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194 APRESENTACAO A TRADUCAO BRASILEIRA DO PREFACIO DE HACIA EL ANALISIS AUTOMATICO DEL DISCURSO, DE. MICHEL PECHEUX Fabio Ramos Barbosa Fillo! Marilene Aparecida Lemos” O texto a seguir foi publicado como preficio do livro Hacia el andilisis automético del discurso, langado na Espanha em 1978 pela editora Gredos e traduzido pelo renomado lexiedgrafo Manuel Alvar Ezquerra, professor da Universidad Complutense de Madrid?. A edigio contém dois textos: Analyse automatique du discours, publicado em 1969; e Mises au point et perspectives & propos de l'analyse automatique du discours, escrito em coautoria com Catherine Fuchs e publicado em 1975. © prefiicio presta-se, sobretudo, a corrigir um importante desvio tedrico, segundo as palavras do proprio Pécheux: 0 da permanéneia, em alguns trabalhos, da nogdo psicossociolégica de formacdes imaginérias (FD), retificada por Pécheux nos textos pos-1975. O coneeito de FI — evocado apenas no texto de 1969 ¢ em um texto posterior de 1971, escrito em coautoria com o historiador Gerard Gayot’ — cumpre o expediente tedrico de estabelecer, na Analyse automatique du discours (AAD-69), uma teoria das condigdes de producto do discurso (CP) ou, nos termos de Pécheux, uma teoria da colocagio dos protagonistas do discurso no escopo dos processos de significagio. Na Analyse automatique du discours, a nogio de FI tanto ocupa quanto obstaculiza o lugar de uma compreensio propriamente materialista do imaginirio, ou melhor, o lugar de uma teoria da subjetividade (de natureza psicanalitica) que s6 seria formulada de modo rigoroso em 1975, sobretudo no Mises au point et perspectives & } Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) 2 Pés-doutoranda no DECLAVE — Departamento de Letras Clissicas ¢ Vernéculas — Instituto de Letras — UERGS, sob a supervisio do Prof. Dr. Fabio Ramos Barbosa Filho. 5 Nao se tem noticias do original, em francés, do texto inttulado “Advertencia”, de Michel Péchewx. Na Nota del traductor”, do livre Hacia el andtisis automético del discurso, Manuel Alvar Ezquerra faz ‘menedo a finalizacto da wadugto do primeiro texto, que compde 0 livro, em 1974. Sinaliza que, depois disso, traduziu o segundo texto, @ pedido de Pécheux. Durante esse periodo, Pécheux Ihe eaviow uma sétie de comecdes e modificacées 20 primeiro texto — as titimas foram em 1976, um ponco antes da apresentacio da obra definitiva em espanhol. Pécheux escreven o texto “Advertencia”, em 1975, a fim de ublicé-lo nessa edigdo espanhola e, possivelmente, foi enviado a0 tradutor junto a outros manuseritos telativos a organizagao e adequacto da obra, + GAYOT, Gérard; PECHEUX. Michel. Recherches sur le discours illuministe au XVIIle sigcle: Louis ‘Clande de Saint-Martin et les « circonstances ». In: Annales. Economies, Saciétés, Civilisations. 26° année, 1, 3-4, I97L. p, 681-704. Cadernos de Tradugto, Porto Alegre, niimero $0, 2024 195 propos de lanalyse automatique du discours e no Les vérités de La Palice. A nocao de FI, ancorada na teoria das representagdes sociais da psicologia social, impde ao texto de 1969 uma compreensio pré-psicanalitica do sujeito e do imaginério, encaminhando o conceito de CP na AAD-69 a uma teoria psicossociolégica da representagio ou projegao dos lugares ocupados pelos protagonistas do discurso na estrutura social. Embora Pécheux tente resolver esse impasse optando por uma diferenciagio entre lugar (social) ¢ posicdo (discursiva), nao ha, de fato, uma compreensio psicanalitica (ou ‘mesmo materialista) da subjetividade ¢ do imaginério no texto de 1969. A esse respeito, Jean-Jacques Courtine (1981, p. 22, tradugio minha) chega a dizer que 6s termos “imagem” ou “formacao imaginéria” poderiam perfeitamente ser substituidos pela nogao de “papel”, tal como esta é utilizada nas “teorias do papel”, herdadas da sociologia funcionalista de Parsons ou mesmo do interacionismo psicossociolégico de Goffman. Os pares nocionais Ingar/formagao imaginaria, ou situacao (objetiva)/posi¢ao (subjetiva) se sobrepdem estreitamente aos pares status/papel da sociolinguistica de Bernstein ou posi¢o social/papel do funcionalismo e emologia (por exemplo em Radcliffe-Brown). A tentativa de definigdo geral esbocada em Pécheux nao é, portanto, capaz de romper com as origens psicossociolégicas da nogao.* Portanto, o conceito de FI (que subsidiava em 1969 0 conceito de CP) ocupava o lugar de uma dupla lacuna: 1) auséneia de uma teoria materialista da formagao do sujeito, ocupada por uma incipiente teorizagio psicossociolégica da subjetividade; 2) auséncia de uma feoria materialista do imaginario ou, para retomar a expresso do proprio Pécheux (1988 [1975], p. 125), de uma teoria “da relago do sujeito com aquilo que o representa; portanto, uma teoria da identificagao e da eficcia material do imaginério”®. ‘Na autocritica que fazem da AAD-69, Catherine Fuchs e Pécheux reconhecem que as FI, tal como foram formuladas em 1969, “deixam amplamente aberta a possibilidade de uma intespretagao ‘interpessoal’ do sistema das condigdes de produgio””. Os autores dizem ainda que: S COURTINE, Jean-Jacques. Quelques problémes théoriques et méthodologiques en analyse du discours, & propos du discours commmniste adress8 aux chrétiens. Jn: Langages, 1S* année, n. 62, 1981. Analyse du discours politigue. p. 9-128. ® PECHEUX, Michel. Semdntica e discurso: uma critica afirmagao do Sbvio. Tradugao Eni Puccinelli Orlandi et al, Campinas: Ed. da Unicamp, 1988 [1975], p. 125. ” PECHEUX, Michel; FUCHS, Catherine. A propésito da anilise automitica do discurso: atualizagio ¢ perspeetivas. i: GADET, Frangoise; HAK, Tony (Orgs). Por tana andlise auroméitica do diseurso: wma introdugao a obra de Michel Pécheux. Tradugdo Bethania S. Mariani et al. Campinas: Ed. da Unicamp, 2010 [1975]. p. 168. Cadernos de Tradugto, Porto Alegre, niimero $0, 2024 196 L.-] 08 processos discursivos, como foram aqui concebidos, nao poderiam ter sua origem no sujeito. Contudo, eles se realizam necessariamente neste mesmo sujeito. Esta aparente contradigao remete na realidade & propria questio da constituigio do sujeito © a0 que chamamos seu assujeitamento, Sobre este ponto, impdem-se certos esclarecimentos em relagao as formulagdes ambiguas que 0 texto de 1969 fomecia, principalmente referentes as “condicdes de produca0” essa ambiguidade residia no fato de que o temo “condicdes de produedo” designava ao mesmo tempo o efeito das relagdes de lugar nas quais se acha inscrito o sujeito ¢ a “situacdo” no sentido concreto € empirico do termo, isto é, 0 ambiente material e institucional, os papéis mais ou menos conscientemente colocados em jogo, etc. No limite, as condicdes de produgao neste tiltimo sentido determinariam “a situacdo vivida pelo sujeito” no sentido de variavel subjetiva (“atirudes”, “representagdes” etc.) inerentes a uma situacdo experimental. Podemos, agora precisar que a primeira definigto se opde A segunda como o real 0 imaginério, ¢ 0 que faltava no texto de 1969 era precisamente uma teoria deste imagindrio localizado em relagdo ao real. Na falta dessa localizacao era inevitivel (e foi o que efetivamente se produziu) que as, relacdes de lugar fossem confundidas com o jogo de espelhos de papéis| interiores a uma institui¢do, o tempo aparelho, introduzido acima, sendo ele mesmo indevidamente confundido com a noo de instituigao. Em outros termos, 0 que faltava e o que ainda falta parcialmente & uma teoria ni subjetiva da constituicao do sujeito em sua situagao concreta de emunciador.® Em 1975, portanto, Pécheux abre mio da categoria de formacdes imaginarias ¢ nao volta a utilizi-la, Desde entio, & a teorizago althusseriana do assujeitamento ideologico que the permite construir um conceito de subjetividade adequado a sua teoria do discurso, assentado em uma reflexo sobre a Jigagdo material do inconsciente com a ideologia, Finalizo esta breve apresentagdio com uma observagdo que julgo fundamental tanto do ponto de vista histérico/institucional quanto do teérico. Michel Pécheux publicou mais de sessenta textos entre 1966 ¢ 1983? e, felizmente, todos os livros, capitulos de livros © artigos necessirios 4 compreensio do seu projeto tedrico-politice foram traduzidos para o portugués. © Brasil é, afinal, o pais em que sua obra conheceu maior difusdo e desenvolvimento, sendo aqui, e nfo na Franga, que a andlise de discurso produz, desde a década de 1980 até os dias de hoje, os trabalhos mais criativos e § PECHEUX, Michel: FUCHS, Catherine. A propésito da anilise automnética do discurso: atualizagtio € petspectivas. i: GADET, Francoise; HAK, Tony (Orgs). Por wna andlise automatica do discurso: wa introducio a obra de Michel Pécheux. Tractucdo Bethania S. Mariani et al. Campinas: Ed. da Unicamp, 2010 [1975]. p. 169-170, erifos meus. § PECHEUX, Angélique. Bibliographie des travaux de Michel Pécheux. Mors, n. 13, p. 195-200, octobre 1986, Disponivel em: hmps:/www.persee.fidoc/mots_0243-6450_1986_num_13_1_1314, Acesso em: 01/03/2024. Cadernos de Tradugto, Porto Alegre, niimero $0, 2024 197 epistemologicamente relevantes. Isso se deve, sobretudo, & importante atuacio politico- institucional e te6rica de Eni Orlandi na Universidade Estadual de Campinas. No entanto, para melhor compreensio da amplitude epistemologica da obra de Pécheux, ¢ fundamental considerar nio apenas os livros, capitulos de livros e artigos célebres, mas também prefiicios, entrevistas, resenlias e artigos menos conhecidos. Esses textos podem ser particularmente titeis no desdobramento, no ajuste ou na retifieagio de questdes especificas, possibilitando a montagem de um arquivo te6rico no interior do qual & possivel avaliar os conceitos ¢ os procedimentos heuristicos a partir de um tensionamento de diferentes movimentos de uma formagio teérica. Considerando que mais de vinte textos de Pécheux (representando quase quarenta por cento de sua produgo bibliogréfica) ainda nao foram traduzidos para o portugués, podemos falar, sem exageros, em uma lacuna nada negligenciivel. Essa lacuna é sintomdtica na Adverténcia: dos cinco textos citados por Pécheux, apenas um foi traduzido ¢ publicado no nosso pais". E também por isso que a tradugio do texto em questio possui grande valor. Ela oferece contribuigdes epistemologicas fundamentais para um campo que, apesar de ter fundamentos sélidos, nio se assemelha a um modelo ‘matemético de talhe estavel e permanece em constante estado de experimentagio desde sua fundagio, E, portanto, fundamental discutir ¢ aprofundar um debate sobre as bases epistemoldgicas da anilise de discurso, que nao pode ser manualizada para fins didaticos ou de aplicagao, sob o risco do eeletismo que sempre nos conduz para o conteudismo. °° PECHEUX, Michel; WESSELIUS, Jacqueline. A respeito do movimento estudantil e das hutas da classe operéria: 3 organizagdes estudantis em 1968. in: ROBIN, Régine. Histéria e Linguistica. Tradugao Adélia Bolle com a colaboracio de Marilda Pereira. S20 Paulo: Cultrix, 1977. p. 268-282. Cadernos de Tradugto, Porto Alegre, niimero $0, 2024 198 ADVERTENCIA" Os dois textos que o leitor encontrara a seguir foram reunidos com o intuito de apresentar o desenvolvimento de uma pesquisa que se apoia na “anilise do discurso”, aprofundamento que, como veremos, est muito longe de estar coneluido. Teria sido artificial, portanto, querer modificar a posteriori o primeiro texto ulo (escrito em 1967-1968 e publicado em francés em 1969 por Editions Dunod sob 0 de Analyse antomatique du discours)’ & luz do segundo (escrito em 1973 com a colaboragtio de C. Fuchs, ¢ publicado em 1975 no niimero 37 da revista Langages, dedicado a Analyse du discours; langue et idéologies) Damo-nos por satisfeitos em indicar em notas os pontos que revisamos criticamente no primeiro texto. Na medida do possivel, tentamos especificar a natureza e a relevincia dessa revisio remetendo-a ao segundo texto, intitulado Actualizaciones y perspectivas a propésito del andlisis auromético del discurso® Certamente que este ou aquele aspecto corre o risco de aparecer como alusivo a0 leitor espanhol, apesar de todos os cuidados que foram tomados. De fato, importante salientar a existéncia de v jos textos, no reproduzidos aqui, que sinalizam de 1969 a 1975 os avangos da questio e que sio reiteradamente evocados na segunda parte deste livro. Podemos citar: — Diferentes estudos coneretos realizados com o auxilio da anéilise automitica do discurso desde 1971. — Trabalhos que abordam desde a simples apresentagao a discussio critica ¢ que se referem tanto as posigdes expostas em 1969 quanto aos estudos coneretos conhecidos naquele momento, Destacam-se, entre outros, o livro de R. Robin, Histoire et linguistique (Paris, Colin, 1973), ¢ 0 estudo critico de S. Fishere E. Veron, “Baranne est une creme”, publicado no nimero 20 da revista Conmuications (Paris, 1973). — E textos que traduzem 0 desenvolvimento de nossas proprias investigagdes sobre essas questdes, tedrica e metodologicamente, Trata-se essencialmente dos titulos a seguir — Cl Haroche, P. Henry, M. Pécheux, “La sémantique et la coupure saussurienne: langue, langage, discours”®, publicado em 1971, no nimero 24 da revista Langages. 1 Traduzido por Marilene Aparecida Lemos. Pés-doutoranda no DECLAVE ~ Departamento de Letras Clissicas e Vernéeulas— Instituto de Lettas— UFRGS, sob a supervisio do Prof. Dr. Fabio Ramos Barbosa Filho. Cadernos de Tradugto, Porto Alegre, niimero $0, 2024 199 — Cl. Haroche e M. Pécheux, “Manuel pour l'utilisation de la méthode d” analyse automatique du discours (AAD)" - publicado em 1972, na revista T A. Informations. — M, Pécheux, Les vérités de la Palice. Linguistique, sémantique, philosophie* publicado em 1975 na colegao “Théorie” de Editions Maspéro. Desejamos que o leitor de lingua espanhola possa, em um caso ou outro, consultar esses diferentes trabalhos (exaustivamente reunidos na bibliografia final, p. 359). Pensamos, no entanto, que confionto entre os dois textos contidos neste volume proporciona por si mesmo uma compreensio dos diferentes aspectos (teérico- metodolégicos, filoséficos e, em certos aspectos, politicos) da evolucdo que dessa forma est comprometida. Resumimos as. prineipais caracteristicas dessa evolugdo, tal como sto apresentadas hoje: 1) Registramos, em primeiro lugar, que o primeiro texto se apresenta retrospectivamente afetado por um desvio “sociologista”, at8 certo ponto “psicossociologista” que, embora tivesse o mérito de se opor com muita eficdeia a0 formalismo espontineo de toda seméntica “geral” ou “universal”, deixava amplamente aberta a possibilidade de uma sociolinguistica dos discursos atribuir a cada classe social (ou frag de classe) “seu discurso”, inscrito em seus préprios “papéis”, “representagies”, “imagens”, ete. O riseo era de uma posicio reformista na teoria que, como lembra 0 s classes existem antes da luta de classes, filésofo Louis Althusser, para o reformismo “ independentemente da luta de classes, e a luta de classes somente existe depois” A nogio de formacto discursiva, € 9 estudo de seu funcionamento constitutivamente contraditorio como processo discursivo-ideologico que se desenvolve sobre a base linguistica, comega a permitir-nos corrigir esse desvio, Pelo menos, o leitor poderd fazer um julgamento a partir da leitura do segundo texto que aqui apresentamos. Além disso, destacamos 0 trabalho no qual tentamos aprofundar essas questdes com maior rigor; refiro-me a obra Les Vérités de La Palice, a que aludi anteriormente. 2) Ao mesmo tempo, o leitor poder observar que aparecem imimeras lacunas 20 colocar em pritica a teoria linguistica, Nao deixarei de insistir no fato de o texto de 1969 ter representado, do ponto de vista linguistico, um primeiro contato, extremamente 2A sigla AAD € equivalente a andlisis entomético del discurso. © “Les classes existent avant Ia lutte des classes, indépendamment de la lutte des classes, et la lutte des classes existe seulement aprés”. L. Althusser, Réponse dt Jolm Lewis, Paris, Maspéto, 1973, p. 29. Cadernos de Tradugto, Porto Alegre, niimero $0, 2024 200 rudimentar e teérico; convém, pois, no tomar ao pé da letra, nem considerar como solugdes definitivas, as disposigdes, terminologias etc., que se encontram registradas nesse texto, Desde essa data, o sistema de andlise sintitica esta em constante reelaboraco, ‘© que aos poucos vai produzindo inconsisténcias terminologicas que somente podem ser superadas por uma total reestruturagio Linguistica, Nao quisemos mascarar essas incoeréneias mediante uma unificagdo arbitriria e prematura. De fato, a leitura do segundo texto mostraré que, tendo em conta o estado de desenvolvimento das pesquisas linguisticas, especialmente sobre a dificil questio do vinculo finguistico entre sintaxe & seméntica, ainda hé um longo caminho a percorrer para alcangar tal reestruturagio. © que apresentamos 6, portanto, um “taller” linguistico, com as questdes que levanta, mais que um procedimento globalmente sistemético; desejamos ardentemente sermos lidos a partir dessa perspectiva. Digamos, para coneluir, que um programa para computador em linguagem Fortran existe desde 1971; atinge os objetivos gerais definidos em 1969, mas com meios por vezes muito diferentes em detalhe dos algoritmos que haviamos previsto. Ainda assim, limitamo-nos a indicar em nota, no interior do primeizo texto, os pontos que foram suprimidos ou modificados. Com a ajuda desse programa, foram realizados virios estudos, editados ou nio, Dentre os estudos publicados, podemos citar: — M. Pécheux, “Etude expérimentale de conditions déterminant Ia plausibilité dune théorie psychologique” — Cl. Haroche e M. Pécheux, * tude expérimentale de l'eflet des représentations sociales sur la résolution dune épreuve logique a présentation variable”. — G. Gayot eM, Pécheux, “Recherches sur le discours illuministe au XVIIe siécle, Louis-Claude de Saint-Martin et les circonstances” —M. Pécheux ¢ J. Wesselius, “A propos du mouvement étudiant et des luttes de la classe ouvriére: trois organisations étudiantes en 1968" —G. Gayot, “Discours fraternel et discours polémique™. Citemos, por outro lado, um artigo que sera publicado em breve: — M. Pécheux, P. Henry, J. P. Poitou e Cl. Haroche, in exemple d’ambiguité idéologique: le Rapport Mansholt”. Acrescentemos, por fim, que est sendo realizado um trabalho de reelaboragio matematica e informatica, cujo objetivo é desenvolver um novo sistema de tratamento. Cadernos de Tradugto, Porto Alegre, niimero $0, 2024 201 Finalmente, assinalaremos, mais uma vez, 0 carter inacabado deste empreendimento realmente “pluridisciplinar” que, sob formas especificas, faz apelo a teoria das ideologias e a0 materialismo histérico, a linguistica em seu estado atual de desenvolvimento e aos diversos ramos da matemitica. M. Pécheux Paris, dezembro de 1975. \ PECHEUX, Michel, Anélise automética do discurso (AAD-69). In: GADET, Francoise: HAK. Tony’ (Orgs). Por ina andlise antomética do discurso: wnta intvodugo & obra de Michel Pécheax. Traducio Bethania S. Mariani er al. Campinas: Ed. da Unicamp, 1990 [1969]. " PECHEUX, Michel: FUCHS, Catherine. A propasito da andlise automatica do discurso: atualizagio ¢ perspectivas. 1: GADET, Francoise; HAK, Tony (Orgs). Por wna anise automdtica do discurso: vine introdugao a obra de Michel Péchews. Traducao Bethania S. Mariani et al. Campinas: Ed. da Unicamp, 1990 [1975]. * ROBIN, Résine, Historia e Linguistica. Tradugio Adélia Bolle com a colaboragie de Marilda Percira Sto Paulo: Cultrix, 1977. " HAROCHE, Claudine: PECHEUX, Michel: HENRY, Paul: A semntica ¢ o corte saussuriano: lingua, linguagem. discurso. in: Andlise do discurso: apontamentos para wma histéria da nogdo-conceito de formacdo discursiva. Traducdo Roberto Leiser Baronas @ Fabio César Montanbeiro, Araraquara: Letreria, 2020. p. 17-38 “ PECHEUX, Michel, Semdica e discurso: wma critica & afitmagao do ébvio, Tradugdo Eni Puceinelli Orlandi er ai, Campinas: Ed. da Unicamp. 1988 [1975]. “PECHEUX, Michel; WESSELIUS, Jacqueline. A respeita do movimento estudantil e das Intas da classe persia: 3 organizagdes estudantis em 1968. Jn: ROBIN. Régine. Historia e Linguistica. Tradude Adélia Bolle com a colaboragao de Marilda Pereira. Sto Paulo: Cultrix, 1977. p. 265-282. % GAYOT, Gérard, Discurso amistoso e diseurso polémico. In: ROBIN. Régine. Histéria e Linguistica Traduca Adélia Bolle com a colaboracio de Marilda Pereira. Sio Paulo: Cultix, 1977. p. 247-264. Cadernos de Tradugto, Porto Alegre, niimero $0, 2024

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