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1 AS PROPRIEDADES Fisicas pa AGUA LETICIA MARIA PIRES ACCACIO TATIANA SACCHELLI _ | Contetdo Histérico Refragéo Densidade Calor Especifico Pressdo Hidrostatica Tensao Superficial Empuxo Movimentagéo na Ague Historico A utilizagdo da 4gua para fins terapéuticos jé é relatada hi milhares de anos. Os povos egipcios « muculmanos acreditavam nas propriedades curativas da gua, os hindus a utilizavam no combate da febre, ¢ 0s orientais ja praticavam prolongados banhos de imersdo.* No entanto, nao se sabe ao certo quando a pratica conhecida hoje como fisioterapia aquatica iniciou-se, mas acredi- ta-se que tenha sido por volta do século xix. 2 | ristoreRaria aauArica Em 1830, época na qual apareceram os primeiros spas nos Estados Unidos, Vincent Priessnitz iniciou o trabalho com os primeiros exercicios no meio aquatico visando a terapéutica e pesquisou pela primeira vez a5 reacGes do organismo em diferentes temperaturas da 4gua, Cerca de cem anos depois, Lowman publicou Techinique of Underwa- ter Gymnastics: a Study in Practical Application, no qual detalhou métodos terapéuticos utilizados em piscina, destacando dosagem, freqiiéncia ¢ duragao dos exercicios. Essa foi uma das primeiras publicagdes americanas a respeito de exercicios terapéuticos na Agua.’ Atualmente, apesar do ntimero de publicagdes ter aumentado, poucas apresentam resultados conclusivos sobre os beneficios da hidroterapia. De qualquer maneira, sabe-se que a pratica de exercicios em 4gua aquecida promove diminuiggo da dor e da sobrecarga de peso nas articulagdes durante a execugao de exercicios de reabilitacao.* Recentemente, alguns autores demonstraram a fisioterapia aquatica ser benéfica: * no tratamento de pacientes com fibromialgia, melhorando a quali- dade de vida e a satisfacao do tratamento;** * em pacientes com artrite reumatdide, atuando principalmente na musculatura das extremidades;? + em pacientes com espasticidade, geralmente relacionada a paralisia cerebral, como uma terapia complementar que possibilita a redugao na administracao de medicamentos orais, que apresentam diversos efeitos colaterais.* No entanto, para entendermos melhor os efeitos biolégicos da imersao na reabilitacdo, é necessdrio alguns principios fisicos da agua serem compreendidos. Cada propriedade fisica possui influéncia sobre o corpo humano, podendo ser utilizada direta ou indiretamente no tra- tamento aquatico por meio de efeitos causados pela hidrostatica e pela hidrodinamica, Densidade A densidade ¢ definida como a quantidade de massa ocupada por certo volume a determinada temperatura e pode ser expressa em quilogra- mas por metro ctibico (kg/m*) ou gramas por centimetro ctibico (g/cm).” . AS PROPRIEDADES FISICAS DA AGUA 3 _mike) V(m’) Como podemos observar pela formula, a densidade depende tanto da massa de um objeto como também do volume que aquela massa ocupa. Por exemplo, se considerarmos 1 kg de chumbo e 1 kg de algodao, podemos per- ceber que 0 volume ocupado pelo algodao sera muito maior do que 0 volu- me ocupado pela mesma massa de chumbo; pois eles apresentam densida- des bastante diferentes, 0 chumbo é muito mais denso do que 0 algodao. No quadro a seguir esto apresentadas as densidades de alguns materiais: QUADRO 1.1 DENSIDADES. MATERIAIS DENSIDADE (6/CM") ‘Aqua pura (4°C) 1,00 Agua pura (0°C - gelo) 92 ‘Agua do mar (10°C ¢ 3,3% salinidade) 103 Ar 0,001 Corpo humano (média) 097 Massa magra(ossos ¢ misculos) 110 Tecido adiposo 090 Considerando a densidade da 4gua, podemos estabelecer a gravidade especifica (densidade especifica) de outras substancias, definida pela razao: Gravidade especifica = densidade desta substancia densidade da agua Pela gravidade especifica podemos saber se determinado corpo flutua- r4 ou afundard quando imerso em agua. Assim, substancias com densida- des inferiores a da agua flutuario. Como visto no Quadro 1.1, 0 corpo humano apresenta gravidade rela- tiva de cerca de 0,97, varidvel ao longo da vida em razio do tecido adipo- so, geralmente encontrado em maior quantidade em bebés e idosos, que apresenta densidade proxima de 0,9; enquanto tecidos magros, como mtis- culos e ossos, apresentam densidade de aproximadamente 1,1." 4 | ristoreRapia aquatica A densidade de cada parte do corpo humano também é varidvel: por exemplo, os membros superiores flutuam mais facilmente do que os infe- riores por apresentarem menor densidade."' Existem certas deficiéncias, como a paraplegia, nas quais estas densi- dades apresentam-se alteradas e devem, portanto, ser levadas em conside- racao durante o tratamento de fisioterapia aquitica.'? Pressao Hidrostatica A pressao é definida pela forca aplicada em uma determinada Area e pode ser expressa em Newtons por metro quadrado (N/m*), unidade conhecida também como Pa (Pascal), ou milimetros de merctirio (mmHg). p= _,) A (m) sendo P = pressdo; F = forca; A = érea. Ali de Pascal afirma que, quando um corpo ¢ imerso em um Iiqui- do, a pressdo do liquido € aplicada com igualdade sobre todas as areas da superficie do corpo imerso, ou seja, cada molécula do liquido exerce um impulso sobre as dreas do corpo submerso. Essa pressio € dire- tamente proporcional a profundidade e a densidade do Iiquido: quanto maior a profundidade e a densidade, maior sera a pressao hidrostatica exercida.? Ter conhecimento sobre a pressdo que est sendo aplicada na parte do corpo imersa é, muitas vezes, importante para o efeito bioldgico ser alcan- ¢ado. Por exemplo, um corpo submerso a uma profundidade de aproxima- damente 122 cm estd sujeito a uma pressdo de 88,9 mmHg, levemente maior do que a pressao sangiiinea diastdlica e, por isso, auxiliar do retorno venoso, atuando na reducdo de edemas.*!? Como beneficio da pressao hidrostética, hd, ainda, o auxilio para for- talecimento da musculatura respiratria durante inspiragdo e assisténcia a expiragao, além do favorecimento para melhora da estabilidade articular. Deve-se ter cuidado com pacientes que apresentem capacidade vital menor do que 1.500 mL ou com forga da musculatura inspiratéria dimi- nuida, pois podem apresentar dificuldades respiratérias em fungdo da pressao exercida sobre a caixa tordcica." AS PROPRIEDADES FisiCAS DA AGUA | 6 Empuxo O fato dos corpos imersos apresentarem peso aparente inferior ao apresentado no solo é em razao de uma forca denominada empuxo ou flu- tuagao, de direcao igual, porém contraria a forca da gravidade, provocada pelo volume do liquido deslocado na imersao. A forga de flutuacao é igual ao eso do ee ee €, por isso, gera a sensa¢ao dos objetos serem mais leves na dgua. £ a forca do empuxo sobrecarga nos exercicios executados 7 ee nate E=m.g=d.v.g em que g (gravidade) = 9,81 m/s; E = empuxo; m = massa do objeto; d = densidade da Agua; V = volume do objeto que est4 submerso (volume do fluido deslocado). Durante a execucio de movimentos na 4gua, pode-se utilizar a flutuacao de trés formas: _+-assisténcia, com movimentos em diregao a superficie da 4gua; + resisténcia, no sentido oposto ao empuxo; + apoio, com movimentos horizontais em que 0 empuxo equivale a gravidade e atua apenas no auxilio para sustentagao do membro."* Existem dois fatores que determinam o torque de flutuabilidade de um individuo: 1. centro de gravidade: ponto em torno do qual a massa do corpo é igualmente distribuida em todas as direcdes; é chamado centro de gravidade. No homem em posi¢ao anatémica, 0 centro de gravida- de localiza-se levemente posterior ao plano sagital mediano e no nivel da segunda vértebra Jombar, pois 0 corpo humano nao é uni- forme em relagao a sua densidade.’ . centro de flutuacao: ponto ao redor do qual a flutuabilidade do corpo € distribufda da mesma forma; estd localizado geralmente no meio do térax.* N Quando o individuo esté em posigao vertical, com os dois centros ali- nhados, apenas as for¢as verticais esto aparentes, e como elas apresentam a mesma diregao, porém em sentidos opostos, tornam-se nulas, mantendo | _sioreRAria ‘AQUATICA + ibrio. No entanto, se a flutuacao for horizontal io esto. alinhados, fazendo com que, al fm = ia. edo empuxo, haja ainda uma forga ratacional provocada pelo desto, 2 to horizontal dos dois centros (Figura 1.1). if Para um corpo conquistar 0 equilibrio estavel novamente, ele . mento dos dois centros (empuxo e gravi dade) momento é denominado efeito metacéntrico."” Ease Existem fatores que podem alterar 0 centro de flutuagao, Na i ao, por exemplo, durante @ expansio dos pulmées, 0 ar inspirado ee a em diregio ao diafragma e aproxima 0 centro de flutuagao do ce les. ode flutuar mais facilmente se estiver relate pois ao relaxar a musculatura do corpo, relaxa também a musculatuy, tordcica, aumentando o volume de ar na caixa tordcica.'* re © tratamento em imersao pode ser muito eficiente, por exemplo, cn uma lesio que necessita de diminuigdo da descarga de peso, pois as forcs gravitacionais podem ser parcial ou completamente compensadas, perm. tindo execugéo de movimentos mais amplos, exercicios leves de fortaled. o individuo em equill gonal, os dois centros 1% amen, até conseguir o alinha locé de gravidade, O paciente p mento e treino de marcha.” cent : Bravidade Pes. 77 jf futuago FIGURA 1.1 AE Guilibrio estavel.B: Equilibrio instavel ~ forga rotacional AS PROPRIEDADES FISICAS DA AGUA | 7 Durante 0 tratamento, pode ser necessdrio modificar a carga empre- gada em cada exercicio; assim, aumentando a profundidade de imersio, conseqiientemente aumenta-se a forca de flutuagao."* Dowzer et al.'" demonstraram a reducdo da sobrecarga compressiva sobre a coluna vertebral na corrida realizada na gua, comparando a redu- cao média da estatura apés a corrida em solo ena Agua. Uma pessoa imersa até a regigo umbilical apresenta peso aparente (forca peso ~ forge empuxo) de, aproximadamente, 50% de seu peso cor- poral; e com agua até 0 nivel do Pescogo, sua coluna estard sustentando um peso aparente de cerca de 10% de seu peso corporal. Harison et al.” estudaram a marcha com sustentagao parcial de peso em diferentes niveis de imersao para verificar a percentagem de sustenta- ¢a0 de peso, definida como a carga maxima mensurada contra 0 peso do individuo em terra. Comparando nove individuos saudaveis em trés mar- os anatémicos (espinha ilfaca antero-superior — EIAS, processo xifdide ¢ corpo vertebral C7), as porcentagens de sustentacdo de peso foram meno- res, respectivamente, durante posicao estatica, marcha lenta e marcha rdpi- da (Figura 1.2). FIGURA 1.2 Forga de reagao do solo em situaco estética e durante a marcha em diferentes niveis de imer- séo [adaptagdo Harison et al, 1992).” 8 | fisioveraria AQUATICA “Refragdo io que ocorre com a luz quando ela passa ie refacto¢ oe neidades diferentes, Neste «aso, quando vena melo a ‘aa Agua, ao entrar em contato com a superficie da gua, sofre i Siteragao em sua diregdo (Figura 1.3). A importancia dessa caracteris, para os profssionais€0 fato de o observado por quem esté do lado de for, da Agua nao representar a realidade, ja que as proporg6es sao alteradas Assim, € necessdrio o fisioterapeuta ter um cuidado maior em relagio 4 manutengao da postura correta do paciente durante os exercicios,"* com densi FIGURA 1.3 Refragao da luz. A: Posigao real. B: Vista do observador. Calor Especifico E definido como a quantidade de energia necessdria para aumentat em 1°C, 1 g de agua. Sabendo-se que o calor especifico da agua é 1, 0 do ar 0,001, e que a perda de calor na dgua é cerca de 25 vezes maior do que no ar, € possivel perceber a importancia da determinacao da temperatura AS PROPRIEDADES FISICAS DAAGUA | 9 da Agua para cada tipo de exerc{cio. Durante o exercicio, 0 paciente tam- bém produz calor, assim, aconselha-se para a pratica de exercicios vigoro- sos, agua com temperatura de 28 a 30°C, e para exercicios terapéuticos, entre 33 e 35°C."* Tensdo Superficial Forga exercida entre as moléculas da superficie de um liquido, em razao das forcas de atracao entre suas moléculas. Esta resistencia ¢ peque- nae percebida quando o membro esta parcialmente submerso, sendo pro- porcional & distancia do corpo em relacao a superficie da 4gua e ao tama- nho da rea de contato.'* Durante as sessdes de fisioterapia aquatica, este nao é um principio tao atuante, porém é importante no caso de saltos ornamentais, por exemplo, pois o individuo atinge a superficie da 4gua com certa velocidade e deve romper a tensio superficial."’ Movimentacaio na Agua Todos os fluidos possuem propriedades fisicas e, para selecionar os exercicios apropriados ao paciente de fisioterapia aquatica, o fisioterapeu- ta precisa ser capaz de identificar as forgas que agem sobre 0 corpo aps sua imersao.”” Segundo Counsilman,” as forcas que atuam no movimento na égua podem ser divididas em dois grupos: + propulsivas, realizadas por bracos, pernas e corpo do individuo. + resistivas, nas quais se destacam forga frontal, forga de fricgao com a pele e forca de succao (esteira). A forga frontal e a de friccdo ocorrem por causa do contato da agua com a regido frontal e com a pele do individuo; enquanto a forga de suc- 40 € provocada pela formagao de uma regido de pressio negativa, ocorri- da durante a movimentagao, que puxa 0 individuo para tras. Entre as caracteristicas da égua que provocam resisténcia ao movi- mento estao viscosidade e turbuléncia. A viscosidade pode ser definida 10 | FisioreRaria AQUATICA como a resisténcia que um fluido oferece a realizagdo de um movimen, Essa resisténcia ¢ provocada pela fricgao entre as moléculas de determi - da substncia, ¢ a forga necessdria para @ realizagao do movimento ¢ 5, porcional ao nimero de moléculas movimentadas e a velocidade do ne mento, Conforme aumenta-s¢ 4 temperatura da agua, diminuj-se : viscosidade e, conseqiientemente, diminuem a resisténcia e a forca a - i mn aplicada para a realizaca0 de um movimento. A viscosidade de cada substancia € expressa como um coeficiente gy tra grega 7| (eta). No Quadro 1.2 estao apre. viscosidade, designado pela let sentados os coeficientes de viscosidade de algumas substancias, QUADRO 1.2 COEFICIENTES DE VISCOSIDADE. SUBSTANCIA TEMPERATURA (°C) COEFICIENTE (n) Agua 0 18x 10° Sangue total 7 4x10? Plasma sangiineo 37 1,5x 107 Glicerina 20 1500 x 107 Vapor d'égua 100 0,013 x 102 Pode-se, ainda, distinguir dois tipos de fluxos da 4gua: + fluxo laminar: ocorre quando a movimentacao do objeto é feitaem linha reta; e, assim, o movimento do liquido € continuo. Nesse caso, a friccao entre as camadas do fluido é pequena; pois elas se separam, mas se unem rapidamente logo apés a passagem pelo objeto; fluxo turbulento: ocorre quando 0 objeto esta perpendicular, a movimentagao das camadas acontece de forma irregular, originan- do fluxos, que podem apresentar-se em diregdes opostas, chamados correntes de redemoinho.’ Sao esses redemoinhos que formam as esteiras, areas de baixa pressdo que impulsionam o individuo pata tras. AS PROPRIEDADES FISICAS DA AGUA " aSanaSSPFSH+ > ]H+—!]!—= Fuclamint COC, DI _ it Fluxo turbulento Esta 3 1. ee ——————— aH Redermoinhos FIGURA 1.4 A: Fluxo laminar. B: Fluxo turbulento. Em geral, os fluxos laminares sao lentos, ¢ os turbulentos apresentam velocidades maiores, porém a resistencia gerada pelos fluxos turbulentos é muito maior do que a dos fluxos laminares. dyzo «C.V? «Ay 2g O grau de turbuléncia e viscosidade dependerd da velocidade dos movimentos: quanto mais vigorosos, mais resisténcia e instabilidade serao geradas, exigindo equilibrio e coordenagao do individuo submetido a esses efeitos.”*!? Deve-se ter cuidado com intensidade e grau de instabilidade gera- da para pacientes que apresentam hipertonia significativa, para que nao seja exacerbada. Considerando que esses fatores, como densidade da agua (dyizo) € gra- vidade (g), nao se alteram, podemos concluir que a forga de arrasto (Fp) esta relacionada ao coeficiente de arrasto (C), que seré menor quando o abjeto estiver alinhado a dea de superficie ont (Ad e também a yy og; dade (V) na qual o movimento deve ser realizado, Como ¢ Possivel ¢) . var, nao é simples calcular a fora de arrasto, porém é importante a r. preender como pequenas alteragoes na forma COMO 0 exercicio deve m. executado podem resultar em significativas alteragdes na forca aplica a RoteiRo DE Estubos 1. Quais fatores sao determinantes para as diferentes densidades Compo. rais dos seres humanos? 2. O que € pressao hidrostatica? 3. Que beneficios terapéuticos a acao da pressao hidrostatica Pode ofe. recer ao individuo submerso? 4, Defina empuxo. 5. De que forma podemos utilizar 0 empuxo durante a EXeCUCEO dos exercicios na 4gua? 6. Quais os principios fisicos que auxiliam na diminui¢ao da Perceprao dolorosa no individuo imerso em 4gua aquecida? 7. Defina refracao. 8. O que é viscosidade? 9. Diferencie fluxo laminar de fluxo turbulento. 10. Quais os beneficios terapéuticos do uso da turbuléncia durante uma sessdo de fisioterapia aquatica? REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS |. FINNERTY GB & CORBITT'T: Hydrotherapy. Nova York: Frederick Ungar 1960 2. CAMPION MR. Adult Hydrotherapy: a pratical approach, Oxford: Heinemann Medical Books, 1990, 5. BECKER BE & COLE AJ, Terapia Aqudtica Moderna, Sao Paulo: Manole, 200) 4. FRANSEN M. “When is physiotherapy appropriate?” Best Pract Res Clin Rh matol, v.18, n.4, 2004, p.477-89, 5. CEDRASCHI C eta “Fibromyalgia: a randomised, controlled tral ofa treatment Programme based on self management”. Ann Rheum Dis, v.63, n3, 2004, p2906

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