Está en la página 1de 16
EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR SENADOR RODRIGO OTAVIO SOARES PACHECO PRESIDENTE DO SENADO FEDERAL DA REPUBLICA FEDERATIVA DO BRASIL. Ref.: Projeto de Lei n? 75, de 2014 (n? 642, de 2007, na Camara dos Deputados), que “Dispée sobre a regulamentacdo da profissao de instrumentador cirargico”. © SINDICATO NACIONAL DE INSTRUMENTADORES CIRUGICOS, C ravante denominade SINIC, portadora do CNPJIMF_ N° 61:652.696/0001.56, desde 15.09.1989, devidamente ativa, conforme regular inscrigao no CNAE 9420100 e atualmente com enderego sito na rua Candido de Leao, 45, bh ba Andar, Conjunto 1.106, Centro de Curitiba, no Estado do Parana, por seu representante legal signatario, o professor Dr Alaércio Aparecido de Oliveira (CV: http:/attes.cnpq. 'br/47697 17444928336), vem com O devido respeito & acato perante a elevada presenca de V. Exa. e demais membros do Egrégio Senado da Republica Federativa do Brasil, com fulero nos termos da Carta Magna Constitucional, da Lei Organica deste orgao ¢ demais dispositivos apleaveis a espécie, dizer que néo merece prosperar sob a égide do ampavo © VETO presidencial,, sendo nevessério manifestar, impugnar e requerer © seguinte: 01 — Que, tomou conhecimento através dos meios de comunicagao, a internet: tt: iwww25 senado,leg.briweb/atividade/materias/-Imaterial118224, ater em 28/12/2022, pela Secretaria de Expediente, com @ aga Stpetanciada nos termos seguinte: “ Vetada integralmente, (vide mensagem n° $40 de 27/12/2022, publicada no DOU de 28/12/2022, pag. 16, coluna % valuna 2, ¢ que ouvides os Ministros da Sade e do Trabalho e Previdéncia @ Gpoca, ensejaram em equivoco, como se pode observar do texto abaixo elencado, senao vejam: “A proposigio legislativa dispde sobre a regulamentac3o da profissio de instrumentador cirdrgico, pela qual elencaria os requisites, as atribuigdes, os deveres, as infragdes disciplinares e definiria o exercicio ilegal da profissio por pessoas inabilitadas para esta atividade profissional. Embora se reconhega a boa intencdo do legisiador, @ proposigdo legislativa incorre em vicio de inconstitucionalidade, ima vez que estabeleceria medidas restritivas ao livre exercicio da profisséo, em desconformidade com o principio de liberdade 2 de desempenho de qualquer trabalho, oficio ou profisséo, nos termos do disposto no inciso Xill do caput do art. 6° € no art. 170 da Constituigo no que se refere & ordem econdmica. Nesse sentido, a proposi¢So implicaria reserva de mercado, 0 ue contraria © interesse publico, pois poderia veder a pratica da afividade por profissionais j& capacitados e ensejar a redugo significativa de profissionais que também exercem estas attibuigtes no exercicio da profisséo, como aqueles regidos pela Lei n® 7.498, de 25 de junho de 1986, que dispoe sobre a regulamentaco do exercicio da enfermagem. Nesta hioétese, o instrumentador estaria submetido a restricoes distintas das aplicadas a enfermeiros e @ técnicos de enfermagem. Por fim, a proposigo legisiativa, que prevé deveres, direitos, penalidades e um Cédigo de Etica, nao estabelece as consequéncias das infragdes descritas, a entidade que seria responsavel por apuré-ias, nem a competéncia para editar 0 Cédigo de ética, uma vez que @ proposta ensejaria numa referencia a uma disposig3o inexistente, sociedades profissionais.” (Grifam-se) 02 - Que, 0 PLC 075 de 2014 referenciado, tramitou habitualmente desde o ano de 2007, pelas Comissées da Camara dos Deputados, através do Projeto de Lei 642/07 e, posteriormente perante as Comissées do Senado da Repiblica Federativa do Brasil, em que os ambos Poderes da Repttblica, apés andlise criteriosa e por unanimidade aprovada. 03 - Que, a alegada ‘proposic&o legislativa incorre em vicio de inconstitucionalidade, uma vez que estabeleceria medidas restritivas ao livre exercicio da profisso, em desconformidade com o principio da liberdade de desempenho de qualquer trabalho, oficio ou profisséo, nos termos do disposto 1no inciso Xill do caput do art. 5° e no art. 170 da Constituig&o no que se refere & ordem econémica’ & totalmente controverso porque difere da realidade amplamente discutida perante as Comissées da Camara dos Deputados e Senado Federal; 04 — Que, nao se pode sustentar sob hipétese alguma, se tratar a proposigao que “implicaria reserva de mercado, 0 que contraria o interesse publico, pois poderia vedar a pratica da atividade por profissionais ja capacitados e ensejar a redugao significativa de profissionais que também exercem estas atribuigdes no exercicio da profissao, como aqueles regidos pela Lei n® 7.498, de 25 de junho de 1986, que dispée sobre a regulamentagao do exercicio da enfermagem, uma vez que a natureza de uma profissao, no caso, a enfermagem é para cuidar dos enfermos, enquanto que o de instrumentador cirtirgico € para cuidar da esterilizagao e instrumentar cirurgias quer sejam humanas, veterinarias, comercial e industrial, que elide no livre exercicio da instrumentagdo cirirgica, sob ordens de cirurgides, nas diversas searas da especializacdo, mesmo porque a Alma da Satide Brasileira necessita ser TRANSFORMADORA e consequentemente cenario devera fazer parte o Instrumentador Cirtrgico! Desta forma, ha que se manifestar pelas razées de fato e de direito que passa a expor, isto porque a Alma da Satide devera ser continuamente transformadora’ 3 4 - DO PRONUNCIAMENTO DO CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM (COFEN): Apesar de admitir e reconhecer pela necessidade da regulamentacao profissional, literalmente desconhece a esséncia profissional, como alega: “Apesar de legitimo, 0 pleito dos instrumentadores cirurgicos bate de frente com o exercicio dos profissionais de enfermagem, pois existe previsdo em lei, A questo de centro cirtirgico e central de material jé so objetos de especializagées da érea de enfermagem. Temos 2 milhdes de profissionais aptos a atuar na area’, explicitou a presidente do Cofen, Irene Ferreira. Outro ponto importante a ser pensado 6 a quem estes profissionais estariam subordinados e qual 0 érgo que faria a fiscalizagéo dessa profisséo. Como consta na constituig&o, os conselhos de classe s&o bragos do Estado, que fiscalizam 0 exercicio profissional para que seja_prestada uma assisténcia livre de impericia, negligéncia @ imprudéncia na area a ser fiscalizada. “Acredito que 0 projeto ainda nao esteja maduro e possa apresentar problemas futuros', completou Irene.” (Grifam-se) Como se vé, 6 descabida a manifestago da Senhora Presidente do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), 0 que de plano requer a impugnagao, haja vista que, isto porque nao cabe a representante legal de conselho a quem estaréo subordinados a fiscalizacéo da profisséo porque naturalmente a categoria profissional, os Instrumentadores Cirirgicos, se constituira de proprio Conselho de Classe que legalmente constituidos desempenharao suas atribuigdes fiscalizadoras. Desta forma, a maturidade profissional se constituird a medida em que as demandas da seara de competéncia se estabelece para 0 fim a que se destina. PROFISSOES COM EXERCICIOS PROFISSIONAIS E SUBORDINACOES DISTINTAS!!! E preciso dizer que, o embasamento do VETO presidencial ao afirmar inconstitucionalidade e ilegalidade, quando argumenta que: ‘Nesse sentido, a proposigao implicaria reserva de mercado, o que contraria o interesse puiblico, pois poderia vedar a pratica da atividade por profissionais jé capacitados e ensejar a redugéo significativa de profissionais que também exercem estas atribuig6es no exercicio da profissao, como aqueles regidos pela Lei n° 7.498, de 25 de junho de 1986, que dispde sobre a regulamentagéo do exercicio da enfermagem. Nesta hipétese, o instrumentador estaria submetido a restrigdes distintas das aplicadas a enfermeiros e a técnicos de enfermagem. trata-se de condicao totalmente irreal, inveridica, e equivocada, porque a mencionada lei n&o se aplica aos Instrumentadores Cirlirgicos, e infringe o contido nos dispositivos do diploma legal da enfermagem, a Lei 7.498/86 sob subordinacao do enfermeiro, tanto assim, que foi matéria amplamente discutida, inclusive com a presenga de representante legal do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) a época. Ora, e nem poderia ser diferente porque as SUBORDINAGOES SAO TOTALMENTE DISTINTAS enfermagem esta para 0 ENFERMEIRO como o INSTRUMENTADOR CIRURGICO para os cirurgides, além de empresas comerciais, industrias e ensino. 2, DE DIREITO: 2.1 DA PROFISSAO DO INSTRUMENTADOR CIRURGICO: 2.1.1 = Conceito de profissao: algumas consideragdes a partir do trabalho do instrumentador cirtirgico: Segundo Hualde, a primeira questéo a ser enfrentada pela sociologia das profissées é a definig&o do conceito de profissao: Os autores que tém se ocupado nas tiltimas décadas com a sociologia das profissées tem um traco em Normaimente iniciam seu trabalho revisando iografia anterior para discutir seja 0 conceito de seja_o de profissionalizacéo. Esta é sintomatica do precario consenso que existe sobre o que sdo as profissdes nas sociedades contemporaneas. As referéncias comuns as caracteristicas das profissées, que nao sao privativas dos estudiosos das mesmas (educagao superior, conhecimento formal, prestigio e influéncia social, serem atividades privativas das classes médias), sao objeto de discussao, pois trata-se de esquadrinhar mais a fundo o significado de tals referéncias ¢ a hierarquia que ocupam na definigéo da profisséo (Hualde, 2000, p.665) (Grifam-se) No mesmo sentido, Becker ressaltou o quanto a discussao sobre as profissées € antiga, remontando ao conceito estabelecido por Flexner em 1915: Flexner estabeleceu seis critérios para distinguir as profissées de outros tipos de trabalho (muitos destes critérios s&o recorrentes em diversas permutacdes em definicdes posteriores). De seu ponto de vista, a atividade profissional era basicamente intelectual, trazendo consigo grande responsabilidade pessoal; era aprendida, baseando-se em grande conhecimento e no apenas rotina; era pratica, mais do que académica ou tedrica; sua técnica podia ser ensinada, sendo isto a base da educacdo profissional; era fortemente organizada internamente; e era motivada pelo altruismo, com os profissionais vendo-se a si mesmos como trabalhando de alguma forma pelo bem da sociedade (Flexner,1915, p.578- ‘ 581, citado por Becker, 1970, p.88). q) (in: FLEXNER, Abraham. Is social work a profession? Proceedings of the National Conference of Charities 5 and Correction. Chicago: Hildmann, 1915. p. 576-590. Citado por: BECKER, Howard. The nature of a profession. In: Sociological work: method and substance. New Brunswick, NJ: Transaction Books, 1970. p. 87-103.). (Grifam-se) Apés referir-se a grande diversidade de definigdes do conceito de profissao, Becker afirmou que a dificuldade de se chegar a um consenso reside na duplicidade de sua utilizagéo enquanto conceito cientifico, ou seja, caracterizagaéo de um fenémeno a ser estudado, e ao mesmo tempo também como um conceito do senso comum. O termo profissao estaria associado a uma valoracao moralmente positiva, como uma atividade que atingiu um estagio superior e que deveria servir de modelo as demais. Becker sugeriu que se analisasse 0 conceito de profisséo como um simbolo honorifico, estudando as caracteristicas deste simbolo: Ao fazer esta andlise, ndo nos preocupamos com as caracteristicas das organizagées ocupacionais reais em si, mas com as crengas convencionais em relagao a quais deveriam ser estas caracteristicas. Em outros termos, queremos saber 0 que as pessoas tém em mente quando dizem que uma ocupacéo é uma profissao, que esta se tornando mais profissional ou que nao é uma profissao (Becker, 1970, p. 93). (in: BECKER, Howard, The nature of a profession. In - Sociological work: method and substanc New Brunswick, NJ: Transaction Books, 1970. p. 87- 103,). (Grifam-se) Como se vé, 0 simbolo incluiria 0 monopélio de um conhecimento esotérico, importante para a sociedade, adquirido em um processo longo e dificil; sua atividade poderia ser controlada apenas pelos integrantes do grupo profissional (autonomia); este grupo teria motivagées altruisticas e seguiria um cédigo de ética com énfase no bem do cliente, desfrutando de uma posigao social elevada. Becker questionou até que ponto este simbolo corresponderia a alguma profissao realmente existente, destacando os processos de controle do profissional pelo cliente (influéncia de amigos na escolha de um profissional, por exemplo, ou a necessidade de agradar ao cliente deixando de fazer exames tecnicamente necessarios mas constrangedores, como o toque retal numa consulta médica de rotina) (Becker, 1970, p. 98-102) Hughes destacou os conceitos de autorizagao ("license") e de mandato como importantes para o estudo das ocupagées, incluindo-se também as profissoes (Hughes, 1994c, p. 25). A autorizagdo seria a permissdo para realizar atividades especificas, desviando-se do modo comum de proceder. O mandato seria a definigéo das condutas adequadas em relagdo aos temas que séo objeto do trabalho da ocupacao. A partir destes dois conceitos, Hugues caracterizou 0 surgimento de uma profissao: As profissées, talvez mais do que os outros tipos de ocupagées, também reclamam um amplo mandato 6 legal, moral ¢ intelectual. Ndo apenas os praticantes, através da admisséo ao circulo encantado da profissdo, individualmente exercem uma autorizagao para fazer coisas que outros nao fazem, mas coletivamente presumem dizer & sociedade o que é bom e correto para ela em um amplo e importante aspecto da vida. Na verdade, eles definem os préprios termos de pensar sobre isto. Quando uma tal presungao é garantida como legitima, surge uma profisséo em seu sentido completo. (Hughes, 1994c, p. 25-26) (HUGHES, Everett C. Professions. In: _. On work, race, and the sociological imagination. Chicago: University of Chicago Press, 1994a. p. 37- 49.) (Grifam-se) Assim, Hughes nao centrava a definicao de profissao em alguma caracteristica inerente & atividade em si, mas na capacidade do grupo de praticantes em estabelecer-se como profissionais frente a sociedade em geral. O conhecimento especializado € o argumento utilizado para justificar 0 monopélio dos profissionais sobre determinadas areas de atuagao. Assim, procuram-se afastar todos aqueles que no fazem parte do grupo reconhecido como legitimo. Os que conseguem ingressar no “circulo encantado” da profiss4o formariam, como destacou Goode, uma comunidade dentro da sociedade mais ampla: (1) Seus membros sao unidos por um sentido de identidade. (2) Uma vez dentro, poucos abandonam o grupo, que se torna uma situacéo terminal ou continuada para a maioria. (3) Seus membros compartilham valores comuns. (4) Suas definicées de papéis tanto entre os membros como frente aos nao- membros sao acordadas e sdo iguais para todos os membros. (6) Nas areas da acao comunal ha uma linguagem — comum, — compreendida apenas parcialmente pelos demais. (6) A comunidade tem poder sobre seus membros. (7) Seus limites sao razoavelmente definidos, apesar de nao serem fisicos e geograficos, mas sociais. (8) Apesar de produzir a préxima geracao biologicamente, ela o faz socialmente através do controle sobre a selecdo dos novos profissionais, e através do processo de treinamento faz com que os recrutas passem por um processo de socializacdo adulta (Goode, 1957, p. 194), (in: GOODE, William J. Community within a community: the professions. American Sociological Review, v. 22, n. 2, apr. 1957, p. 194-200.), (Grifam-se) Paradeise fez uma leitura da obra de Hughes como a inspiragao de diversos trabalhos que buscaram analisar separadamente os fundamentos da organizagao profissional e seus modos de legitimagao, transformando “em 7 objetos de andlise os tragos idealtipicos que o modelo de Parsons tomava como dados.” (Paradeise, 1988, p. 11) Duas conseqliéncias metodoldgicas resultaram deste ponto de vista: “Em primeiro lugar, o estudo das profissées por suas, fungées macro-sociais foi desqualificado [...]. Em segundo lugar, o discurso sobre a profisséo nao deveria mais ser aceito como uma exposicéo de fatos, mas ser analisado como uma argumentacdo que se tornou crenca compartilhada pelos publicos internos @ externos a ocupacao, no movimento de organizacao material e simbélica ligado a conquista e manutengao do estatuto. (p. 11-12) (in: PARADEISE, Catherine. Les professions comme marchés du travail fermés. Sociologie et societés, v. XX, n. 2, oct. 1988, p. 9-21.) (Grifam-se) (in: PARADEISE, Catherine. Les professions comme marchés du travail fermés. Sociologie et societés, v. XX, n. 2, oct. 1988, p. 9-21.) Larson destacou a especificidade hist6rica do conceito de profisséo. Segundo a autora, “4. a profissionalizagao traduz os recursos raros de uma ordem (competéncia advinda de uma formacao e exames padronizados no nivel mais alto do sistema de ensino oficial) em outra ordem (emprego no mercado de trabalho, privilégios _profissionais, posigéo social ou cargo elevado na hierarquia burocratica). A profisséo torna-se assim uma denominagao que se da as formas historicamente especificas que estabelecem os lacos estruturais entre um nivel de instrugao formal relativamente elevado e os cargos ou recompensas relativamente desejaveis na diviséo social do trabalho, (Larson, 1988, p. 28)". (in: LARSON, Magali Sarfati A propos des professionels e des experts ou comme il est peu utile essayer de tout dire. Sociologie et societés, v. XX, n. 2, oct. 1988, p. 23-40). Freidson, por outro lado, afirmou que a Unica caracteristica em comum a todas as profissdes ¢ apenas 0 fato de serem reconhecidas como tal: © programa tedrico que nos leva para além do conceito popular substitui deliberadamente a tarefa de desenvolver uma teoria das profissées pela tarefa de desenvolver uma teoria mais geral e abstrata das ocupagées. [...] Uma tal teoria 6 desenvolvida 7) mediante 0 reconhecimento de que nao existe trago / ou caracteristica inicos, —_-verdadeiramente _/|\/ explanatérios - inclusive um candidato recente como 8 © “poder” — que possam enfeixar todas as ocupacées chamadas profissées a nao ser 0 fato real de virem a se chamar profissées. Assim, a profissdo ¢ tratada como uma entidade empirica sobre a qual ha pouco terreno para generalizacées como classe homogénes ou categoria conceitual logicamente excludente (Freidson, 1998, p. 59-60)”. (Grifam-se) E ainda, 0 aspecto importante para os estudos empiricos seria a influéncia da luta pelo reconhecimento enquanto profiss4o na “organizagdo corporativa da ocupagao” e sobre “sua divisdo de trabalho e as posigdes de seus membros nos ambientes concretos onde trabalham.” (Freidson, 1998, p. 61). Descartando a formulacao de um conceito nico e globalmente aceito, Freidson apontou a necessidade de que cada autor explicite 0 conceito de profissao ao qual esta se referindo, para que os leitores possam compreender 0 que se esta afirmando e também comparar os trabalhos de autores diversos: Se X pretende referir-se apenas aquelas poucas ocupagées que quase todo o mundo reconhece como profissées, que possuem altissimo prestigio e um verdadeiro monopélio sobre um Conjunto de tarefas amplamente requisitadas, enquanto Y, ao chama-las de profissées, quer referir-se também a ocupacées que tentam melhorar seu baixo prestigio e fraca posigao econémica, entéo cada um deles esta falando de categorias incomparaveis e tanto os autores quanto seus leitores deveriam estar cientes disso (Freidson, 1998, p. 62). (Grifam-se) (in: FREIDSON, Eliot. A teoria das profissées: situagao do setor. In: __. Renasi profissionalismo: teoria, profecia e pol Paulo: EdUsp, 1998. p.47-63.). Retomando-se o que Becker afirmou sobre a confusdo entre os usos popular e cientifico do termo profisséo, Bourdieu apontou um outro problema decorrente do uso do conceito de profisséo como termo cientifico: “Profession” 6 um conceito popular que foi contrabandeado de forma acritica para a linguagem cientifica e que carrega consigo todo um inconsciente social. E 0 produto social de um trabalho histérico de construcdo de um grupo e de uma representacao dos grupos que esgueirou-se sub-repticiamente para a ciéncia deste proprio grupo. A categoria profissao refere-se a realidades que so, em um sentido, “reais demais” para serem verdadeiras, pois abrange ao mesmo tempo uma categoria mental e uma categoria social, socialmente produzidas apenas pela substituicdo ou eliminacdo de todos os tipos de diferencas e contradicoes econémicas, sociais e étnicas que fazem a “profissdo” de “advogado”, por exemplo, um espago de competicao e de luta (Bourdieu e Wacquant, 1992, p. 243). (in; BECKER, Howard. The nature of a profession. In: method and substance. New Brunswick, NJ: Transaction Books, 1970. p. 87- 103.). Segundo Bourdieu, a alternativa a assumir 0 conceito de profissao em seu sentido comum seria procurar desvendar o trabalho de agregagao e imposicao simbélica necessdrio para produzi-la, tratando-a como um campo, ou seja, um espago estruturado de forgas sociais e de lutas (Bourdieu e Wacquant, 1992, p. 243) Assim, a prdpria Carta Magna (Constituigo Federal) do que se considera como a profissdo € objeto da andlise. Além disso, considerar a profisséo como um campo coloca em destaque aspectos que seus membros podem ndo gostar de ver expostos. Da exaustiva analise no que se refere se tratar de PROFISSOES COM EXERCICIOS PROFISSIONAIS E SUBORDINAGOES DISTINTAS, requerem trajetbrias proprias com competéncias, caracteristicas, tipificagdes e formagdes que coadunam em prol do bem-estar do cliente em diversos seguimentos da satide qual sejam: nas diversas areas de especializag5es da medicina humana elou veterinatia, por isso faz necessario elencar que em: Regra geral, as profissées requerem competéncias especializadas @ formais, que se costumam adquirir com uma formagao universitaria ou profissional. Os oficios, no entanto, consistem em atividades informais ou cuja aprendizagem consiste na pratica. Em alguns casos, de qualquer forma, a fronteira entre a profissao e 0 oficio é difusa. Aquele que exerce uma profisséo é um profissional. Esta pessoa tirou um curso e é titular de um certificado ou diploma que credita as suas competéncias para desempenar o seu trabalho. (Grifam-se) (in: Conceito de profissdo - O que 6, Definicéo e Significado http://conceito.de/profissao#ixzz3LoVDie) Como se pode observar, o conceito é cristalino sobre profissao e, no ébvio, ndo foge a regra para a instrumentagdo cirtirgica, como para qualquer outra profiss4o, mesmo porque, caso seja outro entendimento, evidentemente estara sujeita as penalidades da LCP - Decreto Lei n° 3.688 de 03 de Outubro de 1941, que enfatiza: 10 Art. 47. Exercer profissio ou atividade econémica ou anunciar que a exerce, sem preencher as condigées a que por lei esta subordinado o seu exercicio: Pena - prisdo simples, de quinze dias a trés meses, ou multa, de quinhentos mil réis a cinco contos de réis. (in:http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11737214/artig 0-47-do-decreto-lei-n-3688-de-03-de-outubro-de- 1941). Ora, nesse mesmo sentido, 6 cedigo que recentemente a Camara esta analisando 0 projeto (PL 3608/12) que aumenta para detengao de dois a trés anos, além de multa, a pena para quem exercer ilegalmente qualquer profiss&o ou atividade econémica. A pena atual é de prisdo simples, de 15 dias a trés meses, ou multa. Para o deputado licenciado Romero Rodrigues (PSDB-PB), autor da proposta, ‘© endurecimento da pena para quem exercer uma profissdo sem cumprir os requisitos legais se justifica pelo dano causado a sociedade. Tem sido cada vez mais comum a ocorréncia de leigos praticando ages como se fossem profissionais habilitados, ou se arvorando conhecedores ou experts de determinadas matérias, criticou. © Projeto aumenta pena por exercicio ilegal de profisséo 2. O TRABALHO DO INSTRUMENTADOR CIRURGICO E A QUESTAO DA PROFISSIONALIZACAO: Em relagdo ao tema da profissionalizagao, 0 trabalho do instrumentador cirdrgico pode ser analisado de varias formas. Um tipo de abordagem que se encontra na literatura é a comparacao do trabalho instrumentador cirdrgico com um modelo de profissao, com o objetivo de verificar até que ponto coincidem. Menke e colaboradores escolheram 0 modelo proposto por Pavalko (1971, p. 18-27), constituido por oito dimensées: 1) Um conjunto generalizado de conhecimentos, teorias e técnicas intelectuais; 2) um periodo extenso de educacdo e treinamento, normalmente realizado em um estabelecimento académico; 3) relevancia do trabalho para os valores sociais basicos; 4) autonomia; 5) motivagéo que envolve um sentido de misso; 6) um compromisso superior de dever da ecupagao em beneficio do cliente; 7) um sentimento de comunidade entre os que a praticam; 8) um cédigo de ética institucionalmente imposto para assegurar submissao a ele. (Menke; White; Carey, 2003, p. 89) li ‘Assim, 0 instinto de conservagéo provoca medo em pacientes que se submeterao a tratamento cirurgico, por varias raz6es: medo da anestesia, da dor, da cirurgia em si e, especialmente, medo de morrer. Tal complexidade de sentimentos e pensamentos negativos podem ser em parte neutralizados através da confianca que o cliente deposita no cirurgiéo e em sua equipe. A boa relag&o médico-cliente tem importancia fundamental nesses novos tempos de tecnologia e de impessoalidade. O afago, o toque de mao, a seguranga nas respostas e 0 sorriso so fatores que tendem a tranquilizar o cliente, diminuindo, sobretudo 0 tempo de exposigao, assegurando consequentemente as preveng6es de infeceao cirurgicas por propésitos ritmos da biosseguranga que convergem o status quo do instrumentador cirtirgico perante os multiprofissionais cirdrgico da satide (quer sejam na seara humana ou veterinaria). Desta maneira, a renomada professora Dra. Teresa Cristina dos Santos Leal (http://lattes.cnpa.br/0823448117344311) tece as seguintes consideragées, que transcreve-se, in verbis: “No Brasil, a obtengdo dos direitos sociais de cidadania esta na capacidade de reconhecimento de sua “identidade profissional"... Equivocamente a Resolugao n° 214/98, em seus artigos 1° e 2° do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) define a instrumentacéo cirdrgica como atividade de ‘enfermagem, nao sendo, entretanto ato privativo da mesma determinando também que o profissional de enfermagem atuando como instrumentador cirtirgico, por forca de lei, subordina-se exclusivamente ao enfermeiro responsavel pela unidade, ou seja, Centro Cirdrgico (BRASIL, 1998). A profisso —de_instrumentador surgiu da necessidade dos avancos e desenvolvimentos das cirurgias, com isso um enorme numero de instrumentals foi criado para realizar as manobras cirdrgicas e facilitar os procedimentos, tornando os instrumentais indispensaveis nas ciru ° profissional de instrumentacdo cirirgica é 0 responsavel pela operacionalizagao do ato cirtirgico, preparando a mesa, fornecendo com seguranca e Preciséo os —instrumentais ao cirur acompanhando a sequéncia légica de cada tempo cirirgico durante o ato operatério. O profissional de instrumentacZo cirdrgica atua junto a equipe cirargica tendo como responsabilidade, zelar pelo perfeito funcionamento do instrumental e equipamentos usados pelo cirurgido e assistente. 0 \strumentador bem qualificado prepara-se antes da gia comecar, prevé o material a ser usado e, ja conhecendo a equipe cirirgica, pode inclusive preparar o paciente de acordo com a preferéncia da mesma. Durante o ato cirtirgico, compete ao instrumentador monitorar o material usado e fazer a solicitago de reposicéo de material de consumo. \ 12 Também ¢ importante que o instrumentador esteja atento aos movimentos da equipe cirirgica, tendo sob seu controle a quantidade exata de compressas, gazes, agulhas e demais objetos que néo podem ser perdidos ou esquecidos. Sendo assim, o profissional de instrumentacao cirirgica adquiriu ao longo dos anos, qualificagées reconhecidas e citadas pela sociedade, tais com 4: Trabalhar de forma organizada - “o instrumentador cirirgico é um componente responsével pelo preparo da mesa e manutencao da organizacao, devido estar sempre atendo para que no Ihe falte nenhum material, solicitando-o ao circulante de sala sempre que necessério, dessa forma ele contribui de maneira eficaz no controle das técnicas assépticas evitando ou controlando a transgressao de qualquer uma destas” (ARRUDA, et al, 2003). 2. Facilita a cirurgia, constata-se que o instrumentador cirdrgico bem qualificado dentro de suas fungées, facilita o trabalho e a concentragao da equipe como um todo, viabilizando a agilidade durante 0 proceso cirirgico, pois este facilita a realizagao do ato cirlirgico com harmonia, oferecendo instrumentais e matérias conforme a necessidade, favorecendo com isso um bom andamento da cirurgia. 3: Agiliza 0 tempo cirtirgico — “ no discurso do sujeito coletivo o instrumentador irirgico proporciona a sincronizacéo dos tempos cirtirgicos que sao: diérese, hemostasia, exérese e sintese, diminuindo 0 tempo da cirurgia, agilizando-a. Por conhecer os elementos de trabalho e suas respectivas funcdes, toma-se mais gil o fornecimento dos mesmos para 0 cirurgiéo e seus auxiliares, contribuindo para que o ato cirirgico transcorra em menor tempo possivel, sem prejuizos para a equipe e também para o paciente, 6 obvio que atuagao desse profissional ocorre gracas ao seu conhecimento técnicos bem estruturado e inserido no desenvolvimento do saber cientifico necessario a essa profisso” ( A PROFISSAO, 2006). 4: Traz beneficios para o paciente, verificA-se que a agilidade do instrumentador cirirgico colabora com a eficacia do pés-operatério, uma vez que o paciente fica menos tempo exposto a sangramento, a exposicao de crgéo ou estruturas internas e anestesia. Portanto, baseando-se que "a tendéncia contempordnea do Direito do Trabalho é estender seu manto protetor a todas as profissées existentes, a fim de que fiquem devidamente especificados os; direitos e deveres de seus exercestes". Defende-se entéo, a categoria de seus competidores, afirmando 13 que a regulamentagao visa "solucionar a situagao desses profissionais que hoje sofrem presso de outras categorias, injustamente (...) sem 0 que continuaro 4 mercé da sorte sem poderem sequer fundar uma entidade sindical que represent legitimamente seus _interesses _profissionais Ressaltando os anos de existéncia, observa-se, igualmente, meng4o ao numero de profissionais existentes no Brasil, justificando a necessidade de organizar e fiscalizar a categoria profissional que se encontra espalhada numa grande extensao territorial. Enfatiza ainda, que os procedimentos cirdirgicos cada vez mais s4o realizados por equipe multiprofissional cirdrgica da satide, Na cirurgia da obesidade mérbida, por exemplo, a equipe € formada por clinico, endocrinologista, pheumologista, nutricionista, psicélogo, psiquiatra, ortopedista, cardiologista, anestesista, fisioterapeuta. A propésito dessa atuagao conjunta, destaco um profissional que faz parte da equipe cirdrgica desde que os procedimentos cirdrgicos eram realizados por barbeiros - que nos primérdios da cirurgia atuavam também como cirurgi6es. “Esse profissional é 0 instrumentador cirirgico. Quando efetivamente competente e ético, € 0 primeiro chegar a sala cirdrgica e 6 quem recebe o cliente com carinho e cordialidade. As habilidades da maioria desses técnicos para lidar com seres humanos ou animais sao inegaveis, tratando o cliente com respeito, dignidade e humanidade. Também € 0 iltimo que deixa o centro cirdrgico. Mantém tudo em ordem, sala limpa, material esterilizado. O estresse da faina diéria - que é muito nessa atividade - nao é jente para deixa-los com mau humor crénico. Muito pelo contrario, diferente do que se possa pensar, a maioria dos técnicos em instrumentagao cirdrgica sao pessoas de bom trato, simpaticas, bem humoradas. E nesse clima de harmoni e boa convivéncia que médicos e veterinarios de multiespecialidades cirdrgicas da sade, diariamente em nossa luta para minimizar ou extinguir sofrimentos e salvar as vidas". instrumentador cirirgico precisa ter um perfil psicolégico estavel para enfrentar situagdes dificeis e complicadas, a fim de manter o sincronismo necessério quando alguma complicagao ou situagao de urgéncia ocorre durante a cirurgia, cabendo destacar: Em um tempo nao muito distante, era usual cirurgiées demonstrarem sua autoridade (ou despreparo?) chutando o instrumentador cirdrgico (fisica ou moralmente) ou até, por vezes, jogando tesoura e porta-agulha contra a parede, dando prova irrefutével de sua incompeténcia diante de uma eventual dificuldade cirirgica. Hoje os tempos sao outros. A relagéo entre a equipe médica e esses \ 14 profissionais geralmente é de amizade e respeito mittuo. Alguns deles, a quem dedico muito apreco, fazem parte da minha vida pessoal e cirirgica. Tenho ‘a convicgaéo de que devo o meu sucesso como cirurgido hé quase 30 anos, em grande parte, a ess maravilhosos e respeitados profissionais da satide com quem tenho tanto orgulho de trabalhar. Sou grato a esses técnicos a atencao e o respeito com que sempre me trataram ao tempo em que divide com eles os meus méritos e a gratidao de tantos pacientes que operei. (Grifam-se) (in: GONDIM, Raulino. DIA DO INSTRUMENTADOR CIRURGICO. Cirurgiéo Geral e videocirurgiao do Hospital Central. Especialista em Cirurgia Geral ¢ Videocirurgia pelo Colégio Bra de Cirurgides, Sociedade Brasileira de Videocirurgia © Associagdo Médica Brasileira. Fellow do Colégio Internacional de Cirurgides. Membro da Academia de Medicina de Rondénia, 2010,). O cristalino diapasao que enseja o reconhecimento do profissional, teve inicio com a consagrada data do dia sendo dia 06 de maio — O Dia do Instrumentador Cirdrgico, foram uma das iniciativas alcangadas pelo SINDICATO NACIONAL DE _INSTRUMENTADORES CIRURGICO (SINIC), 0 SINDICATO DE INSTRUMENTADORES CIRURGICOS DO ESTADO DE MINAS GERAIS (SICEMG) e ASSOCIACAO NACIONAL DE INSTRUMENTADORES CIRURGICOS (ANIC), em diversos estados e municipios e no proprio Senado Federal, assim transcritos: Lei n® 11.576, de 7 de novembro de 1996, do Estado do Parana; Lei n° 12.790, de 19 de junho de 1998, do Estado de Minas Gerais; Lei n° 4.965, de 21 de dezembro de 2006 do Rio de janeiro; Lei n° 5633 de 29 de agosto de 1996 da Ponta Grossa; Lei n? 8875 de 21 de junho de 1996 da Curiti n° 5174 de 21 de junho de 1996 de Salvador. Aescolha desse dia nao é aleatéria: ¢ a data de nascimento de Jean Henri Dunant (1828), considerado o pai histérico da Instrumentagao Cirlirgica em razAo de sua atuacdo como auxiliar instrumentador dos cirurgides militares durante a Batalha de Solferino (1859), ainda que nao se reconhecesse, entao, tal atividade como uma profissao Nos EUA, existe a Semana Nacional de Instrumentadores Cirdrgicos, um evento anual organizado para "promover a profissao e educar a comunidade sobre © papel vital dos instrumentadores cirdrgicos’, de acordo com a associagao americana desses profissionais. No Brasil, instituiu-se que o dia do instrumentador cirdrgico € em 6 de maio que deverd ser motivo de comemoragées pela data festiva. © profissional de instrumentagao cirirgica € 0 responsdvel pela operacionalizagéo do ato ciritgico, preparando a mesa, fornecendo com seguranga e preciséo os instrumentais ao cirurgiéo, acompanhando a sequéncia ldgica de cada tempo cirdrgico durante 0 ato operatério. O profissional de instrumentacao cirdrgica atua junto & equipe cirdrgica tendo 15 ‘como responsabilidade, zelar pelo perfeito funcionamento do instrumental e equipamentos usados pelo cirurgiao e assistente. O instrumentador bem qualificado prepara-se antes da cirurgia comegar, prevé o material a ser usado e, JA conhecendo a equipe cirdrgica, pode inclusive preparar o paciente de acordo com a preferéncia da mesma. Durante o ato cirurgico, compete ao instrumentador monitorar o material usado e fazer a solicitagao de reposigao de material de consumo. Também é importante que o instrumentador esteja atento aos movimentos da equipe cirirgica, tendo sob seu controle a quantidade exata de compressas, gazes, agulhas e demais objetos que nao podem ser perdidos ou esquecidos. Sendo assim, o profissional de instrumentagao cirdrgica adquiriu ao longo dos anos, qualificagdes reconhecidas e citadas pela sociedade, tais como; 1: Trabalhar de forma organizada — “o instrumentador cirdrgico € um componente responsavel pelo preparo da mesa e manutengao da organizagao, devido estar sempre atendo para que nao Ihe falte nenhum material, solicitando-o ao circulante de sala sempre que necessario, dessa forma ele contribui de maneira eficaz no controle das técnicas assépticas evitando ou controlando a transgressao de qualquer uma destas" (ARRUDA, et al, 2003). 2. Facilita a cirurgia, constata-se que 0 instrumentador cirirgico bem qualificado dentro de suas fungées, facilita o trabalho e a concentracéo da equipe como um todo, viabilizando a agilidade durante o processo cirirgico, pois este facilita a realizacao do ato cirdrgico com harmonia, oferecendo instrumentais e matérias conforme a necessidade, favorecendo com isso um bom andamento da cirurgia. 3: Agiliza 0 tempo cirtrgico - “ no discurso do sujeito coletivo o instrumentador cirdrgico proporciona a sincronizagao dos tempos cirurgicos que so: diérese, hemostasia, exérese e sintese, diminuindo o tempo da cirurgia, agilizando-a. Por conhecer os elementos de trabalho e suas respectivas fungdes, torna-se mais agil o fornecimento dos mesmos para o cirurgiao e seus auxiliares, contribuindo para que o ato cirlirgico transcorra em menor tempo possivel, sem prejuizos para a equipe e também para o paciente, 6 obvio que atuagao desse profissional ocorre gragas aos seus conhecimentos técnicos bem estruturado e inserido no desenvolvimento do saber cientifico necessério a essa profissdo” (A PROFISSAO, 2006). 4: Traz beneficios para o paciente, verifica-se que a agilidade do instrumentador cirtrgico colabora com a eficacia do pés-operatério, uma vez que 0 paciente fica menos tempo exposto a sangramento, a exposi¢éo de 6rgao ou estruturas internas e anestesia. Como se pode observar, nada ha para discutir sobre a matéria de fato e de direito, quer sejam de ordem impeditivo, modificativo ou extintivo constante do PLC 075 de 2014, e que de forma equivocada foi VETADO pela presidéncia da reptblica, a respeito da regulamentagao da profissdo de Instrumentadores Cirargicos, ademais quando jé foram discutidas nas comiss6es da Camara e do Senado Federal. Muito menos ainda, ha que se falar de “reserva de mercado” para os Instrumentadores Cirirgicos, mesmo porque a natureza e tipologia da prestacao laboral é totalmente adverso sob subordinacao adversa, além disso, | com relagao a fiscalizacao profissional, no dbvio, se processara conforme | prazo assinalado no bojo decisério Proferido pelo Senador Paulo Paim ‘i 16 Parecer n° 325/2022-PLENISF, favordvel ao Projeto e pela rejeigao das Emendas n°s 2 e 3-PLEN. Aprovado 0 Projeto, em turno Unico, nos termos do parecer e que rejeitou o vinculo com a enfermagem! Frisa-se, baseando-se na alma transformadora da satide, se faz necessario dizer que "a fendéncia contempordnea do Direito do Trabalho 6 estender seu manto protetor a todas as profissdes existentes, a fim de que fiquem devidamente especificados os direitos @ deveres de seus exercestes". Defende-se entéo, a categoria de seus competidores, afirmando que a regulamentacdo visa “solucionar a situagdo desses profissionais que hoje sofrem pressdo de outras categorias, injustamente (...) sem 0 que continuaréo & mercé da sorte sem poderem sequer fundar uma entidade sindical que represente legitimamente seus interesses profissionais." Ressaltando os anos de existéncia, observa-se, igualmente, meng4o ao niimero de profissionais existentes no Brasil, justificando a necessidade de organizar e fiscalizar a categoria profissional que se encontra espalhada numa grande extenséo territorial, o que é totalmente contrério a que sustentou o VETO presidencial, ao querer alegar inconstitucionalidade e ilegalidade, sendo necessatio a integralizagao da reviséo por auséncia de pressupostos que possam ensejar a continuidade nesse ilegal mister! Finalmente, requer a Vossa Exceléncia e aos eminentes Senadores da Republica Federativa do Brasil para que o VETO presidencial seja integralmente rejeitado na forma da lei, para estabelecer a democracia e cidadania da satide, e por se tratar de matéria da mais lidima J US TIGA! Curitiba-PR, em 13 de janeiro de 2022 Aparecido de Oliveira Presidente do SINIC lattes.cnpg.br/47697 17444928336 https://orcid.org/0000-0002-5449-6756 Prof Dra. Teresinha Peréira de Brito de Oliveira Assessora Juridica do SINIC OABIPR 15.423

También podría gustarte