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Q NEGRO LIVRE NO _IMAGINARIO DAS ELIT (raciemo, imigrantismo @ abolicionismo em Sao Paulo) ~ 1985- Celia Maria Marinho de Azevedo _Dissertagéa apresentada como exigéncia parcial para obtengao do Grau de Mestre om Histéria & Comissio Julgadora da Universi~ dade Estadual de Campinas, sob a orientagao do Professor Doutor Peter Louis Eisenberg unis MBUCTE SG odes " articular o pasando historicameate nao significa conhecé-lo "tal como ele proprianente foi".Significa apoderer-se de uma tenbranga tal qual ela cintilou no instante de vm perigo” Walter Benjamin Dedico este trabalho & famf{lia de Silvana Pereira da Silva e Adelino José de Souza que nos pate-papos amigos destes Gltimos anos e sem que se dessen conta, despertaram meu interesse para o tema da questo racial no Brasil. inpice Introdugaio pp+l-23 Pri Parte I = 0 LUGAR DO NEGRO LIVRE pe ah (propostes de aproveitanento do potencial nacional de bragos) 1. A felta de um povo pe 2? 2. Coagko policial « sduinistragao das vides pe 42 3. & internalizagao da hierarquia social pe Sh 4, Mulheres, a0 trabalho! pe 68 II + 0 NEGRO LIVRE SEM LUGAR pe 86 ( propostas imigrantietas) 1. © imigrante brenco: branqueamento © Progresso 88 2. 0 paraiso racial brasileiro pe 108 3. 0 imigrante e a pequena propriedade pe 119 4, Traneigho com inigrante amarelo pe sh III -A ESTRATEGIA DA CONCTLIAGZO pe 156 (propostas abolicionistss) : 1. Paz racial e conflitos de classe pe 158 2. Abolicde ¢ conciliasao pe 16h liberdade com trabalho democracia rural incorporagdo sem coagao incorporagao compulséria pacto social ¢ ndo-revanchisno Segunda Parte IV ~ 08 POLETICOS DE SO PAULO E A "ONDA NEGRA" pe 197 v i. A Juta contra o trafico de escravos Be 202 0 medo dos efeitos da Lei do Ventre Livre “© medo dos escravos: trafico de "mat © concentragao explosiva 0 aedo de uma guerra civil ao estilo USA ~crimes de escravos © redicalizagao das posturas anti-trafico rimigrantes rebeldes © negros perigosos 2+ 0 nacional livre om debate pe 224 0 dmigrante nfo serve ~coagao do nacional ao trabalho e controle do tempo dois métodos disciplinares: coercéo « persuasio ~vadiagea @ escassez de bragos?! - denincia dos argumentos inigrantictas 3. 0 sentido raciata do imigrantieno De 2k3 Ben-vindos, brancos 1 = 0 perigo auarelo 4. 0 grende avango imigrantiata pe 262 a defesa do imposto anti-trafico do escravo traigoeiro ao escravo fiel 5 0 imigrantismo consolida-se 27 ~baate de negros! wo iiltimo grande debate: nacichaie e imigrantes ou 6 inigrantes 7 vitalianos! afinal, a solugio ~ A POLECIA PAULISTA E A CRIMINALIDADE ESCRAVA pe 306 1. Crimes © revoltas de eacravos nos anca 70 Pe 310 2s A goneralizacdo das revoltas e 0 apoio popular nos anos 80/p.350 3. Fugas e quebras-quebras Pe 357 4. A p&tria em perigo ! - pela Unido Nacionald pe 3h7 VI - ABOLICIONISNO E CONTROLE SOCIAL pe 364 (os caifages) 1. A defesa da ordem p+ 369 2. Ordem © ooagio Pe 325 3. Ordem e orientagao pe 382 ky A defeoa de um lugar para o negro (deniincia do vacieno)/P+ 390 Se Igualdade juridica o integracao sdcio-racial (2 cidadenia) /P-399 Conclusao pe 410 Bibliografia pel Introdugao Homens 2 Esta lufada que rebenta fo furor da mais lébrega tormenta.e. = Ruge a revolugio E vos crusais os bragos...Covardial E ourmurais com fera hipocrieie: -£ Esperar? Maa o qué? Que a populaga, Eete vento que os tronos despedaca, Venha ebiamos cavar? Castro Alvea, “ Egtrofes do Solitaério" Ma Jo. a dos Prazeres eva una negra auito feia que inapirava medo &s criancinhas cada vex que as fitava com aqueles seus olhos feli nos, ingetados de sangue. Recém-chegada & cidade juntauente com seu ma vido, 0 pedreiro @ coveiro Manoel Congo, levou algum tempo para que ela ganhasse a confianga de seus habitantes. Tia Josefa porém sabia fa zer une Stimos pasteisinhos de carne, muito alvos @ macios e como tem po conseguiu muitos fregueses. Além disso a sua casa, eituada ao lado do cemitério, comegou a ser bastante procurada por aqueles dese josos de mezinhas e de uma bos parteir: asia, o tempo venceu as prineiras deaconfiangas e embora as criang: ainda a olhassem agsustadas ~ tal como a uma feiticeira de seus pesadelos -, fia Josefa tornou-se uma figura impreacind{ive] do cotidiano de pacatos cidadaos, Mas um dia Nini, uma linda monina loira, roseda, alegre « esperta, Por causa de um pequeno resfriado comegou a tomar as beberagena de tia Josefa e ao invés de melhorar, piorou rapidamente. Chemado finalnente eo médico, 4 aio havia mais renédio para ela, a néo ser buscar Manoel Congo para enterri-la. Para consoler a pobre mie, a boa tie Josefa pes sou a presented-la com aqueles seus deliciosos pastéia. Esta ectéria terminaria aqui se ndo fesse a mae, incongolayel, pe~ dir para ver @ filha ainda uma filtima ver, ofto di. depode de sua mor te. Para seu espanto, nada mais havia no pequenino caixao aberto pelo coveiro. A suspeita criou aeas ¢ a polfcia cercou a caga de Tha Josefa @ Manoel Congo. L& dentro encontrou caches léuros, restos de roupa de erdanga, © embaixo da mesa da cozinha, pequeninos ossos. © povo quis esquortejar os dois negros, onquanto a mde da linda a9 nininke morta, quase louca, contorcia-se horrorizada = tinha comido a filha em pastéia. Esta estéria estranha, macabra, capaz de revirer estémagos delica- dos, tembém tou a sua historia, Apareceu assia como quem nfo quer nada, em meio as noticias do jornal Correio Paulistano, om 26 de julho de 1888 (1). Data sem divide significativa, pois apenas pouco mais de doia meses haviam passado desde a aseinatura da "lei aur ) abolinde a ea- cravidio no pale. Os fogos, eaplausos @ cantor: dos grandes festejos comemorativos da Aboligéo mal haviam se extinguido, as ruas guardando ainda o calor das proclamagdes esperanco: de esquecimento dos ddios © horrores passados. E talvez numa esqiina ou outra ainda se ouviesen 08 ecos de diecursos ebolicionister clamando pela integragao dos negros no mundo doa brancos. Contudo toda £¢ a tem seu fim e os medos monentancanonte esqueci~ dos na embriagués da olegria, vm outra vez & tona, lembrando a todos que no dia a dia das relagdes humanas nada realmente audou. Além de nos dizer muito de como estavan sendo reavaliadoe socialmente os ex- escravos e seus descendentes, esta eatoria pode e compreendida como um pequenino lence dentro de uma estratégia abrangente de higieniza- gho do eepago urbeno, gue de um lado visava combater o curandeirieno © as praticas culturais afro-brasileiras e de outro, procurava deslo~ car og negros das freas centrais da cidade de Sao Paulo, onde ainda resistia, poderosa, a igreja ds Irmandads do Rosario dos Homens Pre- tos, a despeito da desapropriagao de seu cemitério e das circundantes moradias de negros, ocorrida h& pouco mais de uma década (2). Mas estas séo outras histérias..vA bistéria que me interessa aqui $a do préprio medo que ressalta destas linbus intrigantes, aparente~ mente ficcdonais. Sim, apenas aparentemente, pois oa ténues limites entre ficgio e realidade se rompem quando voltamos atrés ¢ convivenos com toda uma série de brancos ou "esfolados" bem-nascidos e bem=pen- suntes que durante todo o século XIX realmente temeram acabar sendo tragados pelos negroa mal-nescidos ¢ mal-penaontes, tal como os ten- ros pastéie de carne alva da preta Josefa (3). Recuperar 0 med como dinenado da histéria nao 8 tarefa ficil. Nao @ f4cil em primeiro lugar porque esta dimensao dificilmente se encaixa om modeles metodolégicos. Tal como nos filmes de Hitchcock, as agées deslenchadas pelo medo, geram outras agdes tao inesperadas quanto as prineiras ¢ sssim a despeito das tentativas de planejar, de racionali- var os atos do presente em funglo do futuro, nunca elas conseguen al- congar exatamente o que se pretendia, Em segundo lugar, porque trat: ee de uma dimensio occulta, raramente reconhecida por aqueles que vi~ vencisram o momento bistérico pesquisado. Na tentativa de racionalizar os atos $ mito mais comum epelar-se para argumentos légicos, scfieti-~ cados, do que simpleamente reconhecer que ae tem medo. Assin, o medo apenas aparece de relance nos documentos histéricos, mas & muito rare que soja reconhecide como o mével profunde ¢ amargo daquele que fale. Bm terceiro lugar, porque enquanto dimenaio ocuNta das relagses so- cialis, o medo raramente & incorporado nas analiees daqueles que es- crevem a histéria, prevalecendo ae explicagdes estruturais, mito bem elaboradas ¢ tao légicas que acabam por provar que a hiatéria realmente ed poderia ter ocorrido de uma dada meneira. Ou soja, os re~ sultados estéo contidos nas premissas teéric: ® nenhum outro poderia delas resultar. £ do medo portante que se trateré neste estudo relative & institut Ho do mercado de trabalho livre om substituigio ao escravo no Brasil do séoulo XIX. Nao foi porém um tema eacolhido a priori de modo que a pesquisa preendida devesse coufluir para se encaixar ao final nos seus pré-requisitos tedricos. Ao contrério, ele ee impds na medida mes ma em que se aprofundava a procura de respostas para um ponte que par ticularmente me intrigava na histéria brasileira, tal como ela tem sié do produzida ac longo da hictoriograti: Até meados da Scada de 1880 temos como enfoque privilegiado a es- cravidio, © negro « sua rebeldia, o movimento sbolicionista ¢ as auc sivas tontativas imigrantistas, enfim o chamado momento de transicao para © estabelacimento pleao do trabalho livre. A partir da data da Aboligio, o tema da transigdo deixa subitamente de existir eo negro como que num passe de magica sai de cena, sendo eubstitulde pelo imi- grante europeu, Simultaneamente a esta troca de personagens hiatéricos, introduzem-se novos temas, tais como desenvolviment econSmico industri, @l, urbanizagéo e formacdo da classe operfria brasileira com base numa populagio eesencialnente ectrangeira, Bata substituigie de temas e de enfoques tem aido justificada de modo sucinto e algo taxativo: o negro apStico para o trabalho livre 8 acostumado & coacao de um sistema irracional de produgao néo péde fo- zer frente & concorréncia representada pelo imigrante europou, traba- Inador este j& afeito a uma atividade disciplinada, racionalizada e re guleda a partir de contrato de compra 0 venda da forga-de-trabalho. A partir desta premissa segue-se uma concluedo igualmente rapi- da, que em gerol conata das paginas finais dos eatudos sobre a os ~ eravidio ou entio das introdugdes de trabalhos referentes & urbanize 80 @ desenvolvimento industrials 0 ex-escrave ¢ seus deacendentes sai ram espoliados da evcravidao e despreparados para o trabalho livre, in capazes enfim de se adequar acs novos padrdes contratuais e esquemas Facionalizadores e modernizantes da grande produgéo agricola e indu trial, tornando-~se doravante marginais por forga da légica inevitavel 0 progresso capitalista. Quanto a0 elemento nacional livre, formado em sua maioria do ne - gros e mestigos pobres ¢ que durante toda a escravidao vivera & mar ~ gem da grands produgio exportadora, ele continuaria "vegetando", mar~ Ginal e diepenaavel, a nao ser em regides de fraco deeenvplvinento econémico onde néo chegeram imigrantes. £ que também ele sofreria do mal da “heranga da escraviddo", acostumado as relagées patriarcais de @ependéncia cervil ¢ entregue om sua maioria a atividades de mera aub- sisténcia, Impl{cita neatas formulagdes est& a idéia de que marginali- dade e grande produgao se excluem e portanto quem estiver interessado nos temas da urbanizagdo @ desenvolvimento econémico industrial no pe~ riode pSs-escravista deve ater-se exclusivamente a0 agente da produgdo por exceléncia: o imigrante europeu, Partindo da constatag3o critica de que a situagio marginal do negro em relagdo acs trabalhadores estrangeiros ten sido tratada na maioria dos estudos como algo ja dado e inevitavel, em decorréncia de uza su posta inflwéncia deformadora da escraviddo e consequente incapacidade do negro para o trabalho nao imediataments coercitive, proponho-me a responder & seguinte questao: até que ponto a imagem de uma massa iner te, desagregada, inculta, sem grande importa@nciea hietérica naquele mo- mento, na medida em que ji teria saldo marginal da eocraviddo, nfo our giv do dmago de formulagSes de teor étnico-racieta que justamente pro- curariam com isso justificar a necessidade de imigragao europdia om substituigio ao negro? © trabalho de maior vulto com enfoque na situagao do ex-escravo é 0 de Florestan Fernandes - A Integracho do Negro na Sociedade de Clas- ‘s9s. Contudo a histéria do negro recém safdo da eacravidio é abordada praticamente apenas no primeiro capitulo, referindo-se o restante dos dois volumes ao negro das décadas de 20 em diante. 0 motivo disto tal~ veg possa ser explicado a partir de uma postura metodologica determina da. Segundo o autor ocorre neste perfodo "o esboroamento final da socie dade de castas e o processo de elaboragae da ordem social competitivay ou nos termes de outra obra sua wais recente, " a emergéncia @ oxpan~ sido de um capitalismo dependente". Trata-ce em suma da "Revolugao Bur~ guesa"', nfo onguunto episédio histérico, mas sim enquanto fendmeno es~ trutural, em que "diversas situagSeo de intereasea da burguesia, em © formagio © expansdo no Brasil deram orggem a novas formas de organiza~ Ho do poder em trés nfveia concomitantes: da economia, sociedade do Estado" (4). Ao negro deformado pela escraviddo e lenge ainda de integrar-se a sociedade de classes ¢m formagao coube apenas o papel de "elementos residuais do sistema social (5). Este perfodo da histéria social do negro na cidade de Si0 Paulo resume-se & expresso “anos de era”, em que a grande aassa de negros" d margem da vida social orgenizada o de toda a esperangs, sucumbe & propria inércia" (6). Para este autor nem mesmo as poucas excegdes inclufan-se “entre os fatores huaanos do nove surto capitaliste", enbora estivessen numa po sigdo bem aais ventajosa que a maioria dos negros. Isto porque eles “nio estavam nem estrutural nem funcionalsiente ajuetadoe as condigées pra, dinimicas de integragio e de expansao da ordem social competitiv: veitavam-se dos vacuos resultantes do crescinento econdaico alibito. (7)+ Portento, dada a esta inadaptagde do negro a sociedade competiti- va, Fernandes conclui gue 4 repulsao do negro pola cidade nao se colo~ cava em termos racinis. "see0 isolanento econdmico, social e cultural do''ne ~ gro", com ous indkscutiveis consequéncias funeatas, foi um produto “natural” de sua incapacidade relativa de sentir, pensar 0 agir socialaente como homem livre. Ao recusi-lo, a sociedade repelia, pois, o agente hu- mano que ebrigava, em seu {ntino, o “escravo" ou o "1iberto” " (8). Desde a publicag&o do livro de F.Fernandes em 1964 - cujo valor inestimavel, diga-se de passagem, @ o de ter revelado uma sociedade profundamente racista =, prevalece na historiografia da transigao este quadro bem montado da marginalizagao inevitével do negro por forga da prépria heranga da escraviddo carregada por ele. Ao negro apitico, despreparado en termos ideolégicos para o trabalho livre, costuma-se contrapor o imigronte disciplinado e responsivel, ja eu- ficientemente condicionado 4 ética do trabalho assaloriado, em quo capacidades de iniciativa ¢ de auto-sacrificio combinam-se de forma maledvel a fim de atender sos anseios de aobilidade e ascengao social. Além disso, e também ao contrério do imigrante, o negro nao possuiria aqueles lagos familiares tio necessirios para a reprodugio e estabili- dade de sua forca-de-trabalho (9). Faltava em suma ao liberto, outra vez segundo F. Fernandes, "a auto-disciplina e o espfrito de responaa- bilidade do trabaihador livre, as fnicas ‘condigdea que poderiam ordenar espontaneamente, a regularidade e a efic&cia do trabalhador no novo re gine jurfdico-sconomico", Como existia a alternativa de substitul-o com facilidade pois os imigrantes eram numerosos © bem considerados, 0 liberto sain derrotade na competigao coupscional e ocondmica, passando a ser visto como vagabundo e infiti2, o que determinou a sua concentra~ gSo naqueles "ocupagdes indesejaveis ou insignificantes" (10), Outros importantes eatudos secundoran as proposigdes de Florestan Fernandes, dentre os quais destucan-se oe de Fernando Henrique Car- doso, Octavio Ianni e José de Souza Martins. Tanbém para estes 0 ex- escravo se negava ao trabalho ou entao era incepaz de se adequar aca esquemas contratuais do trabalho livre, deixando-ae vencer facilnente pela concorréncia dos imigrantes europeus no mercado de compra 0 ven- dea da forga-de-trabalho, Assim tornou-se posoivel justificar a neces- sidade da polftica de imigragdo européia, empreendida principelmente @ partir das duas filtinas décadas do século XIX, com um argumento cer- teiro: o despreparo e a incapacidade do ex-escravo nfo deixou outra alternativa aos governantes esclarecidos e progressistas de entao, a néo ser atrair uma massa enorme de europeus em aubstituigho ao negro no mercado de trabalho livre(11). 4 porém uma premissa fundamental para que po! jamoa percorrer to- do @ argumento até as suas conclusces légicas. Trata~se da tio frequentemente alegade irracionalidade da escravidao, tm um estudo com enfoque nos aspoctos econdmicos da escravidao no Brasil, Pedro Carva- lho de Mello e Robert W. Slenes agsinalam que para a waior parte dos estudos, marxistas ou nao, o sistema eacravidao/plantagao era de natu- reza pré-capitalista. Daf decorre que o oietema teria retardado o de~ senvolvimento capitalists no pals, por ter criado estruturas sécio- econémicas que "desestimulavam a especializagao de fungdes, bem como 0 crescimento do sistema de economia de aercado fora do setor de expor- tagio, e que tendiam a redugir ou meamo,bloquear a introdugio das téc- Bicaa novas que pormitirian un aumento da produtividade do trobalno?»), A reduzida divisse social de trabalho, a auséncia de um mercado interno, o decest{oulo para o trabalho, inerentes ao sistema escravis- ta pré-capitalista - voltado eacencialmente para a produgao de géne- roe tropicais de exportagao, complementares as necessidades da metré- pole e outros peises europous, onde ocorria ent&o o desenvolvimento do capital =, teriam gerado uma populagao indolente de homens livres, en- tregues ds precirias rogas de subsisténcia ou entao, como seria o ca-

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