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Common CO Al QUAD CAMERA Yom mene) CO Al QUAD CAMERA cia supde igualmente ultrapassar uma abordagem estritamente visual do meio urbano. E assim que 0 corpo e os sentidos reencontram 0 direito cidadania, levando em conta conjuntamente a diversidade de registros sen sotiais ¢ reconhecimento da importincia da experiéncia corporal. No caso da ambiéncia, nao se trata apenas de perceber uma paisagem ou de apreen, der visualmente um ambiente, mas de experienciar 0 conjunto de situacies, A situagao qualificada Observemos de antemao que a ambiéncia coloca o observador exa tamente dentro do mundo que ele percebe, e confere mais importancia ao envolvimento do que a relacéio de exterioridade’. Se a ambiéncia ‘nos ‘com a ambiéncia ou experiencié-la, mas néo se pode propriamente falar de ‘eontemplé-la ow de observé-la a distancia. Dito de outra forma, a ambién cia nos coloca de imediato em contato com a globalidade de uma situagao © requer, consequentemente, uma abordagem ecoldgica da percepgao. Um tal argumento conduz a afirmar que a percepcdo nao esta dissociada das condigdes concretas a partir das quais ela acontece. Ela esta necessa- riamente encaixada em dispositivos construidos (edificagdes), em quali- dades ambientais (fenémenos sensiveis) e em agdes em curso (atividade pratica) que a tornam possivel. Em suma, percebo, estou sempre em algum lu; fazendo alguma coisa. Longe de ser simples e na vida cotidiana, quando eu \gal, Exposto aquilo que me circunda e pifendmenos, essas dimen- REDMI NOTE 9 PN OLE er ad Yo) a ettiliens-a:} CO Al QUAD CAMERA oman CO AI QUAD CAMERA omg meni k) [SOP Nel Nor 1 s37. a pesquisa porque seus elementos constitutivos nao formam um conjunto, Por outro lado, a situacao determinada, enquanto ohje tivo da enquete, é uma situagéo, um “universo da experiéncjar fechado e, por assim dizer, acabado (Dewey, 1993, pp. 104-105) Como nés desenvolveremos com mais detalhes adiante, a ambiéncia tem relagéo com nossa maneira de agir e de nos comportar. Por enquanto znés nos contentamos em mostrar que ela também resulta de uma dinamica e que essa dindmica participa das atividades sociais em curso. Quando nés dizemos que uma ambiéncia “se instala”, “pega”, “atinge seu auge”, “se desagrega” ou “se deteriora”, nés nao revelamos somente seu carter tem- poral, mas também sublinhamos o fato de ela emergir e se desenvolver em certo sentido e segundo uma orientacio determinada. Uma ambiéneiamna _enecessariamente um estado estavel e invaridvel, mas, antes, um process _dinamico composto de diferentes fases que se’encadeiam umas apds.as ou- tras. Além disso, essa dindmica da ambiéncia se origina de um movimento de conjunto que exprime e condiciona maneiras de ser e de agir coletivas. Segundo o estado de uma ambiéncia em um momento dado, a situacio serd mais ou menos tensa ou relaxada, conflitual ou consensual, proble- mética ou desembaracada. Dando uma forma as atividades em curso, 2 ambiéncia influencia o modo como uma situagdo se desenvolve. Essa retomada do pensamento de John Dewey nos permite formular uma primeira proposicéo relativa & ambiéncia, Apoiandosnos" na” nogib ‘itl a faites) mbiéncia poe © corpo em certo estado de tensiio e convoca nossa rte de agit, fazendo parte assim de uma sbordagem praxeol6gica pci. Muitos trabalhos atuais desenvolvem essa problematica Jar conta da r isso, 42 capaci da perce procuram ¢ emnometodologia se interessa pela “agdo em situagio” (Suchman, 1987) € defende a ideia de que cada um de nossos modos de perceber possui po- tencialidades praticas especificas (Coulter & Parsons, 1990). Certamente esses trabalhos so de natureza muito diferente e se inscrevem em campos disciplinares que ndo so os mesmos. Entretanto; cada um sua maneit, . Além disso, a maior parte dessas pesquisas sublinha a dimensao sensério-motora de nossa inte- racao efetiva com o ambiente. Acapacidade de agir Como a ambiéncia se inscreve em tal problematica? De que maneira cla participa efetivamente das atividades em curso? A fim de trazer ele- mentos para responder a essas questes, notemos de antemao que a am- biéncia tem consequéncias sobre nossa conduta e nosso estado corporal. Uma ambiéncia pode, com efeito, nos “estimular” ou nos “relaxar’, nos’ ‘eptar” ow nos “impelir”; nos “transportar” ow nos “paralisar® etcFOvusp de tais verbos indica que a ambiéncia nao ¢ somente senticia, mas que ela também faz apelo-ao plano do movimento. Em outras palavras, a sensi- bilidade e a motricidade constituem duas vertentes indissocidveis de um mesmo fendmeno, sem que se possd dar qualquer prioridade a uma ou a utra. Como nos mostrou Kurt Goldstein em sua ‘Teoria do Campo Sens6- tio-Ténico, “nds podemos admitir que & toda impressio sensorial corres- Ponde uma tensao determinada da musculatura” Goldstein, 1951). Ele identificava assim o que chamava de “fendmenos ténicos”. S@guindo esse? ‘eumemopodeesconsiderararumbncomo tna Soe Al QUAD CAMERA 19 roma moun CO Al QUAD CAMERA ual au va avia, propria a elas podem também se atualizar em todas as outras atividades (abrir uma porta, descer esc das...). Uma mesma agio pode tomar formas dife- renres, bem como acdes diferentes podem ter qualidades de movimentos idé na mar Uma primeira resposta consiste em situar-se em um nivel estritamente individual. Desse ponto de vista, cada ser humano se caracterizaria por uma maneira de se mover que Ihe é prépria, Esse estilo corporal préprio ge cada um constituiria de alguma forma uma marca do sujeito’. Por mais interessante que seja, essa proposigao nao é suficiente. Com efeito, se os estilos corporals fossem exclusivamente individuais, seria dificil compreen- der como eles podem coexistir em um mesmo espaco. A partir do momento em que um lugar é frequentado por varias pessoas é necessdrio que suas condutas possam se sincronizar e se ajustar mutuamente, isto é, comparti- Jhar um mesmo ritmo, pssas icos. Pode-se dizer, entio, que néo ha qualquer coeréncia ou légica neira como uma agao se real Uma segunda resposta é, portanto, necessdria. Ela consiste em situar-se em um nivel local e coletivo. Evidentemente, isso nao significa que as di- ferencas individuais sejam apagadas ou neutralizadas, mas, antes, que elas participam de um movimento de conjunto que nao pode ser reduzido a soma de seus componentes. Para resumir, a introdugdo da agao na problematica das ambiéneias nos conduz a uma segunda proposigao. Definimos agora & ambiéncia como uma Solicitagdo motora, no sentido que nela ativa os esquemas sensdrio-motores “partir dos quais nos engajamos No mundo. + Charlie Chaplin ou Jacques Tati. a VS, STAY eTi oy sc mos personagens representatos Pe) MRT LSSTN A percepeao segundo a ambiéncia tentar explicitar mais diretamente a relagio entre q Agora precisamos i o. Para isso, cabe-nos fazer uso de uma abordagem ambiéncia e a percep¢: ; fenomenol6gica da percepsao. O interesse de tal abordagem é sublinhar cardter sensivel da percepcao e por em questo a ideia segundo a qual tog, percepgao seria necessariamente percepgio de objeto. Com efeito, percebe, uum conjunto de coisas distintas e reconheciveis. Como entao encontrar = alternativa a essa concepcao largamente dominante, herdada de Descartes O meio como terceiro termo Por em questo a percepcdo como pura inteleccéo nao implica neces. sariamente adotar uma posicao empirista que a pensa como uma soma de sensacGes distintas. De fato é a disting&o entre perceber e sentir que é preciso esclarecer. O argumento principal desta ultima parte é que a ambiéncia nao é, em nenhum caso, um objeto da percepgao; nds diremos todavia que ela fixa os termos da percepgdo. Ditolde"outra*formaynésitiie anebemosterenthié iénci Observemos de inicio que os objetos que nés apreendemos pela per- cepcao nao sao jamais separados, mas esto sempre em relacao, sempre dispostos e arrumados uns em relagao aos outros. Uma coisa pode, por exemplo, mascarar uma outra ou encobri-la parcialmente. Como bem ‘toralidade do‘campo ambienta¥, Basta retirar ou colocar um o} Sto, de fato, obrigados a integrar 5: Aesse respeito, Merl ir , Merleau-Ponty (1.94 como esta transby '¥ (1964) fala da “existay =u Yes nem testa para tommanae coe ne Se en One a7 22 Yona rm cenit) CO Al QUAD CAMERA oma oui CO Al QUAD CAMERA Yomg2 mein CO Al QUAD CAMERA

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