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Ignatief 29.02.

2008

29.02S CONFRONTAÇÃO MILITAR ENTRE PALESTINA E ISRAEL É DESTRUTIVA PARA


PROCESSO POLÍTICO

A confrontação militar entre a Palestina e Israel é destrutiva para o processo político no Próximo Oriente. Foi
nestes termos que o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia reagiu às informações sobre uma nova
escalada das tensões em torno da faixa de Gaza. Ao mesmo tempo que condena o recurso à violência pelos
dois lados conflitantes, Moscou apela para proceder com senso comum e buscar possibilidades de diálogo. O
tema é desenvolvido pelo nosso observador Aleksandr Vatutin.
O serviço diplomático russo entende que só a continuação do processo de negociações corresponderia aos
interesses fundamentais dos Palestinos e Israelenses. Todavia, nos últimos dias, os dois lados têm dado
preferência a ações militares. Em 27 de fevereiro, extremistas do HAMAS lançaram mais de 40 mísseis de
fabricação caseira sobre a cidade de Sderot. Por sua vez, Israel desferiu quase uma dezenas de golpes aéreos
sobre o território palestino só nas últimas 24 horas. Nesses ataques perderam a vida umas dezenas de pessoas.
Ainda há pouco, as decisões tomadas na conferência internacional em Annapolis, Estados Unidos, pareciam
suficientes para tirar toda a problemática regional do ponto morto, dado que os Palestinos e os Israelenses
finalmente se sentaram à mesa para conversar.
Todavia, hoje é novamente a voz dos canhões que se levanta sobre as outras vozes no Próximo Oriente.
Todavia, nem todos os problemas se podem resolver através da força das armas. Eis aqui a opinião de
Aleksandr Khramtchikhin, especialista russo em conflitologia:
Embora Israel seja mais forte no aspeto militar, os Árabes são, em definitiva, mais fortes no aspeto
populacional. É justamente essa segunda arma que sempre prevalece, no fim de contas.
Presentemente, a sociedade palestina está dividida em duas partes. Na visão dos Israelenses, a primeira são os
radicais do HAMAS, sendo a segunda os adeptos do grupo moderado FATH, os quais apóiam o presidente
Mahmud Abbas. Se, pois, Telavive está prestes a colaborar com os segundos, então que fazer com os
primeiros. Como se poderia explicar aos seus partidários que com o voto depositado a favor do HAMAS em
eleições honestas e democráticas eles passaram automaticamente à condição de extremistas?
Hoje em dia, é uma caraterística da política interna de Israel que ninguém deseja tomar decisões difíceis.
Significa que ataques e contraataques irão se repetindo a cada dia semeando morte dos dois lados, enquanto
que os dirigentes de lá e de cá continuarão reuniões protocolares a esconder por trás de sorrisos de praxe sua
incapacidade de sair de um círculo vicioso.

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