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Manual do Profissional

Capítulo 2
Manual de Nutrição
Temas e Autores

Capítulo 1 – Os alimentos: calorias, • Mestra em Nutrição Humana pela UFRJ


• Especialista em Educação e Saúde pela UFRJ
macronutrientes e micronutrientes • Membro do Departamento de Nutrição e Metabologia da SBD -
2006/2007
Anelena Soccal Seyffarth
• Nutricionista Especialista em Nutrição Humana Capítulo 7 - Plano alimentar nas situações
• Preceptora da Residência em Nutrição da Secretaria de Saúde do Dis-
trito Federal
especiais: escola, trabalho, festas, restaurantes e
• Membro do Departamento de Nutrição e Metabologia da SBD – dias de doença
2006/2007
Gisele Rossi Goveia
Capítulo 2 – Alimentação e hábitos saudáveis • Nutricionista Especialista em Nutrição Clínica pela Associação Brasi-
leira de Nutrição - ASBRAN
Deise Regina Baptista Mendonça • Nutricionista da Preventa Consultoria em Saúde/SP;
• Membro do Conselho Consultivo da Associação de Diabetes Juvenil
• Nutricionista Especialista em Administração Hospitalar e em Saúde
de São Paulo
Pública
• Coordenadora do Departamento de Nutrição e Metabologia da SBD
• Professora -adjunta do Departamento de Nutrição da Universidade
- 2006/2007
Federal do Paraná (UFPR)
• Coordenadora do Curso de Especialização em Nutrição Clínica da
UFPR; Colaboradoras:
• Membro do Departamento de Nutrição e Metabologia da SBD –
2006/2007 Ana Cristina Bracini de Aguiar
• Especialista em Nutrição Clínica
Capítulo 3 – Determinando o plano alimentar • Pós graduação em Administração Hospitalar.
• Nutricionista Clínica do Instituto da Criança com Diabetes, do Rio
Anita Sachs Grande do Sul.
• Membro do Departamento de Nutrição e Metabologia da SBD –
• Nutricionista Mestre em nutrição humana pela London School Hygie-
2006/2007
ne and Tropical Medicine
• Professora adjunta e chefe da disciplina de Nutrição do Departamento
de Medicina Preventiva da UNIFESP, Clarissa Paia Bargas Uezima
• Doutora em Ciências pela UNIFESP • Nutricionista
• Membro do Departamento de Nutrição e Metabologia da SBD – • Especialista em Nutrição em Saúde Publica pela UNIFESP
2006/2007
Josefina Bressan Resende Monteiro
Capítulo 4 – Plano alimentar e diabetes mellitus • Nutricionista Especialista em Nutrição Clínica pela Universidade Fe-
tipo 1 deral do Rio de Janeiro
• Professora-adjunta do Departamento de Nutrição e Saúde da Univer-
Luciana Bruno sidade Federal de Viçosa (DNS/UFV)
• Pesquisadora do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
• Nutricionista Especialista em Nutrição Materno Infantil pela Unifesp Tecnológico (CNPq)
com treinamento na Joslin Diabetes Center • Coordenadora do Departamento de Nutrição e Metabologia da SBD
• Nutricionista da Preventa Consultoria em Saúde /SP – 2004/2005
• Membro do Conselho Consultivo da Associação de Diabetes Juvenil
de São Paulo Juliane Costa Silva Zemdegs
• Membro do Departamento de Nutrição e Metabologia da SBD –
2006/2007 • Nutricionista
• Especialista em Nutrição em Saúde Publica pela UNIFESP
Capítulo 5 – Plano alimentar e diabetes mellitus
Kariane Aroeira Krinas
tipo 2
• Nutricionista
Celeste Elvira Viggiano • Membro do Departamento de Nutrição e Metabologia da SBD –
2006/2007
• Nutricionista clínica e sanitarista
• Educadora e especialista em diabetes, obesidade e síndrome metabó- Marisa Sacramento Gonçalves
lica.
• Coordenadora do Curso de Graduação em Nutrição da Universidade • Nutricionista Centro de Diabetes e Endocrinologia do Estado da
Municipal de São Caetano do Sul-SP Bahia
• Membro do Departamento de Nutrição e Metabologia da SBD – • Residência em Nutrição Clínica - Hospital Universitário Antonio Pedro,
2006/2007 Niterói/RJ1980
• Especialista em Controle e Qualidade de Alimentos UFBA 1989
• Membro do Departamento de Nutrição e Metabologia da SBD –
Capítulo 6 – Plano alimentar nas complicações 2006/2007
metabólicas, agudas e crônicas do diabetes:
hipoglicemia, nefropatia, dislipidemias
Marlene Merino Alvarez
• Nutricionista do grupo de Diabetes da Universidade Federal Fluminen-
se (UFF);
MANUAL DO PROFISSIONAL

CAPÍTULO 2

Alimentação e
hábitos saudáveis
Alimentação e hábitos saudáveis
Autor: Deise Baptista Mendonça

1. Introdução Sempre que orientamos a elaboração de uma re-


A alimentação variada refere-se à seleção dos dife- feição devemos ter mente as leis que regem a alimen-
rentes grupos de alimentos, considerando-se o nível tação equilibrada:
de renda, de escolaridade, preferências e a disponibi- • quantidade: deve ser suficiente para atender
lidade dos alimentos. Muitas vezes o padrão e o com- o organismo em todas as suas necessidades;
portamento alimentar do indivíduo portador de dia- • qualidade: deve conter variedade de alimen-
betes mellitus estão seriamente comprometidos, sendo tos que satisfaça todas as necessidades do or-
caracterizados pela prática de dietas restritivas e ale- ganismo;
atórias, uso indiscriminado de produtos dietéticos e • harmonia: os diferentes nutrientes devem
a adoção de métodos inadequados para controle da guardar equilíbrio entre si, em sua qualidade
glicemia, redução e manutenção de peso. e quantidade;
Entende-se por padrão alimentar a composição de • adequação: deve ser apropriada às diferentes
alimentos que constituem a dieta dos indivíduos, seu fases e condições de vida, às atividades, às cir-
aporte calórico, a distribuição de macro e micronu- cunstâncias fisiológicas e de doenças.
trientes e a adequação às necessidades fisiológicas. Os
horários, a regularidade e a freqüência das refeições Ao ingerir um alimento, então, não estamos sim-
também podem compor a caracterização do padrão plesmente nos dedicando a uma atividade agradá-
alimentar. vel, mas também provendo o corpo de energia e
A alimentação variada refere-se à seleção de ali- nutrientes.
mentos de diferentes grupos. Nenhum alimento é
completo (exceto o leite materno para crianças até
6 meses de idade), ou seja, nenhum possui todos os 2. GUIAS ALIMENTARES
nutrientes em quantidade suficiente para atender às Guias ou Diretrizes as dieta são citações de órgãos
necessidades do organismo. governamentais ou entidades reconhecidas por sua
A seleção de alimentos é muito complexa e in- autoridade científica que transforma recomendações
fluenciada por vários fatores. Embora se saiba que, nutricionais técnico-científicas em conselhos (men-
quando os alimentos não estão disponíveis, é bem sagens) simples, fáceis de compreender e práticas
provável que ocorram deficiências, por outro lado para o público em geral.
a abundância por si só não assegura ótima nutrição Tem como objetivo assegurar a ingestão adequada
devido ao componente comportamental que deter- de nutrientes. Em suma, os guias da dieta são em-
mina a escolha. basados no conhecimento científico, nos problemas
Mediante uma alimentação variada em quantida- nutricionais, nos hábitos de consumo alimentar e no
des adequadas pode-se obter uma dieta equilibrada, contexto cultural e sócio-econômico das populações.
ou seja, que proporciona os nutrientes necessários Fatores educativos também devem ser considerados
para atender às necessidades do organismo. Uma va- na elaboração dos guias.
riedade bem escolhida de alimentos supre a ener- Podem ser classificados em qualitativos e quanti-
gia e a quantidade necessária de cada nutriente para tativos. Os qualitativos apresentam recomendações
prevenir a má nutrição, que inclui deficiências, de- somente sobre os alimentos a serem ingeridos ou evi-
sequilíbrios e excesso de nutrientes, podendo qual- tados e os quantitativos fazem recomendações a se-
quer um deles cobrar um tributo da saúde ao longo rem ingeridas de cada grupo alimentar geralmente
do tempo. expressas em número e tamanho das porções.
Capítulo 2 – Alimentação e hábitos saudáveis – 

Os guias da dieta de uma população são ferra- trar, agora, seis conceitos essenciais: proporcionalida-
mentas de educação nutricional com o objetivo de de, moderação, variedade, atividade física, persona-
estimular mudanças indicadas, principalmente qua- lização e progresso gradual.
litativas, na dieta de uma população. A pirâmide da saúde simboliza um estilo de vida
saudável através da alimentação equilibrada e da ati-
vidade física regular. Seis conceitos são importantes
3. Pirâmide alimentar como um guia nesse símbolo:
saudável • variedade: coma alimentos de todo os gru-
de todos os símbolos alternativos testados até o mo- pos. A variedade é simbolizada por seis cores
mento (roda, losango, estrela entre outros), a pirâ- que representam os cinco grupos alimen-
mide é comprovadamente o mais efetivo. Em 1992, tares da pirâmide e os óleos. Isso ilustra que
após a publicação da Pirâmide dos Alimentos como são necessários alimentos de todos os grupos
guia de dieta, ela foi amplamente distribuída, exten- (cores), diariamente, para que uma dieta seja
samente usada e imitada como ferramenta de edu- considerada saudável;
cação nutricional em âmbito mundial. Ela conseguiu • moderação: coma com maior freqüência
comunicar três temas chave: variedade, moderação alimentos com pouca gordura e açúcar adi-
e proporcionalidade, alcançando níveis elevados de cionado. A moderação é representada pelo
consciência dos consumidores, tornou-se componen- estreitamento da faixa de cada grupo alimen-
te de documentos de planos de ação, como base para tar, observando-se da base até o topo (de
avaliações alimentares, e tem sido adaptada para sub- baixo para cima). A base da pirâmide con-
populações e culturas. tém alimentos com pouca ou nenhuma gor-
Foi duramente criticada durante muitos anos e dura saturada ou ricos em açúcar, e devem
em abril de 2005 foi substituída pela MyPyramide ser consumidos com mais freqüência. O topo
(Minha Pirâmide). Esta representação gráfica contém representa os alimentos ricos em gorduras
todos os grupos alimentares da pirâmide original, in- saturadas e açúcares;
cluindo, também a representação gráfica da ativida- • proporcionalidade: coma nas quanti-
de física. Esta foi uma das importantes recomenda- dades recomendadas. A proporcionalidade
ções adicionais ao símbolo. Em geral, os consumido- é mostrada pelas diferentes larguras de cada
res compreendem as mensagens gerais transmitidas faixa vertical que representa os grupos ali-
pela pirâmide, mas têm dificuldades para colocar es- mentares. O tamanho das larguras sugere
tes conceitos em prática. a quantidade de alimentos que o indivíduo
Os princípios básicos da Nova Pirâmide são: pode escolher de cada grupo. Essa quantidade
• Saúde como um todo: a nova pirâmide foi não está em proporção adequada, pois é ap-
desenvolvida para promover o bem estar ger- enas um guia geral. É importante a individu-
al, manter e melhorar a saúde como um todo; alização;
• Dieta como um todo: a nova pirâmide en- • atividade física regular: faça diariamente.
foca não somente os nutrientes básicos ne- Ela é representada por degraus que o indi-
cessários. A dieta como um todo é balanceada víduo deve escalar, funcionando como um
em nutrientes essenciais, mas também, espe- lembrete para a prática diária de exercícios;
cifica limites de outros componentes alimen- • individualização: o que serve para os outros
tares como gorduras, colesterol e calorias. pode não servir para você;
• pogressos graduais: para melhorar a ali-
O desenho final transformou-se em uma pirâmide mentação e o estilo de vida, inicie com
com um novo padrão de faixas verticais para os gru- pequenos passos a cada dia.
pos alimentares, degraus para simbolizar a atividade
física, e uma pessoa. A inclusão de uma pessoa não
somente enfatiza a mensagem de atividade física re- 5. O que conta como uma porção?
gular, personalização e progresso gradual. O desenho Os alimentos estão apresentados na pirâmide em por-
como um todo, promove o conceito de equilíbrio en- ções. Entende-se por porção a quantidade de alimen-
tre a ingestão alimentar e a atividade física. to em sua forma de consumo (unidade, xícaras, fa-
O símbolo é intencionalmente simples e podem tias, colheres, etc.) ou em gramas. Essa quantidade
ser usados pelos profissionais da saúde para demons- é estabelecida a partir das necessidades nutricionais,
Capítulo 2 – Alimentação e hábitos saudáveis – 

das dietas específicas e dos grupos de alimentos. To- ovos; 4 colheres (sopa) de oleaginosas ou se-
dos os alimentos são importantes e necessários. mentes; 4 colheres (sopa) de ervilhas, feijão
ou lentilha; 4 cubos de tofu; 4 colheres (sopa)
• Grupo dos grãos: 1 fatia de pão; 1 copo de de soja.
cereal instantâneo (seco); 4 colheres (sopa) • Grupo dos óleos e extras: 1 colher (chá) de
de arroz ou massa cozida. óleo (5g) ou até 8 colheres (chá) de açúcar.
• Grupo das hortaliças: 4 colheres (sopa) de
legumes cozidos (ex.: cenoura, couve-flor,
beterraba); 1 prato (sobremesa) de folhas 6. Quantas porções diárias de alimentos de
cruas picadas (ex.: espinafre, agrião, alface). - cada grupo alimentar devemos ingerir?
Grupo das frutas: 1 fruta média (ex.: maçã, A finalidade da pirâmide da saúde é promover há-
laranja, pêra); 1 pote pequeno de frutas pica- bitos de vida saudáveis, auxiliando as pessoas na es-
das cruas, cozidas, congeladas ou enlatadas colha de alimentos e atividade física adequados para
(sem calda); 1 fatia média de mamão, melão seu organismo. É apenas um exemplo do que você
ou melancia; 1 copo de suco de fruta. deve consumir todos os dias, não sendo uma prescri-
• Grupo do leite e substitutos: 1 copo de ção rígida, mas uma orientação geral que o faz esco-
leite ou iogurte; 2 fatias de queijo branco; 3- lher uma dieta saudável.
4 fatias de mussarela; 2 colheres de (sopa) de A pirâmide da saúde representa um guia flexível
queijo ralado. e pessoal. Traz informações gerais sobre como esco-
• Grupo das carnes e substitutos: 2 colheres lher alimentos saudáveis e um resumo dos alimen-
(sopa, 60g) de carne moída, ave ou peixe; 2 tos que devem ser ingeridos todos os dias. Apresenta
Capítulo 2 – Alimentação e hábitos saudáveis – 

a alimentação na quantidade certa de calorias e os é uma boa maneira de acompanhar o curso


nutrientes necessários para manter a saúde e o peso dos objetivos de alimentação saudável e ativi-
ideal. dade física. A cada dia escrever tudo o que
A tabela abaixo especifica quantas porções de ali- comer e beber, e quanto tempo gastou em
mentos de cada grupo precisamos consumir para sa- atividade física. Valorizar as realizações e não
tisfazer as necessidades de nutrientes. as falhas.
• não esperar ou almejar a perfeição. O mais
importante é a realização de mudanças
7- PROGRESSOS GRADUAIS saudáveis!
O profissional de saúde deve auxiliar o indivíduo a • quando as mudanças se transformarem em
realizar mudanças e orientar que quando se iniciam hábitos é porque estas mudanças já estão in-
mudanças, essas devem ser passo a passo e em pe- stituías no novo estilo de vida adquirido. Val-
quenos passos. A definição de objetivos realistas e orizar estes progressos!
alcançáveis aumenta a probabilidade de sucesso em
alcançá-los, ou seja, é melhor definir objetivos que
façam mudanças aos poucos, para alimentação e ati- Leitura Complementar:
vidade física, do que fazer tentativas de mudanças 1. Danone, I., Alimentação equilibrada para a popu-
grandes, e todas de uma vez. Fazer um planejamen- lação brasileira, 1998, Insituto Danone, p.114.
to e seguí-lo, cumprindo horários para as refeições e 2. Food Pyramids – What should you really eat?
atividade física, são essenciais para alcançar os obje- 2005. Disponível em:htpp://hsph.harvard.edu/
tivos. O uso de diário, como forma de auto-monito- nutritionsource/pyramids.html.
ramento, é um dos métodos mais eficazes para mu- 3. Food and Nutrition board. Eat for life: food and
danças de comportamento. Nutrition Board´s guide to reducing your risk of
Aqui estão algumas sugestões para o profissional chronic disease. 1992: Washington, DC: National
de saúde auxiliar o indivíduo no estabelecimento de Academy Press.
objetivos: 4. Oliveira, J. E. D. et al. Normas e Guias alimentares
• definir, de cada vez, uma, duas ou três mu- para a população brasileira – delineamentos me-
danças na alimentação, atividade física ou todológicos e critérios técnicos. 2002, São Paulo:
outro. Instituto Danone.
• escrever os objetivos semanais e acompan- 5. Sanabria, M. C.; Molina, V.; Fischer, M. Guias Ali-
har o progresso todos os dias Revisá-lo diari- mentares, IN: Inquéritos Alimentares: métodos e
amente ajuda a manter o curso. bases científicas., Fisberg, R. M. et al., Manole: São
• manter o diário alimentar e de atividade física Paulo, 2005.

Calorias Hortaliças Frutas Leite Carnes Óleos Grãos


1.200 3 2 2 1,5 (90g) 4 4
1.400 3 3 2 2 (115g) 4 5
1.600 4 3 3 2,5 (145g) 5 5
1.800 5 3 3 2,5 (145g) 5 6
2.000 5 4 3 2,5 (160g) 6 6
2.200 6 4 3 3 (175g) 6 7

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