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São medicamentos que são tomados por via oral, que por diferentes formas, dependendo de sua
classe, provocam uma diminuição da glicemia plasmática (nível de açúcar do sangue). Dessa
forma, são medicamentos largamente utilizados no manejo do Diabetes Melitus Tipo 2. Permitem
seu controle e evitam complicações inerentes a essa doença.
Sulfoniluréias (SU)
São fatores que indicam que o uso desse medicamento pode ser benéfico: idade acima de 40
anos, peso entre 110% e 160% do peso ideal, duração da doença menor que cinco anos,
necessidade de insulina menor que 40 UI/dia, glicemia de jejum menor que 200 mg/dl.
Os efeitos colaterais mais frequentes são ganho de peso e hipoglicemia, embora haja relatos de
reações cutâneas. Pode-se observar também alteração de função hepática.
Pacientes com diminuição da função renal e hepatica devem evitar o uso de Sulfoniluréias. Além
disso, não deve ser utilizado em gestantes ou em mulheres amamentando.
- Clorpropramida (DiabineseR)
- Glibenclamida (DaonilR)
- Glipizida (MinidiabR)
- Glicazida (DiamicronR)
- Glimepirida (AmarylR)
Meglitinidas
São hipoglicemiantes que provocam um aumento da secreção de insulina. Devem ser usados
antes das refeições principais; são absorvidos e metabolizados rapidamente pelo fígado e
excretados pela bile e/ou urina. Podem ser usados em associação com metformina com melhor
controle glicêmico.
Os efeitos adversos mais comuns foram hipoglicemia (causam hipoglicemia com menor freqüência
que as sulfoniluréias), infecções do trato respiratório superior, tontura e dor, pequeno ganho de
peso.
- Repaglinida (PrandinR)
- Nateglinida (StarlixR)
Biguanidas
São medicamentos que modificam o metabolismo dos carboidratos e lipídios (gorduras). Causam
um aumento da sensibilidade à insulina, ou seja, diminuem a resistência periférica a insulina, e
reduzem a produção hepática de glicose por diminuição da glicogenólise (transformação de
glicogênio em glicose) e da gliconeogênese (formação de glicogênio).
Acidose lática é rara, mas se deve ter cautela em pacientes idosos com insuficiência cardíaca. Não
deve ser usado em pacientes com disfunção renal e hepática.
A metformina deve ser descontinuada antes da administração de contraste iodado por via
endovenosa e pode ser reintroduzida 48 horas após o procedimento ser realizado.
São medicamentos dessa classe:
- metformina ((GlucoforminR)
- fenformina
Tiazolidinedionas
Os efeitos colaterais mais freqüentes são infecção do trato respiratório superior e dor de cabeça,
tontura, fraqueza. Não devem ser utilizadas por pessoas com disfunção hepática e insuficiência
cardíaca.
A pioglitazona não deve ser usada em hepatopatas, apesar de não ter havido interação com os
medicamentos metabolizados pelo sistema enzimático do citocromo P450.
Mulheres em uso de contraceptivos orais devem adicionar outros cuidados anticoncepcionais, uma
vez que o nível plasmático do contraceptivo pode ser reduzido pelo uso concomitante da
pioglitazona.
- Rosiglitazona (Avandia)
- Pioglitazona (Actos)
Essa classe de hipoglicemiante provoca uma redução na digestão e absorção dos carboidratos
complexos,no intestino delgado, levando a uma queda no pico de glicose pós-prandial (após uma
refeição). Devem ser administrados obrigatoriamente durante as refeições. Eles não provocam
aumento de peso e hipoglicemia.
Os efeitos adversos são gastrointestinais (flatulência, diarréia e dor abdominal). Estão contra-
indicados em pacientes com doença inflamatória intestinal crônica e evitados em pessoas com
doença renal.
- Acarbose (Glucobay)
Referências:
Consenso Brasileiro Sobre Diabetes - 2002
http://orbita.starmedia.com/~dr_walter/hipoglicemiante.html