OS PAÍSES DA AMÉRICA DO SUL SÃO A FAVOR DA CRIAÇÃO
DA NOVA ORGANIZAÇÃO DOS ESTADOS AMERICANOS.
O Presidente do Equador, Rafael Correa pediu a instituição de
uma nova Organização dos Estados Americanos (OEA) sem a participação dos EUA. A exclusão da vizinha do Norte desta organização permite acabar com a intervenção de Washington nos assuntos dos países latino-americanos, disse Rafael Correa. Pormenores com nosso observadaor, Vyacheslav Soloviov. Eu suponho que o recente conflito com a Colômbia é que foi o motivo para uma declaração desse tipo. Ela é feita depois que o exercito colombiano realizou a operação militar para liquidação dos rebeldes em território equatoriano sem consentimento das autoridades do país, e que certamente, coordenou suas ações com Washington, pois a Colômbia é aliada estratégica dos EUA na região. A operação pelas forças armadas colombianas causou indignação não somente no Equador, mas também na Venezuela, Nicarágua, Cuba e numa série de outros países da America Latina. Os EUA, por sua vez, declararam solidariedade com a Colômbia e acusaram a Venezuela de empreender ações provocativas. A ameaça de o conflito militar continuo por vários dias até que os líderes dos países envolvidos assinassem a declaração sobre solução da crise e apertassem as mãos em sinal do fim da tensão nas suas relações. Mas, como se costuma dizer, permaneceu o ressentimento e obviamente foi ele que impulsionou o Presidente do Equador e fazer tal declaração. Fala o diretor do Instituto para a América Latina junto à Academia de Ciências da Rússia, Vladimir Davydov: Durante os últimos dois anos os governos de esquerda foram assumindo o poder nos países da America Latina com a visão da recuperação da dignidade nacional, por um papel mais intenso dos seus países na economia e política mundial. Os latino- americanos vêm que o mundo muda que a liderança e poder dos EUA têm limites. Aparecem novos centros da força, em ascensão a China, a zona da região Ásia-Pacífico. E é necessário construir as suas relações com estes novos centros, inclusive a Rússia. E na região latino-americana se forma o próprio pólo da influencia. Isso é antes de tudo o Brasil, em torno do qual se agrupam os países latino-americanos. Aliás, eles declararam seriamente suas reivindicações e sua própria opinião, enfatizou o cientista russo. Em geral a região latino-americana não deseja mais viver sob as ordens de Washington. E os últimos acontecimentos mostraram que os países latino-americanos podem resolver seus problemas com as próprias forças, negligenciando a resistência direta ou dissimulada do vizinho do Norte. E parece que essa tendência, de rumo global, irá continuar.