais freqüente em melanodermos e orientais. (35 a 60%) do que em leucodermos (10%). Não tem predileção por sexo o acomete indivíduos na sétima década de vida. Nas extremidades digitais pode-se apresentar como lesão tumoral acastanhada subungueal, melanoníquia estriada, fragmentação longitudinal da lâmina ungueal, além de paroníquia crônica e persistente. Nas mucosas, a forma de apresentação mais comum é mácula pigmentada, que, posteriormente, evolui para nódulo. Tratamento
Tratamento do Tumor Primário
Espessura do Tumor em mm Excisão em cm das margens da lesão in situ 0,5 a 1.0 ≤ 1,0; não ulcerado; Clark II ou III 1,0 a 2,0 1,0 a 2,0 1,0 a 2,0 > 2,0 2,0 Tratamento dos Linfonodos: Na presença de linfonodo regional clinicamente positivo (N +), a dissecção linfonodal terapêutica deve ser realizada. Quando não houver linfonodo diagnosticado clinicamente, a pesquisa do linfonodo sentinela deve ser realizada. Esta é baseada nos seguintes critérios Pesquisa do Linfonodo Sentinela (LS). Indicação baseada no microestadiamento deve ser realizada nestas condições isoladas ou na combinação delas: Tumores ulcerados Breslow entre 0,75mm a 1,0mm se houver ulceração Breslow maior que 1,0mm Clark IV ou V Linfonodo Sentinela (LS)* É o primeiro linfonodo que drena a cadeia linfonodal acometida pelo tumor. É determinado na linfocintilografia pré- operatória uso do corante vital (azul patente) e o gama probe intra-operatório Terapia Adjuvante É muito controvertida. Na presença de metástases à distância, alguns estudos recomendam o uso do interferon alfa 2b em altas doses, porém a sobrevida não tem se mostrado alterada A utilização da radioterapia nos leitos cirúrgicos acometidos por linfonodos positivos, também é controvertida devido tratar-se de tumor resistente a esta terapia. Os casos devem ser individualizados .