Está en la página 1de 31
94 bidos na secretaria, serio prosenies a0 vioe-presidente, que mandaré registar e autuar. ‘Art. 6.° Depois de registados ¢ eutuados, serio os processos couclusos a0 vice-presidente, para efeitos de nomeagio do relator. . ‘Art. 7". vogal que, por impedimento, escusa ow suspeigdo, julgados procedentes pelo presidente ou vice- Spresidente. ago puter intervir em qualquer processo a tera victa déste endo tomard parte na discussdo solagia. { nica, Us impedimentos, escusas e suspeigdes serdo regulados pela lei processual civil em vigor. ‘Art. 8." Quando 0 relator julgue conveniente a rea- linagio ale qualquer diligénoia para completa instrugio do processa, solivité-lo-d a0 vioe-presidente, que resol- vera, fundamentando o seu despacho se indeferir © pe- dido do relator. ‘Art, 9.° O relator devolveré 0 processo & secretaria do Conselho, acompanhado do seu telatério ou do pedido dle diligGneia, no prazo de quinze dias a contar da data fem que 0 tiver recebido, "Art. 10. Reoebidos 0 provesso ¢ o telatério, o seore- tério do Conselho fara concluso o primeiro ao vice-pre- sidente, que ordenaré a jungio do relatério aos autos € vista a0s outros vogais. { nico. Os vogais deverdo devolver 0 processo se- exetaria do Conselho, com a aposigao do seu visto, no prazo de quatro dias a contar da data em que o tiverem recebido. ‘Art. 11. Obtidos os vistos dos vogais, sera 0 processo apresentado a0 vice-presidente, que designaré o dis da sessio em que deve ser presente. "Art. 12° As convocagées das cessdes serio expedidas pela seoretaria do Conselho com a antecedéncia minima de cinco dias da data-fixada para a retinifo. {rinico. Com a mesma antecedéncia eerko expedidos ‘03 uvisos para os interessados ou seus procuradores com- pareceremt na sesso de discussdo e votagio, quando te- ham requeride 0 uso da faculdade que Ihes 6 conferida elo actigo BOT.” do Estatuto Orginioo due AMfSndeges Boloniais'e artigo 217.* do Contencioso Aduaneiro Cl nial, “Art. 13. 0 Conselho Superior Técnico das Alfénde- gas Coloniais poderé deliberar quando estiverem presen- fes o presidente ou o vice-presidente e a maioria dos restantes vogais que possam intervit na discussio ¢ vo- ‘agio. ‘Art, 4.’ As deliberagdes serio tomadas por maioria, fe, quundo esta no puder formar-se, o presidente ou 0 vicesresidente do Conselho, se aquele nfo presidir \ sessia, terdo voto do desempate. “Art. 15. Compete ao vice-presidente a redacgio dos avdrdios do Conselho em harmonia com a discussio votagio que tiver prevalecido, podendo delegar no chefe da Hepartigio das Alfandeges Coloniais, § tnieo. ‘0 acérdo comegaré pelo relatério, expors em seguida oc fundamentos e terminaré pela deciséo, devendo ser assinado pelo presidente ou viee-presidente fc por todos os vogais quo intervieram na discussio ¢ vo- fagio, incluindo os que discordaram da deliberagio tomada por maioria, ‘Art, 06.° Se néo f6r possivel lavrar imediatamente 0 acérdio, cord o resultado da votagio registado num livro de lembrangas, que seré assinado par todos os que inter- vieram na votagio. 1.” 0 aoérdao deveré estar assinsdo no prazo de oito dine a contar da data da sesso em que foi votado 0 as- sunto a que ge refere o terd a data dessa sesso. $2. So algum dos vogais que tenha intervindo ua ‘solagio niio puder assinar 0 acérdio, declarar-co-6 neste motivo por que mio 0 assina. I SERIE — NOMERO 36 Art, 17° No prazo de cinco dias # contar da data em que © acdrdio estiver assinado ou da data em que for Romologado, nos casos em quo necessite de homologagio do Ministro das Colénias, a seoretaria do Conselho pro- moveré a remessa da o6pia autenticada, para efeitos de publicagio uo Didrio do Govérno. Art. 18.° No prazo de cinco dias a cdntar da data da publieagto do acérdio no Didrio do Govérno, @ secreta- ria do Conselho promoverd a remessa do processo & colé- nin respeetiva, nos casos em que essa remessa seja ne- cessiria, Art. 19.° B aplicével a0s parecores emitidos pelo Con- selliy » extabelecido nos artigos anteriores aodrea dos acévito: ‘Art, 20.7 A. secretaria do Conselho deverd fazer os processes conclusos, continus-los com vista e praticar ‘08 outros actos de expediente dos processos no prazo de trés dias, salvo em casos excepeionais, que sero apre- ciatos pelo vice-presidente. ‘Art. 21." Ao agente. do Ministério Publico de que trate 9 artigo 27 dete diplom 4 extensivo 0 dsposta xno artigo 136." do decreto n.° 26:180, de 7 de Janeiro de 1986, sendo a gratificagio a abonar redusida a urn téryo da importaneia fixada no mesmo artigo. ‘Art. 22° O lugar de secretério do Conselho Superior ‘Véenion das Alfandegas Coloniais poderé ser desempe- abado, por uomeagio do Ministro das Colénias, por um primeira oficial do quadro da Repartiggo das Alfénde- gas Coloniais. que acumularé as fungdes de secrotério ‘do Couselho com as de encarregado do museu a que se refere, o artigo 7.° do decreto-lei n.° 31:104, de 15 de Janeifo de 1941, sondo-the abonada uma gratificagio igual & fixada no artigo 15.° do deoreto-lei n.* 28:78, dle 22 de Junho de 1938. Vublique-se ¢ eumpra-se como néle se contém. Pero ser publicado no «Boletim Oficial» de todas «as colbnias. Pagos do Govérno da Republica, 21 de Fevereiro de 1944. — Awn6wr0 Oscar DE Faagoso Canwowa — An- ténio do Oliveira Salazar — Mario Pais de Sousa — Adriano Pais da Silva Vaz Serra—Joao Pinto da Costa Leite —Manuel Ortins de Bettencourt — Francisoo José Vieira Machado — Mério de Figueiredo — Ra- jael da Silva Neves Duque. Decreto nv 33:634 O presente diploma represeuta uma completa renova gio dos preseites que ate agora regem uas colénias 0 Contencioso fiscal aduaneizo e 6 um complemento légico das disposigdee do Estatuto Orginico das Alfandeges Colonials, na parte que se refere ao contencioso téenioo ¢ administrative, Foi éle ditado pela preocapagio de por as normas reguladoras déstes importantes ramos ie Tireito aduaneiro « par das que, hé brea de tres anos, fstatuem 0s restantes servigs & cargo das alfindogas do Tnpério Colonial Portugués. ‘Com esta renovagio procura-se melhorax a justiga fis cal, fixandose normas claves que, facullando aos at- silos os meio nccossvis pare 0 dafenderem,garan- fm, a0 mesmo tempo, a slefess dos lepitimos interésses da Fagonda Nacional, ® 0 Estatuto Organico das Alfindegas Coloniais seguia j6 dois dos ramee que constituem © conteucioso sua heiro —o tdenico ¢ 0 administrative —, mas no con- tém quaisquer normas que se refiram ao teresiro rar: © contencioso fiseal. que se julgou preferivel que éste ‘timo ramo de contencioso aduaneito, foe reorgani- ado por um diploma independente, visto tratar-te de 21 DE FEVEREIRO DE 1944 95 matéria que, embora intimamenté ligada i aecdo das alfandegas, 6 revestida de caracteristicas que Ihe div corte autonomia no Ambit do dizeito aduansiro A viagem que 0 Ministro das Colénias realizou aos domfnios ultramarinos em 1942 mostraram-lhe ser oportuno © urgente legislar sobre tam importante as- sunto, estabelecendo normes processuais adaptadas is necessidades presentes, pois estas sio em muitos pontos inconciliéveis com os preceitos legais que actuaimente regem 0 contencioso fiscal aduateiro nas colénias, De facto, é necessdrio substituir legislago antiquada ¢ conveniente combinar o critério de uniformidade que preside & legistagio publicada altimamente sdbre ser- vigos aduantires coloniais, Actuaiiente, 0 direito substantivo ¢ adjectivo, em matéria de eontencioso fiscal aduaneiro, encontra-s0 om diplomas diversissimos e divergentissimos de colénia para colénia Assim, na coléuia de Cabo Verde 0 contencioso fs- cal & regulado pelo capitulo x, constituido pelos arti- gos 115° a 152." do deoreto de 28 de Julho de 1909, que teorgoninm os servigos aduaneitos daquela posses. so, ‘Na Guiné ax normas presentemente aplicéveis so as constantes da portaria do govérno da coléaia n.° 614-B, de 22-de Dezembro de 1919, Em S. Tomé e Principe esto em vigor as disposigdes do reguiamento de 8 de Outubro de 1900, do regula mento do contencioso fiscal de 4 de Agosto de 1908, que, quando foi publicado, era também aplicavel em Angola, ¢ dos artigos 60.° @ 71.° das instrucies prelimi- nares das pautas aprovadas pelo diploma legislative n* 7, de 18 de Fevereiro de 1930. Quanto a coldnia de Angola, vigore ali o diploma le- gilativo m2 168, do 11 de Setembro de 1929, ¢ na de focambique portaria provincial u." 144, de 29 de Fulho de 1916. No Estado da fndin o contencioso fiscal rege-se pe- Jos artigos 24° a 26. das instrugGes preliminares das pautas aprovadas pelo decreto do comissério répio de 16 de Novembro de 1896 ¢ em Timor pelos artigos 40." a 45.° das instrugdes preliminares das pautas aprova- das pela portaria provincial n.° 76, de 18 de Outubro de 1933, Desta’ variada legislagio resulta a falta de unifor- midade que se verifica sdbre matéria de contenoioso adnaneiro colonial, embora toda tivesse tido por base 0 decreto n.° 2 de 27 de Setembro de 1894, que durante yuasi cingiienta anos regulou o contencidso fiscal das alfandegas metropolitanas. E, se a legislagio colonial que agora é revogada teve por Toate 0 eitado Geereto n#'2 de 27 do Setembro de 1894, 0 presente diploma inspira-se no Contencioso Aduaneiro, aprovado pelo decreto-lei n.° 91:664, de 22 de Novembro de 1941, vigente na metrépole desde 0 principio do ano seguinte, ¢ isto, em obediéncia ao es. Pirito de unidade imperial que informa a legislagin ultramarina, designadamente depois da publicagio do Acto Colonial. Assim, julgou-se conveniente tornar ex- ‘tensivo ao ultramar a doutrina daguele importante ai- ploma, nuns casos pela execugio integral de algumas das suas disposigdes © noutros pela indispensivel adap- {apo das auas normas ds condigiee peculiares das co- \énias Nestas condigdes, nfo se considera possivel cometer. desde j6, 0 julgamento de todos os processos fiscais « auditotias, como sucede na metrépole, onde existe esta magistratura especializada, constituida pelos antigos jnizes auditores dos extintos tribunais do contencioso fiscal de 1.* instincia junto das Alfandegas de Lisboa e Porto, 86 s experiéncia indicard a conveniéneia, ow inconveaiéneia du criagio nas colénios de um quadro de magistrados para juigar exclusivamente no foro de caricter muito expecial que € 0 contencioso fiscal adun- neiro. E, porém, possivel que, com o andar do tempo e por virtude do ‘aumento nao. sé do seu, servige proptin como do resultante do contencioso aduaneiro existente nas cdmareas juliciais quem é cometido » julgamento déstes processos ndo por stent, na generalidade dos casos, « téeniea processt necesséria, podendo resultax da sua falta-de especiali- zagio que nem sempre soja feita u devida aplicagio ds lei, 6 indispensdvel cerear a accao julyadora déstes fun- ciondrios das devidas garantias, evitando-se que alei- mas das suas decisdes tenham canicter definitive. B é assim que se limita « competéncia dessas autoridades, com o estabelecimento de uma algada relativamente pr- sna, tornando-se obrigatéria a revislio, por parte dos UErectores das alfandegas, das seutengas’proferidas pe- los chefes das estincias eduaneiras seus subordinades, Desta forma, julga-se que com a legislagio que agora vai entrar em vigor beneficiardo simultimeainente os servigos piblicos ¢ os particulares. ‘Embora, considerando 0 significado rigoroso do térmo, nfo caiba na designagio de contencioso a parte deste diploma que trata dos processos administrativos 96 I SERIE — NOMERO 36 seferentes & venda do mercadorias demoradas, abando- nadas ou perdidas a favor da Fazenda Nacional, salvas de nautrégion, achadas ou arrojadas, pois nfo & ma- téria que rogule contestagdes juridicas a que d@ lugar a acgio ddministrativa, julgou-se conveniente a inser gio no Contencioso Aduaneiro Colonial das normas re- guladoras désses processos, em vista da apalogia que, Sob o aspecto formal, tém com as relativas aos pro- cessos de contencioso fiscal e téonico e porque tem lar tradigdo no direito aduanciro @ designagdo, que mais uma vex se mantém, de oontenciogo administrative. ‘Tendo em vista o disposto no artigo 28.° do Acto Co- lonial; ‘Vaando da faculdade ednfrida pelo n.7 4° do § do artigo 10." da Carta Organica do Tmpério Colonial Portugués © nos termos do § 2.° da mesma disposigio, 0 Ministro das Colénias decreta © eu promulgo o se- ruinte: : eeArtigo 1.° E aprovado 0 Contencioso Aduanciro Co- lonial, que, junto a éste decreto, baixa assinado pelo Ministro das Colénias. * Art, 2° As infracgdes fscais serdo julgadas pelos iribunais fiseais aduaneiros, § winico. As normas de natures penal ¢ processual referentes estas infracgdes serio as constantes do Con- tenoioso Aduaneiro Colonial. tribunais aludidos no artigo antecedente .* instincia, ¥ 12 Junto das delegagies de 1.* classe em cujas Jo- calidades existam comarcas judiciais funcionarto tam- de contencioso fiscal aduaneiro de § 2° A area de jurisdigio de cada um dos tribunais moncionados no cdrpo déste artigo 6 a da respectiva cirounserigfo aduaneira. § 82 O govérno do colénia fixaré, em portaria, 9 érea de jurisdigio dos tribunais mencionados no § 1° désto artigo. ‘Art. 5.° Os tribunais flscais aduaneiros de 1." ins tincia so constituidos pelo juiz de direito da comarca, como presidente, © terdo como vogais o director da al- fandega ou 0 chefe da delegagdo situada na sede da comarca, conforme os casos, ¢ uma pessoa idénea, que aeja cidadio portugués, residento na localidade onde ‘heionar o tribunal, ou nouira préxima, nomeado pelo governador para servir durante dois anos, podendo ser reoondusido. §.1.° Nas comarcas em que houver mais de um juiz de direito, o lugar de presidente do tribunal a que se relere 0 corpo iste arligo werd exareldo pelo jus de disci quo for desigaado polo presidents da respectiva, Relagio, § 2." Nas oolénias onde o juiz de direito da comarca, exerga as fungSes de vogal do tribunal administrative, 0 cargo de presidente do tribunal do contencioso fiscal aduaneiro de 1. instincia seré exercido pelo director da respectiva alfindega, © um dos cargos de vogal seré exercido por cidadZo portugués idéneo, residente na colénia, de preferénoia formado em direito ou diplo- mado com outro ourso superior, nomeado pelo gover- nador, podendo @ nomeagio recair em funciondrio pu- Dlico. § 32 0 tribunal do contencioso fiscal aduanciro de 1 insténcia junto das alfindegas de Mormugio © de Dio, no Estado da India, seré presidido pelo director do respoctiva alfandega, ¢ um dos cargos de vogal seré exereido pelo juiz do julgado municipal da localidade. § 42 0 cargo de presidente do tribunal de conten- cioso Bscal do 1* instancia junto da Alfindega do Lo- Dito ser exeroido pelo juiz dp direito da comarca de Benguela. $5. Nop tribunais de contencioso fiscal aduaneiro de 1* insténcia junto das Alfandegas de Luanda 0 de Lourengo Marques, um dos vogais seré o presidente da Comissio Reguladora de Importagio ou o da Junta de Exportagio da Colénia, conforme se trate de processos relativos a infracges fisoais respeitantes a mercadorias entradas ou saidas da colénia, respectivamente, Art. 6. Os tribunais de contencioso fiscal aduaneiro de 2* instincia eo constituidos pelos tribunais admi- Ristrativos (seogio de contencigo fiscal e aduaneize) las colénias. ‘Art. 7° 0 Conselho do Império Colonial (secgio do contencioso) funcionaré como tribunal de revista das decisies proferidas pelos tribunais administrativos das ‘eolnias em processos de contencioso fiscal aduaneiro, nos termos do artigo 757.° da Reforma Administrativa Uitramarina, Art. 8° O expediente de todos os processos e assuntos afectos aos tribunais de contencioso fiscal aduaneiro do 1 instincia junto das sedes das alfandegas corre pelo cartério referido no artigo 541.° do Estatuto Orgé- nico das Alfandegas Coloniais e, nos outros tribunais, pela respectiva esténcia aduaneira, § tinico, Fica a cargo do cartério do contencioso aduaneiro da sede da alfandega, ou das ostancias adua- neiras, conforme 05 eas0s: a) Guarda e arquivo dos processos ¢ mais documen- 085 B) Coordenagio © conservagio do registo, denomi- nado registo fiscal, das penas aplicadas em processo fiscal. Art, 9.* Os processos de cargeter téonico que se sus- citarem nas alfindegas serio afectos aos tribunais tée- nicos aduaneiros mencionados no capitulo x do titulo rv do Estatuto Organico das Alfandegas Coloniais. . 10° Os tribunais aludidos no artigo anterior * insténeia.. Os conselhos do servigo técnico aduaneizo 8 constituem os tribunais de contencioso tée- instancia. ‘Haveré un 6 tribunal de contencioso tée- nico de 2.* instancia, constituido pelo Conselho Superior ‘eenigo das Altindegas Colonie do Minitério das Colénias. 8.° As normas relativas & competéncia dos tri- bunais referidos nos artigos anteriores constaréo do Contencioso Aduaneiro Coldnial, ‘Art. 14.° Haverd em cada colonia uma secretaria do Conselho do Servigo Téonico Aduaneiro, com atribui- ges idénticas as mencionadas nas alineas a) © b) do {nico do artigo 8° déste decreto e a cargo do fun- cionério de que trata o artigo 15.° do Estatuto Orgi- nico das Alfandegas Coloniais. ‘Art. 15.° O servigo nos tribunais mencionados neste decreto prefere a qualquer outro que nfo seja deter- minado por comissio urgente de servigo publico. ‘Art. 16.° Os vogais dos tribunais de contencioso fiseal e Wenico aduaneiro de 1.* instincia, quando se deslo- quem, por motivo de servigo relative 40s meamos, pars fora da localidade onde tém a sua residéncia oficial, ‘uma ajuda de custo didria igual A que es- ida na oolénia para funcionérios de idén- tica categoria, § tinico. Na conta, 0s argiiides tenham sido condenados e na dos processo: téenicos em que as partes tenham decaido serdo in cluides as despesas com ajndas de custo e transporte: despendidas pelos vogais dos tribunais, nos termos do corpo déste artigo. dos processos fiscais em que 21 DE FEVEREIRO DE 1944 Art, 17.* Aos inspectores dos servigos aduaneiros in- cumbe fiscalizar, em todas as estincias aduaneiras, nos termos do n.° 11.° do artigo 71.° do Estatuto Organico das Alfandegas Colonins, se as quanti rvultantes da Liguidagio dos. processos ‘de contencioso aduaneiro foi dado o destino legal, cumprindo-lhes participar ao pre- sidente do reapectivo tribunal ou ao director da cir- cunserigéo aduaneira, conforme os casos, quaisquer inregularidades que tenham encontrado na contagem e distribuigdo daquelas quantias, a fim de seem madas as devidas providéncias por aquelas autoridade: § nico. Aos funciondrios de que trata o corpo déste artigo incumbe também, em relagio aos processos de contencioso administrative instaurados nas diversas os- t€ncias aduaneiras, examinar se foram observados, quanto a forma e instrugZo, os precsitos estabelecides neste Contenci ‘tribuigdes conferidas pelos artigos 63.° a 66.° e 95." do Contencioso Aduaneiro Colonial aos funcionérios dos quadros téonico e auxiliar das alfan- degas ¢ aos agentes da fiscalizagio aduaneira s6 poderdo ser exercidas por éles quando essa cireunstaucia conste das prerrogativas exaradas no respectivo bilhete de identidade. § nico. A disposigto da parte final do corpo déste artigo 6 extensiva aos funcionérios dos servigos de Fa- zenda e do quadro administrativo, as autoridades agentes poisiise a quaiagues outres aoridades, para efeitos do disposto no artigo 96.° do Contencioso Adua- noiro Colonial. Art, 19° O averbamento das prerrogativas de que trata o artigo anterior sera efectuado pela Direogto on Repartigio Central dos Servigos Aduaneizos, conforme as colénias, devendo os bilhotes do identidado onde fo- rem efectuados tais averbamentos eer registados sepa radamente, conforme aquelas aiitoridades, em livro pr6- prio, na referida Direcgio ou Repartigio. Art, 20.° Os funcionérios dos quadros téenico ¢ au- xiliar das alfindegas e os agentes da fiscalizagio adua- neira que usufruam as prerrogativas mencionadas no artigo 18.° consideram-se, pela natureza especial das suas fungdes, em servigo permanente, pelo que Ihes permitido entrar livremente nas gares maritimas e do caminho de ferro, aerddromos ¢ aeroportos, navios, combéios, aeronaves © quaisquer outros veictlos, bem como em quaisquer recintos sujeitos & fcalizagio adua. noira, Art: 21.° Aos funciondrios agentes da fiscalizagio aduaneira que no usufruam as prerrogativas mencio- nadas nos artigos anterior ‘imediato eo- nhecimento aos seus superiores hierérquicos de quais- quer factos constitutivos de infracgées fiscais, Art, 22.° Na liquidagio dos processos de contencioso aduaneiro a importancia eré arredondada por excesso para escudos nas colénias de Cabo Verde, Guiné, 8. Tomé e Principe © Mogambique, para ango- Jares na de Angola, para tangas no Estado da India @ para dezenas de avos da pataca na do Timor. tinico. A quantia que resultar do arredondamento a que se refere 0 corpo déste artigo deveré eer levada conta de impoato do justion nos proceson fscais © tée- nicos, e na da percentagem de que trata o artigo 283. do Contencioso Aduaneiro Colonial nos processos de cardcter administrativo, Publique-se ¢ cumpra-se como néle se contém. Para ser, publicado no «Boletim Oficial» de todas ‘as colénias. Pagos do Govérno da Repiblica, 21 de Fevereiro de 1944. — Awrowio Oscar De Fracoso Carmona— Ant6- rio de Oliveira Salazar — Francisco José Vieira Ma- chado. Contencioso Aduaneiro Colonial PARTE I Contencioso fiscal TITULO I Das infracgdes fiscais CAPITULO T Das infracgdes fiscals em goral snogio 1 Disposigden orate Artigo 1° Infracgio fiscal & 0 facto ilieito decla- rado punivel por lei ou zegulamento fiscal. . ‘As infracgdes fiscais olassificam-se em deli- transgressdes fiscais, . ‘As penalidades previstas neste Contencioso so aplioaveis as infraogtes fiscais cometidas no Tmpérin Colonial Portugués. | § L* Se alguns factos constitutives de uma infracgio fiscal se derem em determinada colénia, af 6e considera cometida a infracgio, embora outros factos eonstituti- ‘vos da mesma ooorram na metrépole, no estrangeiro ov noutra colénia. § 2° Considera-se também cometida a infracgio na colénia onde produsir efeitos, embora o facto se tenba dado na metr6pole, noutras coldnias ou no estrangeiro. +», 3° Quando 0s factos constitutivs de uma infracgio “ascal se derem em mais do uma colénia, considera-so cometida ne colénia que for mais lesada, so nesta a in- fraogio tiver produrido efeitos. Art. 4." Os factos que forem qualificados, no todo ou em parte, como infracgdes fiscais por mais de uma dis- posigio de lei ou regulamento serdo punidos pela dis- posigdo que estabelega pena mais grave. Art. 5.° Se o mesmo facto importar infracgio fiscal © Aoutra naturera, as disposigdes déste Contencioso apli- cam-se independentemente da legislagio respeitante ds outras infracgies. Art. 6.° A presungio de fraude admite sempre prova, ‘em contrério. Art, 7° Sébre as multas aplicndas em processes fis- cais recairé sdmente o adicional de 10 por cento a que se refere o 2.° 12.° do artigo 613.° da Reforma Admi- nistrativa Ultramarina. Art, 8.° Aquele que fr condenado por infracglo fis- cal e cumprir a pena nfo é dispensado do pagamento dos direitos e mais imposigées devidos pelas mercado- rias objecto da infracgio, salvo se, pertenvendo-lhe aquelaso nfo vendo dae que a lel dgoreta 0 perdiment, as abandonar a favor da Fazenda Nacional, § tinico, Presumem-se abandonadas a favor da Fa- zenda Nacional as mercadorias apreendidas cativas de direitos se no forem desalfandegados no prazo de dez dias a contar da data do pagamento da multa. Art, 9.° Os direitos e mais imposigées » pagar pelo infractor so os que corresponderiam as mezeadorias ‘objecto da infracgiio se fdssem rogularmente despacha- das. Art, 10.° Quando a infracgio for cometida por versas pessoas, todas so solidariamente responsive pelo pagamento dos direitos ¢ mais imposgtes em a ‘ida e dos selos do processo. ‘Art, 11+ Not delitos iseais que forom praticados por despachantes oficiais ou seus ajudantes responderé eo- 98 I SERIE — NOMERO 36 Jidariamonte © proprictésio das anereadorias que tive- rem sido objecto de delito fiscal. § tinico. ‘A responsabilidade penal a que éste artigo se refere assenta em mera presungio de culpa ou negli- xéneia, que pode ser ilidida por prova em contrario, ‘nas ¢ proprietiirio das mereadorias seré sempre respon- <ével, quanto 20 pagamento ilas direitos e mais impo: rBes que foreia devidos, por tedos os actos praticados velo despachante oficial ou seu ajudante. Art, 12.* Em tudo que no esteja especialmente rogu- tado neste Contenciors e nas leis fneals eopecials obser yar-se-o, na parte aplicavel, quanto & responsabilidads fiscal de natureza criminal, as disposiges do direito pe- nal comum ¢, quanto a responsubilidade fiscal de natu zozn civil, as do diveito civil. sropio 1 Da responssbilidade fiscal de naturezs criminal Art. 13." 0 delito frustrado seré punido com as mes- swas penas do delito consumado. A tentativa seré apli- cada metade do minimo da pena correspondente ao d2- Tito consumado. Art. 14." Aos eximplices © encobridores sero aplica- {das as mesmas penas que aos autores. § salon, A pena aplicgvel eo» enccbridores podoré cer atenuada até metade da pena aplicdvel aos autores. Art. 15.° Ge a infracgio fiscal £6r cometida por mais de uma pessoa, seré aplicada a cada um dos infractores 4 pena correspondente a infracgio. § tinico, Se a infracgio se verificar na bagagem de stir passageiros da mesma familia viajango juntos, splicar-se-é uma 56 multa, por cujo pagamento serio, todos solidariamente responsaveis. Art, 16.° Sio cizcunstancias agravantes: 1° Ser a infracgGo cometida & mao armada; 2.* Ser a infracgio cometida com alteragao, viciagio ‘ou falsificagio dos bilhetes de despacho on de quaisquer documentos aduaneiros ou outros apresentados as alfin- degas; Ser a infraredio cometida com corrupgio'de qual- quer empregado do Estado; .* Set a infracgo cometida pér acsocinglo organi- zada para a prética de infracgdes fiscais; 5.° Ser @ infracedo cometida por funcionérios mili- tares ou eivis do Estado, das autarquias locais ou dos organismos de coordenagio econémica, despachantes oficinis ou seus ajudantes, caixeiros despachantes ou agentes afuaneiros; 6.* Ser a infracedo cometida, nos respectivos meios de transporte, pelos comandantes ou tripulantes de aeronaves, pelos capitis, mestres, arvais. patrdes ou tripulantes de navios ou de quaisquer embarcagées, ou por qualquer empregado de emprésa de transportes colectivos; 7* A reincidéncia, sucesso ou acumulagio de in- Sracgdies, a Art, 17.* Verificando-se qualquer circunstancia agra- vante, a multa poderd ser elevada até ao débro. Art, 18.* Quando no delito fseal ce verifique qual- quer das agravantes dos m1", 25,30 4° do ar tigo 16.°, i pena de multa acresce ade prisfo até um “Art. 19.° Nos delitos praticados por individuos que niio sejam tripulantes de embarcacdes de tréfego local, se ce reconhecer que as mercadorias contrabandeadas ott descaminhadas faziam parte da carga das aludidas em- Darengses, presume-ce @ comparticipagio dos respecti- jentes de delitos fiseais forem fun- ciondrios militares ou civis do Estado, das autarquies Jocais ou dos organismos de coordenagio econémica, in- ‘correm ainda nas penas de suspensiio.ou demissio, gundo a gravidade da infracgai { L* Se os agentes do delito forem despachautes of- ciais ou seus ajudantes, caixeiros despachuntes ou agen- ves aduaneiros, incorrem idéuticamente nas penas de suspensiio ou eliminagio. $22 Us inscritos maritimos serio também suspensos- ou eliminados da matricula. $8. As entidades competentes seré feita a devide comunicagio logo que transite em julgado quer o des- pacho de indiciagdo quer a decisio final condenatéria, para que, no primeiro caso, se ordene a suspensiio do indiviade quando seja ‘aplicével pena de prisdo ou quando a multa aplicével f6r superior a 10.0008 ou moeda equivalente; e para que, no segundo caso, se execute a pena de suspensto ou demiseZo que Ibes te- ha sido imposta. § 42 Tratando-se de delitos, a indiciagdo do argtide determina sempre a sua suspensio, quando pertencer 20 servigo aduaneiro, ao da guarda fiscal, ao da Fazenda, ou for despachante oficial, seu ajudante, caixeiro des pachante ou agente aduaneizo. =~ seopio mm ‘Da responsabilldade flsoal do natareza clvl Art. 21." Quando os empregados, operérios, aprendi- zee, crindos ou quaisquer outros dependentes ou manda- tarios que nfo sojam despachantes oficinis, no desem- penho dos servigos que Ihes estejam confiados, forem autores, ciimplices ou encobridores de qualquer infraogio fiscal e no ficar solvida a eua responsabilidade, o man- dante, pairio ou pessoa a quem se achem eubordinados Geubsididriamento responsavel e, nesta qualidade, obri- yedo a pagar uma importincia correspondente & que nio foi paga, mas nuncs superior i multa que seria ‘aplicads aqueles se se nko levasse em conta qualquer clrcunstincia agravante pessoal que na infracgio se ve- Tifique, salvo se provar que tomou as providéncias e cau- telas necessérias para daser observar as prescrigées le- gais ¢ segulamentares, e seré sempre solidariamente jousdvel com estes no pagamento dos direitos. 3 1? Os pais ou representantes legais dos menores ‘ou incapazes ado responadveis pelas infracgdes fiscais por éles cometidas. § 2. Tratando-se de delito fiscal, se 0 mandante, pa- feo ou pessoa que o agente do delito represente for dono ou recebodor das mercadorias objecto désse delito, ‘ou proprietario dos respectivos transportes, serd obri- gado a pagar uma importincia nfo inferior & multa que corresponda ao delito, sem ser levada em conta qualquer vircunstincia agravante pessoal que néle e erifique, salvo se provar que, ecm. sou conhesimento @ 66 por acto delituoso a que seja estranho ou de que tenba sido vitima, essae mercadoriae ou traneportes vieram ao poder dos argiides. ‘Art, 22° Sem prejuizo do disposto uo artigo 4 aquele que outorgue ow por qualquer forma beneticie ‘em actos e contratos pelos quais os responséveis em cesso fiscal alienem ou onerem oo seus bens com frande para a Fazenda Nacional seré soliditiamente responsi- Yel pelo pagamento das importincias em que aqueles sejam condenados no proceso fiscal, salvo ee provar que proceden de boa fe. ‘Art. 23." A responsabilidade fiscal de'naturesa civil, estabelecida nos artigos anteriores, aplica-se as pes soas singulares eas pessoas colectivas de direito pri- ado. "Art, 24." Se a infracgio fiscal fér cometida na acti- vidade exereida por qualquer pessoa colectiva de direito 21 DE PEVEREIRO DE 1644 privado ¢ no se descobrir o individuo que a cometeu, Tespondem solidariamente a pessoa colectiva ¢ 08 eeus representantes constitucionais 4 data da infracgdo on da sua descoberta § Wnieo, Se a possoa colectiva ja nio existir quando se instaurar o processo fiscal, serio solidiriamente res- ponséveis pelos direitos, multas e demais imposigdes of individuos que a geriam ou administravam. Art. 25.° Se a infracgdo fiscal fOr cometida pelos xe- presentantes constitucionais de qualquer pessoa colec- tiva de direito privado e no exercfeio dessa representa Ho, sera esta. pessoa solidariamente responsével com ales pelo pagamento dos direitos, muliaa e demais im- posic6es. Art, 26° A obrigagio do pagamento das importan- cias fixadas em processos fiseais como responsabilidade fiscal de natureza civil cessa desde que os argitidos ppaguem os direitos, multas ¢ demaie imposiGes em que tenham sido condenados. Art. 27." Por falta de pagamento das importancias fixadas em responsabilidade fecal de natureza civil nio hnaverd lugar a substituigio por prisio snopio 1v Da presorigto Art. 28° O procedimento por infracgies fiseais pret ereve decorrides cinco anos, quando se trate de delitos, ¢ decorridos dois anos quando se trate de tranagressdes. § Unico. Este prescrig&o corre desde o dia em que foi praticada a infracgio e interrompe-se por qualquer acto que constitua procedimento fiscal contra oinfractor. ‘Ark 29. Aa pense aplcadas por infracgdo Steal pre crevem decorridos dex anos. § nico, Esta prescrigio corre desde o dia em que a Aecistio condenatéria transitou em julgado e interzom- pe-se pela execugio da pena. : ‘Art. 30.° A obrigagdo de pagar os direitos e mais im- posigdes prescreve decorridos vinte anos, contados da data do trinsito om julgado da decieio condonat ‘Art. 31° A obrigagio de pagar o imposto de justiga © 08 selos do proceso prescreve docorridos cinco anos apés a riotificagfo para o pagamento. soph v : Das garantias aca ‘Art, 32.° As mercadorias apreendidas aos argitidos on por éles abandonadas de que nfo eeja decretado 0 iimento ou as importincias que as representem sio Barantia dos direitos, multas ¢ demais imposigdes que Aqueles argitidos venham a ser aplicadas nos provessos, figeais, § tinico, Se as mercadorias pertencerem a pessoas em qualquer responsabilidade na infracgio fiseal, res- pondem apenas pela importéncia dos direito Art. 83,° As meroadorias, bagagens ow quaisquor va- Jores que, embora no respeitem ao processo fiscal, 08 ‘argitidos ‘ou os responséveis tiverem nas alfandegas, em depésito de regime aduaneiro ou de regime livze, ¢ em quaisquer outros locais sob a aco fiscal, ou de que sejam recebedores ou consignatarios, consideram-se arrestados para garantia do pagamento das importan- eias por que éles venham a ser responsabilizados na- quele processo © niio poderfo cer ex emquanto néo far caucionado o seu valor ou essa responsabilidade. § tinico. Sem se mostrar feita a caugio © quo éste artigo se refere, a alfindega também nio poderd en- ‘twogar us mercadorias cujos conhecimentos, cartas porte ou quaisquer outros titulos de propriedade tenham 99 sido endossados por aqueles argitidos ou xesponsiveis, posteriormente & notificagto do despacho de indiciagio, ‘ou sobre que, posteriormente a éste mesmo acto, haja sido realizada qualquer operagio comercial por éles ou pelas sociedades ou emprésas de que fagain parte. Art, 34° Consideram-se arrestadas, nas mesmus cou digdes do artigo anterior, as aeronaves, os navios © quaiquer embareagdes ou outros meios de transporte, desde que sejam argitidos on por qualquer forma xes- onsaveis nos processos flscais us seus comandantes, cx- pildis, mestres ou arrais, ou o3 seus armadores ou pro- prietérios, Art, 95.° Os direitos, multas e demais innposigies fi- xadas nas decisées finais © nao pagos no prazo de der dias, a contar da notificagio das mesmas decisées ou ds conta, se ela houver lugar, gozardo dos privilégios estabelecidos nos artigos 885.° ¢ 887.", n.* 1.", do Civil. CAPITULO 1 Das infracebes fiscals em especial sregio 1 Dos delitos Ascals ‘sop-srogio 1 Do contrabando Art. 36." Contrabando é a entrada ou saida fraudu- Jenta da colénia de quaisquer mereadorias sem passa- rem pelos afindegag, § tinico, Para efeito déste artigo, consideram-se al- fimdegas as estincias aduaneiras, os postos fiscais, us caminhos que directamento conduzem aquelas e a estes, 06 depésitos sob regime aduaneiro ou livre e, em geral, 08 locais sujeitos a fsealizagio permanente onde oe efec- ‘tuem o embarque e desembarque de passageizos ou ope- ragbes de carga e descarga de mervadorios cativas de direitos ou outros impostes cuja cobranga esteja come- tida io alfandogas. Art. 37.° Considerar-se-fo também delitos de contra- dando: 1.* A caida, em contravengio aos preceitos estabeleci- dos, de mercedorias ouja exportagio, reexportagio ou ‘transite estiverem proibidos ou condicionados; 2. A entrada ou safda de mercadorias sujeitas a im- poate de fabricagio on do consumo ua cobrange estes cometida as alfindegas, quando igualmente uas condi- Ges da parte final do corpo do artigo antecedente; 3.* A circulagdo de mercadorias que, niio sendo livre, 40 efeotue sem o processamento das competontes guias ou outros documentos requeridos ou sem a aplicagio de selos, mareas on outros sinais legalmente presoritos; 4° Os casos como tais expressamente considerados ‘em disposigées especiais. Art, 38.° Salvo se outra pena estiver estabelecida em lei sepecil, ¢ sempre som prejuito de qualquer inde- mnizagio por perdas ¢ danos, arbitrada nos termos da lei civil, 05 agentes do delito de contrabando sero punidos com ® multa de seis a doze vezes a importincia dos di- reitos ou impostos devidos pela mercadoria. § 1." Quando se trate de mercadorias de importagi ou exportagio absclutamente proibidas, a multa sera de seis a doze vezes 0 valor das mercadorias, § 2." Quando nao seja possivel determina: 0 quanti, tative dos direitos ou impostos de que aio cativas 2s mercadorias objecto de contrabando ou 0 seu valor, con- forme 05 casos, bem como quando @ meresdoria seja dé- les isenta, impor-se-i a multa de 1008 x 60.0008 4 moede eaivalente. 100 § 8 O valor das mercadorias, para os efeitos do dis- posto no § 1.° déste artigo, seré arbitrado por peritos nomesdos pela autoridade instrutore entre os funcioné~ ios téonico-aduaneiros, de harmonia com os preceitos estabelecidos mas instrucdes preliminares des pautas ¢ mais legislagtio vigente, salvo nos casos de se tratar de mereadorias eujo valor ja tenba sido fixado em provesso ‘éenico pelo Conselho do Servigo Técnico Aduaneiro, ois, nestes casos, seri este valor que servira de base & aplicagio da penalidade de que trata 0 corpo déste ar- tigo. “Art, 39.* Sem embargo do disposto no artigo antece- dente, as mercedorias objecto de contrabando conside- vamte sempre perdidas a favor da Fazenda Nacional, salvo se 60 provar que pertencem a pessoas @ quem nfo pode sor atribufda qualquer responsabilidade no delito. § 1" A pena de perdimento das mercadorias seré substituid 4) Quando teu, havido apreenafo ¢ 0 dono ats. 0 roferir, pela condenagio em multa de importéncia Ffual a0 velor dao mereadorias, salvo oe 0 valor for im- ossivel de determinar; hipdtese om que a multa seré de 50§ 2 10.0008 ou moeda. equivalente; b) Quando ni tenha havido apreensso, pela condena- gio em multa de importincia igual a0 dobro do valor das mereadorias e, se ésbo ndo puder determinar-se, pela condenago em multa de 100§ a 20.0008 ou moeda equi- valente. § 2° Da substituigdo prevista na alinea a) do pari- fafo anterior exceptuam-se 0s casos em que, nos termos léste Contencioso, ¢ vedada a restituigao das meroado- § 3° Quando se verifique a hipstese a que 60 refere a segunda parte do corpo déste artigo, aplicar-se-é eem- pre, om lugar da pena de perdimento, multa de impor- faneia igual ao dobro do valor da mereadoria, salvo ee ‘ste for impossivel do determinar, hipéteso em que ee aplicaré multa nos termos da parte final da slines 6). Art, 40.° Seri decretado o perdimento dos bareos, aeronaves, vefeulos ¢ quaisquer outros meios de trans porte quando a parte principal da sua carge consistir bm mervadorias contrabandeadas e os sous proprietérios ao provem que foi em eeu conhecimento ou sem negli- géncia da oua parte que Glos foram utilizados. § tinico. A pena de perdimento dos meios de trans- porte sera substituida pelo pagamento do seu valor se © delingiiente pretender que lhes sejam restitufdos. Art. 41° Poderé ser declarado contrabandista habi- tual 6 reincidente que, tendo sofrido quatro condenages Por ceateabando, voter a er ‘omlenallo pelo mesmo der ito, ‘desde que estes delitos hajem sido cometidos den- tro de cinco anos e as penas de multa aplicadas no ee- jam inferiores, no total, a 20.0008 ou mooda equiva- lente. § nico. Ao contrabandita habitual, nos termos déste artigo, seré apliceds pena de destérro, de seis meses a dois anos, era local fixado pelo govérno da colénia. sus.seogio 1 Do descaminto Art. 42 Descaminho é 0 facto de zetirar fraudulen- tamente das alfandegas ou a passagem freudulenta atra- vés delas de’ quaisquer mercadorias 62m sorem subme- tidas a0 competente despacho ou mediante despacho ‘com falsas indicagGes. §.L? Nao sero, todavia, classificadas de doscaminko as diferengas inexactas a que se refere 0 artigo 438.° do Extatuto Organico das Alfindegas Coloniais, salvo nos eas03 de provada ma £6. § 22 Para efeito déste artigo consideram-se alfande- gas as estiucias, postos, caminhos, depésitos e locais I SERIE — NOMERO 36 mencionados 0 § tinico do artigo 36.* déste Conten- cios0. ‘Art. 43.° Considerar-se-Zo também delitos de desca- minho: : 1." A eaida das mercadorias referidas no n.° 1." do artigo 87.* nas condigdes previstas no corpo do artigo antocodente, embora tenham sido pagos os direitos e outros impostos que eejam devides; 22 A entrada ou saida de mercadorias referidas no nas condigées previstas no corpo 8.° A apresentagio & revisio de bagagens, por parte do posagrizes ou tripulantes do navios, de. tecidee de ‘qulquer fies siimplesmente alinhavados ou conidos © sem qualquer outro acabamento, por forma o simular um artefacto acabado; 4° Os ‘como tais expressamente consideradns em disposigies eepecias inloo. Os tecldoe a que ae efere o n.° 8 déste ar tigo serio cativos, quando importados para consumo, dos direitos correspondentes 2 respectiva obra, mas & multa a aplicar a0 infractor teré por buso os direitos do mesmo tecido sem qualquer obra. ‘Art. 44.° Salvo e outra pena estiver estabelecida em ei especial, os agentes do delito de descaminho serio puns com mults,de quatro dex venes a imporncia os direitos, impostos ou adicionais que deixaram de ser ou cujo pagamento se pretendia evitar. per» Nodescamiaho cometigo por paseageiros a multa ser de duas a cinco vezes a importincin referida ‘n0 corpo déste artigo. § 2° Quando se trate de mercadorias de importagio ow exportagio absolutamento profbidas, a multa seri estabelecida s6bre o valor das mereadorias, determinado nos termos do § 3.* do artigo 38.° § 8° Quando nfo seja possivel determinar 0 quan- titativo dos direitos e mais imposigdes de quo é cativa a mereadoria objecto do descaminho ou o seu valor, conforme 08 casos, impor-se-é multa de 100§ a 60.000 ‘ou moeda equivalente. Ast. 45+ Som embargo do disposto no antigo ante- cedente, as mercadorias objecto de descaminho consi- deram-e perdidas a favor da Fazenda Nacional quando forem de importagio ou exportagio proibidas ou cutras de quo lei especial decrete o perdimento. § tinico. A esta pena de perdimento é aplicével o dis- posto nos §§ 1.°, 2.° 0 3.° do artigo 39.° ‘Art. 46.° Seré decretado o perdimento dos meios de transporte que ee encontrem em condigles idénticas as previstes no corpo do artigo 40.° para o contrabando. § tinico, A ests pena de perdimento é aplioavel 0 dis- posto no § nico do roferide artigo 40° sun-seogio mr a fraude ds garantas fscals Art, 47.* Sem prejuizo das responsabilidades que Thes caibam na primitiva infracgto fiscal, os donos, ecebs- dores ou condutores de mereadorias epreendidasou os cous eximplices que, no acto da apreensio ou posterior- Seonts, danifoastm es merendorios apreendidan; aqueles que, constituidos seus depositérios, as nfo apresentarem no prazo que Thes fr desienadoy @ todon o8 que, per qualquer dvi responsdveisam process finns, depois terem conhecimento désses processos, d alienarem ou onerarem as mercadorias 0 arrestadas para garantio do pagamento da importancia da condenagio naqueles processos, serio condenados em multa igual ao débro do valor dessas mereadorias ou dos encargos sdbro elas contraidos. § 1° O valor das mercadorias seré determinado nos termos do § 8.° do artigo 38.° 21 DE FEVEREIRO DE 1944 § 2° Quando soja impossivel determinar 0 valor, a multa prescrita no corpo déste artigo serd arbitrada nos termos da parte final da alinea 8) do § 1.* do artigo 39.° ‘Art. 48.° Sem projuizo das penas em que hajam in- cortido pela infracgiio que dou origem a0 processo fis- cal, os Tesponsdveis nesse provesso que, por qualquer forma, com fraude para a Fazenda Nacional, aliena ‘em ou onerarem os sous bens, ¢ todas as demais pessoa que, tendo conhecimento.da fraude, outorgarem. ou qualquer forma beneficiarem nos respectivos actos ou contratos, serio condenados em multa igual ao valor asses bens ou da desvalorizagdo que resulte dos encar- 03 contraidos. § ‘nico. O valor seré o constante dos actos ou con- tratos, salvo havendo suspeita de quo é simulado, pois nesse caso seré determinado por peritos. Art, 49° As penas a que os dois artigos anteriores ee referem serio aplicadas em processo fiscal © polas autoridades © tribunais fiscais. § nico. ‘Tratando-so de pessoas colectivas de direito privado, o condenagdo seré imposta aos seus represen- antes constitucionais ou, havendo deliberaglo. social de que resultou a pratica de infracgio, aos que votarem essa, deliberagio, suv-stogio 1v iodo a vorifcagto ou a exame Art. 60.° A autoridade instrutora pode. mandar exa- minar a eserita comereial, quaisquer documentos, pa- péis, livros, objectos ou mereadorias que pertengam ou estejam em poder de qualquer pessoa singular ou colee- tiva, por peritos que se comprometam, sob juramento, a no divalgar o que viram nos exames a que procede- yam e a mencionar no respectivo relatério sbmente os factos coneretos que interessem ao esclarecimento dx oan . -* Aquele que se reousar a apresentay a eua escrita comivial qqusiaquor documentos, pepéis, livros, obje tos ou mereadorias que Ihe pertengam ou estejam em su poder e cuja apresentagio Ihe soja ordenada pela autoridade instrutora, :por a julgar necesséria & instra- go do processo fiscal, ¢ todo aquele que procurar im- pedir ou embaragar qualquer verificagio ou examo or- denado por aquela autoridade, incorre na multa de 5008 2 10.000$ ou moeda equivalente, independentemente das penas de resisténcia, so a elas houver lugar. § 2° A outoridade instrutora pode tornar efectivas as suas ordens, colicitando o auxilio da férga publica, ¢ tomaré as providéncias necessérias para que ndo haja alteragio ou substituigio dos objectos o examinar. 18. Sto aplingveis a te delito as disposition do as e A 4° presungaé legal do culpabilidede no processo fiscal a nfo apresentagdo a que éste artigo so refere, desde que a recuse seja feita por qualquer argiiido esse provesso. Da snogio 1 ‘Das transgressbes das lols @ ragulamantos Ssoals Art, 61.° Transgressio & todo 0 faoto ou omissio que, no constituindo delito, soja contrério as leis ou regu- Jamentos fiscais, aos despachos ou determinagies do Mi- nistro das Colénias on do governador que constem do Boletim Oficial ou do Boletim da Direogio ou Repar- tigdo Central dos Servigos Aduaneiros da colén § nico, Nas transgressies 6 sempre punida a negli- éncia. BiiArt, 62. Salvo ae outra pena estiver estabelecida om lei especial, as transgressies serio punidas com multa de 508 a 5.000 ou moeda equivalente, 101 §.1.* A existéncia em armazéns afiangados de morea- dorias em menor quantidade do que néles deveria exis- tir eré todavia punida com multa nunoa inferior a 20 or canto dos direitos devidos pela quantidade que faltar. § 2.° A falta de prévia declaragio a timoias inflamaveis ou perigosas de substinciss ou engenhos explosivos que chegarem a entrar nas estfin- oias aduaneitas por virtude dessa falta seré punida com multa de 50§ a 10.000§ ou moeda oquivalente, ficando, além disso, 0 dono ou recebedor sujeito & indemnizagio dag perdas ¢ danos que daf resultarem. ‘Nas transgressdes 06 haveré lugar a pene de perdimento das mereadorias quando lei especial ex- Pressamente a estabelecer. ito de cubs TITULO 1 Do processo fiscal CAPITULO I Disposigzes gorais snogio x Da opto foal Art. 63.° A acco fiscal serd exercida nos termos déste Contencioso e demais logislagdo especial, observando-se, nos casos omissos, as disposigdes do Cédigo de Provesso Penal compativeis com a natureza do processo fiscal. Art, 54° No processo fiscal serfio também resolvidas ag questées do natureza ndo fiscal que interessom & cistio da causa, sempre que haja. elementos suficien para af serem decididas. § 1° Quando nio houver os elementos referidos no corpo déste artigo, poders o processo fiscal ser suspenso, para que'se intente e julgue no tribunal competente a tespectiva acgio. To: A euspensto o que so relere o pardgrato anterior, nifo pode exceder o prazo de um ano e cossa se no prazo de seis meses nio for intentada a respectiva acgfo ou se por igual prazo estiver parada. Art. 55.° Se pelo decorrer do processo fiscal se veri- ficar a existéncia de qualquer infracgio cujo conheoi- mento no pertenga aos tribunais ou autoridades fiscai seré feita & autoridade competento a devide participa- com todos os elementos constantes do processo que sejam necessérios para a sua punigio. seopio 1 Da competéncia Art, 66.° Tém competéncia processual fiscal: 1° 0 Conselho do Tmpério Calonial (eeogio do con- tencioso) ; 2 Os ‘tribun Os trib tancia; 4° Os direotores das alfandegas; 5. Os chefes das estincias aduaneiras extraurbanas; 6. Os chefes das repartigdes ou delegagies de Fa- senda; 7.* 0s chefes dos postos fiscais e administrativos com atribuigdes de despacho; ~'8.* Outras autoridades indicadas nesta secgiio. { winico, A competéncia das autoridades indicadas nos n.% 8.° a 7.° déste artigo 6 determinada pelo lugar ou Grea onde @ apreonstio se efectuou ou, nto tendo havido apreensio, pelo lugar onde a infracgio foi pra- ticada e, nfo sendo éste conhecido, pelo lugar onde se administrativos das coléniae; vis de contencioso fiscal aduaneiro de 102 seoninas qualquer dos anguides & date Gx participa: so ou dentineia Art. 57.° A competéncia do Conselho do Império Co- Jonial’(sec¢do do contencioso) em matéria de conte cioso fiseal aduaneiro é a estabelecida na sua lei org: nica e respeetivo vegimento, Art, 58.° Compete ao Tribunal Administrativo (sec- go do coatencioxo fiscal ¢ aduaneiro): 1s Corhecer dus recursos interpostos das decisoes proferidas em 1.* instincia nos processos fiscais; 2. Couhecer, em revisdo, dos julgamentos de que niw tenha hevide recurso erdindsio ou extraordinério quando se alegue terein as autoridades fiscais praticado 0 proceso va julgamento alguma violéncia, preteri- (gio de formalidades essenciais, denegagao de reourso contra expressa disposiedo da lei ou qualquer injustiga grave ou quando, sendo caso de recurso obrigatério, Ao tenha sido ordenada a subida do processo; 3.* Conhecer dos recursos das resolugdes das autori- Gades encarregadas da fisealizagio © eoliranga dos ren- dimentos das alfandegas quando tiverem por funda- anento incompeténeia e excesso de poder, a nao aplicagio fou errada aplicagdo de qualquer disposigao de direito aduaneiro, a ofeusa ou violagio de direitos adquiridos por virtude de legislagio aduaneira ou de contratos ce- Fobrados com o Estado ou a preterigiio de formalidades ‘essenciais do. processo. “Art. 59.° Compete aos tribunais do contencioso fiscal ae 1" instimeia julgar todos os processos que sdbre suatérie de contencioso fiscal aduaneiro Ihes forem en- viados, depois de devidamente instruidos, pelas suto- sidades de que tratam o» n.* 4° a 7.° do artigo 56. aéste diploma. § jinlzo. Compete aos presidents dos tribunais de contentioso fiscal aduaneiro de 1.* insténcia responder a todas as consultas que sébre a oxganizagzo do pro- ccessos fiscais Thes sejam feitas pelas autoridades ins- trutoras da drea da jurisdigdo do tribunal. Art. G0.° Compete aos directores das alfindegas ¢ chefes das estincias aduaneiras extraurbanas: gt EMepaTaT € instruir os processos por infraesbes seal Tulgar os processos por infracgdes fiscais come- vides por passageizos; 3. Tulgar o® procestos por infraegBes fscais que, por cxpresss Usposigio legel ou regulamentar, sejem’ cone jderadas como mera tranégressio das leis regulamen- tos fiscais; ‘42° Tulgar os processos aludidos no 2.* 1.*, nos casos especinis em que tal Thes sea expressamente cometido neste Contenoioso. JL” A competéncia das autoridades fiscais menoi nadas neste artigo é limitada & dren da localidade, sede da respectiva alfandega ou estincia aduaneiza extra- urbana e seus portos, aerédromos e aeroportos, bem como & drea de 40 quilémetros além do perimetro da localidade, quando se tratar de divectores das alfande- gas. ¢ de 20 quildmetros, se se tratar de chefes de es- tancias aduanciras extraurbanas § 2 Os processos julgados nos termos do a. Qe 3 3." déste artigo pelos chefes das estincias aduaneiras extraurbanas, quando a multa aplicada for su 41.0008 ou moeda equivalent, certo sujeitos 0 torlamente A revistio do director da respectiva cirouns- crigio aduaneira, se 05 interessados no tiverem inter- posta recurso das decisdes néles proferidas. ¥ 3° Quando o director da cirounscrigio aduaneiva reconhega que houve fnlta de cumprimento de qualquer formalidade substancial do processo ou de diligéncia que repute essencial para o descobrimento da verdade ¢ justa aplicagio das leis fiseais, mandaré baixar 0 pro- ces30. pit meio de despacho néle proferido, & autoridade I SERIE — NOMERO 36 julgadora para cumprimento dessas formalidades ou di- Jigéneias, findas as quais soré 0 processo devolvide a0 mesmo director, que, por sua vez, o faré remeter ao respective tribunal do contencioso fiscal de 1.* instfincia para efeitos do cumprimento das disposigdes dos ar- tigos 142.° a 147." déste Contencioso. '§ 4° Do modo como ficou preceituado no parte final do parigrafo anterior procederé 0 director da circuns- trigao aduaneira, quando reconhecer que o quantitativo Gu multa aplicada é exagerado ov insuficiente em re- Jagdo aos factos constitutivos da infracedo, iazendo su- hin, neste caso, 0 proceso ao tribunal, com informagio soa, para efeito de julgamento. Art, 61.° Compete aos chefes das repartigdes ou dele- gages de Fazenda, dos postos fiscais ¢ dos postos adi Hisirativos com atribuigoes de despacho: 1° Preparar ¢ instruir todos os processos nfo abran- jidos pelo artigo anterior, preferindo, destas autorida- ies, a que ficar mais préxima 2, em igualdade de co: figfes, entre as mois préximas a que primeiramente estiver mencionada na ordem por que esto enumeradas no corpo daste artigo; . 2.° dulgar 08 aludidos processos por infracgdes fiscais ‘cometidas por passageiros, observando-se 0 disposto no § 2.° do artigo antecedente; ° Julgar outros processes nos casos excepeionais em que tal Thes seja cometido por éste Contencioso. ‘Art. 62° No julgamento dos processos a que se ferem 05 0." 2.° 8 3.* do artigo 60.* en.* 2.°doartigo6l.* observar-se-40 as disposigdes do artigo 172.° na parte aplicdvel. Paes 63.° Os funciondrios dos quadros técnico e siliar aduaneiros ¢ 05 agentes da fiscalizago adi neira, quando forem expressamente mendados em dili- géncia ou em comissio de servigo, por virtude da qual fenham de proceder a buscas ou varejos em qualquer estabelecimento existente em localidade em que nio haja tribunal ou autoridade fiscal para instruir o com- petents proceso, ou s6 exista a uma distincia exce- dente & indicada no § 1.° do artigo 60.°, terfio @ ate téncia indicada nos artigos 60.° ¢ 61.° para as aludidas autoridades. Art. 64.° Os funciondrios dos quadros técnico e au- siliar aduaneiros e 08 agentes da fscalizagiio aduancira so competentes para, durante o dia, proceder a vare- jos, buscas ou apreensdes em qualquer meio de trans- ere ou em. qualquer esabslecimento, ermaném, cu loja, casa de habitagSo ou recinto fechado, por bem fun- dada suepeita de infracgdo fiscal, ou para a pristo dos infractores que devem considerar-se em flagrante nos termos do artigo 251.° do Cédigo de Proceso Penal, ou para impedir que estes ou os sets otimplices fagam desa~ parecer os vestigios da infrs § 1° Do disposto no corpo déste artigo exceptuam- 0 funcionérios que prestem servigo nos tribunais ou eartérios do contenciaso aduaneiro, aos quais é prof bido proceder a varejos, buscas ou apreensdes, ou tomar parte por qualquer forma nessas diligéncias, salvo quando presididas pela autoridade instrutora, ¢ ainda porticipar directamente qualquer infracgho fiscal, de- Yendo dar conhecimento dela & eutoridade instrutora. 2.° Salvo nos casos de comprovada urgéucia ou em flagrante, 6 necesséria prévia autorizagio, nas sedes das 1s aduaneiras, dos direotores das respecti- ‘e, no restante territério da colénia, da autoridade competente para a instrugio do proceso, ou do superior hierarquico de quem pretende fazer a’ di- ligéncia, e @ assisténcia de duas testemunhas, § 3° Quando a diligéncia ce realizar em propri dades ocupadas por estrangeiros, aeronaves @ navios estrangeiros de carreivas regulares, sera acsistida do epresentante consular da respectiva nacionalidade, 21 DE FEVEREIRO DE 1944 qiiando o houver, salvo se essa assistincia fOr dispen- sada pelo comandante da aeronave ou capitio do navio, ‘on no caso de o cénsul, devidamente convocado, nfo comparocer nem se fazer representar, on quando ce trate de perseguigao de delingtientes em fagrante delito que ai procure refugiar-se ou ainda no caso de manifest urgéncia, Quando se verifique esta wltima hipétese comunicar-se-i ao cOnsul a diligéncia efectuada ¢ 0 seu resultado. § 4° A diligéncin pode continuar durante a noite pelo tempo necessirio para se concluir. As buseas a erdo de mavios 26 poderiio ser efectuadas depois de realizada a visita fiscal ou simultineamente com esta, uando assim ordenada pelo director da alféndege ou Tete de estdacie aduaneia, . § 5.° Os que procederem a diligéncia ficam responsi- eis por qualquer abuso que cometam ¢ ineorrem na rmulta de 8008 5.0008 ou moods equivalent, imposia em processo fiscal, quando se provar que sem qualquer fundamento e s6 por m4 f6 da tua parte a dligducia teve lugar. ‘Art. 65.° Os funcionsrios dos quadros téonico e au- xiliar aduaneiros e os agentes da fiscalizagio aduaneira tm o direito de interroger as pessoas que dentro das zonas fiscais se tornem suspeitas de qualquer infracqao fisedl e de sujeitar a exame essas pessoas ¢ as mercado- rias ou meios de transporte que as acompanhem, § 1° Se por Gate intorrogatério ou exame a suspeita ce confirmar, proceder-se-6 nos termos déste Conten- cioso. Se as pessons resistirem ou procurarem fugir, se- wo detidas. § 2.9 Se @ pessoa suspeita se purer em fuga, € per- mitida a entrada em qualquer local onde ela ‘procure refugiar-se, ainda que se trate de casa de habitagio on recinto fechado. Art. 66.° Nos casos de flagrante delito a que nao cor- responda multa superior a 100§ ou moeda equivalente € a que nfo corresponda pens de prisio, suspensio ou Aemissio, havendo apreensio e sendo esta realizada den- tro da zona fiscal da fronteira terrestre, em localidade em que nfo exista autoridade fiscal ou administrativa competente para instrnir o respective processo ou «6 exista a uma distancia excedente a 40 quilémetros, te- vo os funciondrios mencionados no artigo antecedente a competéncia indicada nos artigos 60."e 61." para as aludidas autoridades. § L* Havendo mais de um apreensor, seré compe- tente 0 mais graduado; em igualdade de graduagh mais antigo no servigo; e em igualdade de antiguidade, ‘© mais idoso. § 2% Quando houver mais de um apreensor, pode qualquer déles exigir o julgamento em processo ordi nario, fieando, porém, sujeito ao pagamento de custas ¢ selos se 0 argttido nfo for condenado em pena 6u- Pevir do jalgamento sumarissimo, $3." O auto da diligénoia seré sempre junto ao pro- cesso ordindrio, quando se organize. § 4° U argiiido pode sempre requerer, no prazo de trinta diac, @ autoridade competente, nos termos dos a. 4.9.0 7. do artigo 56.%, que proceda A instrugio do proceso, segundo as repras gerais déste Contencioso. Art. 67° A algada do tribunal administrative 6 de 10.0008, a do tribimsl de contencioso fiseal de 1. ins- tancia € de 7.5008 e a dos directores das alfandegas é de 5.0008 on, em qualquer dos casos, moeda equiva: lente. $10 A alcada zegula-se pela importincia dos direi- tos ou impostos ¢ multas aplicaveis, acrescida do valo: das mereadorias de que tenha lugar o perdimento. 4 2° Nao haverd algada em questdes de competéncia € de jurisdigto, 103 Art, 68.° As autoridades nfo abrangidas pele artigo aniecedente no tém algada. secgio 12 Do segrédo de Justion 0 processo fiscal 6 seereto até sux notifcads 0 despucho de indiciagto ou de no indiciagso. {nic Case convenia a0 descobrimento da onda, ¢ sempre com obrigaciio para éles de guardarem segrédo de justige, poderd a autoridade instratera mostrer 0 provesso, ou parte déle, aos autuantes ou jparticipantes @ dar conhecimento a0s peritos, intérpretes ¢ testemu- nhas de actos ou documentos do’ proce-so. Art. 70.* Dos processos que no estejam em segrédo de justiga podem passar-se certiddes, mas 66 mediante Uespacho da autoridade instrutora ou do juiz relator, segiindo os casos, ' inioo, Poderdo também passar-se certiddes dos pro- cess0s que estejam em segrédo de justiga nos casos ex- cepcionais em que haja manifesto interésse publico © mediante despacho fundamentado da autoridade ou juiz referidos no corpo déste artigo. stogio rv Das notifoagdes Art, 7L* As notificagGes serio feitas pessoalmente ow pelo correio com aviso de recepeiio, e, #e no primeiro ‘caso nio for 0 escriviio a efectud-las, passiné éste 0 com- petente mandado, $ 1.* Com as notificagdes dos despachos de indici ¢ das decisbes finais condenatérias seri entregue ou re- metida aos argiides e civilmente responsiveis copia os referides despachos ou decisbes. § 2 Se o argiiido ou o civilmente responstvel no for encontrado na sua vesidéncia e tiver advogado ou propurndar conetituide, a qualquer dtstes ae faré notificagio. § 8 Se 0 argiiido ou o civilmente responsive! nfo fp encontrado oa sua tesidéneia. nem ter advogade on procurador constitufdo, a notificagto seré feita por um edital afixado & porta da sua residéncia ¢ por outro afixado no local onde correr 9, procesto, passando- certidio da afixagio, que ceré junta aos autos e publi- cada mum jornal. § 4." Se 0 argiiido fér desconhecido ou residir no es- trangeiro ow noutras colénias, ou na metrépole, ot se a autoridade instrutora, depois de empregar todos os meios ao seu aleance, nfo conseguir averiguar a cua residéncia, a notificagdo far-se-4 por edital afixado no Tugar onde corer o processo, passanio-se certidio da afixagio, que seré junta ‘os autos e publicada num jornal da colénia. £ 6.° Quando a notificagio for feita pelo correio. os prazos comegem a contar-se desde a data do assina- tura, no aviso de recepgao, do notificando ou de alguém 8 seu rOgo, § 6.° Quando a notificagio for feita por edital, os pra- 08 comecaan a contar-se da data da respectiva afixagio. § 7 As notificagges a fazer fora da srea de jurisdi- do da autoridade instrutora efectuar-se-20 por oficio preeatério. § 8° Havendo no processo mais de um_participante ‘ou antuante, a notificagio de qualquer decisio néle pro- ferida sera feita amicamente 20 primeiro que aasine respectiva participagio ou auto, e, nfo podendo. por ‘qualquer motivo, ser a aste feita, ferd ela Ingar junto do imedinto e assim sucessivamente. 104 suopio v as nulldades Art. 72° Sio nulidades em provesso fiscal: 1+ A omissio de diligéncias quo dovam reputarse sstencisis para o doscobrimento da verdede; 2. A falta de nomeagio de intérprete idéneo ao ar- sgSido ou civilmonte responsirel quando date ato fale Be ‘niko 0 compreenda ou nfo possa fazer-se com- Proeeder Preenee 8.° A falta de notificagio do despacho de indiciagio 405 argiidos ou civilmente responséveis, ou do despacho de no indiciagéo aos autuantes ou participantes. {11 A nulidade do a." Ie" conndetarceré canada 60 an acon omitidos }6 nfo pudorem praticarse ou go sua realizagio jd nfo puder aproveitar ao descobri- mento da verdad, § 2. A mulidade do n.°3.* ficaré sanada so 0 despacho tiver sido contestado ou reoorrido pela pessoa a favor de quem 60 prescreveu a nulidade ou se ela tiver in- tervindo na contestagio ou recurso. Art. 73." As mulidades a que se refere o artigo an- terior, quando nfo devam considerar-se eanadas, podem ser argiidas em qualquer estado do procesto, @ a8 au- ° toridades instratoras e os tribunais fiscais deverso co- nhecer delas oficiosamente. § tinico. O Conselho do Império Colonial (secgto do contencioso) e 0 tribunal administrativo da colénia (seegio do conténciogo fiscal © aduaneiro) poderio sem- pre julgar suprida qualquer nulidade que nfo afecte a justa decisio da causa. Art. 74.° Qualquer outra irregularidade do processo 8 poderé ser argitida pelo interessado no prazo de quinze dias, a contar daquele em que dela teve conhe- cimento ow’ seja de presumir que 0 tivesse, © a auto- ridade instrutora ou o julgador poderio consideré-Ja ‘suprida desde que nio afecte o apuramento da verdade @ justa devisto da causa, ou mandar repetir 0 acto em que ela se verificou. . § ‘inioo, Presume-se que o interessado teve conheci- mento da irregularidade se posteriormente & sia prética foi notificado de qualquer 4érmo do processo ou inter- veio em algum acto néle praticedo. suogio vt Dos impedimentos Art. 15.* Se a autoridade que, nos termos deste Con- tencioso, seria competonte para funoionar no procesco se achar em qualquer daa circunstincias referidas no artigo 122.°e no n.° 1.° do artigo 127.° do Cédigo de Pro- eess0 Civil; deve ela declarar-se impodida. § 1 Se & autoridade reférida no corpo déate artigo se nao declarar impedida, pode qualquer das partes re- querer que assim ee declare, e do despacho proferido sobre fee requerimento cabo recurso noe termos do ar- fe 0 impedimento for de vogais do Conselho do Império Colonial ou do tribunal administrative em co- 2enias de govémo geral o proceso passaré a outro vo- gal, nos termos da legislagio aplicével;; ce f6r de vogais dos’ tribunais administrativos de outras colénias ou de fribumais de contencioso fiscal de 1.* instincia, de di- ectores das alfindogas ou de ohefes das estincias adua- neiras onde haja mais de um funcionério do quadro técnivo aduaneiro, seré remetido aos respectivos substi- tutos legais; © se fr de outras autoridades seré eubme- fido & Sutoridade focal competente, nos termos deste Yontencioso. I SERIE — NOMERO 36 seopio vir Do pendimento ¢ abendono dss merosdorias Art. 76.° Sem prejuizo do disposto nos artigos 39.°, 40, 45.° © 46° © § 3. do artigo 52, serio julgadas perdidas a favor da Fazenda Nacional 1° As armas ou instrumentos que serviram & pré- tice de infracgio; 2° As mercadorias apreendidas por infraogio fiscal, quando 0 responsivel da infracgo fique deseonhecido no processo e se no prove que pertencem a pessoas a quem nio pode ser atribuide qualquer responsabilidade na infr ‘Art. 77° Gonsideram-se abandonadas a favor da Fa- senda Nacional as mercadorias © quaisquer q pertencentes a interessados em proceso fiscal a8 nio vierem receber no prazo do seis. meses a contar do despacho ou ontenga que ordenar a eua entrega, seopio var Da resiltuigdo das mercadorias apreendldas Art. 78.° Nao se restituem: .* As mercadorias em que, nos termos déste Con- © respectivo pordimento nfio tenha sido oubs- tituido ponpena de multa © designadamente as de im- ortagio ou exportagiio protbides, salvo se se provar {ue vieram ao Poder dos arglsdos sem conhecimonio ou negligéncia dos seus proprietérios. Neste caso, serio oniregues a estes logo que paguom as despesas foitas com a sua conservagao, guarda e transporte. Tratando- se de importagdo protbida, as mercadorias 06 sero res- titufdas se os seus proprietérios se obrigarem a reexpor- taclas no prazo que fér fixado pela autoridade julgadora; 2. Ag armas ou instrumentos que serviram & prétiea de qualquer infracgio fiscal, salvo quando se provar que nfo pertencem aos argiiidos e que vieram & sua posse sem conhecimento ou negligéncia dos seus pro- prictérios, pois neste caso a estes sero entregues logo que paguem as despesas feitas com a sua conservagio, guarda e transporte e satisfagam as condigies por lei gxighdas pare poderem ter aquelesobjectoo em seu po- 3° As morcadorias apreendidas de que loi especial ordene a inutilizagio ou profba a restituig Art. 79.° Fora dos casos referidos no artigo anterior © do especialmente prescrito neste Contencioso para o5 casos de perdimento, as mercadorias apreendidas res- tituem-se @ quem pertencerem logo que seja depositado ou caucionado o seu valor e pagos 0s direitos ou impos- tos devidos e as despesas feitas com a sua conservacio, guarda e transporte, ou logo que transitem em julgado © despacho de nfo indiciaggo ou a decisio final abso- Iutéria © se mostre nfo serem devidos direitos. § Unico. Salvo prova em contrério, presume-se que as mereadorias ou 08 meios de-transporte apreendidos pertencem &s pessoas a quem foi feita a apreensdo. ‘Art. 80.° A restituiggo s6 teré lugar quando nao pre- jndique a instrugdo do processo e depois de extraidas, ‘se for possivel, as amostras que parecam necessérias para qualquer exame futuro. ‘Art. 81.° Se nio for requerida ou nfo puder ser orde- nada a restituigio das mercadorias aproondidas e estas, ameagarem deteriorar-se, serdo desde logo submetidas a leilio, nos termos dos artigos 156.* e 157.* seopio mx ‘Dos propaos, lmpésto de justin « sxlos Art, 82° Em todos os processos fiscais so devidos imposto dé justiga e selos, em caso de condenacio. 21 DE FEVEREIRO DE 1944 Art, 83.° 0 imposto de justiga seré fixado, atendendo & importéincia da causa © as possibilidades de quem tenha deo pagar, dentro do minimo de 508 © o mé- ximo do 15.0008 on moeda equivalente nas decis ‘que ponham térmo ao proceso © dentro do minimo 508 © o maximo de 1.000$ ou moeda equivalente nos incidentes © nos recursos de decisées interlocutérias § tinico. Do disposto no corpo déste artigo ex- ceptuam-se 4) As decisies proferidas nos termos do artigo 169.*, nas quais o imposto de justiga seré fixado em, 10 por cento da importincia a pagar e nunca menos de 208 ou mooda equivalente; 3b) As decisdes proferidas nos termos do artigo 173.", nas quais o imposto de justiga seré sempre de 208 ou moeda equivalente; ¢) As decisdes proferidas nos processos de transgres- sbes, cujo imposto 6 fixado em 10 por cento da impor- tancia a pagar, com o minimo de 5$ ou moeda equi- valente, ‘Art. 84.° Ao imposto de justiga, que constitue receita do Estado, acrescem as quantias referentes a indemni- zagies as fentemunhae, remuneragies aos peitos «inter pretes e despesas de transporte das autoridades instru- toras, respectivos esorivais e ofciais de diligéncias. * A indemnizagio As testemunhas seré fixada pela autoridade instrutora, sempre que aquelas a-pegam logo apés o seu depoimento, na importincia correspondente 0 que a testemunha ganha, mas nunca excedendo 100$ ou moeda equivalente por cada um dos dias em que tenham sido obrigadas @ comparecer. § 2° A remuneragio aos peritos ¢ intérpretes send fixada pela autoridade instrutora em harmonia com as habilitagdes déles, tempo despendido o servigo prestado e sera por éles percebida ainda que sejam funcionérios publicos com vencimento fixo, § 8. As despesas de transporte serdo devidamente do- cumentadat ‘Art. 85." Acrescerio ainda ao imposto de justiga, © sero pagas Aqueles que as houverem feito, as despesas com o transporte, guarda e conservagio das mereado- rias apreendidas. Ast, 86. A contagem dos selos do proceso far-seé pela taxa legal do papel selado, cada meia félha. nico. Nas decisies proferidas nos termos do ar- ‘e corpo do artigo 173.° a conta de selos con- incluida na importéneia do imposto de jus- tiga aludida nas alineas a) e 6) do § tinico do artigo 83.° “Art. 87." Siio isentos do imposto de justiga ¢ selos, além das demais entidades isentas por lei, os autuantes ¢ participantes nos processos em que intervenham nessas qualidades, salvo se a instouragio do process ou 08 recursos por élee interpostos forem destituidos de todo © fundamento, § tinico. Revelando-se m4 £6 da sua parte, sero os autuantes e participantes condenados no préprio pro- cess0 em multa de 200$ a 2.000 ou moeda equivalente. ‘Art. 88° Nas arrematagdes pagaré o arrematante 10 por conto sdbre 0 produto da arrematagio, fazendo-se fa sua distribuigzo nos termos do § vinico do artigo 275.° déste Contencioso. § tinico. Do produto da arrematagio serio dedusides, caso ainda nfo tenham sido satisfeitas, as despesas de ‘transporte, guarda © conservagio dos objectos arrema~ tados, as dos antincios para a venda © as taxas postais internacionais, se a elas houver lugar. ‘Art. 89.° Os recorrentes que nfo estiverem isentos do imposto de justiga sio obrigados a fazer perante 0 tribunal administrative 0s preparos conforme as im- 105 portdncias seguintes ou seu equivalents em moeda cor- rente na colénia: No recurso de despacho de indiciagio ¢ de qualquer outro que néo ponha témo a0 proceso. ee ‘Nos outros recursos Em qualquer incidente levantado no de- curso do processo ou depois de éle fiido 200§00 300§00 50800 § tinico. Kates preparos serio efectuados no prazo de des dias a contar da distribuigio dos recursos ou da apresentagio do requerimento levantando 0 incidente. Art, 90° Na L* insténcia aqueles que levantarem qualquer incidente © que nfo estejam por lei isentos de imposto do justiga ¢ selos terZo de fazer o proparo de 508 0 6008 ou moede equivalente, conforme for fixado pela autoridade instrutora, tendo em atengio ‘ importancia do incidente. § tinico. O preparo seré feito por depésito na tesou- seria da estincia aduaneira competente on nos cofres da Fazenda, mediante guias em triplicado ppassadas no ‘eariério do contencioso aduaneiro, sendo 0 duplicado, depois de efectuado o depésito, apresentado no cartério no prazo de cinco dias a contar da apresentagio do re- querimento a levantar 0 incidente. Art. 91.° Para a extracgio de vertidio 0 preparo 5 do custo provavel-da certidio @ feito em mio do escr ‘vio ou de quem tenha de o passar. Art. 92° Por cada certidio de teor pagaré quem pedir, quando nfo esteja isento do pagamento do i posto de justiga, conforme os casos, us importincias se- guintes ou sou quivalente em moeda corzente us co- iénia: Por cada lauda de vinte ¢ cinco linhas, ‘trinta letyas cada linha, contando-se a iiltima por inteiro . . : - 8500 Sendo dactilografada, por cada Jauda do vinte e cinco linhas . 5 6800 Sendo do narrativa, de cada certidio maix 1000 Pela busca, se a parte indicar o ano . 2800 ‘Nao indicando o ano ou indicando simente desde quando se deve fazer a busca, de cada sno... e 2800 Os emolumentos da certidio serio pagos com a im- portincia do -preparo, por meio do estampilhas coladas no fim de cada certidio © inutilizadas pelo escrivao ox Por quem suas vetes fier, eobrando-se & parte © que faltar quando o preparo fér insuficiente. Art. 93.° O pagamento do imposto de justiga, selos e mais imposigées seré efectuado no prazo de dez dias apés a notificagio da conta ao responsivel por éles, de- vendo para ésse fim 0 cartério entragartlhe as compe tentes guias para entrar na tesouraria das respectivas esténcias aduaneiras ou nos cofres da Fazenda com as importéncias devidas ¢ apresentar, para ser junto aos autos, 0 duplicado depois do efectuado 0 pagamento. § 1 Se os preparos excederem a importéncia do im- posto de justiga, o secretdrio do tribunal ow 0 escrivio do contencioso faré o levantaménto ¢ a restitaigao do exoesso & parte no prazo de trés dias; mas so esta, de- ois de notifcads, no apresentar o resbé-lo dentro le des dias, revertersé 0 excesso a favor da Fazenda ‘Nacional. § 2° Se 0 pagamento do imposto de justiga e selos niio fér efectuado no prazo legal, serd onviada a compe- tento certidio ao respective juizo das execugies fiseais, ara af se proceder & cobranga coereiva, Art, 94.° As reclamagGes contra a conta serio apre- sentadas no prazo de trinta dina, a contar da notificas dosta, © decididas pela autoridade instrutora, de eu dospacho cabe agravo.

También podría gustarte