Percursos de Historia Da Quimica

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A Quimica rumo a Modernidade ATeoria do Flogistico 34 aquimica FLocistica chamada “teoria do flogistico” aleangou tanto sucesso em sua poca que comum denominar-se . perfodo que vai do final do século XVII A Epoca {e Lavoisier (Final do século XVII de reriado da quii- 2 flogistica Isso uconteveu porque grande parte das pes- soas que desenvolviam atividades que hoje seriam eng dradas ina rea da quimica wilizavam as ideas inicindas por George Ems Stal (659/60-1734) para explicar © que contecia em seus laboratSrios. ‘A teoria estava aseada na exisiéncia de um prineipio que ‘sctia componente da matéia, denominado flogistico. Por sus qualidades de inflamabilidade, esse principio seria esponsivel pelos fentmenos que eavolvem a qucima dos ‘materiais e se eneontrava sempre assoeiado com outros Drinepios elementares. Assim,a teoria do Mogistic era 60 press de isn da ica ‘usada com mitafroquéneia para expicar a combustdo dos ‘materia ‘Como poderiamos explicar o fato deo flogstico se estacar entre 0s outros prineipios e emprestar seu nome para denominar a quimica do pesiodo? £ importante lembrar que essas discusses estavam ‘ocorrendo no periodo em que se gestava a Revolusio Industral, quando a demanda por combustiveis era muito ‘grande ¢ buscava-se substinco para o carvio vegetal. Nes- ‘se contexto, 0 flogstco — principio considerado responsi ‘el pela combusibilidade e outras propriedades dos mate- Fiais — ganou destaque entre todos os demas supostos Clements constituintes da matéria.. Desenvolvew-s ‘assim, a teria do Mogistico, para explicar os fendmenos que cnvolvem a presenga de fogo, mas também outros processos. Essa leors, exposia no Tratado do Enxofre por ‘Sahl, discuia aspectos da composisdo e transformas0 ‘Jos tateriais, cire cles 3 metais. Sendo. uma teria apa de fazer previsdes sobre os processos quimicos, fatendia ao gosto da época e tornava disponivel um area- ‘pougo tirico que poderia fornecer as resposis sliitadas pelo erescente processo de industrializayao. 31.4 Arelagdo quimica-medicina segundo Stab! Stahl nasceu na cidade bivara de Ansbach, no se sabe bern se em 1659 ou 1660. Estudou medicina em Jena, A Quimes nine & Mocarade- Teens do ogee 61 cidade também localizada na atual Aleman. {de Wofgang Wedel, ardoroso iatroguimico, e dew alas de {quimica. Posteriormente ministrou cursos em Halle, onde {i responsivel por diseiplinasligadas medicina 3 bous- nica © quimica. Enremeando esses trabalho, foi médico ras corte de Saxdnia- Weimar e de Berl, onde morreu om 1734, uss publicagdes principais concentraram-se nas reas da quimiea e da medicina Suss ideiasestavam fun- damentadas em correnes. diterenciadas, como eam a iawoguimica e o mecaniismo. Eniretanto, no aderiu to- talmente a nenhuma delas. Ele se inspirou nas dias © ddesenvolveu ideias priprias, constuindo um sistema de Pensamento tanto em medicina quanto em quimica que ‘encontou muitos seguidore, Stahl eonsideava que 0 organism vivo dover ser Visto como um todo © no estudado detalhadamente em suas partes, como era feito ma anatomia, por exemple, Considerava também que as tentatvas de explicar a ativi- dades corporis utilizando a8 ideias da quimica poderiam prejudicar a medicina. Assim, o papel da quimica, em sua relacdo com a medicina, devera resringit-se 8 preparacio de medicamentos, uma vez que allo poderia explicar as ungbes vita. Como consequéncia desse racioeinio, Stahl diferen- iow os seres vives (dotados de alma) dos nBo-vives. Provocou, dessa forma, a separogo ene medicina € g ‘mica ~ que para os iatroquimicos formayam uma unidade. G2 Pearse de hts do inca ‘A medicina deveria estudat 0s corpos dotados de alma, fenquanio a quimica dedicaria seus estudos aos corpos ‘nanimados. ‘As discussdes que apresentaremos aqui centr ‘na quimica. Nessa drea, Stahl procurou compor um sist fma tebrico que explicasse razoavelmemte os fendmenos ‘eanhecidos até entdo, ou que cram considerados importa es. 3.12 As propriedades das particulas componontes da matria Stahl defini a quimica em trmos da composiglo da materia, consierando que © trabulo do quimico seria ‘Uecompor os materiais nos prncipios elementares © re- ‘compé-los a partir desss principios. ‘Ao eifitizar as atividades priicas © preocupar-se ‘com a omprovaso experimental das torias, Stahl reei~ tou a *yelha teoria dos quatro elementos", formulad por UAsistieles © seus seguidores, pois ele consderava que ‘ssa Leora do podia ver demonstra, Para Sta cram igualmente desprovidas de funda meniagio pritca a teniava do pensador francis René Descartes (15%6-1650) de expicar mecaicamente os endmenos materais, procurando suibmté-los is leis ma- ‘emdtiens. Admitie que as pariculas componentes da maté= ‘a apresentavam formas espociicas ~ como faziam 0s cartesianos — levaria @supor a existinia de um nero A Ques nae & Madera =A Taba do ati 63 muito grande de particuas diferentes. A esperitnia, e- ‘gundo Stahl, contrariava essas ideias, pois indieava um -ndmero pequeno de pariculas. Além disso, como a pati- ‘culas imaginadas cram muito pequenas, exiguas mesmo, ‘ra impossivel vé-las para se comprovar suas formas. E, ainda que isco fosse possivel, ponderava o estudioso ger- ‘minico, de nada adianaria, pois pensar em forms no fornia uma boa explicagSo para os proessos quimicos, ‘Outeo ponto cm que Stahl e seus seguidores diseor- davam dos cartesianos ettava na idea que estes limos inham sabre a matéra, admitindo que ela poder ser vida infinitamente. Os stahlianos pensavam que a maté> ‘a seria composta por particuls inivisiveis, que apresen- tariam propriedades caractristicas. sas paticulas muito pequenas seriam imutives, 0 ‘que significava dizer que suss propriedades ndo se altera- iam 20 panicipar das trnsformagSes dos corpos de que faziam parte. Nio importaria © material que compusessem, elas se apresetariam sempre com as mesmas propiods- ds, © que permitri que sua presenga pudesse ser pere=- Dida pelas propeiedades apresentadas pelo corpo. Assim, ‘se um material era combustivl, podia-se conclir que ele ‘eontinha aquele tipo de particula que era responsivel pela ‘combust, ‘Outra questo importante era que as particu nfo ppodiam cxistrisoladamente, ou seja, ndo se conseguia ‘solar um eonjunto de particulas que fossem todas do ‘mesmo tipo, Os stahlianos pensavam que alguns materiis 64 Pomona ice podiam apresentar predominantemente um tipo de particu fa mas no era jamais constituido por um tnico tipo de particu. ‘Para trata da composigdo da matéria Stal se baseou. ‘os ensinamentos de Johan Joachim Becher (1635-1682), ‘que exerciaatividades nas reas da meticina, da esono- tia, da filelogia, da educagSo teniea e também da quimi- ta, Talver sea adequado aerescentar a alquimia entre seus fmcresses, pois Becher acreditava na transmutapdo © reocupou em elaborar uma reccita detaihada para 9 reparasio da podra Mlosofal. As ideias de Becher que erviram de base para a tcoria do flogisico aparecem em ‘um lexto que depois Sialeditow e publicau como Plysica subtervanca. 343 0s principis elomentares segundo Becher ‘Ao expor seu sistema de pensamento, Becher citi- ‘eou Van Helmont, para quem 0s princpios elementares feriam o area égua, Mas ar, como j fo visto, era para Van Helmont wm elemento & pate, ja que todos os corpas materia se originariam apenas a partir do elemento igua, [Becher considerava que Van Helmont no teria interpreta- do adequadamente as Eserituras Sagradas, pois no levara fem conta o pape importante que a “tera” tera na Crapo ‘Wo mundo, Becher concluiv, assim, que er necessrio jutar a “era” ao principio element “agua, pars se explicar adequadamente a composigdo da matéria Becher e scus diseipules,o principio gua era const- A Guns nen & Modena =A Tess do Fgtco 65 tuinte dos corpos dos reinos vegetal animal Fara tarn- them parte dos sas, mas nio aparecia na maior parte dos ‘miners, nem nos metas Procurando explicar a diversidade dos compos, [Becher considerava que o principio elementar fer apre- sentava-se sob tr formas diferentes. Cada uma destas formas estava dotada de propriedades especificas, que se anifesavam nos eorpos dos quai faiam parte. As tres terras cram denominadas por Becher de: 1: primeira terra o terra vere, 2 segunda terra ou terra gordurosa, 3: trceira terra ou terra lida. Fscas ts leras formariam os metas ¢ as ros, rmaterais que eram considcrados de origem sublersncs ‘As Gs teas apareceriam, entrtanto,assooiadas 8 gua ‘compondo os corpos das reinos vegetal e animal, e podiam transferi-se de um reino para outro, como ser visto com ‘mais detahes adiante. ‘314 As tris toras de Gochor e sous seguldores ‘A primeira term ut terra vires funda no. fogo pro- duzindo “video” © era o principio clementar mais impor- tante de todos os metas, minerais, rochas e gemas. Fla ddava “corpo” e “substincia” aos materais. Vista como mic € fonte das outras duas teras, era também a mais bre de todas. Becher acreditava que es metas eesciam 66 Pecuos de heirs ds gins 4 desenvolviam no seio da tera, € que a primeira ter seria uma espcie de semente gradora dos mess. A pri- sera tera aparccia compondo também os mates dos foros reines, como os oss dos anima ¢ as cinzas do ‘veges. A segunda tera ou tera gordurosa era 0 segundo Prine dos mineris. Sea presenca pert que os ets eas rochas passassem para o estado Tiquido quando submetids 20 aquecimento. Ou sea a segunda tra era responsivel pela propredads de fsitidadedesss mate- fais. A segunda tera conferia ainda consiséaca, cor shor aos corps compostos, «era eneontrada nos sehos, gordurs bankas dos animats (dt o nome de terra gor ‘oss, nos eos gomas vegetal, no smxofe «no btn. ‘A sega tera reecbeu tengo especial de Stabl, que passou a relerirse a cla mais comumente como “ogit- 0", por sero principio que confrria a propridade de ‘combustible 20s materia de que fria part, e que seria liberdo durante os process de queina. ‘A err Muda, a trceza tera de Becher, inka como ‘uma das princiais qualidades 2 volatiidade, como aquela apresentals pela merci. Sua presen torava os corpos ‘maleiveis © extensiveis, sendo por isso considerada a ‘essincia metiliea. Apesar dessa caracterstica sugerir a segunda terra como componente dos metais, ela estava presente também em matrsis dos rinos vegetal e animal, ‘sendo relacionada com a posibitidade de obteno de sas voliteis a partir de plantas e chifes de animais ~ como 0 ‘cervo, por exemplo. A terra fluida seria responsivel pelo A uinca nme 4 Moses -A. Teo do Regex 67 ‘odor, peso, brilhoe forma das compos compostos. 5 A auséncia de consenso acerca dos “prinepios”™ ‘A exiséncia de trés teas, com propriedades que as dliferenciavam umas das outras, nfo era, entetano, uma iia consensual ene todos os que diziam basear seus ‘tabalhos nos ensinamentos de Becher © de Stal. Johann- Friedrich Henckel (1679-1738), por exemplo, achava que 8 segunda tera, © principio flogstice, no deveria ser considerada uma matéria particular com propriedades caractersticas, mas apenas uma modificaglo da maria, ‘A tereera ter de Becker foi motive de david para um ‘ouiro. importante diseipulo de. Stahl, Johann Juncker (1679-1755). Ble considerava perfeitamente demonsri- ‘eis por trabulhos priticos as duas primeirasteras, mas schava dificil demonstrar a identidade © a exisiincia da terecra tera. E interessante notar que o proprio Stahl ‘esereveu dois textos sobre as duas primeiras eras: 0 Tra- ‘ado do sale 0 Tratado do enxofre. No escreven, ene tanto, um texto especifico dedicado & tercera tera, que & _apresentadae disutida junto com as outrus em textos mais ‘erais. Com essa aitude, Stahl teria coniibuido para 0 ‘estabelecimento de dividas sobre a terra Muida. De qual- ‘quer forma, as ideias sobre a composigio da matéria no ‘constituiam um corpo Gnieo de ensinamentos durante © século XVIII, ¢ ndo é estranho que mesmo os seguidores se Stahl tesham diseutidoe proposto modiicagbes para as ideas de seu meste 6B Poruarr de hatte ca sien 3.16 A combinagso dos prinipios na formagéo dos corpos (0s principioselementares gua e tera (nas suns ts forms) paticipariam como constitaintes dos corpos mate- ris, senda por iso considerados ingredientes na compo- si da matéria, © ar no estava. includ nessa categoria ‘pois nfo upresentria a propriedade de se combinar com 05 ‘outros dois prineipios. Ele era, enlretanto, reeonhecido ‘como necessrio para que ocoressem alguns fenimenos, ‘eomo os de queima, pos se pensava que oar era como wn. recepticilo para o flogistico. A queima se interompia (quando o ar ndo pudesse mais absorver 0 flogistico, por estar saturado deste principio. Essasexplieagdes apre- ‘sentavam algo das idcias mecanicistas,embora Stal eri ‘esse a corrente que concoria com asa Em seu texto Funlamenta chymiae, Sta distin a forma como os principios ingredientes se combinariam para formar os corpos, Ele estabeleceu uma hierarquia fenire as paticulas, dizendo que um corpo era ‘mito (.) © formado apenas de principio: com- ost, se formado apenas de mists) © are fl, aan vis esas pas foram wa os pparcela completa da mati Para complementaressas dela, Juncker, 0 disefpulo {de Stahl, definia como ‘mistura’ a go pela qual os peimeitesprincpios ou a estn- ‘iat Malrais paras, tho simples © elementares ‘quanto posivel, encontrvarse reumidos numa [Fit 6. A Quaca nee 8 Woden A Taos do Fogico 69 moléeula de tamantoinpercepivel Os ‘corpos resultantes desta ‘mistra’ eram_chamados “mists” ou “eorpos mists" ou, ainda, “prncipios prince Piados”. Alguns matriis eonsiderados como mistos eram © ouro, a prata€ odeido universal (hoje denominadodeido sulfrico). Para Juncker, o ouro ea prata seam ‘compesos das ts eras eementars eis em iver proporgies eo ido univer sera um ‘migra dh tema vice! como pelpio ago- ‘A segunda possibildade de remiio dos eorpos ocor- fia entre 0s “eorpos mistos” ene si, ou destes com os _rincipios clementares: 0 produto era denominado “misto seeundirio”. Exemplo desse tipo de combinagio era 0, cenxofre, um misio secundirio fermado pela combinasio lo dcido univers (um misto) e a segunda tra, o peinei= Bio flogistico (um principio element). Havia ainda o tipo de combinasi0 que tinha como Produtos os “corpos supercompostos, frmados, segundo siz Juncker, a partir da mistura de dois ou mais eorpos ‘mistos diferentes. Um excmplo bastane citado era o que ‘chamavam de sntimdnio (hoje sulfeto de antiménio), supercomposto formado pela reuniao do emxofte om a égua de antiméaio (que hoje es quimicos chamam de antiménioclementar). ‘Todos os compos até agora deseitos — principios "dunk, mons de Chm, 1170 ee TO. recs 5 Nats sen lementares, mistos € corpas compostos ~ cram muito Ppequenos, send impossivel observilos, mesmo utlizan- ‘dose os melhores mirosedpicos, como diziam os quimi- feos da época. A reunito de grande niimero de particulas ‘dos mistos ow compostos formavam os “apregados’, Cor ‘os maiores e percetiveis aos olhos © a0 tata, Fsseseram {6s materais com que os quimicos trabalhavam emt 3215 Iaboratrios. Embora estas definigdes tivessem como objetivo cestabelezer uma difereneiagSo entre os prinsipios elemen- ares, 05 mistos,o§ corpos composts © os agregadas, © trabalho de laborstoio estava sempre a oferecer exemplos ‘que contariavam as afirmagies que se pretendiam clara. {eso contibuia para que discuss sobre as menorespar- tieulas que compunham a matéria se manivesse durante todo 0 século XVI. 4.47 Alracdo para unires partculas Para finalizar a exposigo dos principioselementares ‘de acordo com Siahl e seus discipulos,& preciso mencio- ‘nar como esses principios se combinariam, formando 03 ‘mists © compos compostos. ‘De acordo com aqueles pensadores, os principio se miriam formando os corpos devido & atraglo ou analozia [go exisiria entre principios semelhantes. Por exemple: a grande analogin ou semethanga ene as tes teras fia fem que elas se araissem e se mantivessem wna, for A Qos ro 8 odie ~A Teo do Fegico 7 ‘mando os metas, Invertendoo raciocinio: se existe gran- de analogia entre 0s prncipios diferentes, iso diicltaria (ou impossibilitaria) a obteng3o de um principio elementar ‘solado, Era também por meto da ideia de analogia que se cexplicavam as reagSes quimicas, possbilitando realizar previsdes sobre os produtos a serem obtidos. Alguns ‘exemplos poderdo tomar mais clarasesss eins. A combinagio entre mero liguido € outro mical ‘ra bastante conhecida, ¢ sabia‘ que ocorra com grande facilidade. A explicagto spresentada era que havia grande “identdade entre as partiulas metilicas e as particulas ‘mereurinis”, como dizia Juneker. Ideias semelhantes ex- plicavam porque algumas interagdes no resiltavamn em transformayio. Assim, nada se observava quando $e colo- cava em contato 0 enxofre © uma eal metilica, Acontece «que a eal metilica era obtida pela qucima do meal, pro- ‘cesao em que 0 flogistco era perdide. Nio contendo 0 ‘principio inflamdvel, a cal metlicando podiareagi com 0 ‘emo, pois nfo estva presente o principio semethante esponsivel pela atragéo e consequent combinagd0, Se a analogia explicava muito bem a composigto dos materiais © algumas trnsformagBes, como foi mostra do pelos exemplos cima, em outas situages ws quimicos stahlianos se deparavam com dificuldades para abordar os fendinenos — como no eas expos a sep. ‘Um grupo de materais bem conocido era 0 dos ‘sis, considerados como misturas, em diferentes propor .58es, do principio elementar uae das ts tras. Segun- 2 pwcese de hts do esa do as dias que explicavam as combinages por analog ‘5,08 dois princpios nao apresentavam analog entre sie ‘lo deveriany, portanto, aparecer juntos formando 0s eor- ‘pos salinos. Os resultados da experiénea,entretanto, con- tradiziam a teria, ¢ Juncker manifestou sua pesplexidade na fase seguinte: ‘4 gua pode combinarse com 3s substncas terrestres, ainda que no possamesexplicar bem ‘oma a Agua que apesenta tana dssemethangs Som esas macula (de ter), se combina (om fe betincig terestes), polo menos flo & sdemonseadn.” Demonstrado, mas no explicado....Também no caso dos ‘vegeta, ricos em flogistico © dgua, esse problema era ‘erificado, Para Stal, deveria haver nos vegetsis uma “Substineia sili’ que seria responsivel pela ligayio jusiiads, Citicas propostes de reformulagdes do pensamen= to sobre a eomposigo e transformagdes da matéri convi- ‘vem em toda a histria da quimica. Ao formular suas i= 4s, Becher, Stale seus seguidores do foram diferentes. Da mesma forma agiam seus opostores. O alvo preferen- {al do ataque aos sthlianos em finais do séeulo XVI foi jjstamente a chamada teoria do flogistico, que sex. apre- ‘sentada discal com mais detalhes no préximo t6pico. A hlnica no 8 deride -A Tots do Regisco 73 3.18 Almas ideas sobre oflogistico no Tratao do anxote Stahl nfo foi © primeiro a uilizaro temo “Moglsti- 0”. Van Helmoni, Becher e Boyle, entre outros, emprega- Fam esse termo anteriormente em suas obras para designar ‘um prinepio responsivel pela inlamablidade e, algumas vezes, cor, odor, e sabor dos materia. Entrtano, foi a partir das ideias divulgadas por Stahl em virios de seus {extos,e prineipalmente no Zuffllige Gendoncken (Trata- db do enofre), que 0 caneeito ganhou destaque. Com a publicaglo desse texto, em 1718, Stal pretendia presen tar, em verculo, mais dtalhes sobre 0 Mlogistico. Dessa forma seu trabalho poderia se tomar conhesido também das pestoas que ndo sabiam ler em latin, lingua sind cenlZo preferencialmente utilizada pelos eruditos. © livro {To traduzido para 0 frano8s como Traité du Soufre quase «inguenta anos depois epublicado em 1766, tendo o tradu- ‘or modificado parte do texto, procurando tomné-lo mais claro. Apesar do estilo, de fat, nfo ser muito claro, 0 ‘rande mérito da obra de Stahl foi demonstrar com exem- plos reprodutives boa parte de suas afimagGes. Apresen- amos, a seguir, alguns interessantes‘exemplos de como ‘Stahl explicava os fendmenos de transforma da matéria uilizando atoria do Nogistico. 3.19 Apassagem do ogistico de um reno outro ‘De acordo com Stal, os principioselementares seri= amy imutdveis e poderiam ser ansferidos de um reino para 7A Pecan de Nine ao cd ‘outro. Em alguns casos sso ocorria sem nenhuma diicul- dade, como no intercimbio de Mogistico entre as plana € ‘oar, Os vegetis, eujo erescimento recomegava sempre da semente, claboraria continusmente a “mista gordurosa™ Esse trahalho no podia set imitado pela “arte” (ou sea, pelo trabalho do quimico), sendo realizado apenas pela ‘Noturez. Tudo pareciaindicar a Stahl que © flogisico claborado pelos vegetais passava do ar para as planta, pois subia-se que as plantas oleosase resinosas no eresc- ‘am bem em (erenos que eram chamados de gordurosos © {imidos, rcas em flogistco, preferindo os sols dridos © ‘arenosos. No entano, esas plantas oleosas apresentavam ‘rande quantidade do peinepio inflamavel, De onde pro- ‘ira esse materia? A explicas%o foi proposta por Stahl ‘os sepuintes termos: ningun poderé pensar que ses substincia (0 ops) venha snpesmente de wma aria ida ‘ rescradn parece mais provivel qe la pasa da amosfea par 0 vets." © ogistice também chamado de principio sulfur 10) encontrado na atmosfra seria proveniente da fermen- tagdo de folhas que calam das drvores ou, ainda, da quei- ‘nn de Glens, madeiras e earvoes. Todos esses processos Uiberariam grande quantidade de floistico. O earvao, ‘onsiderado Mogitico quase puro, era obtido da qusima da faders, o que provava a exisncia do flogisten nos vegeta. ‘A Qimcavno & Mocerae A ous do Rogie 75 Os animais, ao se alimentarem dos vegeta, incor- Poravam o principio inflamvel cm seus corpo. Para justi- Fear essas affrmapies, Stahl lembrava que os vegetais ‘mais nuttivos © que mais engordavam os animais eram Jjustamente aquels mais gordurosos eletosos — ou sea, 03 ‘que continham grande quantidade de flogistco, Nos ani ‘ais, 0 flogistico concentrava-se em suas partes gordas © 1a gordura de seu lite. Os exemplos apresentados procuravamm mostrar a passagem do flogistico doar para os vegeta edestes para ‘0 animais,processos que ocoriam lenlamente e que ape- ‘is a Natureza podia realizar. Contudo, a passagem do Principio inflamavel dos teinos animal e vegetal pata 0 ‘mineral, dava-s, segundo Stahl, sem nenhums dif ‘aldade e rapidamente. Um exemplo frequentemete eita- do era 0 de redusto da eal metitica em metal, O processo ‘a denominado “revivitfeao, pois através dele 05 me ais ganhavam ovamente vida, retomando seu brilho, ‘maleabilidade, densidad e resisténca, E mais: esse metal Podia de novo ser queimado e de novo, vezes Sem eon, 34.10 A revivifeardo dos metals Através da revivificayo os talianes fmaginavam ‘estar “desqueimando” um metal, como se pode apreender avompankando sua exposigio do fendmeno. Ao submeter tum metal ao fogo, ese se tansformava no que chamavam 4 cal, Dai o nome de ealcinaglo a0 processo de queima 76 roxas de Nate cn do meta. Segundo vieos, para Stahl a queima do metal ‘ocortia pele perda do flogistco para a atmosfera. Assim, a ‘eal sera o metal desprovido do floisticn. A revivficacio deveria acontecer 20 se restituir& cal o principio inflami- tel, 0 que poderia ser feito utlizando-se 0 earvo, consi erado fogistico quase pure. Tratava-se, portant, da teansferéncia de um principio clementar (0 Mogistico) do ‘arvlo cal. Ou seja, do reino vegetal (de que provinha 0 ‘earvio) 20 reino mineral (metal), fechando 9 ciclo de Transferéncia do Mogistico de um reino a our, Essa sequéncia evidencaria também que 0 metal contnha Flogistco, ow sea, que 0 metal era um material composto, sendo a alm corpo mais simples que © metal. Argumen- fagdes bem cperentes, como as que epresentamos aqui para explicar 0 processo envolvendo a queima ea rexivifi- ‘ago dos melais, povoavam o wabalho de Stable faziam sou sucesso, Hava, entretanto, um flo que os stiblianos nfo jpovtiam deixar de lado. Tratava-se do aumento de peso ‘bservado durante 0s processos de caleinagdo. Viriasten- tativas foram realizadas ¢algumas envolyiam ideas engc- ‘thosas — como atribuir peso negativo ao Mogistico. Ow cj, © flogistico, ao se combinar com os materia, fia feom que seu peso diminuisse, justamente por ter peso ‘newaivo, Nos processos de qucima com a saida do logis tico, os materia readquriam seu peso original. Na verda- be, essa questo, sem respsta convincenle, passava des- peresbida dos estudiosos, © apenas em finais do séeulo XVIII ganharia destaque- Por outro lado, as explicagies A Quince & Merde ~A Teor do Rogsizo 77 consideradas adequadas para diversos fendmenos cram ‘em muito maior nimero, © que torava a teoria muito Um outro excmplo apresenado por Stable que ata ang dos quimico da oc, era oda sins do mxaie~ que posiiava mtr Nature ¢eiprava natural 0 ati, 311.1 Sinlese do enxotre ___Assintese do enxoe, ov Sea, obtengio do enxofre anificial, era um processo conhecido ~ embora alguns quimicos guardassem segredo sobre a fomia de obié-0, conforme observou Stal, O enxole foi preparado por Stahl partir do dcido do ensofre (obtdo pela detonaso do enxofre com salire) ¢ aro. Sobre o process, ele disse: Eu sabia que o carve mistrado ao contin nada ‘de eof, nas no ignrava que ele conta una porgdo consderivel de masa sulle iflamdvel (G2) combina com um ico da mesma natreza sdouele encontrado no emote” (© material obtido foi submetido a testes que Comprova- ram, segundo o autor, ser “um enxoffe vegetal, ou anslo- 20, ou temestre, mas € emofte.” Comparando ainda 0 ‘icido de enxofre com o Sleo de vitriol (haje chamado de {cidocalfrico), Stahl coneluiu que os dois exam 0 mesmo 7B ree te ttt oct ‘material, pois reagiam da‘ mesma forma na Formagso de ss neutros © com 0 carv produzindo enxofre: Através dessa série de experimentos, Stahl_ pode afirmar que o enxofte era composts pelo chamado fcido ‘universal e por flogisticg. Tendo isso em ment, ele podia explicar anda outros fenémenos, como o fo de os mais imperfeitos” reagirem com o enxofie e, de forma geral, ‘io reagirem com 0 acido universal (considerado, como ji vvimos, uma mistura da terra vitrificdvel com o principio aquoso). A auséncia do logistico difteultaria a ocoréncia esta hima reagZo. Eneianto, quando o dcido universal ccombinava-se com a tera inflamive formando 0 enxofre, {te regia com muita fucilidade com os metas imperfeito, {uslamente por contercm em comum o principio flogitico. 34142 A diversidade dos metais: uma questlo que os ‘stahilanos podiam responder Procurano explicar as diferencas enire 0s metais, Stahl dizia que © pineipo sulfuroso, o logistic, ligava- se de diferentes formas aos outros prinepios, dando como resultado propriedades também diferenciadas aos compos Seriam possveis ligagdes mals grosscras ou superfciais entre 05 princpios elementares, ou ainda ligagSes mais intimas. Tomano como exemplo mais uma vez 0 our: nesse metal, a Tigag3o. muito Intima entre os prinipios tomava-o resstente& ago do ogo e também a outros rea zentes; ele era incoruptivel e, por isso, denominado um ‘metal perfeito. Outros metas, omo o chumbo, o estanho & ‘A Qaim nano 3 Mogurose 4 Teoa do Pginco 79 ‘mesmo o ferro, cram chamados imperfeitos. A liga; snire 0 flogistico © os outtus principios nesses mcais ddar-sea de forma superficial; cram facilmente atacados pelo fogo que, provocande a lberagio do logstco, ealei- ‘Como se v8, a teoria do fogistion mo tinka nen 1a difculdade em explicar as diferengas entre os metas. Ali, Stahl parecia preaeupado em explica o¢fendmenos 4a forma mais clara possvel, apresentando os detalhes dos ‘experiments que realizava de modo a permit sua repro- dogo. Embora quase nunca mencionasse os aspevios ‘quantitativos em seus trabalho, suas idsias foram impor lanies para explicar processos que se realizayam em alguns ramos da indistria entio emergente, © tiveram srande accitagdo entrees quimicos da Epoea. 12 ADIVULGAGAO DA TEORIA DO FLOGisTico Formulads ¢ divulgada priniramente em terras ‘germinics, a teoria do flogistico acabou por se difimiit pelos principais centros europeus duraite @ século XVII. Pode-seavalar a vialidae dessa teors, considerando que la foi eriticada © reformulada, ainda em sie terra natal, or vérios pensadares, como é o caso de Juncker e Hen. skel. Soffeu muitas ransformagies e inclusdes de idcias rovenientes de correntes diversas. Assim, pode-se mesmo dizer que, sob 0 nome geral de teoria do Mogistio, havin ‘rio eorpostericosdiferenciados. 8 Pocrso de Nats do unis Para compreender esse processo de transformacio as idcias Mlopisticas serio discuidas as formas de divul- ado da teoria também na Gel-Bretann © na Franga. ‘essa forma, pretende-se montar um quadro das diseus- shes com que se defrontou Lavoisier nos seus estados sobre a quimica, buscando a0 mesmo tempo expor as ‘quests ¢ as respostas que poderiam ter sugerido modif~ ‘cages no pensamento quimico. 321 0s quimicos “flogisticos-pneumatcos” [As idias da quimice de Stahl deveram sua divalga- ‘elo na Gri-Bretanha, em grande parte, & tadugBo que Peter Shaw fez do texto Fundementa chymiae degmaticae & esperimenals. Publicado em inglés como Philosophi- ‘cal Principles of Universal Chemisiry(Prinipiosfilossfi- os da quimica wniversal), 0 Tivro aleancou sucesso etre ‘05 quimicos britnicos na primeira metade do século Xvi "Na verdad, seria mthor denominar grupo brténi- 0 que discut ¢ incorporou as ideias stahlianas de “qu- ‘mivos pneumiticos”. Eles eram representantes de uma tradigto que se estabelecen a partir dos trabathos de ‘Robert Boyle, eahou corpo nos experimentns ralizados ‘Por Stephen Hales (1677-1761) e culminou com os nomes fe Joseph Black (1728-1799), Joseph Priestley (1733- 1804) ¢ Henry Cavendish (1731-1810). A nica nan 8 nine =A Tendo Ragtco 1 © préprio Boyle realizow indimeros experimentos ‘lo s6 com 0 ar atmostérico, mas também com outros ates”. ses “ates artficiais” eram produtos da putrefi- fo de fiutas e Yegetais, © da dissolugdo de metas em feidos. Boyle, no entanto, creditava as diferengas observa- das ene esses “ares” € 0 at atmoslrico a diferentes “eflivios” associados ap “ar”. Esse eflivis seriam for- ‘mados. por particulas com diferentes propriedades; ‘elatiidade dos diferentes “ares, eniretanto, seria devida sempre is particulas de a. ites viria a ser um Seguidor importante dos traba- thos de Boyle, obtendo resultados interessantes no aquecer diversos matetiis ¢ rcothendo 0 “ar” deles provenicnte ‘em uma cuba hidropneumstea® Separando os resipentas ‘rodtor e coletor de ar, Hales realizou 0 aquecimento de diversas plantas, e também de sangue, conchas, madeira sementes, mel © carvio, entre outros materiis. Apés ‘edit com muito cuidado 0 volume de “ar” produzido em cada caso, Hales liberava-o. Seguindo, de eorta forma, 38 cxplicagdes de Boyle, ele pensava que as diferengas entre (0s vitios “ares” exam devidas As “impurezas” que 0s im- pregnavam. Mais uma vez os aspectos quamitaives foram privilegiados as possivels qualidades do “ar” presente ‘hos matersis relegadas a um segundo plano, No entano, cle intoduziu uma idcia que viria a se tomar importante para as discussDes sobre a compasiglo da matéria: Hales ‘cansidrava 0 “ar” uma espécie de iment que mantinha (Ca fdropcumica € um spate de Iberaio destin ‘ecllergse zens lear conde ew um een 82 pecan de Masia da cn umidss 2s partcalas dos compos de que fazia parte. Er, ‘em dvida, uma ideia que abria caminho para sé admit 0 far como um dos componentcs da maléria, como haveriam de fazer os seguidores de Boyle e Hales, ao se debrugarem Sobre as qualidades dos luidos liberados durante os pro= ‘essos de aquecimento dos diversos materia. ‘Nese sentido trabaharam Black, Presley € Caven- dish, No se contentando em medir os volumes dos “ares” ‘obtidos nos trabalhos priticos, procuraram identificar © hateral obsido, em termos de suas propriedades. B justa- mente nesse momento que a teoria do logstico assumia ‘seu papel: explcar a composigdo dos “ares” lberados nos ‘experimentos realizados em lboratrio. Por associarem os fet dos “ares” com a guimica stblian, esses pens ores poderiam ser denominados como “quimtcas flogsti- coe-peumitens” 4422 ‘Anda entre quimica e modicna:o “ar fixo" obtido dt ‘magnesia alba “Joseph Black foi aluno da Universidade de Glasgow, ‘que contava com Wiliam Cullen (1710-1790) ene seus rofesores. Cullen tink a quimica em alta cons, no a onsiderando apenas um adjunto da medicina, que deve fer despertado em Black um interesse pelos estudos sobre fh materia. Indice dese interese € 0 fto de Black terse dedicado a ensinar quimica ~ ao lado de exereer a clinica ~ aleangando grande reputagd0. A inca none & Mcrae = ATers do Fogo 83 Black dedicou-se 0 estudo de materaisalealinos inicialmente por interesse médica, e foi através do estudo «da magnesia alba (que era uilizads como purgativo) que [lack isolow ur “se”, Seguindo Hales, ele pensou de inf tio que se trtava do ar atmostérico unido a0 material cstudado, Entretanto, demonstrando intresse plas quali- dadcs deste ar, Black acabou por verifier que esse “ar” era distnto do ar atmosfrico genério, por no manter a ‘cama e se mostrar inadequado para a vida, 0 menos dé ‘esquenossnimais. Outras propriedades foram estudadas, € Black determinou uma maior densidade para esse “ar” ‘quando comparado ao ar atmosférico. Akim diss, ele se ‘combinava com substineias alcalinas como se fosse um ‘cido fraco, Testes postriores com a dgua de cal mostra ‘am a Black que 0 novo “at” era 0 mesmo Muido cisco liberado na fermentagdosleodlica, na queima do earvao © na respirago animal Vé-se aqui mais um passo no sentido de encontrar equvaléncia ene processes sparentemente dlistintos, como so 0s fendmenos de queima ea respirago ‘imal. O nove “a foi denominado por Black eomo “ar fix0" (hoje chamado gis exthinico). Essa denominagao telaciona os estidos de Black dictamente aes ensinamen- tos de Hales, que seeitava o ar como componente dos cor- ‘pos e para quem o ar pedi ser o cimento das paticulas ‘componentes da mati. ‘Ao tentar explicar como se formava 0 “ar fixo™ [Black recoria aos trabalhos de Stahl. Black areditava que ("a fixo” deveria ser produto da transformagdo de algum ‘material que fizia parte dos compos, “aparentemente 0 90 pein de Nis da ce ‘0 “ar desfloisticado” de Priestley no lugar do ar atmosté- fico, Cavendish observou uma diminuigao ainda maior do Yolume dos “aes” na producto da agua. Cavendish no Dencava que estava ocorrendo uma ragdo quimica entre {dis “ares”, no sentido que se considera hoje. Ele expica- ‘aa tunsfrmagiocimsiderando o “a inflame!” somo Fogistico quase puro, 4 anda, como uma combinago de Togistico ¢ igus; © considerando 0 “ar desflogisticado” ‘como dgua desprovida do flogistico. A faisca em scu apo- eho provocava a condensicao da agua que fazia pate tds dois “ares”; 0 excesso de ogistico no “ar inflamvel” ‘compensava a fala desse prinepio no outro “at”. ‘As noticias sobre 0: novos “ares” atravessaram. © Canal da Mancha, despetando a eurisidade de pensado- tes fianceses, 08 quais repetiam os experimentos fitos alos bios. iso acabo por fomeet vas caves fra qus um grupo de quimicos(ranceses elaborasse uma ova feora, que haveria de ganhar a prefexéncia dos qui ‘ices do mundo ineiro. 13.28 Achegada das idlasMlopstcas& Franca (© primeiro texto baseado na qulmica flogistica ‘publicado na Franga data de 1723. Trata-se deur trabalo “nninimo, que depois fi creditado ao médico do rei epro- fessor de quimica Jean-Baptiste Sénac (1693-1770): Now- wa cours de ehymiesutvant les principes de Newton et ‘Stahi (Novo curso de quimica segundo os prineipios de ‘Newton ede Sia). A Quimica nme b Mie A Tats do Rogitco 9 © autor apresentava suas ideas sobre & composigfo da matéria criticando virios pensadores. ASsim, Sénac ‘comesou por repetir 0 experimento de Van Helmont sobre 0 salgueio e outros de Boyle sobre o rescimento de plan- tas em gua. Entretant, ele nfo concondava com a conclu- ‘fo de Van Helmont de que tudo teria sua origem na égua ‘Sénae pensava que a “ctr” que formava as plantas pode- ia jf estar contida na gua, e no ser uma teansformagio da gua em terra, como pateciam The mostrar at andlises 4e virios tipos de gua, Prosseguindo a discussio do que seria 0 principio elementar agua, Sénac_manifestava concondar com as ideias mecanicistas sobre a. matévia divulgsdas por Boyle. Assim, langando mio frequente- mente das ideias de forma e movimento para explicar os fenfmenos, Sénae distanciava-se de Stal e seus diseipu- los, que as criticavam durumente. Sénac, por outro lado, ‘concordava com Becher ao admiti as tts terms. ao lado da ‘gua como principios elementares palpivels. Também ‘Sénae apresentava vidas acerca da existéncia da teria terra, como faziam outros diseipulos de Becher Stal Apts discutir as ideias sobre a composigio da maié- tia, Sénae passou a apresentar em seu livre “as operagoes da quimica em ger”. O texto destinava-se a0 uso dos praticantes da medicina, que sinds tinhim nu obra de Nicholas Lémery (1645-1715) um guia que Ihes paresia seguro. Por isso mesmo, Sénac elogiou seu trabalho, © se ropts ainda complementar o trabalho de Becher no que ‘estivesse faltando para tomar claros os principios que partcipariam da composic2o dos corpos. 92 pers ra ds ae ‘A obra de Sénac expondo a teria do ogistico no aleangou grande divulgngio na Franga, € a azo para isso pode ter sido 0 fato de ela er enfrentado a concorréncia de textos de outros autores endo consagrados, como Lemery. 3.29 Quimica para botidrios na obrade Lémery Naquele petiodo, os boticirios (profissionais que preparavam os medicamentos) encontravam nas aulas par- ticulares ¢ no exerceio nas farmicias uma manera de se ormarem. Lémery, que havia sleamgado grande fama ‘como boticéri, dedicou-se exatamente a tarefias de pro- fessor em sua larmcia em Paris. Formado em medicins ‘em Monipellier, cle passou a dar um curso pilico de ‘quimica que alcangow imenso sucesso, straindo aprendizes de farmécia e também pessoas da sociedade parisense. CContavam-se ma sua audiéncia muitas mulheres, 0 que se ‘constituis nua novidade em sus época Lémery elaborou. uma série de textos destinados & insrugdo dos praticantes da farmacia, entre cles 0 Cows ide Chymie contenant a maniere de faire les opérations ‘gut sont en usage dans la Médecine (Curso de Quimica ‘ontendo as operagdes que so wads na Medicina), se texto de maior sucesso. O Curso de Quimica, elaborado ‘especialmente para suas aula, teve mais de tints edises centre 1675 € 1756, tendo sido traduzido para vias ouras Tinguas. Lemery destinou esse livroexto a pessoas que ‘io tnham uma iniciagd0 em quimia, pensando princi ‘almente nos aprendizes de boictios. © texto constitu A Qunca nie 4 Mende —A Tess do esto 93 ‘se de uma colegio de experiments, prineipalmente méto- dos para a preparagio de medicamentos, precedida por ‘uma inttodugzo onde eram explicados os terms tenicos € apresentadss as ides sobre a eomposigdo etransformacto da materia, Lémery admitia que a matéria era composta de pe- quenos dtomes com formas caracteristicas © dotadas de ‘movimento. Essas ideas mostravam uma influgneia da flosofia mecinica de Descartes ¢ também do pensamento ‘do stomista francs Pierre Gassendi (1592-1685). Entre- tanto, Lémery no se prencupou em dizer se admitin a ‘existéncia do viewo (como Gassendi) ou nfo (como 08 seguidores de Descartes). Segundo Lémery, a8 transfor ‘mages da matéria eram produzidas pelos choques entre oF corpisculos; choques que poderiam também modificar a forma das partculas. Sua teoria era uma sintese de virias scorrentes da pensamento quimico da época, Lémery ‘buscava justifeativas tericas que fossem. capazes de ‘explicar 0s processos abservados no laboratério qumico. Ele raramente aprofindava os aspectos tedrias, detendo- se no inleresse de sua plateia pelos aspectes piticos ‘Simplificar 0 que fosse possivel, aprescntar claramente as ideias, parecem ter sido as chaves do sucesso de Lémery, eos textos vendiam tanto quanto os romances € as sitra. A dima edigdo de seu Curso de Quimica, pu- blicada em 1786, softeu grandes modifieagses por ‘Théodore Baron, cujo objetivo era atalizar 0 texto em termos da teoria do Mlogistico. Pareee que Baron estava tentando, de cera forma, realizar 0 que pretendia o autor 108 recasce de Yoora 2 nen de estudioeos franceses que estavam realizando trabalos sem on novos “aes”, Macquer reforgaya »idcia dO ar ¢o ‘glo. Considerava-s, sapentn de “Boyle ¢ Hales, de M. Black e Pristey,¢ Diciondrio. de Quimica, 0 ‘inco paginas. Ai ele discuia provas ela do Hogi, suas propredades © sun posi) Macquer paseo quando clas jase difundiam em outros pa imetnieo da década de 1780 cle parcia estar proimo de acvitilas. ‘3.28 Sintotizando: a divulgagao da quia floistica sa Franga Um grande nome, uma obra. coleiva ¢ ume ‘ben individuals Rovelle, Enciclopédia ¢ Dicionirio de ‘Quinion, Sobre es ips asscntavn Fraga, Serta da quia sahlins. Modiicada por adisoes © eFrformagdcs, essa corente impriminia wna diesio © vine caracteristica a qitica pratcada naqvele (0 pensamento Noytiz deontowse ean Salo Fa ‘eds com a radigdo mecaicista defend pelos sexuidores Me Descartes e Gasser. Os melhores representantes dessa A Gunes nara & Meare ~ A Toes ofits 109 tein nm Came me rice mete do. Evil «Hecke (os wohl pica do At) a ea oe ee ele vee cess tn lade dag i te cx over “we, vias de Gove, Oso gone Sei psn con acts lam so denn «bln pine. ‘studos sobre a composiglo da matéra. ss conjungio de cetudos sobre a composigdo da matéria e trabalhos com sos es ot ge a es fe cada uma das corentes, O ar ganhou um lugar entre os ‘componcntes dx matéra, abrindo o caminbo para o traba- tho de Lavoisier na inauguracio da quimica modem. ‘A Fundagao da Quimica Moderna 44. LAVOSIERE A QUIMICA MODERNA hada ten do gic inocu gu LM: ic de agus frum lento de hme i 0 pope rn prs de oiere de eshencs qu ane ee ‘e500 so XVI, Emirs tes Sm none Princo permanent gunk de Tew Bost, ‘nie porters ctv pe ar pasa wad gia Gearhart dos quimicos dessa época. E verdade que havia “virias” ici gt, pint e aint goe (ora end otc n ap tac ial Eas tno sea al coo ho le er. que heuer se um, nds omer Slade de opis abe nt esas eastern fot nee conto ~ em eno devesrts © moves idcaa spacsem © au capo lod pate que 112 Peas do tr a aca ‘Anvoine-Laurent Lavoisier (1743-1794) comegos 2 se in- teressar pola quimica, Nessa area ele deseripenhow um ‘papel muito importante, sendo considerado durante 0s dois fllmos séeulos como o Fundador da Quinniea Modema, 0 fazer o que se passou a chamar de “Revolugdo Quimica”. (0 motor desa revolusio teria sido a “derrubada” da teoria. do floistico © sa “substituigso” pela teora do oxigénio. (0 proprio Lavoisier colaborou para que tis ideas se pro- ‘pagussem em sua épora e depois de sia morte. A discus- Eto de como cle reaizou seu trabalho, © quanto deve set ‘reditado a sua autora individual, pode conribur para © ‘eselarceimento do papel de Lavoisier na histria da quimi- a. Uma possivel maneia de da inicio a essa discussio & fbordar a formaso er quimica que teve Lavoisier. 41.4 Como fol despertado o interesse de Lavoisier pelacincia? Parece que Lavoisier pasou a se dedicar ao eso ‘da Natureza influenciado por um de seus professores no CColégio Mazzarin, em Paris: Louis de La Caille,asrino- imo de grande presigio, Em 1762, Lavoisier comegau f cstudar botinica mo Jardim do Rei com Bernard de “ussicu € assist As experiéncias com eleticidade realiza- das pelo Abade Nollet. Fram interesses divesiicados, ‘bem de acordo com © que se esperava de um estudioso tres época. Um ano mais tarde ele tomou conta mais texto com Tean Etienne Guetar, 0 que determinow, de ferfa forma, 0 rumo que Lavoisier deu a seus tabaes ‘funda Qutnca Mogena 113 Guctanddedicava-se & geologi, A mineralogia © & quini- ‘3, teve Lavoisier como acompanhante em viagens polos ‘campos na coleta de dados mincralégicos e geolégicos: As sliseussdestravadas com Guetard deran-the ideias para a realizagdo de alguns trabalhos. Urn desses trabalhos cons- tiuiu-se em sua primeira memérin apresentada & Acade- ‘mia das Cincias de Pars em 1765, sobre as propriedades de minerais ~ na qual tatava principalmente da deteri- ago da quantidade de Sgua que cristalizava coma gipsita (hoje chamada de sulfato de ceo hidratado). A raiz de ‘0 interesse por ese mineral estava na observapo de que ‘© aquecimento podia provecar aterages consideriveis. ‘Assim, apés ter sido aquecida moderadamncnts, a gipsita reeristalizava sem problemas quando em contato com ‘gua. Se Fosse fortemente aquecids, eniretant, a gipsita perdia sua propriedade de cristalizagdo na presenga de ‘gua. Lavoisier no encontrou explicagdo para a aglo do calor nesse caso, e disse preferir ndo expecular sobre as ‘azies do comportamento diferenciad. Considerou que setia melhor apemss fazer algumas conjecturas sem afit- ‘ar nada de definitivo, julgando mais acetado repetir 05 ‘experimentos ¢ relletir sobre as expicages eno dads, Lavoisier considerava fundamental nao adiantar concly- bes que talvez ado fossem confirma pelos experimen- tos, Essa attude euidadosa pode ser obscrvada em todo ‘trahatho que Lavoisier desenvolveu a pari de sia pri- rmeira memériaapreseniada tos académicos frances. Ele ‘conhecia bem os debates e as transformagies das vias ‘orrentes quimicas, pois havia sequido, por consctho de 2A Pearson de ten i Guetard, os cursos de Rowelle no Jardim do Rei. Lavoisier tina nog de que era evitsdas explicapSes para diver- 50s fendmenos, ere eles, a questio do aumento dé peso ‘na caleinagdo dos metas. Envolvido e apaixonado pela quimiea — embors ti _vesse sti frmagao em dreito ~ Lavoisier tragou proetos ‘através dos quais pretend esclarecer 0s pontos obscuros as tcorias quimiess, com especial destaque para teria do flogistco. sso significa que Lavoisier ndo pretend, te inicio, subsiuir a teria do flogisteo por um outro ‘corpo teirico, mas apenas corrigiia em seus pontos Tacos, 44.2 Tem nico proeto de Lavoisier [As expleagies datas para 0 aumento de peso de ‘certos materinis durante a queima, notadamente a caleins- ‘¢lo dos metais, pareciam do convencer a Lavoisier. ‘Alsuns seguidores da escola Sabliana falavam que 0 ‘ogistico era uma substineia Wo extremamente leve que hegava ater peso negativo,conforme jf apontamos ante- Fiormente Segundo tl explicaro, 0 flogstco faria dim ‘muro peso do material a que se agregava. A liberagio do Fogistion faria com que © material adguirisse seu peso “original. Assim, que parecia ser aumento de peso era, na verde, a volta a situngZo anterior, com a sada do princi- ‘pio que estava diminuindo © peso do materia origina Tavoisier nfo accitava as explicagbes apreseniadas, © parece ter programado tums série de experiments que A Fantota a Ques Uoaeea 115 scabaram por dar novas respostas &¢ questies propostas inicialmente. Lavoisier estava bastante envolvido corso: processos de combustio, pois acabava de ganhar, em 1766, um prio por ter apresentado wn plano para a a= minagio de Pars utlizando noves combustiveis ~ mais {amente as minhas eojectras: fa ele 0 i largo (cl de humo) em vasosfechados com 9 sparta de Hales (aguscendo a cal de chunbo com ‘hrvo) obserci que asim gi eal se tanslor ‘mou em metal, uma grande quamtidade de a fii Tberada e. que ess ar formou um volume 1000 ‘eves igior que a quantdade de largo empre- nie Lavoisier pensava que 0 ar combinado com os matriis ‘ccupava pequeno espago, pois perdia sua elasticidade na combinasBo. Ao ser lberado, a elstcidade era recupera- da, Fra, de certa forma, o a fiado na sua forma inelisti- «2, como pensava Cavendish interessante observar que Macquer (que estava ‘cam Lavoisier nos experimentos com diamantes) dava ‘utra explicagdo para as observagies, aereditando que se tratava de um fendmeno envolvendo © Mlogistico. Para ele, ‘como ji foi discutido, Mogistico e luz eram 0s mesmos ‘materials. Assim, as lentes colocavam em ago a luz que imteragia com 0s materiis. Lavoisier contestou seu colega ‘com uma pergunta: por que essa mesma luz (se de fato "Lavin, Oe: e105 ‘A Freato a Quines tera 139 «a Iz era 0 Mogistico em seu estado mais pur), sob a ‘ado das lentes, no era capaz de “revivificar” a eal meti- {ica em metal? Jd se pode imaginar que Macquer nie tnha respost, Lavoisier realizou experimentos de “revivificagio” de metas, sempre preocupado com oar” que estar Fixe do nos materia. Ee reduziu © minio (Gxido vermelho de ‘chumbo) com carylo, obtendo o metal ¢ un fio elit €0, 0 estudo desse fide mostrou ser exatamente 6 mes- ‘mo que flock obivera e denominara “ar fixo”. Assim, 3 Pair desses experimenios, Lavoisier pide eonsiderar 0 ‘metal como sendo composto de terra vitficdvel prine = Pio inflamivel (até aqui nada de nove, pois essa & dein de Stahl), © mais 0 “ar fx0". Seus eseritos do periodo ‘mostram, entrant, que ele no std cantente com a con- ‘lusio sobre 0 “ar fixo". Lavoisier se pergunia se seria Possivel que outros “ares” compusessem os metais. No ‘caso de uma respostapositiva, qua seria esses “ares”? Muitas conversas, mitas discussoes © muitos escritos foram nesessirios para chegata uma rsposta, 444 Lavoisier inventa um “ar eminentementerepirive!” A sequéncia desses eseriios vai de 1772 (data da ‘arta slada) até 1774 (data em que ele toma contalo com Priestley). Na carta seladn de 1772, Lavoisier estbeleceu ‘que o ar devera ter algum papel nas rages de combustio «calcinaslo, No ano seguinte cle eserevea um longo me. ‘morando em seu cademo de laboratrio, no qual Lavoisier 120 rere ei a ues ‘A Fundsto Ques Mndena 121. ‘lice i as a slant cso ante a caleinagZo, formando a cal, O "ar fxo" no seria ram as de Boyle e Black. Nesse momento ele nto taka Bas mals que © “ar puro” (liberado no aquecimento) Imais divida de que o esclarecimento do papel do ar nos ombinado com a “matéria earbonicea”, proveniene do ‘Processes de queima poder levar ao que ele denominou ‘sardo. Assim Lavoisier expressou suas conclusdes: de “uma revolugde na fisea e na quimica", ¢ tabalhou {Uma vez que carbonodesapareceu completa arduamente em pol de seus objetvos. ‘em reviifleo da cl ds mercira, ebtvemes nada algo de rfixo © mercn, somos fread a Fm 1774 Lavoisier publicou sous Opuscules Piysi- onclir que o principio ao quai at ago ae tae ‘ques et Chimiques (Optzeulos Fisicos © Quimicos), nos dado o name de ar fxo ¢ 0 resultado da combine Aas, discatindo os experiments com o mi $8 ds perso eninenteentereaprive daar (o ‘star deteinado a acreitar que 0 “ar fixo” era 6 "ae" arp como carte Aesprendido durante a “revivifieasto". Eniretano, no Como se vs 0 flogtico no tnka mais hg as explica- éstava muito claro para ele se 0 “ar” desprenido, e 9 fixa- fe, tanto na da qusina como na da revivifca. Quan do durame os processos de queima, era os mesmes. Fle fo 20 “ar pu’, que fora descobeno no bajo tee Sa tinha, assim, mais perpuntas aguardando por respotas Sualianas sobre a matéria, aqui fol incomporads ee [Nesse mesmo ano de 1774, Lavoisier encorizou em Pais tm onto sistema de pensament, no qual no havia mag © pacumaticisabrtinico Presley. Durante algumas con- lugar para 0 principio Nogistico qu, de cent forma, the ‘eras, Priestley conou-she que haviadescobeto um “ae havia dado vida. Ou sea, Lavoisier ventou um “arcane puro" (sm Mlogistico) a partir do aquecimento do precip bentementerespirivel”, que no em mais 0 “ar pur” de tao vermetho de mere. Lavosir no disse nada, mas Presley. deve ter pensado que, defo, nem sempre era or fo" err, an de Black que faz parte dos materi. ‘einterprear todos os procesios que cavoiviam a commen, Lavoisicr pose, endo, a projet novos expeimen- {20 ou fendmenes similares: combusto propeiamente dt os. Ele desejava mostrar dua coisas: 1) que o precipitada (af), espirago(via seca) eataque cam Sides (va ‘erm de mercivio era uma cal~o que ele faciimente ‘mids. Os experimentos em via mid lvariam Lavowier fez aquecendo aque subtincia com carvao e btend © 3 cneluir que 0 “ar eminenlemeateresprivl” seria cos, espera “ar fixo"; 2) que o nova “ar” obtide pelo aque- ltuinte de todos os iidos. Bascado esa eoncusio se Cimento cl el, em aigdo de caro, ea diferente do “ar stiow un nome para esse “ur oxigen fixo". Resolvides esas duas queses, Lavoisier pide eonelir que © “ar puro” eombinevnse com os metals Pid, Em 122 Perce ona ics ‘quer dizer “formar de ids”. ‘Ao considerar que a combustio envolvia 0 oxigénio, seus produtos deveriam dar origem a dcidos. Essa conelu- so vcio a gerar, posteriormente, alguns problemas ~ pois produto da qucima do chamado “ar inflamivel” de ‘Cavendish nfo er um 415 Outras questdes,outos projetos De novo, & da Gri-Bretanha que vinham as novida- es sobre 0s “ares”. Nese eas0, 0 centro era 0 “ar inf nivel”, euja padronizago havi sido propasta por Caven- dish. Ele proprio ealizou uma série de experiments com seu “ar inflamavel”, entre eles a queim, como j foi men-

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