Está en la página 1de 5
Presidéncia da Republica Casa Civil Subchefia para Assuntos Juridicos DECRETO N° 6,029, DE 1° DE FEVEREIRO DE 2007. Institul Sistema de Gestéo da Etica do Poder Executivo Vide Resolucdo n° 10, de 29 de setembro de 2008 Federal @-d4 outrse provdenciss, © PRESIDENTE DA REPUBLICA, no uso da atribuigo que he confere 0 art, 84, inciso VI, alinea *a’, da Constituigao, DECRETA: Art 12. Fica instituido © Sistema de Gestéo da Etica do Poder Executive Federal com a finalidade de promover atividades que dispdem sobre a conduta ética no Ambito do Executivo Federal, competindo-the | -integrar os érgaos, programas e agées relacionadas com a ética piiblica; Il - contribuir para a implementagao de politicas piblicas tendo a transparéncia e o acesso a informagao como instrumentos fundamentais para 0 exercicio de gestao da ética publica; IIL- promover, com apoio dos segmentos pertinentes, a compatiblizagéo e interagéio de normas, procedimentos técnicos @ de gestao relatives a ética publica; IV - articular ages com vistas a estabelocer @ efetivar procedimentos de incentivo e incremento ao desempenho institucional na gestao da ética publica do Estado brasileiro, Art. 22 Integram 0 Sistema de Gesto da Etica do Poder Executivo Federal | +a Comisséo de Etica Publica - CEP, insituida pelo Decreto de 26 de maio de 1999; l- as Comissdes de Etica de que trata o Decreto n® 71, de 22 de junho de 1994; e Ill as demais Comissées de Etica e equivalentes nas entidades e érgaos do Poder Executivo Federal. ‘Ait. 32 A CEP serd integrada por sele brasilelros que preencham os requisitos de idoneidade moral, reputagio ilbada @ notéria experiéncia em administracao publica, designados pelo Presidente da Republica, para mandatos de tras anos, nao coincidentes, permitida uma nica recondugao. § 12 A atuago no Ambito da CEP nao enseja qualquer remuneragao para seus membros e os trabalhos nola desenvolvidos sao considerados prestagao de relevante servigo puiblico. '§ 22 0 Presidente terd o voto de qualidade nas deliberagdes da Comissao, § 32 Os mandatos dos primeiros membros serdo de um, dois ¢ trés anos, estabelecidos no decreto de designagao, Art. 42 A CEP compete: | -atuar como instancia consultiva do Presidente da Reptiblica © Ministros de Estado em matéria de ética publica; II administrar a aplicagéo do Cédigo de Conduta da Alta Administragéo Federal, devendo: a) submeter ao Presidente da Republica medidas para seu aprimoramento; b) dirimir davides a respeito de interpretacdo de suas normas, deliberando sobre casos omissos; ©) apurar, mediante deniincia, ou de oficio, condutas em desacordo com as normas nele previstas, quando Praticadas pelas autoridades a ele submetidas; lil - dirimir davidas de interpretagao sobre as normas do Cédigo de Etica Profissional do Servidor Publico Civil do Poder Executivo Federal de que trata o Decreto no 1.171, de 1994: IV - coordenar, avaliar e supervisionar o Sistema de Gestado da Etica Publica do Poder Executivo Federal; \V- aprovar o seu regimento interno; e VI- escolher o seu Presidente, Pardgrafo Unico. A CEP contara com uma Secretaria-Executiva, vinculada & Casa Civil da Presidéncia da Reptblica, & qual ‘competira prestar 0 apoio técnico e administrativo aos trabalhos da Comissao. ‘Art. 5° Cada Comisséo de Elica de que trala o Decreto no 1174, de 1994, serd integrada por trés membros titulares e ts suplentes, escolhidos entre servidores e empregados do seu quadro permanente, e designados pelo dirigente maximo da respectiva entidade ou érgao, para mandatos nao coincidentes de trés anos. Art. 62 E dever do titular de entidade ou drgao da Administragao Publica Federal, direta e indireta: | + assegurar as condigées de trabalho para que as Comissées de Etica cumpram suas fungdes, incisive para que do das atribuigdes de seus integrantes nao Ihes resulte qualquer prejuizo ou dano; 11 conduzir em seu Ambito @ avaliagao da gestio da ética conforme proceso coordenado pela Comissao de Etica Publica. Att. 72 Compete as Comissdes de Etica de que tratam os incisos Ile Ill do art. 2: | -atuar como insténcia consultva de diigentes e servidores no &mbito de seu respectivo érgéo ou entidade; Il - aplicar © Cédigo de Etica Profissional do Servidor Piblico Civil do Poder Executivo Federal, aprovado pelo Decreto 1.171, de 1994, devendo: a) submeter & Comissao de Etica Publica propostas para seu aperfeigoamento; ») dirimir dividas a respeito da interpretagao de suas normas e deliberar sobre casos omissos; ) apurar, mediante dentincia ou de oficio, conduta em desacordo com as normas éticas pertinentes; e d) recomendar, acompanhar @ avaliar, no &mbito do érgao ou entidade a que estiver vinculada, o desenvolvimento de ages objetivando a disseminagao, capacitagao e treinamento sobre as normas de ética e disciplina; lil - representar a respectiva entidade ou érgao na Rede de Etica do Poder Executive Federal a que se refere o art. 920 IV + supervisionar a observancia do Cédigo de Conduta da Alta Administragdo Federal ¢ comunicar 8 CEP situagdes que possam configurar descumprimento de suas normas. § 12 Cada Comisséo de Etica contard com uma Secretaria-Executiva, vinculada administrativamente a insténcia maxima da entidade ou érgao, para cumprir plano de trabalho por ela aprovado e prover o apoio técnico e material necessario ao cumprimento das suas atribuigdes. § 22 As Secretarias-Executivas das Comissdes de Etica serdo chefiadas por servidor ou empregado do quadro permanente da entidade ou 6rgao, ocupante de cargo de dirego compativel com sua estrutura, alocado sem aumento de despesas. Art, 92 Fica constituida a Rede de Etica do Poder Executive Federal, integrada pelos representantes das Comissées de Etica de que tratam os incisos I, Ile Ill do art. 28, com o objetivo de promover a cooperagéo técnica e a avaliagao em gestao da ética, Pardgrafo tinico. Os integrantes da Rede de Etica se reunirdo sob a coordenagao da Comissao de Etica Publica, em forum especifico, para avaliar o programa e as agdes para a promogao da ética na administragao publica Art, 10. Os trabalhos da CEP e das demais Comissdes de Elica devem ser desenvolvidos com celeridade & observancia dos seguintes principios: | -protegdo & honra e & imagem da pessoa investigada; Il protegao a identidade do denunciante, que devera ser mantida sob reserva, se este assim o desejar; e lil -independéncia e imparcialidade dos seus membros na apuragao dos fatos, com as garantias asseguradas neste Decreto. Art, 11. Qualquer cidadao, agente piblico, pessoa juridica de direito privado, associagao ou entidade de classe podera provocar a atuagdo da CEP ou de Comissdo de Etica, visando apuragao de infragdo ética imputada a agente pllblico, érgao ou setor espectfico de ente estatal Paragrafo unico, Entende-se por agente publico, para os fins deste Decreto, todo aquele que, por forga de lei, contrato ou qualquer ato juridico, preste servigos de natureza permanente, temporaria, excepcional ou eventual, ainda que sem retribuigao financeira, a érgao ou entidade da administracao publica federal, direta e indireta, ‘Art, 12, © processo de apuragio de pritica de ato em desrespeito ao preceituado no Cédigo de Conduta da Alta Administragao Federal e no Cédigo de Etica Profissional do Servidor Piblico Givil do Poder Executivo Federal serd instaurado, de oficio ou em razao de dendincia fundamentada, respeltando-se, sempre, as garantias do contraditério e da ampla defesa, pela Comisséo de Etica Pilblica ou Comissées de Etica de que tratam o incisos Ile Ill do art, 2°, conforme 0 caso, que notificara o investigado para manifestar-se, por escrito, no prazo de dez dias. § 12 (0 investigado poderd produzir prova documental necessaria a sua defesa. '§ 22 As Comissdes de Etica poderdo requisitar os documentos que entenderem necessérios a instrugao probatéria e, também, promover diligéncias e solicitar parecer de especialista '§ 32 Na hipétese de serem juntados aos autos da investigagao, apds a manifestagao referida no caput deste artigo, novos elementos de prova, o investigado sera notificado para nova manifestagao, no prazo de dez dias. '§ 42 Concluida a instrugao processual, as Comissdes de Etica proferirao deciso conclusiva e fundamentada. § 52 So a conclusto for pela existéncia de falta étca, além das providéncias prevstas no Cédigo de Conduta da Alka ‘Administragdo Federal e no Cédigo de Etca Profisional do Servidor Publco Civil do Poder Executivo Federal, as Comissoes de Elica tomardo as seguintes providéncias, no que couber: — encaminhamento ‘ou devolugio ao érgao-de origem, conforme 0 caso; I~ encaminhamento, conforme o caso, para a Controladoria-Geral da Unio ou unidade especifica do Sistema de Correigiio do Poder Executivo Federal de que trata o Decrato n o 5.480, de 30 de junho de 2005, para exame de eventuais transgressdes disciplinares; lil -recomendagao de abertura de procedimento administrativo, se a gravidade da conduta assim o exigir. Art. 13. Sera mantido com a chancela de “reservado’, até que esteja concluido, qualquer procedimento instaurado para apuragao de pratica em desrespeito as normas éticas. § 12 Concluida a investigagio e apés a deliberagao da CEP ou da Comissao de Etica do érgao ou entidade, os autos do procedimente deixarao de ser reservados. § 22 Na hipétese de os autos estarem instruidos com documento acobertado por sigilo legal, 0 acesso a esse tipo de documento somente sera permitide a quem detiver igual direito perante o érgéo ou entidade originariamente encarregado da sua guarda, § 32 Para resguardar 0 sigilo de documentos que assim devam ser mantidos, as Comissées de Etica, depois de Concluido 0 processo de investigagao, providenciarao para que tais documentos sejam desentranhados dos autos, lacrados e acautelados. At. 14, A qualguer pessoa que esteja sendo investigada & assegurado odireto de saber o que Ihe esta sendo imputado, de conhecer 0 teor da acusagdo o de ter vista dos autos, no recinto das Comisses de Etica, mesmo que ainda néo tenha sido notificada da existéncia do procedimento investigatorio. Pardgrafo nico. O direito assegurado neste artigo inclui o de obter cépia dos autos e de certidao do seu teor. Art. 15, Todo ato de posse, investidura em fungéo publica ou celebragao de contrato de trabalho, dos agentes pliblicos referidos no paragrafo Unico do art. 11, devera ser acompanhado da prestagdo de compromisso solene de acatamento e observancia das regras estabelecidas pelo Cédigo de Conduta da Alla Administracao Federal, pelo Cédigo de Etica Profissional do Servidor Publico Civil do Poder Executivo Federal e pelo Cédigo de Etica do érgdio ou entidade, conforme 0 caso, Pardgrafo Gnico . A posse em cargo ou fungao piblica que submeta a autoridade as normas do Cédigo de Conduta da Alta Administracao Federal deve ser precedida de consulta da autoridade a Comissdo de Etica Publica; acerca de situagéo que possa suscitar contlito de interesses. At. 16. As Comissées de Etica nao poderdo escusar-se de proferir decisdio sobre matéria de sua competéncia alegando omissio do Cédigo de Conduta da Alta Administragio Federal, do Cédigo de Etica Profissional do Servidor Publico Civil do Poder Executive Federal ou do Cédigo de Etica do drgao ou entidade, que, se existente, sera suprida pela analogia e invocagao aos principios da legaldade, impessoalidade, moralidade, publcidade e eficiéncia, § 12 Havendo diivida quanto a legalidade, a Comissao de Etica competente deverd ouvir previamente a area Juridica do 6rgao ou entidade. § 22 Cumpre a CEP responder a consultas sobre aspectos éticos que Ihe forem dirigidas pelas demais Comissoes de Elica e pelos érgaos e entidades que integram 0 Executivo Federal, bem como pelos cidaddos e servidores que ventham a ser indicados para ocupar cargo ou fungao abrangida pelo Cédigo de Conduta da Alta Administragao Federal Art. 17. As Comisses de Etica, sempre que constatarem a possivel ocorréncia de illcitos penais, civis, de improbidade administrativa ou de infragao disciplinar, encaminharao cépia dos autos as autoridades competentes para apuragao de tais fatos, sem prejuizo das medidas de sua competéncia, Art, 18, As decisées das Comissées de Etica, na andlise de qualquer fato ou ato submetido a sua apreciagao ou por ela levantado, serdo resumidas em ementa e, com a omissdo dos nomes dos investigados, divulgadas no sitio do proprio érgio, bem como remetidas & Comissao de Etica Publica Art. 19. Os trabalhos nas Comisses de Etica de que tratam os incisos Ile Ill do art. 2° sao considerados relevantes e tém prioridade sobre as atribuicées proprias dos cargos dos seus membros, quando estes nao atuarem com exclusividade na Comissao. Art. 20. Os érgtios e entidades da Administragao Publica Federal dardo tratamento prioritario as solicitagdes de documentos necessarrios & instrugo dos pracedimentos de investigacao instaurados pelas Comissdes de Etica . § 12 Na hipétese de haver inobservancia do dever funcional previsto no caput, a Comissao de Etica adotaré as providéncias previstas no inciso III do § 5° do art, 12. § 22 As auloridades competentes ndo poderdo alegar sigilo para deixar de prestar informagao solictada pelas Comissées de Etica io de Etica de que tratam 0s incisos Ile lil do Art. 21. A infragao de natureza ética cometida por membro de Cor art, 22 serd apurada pola Comissao de Etica Publica. Att. 22, A Comissio de Etica Publica manterd banco de dados de sangées aplicadas pelas Comissées de Etica de ue tratam os incisos Ile Ill do art. 226 de suas proprias sangées, para fins de consulta polos érgos ou entidades da administragao publica federal, em casos de nomeagao para cargo em comissao ou de alta relevancia publica. Paragrafo Unico, © banco de dados referido neste artigo engloba as sangdes aplicadas a qualquer dos agentes Pliblicos mencionados no paragrafo tnico do art. 11 deste Decreto. Art. 23. Os representantes das Comissdes de Etica de que tratam os incisos II e Ill do art. 22 atuaréo como elementos de ligagaio com a CEP, que dispora em Resolucdo prépria sobre as atividades que deverdo desenvolver para ‘© cumprimento desse mister. Art. 24, As normas do Cédigo de Conduta da Alta Administragao Federal, do Cédigo de Etica Profssional do Servidor Pablico Civil do Poder Executive Federal e do Cédigo de Elica do érgio ou entidade aplicam-se, no que couber, as autoridades e agentes ptblicos neles referidos, mesmo quando em gozo de licenga. Civil do Poder Executivo Federal, aprovado pelo Decreto n® 1.171, de 22 de junho de 1994, os aris. 2° e 32 do Decroto de 26 cde maio de 1999, que cria a Comissao de Etica Publica, e os Decretos de 30 de agosto de 2000 ¢ de 18 de maio de 2001, que dispem sobre a Comissao de Etica Piblica Art. 26. Este Decreto entra em vigor na data da sua publicagao. Brasilia, 1° de fevereiro de 2007; 1862 da Independéncia e 1192 da Republica. LUIZ INACIO LULA DA SILVA Dilma Rousseff Este texto nao substitui o publicado no DOU de 2.2.2007

También podría gustarte