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Para além do documento dirigido à senhora Ministra da Educação, do qual será dado
conhecimento a outras estruturas do Ministério, foi produzido e subscrito um segundo
documento dirigido a diferentes individualidades, nomeadamente:
Exmo. Senhor Presidente da República Portuguesa
Exmo. Senhor Presidente da Assembleia da República Portuguesa
Exmo. Senhor Primeiro Ministro
Exmo. Senhor Procurador-Geral da República Portuguesa
Exmo. Senhor Provedor de Justiça
Exmos. Senhores Presidentes dos Partidos Políticos com assento na Assembleia da República
Exmo. Senhor Presidente do Conselho Científico para a Avaliação de Professores
Exmo. Senhor Director Regional de Educação de Lisboa e Vale do Tejo
Exma. Senhora Presidente da Comissão de Avaliação do Desempenho Docente do AVELT
Exmo. Senhor Presidente da União das Associações de Pais e Encarregados de Educação do AVELT
Exmo. Senhor Presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais
À Plataforma Sindical
À Comunicação Social
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B – Por outro lado, existem itens em que o Corpo Docente é perfeitamente impotente
que, no entanto, contam neste Modelo para a sua avaliação, nomeadamente as taxas de
abandono escolar, o que, para além de prosaico, se revela impossível de mensurar, pois
não está nas mãos dos professores controlar toda uma panóplia de factores sócio-
culturais e familiares dos discentes, pelo que é totalmente absurdo assumirem o ónus de
realidades que os transcendem.
C – A desigualdade de condições existentes nas diversas escolas, quer a nível da
disponibilidade de equipamentos, quer a nível da distribuição de alunos, coloca em
causa o rigor exigido em qualquer processo avaliativo.
F – Uma leitura e uma análise cuidadas permitem concluir que o modelo incita à
manipulação dos resultados da avaliação, gerando nas escolas situações de profunda
injustiça e parcialidade. Os professores não tiveram quotas ou percentagens enquanto
foram estudantes e quando fizeram os seus estágios, assim como não submetem os seus
alunos a uma avaliação baseada em quotas e percentagens. Por quê, então, a introdução
desta variável? Que conceito ou teoria pedagógica a sustenta?
6 – Por que razão estando envolvidas no processo educativo entidades do poder local e
nacional, supostamente parceiras das entidades escolares, pais e encarregados de
educação, alunos e professores só aos últimos são exigidos deveres e se cobram
resultados?
9 – Como justificar que não se trata de um erro grosseiro o facto de docentes serem
avaliados com base nos resultados dos seus alunos assumindo-se, tanto quanto parece
deduzir-se da leitura do Código do Procedimento Administrativo, como parte
interessada no seu próprio acto avaliativo? E já agora como garantir o mesmo em
relação ao acto avaliativo do professor avaliador? Será que não estamos perante
situações de claro conflito de interesses?
13 – Se um dos factores de avaliação é o esforço feito para não faltar, onde se garante
que os referidos docentes não serão penalizados?
23 – Como pode ser tão importante a avaliação para a contratação no ano lectivo se a
mesma só é oficializada de acordo com calendário em Dezembro, enquanto que os
contratos cessam a 31 de Agosto?
Face ao exposto, interessa informar V. Exa. de que, até ao cabal esclarecimento das
questões agora identificadas, os subscritores consideraram adequada a suspensão dos
procedimentos relativos ao processo de avaliação no seio deste Agrupamento.
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