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QUIMICA - GEOLOGIA Como evoluiram os minerais A analise do reino mineral desde os primérdios leva a uma conclusao surpreendente: a maioria dos elementos deve sua existéncia as formas vivas co planeta POR ROBERT M. HAZEN © principio dos tempos, niio ha- via minerais em nenhum lvgar do Cosmos. Sélides de tipo algun poderiam ter se constiuida, mito menos resistido a0 redemoinho superaquecido formado apés o Big Bang. Foram neces: sitios 500 mil anos para que os primeiros tomos ~ hidrogénio, hélio © uma peque: nna quantidade de litio ~ surgissem deste cealdeirio de criagio. Milhoes de anos mais se passaram até que a gravidade condensasse esses gases. elementares nas primeiras nebulesas ¢ entio, ccolapsasse essay uvens nas primeiras estrelas incandes ccentes, densas e quentes. Todas os outros elemen- tos quimicos se sintetizaram se espalharam pelo espaco apenas quando algumas es relay gigantes explodiram, formando as primeiras su: pemmovas. E foi somente com a expansio e o resfriamento dos inv6lueros estelares ga sosos que os primeiros frag~ 40. SCIENTIFIC AMERICAN BRASIL AULA ABERTA ec) menwos slides de minerais puderam se constituiz, Mas, mesmo assim, a maior parte dos elementos € de seus compostos era muito rara e dispersa ~ ou extrema mente volail ~ para subsisir sem ser na forma de étomos e mokgcalas esporidicos rno meio dos gases ¢ posiras recém-produ- ides. Uma ver que no formar tais, com compostos quimicas distintos e 4tomos organizados em umn conjunto constante de unidades repetidas, esses materiais desarranjades no podem ser clasificados como minerais. Provavelmente, 08 primeiros minc- ral a se formar foram crisis microse cépicos ce diamante e grafite, ambos formas puras do abundante elemento carbono. A eles, logo se juntou cerca de uma éiizia de outros mictocris- rais daros, incuindo a moissanita (carboneto de silicio], a osbornita (nicreto de cicénio) & alguns éxidos e silicatos. Talvez por 10 mithoes de anos, essas poucas especies iniciais = "minerais cerimicos” = foram os Sinicos cristais no Universo. Em comparagao, atualmente se conhecem mais de 4. mil espécies mine= rais na Terra, ¢ ainda ha muitas mais por cescobrir. 0 que provovou essa notével diversidade, de uma simples diizia para milhares de formas cristalinas? A fim de responder a essa questo, recentemente apresentei, em conjunto com mais sete colegas, un nove modelo de “evolucao mineral”. A evolugio mineral difere da abordagem mais tradicional e centensria da mineralogia, que considera os mine- rais como objetos importantes, conteado propriecades quimicas e fisicas particu- lares, mas, curiosamente, desvinculadas co tempo = a determinante quarta di- mensio da geologia. Ao contrario, nossa abordagem se vale da hist6ria da Terra para compreender os minerais e 0s pro- ccessos que 0s originaram. Rapidamente percebemos que a his- t6ria da evolugieo mineral comegou com © advento dos planetas rochosos, uma ‘vez que 26565 astt0s so 0s instramentas para a formagao mineral. Gonstatamos ‘que © nosso planeta, a0 longo dos al- timos 4,5 bilhdes de anos, passou por ‘uma série de fases, com novos fendme- ‘no’ sargindo em cada uma delas, 0 que enriquecen e alterou de modo dristico sva mincralogia. Alguns detalhes dessa histéria sio objeto de intensos debates ¢ certamen: te mudario com fururas descobertass contudo, como ciéncia, a evolugio mineral ~ ¢ 0 sea modelo geral ~ esta bem estabelecida. Eu ¢ meus colegas indo estamos introduzindo novos dados ‘controversos, tampouco apresentando teorias radicals recentes sobre © que acontecea em cada fase da histéria da Terra. Fim ver disso, estamos reform lando uma hist6ria ainda mais abran. gente que essa, tendo come conceito- guia a evolugio mineral. No emtanto, quero enfatizar um aspecco incrigante: a maioria desses rnilhat de minerais encontrados na Terra deve sua existéncia ao surgimento a vida no planeta, Se voc’ penta que todos os planetas estéreis so um paleo ‘em que a vida interpreta seu drama evo: lusionario, pense de novo. Os atores re formaram sev ceatro ao longo da peca Essa observagio também traz implica: ‘goes para a busca por sinais de via em outros mundos. Ao contririo dos fra gels feagmentos organic dluros podem fornecer pistas bioliwicas mais fortes duradouras. Os planetas se formam em nebulosas estelares espargidas por matérias prove- riences de supernovas. Grande parte da ‘massa da nebolosa se rerrai rapidamente, SCIENTIFIC AMESIAN BESASH_ AULA ABERTA. 41 Cite llerg da origem mineral IN Peaceeoseetseneed pane eects pene ener See ee eee oad See eee ees te a ere ete ee os Cee eee eae ean processes de formacdo miners. COM eee ets eee enters Seer! c eer ae ar eee produzindo a estrela central; entretanto, (© material remanescente forma uum ex cense anel rorativo ao redor desse corpo. estelar. Progressivamente, esses fragmen- tos se agrupam em aglomerados cada vex maiores: esferas de arcia, cascalho argueiro, do tamanho de uma mao, con- ‘endo posira primitiva e abrigando um repertério limicado de cerca de uma dizia de minerais erdmicos, junto com varios outros acomes © moléculas. Moaificagoes dristicas ocortem quando a estrela rnascente se inflama @ banha as concentracées préximas de posira © gas com um fogo deparador. Em nosso Sistema Sola a igniedo estelar ocorreu ha aproximadamente 4,6 bilhoes de anes. Ondas de calor provenientes do ree ccém-nascido Sol derreteram @ mesclaram clemenios, produzinde cristais repre- sentativos de grupos de novos minerais. Entre as novidades cristalinas dessa fase -mais.ancesttal da evolugio mineral, est30 as primeiras ligas de ferro-nfquel, sulfe- +08, fosfetos ¢ uma grande quantidade de Oxidos silicatos. Nos meteoricos mais primitives, encontra-se a maioria des- fot 42. SCIRNTIFG AMERICAN BRASIL AULA ABERTA ey a 7. IFormacao da Terra ses iminerais na forma de “condrulos™: goriculas resfriadas de rocha onsrora Uerretida (esses antigos meteoritos con dricicos também sao fontes de evidéncia de minerais cerdinicas que precederam os ndrulos; 0s mineralogistas encontram ‘esses minerais na forma de grinulos nano emicroscépicos nos metooritos). Na primitiva nebulosa so- lan, 08 cOndralos rapidamente se agruparam em planetesimat alguns dos quais atingiram mais cde 160 km de difmerta ~ gran- des 0 suficiente para derreter parcialmente © se redistribuir em camadas parecidas com as ccbolas, que contém diferentes minerais, inclain- do um niicleo denso ¢ rico em metal, Co= lisoes frequentes na enrulhada periferia solar deram origem a chogues iniensos 22 mais calor, modificando ainda mais bs minerais nos planetesimais maiores. A gua também desempenhou seu pap esti presemte desile os primdrdios, na forma de particulas de gelo na nebulo- sa pré-solar, as quais, nos planctesimais, ddorreteram ¢ se incorporaram as fendas e Fissuras. As reacdes quimicascom a agua resultante geraram navos minerais. Talvex cerca de 250 espécies diferentes de minerais.tenham suruido consequencia esses dinamicos processes de fonmagao planetiria. Esses 250 minerais so 0s ma- terials primidivos dos quais —tudos us planetas devem se constituir, todos ain da sio encontrados nos diversos tipos de meteoritos que atingem a Terra, TERRA NEGRA En: seus primérdios, a Terra crescia cada ‘vez mais. Grandes planetesimais engoliam ‘0s menores 20s milhares, isso até que so- braram somente 0s dois maiores rivais no nosso siscema orbital: a proto-Terra e um compo de dimensdes bem menores que as de Marte, conhecido como Teia, em ho- menage & mae da deusa-lua grega. Em ‘um paroxismo derradeiro de violencia int maginavel, Tea eolidiu laveralmente com a proto: Terra, pulverizando suas camadias exteriores lberando no espago 100 mie Indes de erilhées de toneladas de vapores de rocha incandescemte, «1 que formou a Lua, Esse conirio explica 0 elevado mo- mento angular do sistema Terra-L-va, hem como. muiras caracteristieas incomans desta titima, ineluindo os motivos de a composigao de seu corpo ser igual 3 do. manto cerrssre (a camada com cerca de 3.200 km de espessura que se esrende do niicleo de ferro-niqucl & crosta da Terra, conga espessura varia de 5 km a 50 km) Em seguida a essa colisdo que deu origem & Lua ha cerca de 4,9 bilhbes de anos, a Terra derretida comegou seu pro: ces80 de resiriamento, que dura até hoje Apesar de a superficie primitiva terrestre ter hospedado diizias de clementos raros = uriinio, berilio, ouro, arsénio, chumbo € muitos outros ~ eapazes de formar varios sipos de m juncionow como uma “recomposicio” césmica. Essa colisio deixon as cama. das externas terrestres completamente misturadas, ¢ esses clementos menos. abundances ficaram muito espalhados para formar eristais separados. Nosso planeta era um munda hosel, desola do, bombardeado sem parar por sedimen: 105 nobulares ¢ amplamente caborto por ama manta de basalto negro, ur tipo de rocha formado até mesmo nos tempos moderns, quando a lava se soliifia, A diversidade inineralogica da Tera avmentou de forma gradativa durante eras, 0 mpacto com Teia dete © convenientemente den Jinado_éon hadeano (hi ‘mais de bilhdes dle anos), principalmente em razao da reperida solidifcacio © der retimento da crosta rocho- ssa, bein como das reagbes cerosivas desencadeadas pela aunosfera © coeanos primitivos. Duran- te ciclos incontaveis, esse derretimento & ressoliificacao parciais dos volumes ro- ‘chosos, assim como as interagies entre rocha € agua (por exemplo, dissolucao de ninados composios), gradualmente concentrou elementos incomuns, de for: tna suficiente para formar novas geragbes de minerais exéticos. Nem toeos os planetas rém tamanho potercial para a formagio de minerais. Mercia, pequeno e desidratado, & a Lua terrestre, ignalmente rida, congela- ram antes mesmo gue muita coisa pudes= se derreter, Como consequéncia, calla ‘mos que nesses mondos ni0 haja mais de 350 espécies diferentes de minerais. Coan uma modesta proviso de gua, Marte talve? tenha se saido um pouco melhor, ‘em virrade das especies aquosas, como argila e minerais evaporiticos formados ‘quando 0s oceanos secaram. Estimamos ‘qué as sondas da Nasa devam, no futu- ro, identfiear quase 500 minerals die rentes no Planeta Vermetho. A Terra € maior, mais quente € timi= a; portanto, sew processo de formagao mineral presenta. uma complexistade maior. Todos os planeras rochosos pase saram por uma fase de wulcanismo que derramou basalto por «da a sua superti= ie, mas 0 nosso planeta (etalvex Venus, praticamente clo mesmo tamanho) tinha calor interno suficiente para derreter no~ amente uma parte desse basalto, for- mando tipos de rocha magmtiea cha mados granitoides, que ineluem os gra SGIENTING AVEHIGAN BSASL AULAABERTA 43 nitos bege & cinza comuns, usados nas guias © tampos de bako. Gri compostes por uma mistura de minerals ce grins grosseiros, compreendendo 0 ‘quartzo (05 gros mais pr a praia), 0 feldspato (0 mais comum de todos 0s minerais da costa terrestre) ea mica (que forma finas ¢ reluzentes ccamadas minerais). Nos grandes plane: ‘esimais, (a se proctuziam todos esses mi- nerais em quantidades muito pequenas, mas eles somente aparecem em abun. ncia nos registros geolbgicos terrestres fgrigas aos processos de formagio de eranito que ocorrem em nosso planeta, Na Terra, 0 dcrretimento parcial os so 44 SCIENTIFG AMERICAN BRAS AULA ABERTA sucessive de granitos fer com que se aglomerassem elementos raros “incom pativeis”, que, de outra maneira, seriam incapazes de enconcear um possivel “lat” cristalogrifico nos minerais ordinérios As rochas.resulantes contabilizaram mais de 500 minerais diferentes, inclain do cristas gigances de especies ricas em litio, berilio, boro, eésio, tantalo, uranio fe uma dhizia ce outros elementos raros. Levou tempo ~ alguns cientistas estimam ‘em mais de | bilhao de anos ~ para es ses elementos aleangarem concentragoes passiveis de formagio mineral. F possivel ‘que Venus, 0 gémeo planecériv da Terra, tenha ficado ative por tempo suficiense para atingir esse estigio: encretanro, nem Marte nent Mercirio apreseataram, por enquanto, indicios significativos de gra- nitizagao em sua superfi A Terra aumenton ainda mais sua diversidade mineral durante 0 proces: s0, em escala mundial, de formacae de placas teetdnicas, 0 que gerou um nova crosta ao longo das cadeias val Cinieas, ao mesmo tempo que a crosta antiga era engolida nas zonas de sub- ducedo, em que uma placa destiza para debaixo da oucta © retorna ao manto. Quantidades de rochas imidas e qui- micamente distintas, tragadas a par- tir da crosta, derretiam parcialmente, provocanda uma concentragio adi- ional de elementos escassos. Produ- iram-se centenas de noves minerais, fem depositos macicos de sulfetos, os «quais, aswalmente, abrigam @s maiores fe mais abundantes jazidas de metais do planeta. Outras centenas de espécies minerais apareceram pela primeira vez na superficie terrestre quando as for 688 tect6nicas sublevaram 2 expuserami uma vasta drea de rochas profundas, juntamente com suas reservas de di- ferentes minerais formacos sob alka pressio, como a jadetta (am dos dois minerais mais conhecidos como jade) Dito tudo isso, € possivel que talvez 1,9 mil minerais distintos encontrados na superficie terrestre, ou préximos a cla, t- ham s2 formado a partir dos processos ciclicus crosta/manio, ovorridos durante ‘9 primeiras 2 bilhbes de anos do ni planeta. Mas os mineralogisias cacalo- garam mais de 4,4 mil espécies minerais variadas, O que aconteceu para ciplicara dliversidade mineralégica da Terra? 3 a TERRA VERM Rosposta: a vida. A biosfera distingue a Terra de todos os outros planesas e luas conhecidos ¢, indiscurivelmente, transformou o ambiente proximo a superficie ~ de forma mais notavel, os ‘oceanos ea atmosfera, mas também as rochas ¢ os minerals. As formas mais ancestrais dle vida ~ nismnos unicelulares primicives que se “alimentavam™ da energia quimica das rochas ~ nao exerceram muito efei- to sobre a diversidade mineralégica da Terra, Para se certificarem disso, 05 ge6- logos encontraram formagées rochosas biologicamente mediadas, datando de 3,3 bilhies de anos, incluindo reciies composts de carbonato de cileio ¢ as chamadas formagoes_ferrfferas bandadas (em que éxidos de ferro aparentemente aprisionaram 0 pri- io produaido pela vida}. Enrretanto, 0 solo continuava est ainda nao havia oxigénio na atmosie~ 1a como um todo, o desgaste da superfi- sie era lento € as formas mais ancestrais de vida quase nada contribuiram para alerara quantidade de minerais presen tes ou sua distribuigio. FORMAGOES aera} Essa situagiio mudou em um instan~ te geolégico, com 0 rapido aumento do. nivel de oxigénio nna atmosfora, gra- 3 «cas ao advento da forossintese ~ que tem esse elemen- to como produto = pelos novos ti- pos de algas. Essa twansigao, denominada Grande Evento. de Oxidacio, ainda suscita um debate acalorado, especialmente no que se refe- re a.quando € & frequéneia com que eo megou, pontos ainda nio dererminados com precisao pelos cientistas. Mas, ha cerca de 2,2 billes de anos, 0 oxigénio armosférico sabin para um patamar mais de 1% superior ao dos niveis modernos uma pequena parcentagem, suficiente, porém, para modificar para sempre a m= neralogia da superficie terrestr © modelo quimico seguido por snim © meus colegas sugere que © Grande Evento de Oxidagao abriu caminho para mais de 2,5 mil minerais diferentes, mui tos dos quais resulraram da oxidacao © hidratagio de outros mincrais desgas- tados. £ improvavel que essas especies cristalinas fessem produzidas em um ambiente anoxicos dessa forma, 05 pro- ceessos bioquitnicos da Terra parccem ser responsaveis, dlireta ou indiretamence, pela maioria das 4,4 mil especies mine- rais conhecidas em nosso planeta, TERRA BRANCA Por | bilhao de anos on mais apés 0 Grande Evento de Oxidagio, pau: co aconteceu de interessante no reino mineral. Esse intervalo, deneminado Oceano Intermediario ou, mais sagaz mente, Bilho Tedioso, parece ter sido um periodo marcado por uma relaciva SGENIGANERIGAN BRASIL AULAABERTA 45 Terra verde cepeen tagnagio biolégica © mineralégica. 0 “intermediario” do nome refere 08 niveis de oxi nicas proxim: genadas, a0 passo que as profundas permaneceram andxieas. A inverface entre esses dois dominios aumentou de maneira gradual, mas basicamente no houve o surgimento de nenhuma for ma nova de vida, tampouce de alguma especie mineral Contrastando de forma mareante com o Bilhao Tedioso,s 100 milhoes de io: as Aguas oced a superficie eram oxi- anos seguintes presenciaram mudangas noravels na superiicie terrestre. Hii cer ca de $00 milhiées de anos, grande parte dos continentes do planeta localizava-se 2m um Gnico grande conglomerado per do equador, chamado Redinia, Endo, as Forgas tectonicas separaram essa vul- tosa porgio de terra, o que resultou em uma faixa litoranea mais extensa, um rochosa mais acelerada ~ pracessos que retiraram didxido de carbono (resentor de calor) da atmasfera. Como o efeito cstafa teve sua forga reduzida ¢ o clima asfriou, © gala polar aumento \ expansio crescente de gelo e neve refleciu mais luz solar para 0 espaco, lice pluviométrico e uma erosio 4G SCENTIIC AVECAN BRASI_ AULA ABERTA ees reer A Hazen reduzindo o efeito aquecedor do Sol Quanto mais 0 gelo se espalhava, mais frias as coisas fcavam. Por 10 milhdes de anos ou mais, a Terra era uma gigan- te bola de neve, @ somente alguns vol cies se destacavam sobre & cobercura branca, Segundo algumas estimativas, a temperatura global média caiu repenti> snamente para -S0°C Contudo, nosso planeta ni pode: ra ficar encalacrado no gelo para sem. pre. Os vuledes continuaram a expelir didxido de carhono; como a chova era niula ¢ havia pouca crosio rochosa para remover esse gis do efeiro estufa, seus niveis subiram ~ sempre de forma len cencenas de vezes mais que as con- > Fécsicowieot centragées atuais, desencadcando, fi nalmente, um ciclo de aquecimento via feito estafa. Como o gelo equatorial derreteu, esse episodio de aquecimen to descontrolado talver tenba levado. apenas algumas centenas de anos para tronsformar a Terra de uma caixa de elo em uma estuia, Pelos 200 milhoes de anos. seguins tes, nosso planeta passou por um ciclo esses extremos, talver de duas a quatro veres. Embora aparentemente poucas, se no nenhuma, especies minerals sar- giram durante esse periodo agitado, a distribuicao de minerais pela superiicie mudou drasticamente com cada novo ciclo glacial. Durante as fases de estufa, aumentou rapidamence a produgio de ninerais argilosos de granvlagio fina € ‘outros produto: da erosio das rochas, na paisagem estéil, erodida © rochosa. Nas partes mais rasas los aceanos aque- minerais earbonata~ ros hem singulares de minerais. O mes: ‘mo provavelmente vale para Europa © Encélado (luas de Jupiter e Saturno, respectivamente); acredi debaixo de suas superticies congeladas, ambas hospedem oceanos liguidos de ‘gua ¢, assim, sejam locais com grande potencial para vida extraterrestre. Considerar os minerais em um con texto evolucionirio também clucida um tema mais geral: os sistemas emt evolu 0 por todo 0 Cosmos. Fstados sim ples passain a ser cada vez plexos em muitos contestos; evolucas de clementos quimicos nas esttclas, evo- lugao. mineral nos planetas, evolucao ‘molecular levando a origem da vida © a conhecida evolucao biolégica, por meio da selecdo natural darwiniana, Portanto, vivemos em um Universo que tende 4 complexidade: atomos de hidroxénio formam estrelas dao origem aos elementos da tabela periédica, esses elementos constituern planetas, que, por sua vez, formam ‘minerais em aburdincia. Os mincrais catalisam a formagio de biomoléculas, que levaram & vide na Terra, Nesse contexto geral, os minerals represes tam um passo inevitével para a evolu- edo de um Cosinos que estd comevan- do a se autoconhecer. . se que, por cstrelas auroR Robert M. Hazen @ certsta sini do Labor de Geofsica do Instn Camogie © presser de ‘nei Ge tra da citoda Caronce Acbrean, ca Goarge Mezan vary, 107, roebeu PRD, jam cencas de Tera pee Harverd Unversty, Ese ‘vousi0 atigns entfeese 2oTnas, found Gene- i the scion quest resign roqueier ete plo « cdnca aro ointsas po mea dead, TM paotres pubiese o videcaubs. A room poe ute de Hazen ese cada no pepe doe marae na orger de vida En sin Peminager, nomen ore! nazente dapesteco pr ricebics ‘Mone (Caitra) tarent allo, PARA CONHECER MAS Mineral evolution, Robert Hazen eral. en Ame ricer Minsraboit vl. 83, pags, 1090-172, 2008, ‘Chemical evolution cross tme and spaco: rom Big Bang 10 prebiotc chemist. 01927240 pt Lori Zatowsht een M. Fede. Aeneas Chen al Scie, 2007 ‘Tae emergoncecf rerything: how thewordtbeca- mme-camplex. 21a J Merouiz Oxbxe Lniversy Ps, 200, Planetary materials. Organzado por J. Papke, neraagica Socety of Areca, 1298, OGENTIIG AVESIGAN QAAGILAULAABERTA 47

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