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A gestão da afectividade

Afectividade = criação de laços,


O que é a afectividade?
sensação (Brincando
de ligação e união entre com
as palavras
pessoas…)que se reflecte em gestos
afectuosos
- afectividade pode ser entendida como a
capacidade e a actividade de afectar
(afecto) os outros, de os tocar
(sentimental e fisicamente), de os
sensibilizar positiva ou negativamente e
de sentir em si estas mesmas emoções e
sensações. A falta ou insuficiência de
afectos também afecta, ou seja, a sua
existência ou a sua ausência produzem
- A afectividade permite criar e desenvolver
laços, ligações entre as pessoas. E, quanto
mais íntimas as relações entre as pessoas,
certamente mais laços poderão existir, mais
efeitos poderão produzir os seus actos
afectivos ou a sua inexistência.

- Como espaço privilegiado que é, a família é,


ou deve ser por excelência um campo de
afectos.

- Ela pode moldar e afectar o nosso


comportamento, a nossa maneira de ser, de
- Se os afectos faltarem, o nosso
psiquismo fica afectado, ou melhor
dizendo, “infectado”. A falta de afecto
provoca “infecções relacionais”,
permite o desenvolvimento de “vírus”
emocionais e anti-sociais que não
deixam a pessoa estar bem consigo e
com os outros;
- por isso um bom
clima afectivo é
fundamental para
uma saúde relacional,
uma boa auto-estima,
uma boa auto-
confiança, uma boa
segurança emocional,
Por vezes, nós
próprios estamos
mal e afectamos
negativamente os
outros.
Mas, o importante
é que tentemos dar
sempre o nosso
melhor e
- Mas saber gerir a corrigirmo-nos.
afectividade não é
uma tarefa fácil.

- Nem sempre estamos atentos e


disponíveis para saber e conseguir
“tocar” as pessoas na altura certa e na
-Ter afectos por alguém é amá-lo, é
pré-ocupar-se (ter tempo e
disponibilidade para isso) com o bem-
estar e a felicidade dessa pessoa;
Essa
preocupação, no
caso dos pais,
manifesta-se na
educação e nos
valores que
querem
transmitir aos
filhos porque
julgam que vão
ser importantes
para a sua vida,
para a sua
felicidade e para
É por isso que
com o nosso
exemplo (e
infelizmente
muitas vezes
só com o
discurso)
queremos
afectar,
influenciar, a
sua forma de
agir. Queremos
dotá-los de
capacidades
Habitualmente os pais desejam que os
seus filhos aprendam;

- a fazer boas escolhas (evitar o que lhes


prejudique a saúde, o crime, a sua
integridade física, etc.)
- a seleccionar as suas amizades, as
companhias;
- a dar valor ao que vale realmente a
pena;
- a gostar de si e dos outros;
- a respeitar os outros;
- a ser solidário;
- a lutar contra as injustiças;
- a saber estar nos diversos lugares e
Para isso é importante os pais saberem o que
fazem habitualmente os filhos no seu dia-a-
dia:
- com quem andam;
- quais os valores que demonstram nas suas
relações com os outros, nas suas brincadeiras;
- se sabem defender-se;
- se são justos;
- se não gozam e criticam os outros;
- se sabem aceitar os outros, as suas
diferenças;
- se sabem partilhar;
É importante ter (arranjar) tempo para
conversar e observar …
Ter afecto é apoiar, incentivar, mas também
criticar, corrigir, é ser firme naquilo que se
considera importante que se faça ou se
respeite;
Mas é também fundamental saber criticar e
corrigir;

Deve criticar-se aquele


comportamento e
não generalizar; deve
dizer-se “não gostei
que tivesses feito isto”,
e não, “é sempre a
mesma coisa, não
prestas para nada”;

E corrigir implica indicar o comportamento


alternativo que se deseja.
No acto da crítica e correcção é importante
manifestar que se continua a gostar da
pessoa, independentemente de não se ter
gostado de tal acto ou comportamento em
concreto.
A família como referência sempre …

- O papel da família hoje é muito exigente; os


pais habitualmente trabalham ambos e falta
tempo para o essencial;

- Muitos horários de trabalho (turnos)


dificultam a convivência familiar;

- Os salários baixos por vezes levam a


segundos empregos e consequente falta de
tempo para a família;
A família também
está hoje sob
maior observação
(mais facilmente
se intervém em
casos de maus
tratos, mas se
calhar também se
criticam os pais
que são mais
rigorosos e que,
por exemplo,
exigem que os
seus filhos
participem numa
A sociedade de consumo cria nas
crianças e jovens inúmeras
necessidades, que vão desde os jogos e
telemóveis até às roupas e calçado de
marca.
Muitos pais, vendo
que não
conseguem
corresponder a
esta fúria
consumista por
parte dos filhos,
podem sentir-se
maus pais e notar
até alguma
reprovação por
parte deles.
Mas estas dificuldades podem ser fonte de
transmissão de outros valores e podem
“compensar-se” (melhor dizendo,
enriquecer-se) os filhos com atenção,
disponibilidade, ternura, carinho, ...
Afectos!
E é sempre bom
lembrar que, apesar
das crianças e jovens
passarem nesta fase
menos tempo com os
pais e de por vezes
serem muito críticos
relativamente à sua
família, esta
continua a ser para
eles uma referência,
persistem em dizer
que gostam dela e
que é a ela que
recorrem nos
As crianças aprendem o que vivem …
(de Dorothy Nolte)

Se as crianças vivem com críticas, aprendem


a condenar.

Se as crianças vivem com hostilidade,


aprendem a ser agressivas.

Se as crianças vivem com medo, aprendem


a ser apreensivas.

Se as crianças vivem com pena, aprendem a


sentir pena de si próprias.
Se as crianças vivem com o ridículo,
aprendem a ser tímidas.

Se as crianças vivem com inveja, aprendem a


ser invejosas.

Se as crianças vivem com vergonha,


aprendem a sentir-se culpadas.

Se as crianças vivem com encorajamento,


aprendem a ser confiantes.

Se as crianças vivem com tolerância,


aprendem a ser pacientes.
Se as crianças vivem com elogios,
aprendem a apreciar.

Se as crianças vivem com aceitação,


aprendem a amar.

Se as crianças vivem com aprovação,


aprendem a gostar de si próprias.

Se as crianças vivem com reconhecimento,


aprendem que é bom ter um objectivo.

Se as crianças vivem com partilha,


aprendem a ser generosas.
Se as crianças vivem com honestidade,
aprendem a ser verdadeiras.

Se as crianças vivem com justiça, aprendem


a ser justas.

Se as crianças vivem com amabilidade e


consideração, aprendem a o que é o
respeito.

Se as crianças vivem com segurança,


aprendem a confiar em si próprias e
naqueles que as rodeiam.

Se as crianças vivem com amizade,


aprendem a que o mundo é um lugar bom
Não tenho tempo – Neimar de Barros

Sabes meu filho,


até hoje não tive tempo para brincar
contigo.
Arranjei tempo para tudo, menos para
te ver
crescer.
Nunca joguei contigo dominó, damas,
xadrez
ou batalha naval.
Eu percebo que tu me procuras, mas
sabes,
meu filho,
eu sou muito importante e não tenho
Como largar tudo isto para ir brincar
contigo?
Não …, não tenho tempo!
Um dia trouxeste o teu caderno
escolar para eu ver e ficaste ao meu
lado, lembraste?
Não te dei atenção e continuei a ler o
jornal.
Porque afinal …,
afinal os problemas internacionais
são mais sérios do que os da minha
casa.
Nunca vi os teus livros e nem conheço
a tua professora,
nem me lembro qual foi a tua
De que adianta saber as mínimas coisa a
teu respeito, se eu tenho outras grandes
coisas a saber?
É incrível!
Como tu cresceste…!
Tu estás tão alto!
Nem tinha reparado nisso!
Aliás, eu quase que não reparo em nada,
e na vida agitada, quando tenho tempo,
prefiro usá-lo lá fora porque aqui … fico
calado diante da televisão.
Porquê?
Porque a televisão é importante e
informa-me muito.
Sabes, meu filho…,
a última vez que tive tempo para ti, foi
numa noite de amor com a tua mãe.
Eu sei que tu te queixas, eu sei que tu
sentes a falta de uma palavra, duma
pergunta amiga, de uma brincadeira,
de um chuto na tua bola.
Mas eu não tenho tempo!...
Eu sei que sentes a falta de um abraço
e de um sorriso, de um passeio a pé, de
ir até ao quiosque ao fundo da rua
comprar o jornal … uma revista.
Mas sabes há quanto tempo eu não
ando a pé na rua?
Não tenho tempo!
Mas tu entendes, eu sou um homem
importante, tenho de dar atenção a
muita gente, … eu dependo delas.
Meu filho, tu não entendes nada de
comércio, na realidade eu sou um
homem sem tempo.
Eu sei que tu ficas triste, porque das
poucas vezes que falamos é um
monólogo, só eu é que falo.
Eu quero silêncio… quero sossego!
E tu tens a péssima mania de querer
brincar com a gente, tens a mania de
saltar para os braços dos outros.
Filho, eu não tenho tempo para te
abraçar!
Não tenho tempo para conversas e
brincadeiras de crianças.
Filho, o que é que tu percebes de
computadores, comunicação,
cibernética, racionalismo?
Tu sabes quem é Descartes? E Kant?
Como é que eu vou parar para falar
contigo?
Sabes, filho, não tenho tempo!
Mas, o pior de tudo …, o pior de tudo

é que se tu morresses agora,
já …,
neste instante,
eu ficava com um peso na consciência,
porque até hoje…,
até hoje
não arranjei tempo para brincar
contigo.
E na outra vida …,
Deus não terá tempo de me deixar,
pelo menos …,
ver-te!

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