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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE

LONDRINA

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

Escolha Profissional
Antonio Fernandes Neto
Processo de significação de
estudantes do curso de
medicina diante da escolha
profissional e das experiências
vividas no cotidiano
acadêmico
Simone da Nóbrega Tomaz MoreiraI et al.
Rev. bras. educ. med. vol.30 no.2 Rio de Janeiro 2006
Fatores que influenciaram os estudantes na
escolha do curso de Medicina.

• Influência familiar.
• Identificação pessoal com o curso.
• Busca da independência financeira.
• Busca de status profissional .
• Desejo de ajudar e de ser útil às pessoas.
Momentos durante o curso mais
gratificantes

• Reconhecimento da família.
• Reconhecimento dos amigos.
• A experiência com o paciente.
• Contato com professores-modelo.
Contato com professores
• Professor deve valorizar práticas
humanizadas, que permitam a
compreensão do universo psicológico e
social do paciente.

• O "exemplo" do professor é fundamental


para a formação da identidade
profissional do aluno.
Rev. Bras. Educ. Med. 2005; 29: 64-9.
Rev. Bras. Educ. Med. 2003; 27: 20-8.
Gostaria que você dissesse, para cada uma das pessoas e
instituições que vou falar, se você confia ou não confia
As Instituições mais confiáveis
INSTITUIÇOES CONFIA NÃO CONFIA NÃO TEM
OPINIÃO
Professores 84% 13% 3%
Escola Particular 77% 18% 5%
Escola Pública 76% 19% 5%
Médicos 75% 21% 4%
Religião 71% 23% 6%
Igreja Católica 66% 26% 8%
Igreja Evangélica 61% 30% 8%
Televisão 60% 36% 4%
Rádios 62% 35% 4%
Jornais 59% 37% 4%

IBOPE
Qual o grau de influência que tem sobre seus valores?
Você diria que é grande, médio, pequeno ou nenhum?

RESPOSTA Grande Médio Pequeno Nenhum


PAIS 84% 11% 1% 2%
PROFESSORES 55% 32% 6% 5%
Amigos 33% 46% 14% 5%
Religião 28% 44% 17% 9%
Mídia (TV, Rádio, Jornal) 24% 43% 20% 11%
Propaganda 13% 45% 27% 13%
Polícia 6% 22% 33% 37%
Governos 5% 21% 29% 42%
Políticos 5% 19% 32% 42%

IBOPE
Estudantes esperam dos professores
Que não apenas informem, mas que contribuam
para a sua formação pessoal e profissional.
Alunos entrevistados
(...) ter aulas com professores que são exemplos
de vida, para nós, alunos, estimula muito.

(...) é muito bom quando temos uma aula bem


dada por um professor-modelo, em que a gente
se espelhe.

(...) é muito bom o contato com professores que


são exemplo e que te passam conhecimento
para te fazer salvar vidas.
Estudantes esperam dos professores
• Ensinar ao aluno a:

– lidar com a incerteza.


– não se envergonhar de admitir a ignorância.
– não acreditar piamente nas publicações médicas.
– ler criticamente a informação e aplicar a que se
evidencia como útil.
– não acreditar na infalibilidade e no poder exagerado da
medicina moderna.
– aprender como aprender.
– basear suas condutas em evidências.
– valorizar o paciente em primeiro lugar.
Kahan NR, Fogelman Y, Waitman D-A, Kahan E, Bar-Yochai A, Meidan A, MD, Kitai E.
Teaching Evidence-based Medicine in a Managed Care Setting: From Didactic Exercise to
Pharmacopolicy Development Tool. Am J Manag Care 2005; 11: 570-572.
O professor como modelo
• Sua postura ensina o aluno a valorizar a
relação médico-paciente.
- Por intermédio de suas atitudes.
- Pelos seus gestos.
- Pelo seu comportamento.

• Tais processos se repetirão no


relacionamento do futuro médico com
seus
Rev. Bras. Educ. Med. 2005; 29: 64-9.
pacientes.
Momentos durante o curso mais
angustiantes
• Pressões acadêmicas: provas extensas pouco
tempo para estudo.
• Cansaço físico.
• Falta de tempo para o lazer, para estar com a
família e com os amigos mais íntimo.
• Contato com pacientes terminais e com a morte
• Aulas monótonas com professores
desatualizados.
• Os momentos angustiantes são vividos, muitas
vezes, de modo solitário.
Como contornar a solidão dos
momentos angustiantes

• Criação de um espaço na universidade,


desvinculado das atividades acadêmicas,
que funcione como um continente das
experiências emocionais vividas pelos
estudantes e que possa promover o
desenvolvimento de atitudes positivas.

Rev. Bras. Educ. Med. 2003; 27: 205-12.


Como contornar a solidão dos
momentos angustiantes

• Oferecer assistência psicológica a


estudantes de Medicina, destacando a
importância de existir um ambiente
acolhedor, para auxiliar os jovens a
superar suas angústias.

Rev. Bras. Educ. Med. 2003; 27: 205-12.


Momentos durante o curso mais
angustiantes

• Escolha da especialidade.
Personalidade e Escolha da
Especialidade Médica.
Os caçadores - Amigos de especialidades diferentes dentro da medicina se reuniram num final
de semana para caçar patos... - O grupo era composto por um radiologista, um patologista, um
anestesista, um sanitarista, um pediatra, um clínico, um cirurgião, um ortopedista e um
psiquiatra.

- Depois de terem discutido com o sanitarista a verba necessária para a caçada, foram todos ao
campo, no carro super equipado, moderno, cheio de novidades tecnológicas do radiologista...
Este, ao chegar lá, decide não sair do carro: É mais confortável aqui! Espero vocês e depois
vejo
o resultado da caçada... Na verdade, diz baixinho, nem sei se gosto mesmo disso...
- Descem então os demais especialistas...
- Olhando para uma ‘nuvenzinha’ no final do horizonte, diz o anestesista: Vamos cancelar essa
caçada!, sendo imediatamente interrompido por um ‘safanão’ do cirurgião que fala: Até aqui ele
é um estraga-prazeres! Vamos em frente gente, não tem perigo!
- Preparam-se então para o início da caçada.
- O pediatra aponta a espingarda, mas olhando para o alvo diz: Coitado do patinho... E não
atira!
• - O clínico então se aproxima, também se prepara para atirar, mas pensa: Parece um pato, tem
forma de pato, bico de pato, mas... a cor das penas... por outro lado... o estilo de vôo... talvez...
e o pato voa!
• - O cirurgião, ansioso com o resultado da caçada até o momento, chega, atira para todos os
lados e diz depois para o patologista: Vê aí o que é pato e o que não é!
• - O ortopedista, chamado a ‘dar uma mão’ diz: Pato, o que é isso mesmo?
• - Nesse momento, o psiquiatra então questiona: Mas... Gente, por que um pato?!
Possui Graduação em Psicologia pela Universidade de São Paulo (1989) -
Campus Ribeirão Preto, Mestrado em Psicologia Clínica pela Universidade
de São Paulo (1994) e Doutorado em Psicologia Clínica pela Universidade
de São Paulo (1999). Atualmente é Coordenadora do Programa de
Tutoria/Mentoring da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
(FMUSP), Psicóloga
do REPAM ( Retaguarda
Emocional para o Aluno de Medicina da Faculdade
de Ciênicas Médicas da Santa Casa de São Paulo) e
Professora Adjunta do Departamento de Psiquiatria e Psicologia Médica da
mesma. Orientadora de Pós Graduação na FMUSP, Departamento de
Medicina Preventiva, desde 2006. Tem experiência na área de Avaliação
da Personalidade, Psicologia Médica e Educação Médica, atuando
principalmente com os seguintes temas: Psicodiagnóstico de Rorschach,
Escolha da Especialidade Médica, Tutoria/ Mentoring, Suporte Psicológico
a Alunos de Medicina.

Patrícia Lacerda Bellodi


Patrícia Lacerda Bellodi

Retaguarda Emocional Para o


Aluno de Medicina da Santa
Casa de São Paulo (REPAM):
realizações e reflexões
Rev. bras. educ. med. vol.31 no.1 Rio de Janeiro Jan./Apr. 2007

Patrícia Lacerda Bellodi


Vocação, profissão e
personalidade: o clínico e o
cirurgião

Patrícia Lacerda Bellodi


Aval. psicol. v.5 n.2 Porto Alegre dez. 2006
O clínico e o cirurgião
• A maioria dos cirurgiões declarou ter
optado pela especialidade antes mesmo
da entrada na faculdade.

• A decisão dos clínicos foi progressiva ao


longo do curso.
Objetivo
• Investigar as características de
personalidade presentes em dois grupos
de especialistas dentro da medicina -
clínicos e cirurgiões.

• Procurou colocar em questão a validade


dos chamados estereótipos.
O clínico e o cirurgião
Residente de cirurgia entrevistado

• "O clínico e o cirurgião, os dois pólos... O


trabalho deles é mental e o nosso,
manual. Como Leonardo da Vinci,
conhecido pelas pinturas e pelos
trabalhos científicos, e Michelangelo,
escultor, cresceu meio pedreiro, aprendeu
a esculpir, em Florença era 'um qualquer'
que trabalhava com as mãos...".
O clínico e o cirurgião
• Tanto os clínicos quanto os cirurgiões
produziram muitas respostas de conteúdo
humano, ou seja, quase sempre haviam
pessoas presentes em suas respostas.
• O estudo não evidenciou diferenças entre
homens e mulheres na mesma
especialidade.
• Os homens mostraram-se muito mais
imaginativos e as mulheres mais práticas.
Não confirma os tradicionais estereótipos
O clínico e o cirurgião
• Os cirurgiões foram muito mais rápidos
que os clínicos nas suas respostas,
congruente com os estereótipos de que
são "mais rápidos, ativos e dinâmicos“.

• Enquanto os clínicos, seriam "mais


demorados ou sossegados".
O clínico e o cirurgião
• O clínico
- Meticuloso, detalhista.
- Adora "abrir o leque das Hip.diagnosticas.
- “Gosta de discutir o sexo dos anjos“.
- Tem mais imaginação que o cirurgião.
- Os clínicos transformavam suas
respostas em verdadeiras metáforas
e fábulas.
- Cuida do outro que sofre.
O clínico e o cirurgião
• O cirurgião
- Tem maior praticidade e é objetivo.
- Atende rapidamente pacientes cuja
problemática exija intervenções
exatas e pontuais no tempo.
- Tem habilidade manual.
- Gosta de situações estressantes.
- Cuida do outro que sofre.
O clínico e o cirurgião
• Os clínicos e cirurgiões respeitam tanto o
trabalho um do outro que... se odeiam.

• O autor pede cuidado com a


generalização apressada e sem critérios
dos resultados da pesquisa.
O clínico e o cirurgião
• Adrados (1973): é possível que indivíduos
muito inteligentes, sentindo um certo grau
de interesse no exercício de uma
profissão venham a ter sucesso, desde
que tal sucesso seja acompanhado do
prazer e da autêntica satisfação que
experimenta o indivíduo quando realiza
uma tarefa em harmonia com seus traços
de caráter e temperamento:

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