Scribd Logo
Cargar

¡Te damos la bienvenida a Scribd!

  • Texto 2 p.29-3

    Cargado por

    Rafaela
    9 vistas4 páginas
    DIREITO- ESTUDOS

    Título original

    texto 2 p.29-3

    Derechos de autor

    © © All Rights Reserved

    Formatos disponibles

    PDF o lea en línea desde Scribd

    ¿Le pareció útil este documento?

    ¿Este contenido es inapropiado?

    Denunciar este documento
    DIREITO- ESTUDOS

    Copyright:

    © All Rights Reserved
    Descargue como PDF o lea en línea desde Scribd
    Marcar por contenido inapropiado
    9 vistas4 páginas

    Texto 2 p.29-3

    Cargado por

    Rafaela
    DIREITO- ESTUDOS

    Copyright:

    © All Rights Reserved
    Descargue como PDF o lea en línea desde Scribd
    Marcar por contenido inapropiado
    de 4
    O Direito como Objeto de Conhecimento: Perfil Histérico 2.1 Direito e conhecimento do direito: origens Conforme vimos no capitulo anterior, sobretudo em seu item 1.1, a via de saproximacéo perfilhads conduziv-nos, dentro de uma visto do dreto ome bolismo, &idéia de retidéo e equilbrio, ao direlto come simbolo de retidao € culo, Essa nogio, contudo, & obviamente vaga e exige algumasprecsbes. Podemos observar, assim, que, na mesma linha de andlise lingiistica, a pa tavra ds, que nomeava a deura groga da Jurign, darvava de um vosdbalo sg nificando limites terras de wn home. Dai ma outa canotago da expres ligada ao priprio, & propriedade, ao que é de cada um. Donde se seguia que © direlto se vineulase também a0 que & devido, ao que éexgivel e 2 culpa. Na ‘mesma expresso se conocam, pols, propredade, a pretensio eo pecado; ena Seqiénea,o proceso, a pena eo pagamento. Assim, dikéera o poder deestabe lecero equllro social nesta conotagao abrangente (ra, em zoiedadesprimitivas, exte poder est dominado pelo elemento orga: nizador fundado primariamente no principio do parentes.o. Todas as estruturas ‘ocais, que aide ndo ee especifcam claramente, deixan-se penetrar por esse ‘principio, valendo tanto para as relagBes polticas como para as econdmicas © para as culturas, produzindo uma segmentagio que orgaiza a comunidade em {arnias, grupos de famias, lis, grupos de ls. Dentro da comunidade, eodos slo parentes, 0 nio-parente & uma figura esdnixula. As lteativas de compor Tamento 8, asim, pobres,resumindose sum “ou isto ou aqullo", num “tudo rere cou nada 0 individuo, dentro da comunidade, 9 €alguém por sua pertinéncia parental 0 da. © poder de estabelecero equlfro social igese ao parentese. [No horizon do dretoarcaico, 26 hé lugar para uma tnia ordem: a existent, {que € a unica posivel, a querida pela divindade e, por iso, sagrada, 0 dieito a ordem querda (¢ nfo crada) por um deus. Como nfo é uma ordem crisd, tas queria, o ditelto obriga tanto o homem como a divindade, que o defende, ‘impoe, mas noo produz nem o modifica (a iia de um Deus ciador surge na tradiggojudaic e passa, depois, &tradiglo crit). ‘0 estabelecimento do que & de cada um, conforme sue posicio nas relagdes de parentesco, mostra, pois, primiclvamente, a predilecio elo ditelto como uma forma rigia de distibuiglo socal, em que seu contraventor & imediatamente cxpulso da comunidades ou estamos dentro dela e, poreanto, com o direito, ou estamos fora dela (cf Gurvteh, 1960:198). Nesse sentido, 0 direto confunde- e-com as maneiras caractersticas de agir do povo (lkwsys)- por exemplo, 0 Sentarse em cadeiras ou no cho, 9 comer com as mos, 9b ou em grupo, 0 uso {de roupas ~tomadas como particularmente importantes ara s vida do grupo {mores emanifestadasna forma de regras gers. Ele & percebido, rimariamen: te, quando o comportamento de alguém ou de um grupo deslude eexpectativa ‘conragrada pels regras,reagindo o desiludid na forma, por exemplo, de uma fexplosio de ira, vinganga, maldigbes et. (cf. Pierson, 1968:137). Por exem: plo, uma regra que consagra 8 expectativa geral de que ninguém deve tocar © Blimento destinado soe denses & perebida quando alguém © come e&, assim, tomado impuro, devendo ser expurgado. Ba forma maniqucsts de manifestao do diteico € atenvada pela interven lo de sacerdores ou de juizs esporadicos que, como guardas do direit, regu Jam sua aplieagao, No encanto, esa regulagko nio se sepzra do proprio direto, de tal modo que nfo pademos falar do conhecimento de direto como algo dele Sseparado, Ese “conhecimento”e sua pritiea (de aplcagio)ndo se distinguemt a ‘abibini, gua, aplicagio eo saber do direitoconfundem se (Com o desenvolvimento das socedades, quer por seu aumento quantitativo, ‘quer pelo aumento da complexidade das interagbes humanas possves,o princ- pio do parentesc, por sua pobreza, &, pouco a pouco, dferenciado e substitu {do como base da organizagéo social. Nas culturas pré-medernas (China, india, ‘Gréca, Roma), aparecem assim os mercados, que permitem a equalizacio das neoessidades entre os mo-parentes. Isto €, a posigfo do comerciane dela de er determinada por sua stuagéo na fami, no elt (pot exemglo, eomerciar dea de ser uma atividade permitda apenas aos patraras): Do mesmo modo, aparece 0 damiaio politico, localizado em centros de adminiswacio ediferenciado da orgs nizago religios, guerera cultural ete (ef. Luhmann, 1972) O primade do centro politico & um dado imporeance, scretudo pars o direito como poder de estabeleeimento do equilfrio soil. As comunidades orgenizam- se como polis ou sociedade politica (vias sive socitas cvs), ou ej, uma for sa hierérquca de dominio baseada em prestiio, o que sonduz a simbolos que dleterminam quem é quem na sociedade, elagSes de status, modos ditintos de fala ou linguagem propria. Com iso, odireito, como ordem, pass a ligar-se aos homens enquanto tas: 0 homem enquanto ser ive ou ches (iberdade como um. status proprio do cidadio), Essa transformagio exige que o direito se manifest por meio de férmulas presrivas de validade permanente, que no se prendem necessariamente 2S relages de parenteso, mas reconhecem certaspossblidades de escolha,parii- pacio na vida da cidade (iberdade partipatva). O dil, assim, continua sea- {do uma ordem que atravessa todos os setores da vida soc (politico, econdmico, ‘eligoea, cultural) mas que nfo se confunde com eles. Tama-se possivel, eno, contraporo sacerdote so guerreio, o pai ao filho © comercante 0 governante, sem que de antemio o direc identiique-se com 0 comportamento dest ou com © daquele. Por conseguinte, 0 contraventordebxa de ser alguém que es fora do dieito, porque fora da comunidade (ou foi expulso ou é estrangeiro), para ser alguém que pode invocar © mesmo dirito que o outro invoca contra el, dentro ‘da comunidad 0 direto, como ordem, perde seu carder maniquesa, isto & superase & Visio primitiva do direito como o bem, em oposigio ao antijuridico que se iden ‘fa 6om o ma 0 tratamento dado ao comportamento éesvianteencaminhase agora para procedimentos decisriosregulados,surgndo as formas de jursdigo: jules eribunais, partes, advogades et. Percebe-se que dretoabarcao ict € Oillet, pois este é também um comportamento juriic,s6 que probido. Essa progressiva procedimentalizagio do direito prozeca, asim, o apareci ‘mento de um grupo especalzado, com um papel social ocular: os jurisas, que

    También podría gustarte